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• Ocorre entre 9-14 anos; • Marco inicial: aumento testicular (> 3 ml – ou ≥4 ml - de volume ou > 2,5 cm no maior diâmetro). Pode ser medido com orquidômetro de Prader; • Pubarca: pilificação pubiana, e • Pelos axilares (2 anos após pubianos); • Pelos da face, e após restante do corpo; • Aumento do pênis (primeiro em comprimento e depois diâmetro) • Estirão puberal. ADRENARCA • Processo silencioso; • Ativação da zona reticular das glândulas adrenais, que tem como consequência a síntese e secreção de androgênios, dehidroepiandrosterona (DHEA) e sua forma sulfatada S-DHEA, precede a gonadarca. • Ocorre por volta dos 7-8 anos de idade, • As manifestações clínicas (pelos pubianos, odor axilar, pelos axilares) ocorrerão apenas após as manifestações da gonodarca. • Nos meninos os testículos são a principal fonte de androgênios (testosterona). GONADARCA • Aumento na amplitude e frequência da secreção pulsátil do hormônio hipotalâmico liberador de gonadotrofinas (GnRH), • Ativação do Eixo Hipotálamo hipófise gonodal começando produção de hormônios sexuais, responsáveis pelo desenvolvimento de características sexuais, maturação dos orgãos sexuais e gametogênese. • Nos meninos ocorre por volta dos 9-14 anos de idade. DIMORFISMO CORPORAL • É resultante do processo de desenvolvimento esquelético, muscular e do tecido adiposo; • Crescimento do diâmetro biacromial (entre ombros), associado ao desenvolvimento muscular na região da cintura escapular; • Aumento na capacidade física. DESENVOLVIMENTO DE ÓRGÃOS E SISTEMAS • Com exceção do tecido linfoide, que apresenta involução progressiva a partir da adolescência, e do tecido nervoso (praticamente com todo o seu crescimento já estabelecido), todos os órgãos e sistemas se desenvolvem durante a puberdade; • Principalmente os sistemas cardiocirculatório e respiratório, • O aumento da capacidade física observado na puberdade é mais marcante no sexo masculino, e é resultante do desenvolvimento do sistema cardiorrespiratório, das alterações hematológicas (aumento da eritropoiese) e do aumento da massa muscular, da força e da resistência física. • Tem maturação completa à vigésima semana de gestação, então durante a vida fetal o eixo está ativo, com uma pausa durante a infância e uma reativação durante a puberdade. • O controle da função testicular pelo hipotálamo ocorre por meio de pulsos na secreção do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH). Esses hormônios estimulam a hipófise anterior a secretar dois hormônios gonadotróficos: o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio foliculoestimulantes (FSH), estes atuam diretamente no testículo, controlando tanto a espermatogênese como a produção de hormônios esteroides. Além disso, o aumento nos níveis de LH e FSH inibe a secreção tanto de GnRH quanto de FSH, caracterizando um sistema de retroalimentação negativa (feedback negativo) • Quando toma anabolizante, inibe o eixo hipotalamo hipófise, pode gerar infertilidade, gerando diversos transtornos. • A di-hidrotestosterona, ou 5a-dihidrotestosterona, também conhecida como androstanolona ou estanolona, é um esteroide sexual, androgênico e um hormônio endógeno. Como a dihidrotestosterona é um hormômio que tem ação muito parecida com a testosterona e com a androstenediona, a sua dosagem ajuda no diagnóstico de puberdade precoce ou atrasada no sexo masculino, defeitos testiculares, síndrome dos ovários policísticos, tumores ovarianos, deficiência de gonadotrofina nas mulheres, e tumores adrenais e hiperplasia adrenal congênita, tanto em homens como em mulheres. • A gametogênese masculina é denominada espermatogênese e ocorre nos túbulos seminíferos dos testículos. • A maturação das células germinativas para formação dos espermatozoides ocorre até o final da vida do indivíduo, em que cada espermatogônia dará origem a quatro espermatozoides. • As espermatogônias que foram formadas durante a vida fetal e estavam dormentes nos túbulos seminíferos, entram em fase de multiplicação na puberdade dando origem a muitas espermatogônias por mitoses sucessivas. • Após a fase de multiplicação, cada espermatogônia formada entra na fase de crescimento e dá origem a dois espermatócitos primários. Em seguida os espermatócitos primários passam pela fase de maturação, que corresponde às divisões de meiose. Cada espermatócito primário ao sofrer a primeira divisão da meiose dá origem a dois espermatócitos secundários. Esta primeira divisão da meiose é reducional, assim os espermatócitos secundários passam a ter metade do número de cromossomos, isto é, cada espermatócito secundário é uma célula haplóide (N), ao contrário dos estágios anteriores de espermatogônias e espermatócitos primários que são diplóides (2N). A continuidade do processo de maturação ocorre com a segunda divisão da meiose nos espermatócitos secundários que darão origem as espermátides, que também são células haplóides. Cada espermátide passa pelo fenômeno da espermiogênese, que corresponde ao processo de diferenciação celular para formação dos verdadeiros gametas masculinos. • Durante a espermiogênese as espermátides ganham o acrossomo e a cauda (flagelo). O acrossomo está localizado na região anterior da cabeça do espermatozóide e corresponde a uma aglomeração de vesículas secretadas a partir do complexo de Golgi. No acrossomo estão presentes várias enzimas, entre elas a hialuronidase que têm papel fundamental no momento da fecundação, pois as atividades destas enzimas favorecem a entrada do espermatozóide através da corona radiata e da zona pelúcida durante o processo de fertilização. A cauda do espermatozóide é fundamental para a mobilidade do gameta masculino até o local da fertilização. Para ocorrer o movimento de chicoteamento da cauda do espermatozóide, as mitocôndrias da cauda fornecem ATP (adenosina trifosfato), que é fonte de energia para a locomoção. • A espermatogênese desde a origem das espermatogônias até a formação dos espermatozoides, passando pela espermiogênese, ocorre em aproximadamente dois meses. CÉLULAS DE LEYDIG • São estimuladas pelo LH, e libertam androgênios. Secretando testosterona, androstediona e dehidroepiandrosterona (DHEA). CÉLULAS DE SERTOLI • Auxiliam na troca de nutrientes e metabólitos dos espermatócitos, espermátides e espermatozoides; • A secreção de uma proteína é controlada pelo FSH, servindo para concentrar testosterona nos túbulos seminíferos, onde ela é necessária para a espermatogênese. • Podem converter testosterona em estradiol e também secretam um peptídeo denominado inibina, que suprime a síntese e a liberação de FSH pela hipófise. ÓRGÃOS EXTERNOS • O pênis e o escroto, também chamado de bolsa escrotal, são os órgãos externos do sistema genital masculino. • O pênis é um órgão de forma cilíndrica, coberto por uma pele frouxa que, na porção final, perto da glande (porção dilatada do pênis), forma uma dobra ou prega chamada de prepúcio, o frênulo controla a contração do prepúcio. • O prepúcio do pênis é retrátil, ou seja, ao ser puxado para trás ou removido cirurgicamente, expõe a glande. • Glande apresenta uma abertura por onde ocorre a ejaculação do sêmen e a eliminação da urina. • No corpo do pênis encontram-se os corpos cavernosos que, durante a excitação, os vasos sanguíneos ficam cheios deixando-o denso. ÓRGÃOS INTERNOS • Entre os órgãos internos do sistema genital masculino estão os testículos, os epidídimos, a próstata, os dutos deferentes, a uretra, as vesículas seminais e as glândulas bulbouretrais. • Testículos: são as gônadas masculinas, responsáveis pela produção dos espermatozoides, a qual ocorre nos: • Túbulos seminíferos, as células de Sertoli (estimuladas pelo FSH) presentes nos túbulos tem funçãode produzir proteínas que irão carregar o estrogênio e a testosterona para um fluido dos túbulos seminíferos. Existem células intersticiais entre os túbulos seminíferos, que são as células de Leydig (estimuladas por LH), onde se formam os hormônios andrógenos, por exemplo a testosterona. • A partir da puberdade, os espermatozoides começam a ser produzidos nos testículos, de onde passam para o: • Epidídimo, pequenos órgãos localizados acima dos testículos. Nesses órgãos, os espermatozoides completam, em alguns dias, o seu processo de amadurecimento. • Espermatozoides maduros podem ficar armazenados nos chamados canais deferentes. • Durante a excitação masculina, contrações musculares levam os espermatozoides até a uretra e, de lá, para o meio externo, fenômeno denominado ejaculação. Nesse percurso, recebem líquidos das vesículas seminais e da próstata, formando o sêmen (ou esperma). • Esses líquidos têm como função nutrir os espermatozoides, ajudar a diminuir a acidez da uretra e da vagina (prejudicial aos espermatozoides) e facilitar a movimentação dos gametas masculinos dentro do sistema reprodutor feminino. Já as glândulas bulbouretrais tem como função produzir o líquido pré-ejaculatório. • Ginecomastia é o desenvolvimento do volume mamário em homens, provocado por aumento do tecido fibroglandular e adiposo. • Na puberdade, com intenso influxo hormonal, e na velhice, com a diminuição da testosterona, é muito comum – quase metade dos homens apresentam certo grau. No adulto, ocorre em aproximadamente 10%. • Pode ser uni ou bilateral e variar desde