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DIREITO CIVIL FAMILIA 1 BIM

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DIREITO CIVIL / FAMILIA – 1º BIMESTRE
DIREITO DAS FAMÍLIAS ENTIDADES FAMILIARES
FAMÍLIA MATRIMONIAL
 • CASAMENTO 
1. Amparo legal e constitucional;
 2. Impedimentos; 
3. Divórcio; 
• Judicial; 
• Extrajudicial;
FAMÍLIA INFORMAL
 • UNIÃO ESTÁVEL 
1. Respaldo legislativo e constitucional;
 2. União estável homoafetiva; 
3. Reflexos da dissolução familiar;
 4. Regime de bens;
FAMÍLIA MONOPARENTAL 
• Respaldo legal e constitucional; 
• Impenhorabilidade do bem de família;
FAMÍLIA EUDEMONISTA
 • Concepções iniciais; 
• Amparo legal e constitucional; 
• Reflexos; 
• Bem de família;
FAMÍLIA MOISAICO 
• Demais nomenclaturas;
 • Aspectos gerais;
FAMÍLIA PARALELA
 • Considerações preliminares; 
• Concubinato; 
• Regime de bens;
• Reflexos no ordenamento jurídico;
CASAMENTO – REGIME DE BENS – UNIÃO ESTÁVEL
Casamento Arts. 1511 e seg. I.ESTABELECE COMUNHÃO PLENA DE VIDA, COM BASE NA IGUALDADE DOS DIREITOS E DEVERES DOS CÔNJUGES, ESTENDIDOS AOS HOMOAFETIVOS. STJ ( INFORMATVO 486) II.A UNIÃO ESTÁVEL É ADMITIDA AOS COMPANHEIROS DE IGUAL SEXO. STF (INFORMATIVO 625)
Casamento Arts. 1511 e seg. I - CAPACIDADE NÚBIL (1517 a 1520) IDADE MÍNIMA PARA CASAR: 16 ANOS ENTRE 16 AOS 18 ANOS = PRECISA DE AUTORIZAÇÃO DE AMBOS OS GENITORES E RETRATÁVEL ATÉ A DATA DO CASAMENTO. A AUTORIZAÇÃO PODE SER SUPRIDA PELO JUIZ HIPÓTESE DE GRAVIDEZ NÃO É POSSÍVEL O CASAMENTO DA MENOR DE 16 ANOS Lei 13.811/2019 - casamento de menor de 16 anos.
 A lei 13.811/2019 e o casamento do menor de 16 anos ALTERAÇÃO: "Art. 1.520. Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste Código".
ATENÇÃO II - HABILITAÇÃO: Processo de habilitação foi alterado pela LEI 12.133/2009 que deu nova redação ao art. 1526 CC A. A fase de habilitação será feita pessoalmente ( Oficial do Registro e MP) B. Somente com a impugnação do pedido, poderá ter a intervenção judicial.
ATENÇÃO Novo Estatuto do Deficiente Lei 13.146 de 06/06/2015 INVALIDADES ( 1548) NULO: I. REVOGADO II. IMPEDIMENTO – 1521 E INCISOS
ATENÇÃO Novo Estatuto do Deficiente Lei 13.146 de 06/06/2015 Alterou o art. 1518 CC : A deficiência NÃO AFETA a plena capacidade civil da pessoa para o casamento e União Estável. ( art. 6)
NÃO PODEM CASAR...... I. ASCENDENTE E DESCENDENTE; II. OS AFINS EM LINHA RETA; III. OS IRMÃOS E COLATERAIS ATÉ O 3 GRAU IV O ADOTADO E ADOTANTE, 
VI. PESSOA CASADA (BIGAMIA, 236 CP) VII. CÔNJUGE SOBREVIVENTE COM O CONDENADO A HOMICIDIO; EFEITOS: EX TUNC.
ANULÁVEIS: ( 1550, I A VI) I. NÃO TER IDADE MÍNIMA II.MENOR DE IDADE SEM AUTORIZAÇÃO; III.VÍCIO DE VONTADE(1556 a 1558) IV.INCAPAZ DE CONSENTIR; V.REVOGAÇÃO DO MANDATO; VI. INCOMPETÊNCIA DE AUTORIDADE CELEBRANTE.
ERRO ESSENCIAL (1557 ) I. IDENTIDADE, HONRA II. IGNORÂNCIA DE CRIME ANTERIOR; III. DEFEITO FÍSICO/ MOLÉSTIA GRAVE; IV. REVOGADO ART.1558: COAÇÃO
PRAZOS:1560 I. 180 DIAS- IDADE II. 2 ANOS- AUTORIDADE III. 3 ANOS – ERRO ESSENCIAL IV.4 ANOS- COAÇÃO (1558)7
CAUSAS SUSPENSIVAS ( 1523 I a IV) NÃO DEVEM CASAR..... O CASAMENTO É VÁLIDO, MAS É SUBMETIDO AO REGIME DE SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA. IMPEDIMENTOS (1521) NÃO PODEM CASAR.....
ASPECTOS PROCESSUAIS
AÇÃO DECLARATÓRIA DE ANULAÇÃO DO CASAMENTO EFEITOS EX NUNC 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DO CASAMENTO EFEITOS EX TUNC
INGERÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO • Art. 82, CPC/73: Previa a intervenção nas ações de família. • Art. 178, CPC/15: Ingerência apenas nas ações que envolvam incapazes.
AÇÕES DE FAMÍLIA
Litígio Parte especial, título III, capítulo X. Art. 693 a 699, NCPC.
Consensual Parte especial, título III, capítulo XV, seção IV. Arts. 731 a 734, NCPC.
Inexistência de acordo Passar-se-á ao procedimento comum (art. 697 e 335, NCPC);
DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO
EMENDA CONSTITUCIONAL N. 66, DE 13 DE JULHO DE 2010. Alterou o art. 226, &6 CF/88
DIVÓRCIO.... 1.EXTRAJUDICIAL 2.JUDICIAL: A. CONSENSUAL B. LITIGIOSO
DIVÓRCIO EXTRAJUDICIAL Escritura Pública Art. 733 &1 e &2 NCPC PODE SER FEITA A PARTILHA DOS BENS; ALIMENTOS; NOME
VIA ALTERNATIVA : ESCRITURA PÚBLICA 1. NÃO TEM FILHOS MENORES E /OU INCAPAZES, 2. HAVENDO CONSENSO DO CASAL 3. PRESENÇA DO ADVOGADO 4. NÃO DEPENDE DE HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL 5. CONSTITUI TÍTULO HÁBIL PARA REGISTRO CIVIL E DE IMÓVEIS.
DIVÓRCIO JUDICIAL ART. 693 E SEG.NCPC ART. 53 NCPC - COMPETÊNCIA PODE SER: 1. CONSENSUAL: art. 226, &6 CF/88 e 731 NCPC 2. LITIGIOSO: art. 693 e seg. NCPC
UNIÃO ESTÁVEL (Art. 1.723 E SEG.) É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na:
UNIÃO ESTÁVEL (Art. 1.723) É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na: 1.convivência pública, 2.contínua e duradoura 3.estabelecida com o objetivo de constituição de família.
UNIÃO ESTÁVEL Aplica-se os IMPEDIMENTOS do art. 1.521; Não se aplica no caso de CAUSA SUSPENSIVA – 1523.
CASO TJRS PENSÃO DE MULHER QUE VIVIA EM UNIÃO ESTÁVEL COM O EXSOGRO ???? Art. 1521 + 1723 CCB
UNIÃO HOMOAFETIVA: JULGAMENTO DA ADIN 4277 E ADPF 132 STF Súmula 382: Não precisa morar sob o mesmo teto para constituir união estável;
REQUISITOS: Instituto jurídico já reconhecido : CONSTITUIÇÃO FEDERAL(art. 226, § 3º) LEIS: 8.971/94 e 9.278/96
SÚMULA 380 do STF: “EQUIPARA-SE COMO SOCIEDADE DE FATO” “CONDOMÍNIO E NÃO COMUNHÃO”
SÚMULA 382 do STF: “Não precisa morar sob o mesmo teto para constituir união estável”
ART. 1727 CCB: RELAÇÕES NÃO EVENTUAIS IMPEDIDOS DE CASAR= CONCUBINATO
PRECEDENTES
DIREITO DE FAMÍLIA. UNIÕES ESTÁVEIS SIMULTÂNEAS. RECONHECIMENTO. PARTILHA DE BEM. Os bens adquiridos na constância da união dúplice são partilhados entre as companheiras e o companheiro. Meação que se transmuda em "triação", pela simultaneidade das relações. Precedentes do TJDF e do TJRS. (TJPE. Apelação 2968625. Relator: José Fernandes 5ª Câmara Cível. Publicação: 28/11/2013).
DIREITO DE FAMÍLIA. APELAÇÃO AÇÃO DECLARATÓRIA DE UNIÃO ESTÁVEL PÓS-MORTE. CASAMENTO E UNIÃO ESTÁVEL CONCOMITANTES. RECONHECIMENTO. POSSIBILIDADE. FAMÍLIAS PARALELAS. FENÔMENO FREQUENTE. PROTEÇÃO ESTATAL. (TJMA. Apelação 0000632015. Relator: MARCELO CARVALHO SILVA. Segunda Câmara Cível. Publicação: 10/06/2015).
REGIME DE BENS São eles: Regime Legal ou supletivo: 1.Comunhão parcial de bens;
REGIME DE BENS Convencionais: 2.Comunhão universal de bens, 3.Separação total de bens 4.Participação final nos aquestos
1 - COMUNHÃO pARCIAL DE BENS Artigo 1.660 do Código Civil: COMUNICAR-SE-ÃO os bens: 1. Comum, 2.Oneroso, 3.Doação ou legado em favor de ambos os cônjuges;
COMUNICAR-SE-ÃO : 4. As benfeitorias em bens particulares; 5. Os frutos dos bens comuns, ou dos participantes de cada um,
Comunhão parcial de bens Excluídos da comunhão e incomunicáveis: a) Os bens que cada cônjuge possuir ao casar, b)Na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
EXCLUíDOS: Os de uso pessoal, e em decorrência da profissão; As obrigações anteriores ao casamento, e as provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
COMUNHÃO pARCIAL DE BENS: Fiança e aval: Prévio e expresso consentimento do seu cônjuge. É a chamada outorga (marital).
