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• Ocorre entre 9-14 anos; 
• Marco inicial: aumento testicular (> 3 ml – ou ≥4 
ml - de volume ou > 2,5 cm no maior diâmetro). 
Pode ser medido com orquidômetro de Prader; 
• Pubarca: pilificação pubiana, e 
• Pelos axilares (2 anos após pubianos); 
• Pelos da face, e após restante do corpo; 
• Aumento do pênis (primeiro em comprimento e 
depois diâmetro) 
• Estirão puberal. 
 
 
 
ADRENARCA 
• Processo silencioso; 
• Ativação da zona reticular das glândulas adrenais, 
que tem como consequência a síntese e secreção 
de androgênios, dehidroepiandrosterona (DHEA) e 
sua forma sulfatada S-DHEA, precede a gonadarca. 
• Ocorre por volta dos 7-8 anos de idade, 
• As manifestações clínicas (pelos pubianos, odor 
axilar, pelos axilares) ocorrerão apenas após as 
manifestações da gonodarca. 
• Nos meninos os testículos são a principal fonte de 
androgênios (testosterona). 
GONADARCA 
• Aumento na amplitude e frequência da secreção 
pulsátil do hormônio hipotalâmico liberador de 
gonadotrofinas (GnRH), 
• Ativação do Eixo Hipotálamo hipófise gonodal 
começando produção de hormônios sexuais, 
responsáveis pelo desenvolvimento de 
características sexuais, maturação dos orgãos 
sexuais e gametogênese. 
• Nos meninos ocorre por volta dos 9-14 anos de 
idade. 
 
 
DIMORFISMO CORPORAL 
• É resultante do processo de desenvolvimento 
esquelético, muscular e do tecido adiposo; 
• Crescimento do diâmetro biacromial (entre 
ombros), associado ao desenvolvimento muscular 
na região da cintura escapular; 
• Aumento na capacidade física. 
DESENVOLVIMENTO DE ÓRGÃOS E SISTEMAS 
• Com exceção do tecido linfoide, que apresenta 
involução progressiva a partir da adolescência, 
e do tecido nervoso (praticamente com todo o 
seu crescimento já estabelecido), todos os 
órgãos e sistemas se desenvolvem durante a 
puberdade; 
• Principalmente os sistemas cardiocirculatório e 
respiratório, 
• O aumento da capacidade física observado na 
puberdade é mais marcante no sexo 
masculino, e é resultante do desenvolvimento 
do sistema cardiorrespiratório, das alterações 
hematológicas (aumento da eritropoiese) e do 
aumento da massa muscular, da força e da 
resistência física. 
• Tem maturação completa à vigésima semana de 
gestação, então durante a vida fetal o eixo está 
ativo, com uma pausa durante a infância e uma 
reativação durante a puberdade. 
• O controle da função testicular pelo hipotálamo 
ocorre por meio de pulsos na secreção do 
hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH). 
Esses hormônios estimulam a hipófise anterior a 
secretar dois hormônios gonadotróficos: o 
hormônio luteinizante (LH) e o hormônio 
foliculoestimulantes (FSH), estes atuam 
diretamente no testículo, controlando tanto a 
espermatogênese como a produção de 
hormônios esteroides. Além disso, o aumento 
nos níveis de LH e FSH inibe a secreção tanto de 
GnRH quanto de FSH, caracterizando um 
sistema de retroalimentação negativa (feedback 
negativo) 
 
 
• Quando toma anabolizante, inibe o eixo hipotalamo 
hipófise, pode gerar infertilidade, gerando diversos 
transtornos. 
• A di-hidrotestosterona, ou 5a-dihidrotestosterona, 
também conhecida como androstanolona ou 
estanolona, é um esteroide sexual, androgênico e 
um hormônio endógeno. Como a 
dihidrotestosterona é um hormômio que tem ação 
muito parecida com a testosterona e com a 
androstenediona, a sua dosagem ajuda no 
diagnóstico de puberdade precoce ou atrasada no 
sexo masculino, defeitos testiculares, síndrome dos 
ovários policísticos, tumores ovarianos, deficiência 
de gonadotrofina nas mulheres, e tumores adrenais 
e hiperplasia adrenal congênita, tanto em homens 
como em mulheres. 
• A gametogênese masculina é denominada 
espermatogênese e ocorre nos túbulos seminíferos 
dos testículos. 
• A maturação das células germinativas para formação 
dos espermatozoides ocorre até o final da vida do 
indivíduo, em que cada espermatogônia dará origem 
a quatro espermatozoides. 
• As espermatogônias que foram formadas durante a 
vida fetal e estavam dormentes nos túbulos 
seminíferos, entram em fase de multiplicação na 
puberdade dando origem a 
muitas espermatogônias por mitoses sucessivas. 
• Após a fase de multiplicação, 
cada espermatogônia formada entra na fase de 
crescimento e dá origem a dois espermatócitos 
primários. Em seguida os espermatócitos primários 
passam pela fase de maturação, que corresponde às 
divisões de meiose. Cada espermatócito primário ao 
sofrer a primeira divisão da meiose dá origem a dois 
espermatócitos secundários. Esta primeira divisão 
da meiose é reducional, assim os espermatócitos 
secundários passam a ter metade do número de 
cromossomos, isto é, cada espermatócito 
secundário é uma célula haplóide (N), ao contrário 
dos estágios anteriores de espermatogônias e 
espermatócitos primários que são diplóides (2N). A 
continuidade do processo de maturação ocorre com 
a segunda divisão da meiose nos espermatócitos 
secundários que darão origem as espermátides, que 
também são células haplóides. Cada espermátide 
passa pelo fenômeno da espermiogênese, que 
corresponde ao processo de diferenciação celular 
para formação dos verdadeiros gametas masculinos. 
• Durante a espermiogênese as espermátides ganham 
o acrossomo e a cauda (flagelo). O acrossomo está 
localizado na região anterior da cabeça 
do espermatozóide e corresponde a uma 
aglomeração de vesículas secretadas a partir do 
complexo de Golgi. No acrossomo estão presentes 
várias enzimas, entre elas a hialuronidase que têm 
papel fundamental no momento da fecundação, 
pois as atividades destas enzimas favorecem a 
entrada do espermatozóide através da 
corona radiata e da zona pelúcida durante o 
processo de fertilização. A cauda 
do espermatozóide é fundamental para a 
mobilidade do gameta masculino até o local da 
fertilização. Para ocorrer o movimento 
de chicoteamento da cauda do espermatozóide, as 
mitocôndrias da cauda fornecem ATP (adenosina 
trifosfato), que é fonte de energia para a locomoção. 
• A espermatogênese desde a origem 
das espermatogônias até a formação 
dos espermatozoides, passando 
pela espermiogênese, ocorre em aproximadamente 
dois meses. 
 
CÉLULAS DE LEYDIG 
• São estimuladas pelo LH, e libertam 
androgênios. Secretando testosterona, 
androstediona e dehidroepiandrosterona 
(DHEA). 
CÉLULAS DE SERTOLI 
• Auxiliam na troca de nutrientes e metabólitos 
dos espermatócitos, espermátides e 
espermatozoides; 
• A secreção de uma proteína é controlada pelo 
FSH, servindo para concentrar testosterona nos 
túbulos seminíferos, onde ela é necessária para 
a espermatogênese. 
• Podem converter testosterona em estradiol e 
também secretam um peptídeo denominado 
inibina, que suprime a síntese e a liberação de 
FSH pela hipófise. 
 
ÓRGÃOS EXTERNOS 
• O pênis e o escroto, também chamado de bolsa 
escrotal, são os órgãos externos do sistema 
genital masculino. 
• O pênis é um órgão de forma cilíndrica, coberto 
por uma pele frouxa que, na porção final, perto 
da glande (porção dilatada do pênis), forma 
uma dobra ou prega chamada de prepúcio, o 
frênulo controla a contração do prepúcio. 
• O prepúcio do pênis é retrátil, ou seja, ao ser 
puxado para trás ou removido cirurgicamente, 
expõe a glande. 
• Glande apresenta uma abertura por onde 
ocorre a ejaculação do sêmen e a eliminação da 
urina. 
• No corpo do pênis encontram-se os corpos 
cavernosos que, durante a excitação, os vasos 
sanguíneos ficam cheios deixando-o denso. 
 
ÓRGÃOS INTERNOS 
 
• Entre os órgãos internos do sistema genital 
masculino estão os testículos, os epidídimos, a 
próstata, os dutos deferentes, a uretra, as 
vesículas seminais e as glândulas bulbouretrais. 
• Testículos: são as gônadas masculinas, 
responsáveis pela produção dos 
espermatozoides, a qual ocorre nos: 
• Túbulos seminíferos, as células de Sertoli 
(estimuladas pelo FSH) presentes nos túbulos 
tem funçãode produzir proteínas que irão 
carregar o estrogênio e a testosterona para um 
fluido dos túbulos seminíferos. Existem células 
intersticiais entre os túbulos seminíferos, que 
são as células de Leydig (estimuladas por LH), 
onde se formam os hormônios andrógenos, por 
exemplo a testosterona. 
• A partir da puberdade, os espermatozoides 
começam a ser produzidos nos testículos, de 
onde passam para o: 
• Epidídimo, pequenos órgãos localizados acima 
dos testículos. Nesses órgãos, os 
espermatozoides completam, em alguns dias, o 
seu processo de amadurecimento. 
• Espermatozoides maduros podem ficar 
armazenados nos chamados canais deferentes. 
• Durante a excitação masculina, contrações 
musculares levam os espermatozoides até a 
uretra e, de lá, para o meio externo, fenômeno 
denominado ejaculação. Nesse percurso, 
recebem líquidos das vesículas seminais e da 
próstata, formando o sêmen (ou esperma). 
• Esses líquidos têm como função nutrir os 
espermatozoides, ajudar a diminuir a acidez da 
uretra e da vagina (prejudicial aos 
espermatozoides) e facilitar a movimentação 
dos gametas masculinos dentro do sistema 
reprodutor feminino. Já as glândulas 
bulbouretrais tem como função produzir o 
líquido pré-ejaculatório. 
 