graus discretos até formas avançadas, com mamas em pêndulo. • A causa na maioria das vezes é desconhecido. Mas, pode ocorrer devido a alguns dos seguintes fatores: • Desbalanço entre hormônios estimuladores (estrogênicos) e inibidores (androgênicos). • Doenças de tireoide ou hipófise. • Uso crônico de alguns tipos de medicamentos. • Tumores de testículo ou suprarrenal (raro). • A ginecomastia não tem relação direta com câncer, ou seja, não predispõe ao desenvolvimento do câncer. • Dependendo do volume e de desconforto estético e das implicações sociais, como restrição à prática de esportes que impliquem na exposição do tórax, pode ser necessário tratamento. • Casos leves, em meninos de 10 a 16 anos, costumam ser transitórios e reversíveis, não precisando de tratamento, só de orientações sobre a natureza do quadro, e da ausência de repercussões sexuais e reprodutoras. • Diante das formas mais intensas, a melhor conduta é cirúrgica. Indica-se um procedimento que combina lipoaspiração, para retirar o excesso de gordura, e pequeno corte periareolar, para a remoção do tecido fibroglandular. É uma cirurgia pequena, que requer um dia de internação, e que promove excelentes resultados. • Bullying é uma palavra que se originou na língua inglesa. “Bully” significa “valentão”, e o sufixo “ing” representa uma ação contínua. • Designa um quadro de agressões contínuas, repetitivas, com características de perseguição do agressor contra a vítima. • Meninos estão mais envolvidos com o bullying direto (agressões físicas) e meninas com o bullying indireto (agressões verbais; mais sutil). • Pode estar presente nas relações de modo explícito, mas também pode manifestar-se sutilmente, podendo ser confundido com brincadeiras típicas da idade. CONSEQUÊNCIAS • Sintomas físicos, doenças psicossomáticas, prejuízos sociais, emocionais e acadêmicos; sendo comuns: a depressão, a ansiedade e os sintomas de Transtorno de Estresse Pós- Traumático (TEPT). • Também pode apresentar: gastrite, distúrbios do sono, aumento do consumo de drogas ilícitas, falta de confiança. • A exposição à violência pode ser uma experiência traumática que afeta, a curto e a longo-prazo, o bem-estar físico, social e emocional dos seres humanos. • Dessa forma, devido ao impacto dos eventos traumáticos sobre a saúde mental dos indivíduos, essas experiências podem predispô- los tanto à resiliência quanto à vulnerabilidade. Não se sabe exatamente o que desencadeia a puberdade, mas tem 3 eventos endócrinos: - Adrenarca → ↑ da secreção de hormonal adrenal - Ativação/desinibição dos neurônios hipotalâmicos secretores de LHRH → ↑ de gonadotrofinas hipofisárias - Gonadarca → ↑ de esteroides sexuais. A puberdade começa quando cessa a inibição dos neurônios hipotalâmicos basais-mediais → libera GnRH → induz hipó9se a liberar LH e FSH (gonadotropinas) → causa crescimento e maturação gonadal. - Estradiol ovariano → crescimento mamário - Andrógenos suprarrenais dos 2 sexos → adrenarca. - Sexo Feminino → 1º sinal visível de puberdade (M2) é o aparecimento dos botões mamários (telarca), entre os 8-13 anos → no início, pode ser assimétrica ou unilateral (pode levar 6 meses p/ aparecer do outro lado) Após 6-12 meses, há o surgimento dos pelos pubianos (pubarca) aos 9,5 anos e axilares aos 10,5 anos A menarca ocorre 2-5 anos após a telarca (M3-M4), geralmente aos 12 anos (1 ano após o estirão, na fase de desaceleração). Depois da menarca, a menina cresce aprox. 6cm. É normal entre 9-16 anos → entre a telarca e a menarca pode ocorrer um intervalo de 2-5 anos. - Mama (telarca): pela secreção ovariana de estrógeno - Pelos (pubarca): pela secreção de andrógenos adrenais. A ocorrência da menarca, embora nem sempre se relacione com o ciclo ovulatório normal, representa o estágio de amadurecimento uterino, não significando que a menina tenha atingido o estágio de função reprodutiva completo, pois os ciclos menstruais iniciais são geralmente anovulatórios, havendo um período de relativa esterilidade na adolescência, que dura de 1 a 18 meses após a menarca. É dividida em 3 fases, com características somáticas, cognitivas e comportamentais → • FASE INICIAL (10-13ANOS) → Desenvolvimento biológico → Desenvolvimento das características sexuais secundárias; crescimento até a estatura de adulto; desenvolvimento da capacidade reprodutiva. A produção de andrógenos pela glândula adrenal pode ocorrer precocemente (< 6 anos) → odor nas axilas e pelos pubianos (pubarca) 9 anos O desenvolvimento do córtex pré-frontal póstero- lateral e do giro temporal superior podem inibir impulsos, pesar as consequências de suas ações, priorizar e criar estratégias. Ocorre um ↑ na intensidade emocional, assim como desenvolvimento cognitivo e do pensamento moral. - Sexualidade → atividade exploratória, masturbação, espermarca, interesse pelo sexo e anatomia genital. FASE MÉDIA (14-16 ANOS) → Sexualidade → Início da atividade sexual, experimentação homossexual e relações + significativas. - Desenvolvimento Biológico → Em ambos os sexos, o pico na velocidade de crescimento ocorre no estágio 3-4 de Tanner. O aumento de peso ocorre paralelamente ao crescimento linear, mas com um atraso → primeiro espicha e depois engorda. A massa muscular também aumenta, principalmente no sexo masculino, assim como a massa magra corporal → no sexo feminino, há maior proporção de tecido gorduroso. A estimulação androgênica das glândulas sebáceas e apócrinas resultam em acne e odor corporal. FASE TARDIA (17-20 ANOS) - Desenvolvimento Biológico → Estágio final do desenvolvimento das mamas, do pênis e pelos pubianos ocorre aos 17-18 anos. Ocorrência de acne, especialmente nos homens - Sexualidade → identidade sexual, relações + maduras e estáveis. • É constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora. • A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente,duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante. • A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais. A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozoides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê. A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutaneomucosas intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios. Na mulher reprodutivamente madura, os grandes lábios são recobertos por pelos pubianos. Mais internamente, outra prega cutaneomucosa envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. Na vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, homólogo ao pênis do homem. • Ovários: são as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos. No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. • Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gameta feminino): fenômeno conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno. Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário. O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias. • Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: são dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formado por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero. • Útero: órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio. • Fase folicular: Os folículos são estruturas presentes nos ovários desde o nascimento da mulher, mas que permanecem inativos até a puberdade quando, sob a influência de hormônios, experimentam um maior desenvolvimento. A partir da puberdade, em cada ciclo menstrual um desses folículos se desenvolve até dar origem a um óvulo maduro, o qual se desprende do ovário e, se fecundado, resultará numa gravidez e, se não fecundado, acabará na menstruação. De cada vez, à medida que se desenvolvem, os folículos segregam quantidades cada vez maiores de estradiol, um estrogênio que estimula a proliferação do endométrio (revestimento interno do útero) e produz mudanças no muco cervical, preparando o organismo para a fertilização e para a nidação do embrião. Em virtude das alterações que acontecem no endométrio, a fase folicular costuma ser chamada de fase proliferativa. Essa fase começa com o início de cada menstruação, dura em média 15 dias e termina com a ovulação. • Fase ovulatória: Mais ou menos na metade do ciclo, depois de 24 a 36 horas do pico de produção do hormônio luteinizante (LH), o ovário liberta um óvulo. Inicia-se, assim, a fase da ovulação. Se não houver fertilização, o óvulo liberado sobrevive no máximo por 24 horas e depois se desintegra. Durante a fase folicular, o estradiol a princípio inibe a produção de LH hipofisário, mas à medida que o óvulo se aproxima da maturação, os níveis de estradiol alcançam valores acima dos quais estimulam maior produção de LH. Isso faz com que o óvulo amadureça rapidamente e a parede do folículo enfraqueça, libertando o óvulo do ovário. É a ovulação, momento auge do ciclo menstrual. Como efeito secundário, a temperatura corporal aumenta em todo esse período, tornando-se um dos indicativos de fertilidade que a mulher utiliza, se deseja ou não engravidar. Parece ser aleatório o fato de que seja o ovário direito ou o esquerdo que liberta o óvulo em cada ciclo, mas se ambos o fizerem num mesmo momento, darão origem a gêmeos bivitelinos. Depois de liberado pelo ovário, o óvulo é captado pelas trompas, através da fímbria (pequena membrana no fim de cada trompa) e caminha por elas em direção ao útero. Nesse trajeto ele pode