COMUNHÃO pARCIAL DE BENS: Bens recebidos por herança ou doação: Os bens adquiridos por doação ou sucessão hereditária não são partilhados com o outro cônjuge
Comunhão Parcial de Bens:Profa. Adriana Martins EXCEÇÃO: NA VENDA, for adquirido outro patrimônio, sem nenhuma ressalva em relação à origem do dinheiro, o bem passará a integrar a massa patrimonial comum.
Comunhão Parcial de Bens:Profa. Adriana Martins EXCEÇÃO: NA VENDA, for adquirido outro patrimônio, sem nenhuma ressalva em relação à origem do dinheiro, o bem passará a integrar a massa patrimonial comum.
LEGITIMAçÃO SUCESSÓRIA (TRANSMISSÃO DA HERANçA). Quando casados sob o regime da comunhão parcial de bens, o cônjuge sobrevivente herdará tãosomente se o falecido houver deixado bens particulares (adquiridos antes do casamento).
2.COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS Por meio de pacto antenupcial Por instrumento público, perante o Tabelião do Cartório de Notas.
Comunhão universal de bens Este era o antigo regime legalantes de entrar em vigor a Lei do Divórcio, de 15 de dezembro de 1977. Atualmente sua previsão legal se encontra nos artigos nº 1.667 a 1.671 do Código Civil Brasileiro.
Único patrimônio comum: Cada qual tem direito à metade ideal do patrimônio comum, inclusive as dívidas.
BENS EXCLUíDOS DA COMUNHÃO, Os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar;
a) Separação total de bens (convencional) Tal regime é previsto nos artigos 1.687 e 1.688 CC: É convencionado pelos cônjuges, por meio de pacto antenupcial, lavrado perante o tabelião de notas.
O casamento não repercute na esfera patrimonial. 
Cada um livremente podem:
alienar e gravar de ônus real o seu patrimônio, prestar fiança ou aval sem a participação do outro consorte.
b) Separação de bens obrigatória ou legal Hipóteses dos incisos do artigo 1.641 do Código Civil, ou seja:
1. das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; 2. da pessoa maior de 70 anos; Lei n. 12.344/2010 3. de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
SÚMULA 377 do STF “No regime de SEPARAÇÃO LEGAL DE BENS comunicam-se os adquiridos na constância do casamento”.
SÚMULA 377 do STF Na separação obrigatória por lei, atendendo - casos do artigo 1.641 do Código Civil vigente, o patrimônio amealhado durante a constância do casamento comunicar-se-á.
Participação final nos aquestos Disposto nos artigos 1672 a 1686 do Código Civil Brasileiro, Regime híbrido pois nele se aplicam regras atribuídas aos regimes de separação de bens e de comunhão parcial. Por meio de pacto antenupcial.
Temáticas processuais a serem abordadas
1caso: Juliana é sócia de uma sociedade empresária que produz bens que exigem alto investimento, por meio de financiamento significativo. Casada com Mário pelo regime da comunhão universal de bens, desde 1998, e sem filhos, ....decide o casal alterar o regime de casamento para o de separação de bens, sem prejudicar direitos de terceiros, e com a intenção de evitar a colocação do patrimônio já adquirido em risco.
Pergunta-se: A) A alteração do regime de bens mediante escritura pública, realizada pelos cônjuges e averbada no Registro Civil, é possível. 
B) A alteração do regime de bens, tendo em vista que o casamento foi realizado antes da vigência do Código Civil de 2002, não é possível.
C) A alteração do regime de bens mediante autorização judicial, com pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros, é possível. 
D) Não é possível a alteração para o regime da separação de bens, tão somente para o regime de bens legal, qual seja, o da comunhão parcial de bens
2 caso: Em maio de 2005, Sérgio e Lúcia casaram-se pelo regime da comunhão parcial de bens. Antes de se casar, ele já era proprietário de dois imóveis. Em 2006, Sérgio alugou seus dois imóveis e os aluguéis auferidos, mês a mês, foram depositados em conta corrente aberta por ele, um mês depois da celebração dos contratos de locação.
2 caso: Em 2010, Sérgio recebeu o prêmio máximo da loteria, em dinheiro, que foi imediatamente aplicado em uma conta poupança aberta por ele naquele momento.
2 caso: Em 2013, Lúcia e Sérgio se separaram. Lúcia procurou um advogado para saber se tinha direito à partilha do prêmio que Sérgio recebeu na loteria, bem como aos valores oriundos dos aluguéis dos imóveis adquiridos por ele antes do casamento e, mensalmente, depositados na conta corrente de Sérgio
Pergunta-se: A) Ela não tem direito à partilha do prêmio e aos valores depositados na conta corrente de Sérgio, oriundos dos aluguéis de seus imóveis, uma vez que se constituem como bens particulares de Sérgio. B) Ela tem direito à partilha dos valores depositados na conta corrente de Sérgio, oriundos dos aluguéis de seus imóveis, mas não tem direito à partilha do prêmio obtido na loteria.
C) Ela tem direito à partilha do prêmio, mas não poderá pleitear a partilha dos valores depositados na conta corrente de Sérgio, oriundos dos aluguéis de seus imóveis. D) Ela tem direito à partilha do prêmio e dos valores depositados na conta corrente de Sérgio, oriundos dos aluguéis dos imóveis de Sérgio, uma vez que ambos constituem-se bens comuns do casal.
Caso 3
Maria, casada em regime de comunhão parcial de bens com José por 3 anos, descobre que ele não havia lhe sido fiel, e a vida em comum se torna insuportável. O casal se separou de fato, e cada um foi residir em nova moradia, cessando a coabitação.
Da união não nasceu nenhum filho, nem foi formado patrimônio comum. Após dez meses da separação de fato, Maria procura um advogado, que entra com a ação de divórcio direto, alegando que ao dissolver uma união insustentável, seria facilitada a instituição de nova família.
Após a citação, João contesta, alegando que o pedido não poderia ser acolhido, uma vez que ainda não havia transcorrido o prazo de dois anos da separação de fato exigidos pelo artigo 40 da Lei 6.515/77.
Pergunta-se a) Nessa situação é juridicamente possível que o magistrado decrete o divórcio, não obstante não exista comprovação do decurso do prazo de dois anos da separação de fato como pretende Maria, ou João está juridicamente correto, devendo o processo ser convertido em separação judicial para posterior conversão em divórcio?
Pergunta-se b) Caso houvesse consenso, considerando as inovações legislativas, o ex-casal poderia procurar via alternativa ao Judiciário para atingir o seu objetivo ou nada poderia fazer antes do decurso dos dois anos da separação de fato?
PETIÇÃO INICIAL DE DIVÓRCIO CONSENSUAL COM ALIMENTOS, GUARDA COMPARTILHADA, REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS E PARTILHA DE BENS.
Endereçamento: Indica o juizo competente EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ______ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE CURITIBA – PR
ATENÇÃO: 2. Qualificação: NOME PRENOME ... (completo e sem abreviações); Nacionalidade ...; Estado Civil ...; Profissão ...; Portador de Carteira de Identidade RG nº...; Inscrito no CPF/MF sob o nº...; Residente e Domiciliado na Rua ..., Cidade ..., Estado ..., CEP ..., com endereço eletrônico ... E NOME PRENOME ... (completo e sem abreviações); Nacionalidade ...; Estado Civil ...; Profissão ...; Portador de Carteira de Identidade RG nº...; Inscrito no CPF/MF sob o nº...; Residente e Domiciliado na Rua ..., Cidade ..., Estado ..., CEP ...,
AÇÃO DE DIVORCIO CONSENSUAL COM ALIMENTOS, GUARDA COMPARTILHADA, REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS E PARTILHA DE BENS. Pelas razões de fato e fundamentos de direito a seguir expostos:
Síntese fática: Síntese dos fatos. Fazer menção aos documentos.
4. Direito: 4.1 Cabimento: Além de outros artigos pertinentes à proposta, poderá fazer referência ao artigo 731 do CPC e 226§ 6 da CF, e destacar a impossibilidade da via extrajudicial de acordo com o artigo 733 CPC.
4.2 Do Foro competente: Nesse tópico deve ser demonstrado o cabimento do foro competente da peça processual. Além de outros artigos pertinentes poderá fazer referência ao artigo 53 I do CPC.
3: Da dissolução da sociedade conjugal: Além de outros artigos pertinentes poderá fazer referência ao artigo 1571 IV do CC e 226 §6 da CF.
4.4 Do regime de casamento: Além de outros artigos pertinentes poderá fazer referência aos artigos 1639 a 1688 do CC, a depender do caso apresentado, uma vez que os dispositivos legais são alterados conforme o regime de bens adotado pelo casal
4.4 Do regime de casamento: Disposições gerais: art. 1639 a 1652 do CC; pacto antenupcial: art. 1653 a 1657 do CC; regime de comunhão parcial: art. 1658 a 1666 do CC; regime de comunhão universal: art. 1667 a 1671 do CC; regime de participação final nos aquestos: art. 1672 a 1686 do CC; regime de separação de bens: art. 1687 a 1688 do CC).
4.5 Da partilha dos bens: Além de outros artigos pertinentes poderá fazer referência ao artigo 1639 a 1688 do CC, a depender do caso uma vez que os dispositivos legais são alterados conforme o regime de bens adotado pelo casal
4.5 Da partilha dos bens: Disposições gerais:art. 1639 a 1652 do CC; pacto antenupcial: art. 1653 a 1657 do CC; regime de comunhão parcial: art. 1658 a 1666 do CC; regime de comunhão universal: art. 1667 a 1671 do CC; regime de participação final nos aquestos: art. 1672 a 1686 do CC; regime de separação de bens: art. 1687 a 1688 do CC).
4.6 Da guarda e visitação do filho: Além de outros artigos pertinentes poderá fazer referência ao artigo 1584 I do CC e a lei 13058/2014.
4.7 Dos alimentos: Além de outros artigos pertinentes poderá fazer referência ao artigo 1694 a 1699 do CC
4.8 Da alteração do nome: Além de outros artigos pertinentes a proposta poderá fazer referência ao artigo 1571 §2 do CC.
5. Da intervenção do Ministério Público: Em algumas circunstâncias deverá fazer referência ao artigo 178 II do CPC.
6. Justiça gratuita Além de outros artigos pertinentes e dependendo da situação poderá fazer referência à lei 1060/50 e o artigo 98 do CPC.