• Ginecomastia é o desenvolvimento do volume 
mamário em homens, provocado por aumento 
do tecido fibroglandular e adiposo. 
• Na puberdade, com intenso influxo hormonal, e 
na velhice, com a diminuição da testosterona, é 
muito comum – quase metade dos homens 
apresentam certo grau. No adulto, ocorre em 
aproximadamente 10%. 
• Pode ser uni ou bilateral e variar desde graus 
discretos até formas avançadas, com mamas em 
pêndulo. 
• A causa na maioria das vezes é desconhecido. 
Mas, pode ocorrer devido a alguns dos 
seguintes fatores: 
• Desbalanço entre hormônios estimuladores 
(estrogênicos) e inibidores (androgênicos). 
• Doenças de tireoide ou hipófise. 
• Uso crônico de alguns tipos de 
medicamentos. 
• Tumores de testículo ou suprarrenal (raro). 
• A ginecomastia não tem relação direta com 
câncer, ou seja, não predispõe ao 
desenvolvimento do câncer. 
• Dependendo do volume e de desconforto 
estético e das implicações sociais, como 
restrição à prática de esportes que impliquem 
na exposição do tórax, pode ser necessário 
tratamento. 
• Casos leves, em meninos de 10 a 16 anos, 
costumam ser transitórios e reversíveis, não 
precisando de tratamento, só de orientações 
sobre a natureza do quadro, e da ausência de 
repercussões sexuais e reprodutoras. 
• Diante das formas mais intensas, a melhor 
conduta é cirúrgica. Indica-se um procedimento 
que combina lipoaspiração, para retirar o 
excesso de gordura, e pequeno 
corte periareolar, para a remoção do 
tecido fibroglandular. É uma cirurgia pequena, 
que requer um dia de internação, e que 
promove excelentes resultados. 
• Bullying é uma palavra que se originou na língua 
inglesa. “Bully” significa “valentão”, e o sufixo 
“ing” representa uma ação contínua. 
• Designa um quadro de agressões contínuas, 
repetitivas, com características 
de perseguição do agressor contra a vítima. 
• Meninos estão mais envolvidos com o bullying 
direto (agressões físicas) e meninas com o 
bullying indireto (agressões verbais; mais sutil). 
• Pode estar presente nas relações de modo 
explícito, mas também pode manifestar-se 
sutilmente, podendo ser confundido com 
brincadeiras típicas da idade. 
CONSEQUÊNCIAS 
• Sintomas físicos, doenças psicossomáticas, 
prejuízos sociais, emocionais e acadêmicos; 
sendo comuns: a depressão, a ansiedade e os 
sintomas de Transtorno de Estresse Pós-
Traumático (TEPT). 
• Também pode apresentar: gastrite, distúrbios 
do sono, aumento do consumo de drogas 
ilícitas, falta de confiança. 
• A exposição à violência pode ser uma 
experiência traumática que afeta, a curto e a 
longo-prazo, o bem-estar físico, social e 
emocional dos seres humanos. 
• Dessa forma, devido ao impacto dos eventos 
traumáticos sobre a saúde mental dos 
indivíduos, essas experiências podem predispô-
los tanto à resiliência quanto à vulnerabilidade. 
 
Não se sabe exatamente o que desencadeia a 
puberdade, mas tem 3 eventos endócrinos: 
- Adrenarca → ↑ da secreção de hormonal adrenal 
- Ativação/desinibição dos neurônios hipotalâmicos 
secretores de LHRH → ↑ de 
gonadotrofinas hipofisárias 
- Gonadarca → ↑ de esteroides sexuais. 
A puberdade começa quando cessa a inibição dos 
neurônios hipotalâmicos basais-mediais → 
libera GnRH → induz hipó9se a liberar 
LH e FSH (gonadotropinas) → causa crescimento e 
maturação gonadal. 
- Estradiol ovariano → crescimento mamário 
- Andrógenos suprarrenais dos 2 sexos → adrenarca. 
- Sexo Feminino → 1º sinal visível de puberdade (M2) é 
o 
aparecimento dos botões mamários (telarca), entre os 
8-13 
anos → no início, pode ser assimétrica ou unilateral 
(pode 
levar 6 meses p/ aparecer do outro lado) 
Após 6-12 meses, há o surgimento dos pelos pubianos 
(pubarca) aos 9,5 anos e axilares aos 10,5 anos 
A menarca ocorre 2-5 anos após a telarca (M3-M4), 
geralmente aos 12 anos (1 ano após o estirão, na fase 
de 
desaceleração). 
Depois da menarca, a menina cresce aprox. 6cm. 
É normal entre 9-16 anos → entre a telarca e a 
menarca 
pode ocorrer um intervalo de 2-5 anos. 
- Mama (telarca): pela secreção ovariana de estrógeno 
 - Pelos (pubarca): pela secreção de andrógenos 
adrenais. 
A ocorrência da menarca, embora nem sempre se 
relacione com o ciclo ovulatório normal, representa o 
estágio de amadurecimento uterino, não significando 
que a menina tenha atingido o estágio de função 
reprodutiva completo, pois os ciclos menstruais 
iniciais são geralmente anovulatórios, havendo um 
período de relativa esterilidade na adolescência, que 
dura de 1 a 18 meses após a menarca. 
 
É dividida em 3 fases, com características somáticas, 
cognitivas e comportamentais → 
• FASE INICIAL (10-13ANOS) → Desenvolvimento 
biológico → Desenvolvimento das características 
sexuais secundárias; crescimento até a estatura de 
adulto; desenvolvimento da capacidade reprodutiva. 
A produção de andrógenos pela glândula adrenal pode 
ocorrer precocemente (< 6 anos) → odor nas axilas e 
pelos pubianos (pubarca) 9 anos 
O desenvolvimento do córtex pré-frontal póstero-
lateral e do giro temporal superior podem inibir 
impulsos, pesar as consequências de suas ações, 
priorizar e criar estratégias. Ocorre um ↑ na 
intensidade emocional, assim como desenvolvimento 
cognitivo e do pensamento moral. 
- Sexualidade → atividade exploratória, 
masturbação, espermarca, interesse pelo sexo e 
anatomia genital. 
 FASE MÉDIA (14-16 ANOS) 
→ Sexualidade → Início da atividade sexual, 
experimentação homossexual e relações + 
significativas. 
- Desenvolvimento Biológico → Em ambos os sexos, o 
pico na velocidade de crescimento ocorre no estágio 
3-4 de Tanner. O aumento de peso ocorre 
paralelamente ao crescimento linear, mas com um 
atraso → primeiro espicha e depois engorda. 
A massa muscular também aumenta, principalmente 
no sexo masculino, assim como a massa magra 
corporal → no sexo feminino, há maior proporção de 
tecido gorduroso. 
A estimulação androgênica das glândulas sebáceas 
e apócrinas resultam em acne e odor corporal. 
 FASE TARDIA (17-20 ANOS) 
- Desenvolvimento Biológico → Estágio final do 
desenvolvimento das mamas, do pênis e pelos 
pubianos ocorre aos 17-18 anos. 
Ocorrência de acne, especialmente nos homens 
- Sexualidade → identidade sexual, relações + maduras 
e estáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• É constituído por dois ovários, duas tubas uterinas 
(trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma 
vulva. Ele está localizado no interior da cavidade 
pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que 
realiza uma função protetora. 
• A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, 
de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos 
genitais externos. Contém de cada lado de sua 
abertura, porém internamente,duas glândulas 
denominadas glândulas de Bartholin, que secretam 
um muco lubrificante. 
• A entrada da vagina é protegida por uma 
membrana circular - o hímen - que fecha 
parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase 
sempre perfurado no centro, podendo ter formas 
diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas 
primeiras relações sexuais. A vagina é o local onde o 
pênis deposita os espermatozoides na relação 
sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, 
possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do 
parto, a saída do bebê. A genitália externa ou vulva 
é delimitada e protegida por duas 
pregas cutaneomucosas intensamente irrigadas e 
inervadas - os grandes lábios. Na mulher 
reprodutivamente madura, os grandes lábios são 
recobertos por pelos pubianos. Mais internamente, 
outra prega cutaneomucosa envolve a abertura da 
vagina - os pequenos lábios - que protegem a 
abertura da uretra e da vagina. Na vulva também 
está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, 
homólogo ao pênis do homem. 
• Ovários: são as gônadas femininas. Produzem 
estrógeno e progesterona, hormônios sexuais 
femininos. No final do desenvolvimento 
embrionário de uma menina, ela já tem todas as 
células que irão transformar-se em gametas nos 
seus dois ovários. Estas células - os ovócitos 
primários - encontram-se dentro de estruturas 
denominadas folículos de Graaf ou folículos 
ovarianos. A partir da adolescência, sob ação 
hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer 
e a desenvolver. 
• Os folículos em desenvolvimento secretam o 
hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um 
folículo geralmente completa o desenvolvimento e 
a maturação, rompendo-se e liberando o ovócito 
secundário (gameta feminino): fenômeno 
conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a 
massa celular resultante transforma-se em corpo 
lúteo ou amarelo, que passa a secretar os 
hormônios progesterona e estrógeno. Com o 
tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em 
corpo albicans ou corpo branco, uma pequena 
cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário. O 
gameta feminino liberado na superfície de um dos 
ovários é recolhido por finas terminações das tubas 
uterinas - as fímbrias. 
• Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: são 
dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu 
epitélio de revestimento é formado por células 
ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os 
movimentos peristálticos das tubas uterinas 
impelem o gameta feminino até o útero. 
• Útero: órgão oco situado na cavidade pélvica 
anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, 
de parede muscular espessa (miométrio) e com 
formato de pêra invertida. É revestido 
internamente por um tecido vascularizado rico em 
glândulas - o endométrio. 
• Fase folicular: Os folículos são estruturas presentes nos 
ovários desde o nascimento da mulher, mas que 
permanecem inativos até a puberdade quando, sob a 
influência de hormônios, experimentam um maior 
desenvolvimento. A partir da puberdade, em cada ciclo 
menstrual um desses folículos se desenvolve até dar 
origem a um óvulo maduro, o qual se desprende do 
ovário e, se fecundado, resultará numa gravidez e, se 
não fecundado, acabará na menstruação. De cada vez, 
à medida que se desenvolvem, os folículos segregam 
quantidades cada vez maiores de estradiol, um 
estrogênio que estimula a proliferação do endométrio 
(revestimento interno do útero) e produz mudanças no 
muco cervical, preparando o organismo para a 
fertilização e para a nidação do embrião. Em virtude 
das alterações que acontecem no endométrio, a fase 
folicular costuma ser chamada de fase proliferativa. 
Essa fase começa com o início de cada menstruação, 
dura em média 15 dias e termina com a ovulação. 
• Fase ovulatória: Mais ou menos na metade do ciclo, 
depois de 24 a 36 horas do pico de produção do 
hormônio luteinizante (LH), o ovário liberta um óvulo. 
Inicia-se, assim, a fase da ovulação. Se não houver 
fertilização, o óvulo liberado sobrevive no máximo por 
24 horas e depois se desintegra. Durante a fase 
folicular, o estradiol a princípio inibe a produção de LH 
hipofisário, mas à medida que o óvulo se aproxima da 
maturação, os níveis de estradiol alcançam valores 
acima dos quais estimulam maior produção de LH. Isso 
faz com que o óvulo amadureça rapidamente e a 
parede do folículo enfraqueça, libertando o óvulo do 
ovário. É a ovulação, momento auge do ciclo menstrual. 
Como efeito secundário, a temperatura corporal 
aumenta em todo esse período, tornando-se um dos 
indicativos de fertilidade que a mulher utiliza, se deseja 
ou não engravidar. Parece ser aleatório o fato de que 
seja o ovário direito ou o esquerdo que liberta o óvulo 
em cada ciclo, mas se ambos o fizerem num mesmo 
momento, darão origem a gêmeos bivitelinos. Depois 
de liberado pelo ovário, o óvulo é captado pelas 
trompas, através da fímbria (pequena membrana no 
fim de cada trompa) e caminha por elas em direção ao 
útero. Nesse trajeto ele pode ou não se encontrar com 
o espermatozoide e ser fecundado por ele. Se não 
ocorrer a fecundação, o óvulo se desintegra ou se 
dissolve após cerca de um dia; se a fecundação ocorrer, 
forma-se o ovo, que caminhará rumo ao útero, onde se 
aninhará e crescerá. A fertilização do óvulo pelo 
espermatozoide se dá normalmente na parte mais larga 
das trompas, a chamada ampola. Um óvulo fertilizado 
leva cerca de três dias para alcançar o útero e mais três 
dias para implantar-se no endométrio e iniciar a 
gestação. 
• Fase luteína: Os resquícios do folículo de onde tenha 
saído o óvulo formarão o corpo lúteo, uma estrutura 
endócrina temporária, de cor amarelada, produtora de 
progesterona. Sob a influência desse hormônio, o 
endométrio se prepara para uma possível nidação de 
um embrião. Se ocorrer fecundação, o corpo lúteo 
permanecerá por cinco a seis meses, mantido pela 
gonadotrofina coriônica produzida pelo embrião. Se a 
fecundação não ocorrer, o corpo lúteo experimentará 
uma involução em cerca de 10 a 12 dias. A duração da 
fase folicular em cada mulher varia um pouco de ciclo 
para ciclo, mas a fase luteína é bastante regular. Uma 
vez que essa gonadotrofina é apenas produzida pelo 
embrião, muitos testes de gravidez baseiam-se na 
presença dela. 
 