ou não se encontrar com o espermatozoide e ser fecundado por ele. Se não ocorrer a fecundação, o óvulo se desintegra ou se dissolve após cerca de um dia; se a fecundação ocorrer, forma-se o ovo, que caminhará rumo ao útero, onde se aninhará e crescerá. A fertilização do óvulo pelo espermatozoide se dá normalmente na parte mais larga das trompas, a chamada ampola. Um óvulo fertilizado leva cerca de três dias para alcançar o útero e mais três dias para implantar-se no endométrio e iniciar a gestação. • Fase luteína: Os resquícios do folículo de onde tenha saído o óvulo formarão o corpo lúteo, uma estrutura endócrina temporária, de cor amarelada, produtora de progesterona. Sob a influência desse hormônio, o endométrio se prepara para uma possível nidação de um embrião. Se ocorrer fecundação, o corpo lúteo permanecerá por cinco a seis meses, mantido pela gonadotrofina coriônica produzida pelo embrião. Se a fecundação não ocorrer, o corpo lúteo experimentará uma involução em cerca de 10 a 12 dias. A duração da fase folicular em cada mulher varia um pouco de ciclo para ciclo, mas a fase luteína é bastante regular. Uma vez que essa gonadotrofina é apenas produzida pelo embrião, muitos testes de gravidez baseiam-se na presença dela. Psicológica Podemos fazer da fase folicular um período de reflexão e decisão, da fase ovulatória um momento de expressão, da fase lútea um momento de libertação e da fase menstrual um período de crescimento emocional. • Tristeza • Irritabilidade • Dificuldade de concentração • Ansiedade • Mau humor • Dor nas costas • Dor de cabeça • Menos sono • Dor abdominal • Desejo por determinados alimentos • Diarreia ou prisão de ventre • Decorrente por falta de informação educacional, sexual, desejo de ser mãe, por se sentirem imunes ao perigo da gravidez e até mesmo por medo de rejeição do companheiro, acham que se pedissem para usar camisinha perderiam o companheiro. • Além da orientação dos jovens dada pela escola e por serviços de saúde, é fundamental a existência de um canal de comunicação que construa uma relação de confiança nestas famílias desde a infância, para que a sexualidade do adolescente possa ser percebida, que dúvidas sejam tiradas e que a prevenção tanto da gestação quanto das DST possa ser apoiada pelas famílias. • 90% das entrevistadas sentiram mudanças após a gravidez, a principal delas foi perder a liberdade. • As principais consequências da gravidez precoce identificadas nesta pesquisa foram: a impossibilidade de completar a função da adolescência; os conflitos familiares; o adiamento ou comprometimento dos projetos dos estudos; menor chance de qualificação profissional, com óbvios reflexos para as oportunidades de inserção posterior no mundo do trabalho; impossibilidade de estabelecer uma família com plena autonomia, autogestão e projeto de futuro; e dependência financeira absoluta da família. • Verificou-se que, apesar de as famílias com renda mais baixa teremem um primeiro momento aceitado melhor a gravidez, o maior impacto também ocorreu entre estas famílias, principalmente com relação à expectativa de trabalho e estudo das adolescentes. Assim, como evasão escolar; não ter condições de trabalhar; dificuldade para achar emprego devido a formação. • Em um estudo realizado com 2.357 gestantes, a frequência de mulheres adolescentes (menores de 18 anos) foi de 4%. A complicação materna mais notada foi a ruptura prolongada da membrana (predispõe ao parto prematuro), com 20,3%, e tem como complicações: infecção na mulher [corioamnionite (infecção intra-amniótica)], no neonato (sepse), ou em ambos; apresentação fetal anormal, e descolamento prematuro da placenta. Além disso, pré-eclâmpsia (7,1%); doenças da tireoide (7,1%); doenças cardíacas (3%); e infecções no trato urinário (2%). Entre as complicações neonatais, os destaques foram prematuridade (39%); baixo peso ao nascer (32%), e atraso no crescimento intrauterino (12%). A mortalidade neonatal foi descrita em 6,9% dos casos, e foi significativamente superior às complicações neonatais de outros partos. • Gestantes adolescentes devem merecer atenção especial durante a assistência pré-natal, pois apresentam maior frequência de pré-natal inadequado (menor número de consultas e maiores índices de não comparecimento) e de recém-nascidos de baixo peso, quando comparadas às gestantes não adolescentes. Condições como pré-eclâmpsia (quando há aumento da pressão arterial materna, gerando riscos para o feto), anemia e nascimento de bebês prematuros também têm sido associados à gestação na adolescência. • Além disso, frequentemente as gestações em adolescentes não são planejadas, o que pode aumentar riscos de complicações obstétricas e danos ao feto, pela eventual exposição materna a medicamentos, álcool, tabaco e outras drogas no início de uma gestação ainda não identificada pela mulher. • Bolsa Rota: Na gravidez, o feto fica envolvido em uma membrana dentro do útero que contém um liquido produzido pelo corpo da mãe. Esse liquido protege o bebê de impactos e possíveis problemas com infecção e é nele que o bebê cresce e se desenvolve com a nutrição da placenta. Quando essa membrana se rompe sem que seja por completo, e faz-se assim uma bolsa rota. • Infarto da placenta: O infarto placentário é decorrente de tromboses em vasos da placenta, que causam interrupção do fluxo sanguíneo para o bebê. A trombose é uma obstrução das artérias e veias, causadas por coágulos que se formam no sangue. • O kernicterus é uma complicação da icterícia neonatal que provoca lesões no cérebro do recém- nascido, quando o excesso de bilirrubina não é tratado de forma adequada. A bilirrubina é uma substância que é produzida pela destruição natural dos glóbulos vermelhos e seu excesso é eliminado pelo fígado na produção da bile. No entanto, como muitos bebês nascem com o fígado ainda pouco desenvolvido, a bilirrubina acaba se acumulando no sangue, dando origem a uma icterícia neonatal que causa sintomas como coloração amarelada da pele. Para evitar que esta substância continue se acumulando e impedir o desenvolvimento de kernicterus, o pediatra recomenda fazer o tratamento com um tipo de luzes especiais, assim que o diagnóstico de icterícia é confirmado, permitindo eliminar o excesso de bilirrubina do organismo do bebê. Nas meninas, o estrogênio e a progesterona são os responsáveis pelo surgimento das características sexuais secundárias, estando relacionados à vida sexual e reprodutiva. Geralmente a puberdade feminina inicia-se entre os 10 e 11 anos de idade, com o surgimento dos brotos mamários; concomitantemente, aparecem os pelos púbicos. A quantidade de pelos púbicos e o tamanho dos seios vão aumentando paralelamente à aceleração do crescimento. A fase do estirão (12 anos) é relativamente precoce dentro do processo pubertário feminino, muitas vezes antecedendo a menarca. A velocidade de crescimento praticamente dobra durante o estirão (8- 9cm/ano), quando comparada ao crescimento pré- puberal (4-5cm/ano). Ao final do estirão, na fase de desaceleração do crescimento, mais perto do fim da puberdade (12-13 anos) é que ocorre a menarca. Nos anos seguintes a ela, a menina ainda cresce alguns centímetros (5-6 cm), tem pequeno acréscimo no tamanho dos seios e na quantidade de pelos púbicos. Nessa fase o corpo acumula gordura, principalmente em certas regiões como quadris, nádegas e coxas, resultando em contornos tipicamente femininos. As meninas têm taxa de deposição de gordura sempre maior que os meninos e, mesmo diminuindo o ritmo de acréscimo, continuam sempre ganhando gordura, embora mais lentamente. Na puberdade, à medida que o corpo do adolescente se transforma, torna os adolescentes sensíveis à sua imagem física, pois o seu corpo muda rapidamente para se adapta e se tornar no corpo de um adulto. Às modificações corporais acrescenta-se o estado emocional, que se caracteriza também por mudanças contínuas de humor, muitas vezes repentinas e muito instáveis, pois expressam alegria, tristeza, raiva e entusiasmo. • Maturação pré-natal dos ovócitos: Durante a vida fetal inicial, as ovogônias se proliferam por divisões mitóticas para formar os ovócitos primários antes do nascimento. O ovócito primário circundado por uma camada de células epiteliais foliculares constitui um folículo primordial. Os ovócitos iniciam sua primeira divisão meiótica antes do nascimento, mas param na prófase I (na fase do diplóteno) até a adolescência. • Maturação pós-natal: Na puberdade, a cada período reprodutivo, vários ovócitos reiniciam a divisão meiótica, porém apenas um vai ser eliminado a cada mês na ovulação. O ovócito primário aumenta de tamanho e termina a primeira divisão meiótica pouco antes da ovulação (48 a 72 horas antes), porém a divisão gera duas células de tamanhos desiguais: o ovócito secundário fica com quase todo o citoplasma e a maioria das organelas, a outra célula, bem menor, é chamada de corpúsculo polar e logo degenera. Durante o processo de ovulação (eliminação do ovócito do ovário), o ovócito inicia a segunda divisão meiótica, porém esta é novamente suspensa, desta vez na metáfase, e só será completada no momento da fecundação com a entrada do espermatozoide no interior da célula. Formação do folículo ovariano • Folículo ovariano é a estrutura no interior do ovário, localizada no córtex da gônada e é