7. Pedidos/Requerimentos: A) a procedência do pedido, com o acolhimento dos pedidos, nos termos dos artigos 487, I, e 731 do CPC, para o fim de homologar do divórcio consensual, decretando o divórcio entre as partes, ordenando-se a seguir a expedição do competente mandado de averbação junto ao cartório de .... para que produza seus efeitos legais.
7. Pedidos/Requerimentos: b) a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a prova documental, nos termos do art. 319, VI, CPC; c) Requer-se o beneficio da justiça gratuita conforme a lei 1060/50 e o artigo 98 do CPC. d) A intimação do ilustre representante do Ministério Público conforme o artigo 178 II do CPC.
Dá-se à presente causa o valor de R$ ... , nos termos do art. 292 VI, CPC. (na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles devendo ser considerado no que tangem os alimentos a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor).
Termos em que pede deferimento. Local (Cidade)..., Data... Advogado... OAB.
UNIÃO ESTÁVEL
REQUISITOS: Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. § 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente. § 2º As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável.
Como dito, o Código Civil de 2002 não chegou a inovar ao tratar da união estável em cinco artigos. Este instituto jurídico já era reconhecido pela própria Constituição (art. 226, § 3º), pelas Leis 8.971/94 e 9.278/96 e, antes disso tudo, já era quase pacífico na jurisprudência essa possibilidade, como se vê, por exemplo, na súmula 380 do STF. O grande avanço em relação ao Código de 1916, se é que assim podemos chamar, é que este último não tratava do assunto.
O reconhecimento da união estável depende de certos requisitos, a saber: a) que a união se dê entre homem e mulher: Vê-se que houve a exclusão da união entre pessoas do mesmo sexo, nada obstante os reclamos de parcelas sociais consideráveis que defendem a união amorosa homossexual legalmente protegida.
b) que haja convivência entre ambos: Nota-se que a convivência é elemento essencial para configurar a união estável. Disso também decorre o dever de coabitação, embora a vida em domicílios diversos possa ser admitida em situações excepcionais, interpretando-se extensivamente o art. 1.569 do Código Civil.
c) que a convivência seja pública, contínua e duradoura: Deste requisito percebe-se que a convivência entre o homem e a mulher deve ser pública, isto é, não pode ser clandestina, apenas para fins de manter relações secretamente.
Releva notar que o Código Civil, a despeito de exigir que a relação seja duradoura, não prevê qualquer requisito temporal expressamente, a teor do que já acontecia na Lei 9.278/96. As circunstâncias do caso concreto, certamente em cotejo com os demais requisitos, é que indicarão se existe ou não a união estável.
d) que haja o objetivo de constituir família: Para que se possa configurar a união estável, necessário que haja o objetivo de se constituir família. Esse requisito mereceu críticas de REGINA BETRIZ TAVARES DA SILVA, para quem a união estável existe diante da constituição de família e não do mero objetivo de sua constituição. Se o objetivo de constituição de família caracterizasse a união estável, um simples namoro ou um noivado – estes sim, apenas com objetivo de constituir família – já seriam equiparados como tal
Conseqüências do reconhecimento da união estável – equiparação com o casamento As conseqüências do reconhecimento da união estável são diversas, embora todas possam se resumir naquelas decorrentes do casamento, inclusive no que se refere a questões patrimoniais, obrigação alimentar, deveres e até mesmo a sucessão (sobre a qual o Código preferiu tratar no capítulo específico, conforme art. 1790).
A propósito, a equiparação entre ambos os institutos é tamanha que o § 1º do artigo ora analisado é claro ao estender os impedimentos do casamento (art. 1.521 do Código Civil) à união estável, isto é, os impedidos de casar também estão impedidos de ter reconhecida a sua união estável.
A única ressalva que se faz diz respeito ao impedimento do inciso VI do art. 1.521, segundo o qual estão impedidos de casar (e de ter reconhecida a união estável) as pessoas casadas. Neste caso, uma vez provada a separação de fato ou judicial do convivente, cessa o impedimento.
As causas suspensivas do art. 1523, § 2º Conforme o § 2º, as causas do art. 1523 do Código Civil não representam óbice à caracterização da união estável.
Aspectos processuais O pleito de reconhecimento da união estável deve ser deduzido em ação declaratória, isto é, aquela em que o órgão jurisdicional declare que tal fato (a convivência entre duas pessoas) existiu. Surge uma constatação importante: A união estável é fato ao qual a lei empresta conseqüências jurídicas.
Essa ação para o reconhecimento pode ser cumulada com ação de dissolução da união estável, cujo caráter é constitutivo negativo, porque visa extinguir a relação jurídica. Considerando que a união estável só se configura se houver convivência, bem como que o instituto tem relação íntima com o casamento, as medidas de urgência das relações matrimoniais se aplicam sem restrições a tais relações, o que permite, por exemplo, o ajuizamento de ação cautelar para afastamento do companheiro do lar (separação de corpos)
As questões judiciais envolvendo união estável submetem-se ao crivo das varas especializadas de família, onde estas existirem.
Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos. Neste dispositivo o Código elenca os deveres dos companheiros na união estável.
A fidelidade não vem explícita no dispositivo, mas esta evidentemente decorre da lealdade e do respeito, cujos significados excluem definitivamente a bigamia.
Não há previsão expressa quanto à coabitação. De toda forma, QUALQUER violação da convivência entre os companheiros equivalerá à violação de um dever da união estável e poderá ensejar sua dissolução.
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens. Como se vê, à falta de contrato escrito entre os companheiros, a união entre eles será regida pelas normas da comunhão parcial de bens (arts. 1.658 a 1.666 do Código Civil).
Os companheiros PODEM DISPOR em contrato que a união entre eles será pautada por regime diverso, como, por exemplo, o da comunhão universal de bens. Tal contrato apenas não admitirá disposições contrárias à lei, como a renúncia aos alimentos.
Não poderão os conviventes estabelecer um regime de bens diverso da separação nos casos do art. 1.641 do Código Civil.
Esse contrato (se existir) deverá ser por escriturapública. Tal exigência não ESTÁ prevista na lei, é preciso interpretar este dispositivo em harmonia com o art. 1.653 do Código Civil: “É nulo o pacto antenupcial que não for feito por escritura pública”.
Quaisquer alterações de regime de bens entre os companheiros dependerá de prévia homologação judicial, no que se interpreta – mais uma vez sistematicamente – o art. 1.639, § 2º, do Código Civil. O aditamento à escritura pública que trate do regime de bens da união estável só será eficaz se judicialmente chancelado
A falta de adoção dessas cautelas só poderá ser interpretada no prejuízo do casal. Terceiros que tratam ou negociam com alguém em união estável não podem ser prejudicados pela omissão do fato, pois não se presume a publicidade do regime de bens entre os conviventes, como ocorre no casamento.
Tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que pretende acrescentar um parágrafo ao dispositivo comentado, pelo qual os conviventes que vierem a firmar contratos com terceiros devem mencionar a existência de união estável e a titularidade do bem objeto de negociação, sob pena de responderem tanto na esfera cível quanto na criminal
Tal providência afastará de vez inconvenientes como aqueles que decorrem quando um dos companheiros presta fiança sem o consentimento do outro, certo, todavia, que nessas situações tem sido reconhecido o direito da companheira de proteger sua meação ou até mesmo anular o ato pelas vias próprias.
O entendimento é de que o ato não é nulo, porque a outorga uxória ainda não é exigível expressamente no caso de união estável, podendo então a companheira preservar sua meação pelas vias ordinárias.
Art. 1.726. A união estável poderá converter-se em casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e assento no Registro Civil. Este dispositivo visa apenas reforçar a previsão constitucional de que a lei deverá facilitar a conversão da união estável em casamento (art. 226, § 3º, da Constituição), repetindo a regra do art. 8º da Lei 9.278/96. Denota-se, entretanto, que a lei criou reserva jurisdicional para tanto, vale dizer, fica condicionada essa conversão da união estável em casamento à homologação do juiz.
Essa reserva jurisdicional tem merecido severas e justas críticas da doutrina: “Não se justifica a criação de tal burocracia quando a própria Constituição determina que a lei deverá facilitar a conversão. Se cogita até mesmo da inconstitucionalidade do dispositivo, o que não nos parece sem razão.
Se duas pessoas solteiras em regra podem se casar livremente, sem qualquer intervenção jurisdicional, não se entende o porquê de duas pessoas que já convivem em união estável também não poderem.
A explicação plausível estaria ligada à proteção patrimonial dos conviventes, no sentido de que a decisão judicial de conversão já consignaria quais bens adquiridos a título oneroso na constância da união estável estariam sendo transmitidos ao casamento.
Evita-se discussões sobre o assunto numa futura dissolução da sociedade conjugal formada.
De toda forma, se os conviventes pretenderem realizar a conversão da união estável em casamento, devem propor a respectiva ação perante as varas especializadas de família, onde estas existirem.
Trata-se de ação submetida à jurisdição voluntária na qual a participação do Ministério Público será dispensada, salvo se envolver direitos de incapazes.
Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato. Fica definitivamente estampada a diferença entre união estável e concubinato.
O concubinato se refere às relações não eventuais de pessoas que não podem se casar. A união estável diz respeito às relações das pessoas não impedidas de casar, desde que preenchidos os demais requisitos imanentes ao assunto, nada obstante a ressalva das pessoas separadas de fato.
O concubinato não gera os mesmos efeitos da união estável, esta última equiparada ao casamento. Afirma-se que o novo Código, em seus arts. 1723 a 1727 (que dispõem sobre os aspectos patrimoniais e pessoais do instituto), sintetizou os principais elementos das Leis nº 8.971/94 e nº 9.278/96.
O art. 1723 do novo diploma estabelece que: “É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família".
Esse conceito não traz a exigência de prazo rígido para a caracterização da união estável. Há que se analisar, diante do caso concreto, se presentes a estabilidade, convivência, e afetividade da relação. Estabelecer esse prazo rígido implicaria em possibilidade de negar a existência de uma união estável que de fato estaria configurada ou de reconhecer como uniões estáveis relações que, embora duradouras não têm como finalidade a constituição de família.