Psicológica 
Podemos fazer da fase folicular um período de reflexão e 
decisão, da fase ovulatória um momento de expressão, da 
fase lútea um momento de libertação e da fase menstrual um 
período de crescimento emocional. 
• Tristeza 
• Irritabilidade 
• Dificuldade de concentração 
• Ansiedade 
• Mau humor 
• Dor nas costas 
• Dor de cabeça 
• Menos sono 
• Dor abdominal 
• Desejo por determinados alimentos 
• Diarreia ou prisão de ventre 
• Decorrente por falta de informação educacional, 
sexual, desejo de ser mãe, por se sentirem imunes 
ao perigo da gravidez e até mesmo por medo de 
rejeição do companheiro, acham que se pedissem 
para usar camisinha perderiam o companheiro. 
• Além da orientação dos jovens dada pela escola e 
por serviços de saúde, é fundamental a existência 
de um canal de comunicação que construa uma 
relação de confiança nestas famílias desde a 
infância, para que a sexualidade do adolescente 
possa ser percebida, que dúvidas sejam tiradas e 
que a prevenção tanto da gestação quanto das DST 
possa ser apoiada pelas famílias. 
• 90% das entrevistadas sentiram mudanças após a 
gravidez, a principal delas foi perder a liberdade. 
• As principais consequências da gravidez precoce 
identificadas nesta pesquisa foram: a 
impossibilidade de completar a função da 
adolescência; os conflitos familiares; o adiamento 
ou comprometimento dos projetos dos estudos; 
menor chance de qualificação profissional, com 
óbvios reflexos para as oportunidades de inserção 
posterior no mundo do trabalho; impossibilidade 
de estabelecer uma família com plena autonomia, 
autogestão e projeto de futuro; e dependência 
financeira absoluta da família. 
• Verificou-se que, apesar de as famílias com renda 
mais baixa teremem um primeiro momento 
aceitado melhor a gravidez, o maior impacto 
também ocorreu entre estas famílias, 
principalmente com relação à expectativa de 
trabalho e estudo das adolescentes. Assim, como 
evasão escolar; não ter condições de trabalhar; 
dificuldade para achar emprego devido a 
formação. 
• Em um estudo realizado com 2.357 gestantes, a 
frequência de mulheres adolescentes (menores de 
18 anos) foi de 4%. A complicação materna mais 
notada foi a ruptura prolongada da membrana 
(predispõe ao parto prematuro), com 20,3%, e tem 
como complicações: infecção na mulher 
[corioamnionite (infecção intra-amniótica)], no 
neonato (sepse), ou em ambos; apresentação fetal 
anormal, e descolamento prematuro da placenta. 
Além disso, pré-eclâmpsia (7,1%); doenças da 
tireoide (7,1%); doenças cardíacas (3%); e 
infecções no trato urinário (2%). Entre as 
complicações neonatais, os destaques foram 
prematuridade (39%); baixo peso ao nascer (32%), 
e atraso no crescimento intrauterino (12%). A 
mortalidade neonatal foi descrita em 6,9% dos 
casos, e foi significativamente superior às 
complicações neonatais de outros partos. 
• Gestantes adolescentes devem merecer atenção 
especial durante a assistência pré-natal, pois 
apresentam maior frequência de pré-natal 
inadequado (menor número de consultas e 
maiores índices de não comparecimento) e de 
recém-nascidos de baixo peso, quando 
comparadas às gestantes não adolescentes. 
Condições como pré-eclâmpsia (quando há 
aumento da pressão arterial materna, gerando 
riscos para o feto), anemia e nascimento de bebês 
prematuros também têm sido associados à 
gestação na adolescência. 
• Além disso, frequentemente as gestações em 
adolescentes não são planejadas, o que pode 
aumentar riscos de complicações obstétricas e 
danos ao feto, pela eventual exposição materna a 
medicamentos, álcool, tabaco e outras drogas no 
início de uma gestação ainda não identificada pela 
mulher. 
• Bolsa Rota: Na gravidez, o feto fica envolvido em 
uma membrana dentro do útero que contém um 
liquido produzido pelo corpo da mãe. Esse liquido 
protege o bebê de impactos e possíveis problemas 
com infecção e é nele que o bebê cresce e se 
desenvolve com a nutrição da placenta. Quando 
essa membrana se rompe sem que seja por 
completo, e faz-se assim uma bolsa rota. 
• Infarto da placenta: O infarto placentário é 
decorrente de tromboses em vasos da placenta, 
que causam interrupção do fluxo sanguíneo para o 
bebê. A trombose é uma obstrução das artérias e 
veias, causadas por coágulos que se formam no 
sangue. 
• O kernicterus é uma complicação da icterícia 
neonatal que provoca lesões no cérebro do recém-
nascido, quando o excesso de bilirrubina não é 
tratado de forma adequada. A bilirrubina é uma 
substância que é produzida pela destruição natural 
dos glóbulos vermelhos e seu excesso é eliminado 
pelo fígado na produção da bile. No entanto, como 
muitos bebês nascem com o fígado ainda pouco 
desenvolvido, a bilirrubina acaba se acumulando 
no sangue, dando origem a uma icterícia neonatal 
que causa sintomas como coloração amarelada da 
pele. Para evitar que esta substância continue se 
acumulando e impedir o desenvolvimento 
de kernicterus, o pediatra recomenda fazer o 
tratamento com um tipo de luzes especiais, assim 
que o diagnóstico de icterícia é confirmado, 
permitindo eliminar o excesso de bilirrubina do 
organismo do bebê. 
 