constituída pela célula germinativa, o ovócito, envolta pelas células foliculares, que são células derivadas do estroma do ovário. • No momento em que é formado o ovócito primário a partir da ovogônia, ele é envolvido por uma camada de células foliculares, que têm forma achatada. O folículo é denominado folículo primordial. Na puberdade, quando o ovócito primário cresce, as células epiteliais tornam-se cubóides e depois colunares, tendo o seu núcleo forma esférica, constituindo assim o folículo primário. Nessa fase, ovócito é envolvido por uma camada de material amorfo, acelular, chamada de zona pelúcida, constituída por glicoproteínas e glicosamninoglicanos. As células foliculares proliferam e constituem várias camadas envolvendo o ovócito. Nessa fase o folículo é chamado folículo em crescimento. Essa proliferação das células foliculares é estimulada pelas Gonadotrofinas hipofisárias, principalmente o FSH. O folículo aumenta de tamanho e, devido ao crescimento desigual das células foliculares, assume uma forma oval surgindo em um dos pólos uma cavidade entre as células foliculares, cheia de líquido, denominada antro folicular. O ovócito rodeado por um grupo de células fica localizado em um dos polos da estrutura, o cumulus oophorus. Com o desenvolvimento do folículo, uma nova camada de células derivado do estroma ovariano passa a envolver o folículo e logo se organiza em duas camadas: teca externa, responsável pelo envoltório do folículo e tecainterna, responsável pela produção dos hormônios femininos, estrógeno e progesterona. Aproximadamente, na metade do ciclo ovariano, o folículo encontra-se pronto para eliminar o ovócito, e é chamado de folículo maduro ou folículo de Graaf. – O hipotálamo secreta um peptídio pequeno, hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), também conhecido como hormônio luteinizante liberador de hormônio. O GnRH regula a liberação de gonadotrofinas hormônio luteinizante LH e de hormônio folículo estimulante FSH pelas células especializadas (gonadótropos) na glândula hipófise anterior (Órgão alvo do eixo SNC-hipotalâmico- pituitário-gonadal.). Esses hormônios são liberados em picos curtos (pulsos) a cada 1 a 4 h. O LH e o FSH promovem a ovulação e estimulam as secreções dos hormônios sexuais estradiol (um estrogênio) e progesterona pelos ovários. O estrogênio e a progesterona circulam na corrente sanguínea quase totalmente conjugados com proteínas plasmáticas. Somente os estrogênios e a progesterona não conjugados parecem ser biologicamente ativos. Eles estimulam os órgãos-alvo do sistema reprodutor (p. ex., mamas, útero e vagina). Em geral inibem, mas em certas situações (p. ex., próximo ao período de ovulação) podem estimular a secreção de gonadotrofinas. Relação com o ciclo menstrual No eixo Hipotálamo-Hipófise, o hipotálamo vai agir liberando GnRH na adenohipófise. A adenohipófise libera seus produtos na corrente sanguínea através do sistema porta-hipofisário, sendo responsável pela produção das gonadotrofinas (FSH, LH), prolactina (PRL), hormônio estimulante da tireóide (TSH), hormônio de crescimento (GH) e hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), em resposta a moduladores hipotalâmicos específicos. Na hipófise, os esteroides gonadais modulam a resposta do gonadotropo ao GnRH. O estradiol estimula a síntese e o armazenamento das gonadotrofinas, mas impede a liberação destas glicoproteínas na circulação sistêmica, promovendo, então, o acúmulo destas moléculas no interior das células. Atualmente, considera-se que o pico do LH na metade do ciclo menstrual possa constituir também uma resposta à ação direta do estradiol (retroalimentação positiva) sobre a hipófise anterior. A progesterona imprime resposta bifásica, sendo capaz tanto de inibir como estimular a liberação de LH. A secreção de FSH e LH pelo gonadotropo obedece aos pulsos de GnRH modulados pelos esteroides sexuais, e a concentração das gonadotrofinas sofre variação segundo a fase do ciclo menstrual. Nos anos reprodutivos, a resposta ovariana aos pulsos de LH e FSH ocorre de maneira variável em ciclos de aproximadamente 28 dias. Essa ciclicidade sobrepõe-se à atividade basal gonadotrofina- independente. Logo, hipotálamo e hipófise, via modificações nos níveis de LH e FSH, controlam e modulam apenas a etapa final do crescimento folicular. À medida que diminui a reserva folicular, os níveis basais de FSH se elevam. Os níveis basais de LH, relevantes na fase folicular tardia, permanecem mais estáveis e elevam-se tardiamente na vida reprodutiva, já no período pré- menopausa. Após sua secreção o alvo para FSH é exclusivamente a célula da granulosa; já o LH, além das células da granulosa, têm múltiplos sítios-alvo, incluindo células da teça, estroma ovariano, células da granulosa do folículo período ovulatório e vários tipos de células luteínicas. 1- Estatura, IMC/Idade e os Estágios puberais de Tanner em todos os adolescentes que compareçam ao serviço de saúde. 2- Medir a altura em antropômetro/estadiômetro de parede, com o adolescente descalço, segundo técnicas de antropometria (OMS). 3- Pela recomendação deve-se colocar o adolescente de pé, sem sapatos, tão ereto quanto possível, com os olhos e as orelhas alinhados horizontalmente. Colocar a prancha ou prancheta na cabeça, fazendo um ângulo de 90 graus, firmemente sobre a cabeça do adolescente, enquanto o examinador exerce uma pressão suave de baixo para cima sobre o seu queixo, e lembra a ele que deve manter seus calcanhares sobre o piso e fazer uma inspiração profunda para manter a medição de sua altura. Anotar o dado no gráfico de Estatura/Idade (OMS). 4- Pesar em balança eletrônica ou balança mecânica (balança de braço aferida e sempre zerada e tarada) pesar com o adolescente vestindo roupas leves, sem sapatos ou adereços, celulares, etc. 5- O peso deve ser utilizado para avaliar o Índice de Massa Corporal (IMC, usando a fórmula: P/E²) e colocar nas curvas da OMS de IMC/Idade. 6- Observar para os estágios de Tanner que o início da puberdade ocorre nas meninas entre 8 a 13 anos, com o aparecimento do broto mamário. 7- A velocidade máxima do estirão puberal também é variável de adolescente para adolescente, ocorre 18 a 24 meses antes nas mulheres do que nos homens, crescendo cerca de 8 cm por ano. 8- RAIO-X pulso O método de GreulichPyle tem como vantagem ser um método mais fácil e mais rápido, sendo um bom método de triagem. Porém, é um método de baixa precisão, já que não permite análise contínua da idade óssea. Tem uma correlação linear com a idade cronológica (IC), mas, em caso de assincronismo do aparecimento dos núcleos ósseos, pode haver dúvidas. Além disso, podem haver diferenças com outros grupos populacionais. É um método com alto índice de subjetivismo visto que a comparação é feita com radiografias-padrão. • Preservativos masculino e feminino: para recolher o esperma ou evitar a entrada desse no útero, as camisinhas são utilizadas nos órgão sexuais com o objetivo não apenas de evitar a gravidez, mas também da transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. • Diafragma: o diafragma é inserido na vagina antes da relação sexual, impedindo a entrada do esperma no útero. O diafragma deve permanecer no lugar durante seis a oito horas depois da relação e deve ser removido dentro de 24 horas. • Espermicidas: são substâncias químicas em forma de geleia, creme, comprimido, tablete ou espumas, que devem ser colocadas na vagina 15 minutos antes da relação sexual. Os espermicidas servem como barreira para impedir o contato dos espermatozoides com o útero. Usados isoladamente, os espermicidas não oferecem grande eficácia, mas associados a outros métodos de barreira, como o diafragma, são úteis e oferecem mais proteção. • Dispositivo intrauterino (DIU): é um método anticoncepcional inserido dentro do útero por um profissional especializado de saúde. Ele só pode ser utilizado em pacientes saudáveis e que apresentem exames ginecológicos normais; ausência de vaginites, tumores pélvicos, doença inflamatória pélvica (DIP), etc. • Pílula contraceptiva: é composto por diferentes tipos de hormônio, principalmente por estrogênio e progesterona. Agem inibindo a ovulação e evitando a gravidez. O uso de pílulas anticoncepcionais não é recomendado para mulheres fumantes, ou com pressão arterial elevada, histórico de câncer de mama, fígado, ou câncer endometrial. O melhor tipo de pílula para cada paciente deve ser indicado por um ginecologista. • Contraceptivo hormonal injetável: pode ser injetado uma vez por mês ou a cada três meses. É eficaz para evitar gravidez. • Anel vaginal: deve ser colocado na vagina, durante três semanas. Na quarta semana, o anel vaginal deve ser removido e, assim, reinserir um novo anel depois de sete dias de pausa. O anel vaginal contém hormônios como estrogênio e progesterona, que são absorvidos para a circulação e levam à inibição da ovulação. Sua indicação e uso devem ser feitos com o acompanhamento de um ginecologista. Esse método contraceptivo não pode ser utilizado por mulheres que apresentem histórico de coágulos de sangue, derrame ou ataque cardíaco, ou algum tipo de câncer. • Adesivos cutâneos com hormônio: são pequenos selos que contêm estrogênio e progesterona. Esses dois hormônios são absorvidos pela pele e vão diretamente para a circulação