O referido art. 1723, em seu § 1º, dispõe expressamente que é possível a constituição de uniões estáveis entre pessoas casadas, desde que separadas de fato ou judicialmente. Tal entendimento já vinha sendo seguido pela jurisprudência majoritária.
É em consonância com o § 1º do art. 1723, que deve ser interpretado o art. 1727 do novo Código Civil. Estabelece este último que "as relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato".
Teve por objetivo diferenciar a união estável do concubinato, entendido este como a relação adulterina ou incestuosa. Visa resguardar o Princípio da Monogamia, ordenador de todo o direito de família. Se o ordenamento jurídico pátrio só admite o casamento monogâmico e, uma vez que há união estável entre pessoas que, embora não sendo casadas, vivem como se o fossem, não há que se falar em união poligâmica.
Utilizou-se da expressão: "impedidos de casar" Melhor teria sido a designação "relações adulterinas ou incestuosas", posto que, as pessoas separadas de fato ou separadas judicialmente, apesar de impedidas de casar, podem constituir uniões estáveis.
O art. 1724 do CCB estabelece os deveres de: Lealdade, respeito e assistência entre os companheiros e de guarda, sustento e educação dos filhos. Tais uniões vão deixando de ser "livres", pois há cada vez mais intervenção estatal, através da fixação de regras como estas.
No tocante às conseqüências patrimoniais, segundo o art. 1725 do CCB: “Na união estável, salvo convenção válida entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens".
Quanto aos alimentos decorrentes da dissolução da união estável, de acordo com o art. 1694 do novo diploma: Os conviventes (assim como os cônjuges) podem reclamar, reciprocamente, os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com sua condição social.
2.CASAMENTO
Regime de bens
1 - Conceito A convivência familiar enseja o entrelaçamento das vidas e dos patrimônios daqueles que nele ingressam.
O regime de bens pode ser entendido como uma das conseqüências jurídicas do casamento.
Orlando Gomes define o regime de bens da seguinte forma: “Regime matrimonial é o estatuto patrimonial dos cônjuges. Compreende esse estatuto as relações patrimoniais entre os cônjuges e entre terceiros e a sociedade conjugal.”
Cáio Mario da Silva Pereira entende que: “O regime de Bens constituem, pois os princípios jurídicos que disciplinam as relações econômicas entre os Cônjuges, na constância do matrimônio”
3.2 – Meação Quando da dissolução do casamento, o regime de bens eleito pelo casal é que permite saber se existe um estado de mancomunhão. Somente nos regimes em que há a comunhão de patrimônios é que podemos falar em meação.
Importante destacar que o direito a meação não é renunciável, cessível ou penhorável na vigência do regime matrimonial, sendo nula a cláusula em pacto antenupcial que dispuser de forma contrária.
Na sucessão da pessoa casada, é indispensável identificar o regime de bens adotado, para saber o que será transmitido aos herdeiros. A depender do regime, a primeira providência é separar a meação do sobrevivente. O acervo hereditário se constitui da meação do de cujus, somadaaos bens excluídos da comunhão (Arts. 1.659 e 1.668 do CC).
3.3 – Liberdade dos nubentes quanto à escolha do regime de bens
 É necessária a existência de um regime de bens, porque o matrimônio não pode subsistir sem ele.
Salvo algumas exceções (art. 1.641 do CC), os noivos podem deliberar o que quiserem e da forma que melhor lhes aprouver sobre seus bens (art. 1.639 do CC).
Nada justificaria a limitação da liberdade dos cônjuges, até porque, na união estável, os companheiros têm liberdade para estabelecerem, em contrato escrito, tudo o que quiserem.
Somente no silêncio dos companheiros é que se aplica o regime da comunhão parcial. (art. 1.725 do CC). Tendo a CF concedido à União Estável o mesmo status de casamento, não se pode dar tratamento mais benéfico a uma das entidades familiares.
Têm então os nubentes as seguintes opções: A. Ficarem em silêncio, sujeitando-se ao regime da comunhão parcial de bens (art. 1.640); B. Escolherem os regimes pré-fabricados pelo legislador;
C. Criarem, por intermédio de pacto antenupcial, o regime que quiserem, definindo, da forma que melhor lhes aprouver, o destino dos bens passados, presentes e futuros. O único limite é de natureza ética, que não deve afrontar disposição absoluta de lei (art. 1.655 do CC)
O regime de bens passa a vigorar na data do casamento (art.1.639, § 1º). Já é pacificada a jurisprudência no sentido de que é a separação de fato que marca o fim da solidariedade familiar, não mais se justificando a mantença do regime de bens.
Existe em nosso ordenamento jurídico a previsão para quatro tipos de regimes de bens distintos.
- Comunhão parcial de bens é o regime legal de nosso país, previsto nos artigos 1.658 a 1.666 do CCivil e 1.640 : “Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime de comunhão parcial”.
Segundo Maria Berenice Dias e Rodrigo da Cunha Pereira, nesse regime formam-se três massas de bens: “os bens do marido, os bens da mulher e os bens comuns.”
Segundo o artigo 1.660 CC Comunicar-se-ão os bens adquiridos de forma comum, a título oneroso, por doação ou legado em favor de ambos os cônjuges;
Segundo o artigo 1.660 CC As benfeitorias em bens particulares; os frutos dos bens comuns, ou dos participantes de cada um, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
Ficando assim excluídos da comunhão e incomunicáveis artigos 1659 e 1661 CC, ou seja: 
a) os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
 Ficando assim excluídos da comunhão e incomunicáveis:
c) os adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
d) c) os de uso pessoal, e em decorrência da profissão; d) as obrigações anteriores ao casamento, e as provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
e) d) os proventos do trabalho pessoal, as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas; e) os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento.
Bem observam Maria Berenice Dias e Rodrigo da Cunha Pereira a respeito do inciso VI do artigo 1.659 do Código Civil que: “Antes tivesse o legislador abortado a ressalva de incomunicabilidade dos proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge, ainda que no regime de comunhão parcial, quando se sabe que, de regra, é do labor pessoal de cada cônjuge que advêm os recursos necessários à aquisição dos bens conjugais.”
Comunhão universal de bens Este era o antigo regime legal de nosso país, antes de entrar em vigor a Lei do Divórcio, de 15 de dezembro de 1977. Atualmente sua previsão legal se encontra nos artigos nº 1.667 a 1.671 do Código Civil Brasileiro.
Comunhão universal de bens Neste regime, haverá uma união dos bens que ambos os cônjuges trazem ao se casar, e os adquiridos a partir das núpcias. Assim forma-se um único patrimônio comum, passando cada qual a ter o direito à metade ideal do patrimônio comum e, por óbvio, das dívidas.
Necessário a realização de um pacto antenupcial, feito por instrumento público, perante o tabelião do Cartório de Notas, vindo a ter eficácia com a efetiva realização do casamento e após este. Para eficácia perante terceiros, se faz necessário o registro no Cartório imobiliário.
Ficam excluídos da comunhão artigo 1.668 CC: os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os subrogados em seu lugar; os gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva;
as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com cláusula de incomunicabilidade; as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum.
Contudo, segundo o artigo 1.669 do Código Civil, os frutos dos bens incomunicáveis, quando se perceberem ou vençam durante o matrimônio, pertencerão a ambos os cônjuges.
Separação de bens Neste regime, inexiste a comunhão dos bens dos cônjuges, tendo cada qual seu patrimônio particular.
“Como adverte Clóvis (CC, 2002), o que caracteriza esse regime é a completa separação de patrimônio dos dois cônjuges, nenhuma comunicação se estabelecendo entre as duas massas, os dois acervos. A cada um o que é seu, aí está a fórmula individualista, que bem sintetiza o aludido regime matrimonial.”
O casamento não repercute na esfera patrimonial dos cônjuges, podendo cada um livremente alienar e gravar de ônus real o seu patrimônio e ainda prestar fiança ou aval sem a participação do outro consorte.
Para melhor compreensão, pode tal regime ser dividido em separação total de bens, que convencionado pelas partes; e separação de bens obrigatória ou separação legal de bens, quando imposto por nossa legislação.
a) Separação total de bens (convencional) Tal regime é previsto nos artigos 1.687 e 1.688 CC, sendo convencionado pelos cônjuges, por meio de pacto antenupcial, lavrado perante o tabelião de notas.
b) Separação total de bens (convencional) Cada qual conserva com exclusividade o domínio, a posse e a administração de seus bens presentes e futuros, assim como também a responsabilidade pelos débitos decorrentes desses bens.
c) Separação de bens obrigatória ou legal inexiste a vontade dos cônjuges, sendo este imposto pela lei, quando os cônjuges incorrerem nas hipóteses dos incisos do artigo 1.641 do Código Civil, ou seja:
1. das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; 
2. da pessoa maior de 70 anos; Projeto de Lei n. 276/2007 
3. de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
Atinge direito cravado na porta de entrada da Carta Política de 1988, cuja nova tábua de valores coloca em linha de prioridade o princípio da dignidade humana, diretriz que já vinha sendo preconizada pela Súmula n. 377 do Supremo Tribunal Federal, ao ordenar a comunicação dos bens adquiridos na constância do casamento, como se estivessem tratando da comunhão parcial de bens.”
Participação final nos aquestos artigos 1672 a 1686 CC Regime híbrido, pois nele se aplicam regras atribuídas aos regimes de separação de bens e de comunhão parcial.
No regime, existem bens particulares, que são os bens que cada cônjuge possuía ao se casar, dos adquiridos por sub-rogação e dos recebidos por herança ou liberalidade.
Também existem bens comuns, que foram adquiridos conjuntamente pelo casal no curso do casamento. Temos ainda o patrimônio próprio, que são os bens particulares, somados aos bens adquiridos em seu nome exclusivamente na constância do patrimônio.
Quando falamos em aquestos, estamos falando sobre os bens próprios de cada um dos cônjuges, que foram amealhados durante o casamento, mais os bens adquiridos por ele em conjunto.