 
Nas meninas, o estrogênio e a progesterona são os 
responsáveis pelo surgimento das características sexuais 
secundárias, estando relacionados à vida sexual e 
reprodutiva. Geralmente a puberdade feminina inicia-se 
entre os 10 e 11 anos de idade, com o surgimento dos 
brotos mamários; concomitantemente, aparecem os pelos 
púbicos. A quantidade de pelos púbicos e o tamanho dos 
seios vão aumentando paralelamente à aceleração do 
crescimento. A fase do estirão (12 anos) é relativamente 
precoce dentro do processo pubertário feminino, muitas 
vezes antecedendo a menarca. A velocidade de 
crescimento praticamente dobra durante o estirão (8-
9cm/ano), quando comparada ao crescimento pré-
puberal (4-5cm/ano). Ao final do estirão, na fase de 
desaceleração do crescimento, mais perto do fim da 
puberdade (12-13 anos) é que ocorre a menarca. Nos anos 
seguintes a ela, a menina ainda cresce alguns centímetros 
(5-6 cm), tem pequeno acréscimo no tamanho dos seios e 
na quantidade de pelos púbicos. Nessa fase o corpo 
acumula gordura, principalmente em certas regiões como 
quadris, nádegas e coxas, resultando em contornos 
tipicamente femininos. As meninas têm taxa de deposição 
de gordura sempre maior que os meninos e, mesmo 
diminuindo o ritmo de acréscimo, continuam sempre 
ganhando gordura, embora mais lentamente. Na 
puberdade, à medida que o corpo do adolescente se 
transforma, torna os adolescentes sensíveis à sua imagem 
física, pois o seu corpo muda rapidamente para se adapta e 
se tornar no corpo de um adulto. Às modificações corporais 
acrescenta-se o estado emocional, que se caracteriza 
também por mudanças contínuas de humor, muitas vezes 
repentinas e muito instáveis, pois expressam alegria, 
tristeza, raiva e entusiasmo. 
• Maturação pré-natal dos ovócitos: Durante a vida fetal 
inicial, as ovogônias se proliferam por divisões 
mitóticas para formar os ovócitos primários antes do 
nascimento. O ovócito primário circundado por uma 
camada de células epiteliais foliculares constitui 
um folículo primordial. Os ovócitos iniciam sua 
primeira divisão meiótica antes do nascimento, mas 
param na prófase I (na fase do diplóteno) até a 
adolescência. 
• Maturação pós-natal: Na puberdade, a cada período 
reprodutivo, vários ovócitos reiniciam a divisão 
meiótica, porém apenas um vai ser eliminado a cada 
mês na ovulação. 
O ovócito primário aumenta de tamanho e termina a 
primeira divisão meiótica pouco antes da ovulação (48 
a 72 horas antes), porém a divisão gera duas células de 
tamanhos desiguais: o ovócito secundário fica com 
quase todo o citoplasma e a maioria das organelas, a 
outra célula, bem menor, é chamada de corpúsculo 
polar e logo degenera. Durante o processo de ovulação 
(eliminação do ovócito do ovário), o ovócito inicia a 
segunda divisão meiótica, porém esta é novamente 
suspensa, desta vez na metáfase, e só será completada 
no momento da fecundação com a entrada do 
espermatozoide no interior da célula. 
Formação do folículo ovariano 
• Folículo ovariano é a estrutura no interior do ovário, 
localizada no córtex da gônada e é constituída pela 
célula germinativa, o ovócito, envolta pelas células 
foliculares, que são células derivadas do estroma do 
ovário. 
• No momento em que é formado o ovócito primário a 
partir da ovogônia, ele é envolvido por uma camada de 
células foliculares, que têm forma achatada. O folículo 
é denominado folículo primordial. 
Na puberdade, quando o ovócito primário cresce, as 
células epiteliais tornam-se cubóides e depois 
colunares, tendo o seu núcleo forma esférica, 
constituindo assim o folículo primário. Nessa fase, 
ovócito é envolvido por uma camada de material 
amorfo, acelular, chamada de zona pelúcida, 
constituída por glicoproteínas e glicosamninoglicanos. 
As células foliculares proliferam e constituem várias 
camadas envolvendo o ovócito. Nessa fase o folículo é 
chamado folículo em crescimento. Essa proliferação 
das células foliculares é estimulada pelas 
Gonadotrofinas hipofisárias, principalmente o FSH. 
O folículo aumenta de tamanho e, devido ao 
crescimento desigual das células foliculares, assume 
uma forma oval surgindo em um dos pólos uma 
cavidade entre as células foliculares, cheia de líquido, 
denominada antro folicular. O ovócito rodeado por um 
grupo de células fica localizado em um dos polos da 
estrutura, o cumulus oophorus. 
Com o desenvolvimento do folículo, uma nova camada 
de células derivado do estroma ovariano passa a 
envolver o folículo e logo se organiza em duas 
camadas: teca externa, responsável pelo envoltório do 
folículo e tecainterna, responsável pela produção dos 
hormônios femininos, estrógeno e progesterona. 
Aproximadamente, na metade do ciclo ovariano, o 
folículo encontra-se pronto para eliminar o ovócito, e é 
chamado de folículo maduro ou folículo de Graaf. 
–
O hipotálamo secreta um peptídio pequeno, hormônio 
liberador de gonadotrofina (GnRH), também 
conhecido como hormônio luteinizante liberador de 
hormônio. O GnRH regula a liberação de 
gonadotrofinas hormônio luteinizante LH e de 
hormônio folículo estimulante FSH pelas células 
especializadas (gonadótropos) na glândula hipófise 
anterior (Órgão alvo do eixo SNC-hipotalâmico-
pituitário-gonadal.). Esses hormônios são liberados em 
picos curtos (pulsos) a cada 1 a 4 h. O LH e o FSH 
promovem a ovulação e estimulam as secreções dos 
hormônios sexuais estradiol (um estrogênio) e 
progesterona pelos ovários. O estrogênio e a 
progesterona circulam na corrente sanguínea quase 
totalmente conjugados com proteínas plasmáticas. 
Somente os estrogênios e a progesterona não 
conjugados parecem ser biologicamente ativos. Eles 
estimulam os órgãos-alvo do sistema reprodutor (p. 
ex., mamas, útero e vagina). Em geral inibem, mas em 
certas situações (p. ex., próximo ao período de 
ovulação) podem estimular a secreção de 
gonadotrofinas. 
Relação com o ciclo menstrual 
No eixo Hipotálamo-Hipófise, o hipotálamo vai agir 
liberando GnRH na adenohipófise. 
A adenohipófise libera seus produtos na corrente 
sanguínea através do sistema porta-hipofisário, sendo 
responsável pela produção das gonadotrofinas (FSH, 
LH), prolactina (PRL), hormônio estimulante 
da tireóide (TSH), hormônio de crescimento (GH) e 
hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), em resposta a 
moduladores hipotalâmicos específicos. Na hipófise, os 
esteroides gonadais modulam a resposta 
do gonadotropo ao GnRH. O estradiol estimula a 
síntese e o armazenamento das gonadotrofinas, mas 
impede a liberação destas glicoproteínas na circulação 
sistêmica, promovendo, então, o acúmulo destas 
moléculas no interior das células. Atualmente, 
considera-se que o pico do LH na metade do ciclo 
menstrual possa constituir também uma resposta à 
ação direta do estradiol (retroalimentação positiva) 
sobre a hipófise anterior. A progesterona imprime 
resposta bifásica, sendo capaz tanto de inibir como 
estimular a liberação de LH. A secreção de FSH e LH 
pelo gonadotropo obedece aos pulsos 
de GnRH modulados pelos esteroides sexuais, e a 
concentração das gonadotrofinas sofre variação 
segundo a fase do ciclo menstrual. Nos anos 
reprodutivos, a resposta ovariana aos pulsos de LH e 
FSH ocorre de maneira 
variável em ciclos de 
aproximadamente 28 
dias. Essa ciclicidade 
sobrepõe-se à 
atividade basal 
gonadotrofina-
independente. Logo, 
hipotálamo e hipófise, 
via modificações nos 
níveis de LH e FSH, 
controlam e modulam 
apenas a etapa final do 
crescimento folicular. 
À medida que diminui 
a reserva folicular, os níveis basais de FSH se elevam. 
Os níveis basais de LH, relevantes na fase folicular 
tardia, permanecem mais estáveis e elevam-se 
tardiamente na vida reprodutiva, já no período pré-
menopausa. Após sua secreção o alvo para FSH é 
exclusivamente a célula da granulosa; já o LH, além das 
células da granulosa, têm múltiplos sítios-alvo, 
incluindo células da teça, estroma ovariano, células da 
granulosa do folículo período ovulatório e vários tipos 
de células luteínicas.
1- Estatura, IMC/Idade e os Estágios puberais de 
Tanner em todos os adolescentes que compareçam ao 
serviço de saúde. 
2- Medir a altura em antropômetro/estadiômetro de 
parede, com o adolescente descalço, segundo técnicas 
de antropometria (OMS). 
3- Pela recomendação deve-se colocar o adolescente 
de pé, sem sapatos, tão ereto quanto possível, com os 
olhos e as orelhas alinhados horizontalmente. Colocar 
a prancha ou prancheta na cabeça, fazendo um ângulo 
de 90 graus, firmemente sobre a cabeça do 
adolescente, enquanto o examinador exerce uma 
pressão suave de baixo para cima sobre o seu queixo, 
e lembra a ele que deve manter seus calcanhares 
sobre o piso e fazer uma inspiração profunda para 
manter a medição de sua altura. Anotar o dado no 
gráfico de Estatura/Idade (OMS). 
4- Pesar em balança eletrônica ou balança mecânica 
(balança de braço aferida e sempre zerada e tarada) 
pesar com o adolescente vestindo roupas leves, sem 
sapatos ou adereços, celulares, etc. 
5- O peso deve ser utilizado para avaliar o Índice de 
Massa Corporal (IMC, usando a fórmula: P/E²) e 
colocar nas curvas da OMS de IMC/Idade. 
6- Observar para os estágios de Tanner que o início da 
puberdade ocorre nas meninas entre 8 a 13 anos, com 
o aparecimento do broto mamário. 
7- A velocidade máxima do estirão puberal também é 
variável de adolescente para adolescente, ocorre 18 a 
24 meses antes nas mulheres do que nos homens, 
crescendo cerca de 8 cm por ano. 
8- RAIO-X pulso 
 
 
O método de GreulichPyle tem como 
vantagem ser um método mais fácil e 
mais rápido, sendo um bom método 
de triagem. Porém, é um método de 
baixa precisão, já que não permite 
análise contínua da idade óssea. Tem 
uma correlação linear com a idade 
cronológica (IC), mas, em caso de 
assincronismo do aparecimento dos 
núcleos ósseos, pode haver dúvidas. 
Além disso, podem haver diferenças 
com outros grupos populacionais. É 
um método com alto índice de 
subjetivismo visto que a comparação 
é feita com radiografias-padrão. 
• Preservativos masculino e feminino: para recolher o 
esperma ou evitar a entrada desse no útero, as 
camisinhas são utilizadas nos órgão sexuais com o 
objetivo não apenas de evitar a gravidez, mas 
também da transmissão de doenças sexualmente 
transmissíveis. 
• Diafragma: o diafragma é inserido na vagina antes da 
relação sexual, impedindo a entrada do esperma no 
útero. O diafragma deve permanecer no lugar 
durante seis a oito horas depois da relação e deve ser 
removido dentro de 24 horas. 
• Espermicidas: são substâncias químicas em forma de 
geleia, creme, comprimido, tablete ou espumas, que 
devem ser colocadas na vagina 15 minutos antes da 
relação sexual. Os espermicidas servem como 
barreira para impedir o contato dos espermatozoides 
com o útero. Usados isoladamente, os espermicidas 
não oferecem grande eficácia, mas associados a 
outros métodos de barreira, como o diafragma, são 
úteis e oferecem mais proteção. 
• Dispositivo intrauterino (DIU): é um método 
anticoncepcional inserido dentro do útero por um 
profissional especializado de saúde. Ele só pode ser 
utilizado em pacientes saudáveis e que apresentem 
exames ginecológicos normais; ausência de vaginites, 
tumores pélvicos, doença inflamatória pélvica (DIP), 
etc. 
• Pílula contraceptiva: é composto por diferentes tipos 
de hormônio, principalmente por estrogênio e 
progesterona. Agem inibindo a ovulação e evitando a 
gravidez. O uso de pílulas anticoncepcionais não é 
recomendado para mulheres fumantes, ou com 
pressão arterial elevada, histórico de câncer de 
mama, fígado, ou câncer endometrial. O melhor tipo 
de pílula para cada paciente deve ser indicado por um 
ginecologista. 
• Contraceptivo hormonal injetável: pode ser injetado 
uma vez por mês ou a cada três meses. É eficaz para 
evitar gravidez. 
• Anel vaginal: deve ser colocado na vagina, durante 
três semanas. Na quarta semana, o anel vaginal deve 
ser removido e, assim, reinserir um novo anel depois 
de sete dias de pausa. O anel vaginal contém 
hormônios como estrogênio e progesterona, que são 
absorvidos para a circulação e levam à inibição da 
ovulação. Sua indicação e uso devem ser feitos com o 
acompanhamento de um ginecologista. Esse método 
contraceptivo não pode ser utilizado por mulheres 
que apresentem histórico de coágulos de sangue, 
derrame ou ataque cardíaco, ou algum tipo de 
câncer. 
• Adesivos cutâneos com hormônio: são pequenos 
selos que contêm estrogênio e progesterona. Esses 
dois hormônios são absorvidos pela pele e vão 
diretamente para a circulação sistêmica. Os adesivosdevem ser usados por 21 dias, seguido de pausa de 
sete dias. Os benefícios, eficácia e contraindicações 
são as mesmas para os anéis vaginais e as pílulas. 
 
