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ZOOTOXINAS Veneno inoculados pela mordedura ou ferroada de animais peçonhentos -Ofidismo • Toxinas ➢ Ação proteolítica: Causa decomposição das proteínas, destruindo os tecidos e causando graves necroses nos locais das picadas. ➢ Ação miotóxica: Necrosa as fibras musculares ocasionando a liberação de enzimas CK e mioglobina na circulação gerando uma urina com cor escura. ➢ Ação neurotóxica: Contêm neurotoxinas que interferem nas sinalizações pelos neurotransmissores e provocam fraqueza, parada respiratória . ➢ Ação coagulante: Estimula a transformação do fibrinogênio em fibrina e a formação de coágulos(microtrombos). ➢ Ação hemorrágica: Impede a cascata de coagulação ocasionando hemorragia local ou sistêmica (sangramento no nariz ou nas gengivas, no local da mordida, na saliva, na urina e nas fezes). ➢ Ação nefrotóxica: Lesões renais com ação direta sobre os túbulos renais e o endotélio vascular e um quadro de insuficiência renal aguda (IRA). • 4 principais serpentes peçonhentas brasileiras ➢ Gênero Bothrops (jararacas) - Presente em todos os estados brasileiros ▪ Locais: Ambientes úmidos Sombra (árvores) Rios e Lagos Barro ▪ Veneno Botrópico: Proteolítico(hialuronidases – degrada ácido hialurônico); hemorrágico; coagulante; vasculotóxico ▪ Agressivas ▪ 85% dos casos de ofidismo são decorrentes desse gênero ➢ Gênero Lachesis (surucucus) - Presente em regiões de mata e litorais ▪ Locais: Habitam áreas florestais úmidas (Mata Atlântica; Amazônia; Matas nordestinas) ▪ Veneno Lachesico: Proteolítico; coagulante; hemorrágico; vasculotóxico ▪ Maior serpente da América Latina com 4 metros. ▪ Hábitos noturnos ▪ Acidentes com serpentes do gênero Lachesis são raros (3%). ➢ Gênero Crotalus (cascavéis) - Presente em regiões de interior ▪ Locais: Ambientes secos Quentes Terreno arenoso Terreno pedregoso ▪ Veneno crotálico: Coagulante; miotóxico; neurotóxico(ação pré ou pós-sináptica da junção neuromuscular) – a ação pré-sináptica bloqueia a liberação de Ach ▪ Agressivas ▪ Acidentes com serpentes do gênero Crotalus são raros (9%) ➢ Gênero Micrurus (corais) - Presente em todos os estados brasileiros ▪ Locais: Litoral e Mata Atlântica ▪ Veneno Micrurus: Neurotóxico(ação pré ou pós-sináptica da junção neuromuscular) o Ação pré-sináptica: bloqueia a liberação de Ach o Ação pós-sináptica: competem coma Ach por receptores muscarínicos da junção neuromuscular ▪ Extremamente “tímidas” e de hábitos noturno pouco agressivas ▪ Acidentes com serpentes do gênero Micrurus são muito raros (0,6%), mas de maior GRAVIDADE que as demais. • Tratamento ➢ Identificar o tipo de veneno/gênero da cobra: local do acidente; fotos ou relatos da cobra ➢ Gravidade ▪ Leve: dor local, edema, equimose (local da picada), manifestações hemorrágicas discretas e aumento do tempo de coagulação. ▪ Moderado: dor intensa no local, edema e equimoses ultrapassa o local da picada, hemorragias locais e sistêmicas e aumento do tempo de coagulação. ▪ Grave: dor generalizada, edema endurado, equimoses sistêmicas, bolhas, isquemia, manifestação sistêmica com hipotensão arterial, oligúria, hemorragia e choque. ➢ Soro antiofídico ▪ Polivalente: envenenamento causados por serpentes do gênero Bothrops, Lachesis e Crotalus em animais. Não indicado para Micrurus(utilização de soro antielapídico ou uso de anticolinesterásicos de ação intermediaria para sua ação em pós-sináptica) ➢ Terapias Complementares ▪ Fluidoterapia; analgésico; antibiótico; anti-histamínico; anti-inflamatório -Escorpionísmo • Principais Espécies ➢ Tityus serrulatus – Escorpião amarelo ➢ Tityus bahienses – Escorpião marrom • Locais ➢ Terrenos baldios; entulhos (tijolos e telhas); casca de árvores • Veneno ➢ Composto por proteínas, peptídeos e aminoácidos capazes de produzir dor(por estímulos aferentes nociceptivos); hipertensão arterial(pela liberação de catecolaminas); ação coagulante(formação de trombos); ação miotóxica(lesão miocárdica); ação neurotóxica(despolarização neuronal) causando espasmos e tremores. ➢ Presença de hialuronidase e menor quantidade de histamina e serotonina (processo da dor e da inflamação) • Manifestações Clínicas: ➢ Leves: dor local, vômitos, taquicardia e leve excitação (monitorar cada 4h) ➢ Moderadas: náuseas, hipertensão arterial, taquipneia e agitação (monitorar cada 2h / principalmente PA) ➢ Graves: vômitos, agitação psicomotora alternada com sonolência, hipotermia, bradipneia ou taquipneia, taquicardia ou bradicardia, tremores e espasmos musculares (monitoramento intensivo) ➢ Causas mais frequentes de óbito: choque cardiocirculatório e edema agudo dos pulmões (decorrente e hipertensão) ➢ Sintomas dependem da espécie do escorpião, número de picadas e massa corporal da vítima • Tratamento (somente sintomáticos) ➢ Combater os sinais de envenenamento para manter as funções vitais: analgésicos; diuréticos; fluidoterapia; anti-hipertensivos ➢ Antagonistas Adrenérgicos ➢ Soro específico – Não existe para animais -Araneísmo • Principais Espécies ➢ Phoneutria ssp. – Armadeira ▪ Comuns nas regiões SUL e SUDESTE ▪ Locais: Ambientes próximos a bananeiras ▪ Agressivas; podem “pular” ▪ Veneno: neuro e cardiotoxinas ▪ Tratamento: Analgésicos e AINES e medicamentos para reverter quadro cardíaco – NÃO HÁ SORO ➢ Loxosceles spp. – Aranha marrom ▪ Comuns nas regiões SUL e SUDESTE ▪ Locais: Ambientes peridomiciliares(busca de abrigo) ▪ Não são agressivas ▪ Veneno: Fosfolipase Protease Colagenase e Hialuronidase. Esfingomielinase causa destruição de plaquetas e hemácias ocasionando uma quimiotaxia de neutrófilos e ativação de sistema complemente gerando inflamação ▪ Sintomas iniciam de 12h após picada ▪ Edema, Hemorragia, Necrose. Ação hemolítica > IRA ▪ Tratamento: Analgésicos e AINES; diuréticos e fluidoterapia; transfusão sanguínea; soro antiloxoscélico
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