Quando da separação, cada cônjuge ficará: a) com a totalidade dos seus bens particulares adquiridos antes do casamento; b) com metade dos bens comuns, adquiridos em condomínio por ambos, durante o casamento;
d) com os bens próprios adquiridos durante o enlace;d) fará jus à metade da diferença do valor dos bens que o outro adquiriu no próprio nome, na constância do vínculo conjugal, através de um sistema de compensação.
Com referência às dívidas, estas caberão única e exclusivamente àquele que as contrair, respondendo com seu patrimônio, desde que não tenham sido revertidas ao proveito do outro cônjuge, que arcará com as mesmas na proporção de sua vantagem.
Sumula 377 do STF Diz a Súmula 377 do STF: “No regime de separação legal de bens comunicam-se os adquiridos na constância do casamento”.
Sumula 377 do STF Isto significa que, a despeito do regime de bens entre os cônjuges ser o da separação obrigatória por lei, atendendo aos casos arrolados no artigo 1.641 CC vigente, o patrimônio amealhado durante a constância do casamento comunicar-se-á.
Em suma, verifica-se que, na verdade, a Súmula 377, do STF, colide frontalmente com o disposto no vigente Código Civil, precisamente em seu artigo 1.641, salvo se interpretada com o alcance de reconhecer a partilha dos bens efetivamente adquiridos com o esforço econômico comum.
UNIÃO ESTÁVELREGIME DE BENSATIVIDADES
UNIÃO ESTÁVEL
 (Art. 1.723 E SEG.)
É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na:
UNIÃO ESTÁVEL (Art. 1.723)
1.convivência pública, 
2.contínua e duradoura 
3.estabelecida com o objetivo de constituição de família.
REQUISITOS:
Art. 1.723. 
§ 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.
CASO TJRS
PENSÃO DE MULHER QUE VIVIA EM UNIÃO ESTÁVEL COM O EX-SOGRO ????
Art. 1521 + 1723 CCB
REQUISITOS:
Art. 1.723. 
§ 2º As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável.
UNIÃO ESTÁVEL
 Aplica-se os IMPEDIMENTOS do art. 1.521; 
Não se aplica no caso de CAUSA SUSPENSIVA – 1523.
Este instituto jurídico já era reconhecido pela própria Constituição Federal (art. 226, § 3º), 
Leis: 
8.971/94 e 9.278/96
Pacífico na jurisprudência na Súmula 382 do STF
b) que haja convivência entre ambos:
Nota-se que a convivência é elemento essencial para configurar a união estável. 
Decorre o dever de coabitação???
 A vida em domicílios diversos art. 1.569 do Código Civil.
SÚMULA 382 do STF:
“Não precisa morar sob o mesmo teto para constituir união estável”
SÚMULA 382/STF
DISPENSABILIDADE DA CONVIVÊNCIA SOB O MESMO TETO...RELAÇÃO CONTÍNUA ...
Que haja o objetivo de constituir família:
Esse requisito mereceu críticas de REGINA BEATRIZ TAVARES DA SILVA:
“Para quem a união estável existe diante da constituição de família e não do mero objetivo de sua constituição”. 
Que haja o objetivo de constituir família:
“Se o objetivo de constituição de família caracterizasse a união estável, um simples namoro ou um noivado – estes sim, apenas com objetivo de constituir família – já seriam equiparados como tal” ......
O art. 1724 do CCB estabelece os deveres de:
Lealdade, respeito e assistência entre os companheiros e de guarda, sustento e educação dos filhos.
Tais uniões vão deixando de ser "livres", pois há cada vez mais intervenção estatal, através da fixação de regras como estas.
A fidelidade não vem explícita no dispositivo, mas esta evidentemente decorre da lealdade e do respeito, cujos significados excluem definitivamente a bigamia.
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
Art. 1.725 CCB 
Na falta de contrato escrito entre os companheiros, a união entre eles será regida pelas normas da comunhão parcial de bens (1.658 a 1.666 ).
Os companheiros PODEM DISPOR em contrato que a união entre eles será pautada por regime diverso, como, por exemplo, o da comunhão universal de bens.
Tal contrato apenas não admitirá disposições contrárias à lei, como a renúncia aos alimentos.
Esse contrato (se existir) deverá ser por Escritura Pública. 
Tal exigência NÃO ESTÁ prevista na lei, é preciso interpretar este dispositivo em harmonia com o art. 1.653 do Código Civil:
É nulo o pacto antenupcial que não for feito por escritura pública”.
Alterações de Regime de bens entre os companheiros dependerá de prévia homologação judicial, no que se interpreta – sistematicamente 1.639, § 2º, do Código Civil Código Civil.
O aditamento à escritura pública que trate do regime de bens da união estável só será eficaz se judicialmente chancelado.
A falta de adoção dessas cautelas só poderá ser interpretada no prejuízo do casal.
Terceiros que tratam ou negociam com alguém em união estável não podem ser prejudicados pela omissão do fato, pois não se presume a publicidade do regime de bens entre os conviventes, como ocorre no casamento. 
Art. 1.726. A união estável poderá converter-se em casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e assento no Registro Civil.
Visa apenas reforçar a previsão constitucional de que a lei deverá facilitar a conversão da união estável em casamento (art. 226, § 3º, da Constituição), repetindo a regra do art. 8º da Lei 9.278/96.
A lei criou reserva jurisdicional para tanto, vale dizer, fica condicionada essa conversão da união estável em casamento à homologação do juiz.
UNIÃO HOMOAFETIVA:
JULGAMENTO DA ADIN 4277 E ADPF 132 STF
UNIÃO HOMOAFETIVA:
I.ESTABELECE COMUNHÃO PLENA DE VIDA, COM BASE NA IGUALDADE DOS DIREITOS E DEVERES DOS CÔNJUGES, ESTENDIDOS AOS HOMOAFETIVOS. STJ ( INFORMATVO 486)
II.A UNIÃO ESTÁVEL É ADMITIDA AOS COMPANHEIROS DE IGUAL SEXO.
STF (INFORMATIVO 625)
ART. 1727 CCB: 
RELAÇÕES NÃO EVENTUAIS IMPEDIDOS DE CASAR= CONCUBINATO
O concubinato se refere às relações não eventuais de pessoas que não podem se casar.
A união estável diz respeito às relações das pessoas não impedidas de casar, desde que preenchidos os demais requisitos com a ressalva das pessoas separadas de fato.
PRECEDENTES
DIREITO DE FAMÍLIA. UNIÕES ESTÁVEIS SIMULTÂNEAS. RECONHECIMENTO. PARTILHA DE BEM.
Os bens adquiridos na constância da união dúplice são partilhados entre as companheiras e o companheiro. Meação que se transmuda em "triação", pela simultaneidade das relações.
Precedentes do TJDF e do TJRS. (TJPE. Apelação 2968625. Relator: José Fernandes 5ª Câmara Cível. Publicação: 28/11/2013).
DIREITO DE FAMÍLIA. APELAÇÃO AÇÃO DECLARATÓRIA DE UNIÃO ESTÁVEL PÓS-MORTE. CASAMENTO E UNIÃO ESTÁVEL CONCOMITANTES. RECONHECIMENTO. POSSIBILIDADE. FAMÍLIAS PARALELAS. FENÔMENO FREQUENTE. PROTEÇÃO ESTATAL.
(TJMA. Apelação 0000632015. Relator: MARCELO CARVALHO SILVA. Segunda Câmara Cível. Publicação: 10/06/2015).
Interpretação a estabelecer tratamento paritário em relação ao cônjuge sobrevivente, que tem o direito real de habitação garantido pelo art. 1631 do mencionado diploma.
No tocante aos direitos hereditários:
O tratamento conferido à união estável é evidentemente discriminatório em relação ao estabelecido no tocante às relações matrimoniais. 
ALTERAÇÃO: STF
Respeito à Constituição Federal de 1988, posto que as referidas disposições ferem fundamentos constitucionais, tais como o Princípio da Dignidade Humana, bem como o Princípio da Isonomia.
REGIME DE BENS
São eles: 
 Regime Legal ou supletivo:
1.Comunhão parcial de bens;
REGIME DE BENS
Convencionais:
 2.Comunhão universal de bens,
3.Separação total de bens 
4.Participação final nos aquestos
1 - Comunhão parcial de bens
Artigo 1.660 do Código Civil: 
Comunicar-se-ão os bens: 1. Comum, 
2.Oneroso,
3.Doação ou legado em favor de ambos os cônjuges;
comunicar-se-ão :
4. As benfeitorias em bens particulares;
5. Os frutos dos bens comuns, ou dos participantes de cada um,
comunicar-se-ão :
4. As benfeitorias em bens particulares;
5. Os frutos dos bens comuns, ou dos participantes de cada um,
Excluídos: 
Os de uso pessoal, e em decorrência da profissão; 
As obrigações anteriores ao casamento, e as provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
Comunhão Parcial de Bens:
Fiança e aval : 
Prévio e expresso consentimento do seu cônjuge.
 É a chamadaoutorga (marital). 
Comunhão Parcial de Bens:
Bens recebidos por herança ou doação : 
Os bens adquiridos por doação ou sucessão hereditária não são partilhados com o outro cônjuge
Comunhão Parcial de Bens:Profa. Adriana Martins
EXCEÇÃO:
NA VENDA, for adquirido outro patrimônio, sem nenhuma ressalva em relação à origem do dinheiro, o bem passará a integrar a massa patrimonial comum.
Legitimação sucessória (transmissão da herança). 
Quando casados sob o regime da comunhão parcial de bens, o cônjuge sobrevivente herdará tão-somente se o falecido houver deixado bens particulares (adquiridos antes do casamento).
2.Comunhão universal de bens
Por meio de pacto antenupcial
Por instrumento público, perante o Tabelião do Cartório de Notas. 
Comunhão universal de bens
 Este era o antigo regime legal antes de entrar em vigor a Lei do Divórcio, de 15 de dezembro de 1977 . 
Atualmente sua previsão legal se encontra nos artigos nº 1.667 a 1.671 do Código Civil Brasileiro. 
Único patrimônio comum:
Cada qual tem direito à metade ideal do patrimônio comum, inclusive as dívidas.
Bens excluídos da comunhão, 
Os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar;
a) Separação total de bens (convencional)
 
Tal regime é previsto nos artigos 1.687 e 1.688 CC:
É convencionado pelos cônjuges, por meio de pacto antenupcial, lavrado perante o tabelião de notas. 