• A pílula de hormônios combinados é um composto de 
estrogênio e progesterona (hormônio sintético 
derivado da progesterona). Basicamente, essas 
substâncias bloqueiam a ovulação e impedem que o 
colo do útero dilate, dificultando a passagem de 
espermatozoides. O adesivo cutâneo e o anel vaginal 
possuem o mesmo princípio. O maior risco comprovado 
desses anticoncepcionais está na ação do estrogênio, 
que é capaz de provocar trombose, quadro em que 
uma espécie de coágulo (trombo) é formado. 
• Alguns fatores, contudo, elevam o risco de trombose 
além do habitual, entre os mais comuns podemos citar: 
• Obesidade. 
• Idade acima de 35 anos 
• Ser fumante. 
• História familiar de trombofilias ou outras doenças que 
interfiram na coagulação, como deficiência de proteína 
S, proteína C ou antitrombina, Fator V de Leiden, hiper-
homocisteinemia, anticorpo antifosfolipídeo e síndrome 
nefrótica. 
• Cirurgias, principalmente as ortopédicas dos membros 
inferiores. 
• História prévia de eventos trombóticos. 
• A relação entre o uso de anticoncepcionais hormonais e 
a fertilidade é um tema muito polêmico, composto por 
várias opiniões e pontos de vista. Há profissionais da 
área da saúde que dizem que, não há relação entre seu 
uso prolongado com a fertilidade ou infertilidade da 
mulher. Outros já dizem que seu uso à longo prazo é 
prejudicial a fertilidade. Alguns ginecologistas dizem 
que estes medicamentos não prejudicam, mas também 
não melhora ou prolonga essa fertilidade, pois a idade 
exerce grande influência com o envelhecimento dos 
ovócitos II, ou até mesmo o descobrimento de doenças 
dificultando a concepção (BRASIL, 2013). 
• Anticoncepcional e doenças cardiovasculares – a 
redução no teor de estrogênio aumentou 
substancialmente a segurança da pílula. 
• Anticoncepcional e hipertensão arterial – pílulas que 
contêm estrogênio em doses iguais ou maiores que 
50mcg apresentam maior risco de provocar 
hipertensão arterial, principalmente em mulheres 
fumantes acima de 35 anos. 
• As mulheres, em tese, já estão prontas a partir da 
primeira menstruação (menarca)- quando o corpo da 
menina mostra que seu organismo está amadurecido, 
isso aconteceria entre 12 e 14 anos. Já os meninos, o 
sinal fisiológico é a primeira ejaculação. 
• Mas, a primeira relação sexual não pode ser 
determinada apenas pelo lado biológico, pois, o corpo 
pode estra pronto, mas a mentalidade não. Dessa 
forma, não é possível marcar uma data ou uma idade, 
pois, as meninas têm desenvolvimento emocional mais 
rápido que os meninos. 
• O importante é estar preparada física e 
emocionalmente para a relação sexual e conhecer as 
responsabilidades que acercam deste ato. O ideal é 
procurar ter a primeira relação com alguém que goste e 
realmente se sinta à vontade”. Uma outra 
recomendação é que a menina se sinta segura, esteja 
preparada e conheça como funciona sua região íntima. 
Mais uma dessas orientações é saber sobre os métodos 
contraceptivos, como a camisinha e pílulas 
anticoncepcionais, para evitar a transmissão de 
doenças sexualmente transmissíveis e de gravidez. Por 
isso, é importante, antes da primeira vez, consultar um 
ginecologista para que o profissional possa avaliar o seu 
caso e fazer as devidas indicações médicas. 
• Lei criminalizou qualquer ato sexual com menores de 
14 anos 
• A edição da Lei 12.015, de 7 de agosto de 2009, 
reformulou os dispositivos do Código Penal que tratam 
de crimes sexuais, no intuito de tornar mais severas as 
penas para quem cometeu crimes como estupro e 
pedofilia. No entanto, para muitos operadores do 
direito, a referida lei não agradou. Sancionada pelo 
presidente Lula no dia 10 de agosto, além da criação de 
novos crimes como o tráfico de pessoas para fins 
sexuais, houve a alteração de alguns casos já previstos, 
como o estupro e atentado violento ao pudor, 
condensados agora no mesmo artigo 213, com pena 
prevista de 6 a 10 anos de prisão. 
• O artigo 217-A da nova lei dispõe sobre o estupro de 
vulnerável, no qual, para quem tiver relações sexuais 
com menores de 14 anos, a penalidade é de 8 a 15 anos 
de reclusão. A medida, para muitos, é errônea e 
desproporcional, uma vez que um namorado de 18 
anos que praticar sexo com sua namorada de 13 anos 
estará sujeito a uma pena mais severa do que a prática 
de estupro com violência contra uma mulher adulta (de 
6 a 10 anos) ou então, com jovens entre 14 e 18 anos 
(de 8 a 12 anos de reclusão). A legislação neste item 
dissocia-se da realidade na qual, cada vez mais jovens 
menores de 14 anos têm uma vida sexual ativa por 
opção e, por outro lado, é uma forte aliada no combate 
à exploração sexual infantil. 
• Na tentativa de proteger os mais jovens de crimes 
sexuais, a lei pode ter pecado ao não fazer distinção 
entre ato violento e consentido, igualando namorados a 
pedófilos, por exemplo. 
• A religião tem para os seres humanos uma importância 
significativa. Seja qual for à crença, não podemos 
ignorar que ela tem exercido forte influência sobre o 
comportamento e consequentemente, sobre a 
sexualidade humana. É de grande utilidade ter noções 
sobre a sexualidade na visão da religião numa 
perspectiva histórica, de forma a facilitar o 
conhecimento em relação a seus valores, problemas, 
medos, conflitos, entre outros. 
• A ideologia veiculada pelas religiões, como as católicas, 
as evangélicas, protestantes, islâmicas, conserva um 
conflito não resolvido com a questão da sexualidade. 
Isso porque vem para desempenhar um papel 
regulador dos comportamentos e não o de esclarecer 
sobre os dogmas das religiões. 
• Muitas religiões ainda consideram o desnudar do corpo 
como algo obsceno e imoral, e não como um fato 
natural. Para a maioria é inaceitável o uso de métodos 
contraceptivos em relação ao planejamento familiar, 
são contrários ao sexo antes do casamento, condenam 
o adultério, o aborto e o homossexualismo (sendo 
considerado pecado), há liberdade quanto às variações 
sexuais, mas a prática do sexo anal é condenado. 
• Desde os povos da Antiguidade até Idade Média, na 
questão do cristianismo, a sexualidade passa a ser vista 
como pecado e esta visão de mundo medieval 
influenciou definitivamente a nossa moral sexual. No 
Brasil a religião teve uma influência na moralidade 
sexual desde os primeiros padres jesuítas até as 
posições oficiais atuais, sobretudo a posição da Igreja 
Católica com o papa Bento XVI. (16) A partir de uma 
visão medieval de mundo a igreja impôs no Brasil uma 
moral sexual de condenação aos costumes nativos e até 
os dias atuais procura impor um comportamento rígido 
de limitação à sexualidade. 
• Percebemos que as religiões em geral, em relação à 
sexualidade, têm sido um instrumento ideológico e 
político-social, de forma que têm orientado os 
indivíduos para uma moral, na maioria das vezes, 
negando sua sexualidade e mais, têm penalizado os 
indivíduos pela culpa que é uma forma eficaz para 
conter a prática de ludibriar as normas impostas. A 
situação do cristianismo, em especial a Igreja Católica, 
percebemos a evidência de que em questão de moral 
sexual transparece a dimensão do poder da instituição 
sobre os indivíduos, pois “dominar o espaço mais 
íntimo da pessoa pressupõe dominá-la por inteiro”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.sodelas.com.br/noticia/perder-a-virgindade-com-um-amigo-e-um-bom-caminho
https://www.sodelas.com.br/noticia/perder-a-virgindade-com-um-amigo-e-um-bom-caminho
https://www.sodelas.com.br/noticia/metodos-contraceptivos-conheca-diferentes-tipos-e-como-funcionam
https://www.sodelas.com.br/noticia/metodos-contraceptivos-conheca-diferentes-tipos-e-como-funcionam
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818585/lei-12015-09
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
 As Infecções Sexualmente Transmissíveis são infecções 
causadaspor fungos, bactérias ou vírus transmitidos de 
uma pessoa para outra através do ato sexual. Nem todas as 
doenças podem apresentar sintomas, e é por isso que fazer 
exames regularmente é essencial para manter uma boa 
saúde. 
 Publicado online pelo Boletim da Organização Mundial 
da Saúde, a pesquisa mostra que, em em 2016, homens e 
mulheres de 15 a 49 anos, houve 127 milhões de novos 
casos de clamídia, 87 milhões de casos de gonorreia, 156 
milhões de tricomoníase e 6,3 milhões de sífilis. 
 Essas ISTs têm um impacto profundo na saúde de 
adultos e crianças no mundo. Se não forem tratadas, 
podem levar a efeitos graves e crônicos à saúde, dentre os 
quais doenças neurológicas e cardiovasculares, 
infertilidade, gravidez ectópica, natimortos e aumento do 
risco de HIV. Essas infecções também estão associadas a 
níveis significativos de estigma e violência doméstica. 
 
Clamídia 
 A doença é causada pela bactéria Chlamydia 
trachomatis e pode ser congênita (passada de mãe para 
filho). Em seu estágio inicial é comum não apresentar 
sintomas. Quando aparecem, os sinais podem ser fracos e 
passar despercebidos. A clamídia pode infectar o colo de 
útero, uretra e o reto. 
 Sintomas: A IST pode se manifestar através de ardência 
ao urinar, corrimento vaginal, sangramento intermenstrual, 
dor ou secreção no reto, dor abdominal, corrimentos e 
dores ao ter relações sexuais. 
 