sistêmica. Os adesivosdevem ser usados por 21 dias, seguido de pausa de sete dias. Os benefícios, eficácia e contraindicações são as mesmas para os anéis vaginais e as pílulas. • A pílula de hormônios combinados é um composto de estrogênio e progesterona (hormônio sintético derivado da progesterona). Basicamente, essas substâncias bloqueiam a ovulação e impedem que o colo do útero dilate, dificultando a passagem de espermatozoides. O adesivo cutâneo e o anel vaginal possuem o mesmo princípio. O maior risco comprovado desses anticoncepcionais está na ação do estrogênio, que é capaz de provocar trombose, quadro em que uma espécie de coágulo (trombo) é formado. • Alguns fatores, contudo, elevam o risco de trombose além do habitual, entre os mais comuns podemos citar: • Obesidade. • Idade acima de 35 anos • Ser fumante. • História familiar de trombofilias ou outras doenças que interfiram na coagulação, como deficiência de proteína S, proteína C ou antitrombina, Fator V de Leiden, hiper- homocisteinemia, anticorpo antifosfolipídeo e síndrome nefrótica. • Cirurgias, principalmente as ortopédicas dos membros inferiores. • História prévia de eventos trombóticos. • A relação entre o uso de anticoncepcionais hormonais e a fertilidade é um tema muito polêmico, composto por várias opiniões e pontos de vista. Há profissionais da área da saúde que dizem que, não há relação entre seu uso prolongado com a fertilidade ou infertilidade da mulher. Outros já dizem que seu uso à longo prazo é prejudicial a fertilidade. Alguns ginecologistas dizem que estes medicamentos não prejudicam, mas também não melhora ou prolonga essa fertilidade, pois a idade exerce grande influência com o envelhecimento dos ovócitos II, ou até mesmo o descobrimento de doenças dificultando a concepção (BRASIL, 2013). • Anticoncepcional e doenças cardiovasculares – a redução no teor de estrogênio aumentou substancialmente a segurança da pílula. • Anticoncepcional e hipertensão arterial – pílulas que contêm estrogênio em doses iguais ou maiores que 50mcg apresentam maior risco de provocar hipertensão arterial, principalmente em mulheres fumantes acima de 35 anos. • As mulheres, em tese, já estão prontas a partir da primeira menstruação (menarca)- quando o corpo da menina mostra que seu organismo está amadurecido, isso aconteceria entre 12 e 14 anos. Já os meninos, o sinal fisiológico é a primeira ejaculação. • Mas, a primeira relação sexual não pode ser determinada apenas pelo lado biológico, pois, o corpo pode estra pronto, mas a mentalidade não. Dessa forma, não é possível marcar uma data ou uma idade, pois, as meninas têm desenvolvimento emocional mais rápido que os meninos. • O importante é estar preparada física e emocionalmente para a relação sexual e conhecer as responsabilidades que acercam deste ato. O ideal é procurar ter a primeira relação com alguém que goste e realmente se sinta à vontade”. Uma outra recomendação é que a menina se sinta segura, esteja preparada e conheça como funciona sua região íntima. Mais uma dessas orientações é saber sobre os métodos contraceptivos, como a camisinha e pílulas anticoncepcionais, para evitar a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis e de gravidez. Por isso, é importante, antes da primeira vez, consultar um ginecologista para que o profissional possa avaliar o seu caso e fazer as devidas indicações médicas. • Lei criminalizou qualquer ato sexual com menores de 14 anos • A edição da Lei 12.015, de 7 de agosto de 2009, reformulou os dispositivos do Código Penal que tratam de crimes sexuais, no intuito de tornar mais severas as penas para quem cometeu crimes como estupro e pedofilia. No entanto, para muitos operadores do direito, a referida lei não agradou. Sancionada pelo presidente Lula no dia 10 de agosto, além da criação de novos crimes como o tráfico de pessoas para fins sexuais, houve a alteração de alguns casos já previstos, como o estupro e atentado violento ao pudor, condensados agora no mesmo artigo 213, com pena prevista de 6 a 10 anos de prisão. • O artigo 217-A da nova lei dispõe sobre o estupro de vulnerável, no qual, para quem tiver relações sexuais com menores de 14 anos, a penalidade é de 8 a 15 anos de reclusão. A medida, para muitos, é errônea e desproporcional, uma vez que um namorado de 18 anos que praticar sexo com sua namorada de 13 anos estará sujeito a uma pena mais severa do que a prática de estupro com violência contra uma mulher adulta (de 6 a 10 anos) ou então, com jovens entre 14 e 18 anos (de 8 a 12 anos de reclusão). A legislação neste item dissocia-se da realidade na qual, cada vez mais jovens menores de 14 anos têm uma vida sexual ativa por opção e, por outro lado, é uma forte aliada no combate à exploração sexual infantil. • Na tentativa de proteger os mais jovens de crimes sexuais, a lei pode ter pecado ao não fazer distinção entre ato violento e consentido, igualando namorados a pedófilos, por exemplo. • A religião tem para os seres humanos uma importância significativa. Seja qual for à crença, não podemos ignorar que ela tem exercido forte influência sobre o comportamento e consequentemente, sobre a sexualidade humana. É de grande utilidade ter noções sobre a sexualidade na visão da religião numa perspectiva histórica, de forma a facilitar o conhecimento em relação a seus valores, problemas, medos, conflitos, entre outros. • A ideologia veiculada pelas religiões, como as católicas, as evangélicas, protestantes, islâmicas, conserva um conflito não resolvido com a questão da sexualidade. Isso porque vem para desempenhar um papel regulador dos comportamentos e não o de esclarecer sobre os dogmas das religiões. • Muitas religiões ainda consideram o desnudar do corpo como algo obsceno e imoral, e não como um fato natural. Para a maioria é inaceitável o uso de métodos contraceptivos em relação ao planejamento familiar, são contrários ao sexo antes do casamento, condenam o adultério, o aborto e o homossexualismo (sendo considerado pecado), há liberdade quanto às variações sexuais, mas a prática do sexo anal é condenado. • Desde os povos da Antiguidade até Idade Média, na questão do cristianismo, a sexualidade passa a ser vista como pecado e esta visão de mundo medieval influenciou definitivamente a nossa moral sexual. No Brasil a religião teve uma influência na moralidade sexual desde os primeiros padres jesuítas até as posições oficiais atuais, sobretudo a posição da Igreja Católica com o papa Bento XVI. (16) A partir de uma visão medieval de mundo a igreja impôs no Brasil uma moral sexual de condenação aos costumes nativos e até os dias atuais procura impor um comportamento rígido de limitação à sexualidade. • Percebemos que as religiões em geral, em relação à sexualidade, têm sido um instrumento ideológico e político-social, de forma que têm orientado os indivíduos para uma moral, na maioria das vezes, negando sua sexualidade e mais, têm penalizado os indivíduos pela culpa que é uma forma eficaz para conter a prática de ludibriar as normas impostas. A situação do cristianismo, em especial a Igreja Católica, percebemos a evidência de que em questão de moral sexual transparece a dimensão do poder da instituição sobre os indivíduos, pois “dominar o espaço mais íntimo da pessoa pressupõe dominá-la por inteiro”. https://www.sodelas.com.br/noticia/perder-a-virgindade-com-um-amigo-e-um-bom-caminho https://www.sodelas.com.br/noticia/perder-a-virgindade-com-um-amigo-e-um-bom-caminho https://www.sodelas.com.br/noticia/metodos-contraceptivos-conheca-diferentes-tipos-e-como-funcionam https://www.sodelas.com.br/noticia/metodos-contraceptivos-conheca-diferentes-tipos-e-como-funcionam http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818585/lei-12015-09 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40 As Infecções Sexualmente Transmissíveis são infecções causadaspor fungos, bactérias ou vírus transmitidos de uma pessoa para outra através do ato sexual. Nem todas as doenças podem apresentar sintomas, e é por isso que fazer exames regularmente é essencial para manter uma boa saúde. Publicado online pelo Boletim da Organização Mundial da Saúde, a pesquisa mostra que, em em 2016, homens e mulheres de 15 a 49 anos, houve 127 milhões de novos casos de clamídia, 87 milhões de casos de gonorreia, 156 milhões de tricomoníase e 6,3 milhões de sífilis. Essas ISTs têm um impacto profundo na saúde de adultos e crianças no mundo. Se não forem tratadas, podem levar a efeitos graves e crônicos à saúde, dentre os quais doenças neurológicas e cardiovasculares, infertilidade, gravidez ectópica, natimortos e aumento do risco de HIV. Essas infecções também estão associadas a níveis significativos de estigma e violência doméstica. Clamídia A doença é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis e pode ser congênita (passada de mãe para filho). Em seu estágio inicial é comum não apresentar sintomas. Quando aparecem, os sinais podem ser fracos e passar despercebidos. A clamídia pode infectar o colo de útero, uretra e o reto. Sintomas: A IST pode se manifestar através de ardência ao urinar, corrimento vaginal, sangramento intermenstrual, dor ou secreção no reto, dor abdominal, corrimentos e dores ao ter relações sexuais. Sífilis A IST é causada pela bactéria Treponema pallidum, comumente disseminada entre pessoas jovens. A