O casamento não repercute na esfera patrimonial.
Cada um livremente podem:
alienar e gravar de ônus real o seu patrimônio,
prestar fiança ou aval sem a participação do outro consorte.
b) Separação de bens obrigatória ou legal
Hipóteses dos incisos do artigo 1.641 do Código Civil, ou seja:
1. das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
 2. da pessoa maior de 70 anos;
Lei n. 12.344/2010
3. de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
SÚMULA 377 do STF
“No regime de separação legal de bens comunicam-se os adquiridos na constância do casamento”.
SÚMULA 377 do STF
Na separação obrigatória por lei, atendendo - casos do artigo 1.641 do Código Civil vigente, o patrimônio amealhado durante a constância do casamento comunicar-se-á .
Participação final nos aquestos
Disposto nos artigos 1672 a 1686 do Código Civil Brasileiro,
 Regime híbrido pois nele se aplicam regras atribuídas aos regimes de separação de bens e de comunhão parcial. 
Por meio de pacto antenupcial
Temáticas processuais a serem abordadas
1caso:
Juliana é sócia de uma sociedade empresária que produz bens que exigem alto investimento, por meio de financiamento significativo. Casada com Mário pelo regime da comunhão universal de bens, desde 1998, e sem filhos, 
... decide o casal alterar o regime de casamento para o de separação de bens, sem prejudicar direitos de terceiros, e com a intenção de evitar a colocação do patrimônio já adquirido em risco.
Pergunta-se:
A) A alteração do regime de bens mediante escritura pública, realizada pelos cônjuges e averbada no Registro Civil, é possível.
 
B) A alteração do regime de bens, tendo em vista que o casamento foi realizado antes da vigência do Código Civil de 2002, não é possível. 
C) A alteração do regime de bens mediante autorização judicial, com pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros, é possível . 
D) Não é possível a alteração para o regime da separação de bens, tão somente para o regime de bens legal, qual seja, o da comunhão parcial de bens.
2 caso:
Em maio de 2005, Sérgio e Lúcia casaram-se pelo regime da comunhão parcial de bens. Antes de se casar, ele já era proprietário de dois imóveis.
 Em 2006, Sérgio alugou seus dois imóveis e os aluguéis auferidos, mês a mês, foram depositados em conta corrente aberta por ele, um mês depois da celebração dos contratos de locação. 
caso:
Em 2010, Sérgio recebeu o prêmio máximo da loteria, em dinheiro, que foi imediatamente aplicado em uma conta poupança aberta por ele naquele momento.
Em 2013, Lúcia e Sérgio se separaram. Lúcia procurou um advogado para saber se tinha direito à partilha do prêmio que Sérgio recebeu na loteria, bem como aos valores oriundos dos aluguéis dos imóveis adquiridos por ele antes do casamento e, mensalmente, depositados na conta corrente de Sérgio
Pergunta-se:
A) Ela não tem direito à partilha do prêmio e aos valores depositados na conta corrente de Sérgio, oriundos dos aluguéis de seus imóveis, uma vez que se constituem como bens particulares de Sérgio. 
B) Ela tem direito à partilha dos valores depositados na conta corrente de Sérgio, oriundos dos aluguéis de seus imóveis, mas não tem direito à partilha do prêmio obtido na loteria.
C) Ela tem direito à partilha do prêmio, mas não poderá pleitear a partilha dos valores depositados na conta corrente de Sérgio, oriundos dos aluguéis de seus imóveis. 
D) Ela tem direito à partilha do prêmio e dos valores depositados na conta corrente de Sérgio, oriundos dos aluguéis dos imóveis de Sérgio, uma vez que ambos constituem-se bens comuns do casal.
Caso 3
Maria, casada em regime de comunhão parcial de bens com José por 3 anos, descobre que ele não havia lhe sido fiel, e a vida em comum se torna insuportável. O casal se separou de fato, e cada um foi residir em nova moradia, cessando a coabitação. 
Da união não nasceu nenhum filho, nem foi formado patrimônio comum. Após dez meses da separação de fato, Maria procura um advogado, que entra com a ação de divórcio direto, alegando que ao dissolver uma união insustentável, seria facilitada a instituição de nova família. 
Após a citação, João contesta, alegando que o pedido não poderia ser acolhido, uma vez que ainda não havia transcorrido o prazo de dois anos da separação de fato exigidos pelo artigo 40 da Lei 6.515/77.
Pergunta-se
a) Nessa situação é juridicamente possível que o magistrado decrete o divórcio, não obstante não exista comprovação do decurso do prazo de dois anos da separação de fato como pretende Maria, ou João está juridicamente correto, devendo o processo ser convertido em separação judicial para posterior conversão em divórcio?
Pergunta-se
b) Caso houvesse consenso, considerando as inovações legislativas, o ex-casal poderia procurar via alternativa ao Judiciário para atingir o seu objetivo ou nada poderia fazer antes do decurso dos dois anos da separação de fato? 
PETIÇÃO INICIAL DE DIVÓRCIO CONSENSUAL COM ALIMENTOS, GUARDA COMPARTILHADA, REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS E PARTILHA DE BENS.
 
Endereçamento: Indica o juizo competente
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ______ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE CURITIBA – PR
ATENÇÃO:
2. Qualificação:
 
NOME PRENOME ... (completo e sem abreviações); Nacionalidade ...; Estado Civil ...; Profissão ...; Portador de Carteira de Identidade RG nº...; Inscrito no CPF/MF sob o nº...; Residente e Domiciliado na Rua ..., Cidade ..., Estado ..., CEP ..., com endereço eletrônico ... E NOME PRENOME ... (completo e sem abreviações); Nacionalidade ...; Estado Civil ...; Profissão ...; Portador de Carteira de Identidade RG nº...; Inscrito no CPF/MF sob o nº...; Residente e Domiciliado na Rua ..., Cidade ..., Estado ..., CEP ..., 
AÇÃO DE DIVORCIO CONSENSUAL COM ALIMENTOS, GUARDA COMPARTILHADA, REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS E PARTILHA DE BENS.
 
Pelas razões de fato e fundamentos de direito a seguir expostos:
 
3. Síntese fática:
 Síntese dos fatos.
 Fazer menção aos documentos.
4. Direito :
4.1 Cabimento:
Além de outros artigos pertinentes à proposta, poderá fazer referência ao artigo 731 do CPC e 226§ 6 da CF, e destacar a impossibilidade da via extrajudicial de acordo com o artigo 733 CPC.
4.2 Do Foro competente:
Nesse tópico deve ser demonstrado o cabimento do foro competente da peça processual.
Além de outros artigos pertinentes poderá fazer referência ao artigo 53 I do CPC.
3: Da dissolução da sociedade conjugal:
Além de outros artigospertinentes poderá fazer referência ao artigo 1571 IV do CC e 226 §6 da CF.
4.4 Do regime de casamento:
Além de outros artigos pertinentes poderá fazer referência aos artigos 1639 a 1688 do CC, a depender do caso apresentado, uma vez que os dispositivos legais são alterados conforme o regime de bens adotado pelo casal
4.4 Do regime de casamento:
Disposições gerais: art. 1639 a 1652 do CC; pacto antenupcial: art. 1653 a 1657 do CC; regime de comunhão parcial: art. 1658 a 1666 do CC; regime de comunhão universal: art. 1667 a 1671 do CC; regime de participação final nos aquestos: art. 1672 a 1686 do CC; regime de separação de bens: art. 1687 a 1688 do CC).
4.5 Da partilha dos bens:
Além de outros artigos pertinentes poderá fazer referência ao artigo 1639 a 1688 do CC, a depender do caso uma vez que os dispositivos legais são alterados conforme o regime de bens adotado pelo casal
4.5 Da partilha dos bens:
Disposições gerais: art. 1639 a 1652 do CC; pacto antenupcial: art. 1653 a 1657 do CC; regime de comunhão parcial: art. 1658 a 1666 do CC; regime de comunhão universal: art. 1667 a 1671 do CC; regime de participação final nos aquestos: art. 1672 a 1686 do CC; regime de separação de bens: art. 1687 a 1688 do CC).
4.6 Da guarda e visitação do filho:
Além de outros artigos pertinentes poderá fazer referência ao artigo 1584 I do CC e a lei 13058/2014.
4.7 Dos alimentos:
Além de outros artigos pertinentes poderá fazer referência ao artigo 1694 a 1699 do CC
4.8 Da alteração do nome:
Além de outros artigos pertinentes a proposta poderá fazer referência ao artigo 1571 §2 do CC.
5. Da intervenção do Ministério Público:
Em algumas circunstâncias deverá fazer referência ao artigo 178 II do CPC.
6. Justiça gratuita
Além de outros artigos pertinentes e dependendo da situação poderá fazer referência à lei 1060/50 e o artigo 98 do CPC.
7. Pedidos/Requerimentos:
A) a procedência do pedido, com o acolhimento dos pedidos, nos termos dos artigos 487, I, e 731 do CPC, para o fim de homologar do divórcio consensual, decretando o divórcio entre as partes, ordenando-se a seguir a expedição do competente mandado de averbação junto ao cartório de .... para que produza seus efeitos legais.
7. Pedidos/Requerimentos:
b) a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a prova documental, nos termos do art. 319, VI, CPC; 
 c) Requer-se o beneficio da justiça gratuita conforme a lei 1060/50 e o artigo 98 do CPC.
 
d) A intimação do ilustre representante do Ministério Público conforme o artigo 178 II do CPC.
 
Dá-se à presente causa o valor de R$ ... , nos termos do art. 292 VI, CPC. (na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles devendo ser considerado no que tangem os alimentos a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor).
Termos em que pede deferimento.
Local (Cidade)..., Data...
 
Advogado... 
OAB.