Sífilis 
 A IST é causada pela bactéria Treponema pallidum, 
comumente disseminada entre pessoas jovens. A doença se 
manifesta de diversas formas, mas em alguns casos, pode 
ser imperceptível. Se não tratada, pode se agravar ao longo 
dos anos, causando demência e doenças cardíacas. 
 Sintomas: A sífilis pode se manifestar, primeiramente, 
com uma ferida discreta no pênis, vulva, vagina, colo do 
útero, boca ou ânus. A ferida desaparece mesmo sem 
tratamento e é por isso que deve-se desconfiar de qualquer 
sinal e consultar um médico. Mesmo com o sumiço da 
ferida, a bactéria continua no sangue. Com o passar do 
tempo, o corpo pode apresentar manchas pelo corpo, 
aumento de gânglios linfáticos e lesões nos órgãos. 
Gonorreia 
 A doença é causada pela pela bactéria Neisseria 
gonorrhoeae, também conhecida como gonococo. 
Qualquer pessoa que tenha a prática sexual pode contrair a 
gonorreia. Em geral, a bactéria se prolifera em áreas 
quentes e úmidas do corpo, incluindo a uretra. No sistema 
reprodutor feminino pode ser encontrada nas tubas 
uterinas, o útero e o colo do útero. 
 Sintomas: No homem, a gonorreia causa dor e ardência 
ao urinar, secreção de pus pela uretra e dor ou inchaço em 
um dos testículos. Na mulher, os sintomas se manifestam 
com o aumento no corrimento vaginal, dor ao urinar, 
sangramento fora do período menstrual, além de dores 
abdominais e na pélvis. 
Herpes Genital 
 A IST pode ser transmitida pelo contato com a pele de 
uma pessoa infectada que tem lesões visíveis (bolhas ou 
erupções). É possível, também, contrair herpes a partir do 
contato com a pele da pessoa infectada mesmo quando 
não há lesões visíveis. Além disso, é possível contrair a 
doença pela saliva e contato com fluidos vaginais. 
 Sintomas: Muitas vezes a doença pode ser 
assintomática. Quando se manifesta o corpo apresenta 
dores e irritação na genitália; manchas vermelhas e 
pequenas bolhas esbranquiçadas; úlceras nas partes 
íntimas, que podem sangrar ao urinar. 
HIV/AIDS 
 O vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da 
Aids, atinge as células do sistema imunitário, destruindo-as 
e tornando o corpo incapaz de se defender de outras 
infecções. A doença é transmitida através do sangue, 
fluidos vaginais, sêmen e leite materno e não tem cura. 
Entretanto, há tratamentos que prolongam a vida da 
pessoa infectada. 
 Sintomas: Vários sinais podem surgir com a queda da 
imunidade, porém há alguns mais comuns. Como febre, 
mal-estar, dores de cabeça, manchas vermelhas pelo corpo, 
dores nos músculos, erupções na pele, calafrios, sudorese 
noturna e úlceras orais e genitais. 
 
Cancro mole (cancroide) 
 É causado pela bactéria Haemophilus ducreyi, sendo 
mais frequente em países tropicais.Transmite-se pela 
relação sexual com uma pessoa infectada sem o uso da 
camisinha masculina ou feminina. 
Sinais e sintomas 
• Feridas múltiplas e dolorosas de tamanho pequeno com 
presença de pus, que aparecem com frequência nos órgãos 
genitais (ex.: pênis, ânus e vulva). 
• Podem aparecer nódulos (caroços ou ínguas) na virilha. 
Diagnóstico e tratamento 
Ao se observar qualquer sinal e sintoma de cancro mole, a 
recomendação é procurar um serviço de saúde. O 
tratamento deverá ser prescrito pelo profissional de saúde. 
Condiloma acuminado (Papilomavírus Humano - HPV) 
 É um vírus que infecta a pele ou mucosas (oral, genital 
ou anal), provocando verrugas anogenitais (na região 
genital e ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus. 
 A transmissão do HPV se dá por contato direto com a 
pele ou mucosa infectada. A principal forma de transmissão 
é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-
genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com 
o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração 
vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o 
parto. Como muitas pessoas infectadas pelo HPV não 
apresentam sinais ou sintomas, elas não sabem que têm o 
vírus, mas podem transmiti-lo. 
 A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria 
das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de 
meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou 
https://www.who.int/bulletin/online_first/en/
https://www.who.int/bulletin/online_first/en/
apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho 
nu). 
 A diminuição da resistência do organismo pode 
desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, 
provocar o aparecimento de lesões. A maioria das infecções 
em mulheres (sobretudo em adolescentes) tem resolução 
espontânea, pelo próprio organismo, em um período 
aproximado de até 24 meses. 
 As primeiras manifestações da infecção pelo HPV 
surgem, aproximadamente, entre dois e oito meses, mas 
pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da 
infecção. As manifestações costumam ser mais comuns em 
gestantes e em pessoas com imunidade baixa. 
 Lesões clínicas – apresentam-se como verrugas na 
região genital e no ânus (denominadas tecnicamente 
condilomas acuminados e popularmente conhecidas como 
"crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista"). Podem ser 
únicas ou múltiplas, de tamanho variável, achatadas ou 
papulosas (elevadas e sólidas). Em geral, são 
assintomáticas, mas pode haver coceira no local. Essas 
verrugas, normalmente, são causadas por tipos de HPV não 
cancerígenos. 
 Lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu) – podem 
ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não 
apresentam sinais/sintomas. As lesões subclínicas podem 
ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para 
o desenvolvimento de câncer. 
Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região 
perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal 
e/ou região pubiana. Menos frequentemente, podem estar 
presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas e 
mucosas nasal, oral e laríngea. 
Mais raramente, crianças que foram infectadas no 
momento do parto podem desenvolver lesões verrucosas 
nas cordas vocais e laringe (Papilomatose Respiratória 
Recorrente). 
PREVENÇÃO 
• Vacinar-se contra o HPV é a medida mais eficaz para se 
prevenir contra a infecção. A vacina é distribuída 
gratuitamente pelo SUS e é indicada para: meninas de 9 a 
14 anos e meninos de 11 a 14 anos; pessoas que vivem HIV 
na faixa etária de 9 a 26 anos; pessoas transplantadas na 
faixa etária de 9 a 26 anos; 
 Ressalta-se, porém, que a vacina não é um tratamento 
e não apresenta eficácia contra infecções ou lesões por HPV 
já existentes. A vacina não previne infecçõespor todos os 
tipos de HPV, mas é focada para os tipos mais frequentes: 
6, 11, 16 e 18. 
 Exame preventivo do câncer de colo de útero: câncer 
do colo do útero é causado principalmente pela infecção 
persistente por alguns tipos do vírus HPV. O exame 
preventivo, também chamado de colpocitologia oncótica 
cervical ou Papanicolau, é o exame ginecológico preventivo 
mais comum para identificar lesões precursoras de câncer 
do colo do útero. Esse exame ajuda a detectar células 
anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser 
tratadas antes de se tornarem câncer. O exame não é capaz 
de diagnosticar a presença do HPV; no entanto, é 
considerado o melhor método para detectar o câncer do 
colo do útero e suas lesões precursoras. 
 Quando essas alterações que antecedem o câncer são 
identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos. 
Por isso, é muito importante que as mulheres façam o 
exame de Papanicolau regularmente, mesmo que estejam 
vacinadas contra HPV. 
 Preservativo: o uso de preservativo (camisinha) nas 
relações sexuais é outra importante forma de prevenção do 
HPV. Contudo, o seu uso, apesar de prevenir a maioria das 
IST, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois 
muitas vezes as lesões estão presentes em áreas não 
protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, períneo 
ou bolsa escrotal). A camisinha feminina, que cobre 
também a vulva, é mais eficaz para evitar a infecção, se 
utilizada desde o início da relação sexual. 
Doença Inflamatória Pélvica (DIP) 
 É uma síndrome clínica causada por vários 
microrganismos, que ocorre devido à entrada de agentes 
infecciosos pela vagina em direção aos órgãos sexuais 
internos, atingindo útero, trompas e ovários, causando 
inflamações. Esse quadro acontece principalmente quando 
a gonorreia e a infecção por clamídia não são tratadas. 
Além do contagio sexual é possível ocorrer após algum 
procedimento médico local – como inserção de Dispositivo 
Intrauterino (DIU), biópsia na parte interna do útero ou 
curetagem. 
Sinais e sintomas 
• Dor na parte baixa do abdômen (no “pé da barriga” ou 
baixo ventre) e/ou durante a relação sexual. 
• Dor abdominal e nas costas. 
• Febre, fadiga e vômitos. 
• Corrimento vaginal, sangramento vaginal, dor ao urinar. 
Diagnóstico e tratamento 
 Na presença de qualquer sinal ou sintoma de DIP, 
recomenda-se procurar imediatamente um profissional de 
saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento 
adequado. 
 Em casos mais graves, é necessária a internação 
hospitalar para uso de antibiótico por via venosa. 
Donovanose 
 É uma IST crônica progressiva, causada pela bactéria 
Klebsiella granulomatis. Acomete preferencialmente a pele 
e mucosas das regiões da genitália, da virilha e do ânus. 
Causa úlceras e destrói a pele infectada. É pouco frequente, 
ocorrendo na maioria das vezes em climas tropicais e 
subtropicais. 
Sinais e sintomas 
• Após o contágio, aparece uma lesão que se transforma em 
ferida ou caroço vermelho. 
• Não dói e não tem íngua. 
• A ferida vermelha sangra fácil, pode atingir grandes áreas e 
comprometer a pele ao redor, facilitando a infecção por 
outras bactérias. 
Diagnóstico e tratamento 
 Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessas IST, 
recomenda-se procurar um serviço de saúde para o 
diagnóstico correto e indicação do tratamento com 
antibiótico adequado. 
 Deve-se evitar contato sexual até que os sinais e 
sintomas tenham desaparecido e o tratamento seja 
finalizado. 
Linfogranuloma venéreo (LGV) 
 é uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia 
trachomatis, que atinge os órgãos genitais e os gânglios da 
virilha. É popularmente conhecida como “mula”. 
Sinais e sintomas 
• Feridas nos órgãos genitais e outros (pênis, vagina, colo do 
útero, ânus e boca), as quais, muitas vezes, não são 
percebidas e desaparecem sem tratamento. 
• Entre uma a seis semanas após a ferida inicial, surge um 
inchaço doloroso (caroço ou íngua) na virilha, que, se não 
for tratado, rompe-se, com a saída de pus. 
• Pode haver sintomas por todo o corpo, como dores nas 
articulações, febre e mal-estar. 
• Quando não tratada adequadamente, a infecção pode 
agravar-se, causando elefantíase (acúmulo de linfa no 
pênis, escroto e vulva). 
Diagnóstico e tratamento 
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa IST, 
recomenda-se procurar um serviço de saúde para o 
diagnóstico correto e indicação do tratamento com 
antibiótico adequado. 
As parcerias sexuais também precisam ser tratadas. 
Infecção pelo HTLV 
 É causada pelo vírus T-linfotrópico humano (HTLV) que 
atinge as células de defesa do organismo, os linfócitos T. O 
HTLV foi o primeiro retrovírus humano isolado (no início da 
década de 1980) e é classificado em dois grupos: HTLV-I e 
HTLV-II. 
 Além de relações sexuais desprotegidas, a transmissão 
do HTLV ocorre, também, da mãe infectada para o recém-
nascido (transmissão vertical), principalmente pelo 
aleitamento materno e há o contágio pelo 
compartilhamento de seringas e agulhas. 
Sinais e sintomas 
 A maioria das pessoas infectadas pelo HTLV não 
apresentam sinais e sintomas durante toda a vida. Dos 
infectados pelo HTLV, 10% apresentarão algumas doenças 
associadas a esse vírus, entre as quais se podem citar: 
doenças neurológicas, oftalmológicas, dermatológicas, 
urológicas e hematológicas (ex.: leucemia/linfoma 
associada ao HTLV). 
 