doença se manifesta de diversas formas, mas em alguns casos, pode ser imperceptível. Se não tratada, pode se agravar ao longo dos anos, causando demência e doenças cardíacas. Sintomas: A sífilis pode se manifestar, primeiramente, com uma ferida discreta no pênis, vulva, vagina, colo do útero, boca ou ânus. A ferida desaparece mesmo sem tratamento e é por isso que deve-se desconfiar de qualquer sinal e consultar um médico. Mesmo com o sumiço da ferida, a bactéria continua no sangue. Com o passar do tempo, o corpo pode apresentar manchas pelo corpo, aumento de gânglios linfáticos e lesões nos órgãos. Gonorreia A doença é causada pela pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, também conhecida como gonococo. Qualquer pessoa que tenha a prática sexual pode contrair a gonorreia. Em geral, a bactéria se prolifera em áreas quentes e úmidas do corpo, incluindo a uretra. No sistema reprodutor feminino pode ser encontrada nas tubas uterinas, o útero e o colo do útero. Sintomas: No homem, a gonorreia causa dor e ardência ao urinar, secreção de pus pela uretra e dor ou inchaço em um dos testículos. Na mulher, os sintomas se manifestam com o aumento no corrimento vaginal, dor ao urinar, sangramento fora do período menstrual, além de dores abdominais e na pélvis. Herpes Genital A IST pode ser transmitida pelo contato com a pele de uma pessoa infectada que tem lesões visíveis (bolhas ou erupções). É possível, também, contrair herpes a partir do contato com a pele da pessoa infectada mesmo quando não há lesões visíveis. Além disso, é possível contrair a doença pela saliva e contato com fluidos vaginais. Sintomas: Muitas vezes a doença pode ser assintomática. Quando se manifesta o corpo apresenta dores e irritação na genitália; manchas vermelhas e pequenas bolhas esbranquiçadas; úlceras nas partes íntimas, que podem sangrar ao urinar. HIV/AIDS O vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da Aids, atinge as células do sistema imunitário, destruindo-as e tornando o corpo incapaz de se defender de outras infecções. A doença é transmitida através do sangue, fluidos vaginais, sêmen e leite materno e não tem cura. Entretanto, há tratamentos que prolongam a vida da pessoa infectada. Sintomas: Vários sinais podem surgir com a queda da imunidade, porém há alguns mais comuns. Como febre, mal-estar, dores de cabeça, manchas vermelhas pelo corpo, dores nos músculos, erupções na pele, calafrios, sudorese noturna e úlceras orais e genitais. Cancro mole (cancroide) É causado pela bactéria Haemophilus ducreyi, sendo mais frequente em países tropicais.Transmite-se pela relação sexual com uma pessoa infectada sem o uso da camisinha masculina ou feminina. Sinais e sintomas • Feridas múltiplas e dolorosas de tamanho pequeno com presença de pus, que aparecem com frequência nos órgãos genitais (ex.: pênis, ânus e vulva). • Podem aparecer nódulos (caroços ou ínguas) na virilha. Diagnóstico e tratamento Ao se observar qualquer sinal e sintoma de cancro mole, a recomendação é procurar um serviço de saúde. O tratamento deverá ser prescrito pelo profissional de saúde. Condiloma acuminado (Papilomavírus Humano - HPV) É um vírus que infecta a pele ou mucosas (oral, genital ou anal), provocando verrugas anogenitais (na região genital e ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus. A transmissão do HPV se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma de transmissão é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital- genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto. Como muitas pessoas infectadas pelo HPV não apresentam sinais ou sintomas, elas não sabem que têm o vírus, mas podem transmiti-lo. A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou https://www.who.int/bulletin/online_first/en/ https://www.who.int/bulletin/online_first/en/ apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu). A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões. A maioria das infecções em mulheres (sobretudo em adolescentes) tem resolução espontânea, pelo próprio organismo, em um período aproximado de até 24 meses. As primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem, aproximadamente, entre dois e oito meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção. As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa. Lesões clínicas – apresentam-se como verrugas na região genital e no ânus (denominadas tecnicamente condilomas acuminados e popularmente conhecidas como "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista"). Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanho variável, achatadas ou papulosas (elevadas e sólidas). Em geral, são assintomáticas, mas pode haver coceira no local. Essas verrugas, normalmente, são causadas por tipos de HPV não cancerígenos. Lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu) – podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam sinais/sintomas. As lesões subclínicas podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para o desenvolvimento de câncer. Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas e mucosas nasal, oral e laríngea. Mais raramente, crianças que foram infectadas no momento do parto podem desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe (Papilomatose Respiratória Recorrente). PREVENÇÃO • Vacinar-se contra o HPV é a medida mais eficaz para se prevenir contra a infecção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para: meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos; pessoas que vivem HIV na faixa etária de 9 a 26 anos; pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos; Ressalta-se, porém, que a vacina não é um tratamento e não apresenta eficácia contra infecções ou lesões por HPV já existentes. A vacina não previne infecçõespor todos os tipos de HPV, mas é focada para os tipos mais frequentes: 6, 11, 16 e 18. Exame preventivo do câncer de colo de útero: câncer do colo do útero é causado principalmente pela infecção persistente por alguns tipos do vírus HPV. O exame preventivo, também chamado de colpocitologia oncótica cervical ou Papanicolau, é o exame ginecológico preventivo mais comum para identificar lesões precursoras de câncer do colo do útero. Esse exame ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O exame não é capaz de diagnosticar a presença do HPV; no entanto, é considerado o melhor método para detectar o câncer do colo do útero e suas lesões precursoras. Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos. Por isso, é muito importante que as mulheres façam o exame de Papanicolau regularmente, mesmo que estejam vacinadas contra HPV. Preservativo: o uso de preservativo (camisinha) nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. Contudo, o seu uso, apesar de prevenir a maioria das IST, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois muitas vezes as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, períneo ou bolsa escrotal). A camisinha feminina, que cobre também a vulva, é mais eficaz para evitar a infecção, se utilizada desde o início da relação sexual. Doença Inflamatória Pélvica (DIP) É uma síndrome clínica causada por vários microrganismos, que ocorre devido à entrada de agentes infecciosos pela vagina em direção aos órgãos sexuais internos, atingindo útero, trompas e ovários, causando inflamações. Esse quadro acontece principalmente quando a gonorreia e a infecção por clamídia não são tratadas. Além do contagio sexual é possível ocorrer após algum procedimento médico local – como inserção de Dispositivo Intrauterino (DIU), biópsia na parte interna do útero ou curetagem. Sinais e sintomas • Dor na parte baixa do abdômen (no “pé da barriga” ou baixo ventre) e/ou durante a relação sexual. • Dor abdominal e nas costas. • Febre, fadiga e vômitos. • Corrimento vaginal, sangramento vaginal, dor ao urinar. Diagnóstico e tratamento Na presença de qualquer sinal ou sintoma de DIP, recomenda-se procurar imediatamente um profissional de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. Em casos mais graves, é necessária a internação hospitalar para uso de antibiótico por via venosa. Donovanose É uma IST crônica progressiva, causada pela bactéria Klebsiella granulomatis. Acomete preferencialmente a pele e mucosas das regiões da genitália, da virilha e do ânus. Causa úlceras e destrói a pele infectada. É pouco frequente, ocorrendo na maioria das vezes em climas tropicais e subtropicais. Sinais e sintomas • Após o contágio, aparece uma lesão que se transforma em ferida ou caroço vermelho. • Não dói e não tem íngua. • A ferida vermelha sangra fácil, pode atingir grandes áreas e comprometer a pele ao redor, facilitando a infecção por outras bactérias. Diagnóstico e tratamento Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessas IST, recomenda-se procurar um serviço de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado. Deve-se evitar contato sexual até que os sinais e sintomas tenham desaparecido e o tratamento seja finalizado. Linfogranuloma venéreo (LGV) é uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os órgãos genitais e os gânglios da virilha. É popularmente conhecida como “mula”. Sinais e sintomas • Feridas nos órgãos genitais e outros (pênis, vagina, colo do útero, ânus e boca), as quais, muitas vezes, não são percebidas e desaparecem sem tratamento. • Entre