ALIMENTOS
PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA SOLIDARIEDADE FAMILIAR
Lei nº 5.478/68) 
CONCEITO
 Com cunho personalíssimo, os alimentos, consubstanciados nos princípios da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CF) e da solidariedade (art. 3º, I, CF), bem como no direito à vida e integridade física (art. 6º, CF), prestam-se a garantir a mantença dos elementos basilares da vida e do status social do credor, desde que haja necessidade e possibilidade. (DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015, p. 558) 
NATUREZA JURÍDICA
 • Defluem do poder familiar, do parentesco, do casamento ou união estável (Art. 1.694, CC), com supedâneo no princípio da solidariedade e da mútua assistência (art. 1.566, CC)
CARACTERÍSTICAS
 Personalíssimo: Visa garantir a manutenção da vida e fundamenta as outras características; Intransmissível: Intransferíveis, dado o fim a que se presta; Impenhorável: Art. 1.707, CC. Irrenunciável: Não é factível a renúncia É possível, porém, o não exercício da prerrogativa. Indisponível: É factível, porém, a negociação dos alimentos pretéritos. Incompensável; Imprescritível; Irrepetível: Salvante má-fé e locupletamento ilícito pelo credor. 
OBRIGADOS LEGAIS
 Artigos 1.696 e 1.697, Código Civil: ◦ Cônjuges ou companheiros; Incluindo homossexuais (TRF-4 - APELREEX: 53659 RS 2002.71.00.053659-4, Relator: Revisor, Data de Julgamento: 19/08/2009) OBRIGADOS LEGAIS Artigos 1.696 e 1.697, Código Civil: ◦ Parentes, em linha reta, ou os colaterais, até o 2º grau; Há reciprocidade entre os pais e os filhos (art. 1.696, CC); Tios, sobrinhos e primos, portanto, não são incumbidos. Sucessores: As dívidas alimentares transmitem-se aos sucessores (art. 1.700, CC), mas o crédito não. 
OBRIGADOS LEGAIS
 Alimentos suplementares: ◦ O parente mais próximo será convocado, para, conjuntamente com o devedor originário, auxiliar no pagamento da totalidade das verbas alimentares (Art. 1.698, CC) Carecem de responsabilidade: ◦ Tios; ◦ Sobrinhos; e ◦ Primos. 
ESPÉCIES DE ALIMENTOS
Alimentos naturais 
◦ São verbas cuja finalidade é a manutenção da vida. ◦ Exemplos: ◦ alimentos; vestuário; saúde; habitação; e educação. 
ESPÉCIES DE ALIMENTOS
 Alimentos civis
 ◦ Prestam-se à conservação do status social e padrão de vida que o credor detinha anteriormente à dissolução do matrimônio ou união estável.
Antes de fazer pagamento em dinheiro eu posso pagar de forma in loco (hotel, viagem..) – Art. 1701, cc.
ESPÉCIES DE ALIMENTOS 
 Considerações 
◦ Se houver culpa, fixar-se-ão, unicamente, os alimentos naturais (art. 1.694, §2º, CC).
 Maria Berenice Dias: Crítica veemente ao elemento culpa, pois não há correlação com o fato gerador dos alimento, além de ser arcaica a culpa no ordenamento.
ESPÉCIES DE ALIMENTOS
 ◦ Conversão: É possível, ainda, a conversão de alimentos in natura em in pecunia, se houver inobservância do clausulado na obrigação alimentícia (TJSP, AC 0016693-65.2011.8.26.0037/SP, 3ª Câmara de Direito Privado, Rel. Carlos Alberto de Salles, j. 16/09/2014). 
ESPÉCIES DE ALIMENTOS 
 Alternatividade da prestação alimentícia: 
◦ É possível a adimplência de modo diverso (art. 1.701, CC): 
 Sustento; 
 Hospedagem; ou
 Educação. ◦
 Magistrado poderá fixar outro modo, se houver necessidade (art. 1.701, par. único, CC) 
PRESSUPOSTOS
 Artigo 1.694, §1, CC: ◦ Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. Portanto, são os requisitos: ◦ 
NECESSIDADE, do credor; e 
◦ POSSIBILIDADE, do devedor.
HIPÓTESES
 Vínculo conjugal 
◦ Entre cônjuges ou companheiros; 
A exoneração dos alimentos não acontece de forma automática, tanto a guarda como a questão alimentícia não fazem coisa julgada natural.
 A dissolução, de per si, não culmina, automaticamente, na exoneração do pagamento. 
 A coabitação, também, não dispensa o pagamento de alimentos. ◦ Matrimônio nulo ou anulável; 
 Não faz jus aos montantes alimentares, vez que o casamento inexistiu. Porém, até o trânsito em julgado da ação declaratória de nulidade, é possível a fixação de alimentos provisórios ou provisionais. 
HIPÓTESES
 ◦ Casamento putativo;
 Se houver boa-fé, fixar-se-ão os as verbas alimentares até o trânsito em julgado, retroagindo àdata da citação (art. 13, §2º, da Lei nº 5.478/68). 
 Parentes
 ◦ 1º Em benefício de menor
 Legitimidade: Representante legal ou o Ministério Público (art. 201, III, ECA) 
HIPÓTESES
 ◦ Em benefício de maior - mas a maioridade civil não cessa pela maioridade civil, eu preciso entrar no judiciário para parar de pagar, para serem exonerados os alimentos eu preciso ingressar ao judiciário. (Art. 1.665 c.c.)
 Por si só, a maioridade civil não cessa a obrigação alimentar.
 Pressuposto: necessidade e possibilidade. 
◦ Em favor de idosos 
 Se houver carência ou enfermidade (art. 229, CF), haverá a possibilidade de pleitear os alimentos.
 É possível, pelo idoso, a seleção do devedor (art. 12, da Lei nº 10.741/03). 
HIPÓTESES
 Gestante 
◦ Lei nº 11.804/08. 
A garantia de alimentos se encontra antes mesmo do nascimento da criança.
◦ Tutela legislativa: o filho e, por consequência, a progenitora.
 ◦ Legitimidade: O filho, representado pela mãe (art. 71, CPC).
 ◦ Pressuposto: indícios de paternidade , por meio de prova verossimilhante. Como eu faço isso?
Por exemplo, um casal começaram uma união estável (estavam juntos com objetivos de constituir família) e lá pelas tantas aparece a gravidez, a gestante sem saber fazer a abordagem com seu companheiro, mas não moravam no mesmo teto, mas sempre colaboravam, quando ela faz a abordagem ele não quer ser pai e reluta para encerrar o relacionamento, ela então começa a passar dificuldades e gravidez de risco, entra com uma ação com alimentos gravidíssimos. STJ entendeu que para se efetivar uma união estável não há necessidade de coabitação, ela então reuniu fotos, testemunhas para comprovar que ele tinha fortes indícios para ser o pai daquela criança, mediante essa situação o juiz resolve os alimentos gravidíssimos. Após o nascimento, faz o exame do DNA e comprova que ele é o pai.
Se não for o pai, os alimentos não podem ser devolvidos. Mas, se for caracterizado a má-fé obviamente ele pode ingressar no judiciário para indenização e demonstrar os danos que ele sofreu no âmbito civil.
Diferente, se eu tenho uma relação de “affrair”, não tenho como comprovar, não há verossimilhança, não ficou evidenciado, então, se não der para aplicar o ditames da lei, será necessário o nascimento da criança para fazer o teste do pezinho para entrar com a investigação de paternidade para fazer o DNA, se for pai, começa a obrigação legal.
 Ex.: Exame hematológico (DNA); testemunhas evidenciando a relação. 
FIXAÇÃO DA PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA FIXAÇÃO DA PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA
 A prestação, como se salário fosse, deve ser periódica;
 Anterioridade ◦ Arbitrados os valores, deverão ser cumpridos imediatamente, possibilitando a via executória, se algum embargo sobrevier. 
FIXAÇÃO DA PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA
 Correção monetária
 ◦ IGP-M, que é o índice oficial (art. 1.710, CC) 
 Cômputo das verbas alimentares Súmula 277, STJ: Julgada procedente a investigação de paternidade, os alimentos são devidos a partir da citação. 
FIXAÇÃO DA PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA
 Revisão dos valores: 
◦ É possível pleitear a majoração, minoração ou exoneração, se sobrevier circunstância perniciosa que fundamente o peditório (art. 1.699, CC).
 FIXAÇÃO DA PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA
 Exoneração: 
◦ Súmula 358, STJ: O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos. 
◦ Comprovação da necessidade: (STJ, Ag. Reg. No REsp 398208-RJ, 4º turma. Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 07/11/2013).
 PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA 
● Competência: o Residência do alimentando (art. 53, II, CPC) 
Prescrição ◦ 2 (dois) anos (art. 206, §2º, CC). 
◦ Porém, a prescrição não atinge os menores de idade, pois esta é interrompida (art. 198, CC) 
 Segredo de justiça: 
Férias forenses: 
◦ Continuarão tramitando os processos envolvendo prestações alimentícias . 
 Gratuidade da justiça
 ◦ O novo CPC revogou os artigos 16 a 18, da Lei nº 5.478/68 (Lei da ação de alimentos). Portanto, rege-se o pedido pelo novo CPC.
 ◦ Se não houver aptidão financeira para adimplir custas, despesas ou honorários advocatícios, poderá requerê-la (art. 98, CPC). 
◦ Realizada por pessoa natural, presume-se verídica a incapacidade financeira (art. 99, §3º, CPC). 
 Intimações ◦ A rigor, serão eletrônicas (art. 270, CPC) 
● Equipe multidisciplinar: 
 o Nas lides enquadrando a prestação alimentícia, deverá o magistrado se amparar, também, no auxílio de equipe multidisciplinar (art. 694, par. único, CPC) 
 Inversão do ônus da prova: ◦ É inversão do ônus da prova, desde que haja dificuldade ou impossibilidade de produção de provas, ou extrema facilidade por outra (art. 373, §1º, CPC). 
MODALIDADES PLEITOS
 Alimentos provisionais ◦ Mediante tutela provisória de urgência cautelar, incidental ou antecipada. 
◦ Para tanto, provar-se-á o periculum in mora e fumus boni iuris.
 MODALIDADES PLEITOS 
 Alimentos provisórios ◦ Peditório liminar (art. 4º, da Lei 5.478/68); 
◦ Comprovação do parentesco ou obrigação do futuro devedor art. 2º, da Lei . 
MODALIDADES PLEITOS 
 Audiência de conciliação e mediação:
 ◦ Nas lides envolvendo: ◦ Divórcio, Reconhecimento ou Extinção da união estável, guarda, filiação ou visitação, alimentar, haverá audiência, mas sem a apresentação da petição inicial (art. 695, §1º, CPC) 
MODALIDADES PLEITOS 
 A ausência do petitório inicial tende a viabilizar o consenso entre os litigantes. 