Tratamento 
 O tratamento é direcionado de acordo com a doença 
relacionada ao HTLV. A pessoa deverá ser acompanhada 
nos serviços de saúde do SUS e, quando necessário, receber 
seguimento em serviços especializados para diagnóstico e 
tratamento precoce de doenças associadas ao HTLV. 
 
Prevenção 
 É recomendado o uso de preservativo masculino ou 
feminino (disponíveis gratuitamente na rede pública de 
saúde) em todas as relações sexuais, e o não 
compartilhamento de seringas, agulhas ou outro objeto 
cortante. Da mesma forma, a amamentação está 
contraindicada (recomenda-se o uso de inibidores de 
lactação e de fórmulas lácteas infantis). 
Tricomoníase 
 Causada por um protozoário, o Trichomonas vaginalis, 
encontrado com mais frequência na genitália feminina. 
Sinais e sintomas 
• Corrimento amarelado, amarelo-esverdeado ou 
acinzentado com mau cheiro, geralmente lembrando peixe. 
• Às vezes ocorre prurido, sangramento após relação sexual, 
dor durante relação sexual e dor ao urinar. 
• A tricomoníase pode ser assintomática, mas é um 
facilitador para a transmissão de outros agentes infecciosos 
agressivos, como gonorreia e infecção por clamídia, e na 
gestação, quando não tratada, pode evoluir para 
rompimento prematuro da bolsa. 
Diagnóstico e tratamento 
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa IST, 
recomenda-se procurar um serviço de saúde para o 
diagnóstico correto e indicação do tratamento com 
antibiótico adequado. 
As parcerias sexuais devem ser tratadas, ainda que não 
apresentem sinais e sintomas. 
Hepatites virais 
 Hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada 
por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras 
drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e 
genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre 
apresentam sintomas, mas, quando estes aparecem, 
podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, 
vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina 
escura e fezes claras. 
 No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as 
causadas pelos vírus A, B e C. Milhões de pessoas no Brasil 
são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o 
risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e 
causarem danos mais graves ao fígado, como cirrose e 
câncer. 
• Transmissão sanguínea: se praticou sexo desprotegido ou 
compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates 
de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e 
D); 
• Transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante a 
gravidez, o parto e aamamentação (vírus B, C e D). 
 No caso das hepatites B e C, é preciso um intervalo de 
60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame 
de sangue. 
 
No ovário, há cerca de um milhão de folículos ao 
nascimento e de 400.00 na menarca. Ciclos sucessivos de 
ovulação e atrésia esgotam os folículos, e o estroma 
predomina nos ovários. Considera-se, então ideal a faixa 
entre os 20 e 29 anos. Antes, o aparelho reprodutor 
feminino não está totalmente desenvolvido e depois há 
uma regressão na fertilidade da mulher. Após os 35 anos de 
idade, durante a gestação podem ocorrer problemas como: 
• Pré-eclâmpsia (pressão arterial elevada que surge durante a 
gestação) 
• Diabetes gestacional (Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) 
consiste na intolerância à glicose que manifesta 
hiperglicemia durante a gravidez. Ocorre, então, pela 
secreção de hormônios placentários, a resistência da 
gestante à insulina. Pode causar consequências tanto para a 
mãe, quanto para o feto) 
• Anomalias cromossômicas no feto 
• Natimortos 
• Também é mais propenso ocorrer, no trabalho de parto, o 
descolamento prematuro da placenta. 
 Antes de um casal tentar engravidar, é importante que 
tanto a mulher quanto o homem passem por uma série de 
exames chamados pré-concepcionais. Essas avaliações 
serão as responsáveis por detectar se existem problemas de 
saúde que possam atrapalhar os planos de gerar um filho. 
Doenças femininas 
• Endometriose 
 Presença do endométrio (tecido responsável por revestir 
a cavidade uterina) fora do útero, ou seja, em outros órgãos 
da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga. Todos os 
meses, o endométrio fica mais espesso, para que um óvulo 
fecundado possa se implantar nele. Quando não há 
gravidez, no final do ciclo ele descama e é expelido na 
menstruação. Uma das teorias para o aparecimento da 
endometriose é que um pouco desse sangue migra no 
sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, 
causando lesão endometriótica. 
 A patogênese da endometriose tem sido explicada por 
diversas teorias que apontam para a multicausalidade, 
associando fatores genéticos, anormalidades imunológicas 
e disfunção endometrial4,6. Na teoria da implantação, o 
tecido endometrial, por meio da menstruação retrógrada, 
teria acesso a estruturas pélvicas através das tubas uterinas 
implantando-se na superfície peritoneal, estabelecendo 
fluxo sanguíneo e gerando resposta inflamatória. A teoria 
da metaplasia celômica propõe que células indiferenciadas 
do peritônio pélvico teriam capacidade de se diferenciar em 
tecido endometrial. A teoria do transplante direto explicaria 
o desenvolvimento de endometriose em episiotomia, em 
cicatriz de cesariana e em outras cicatrizes cirúrgicas. 
Disseminação de células ou tecido endometriais através de 
vasos sanguíneos e linfáticos explicaria as localizações fora 
da cavidade pélvica. As apresentações clínicas mais comuns 
são infertilidade e dor pélvica – dismenorreia, dispareunia, 
dor pélvica cíclica. Podem ser encontrados sintomas 
relacionados a localizações atípicas do tecido endometrial – 
dor pleurítica, hemoptise, cefaleias ou convulsões, lesões 
dolorosas em cicatrizes cirúrgicas com dor, edema e 
sangramento local. 
 Nesse caso, a saúde das tubas é comprometida, tal 
como a mobilidade delas. Assim, elas não têm boa 
capacidade de encaminhar o óvulo até o útero. 
 É uma doença que não tem cura, mas possui tratamento. 
O diagnóstico pode ser realizado com um exame de sangue 
do marcador CA-125 no início do ciclo menstrual, além da 
ultrassonografia e ressonância magnética. Também pode 
ser indicada a realização de biópsia por laparoscopia. 
 Dependendo da avaliação, os anticoncepcionais 
contendo hormônios (principalmente a progesterona 
isoladamente) podem ser úteis para regredir ou controlar a 
endometriose e melhorar a fertilidade. Além disso, é 
possível usar a pílula de progesterona ou combinada 
(estrogênio mais progesterona) ou o DIU de progesterona. 
O DIU simples (de cobre) não funciona. É exequível , 
também, outros tipos de medicações que podem bloquear 
o ciclo menstrual e induzir a um estado semelhante à 
menopausa para ratar a endometriose. Após um tempo 
desse tratamento, pode-se tentar engravidar novamente. 
 
• Hipotireoidismo e hipertireoidismo 
 Ambos são disfunções da glândula hipófise. O hormônio 
estimulador da tireoide (TSH), produzido pela hipófise, tem 
influência no processo de ovulação e é fundamental para a 
concepção. Por isso, quando é secretado em menor ou 
maior quantidade, impacta a capacidade reprodutiva. 
 Para o diagnóstico é possível realizar exames de sangue, 
mensurando a quantidade de TSH e de outros hormônios 
relacionados à tireoide (como T4 e T3). 
 O tratamento pode ser feito inclusive durante a 
gestação, para evitar o risco de abortamento. 
• Distúrbios na hipófise 
 Diante dos agravos na função da hipófise, há um 
aumento na produção do hormônio prolactina, responsável 
por estimular a produção do leite materno. E diante disso, 
aparecem dificuldades ovulatórias. O tratamento pode ser 
feito com medicamentos ou cirurgias (casos mais raros). 
• Ovulação desregulada 
 Mesmo que a mulher menstrue mensalmente, ela pode 
não ovular. Esse problema acontece, geralmente, em 
mulheres com idade reprodutiva avançada e mulheres que 
apresentam ciclos menstruais irregulares. 
 Um exame de sangue que mesura as taxas hormonais e 
ultrassons ao longo do mês para acompanhar o percurso do 
óvulo até o final da ovulação, podem ser utilizados para o 
diagnóstico. Além disso, pode ser realizado o exame do 
hormônio anti-mulleriano, que calcula a reserva ovariana 
no organismo. 
• Síndrome dos ovários policísticos 
 Consiste no desenvolvimento de pequenos cistos nos 
ovários, impactando na regularidade da menstruação e que 
pode provocar o aparecimento de acnes e obesidade, além 
de comprometer a fertilidade. 
 O tratamento pode ser a base de remédios que 
induzem a ovulação, inseminação artificial ou métodos de 
coito programado. 
 