uma a seis semanas após a ferida inicial, surge um inchaço doloroso (caroço ou íngua) na virilha, que, se não for tratado, rompe-se, com a saída de pus. • Pode haver sintomas por todo o corpo, como dores nas articulações, febre e mal-estar. • Quando não tratada adequadamente, a infecção pode agravar-se, causando elefantíase (acúmulo de linfa no pênis, escroto e vulva). Diagnóstico e tratamento Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa IST, recomenda-se procurar um serviço de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado. As parcerias sexuais também precisam ser tratadas. Infecção pelo HTLV É causada pelo vírus T-linfotrópico humano (HTLV) que atinge as células de defesa do organismo, os linfócitos T. O HTLV foi o primeiro retrovírus humano isolado (no início da década de 1980) e é classificado em dois grupos: HTLV-I e HTLV-II. Além de relações sexuais desprotegidas, a transmissão do HTLV ocorre, também, da mãe infectada para o recém- nascido (transmissão vertical), principalmente pelo aleitamento materno e há o contágio pelo compartilhamento de seringas e agulhas. Sinais e sintomas A maioria das pessoas infectadas pelo HTLV não apresentam sinais e sintomas durante toda a vida. Dos infectados pelo HTLV, 10% apresentarão algumas doenças associadas a esse vírus, entre as quais se podem citar: doenças neurológicas, oftalmológicas, dermatológicas, urológicas e hematológicas (ex.: leucemia/linfoma associada ao HTLV). Tratamento O tratamento é direcionado de acordo com a doença relacionada ao HTLV. A pessoa deverá ser acompanhada nos serviços de saúde do SUS e, quando necessário, receber seguimento em serviços especializados para diagnóstico e tratamento precoce de doenças associadas ao HTLV. Prevenção É recomendado o uso de preservativo masculino ou feminino (disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde) em todas as relações sexuais, e o não compartilhamento de seringas, agulhas ou outro objeto cortante. Da mesma forma, a amamentação está contraindicada (recomenda-se o uso de inibidores de lactação e de fórmulas lácteas infantis). Tricomoníase Causada por um protozoário, o Trichomonas vaginalis, encontrado com mais frequência na genitália feminina. Sinais e sintomas • Corrimento amarelado, amarelo-esverdeado ou acinzentado com mau cheiro, geralmente lembrando peixe. • Às vezes ocorre prurido, sangramento após relação sexual, dor durante relação sexual e dor ao urinar. • A tricomoníase pode ser assintomática, mas é um facilitador para a transmissão de outros agentes infecciosos agressivos, como gonorreia e infecção por clamídia, e na gestação, quando não tratada, pode evoluir para rompimento prematuro da bolsa. Diagnóstico e tratamento Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa IST, recomenda-se procurar um serviço de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado. As parcerias sexuais devem ser tratadas, ainda que não apresentem sinais e sintomas. Hepatites virais Hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas, quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. • Transmissão sanguínea: se praticou sexo desprotegido ou compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e D); • Transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e aamamentação (vírus B, C e D). No caso das hepatites B e C, é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue. No ovário, há cerca de um milhão de folículos ao nascimento e de 400.00 na menarca. Ciclos sucessivos de ovulação e atrésia esgotam os folículos, e o estroma predomina nos ovários. Considera-se, então ideal a faixa entre os 20 e 29 anos. Antes, o aparelho reprodutor feminino não está totalmente desenvolvido e depois há uma regressão na fertilidade da mulher. Após os 35 anos de idade, durante a gestação podem ocorrer problemas como: • Pré-eclâmpsia (pressão arterial elevada que surge durante a gestação) • Diabetes gestacional (Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) consiste na intolerância à glicose que manifesta hiperglicemia durante a gravidez. Ocorre, então, pela secreção de hormônios placentários, a resistência da gestante à insulina. Pode causar consequências tanto para a mãe, quanto para o feto) • Anomalias cromossômicas no feto • Natimortos • Também é mais propenso ocorrer, no trabalho de parto, o descolamento prematuro da placenta. Antes de um casal tentar engravidar, é importante que tanto a mulher quanto o homem passem por uma série de exames chamados pré-concepcionais. Essas avaliações serão as responsáveis por detectar se existem problemas de saúde que possam atrapalhar os planos de gerar um filho. Doenças femininas • Endometriose Presença do endométrio (tecido responsável por revestir a cavidade uterina) fora do útero, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga. Todos os meses, o endométrio fica mais espesso, para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, no final do ciclo ele descama e é expelido na menstruação. Uma das teorias para o aparecimento da endometriose é que um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando lesão endometriótica. A patogênese da endometriose tem sido explicada por diversas teorias que apontam para a multicausalidade, associando fatores genéticos, anormalidades imunológicas e disfunção endometrial4,6. Na teoria da implantação, o tecido endometrial, por meio da menstruação retrógrada, teria acesso a estruturas pélvicas através das tubas uterinas implantando-se na superfície peritoneal, estabelecendo fluxo sanguíneo e gerando resposta inflamatória. A teoria da metaplasia celômica propõe que células indiferenciadas do peritônio pélvico teriam capacidade de se diferenciar em tecido endometrial. A teoria do transplante direto explicaria o desenvolvimento de endometriose em episiotomia, em cicatriz de cesariana e em outras cicatrizes cirúrgicas. Disseminação de células ou tecido endometriais através de vasos sanguíneos e linfáticos explicaria as localizações fora da cavidade pélvica. As apresentações clínicas mais comuns são infertilidade e dor pélvica – dismenorreia, dispareunia, dor pélvica cíclica. Podem ser encontrados sintomas relacionados a localizações atípicas do tecido endometrial – dor pleurítica, hemoptise, cefaleias ou convulsões, lesões dolorosas em cicatrizes cirúrgicas com dor, edema e sangramento local. Nesse caso, a saúde das tubas é comprometida, tal como a mobilidade delas. Assim, elas não têm boa capacidade de encaminhar o óvulo até o útero. É uma doença que não tem cura, mas possui tratamento. O diagnóstico pode ser realizado com um exame de sangue do marcador CA-125 no início do ciclo menstrual, além da ultrassonografia e ressonância magnética. Também pode ser indicada a realização de biópsia por laparoscopia. Dependendo da avaliação, os anticoncepcionais contendo hormônios (principalmente a progesterona isoladamente) podem ser úteis para regredir ou controlar a endometriose e melhorar a fertilidade. Além disso, é possível usar a pílula de progesterona ou combinada (estrogênio mais progesterona) ou o DIU de progesterona. O DIU simples (de cobre) não funciona. É exequível , também, outros tipos de medicações que podem bloquear o ciclo menstrual e induzir a um estado semelhante à menopausa para ratar a endometriose. Após um tempo desse tratamento, pode-se tentar engravidar novamente. • Hipotireoidismo e hipertireoidismo Ambos são disfunções da glândula hipófise. O hormônio estimulador da tireoide (TSH), produzido pela hipófise, tem influência no processo de ovulação e é fundamental para a concepção. Por isso, quando é secretado em menor ou maior quantidade, impacta a capacidade reprodutiva. Para o diagnóstico é possível realizar exames de sangue, mensurando a quantidade de TSH e de outros hormônios relacionados à tireoide (como T4 e T3). O tratamento pode ser feito inclusive durante a gestação, para evitar o risco de abortamento. • Distúrbios na hipófise Diante dos agravos na função da hipófise, há um aumento na produção do hormônio prolactina, responsável por estimular a produção do leite materno. E diante disso, aparecem dificuldades ovulatórias. O tratamento pode ser feito com medicamentos ou cirurgias (casos mais raros). • Ovulação desregulada Mesmo que a mulher menstrue mensalmente, ela pode não ovular. Esse problema acontece, geralmente, em mulheres com idade reprodutiva avançada e mulheres que apresentam ciclos menstruais irregulares. Um exame de sangue que mesura as taxas hormonais e ultrassons ao longo do mês para acompanhar o percurso do óvulo até o final da ovulação, podem ser utilizados para o diagnóstico. Além disso, pode ser realizado o exame do hormônio anti-mulleriano, que calcula a reserva ovariana no organismo. • Síndrome dos ovários policísticos Consiste no desenvolvimento de pequenos cistos nos ovários, impactando na regularidade da menstruação e que pode provocar o aparecimento de acnes e obesidade, além de comprometer a fertilidade. O tratamento pode ser a base de remédios que induzem a ovulação, inseminação artificial ou métodos de coito programado. Doenças masculinas • Varicocele Há o surgimento de varizes nos testículos, por causa da dilatação das veias na região. Essa doença altera na produção de espermatozoides. O diagnóstico pode ocorrer pelo próprio paciente ou o médico pode notar o aspecto