◦ Citado o réu = designação de audiência de mediação e conciliação, se a lide versar unicamente sobre alimentos (art. 5º, da Lei nº 5.478/68) 
PROCESSO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS MODALIDADES EXECUTÓRIAS
 Cumprimento de sentença ou decisão interlocutória ◦ Pelo rito da expropriação (arts. 530 c/c 831, CPC); ◦ Pelo rito da constrição pessoal (art. 528, §3º, CPC). MODALIDADES EXECUTÓRIAS 
 Execução de título extrajudicial ◦ Pelo rito da expropriação (Art. 913, CPC); ◦ Pelo rito da constrição pessoal (arts. 911 c/c 528, §3º, CPC). 
CAPITULO VI DA EXECUÇÃO DE ALIMENTOS (art.914) CAPITULO VI DA EXECUÇÃO DE ALIMENTOS (art.914) 
 Na execução fundada em título executivo extrajudicial que contenha obrigação alimentar, o juiz mandará citar o executado para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento das parcelas anteriores ao início da execução e das que se vencerem no seu curso, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de fazê-lo. 
 EXECUÇÃO DE ALIMENTOS art. 912 
Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa, bem como empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá requerer o desconto em folha de pagamento de pessoal da importância da prestação alimentícia. 
 EXECUÇÃO DE ALIMENTOS art. 912 § 1o Ao despachar a inicial, o juiz oficiará à autoridade, à empresa ou ao empregador, determinando, sob pena de crime de desobediência, o desconto a partir da primeira remuneração posterior do executado, a contar do protocolo do ofício. 
 EXECUÇÃO DE ALIMENTOS art. 912 § 2o O ofício conterá os nomes e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do exequente e do executado, a importância a ser descontada mensalmente, a conta na qual deve ser feito o depósito e, se for o caso, o tempo de sua duração. 
 EXECUÇÃO DE ALIMENTOS art. 913 
◦ Recaindo a penhora em dinheiro, a concessão de efeito suspensivo aos embargos à execução não obsta a que o exequente levante mensalmente a importância da prestação INOVAÇÕES DO NOVO CPC 
 Prisão civil: arts.528 e ss INOVAÇÕES DO NOVO CPC Prisão civil: ◦ Unicamente em decorrência de decisões irrecorríveis (art. 5º, LXVII, CF) ◦ Pressuposto: três prestações alimentares inadimplidas (art. 528, §7º, CPC). Crítica: Maria Berenice Dias sustenta que a mora já autoriza a prisão civil.
◦ Não exime o pagamento da prestação alimentícia (art. 528, §5º, CPC) INOVAÇÕES DO NOVO CPC 
 Protesto de título judicial e extrajudicial: 
◦ Cumprimento de sentença:
 Magistrado ordenará o protesto (art. 528, §1º, CPC). ◦ Execução de título extrajudicial 
 O protesto de ofício não está previsto, como no cumprimento de sentença 
 Araken de Assise Guilherme Rizzo Amaral, porém, arguem a possibilidade de haver, de ofício, a determinação de protesto. INOVAÇÕES DO NOVO CPC
 Dedução na fonte: ◦ É factível a dedução na fonte (art. 529, §3º, CPC) ◦ Limitação: até 50% do salário líquido. 
◦ Facilitando, é viável a inclusão do credor à folha de pagamento de pessoa jurídica com suas finanças salutares (art. 533, §2º, CPC) 
INOVAÇÕES DO NOVO CPC 
 Inscrição no rol de inadimplentes:
 ◦ Requerido pelo exequente, o magistrado poderá determinar a inclusão no rol de inadimplentes (art. 782, §3º, CPC). 
INOVAÇÕES DO NOVO CPC CAPÍTULO IV DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS 
 No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará: 
 Intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. 
● Caso o executado, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517 
 Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1o, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses. 
 § 4o A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado dos presos comuns. 
 § 5o O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações vencidas e vincendas. 
ART. 912 § 6oPaga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão.  § 7o O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo. 
 ART. 529 NCPC Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa ou empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá requerer o desconto em folha de pagamento da importância da prestação alimentícia. 
ART. 529 NCPC § 1o Ao proferir a decisão, o juiz oficiará à autoridade, à empresa ou ao empregador, determinando, sob pena de crime de desobediência, o desconto a partir da primeira remuneração posterior do executado, a contar do protocolo do ofício. 
 ART. 529 NCPC § 2o O ofício conterá o nome e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do exequente e do executado, a importância a ser descontada mensalmente, o tempo de sua duração e a conta na qual deve ser feito o depósito.
 ART. 529 NCPC § 3º  Sem prejuízo do pagamento dos alimentos vincendos, o débito objeto de execução pode ser descontado dos rendimentos ou rendas do executado, de forma parcelada, contanto que, somado à parcela devida, não ultrapasse 50% de seus ganhos líquidos.
 ART. 530 NCPC Não cumprida a obrigação, observar-se-á o disposto nos arts. 831 e seguintes = ( PENHORA – principal, juros, custas e honorários) 
ART. 531 NCPC Neste Capítulo aplica-se aos alimentos definitivos ou provisórios.  § 1o A execução dos alimentos provisórios, bem como a dos alimentos fixados em sentença ainda não transitada em julgado, se processa em autos apartados.  
ART. 531 NCPC § 2o O cumprimento definitivo da obrigação de prestar alimentos será processado nos mesmos autos em que tenha sido proferida a sentença. 
ART. 532 NCPC Verificada a conduta procrastinatória do executado, o juiz deverá, se for o caso, dar ciência ao Ministério Público dos indícios da prática do crime de abandono material. 
ART. 533 NCPC Quando a indenização por ato ilícito incluir prestação de alimentos, caberá ao executado, a requerimento do exequente, constituir capital cuja renda assegure o pagamento do valor mensal da pensão.
 ART. 533 NCPC O capital a que se refere o caput, (imóveis ou por direitos reais sobre imóveis suscetíveis de alienação, títulos da dívida pública ou aplicações financeiras em banco oficial), será inalienável e impenhorável enquanto durar a obrigação do executado. 
ART. 533 NCPC O juiz poderá substituir a constituição do capital pela inclusão do exequente em folha de pagamento de pessoa jurídica de notória capacidade econômica ou, a requerimento do executado, por fiança bancária ou garantia real, em valor a ser arbitrado de imediato pelo juiz.  
ART. 533 NCPC § 3o Se sobrevier modificação nas condições econômicas, poderá a parte requerer, conforme as circunstâncias, redução ou aumento da prestação.  
ART. 533 NCPC § 4o A prestação alimentícia poderá ser fixada tomando por base o salário - mínimo. 
 ART. 533 NCPC § 5o Finda a obrigação de prestar alimentos, o juiz mandará liberar o capital, cessar o desconto em folha ou cancelar as garantias prestadas.
DIA 02/04/2020
PARENTESCO E FILIAÇÃO
 Estabelece no artigo 226, § 7º, da Constituição Federal. 
Família - base da sociedade tem especial proteção do Estado, o estado só vai interferir se houver alguma violação para garantir que os direitos sejam efetivados.
PARENTESCO 
• ESPÉCIES 
- Quanto ao vínculo: 
• Consanguíneo ou natural;
 • Por afinidade (casamento e união estável). Ex.: não posso casar com meu sogro porque ele é parentesco do meu ex marido.
• Civil – ex.: adoção.
- Quanto à linha – ascendentes e descendentes (linha reta)
• Reta: Ascendente ou Descendente - Pais, avos, bisavos e ate onde pendurar.
• Colateral: até 4º grau 
 Contagem de graus 
PARENTESCO
 •PARENTESCO EM LINHA RETA:
 • Parentesco por afinidade em linha reta ainda que dissolvido o casamento ou união estável. Relação entre descendentes e ascendentes. (Não tem contagem de graus)
• PARENTESCO COLATERAL:
 • Descendem de um mesmo tronco ancestral comum, mas não descendem entre elas. 
• Ex: Tios, sobrinhos e primos. 
• Consanguíneo ou civil vai até o 4º grau:
 • · Irmãos – 2º 
• · Tios – 3º e Sobrinhos – 3º 
• · Primos. – 4º / Tio-avô - 4º / Sobrinho - neto 4º 
ATENÇÃO: 
• Por afinidade até o 2º grau! (irmãos)
 • Cunhado: se extingue com o término do casamento ou união estável!
Só se pendurará com o sogro porque é parentesco em linha reta.
 • Não existe colateral de 1º grau! 
FILIAÇÃO – é a ligação/vinculo dos pais em relação aos filhos.
• Pode decorrer : 
• Casamento ou fora dele...;
 • União Estável;
 • Adoção – vinculo civil...., 
• Em todos os casos devem ser tratados com igualdade de direitos e qualificações. Ex.: na adoção, é filho e pronto. 
Relação paterno-filial
 •FILIAÇÃO: 
Princípios da Igualdade – todos são importantes
 Paternidade Responsável – filho não pede para nascer, é obrigação o cuidado.
 Melhor Interesse – da criança e adolescentes 
Solidariedade Familiar .
Espécies de estabelecimento de filiação:
 •Matrimonial - consagradas pelo matrimonio.
•Extramatrimonial – todas os vínculos afetivos que não são consagradas pelo matrimonio.
•Adotiva Espécies de filiação: 
•Jurídica 
•Biológica 
•Sócioafetiva 
• FILHO NASCE DE UM MATRIMÔNIO: 
Só ocorre no casamento, quando o filho nasce é então presumida a paternidade. É taxativo, está na lei. 
 • Tem a seu favor a presunção de paternidade, ou seja, a paternidade é presumida só no casamento! – principio de afetividade, conforme o STJ e STF.
•A PRESUNÇÃO É RELATIVA
• O pai pode ingressar com ação judicial a qualquer tempo. 
• - Decorrente do matrimônio civil válido ou não. 
• Para os filhos o casamento será sempre putativo (invalido, mas produz efeitos de uma casamento válido aos que estavam de boa-fé). – casamento que não pode haver algum efeito juridico
• Art. 1597 (paster in est) = presunção de paternidade, pai é aquele que o casamento demonstra:
Art. 1597, c.c. – presunção de paternidade. 
“Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal;
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento;

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