Doenças masculinas 
• Varicocele 
 Há o surgimento de varizes nos testículos, por causa da 
dilatação das veias na região. Essa doença altera na 
produção de espermatozoides. O diagnóstico pode ocorrer 
pelo próprio paciente ou o médico pode notar o aspecto 
dilatado das veias no saco escrotal. E isso é um motivo de 
infertilidade, sendo necessária a realização de uma cirurgia 
para fazer laqueadura das veias com varizes. 
• Sífilis e gonorreia 
 Essas doenças infecciosas podem ocasionar a 
diminuição da mobilidade dos espermatozoides, além da 
quantidade e da qualidade de produção. Ambas podem ser 
diagnosticadas pela realização de exames que medem a 
quantidade de leucócitos no sangue. É necessária a 
utilização de antibiótico tanto para o homem quanto para a 
parceira. 
Ademais: 
• Peso (homem e/ou mulher) 
 Se o índice de massa corpórea (IMC) estiver acima de 
30 ou 35, há problemas na capacidade ovulatória e na 
qualidade seminal. Além disso, é comum a diminuição do 
libido, que implica diretamente na concepção. É necessário, 
também, levar em conta que a obesidade pode levar ao 
desenvolvimento de hipotireoidismo, diabetes e síndrome 
dos ovários policísticos. Podem apresentar bebês com 
defeitos congênitos, abaixo ou acima do peso, abortos 
espontâneos ou natimortos, hipertensão gestacional, pré-
eclâmpsia (hipertensão gestacional acompanhada de 
proteína na urina) 
 No caso de o índice ser inferior a 19,8, podem 
apresentar bebês abaixo do peso. 
• Idade (homem e/ou mulher) 
 Para a mulher, as chances de reprodução diminuem a 
partir dos 35 anos de idade. Aos 40 anos a mulher tem 
aproximadamente 8% da capacidade reprodutiva. Além do 
mais, durante a gestação podem ocorrer problemas como 
pré-eclâmpsia (pressão arterial elevada que surge durante 
a gestação), diabetes gestacional, anomalias 
cromossômicas no feto e natimortos. Também é mais 
propensoocorrer, no trabalho de parto, o descolamento 
prematuro da placenta ou o deslocamento dessa. Já no 
caso do homem, a alteração na qualidade do sêmen 
começa aos 40 anos. 
 No caso de uma gravidez na adolescência, é possível 
que apresentem pré-eclâmpsia, trabalho de parto 
prematuro, anemia, maior ingestão de álcool, tabaco e 
DSTs. Diante disso, o bebê tem mais chance de nascer 
abaixo do peso 
 
• Criptorquidia (testículos que não desceram) 
 Malformação identificada no nascimento do menino, 
caracterizada pelo posicionamento incorreto do testículo, 
atrapalhando a produção de espermatozoides 
 
• Fatores genéticos 
• Infecções (homem): como prostatites, uretrites e 
infecções urinárias 
• Exposição (homens): radioterapia, quimioterapia 
Complicações da gravidez 
• Placenta deslocada (placenta prévia) e descolamento 
prematuro da placenta do útero (ruptura prematura da 
placenta) podem causar hemorragia vaginal durante a 
gestação. Mulheres com sangramento intenso têm o risco 
de perder o bebê ou entrar em choque e, se não forem 
tratadas imediatamente, podem falecer durante o trabalho 
de parto. 
Exposições durante a gestação 
 Aumenta o risco de ter um bebê com um defeito 
congênito ou um abortamento espontâneo, quando 
durante a 2ª e a 8ª semana de gestação a grávida é exposta 
a substâncias ou condições teratogênicas. 
• Algumas infecções (catapora, hepatite, herpes, rubéola, 
sífilis...) 
• Medicamentos 
• Radiação e alguns tipos de produtos químicos 
• Drogas, álcool e tabaco 
• Estresse 
Mulher 
• Hemograma completo. 
• Tipagem sanguínea. 
• Pesquisa de anticorpos irregulares. 
• Glicemia de jejum. 
• Uréia, creatinina e ácido úrico. 
• AST e ALT. o VDRL. o Anti-HIV. 
• Sorologias para Toxoplasmose, Rubéola, 
Citomegalovirus, Hepatites B e C. 
• TSH, T4 Livre. 
• Urina I e Urinocultura. 
• Citologia cérvico-vaginal. 
• Mamografia (se indicado). 
• USG transvaginal, das mamas e tireóide. 
 
Homem: 
• Hemograma completo. 
• Tipagem sanguínea. 
• Glicemia de jejum. 
• VDRL. 
• Anti-HIV. 
• Sorologias para Hepatites B e C. 
• Urina I e Urinocultura. 
• Espermograma 
 
VACINAÇÃO 
• Deve ser oferecida a imunização pré-concepcional às 
mulheres consideradas de risco para Hepatite B ( pelo estilo 
de vida ou exposição profissional), Rubéola, Difteria, 
Influenza, Tétano e Varicela. 
• O status vacinal se torna relevante pela possibilidade da 
prevenção pela vacinação prévia destas patologias . 
• É prudente adiar a concepção por 3 meses após receber 
vacinação com vírus atenuado, como no caso de Rubéola e 
Varicela. 
 
A oligospermia consiste na redução do número de 
espermatozoides presentes no ejaculado. Os espermas são 
produzidos no testículo, o sêmen, por sua vez, é produzido 
na próstata e nas vesículas seminais. Os espermatozoides e 
o líquido seminal se misturam na uretra prostática e 
compõem o ejaculado. Diante disso, a quantidade de 
líquido pode ser normal, mas a quantidade de gametas é 
alterada. De acordo com a OMS, o diagnóstico de 
oligozoospermia é feito quando há uma concentração 
abaixo de 15 milhões por mL e um número menor que 39 
milhões de sptz no ejaculado. 
 A oligospermia grave ocorre quando a concentração de 
esperma no fluído é inferior a 5 milhões por mL. Nesse caso 
as técnicas de reprodução assistida são recomendadas. 
 
 
 Causas: 
 • Uso constante de roupas apertadas 
 • Dieta inadequada, com consumo de alimentos ricos 
em gorduras 
 • Inflamação por bactérias 
 • Alcoolismo, tabagismo e uso de drogas ilícitas 
 • Estresse 
 • Obesidade 
 • Doenças testiculares adquiridas na infância 
(criptorquidia, orquite e caxumba) 
 • Fatores genéticos 
 • Inflamação nos testículos 
 • Abuso de anabolizantes 
 • Medicações 
 • Quimioteria, radioterapia ou cirurgias genitais 
 • Alteração na tireoide e na hipófise 
 • Variocele 
 • Entre outros 
1. Relação Sexual Programada – Coito Programado 
Nesse método, a parceira faz um tratamento hormonal com 
hormônios para estimular o desenvolvimento do(s) 
folículo(s), que contêm um óvulo cada em seu interior. 
Quando ele atinge o tamanho ideal, a mulher utiliza outro 
hormônio para induzir a liberação do óvulo (ovulação). O 
tratamento é acompanhado por ultrassonografia para 
controle do crescimento. Após a indução da ovulação, o 
casal deverá manter relações sexuais próximas ao momento 
da ovulação, isto é, 36 horas após a injeção. 
2. Inseminação Intrauterina (IIU) Artificial 
A inseminação intrauterina é um dos métodos mais comuns 
devido à sua baixa complexidade, pois apenas um dos 
gametas é manipulado: o espermatozoide. Para que ocorra, 
é importante que os espermatozoides, depois de coletados, 
sejam devidamente capacitados. A capacitação é um 
processo determinante, pois permite a separação dos 
espermatozoides mais ativos e aptos a fertilizar o óvulo. 
Tendo a quantidade desejável de gametas masculinos, o 
médico, então, deposita-os na cavidade uterina para que 
ocorra a fecundação in vivo nas trompas uterinas. Esse 
método tem cerca de 15% de sucesso e é recomendado 
para homens que apresentem o espermograma leve ou 
moderadamente alterado. Nesse tratamento, a mulher 
recebe a mesma estimulação ovariana da realizada na 
relação sexual programada. 
 
3. FIV (Fertilização in vitro) 
 
Para os casais que não obtiveram sucesso após 3 ciclos de 
tratamento com a relação sexual programada ou com 
a inseminação artificial, ambas consideradas técnicas de 
baixa complexidade, é recomendado que se submetam 
à FIV (fertilização in vitro). Essa técnica é também indicada 
como primeira opção para diversas indicações. 
Inicialmente realiza-se a estimulação ovariana, com a 
administração de hormônios, para aumentar o número de 
óvulos disponíveis para a fertilização. O controle do 
desenvolvimento folicular é acompanhado por meio de 
exames de ultrassom e de sangue para dosagem hormonal. 
Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é feita a 
coleta dos óvulos e do sêmen. Aproximadamente 40.000 
espermatozoides serão colocados juntos a cada óvulo para 
que ocorra a fertilização, no laboratório. Os embriões 
formados e selecionados serão transferidos para o útero, 
para que a gestação tenha seu prosseguimento de forma 
natural. As taxas de sucesso ficam entre 5% e 55% por 
tentativa, dependendo de cada caso e, principalmente, da 
idade da mulher. 
 
PASSOS 
 
PASSO 1 – MONITORAMENTO E ESTIMULAÇÃO DO 
DESENVOLVIMENTO DE ÓVULOS SAUDÁVEIS NOS OVÁRIOS 
Medicações para fertilidade são prescritas para controlar o 
momento do amadurecimento do óvulo e aumentar a 
chance da coleta de múltiplos óvulos durante um dos ciclos 
femininos. Este processo é chamado de indução da 
ovulação. 
Múltiplos óvulos são desejados porque alguns óvulos não 
irão se desenvolver ou fertilizar após sua obtenção. O 
desenvolvimento do óvulo é monitorado usando-se o 
ultrassom para o exame dos ovários e testes de amostras 
de urina ou sangue para checagem dos níveis hormonais. 
 
PASSO 2 - OBTENÇÃO DOS ÓVULOS 
Os óvulos são obtidos através de um pequeno 
procedimento cirúrgico minimamente invasivo no qual a 
imagem do ultrassom é usada para guiar uma agulha 
coletora através da cavidade pélvica. Sedação e anestesia 
local são administradas para a remoção de qualquer 
desconforto que se possa experimentar. Os óvulos são 
removidos dos ovários usando-se a agulha coletora, 
processo este chamado de aspiração folicular. O processo 
de obtenção do óvulo normalmente leva de 20 a 30 
minutos, dependendo do número de folículos maduros 
presentes. Algumas mulheres podem experimentar cólicas 
no dia da obtenção, o que comumente alivia no dia 
seguinte; no entanto, uma sensação de preenchimento ou 
pressão pode durar por várias semanas subsequentes ao 
procedimento. 
 
PASSO 3 – OBTENÇÃO DO ESPERMATOZÓIDE 
No dia da obtenção do óvulo, o parceiro masculino 
necessitará produzir

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