dilatado das veias no saco escrotal. E isso é um motivo de infertilidade, sendo necessária a realização de uma cirurgia para fazer laqueadura das veias com varizes. • Sífilis e gonorreia Essas doenças infecciosas podem ocasionar a diminuição da mobilidade dos espermatozoides, além da quantidade e da qualidade de produção. Ambas podem ser diagnosticadas pela realização de exames que medem a quantidade de leucócitos no sangue. É necessária a utilização de antibiótico tanto para o homem quanto para a parceira. Ademais: • Peso (homem e/ou mulher) Se o índice de massa corpórea (IMC) estiver acima de 30 ou 35, há problemas na capacidade ovulatória e na qualidade seminal. Além disso, é comum a diminuição do libido, que implica diretamente na concepção. É necessário, também, levar em conta que a obesidade pode levar ao desenvolvimento de hipotireoidismo, diabetes e síndrome dos ovários policísticos. Podem apresentar bebês com defeitos congênitos, abaixo ou acima do peso, abortos espontâneos ou natimortos, hipertensão gestacional, pré- eclâmpsia (hipertensão gestacional acompanhada de proteína na urina) No caso de o índice ser inferior a 19,8, podem apresentar bebês abaixo do peso. • Idade (homem e/ou mulher) Para a mulher, as chances de reprodução diminuem a partir dos 35 anos de idade. Aos 40 anos a mulher tem aproximadamente 8% da capacidade reprodutiva. Além do mais, durante a gestação podem ocorrer problemas como pré-eclâmpsia (pressão arterial elevada que surge durante a gestação), diabetes gestacional, anomalias cromossômicas no feto e natimortos. Também é mais propensoocorrer, no trabalho de parto, o descolamento prematuro da placenta ou o deslocamento dessa. Já no caso do homem, a alteração na qualidade do sêmen começa aos 40 anos. No caso de uma gravidez na adolescência, é possível que apresentem pré-eclâmpsia, trabalho de parto prematuro, anemia, maior ingestão de álcool, tabaco e DSTs. Diante disso, o bebê tem mais chance de nascer abaixo do peso • Criptorquidia (testículos que não desceram) Malformação identificada no nascimento do menino, caracterizada pelo posicionamento incorreto do testículo, atrapalhando a produção de espermatozoides • Fatores genéticos • Infecções (homem): como prostatites, uretrites e infecções urinárias • Exposição (homens): radioterapia, quimioterapia Complicações da gravidez • Placenta deslocada (placenta prévia) e descolamento prematuro da placenta do útero (ruptura prematura da placenta) podem causar hemorragia vaginal durante a gestação. Mulheres com sangramento intenso têm o risco de perder o bebê ou entrar em choque e, se não forem tratadas imediatamente, podem falecer durante o trabalho de parto. Exposições durante a gestação Aumenta o risco de ter um bebê com um defeito congênito ou um abortamento espontâneo, quando durante a 2ª e a 8ª semana de gestação a grávida é exposta a substâncias ou condições teratogênicas. • Algumas infecções (catapora, hepatite, herpes, rubéola, sífilis...) • Medicamentos • Radiação e alguns tipos de produtos químicos • Drogas, álcool e tabaco • Estresse Mulher • Hemograma completo. • Tipagem sanguínea. • Pesquisa de anticorpos irregulares. • Glicemia de jejum. • Uréia, creatinina e ácido úrico. • AST e ALT. o VDRL. o Anti-HIV. • Sorologias para Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovirus, Hepatites B e C. • TSH, T4 Livre. • Urina I e Urinocultura. • Citologia cérvico-vaginal. • Mamografia (se indicado). • USG transvaginal, das mamas e tireóide. Homem: • Hemograma completo. • Tipagem sanguínea. • Glicemia de jejum. • VDRL. • Anti-HIV. • Sorologias para Hepatites B e C. • Urina I e Urinocultura. • Espermograma VACINAÇÃO • Deve ser oferecida a imunização pré-concepcional às mulheres consideradas de risco para Hepatite B ( pelo estilo de vida ou exposição profissional), Rubéola, Difteria, Influenza, Tétano e Varicela. • O status vacinal se torna relevante pela possibilidade da prevenção pela vacinação prévia destas patologias . • É prudente adiar a concepção por 3 meses após receber vacinação com vírus atenuado, como no caso de Rubéola e Varicela. A oligospermia consiste na redução do número de espermatozoides presentes no ejaculado. Os espermas são produzidos no testículo, o sêmen, por sua vez, é produzido na próstata e nas vesículas seminais. Os espermatozoides e o líquido seminal se misturam na uretra prostática e compõem o ejaculado. Diante disso, a quantidade de líquido pode ser normal, mas a quantidade de gametas é alterada. De acordo com a OMS, o diagnóstico de oligozoospermia é feito quando há uma concentração abaixo de 15 milhões por mL e um número menor que 39 milhões de sptz no ejaculado. A oligospermia grave ocorre quando a concentração de esperma no fluído é inferior a 5 milhões por mL. Nesse caso as técnicas de reprodução assistida são recomendadas. Causas: • Uso constante de roupas apertadas • Dieta inadequada, com consumo de alimentos ricos em gorduras • Inflamação por bactérias • Alcoolismo, tabagismo e uso de drogas ilícitas • Estresse • Obesidade • Doenças testiculares adquiridas na infância (criptorquidia, orquite e caxumba) • Fatores genéticos • Inflamação nos testículos • Abuso de anabolizantes • Medicações • Quimioteria, radioterapia ou cirurgias genitais • Alteração na tireoide e na hipófise • Variocele • Entre outros 1. Relação Sexual Programada – Coito Programado Nesse método, a parceira faz um tratamento hormonal com hormônios para estimular o desenvolvimento do(s) folículo(s), que contêm um óvulo cada em seu interior. Quando ele atinge o tamanho ideal, a mulher utiliza outro hormônio para induzir a liberação do óvulo (ovulação). O tratamento é acompanhado por ultrassonografia para controle do crescimento. Após a indução da ovulação, o casal deverá manter relações sexuais próximas ao momento da ovulação, isto é, 36 horas após a injeção. 2. Inseminação Intrauterina (IIU) Artificial A inseminação intrauterina é um dos métodos mais comuns devido à sua baixa complexidade, pois apenas um dos gametas é manipulado: o espermatozoide. Para que ocorra, é importante que os espermatozoides, depois de coletados, sejam devidamente capacitados. A capacitação é um processo determinante, pois permite a separação dos espermatozoides mais ativos e aptos a fertilizar o óvulo. Tendo a quantidade desejável de gametas masculinos, o médico, então, deposita-os na cavidade uterina para que ocorra a fecundação in vivo nas trompas uterinas. Esse método tem cerca de 15% de sucesso e é recomendado para homens que apresentem o espermograma leve ou moderadamente alterado. Nesse tratamento, a mulher recebe a mesma estimulação ovariana da realizada na relação sexual programada. 3. FIV (Fertilização in vitro) Para os casais que não obtiveram sucesso após 3 ciclos de tratamento com a relação sexual programada ou com a inseminação artificial, ambas consideradas técnicas de baixa complexidade, é recomendado que se submetam à FIV (fertilização in vitro). Essa técnica é também indicada como primeira opção para diversas indicações. Inicialmente realiza-se a estimulação ovariana, com a administração de hormônios, para aumentar o número de óvulos disponíveis para a fertilização. O controle do desenvolvimento folicular é acompanhado por meio de exames de ultrassom e de sangue para dosagem hormonal. Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é feita a coleta dos óvulos e do sêmen. Aproximadamente 40.000 espermatozoides serão colocados juntos a cada óvulo para que ocorra a fertilização, no laboratório. Os embriões formados e selecionados serão transferidos para o útero, para que a gestação tenha seu prosseguimento de forma natural. As taxas de sucesso ficam entre 5% e 55% por tentativa, dependendo de cada caso e, principalmente, da idade da mulher. PASSOS PASSO 1 – MONITORAMENTO E ESTIMULAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE ÓVULOS SAUDÁVEIS NOS OVÁRIOS Medicações para fertilidade são prescritas para controlar o momento do amadurecimento do óvulo e aumentar a chance da coleta de múltiplos óvulos durante um dos ciclos femininos. Este processo é chamado de indução da ovulação. Múltiplos óvulos são desejados porque alguns óvulos não irão se desenvolver ou fertilizar após sua obtenção. O desenvolvimento do óvulo é monitorado usando-se o ultrassom para o exame dos ovários e testes de amostras de urina ou sangue para checagem dos níveis hormonais. PASSO 2 - OBTENÇÃO DOS ÓVULOS Os óvulos são obtidos através de um pequeno procedimento cirúrgico minimamente invasivo no qual a imagem do ultrassom é usada para guiar uma agulha coletora através da cavidade pélvica. Sedação e anestesia local são administradas para a remoção de qualquer desconforto que se possa experimentar. Os óvulos são removidos dos ovários usando-se a agulha coletora, processo este chamado de aspiração folicular. O processo de obtenção do óvulo normalmente leva de 20 a 30 minutos, dependendo do número de folículos maduros presentes. Algumas mulheres podem experimentar cólicas no dia da obtenção, o que comumente alivia no dia seguinte; no entanto, uma sensação de preenchimento ou pressão pode durar por várias semanas subsequentes ao procedimento. PASSO 3 – OBTENÇÃO DO ESPERMATOZÓIDE No dia da obtenção do óvulo, o parceiro masculino necessitará produzir
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