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Conceitos de Direito Administrativo Concursos Públicos Aplica-se para cargos e empregos públicos Posse: ato de investidura no cargo/ emprego Nomeação: ato de provimento Exercício: efetividade do concurso público Agentes públicos São aqueles que ocupam cargos, empregos ou funções públicas Agente de Fato NÃO tem competência legal para a prática do ato administrativo Quem tem a competência é o agente de direito. É considerado Agente de Fato quem agir com a intenção de colaborar com a Administração Pública Do contrário: é um mero usurpador da Função Pública Servidor Pessoa legalmente investida em cargo público Abrange Servidor estatutário Empregado público Servidor temporário Cargo Público conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor Pode ser Em comissão Ad nutum livre nomeação e livre exoneração Efetivo Estabilidade após 3 anos de efetivo exercício Autor: Leonardo Coelho Princípios Básicos de Direito Administrativo Princípios expressos na CFRB Princípios Básicos ou Constitucionais: LIMPE Estes princípios devem ser seguidos por todos os agentes públicos (cargos, empregos e funções) Ordem dos princípios não é casuística, mas segue uma sequência lógica e definida baseada na prioridade dos princípios Legalidade Administração Pública segue a legalidade no sentido stricto sensu O agente público somente pode fazer aquilo que a lei autoriza Mesmo se algo é necessário para atingir o interesse público, se não autorizado na lei, o servidor público está proibido de fazê-lo No sentido lato sensu, legalidade significa que se pode fazer tudo que não é proibido! Impessoalidade ou Finalidade Busca o interesse público, o interesse social, coletivo Administrador público somente deverá praticar o seu ato para o fim legal, que se traduz no que a lei estabelece, tendo sempre um objetivo, que é o interesse público Há uma proibição da prática do ato administrativo para satisfazer interesse privado ou para favorecer determinada pessoa ou determinada situação O princípio da impessoalidade objetiva a igualdade de tratamento que a administração deve dispensar aos administrados que se encontrem em idêntica situação jurídica Representa uma faceta do princípio da isonomia Em relação aos administrados Deve-se buscar a finalidade pública, não podendo prejudicar nem beneficiar pessoas determinadas Em relação à Administração Atos praticados pelos servidores são imputados ao órgão ou à entidade da administração e não ao servidor que os pratica Autor: Leonardo Coelho Princípios Básicos de Direito Administrativo Princípios expressos na CFRB Moralidade Princípios éticos relacionados com os órgãos públicos (não pessoais) Moralidade intrínseca que estabelece os princípios éticos da administração pública Código de Ética Relaciona-se com o cargo Quanto mais alto o cargo, maior a exigência É um pressuposto para a validade de todo e qualquer ato da Adm Pública O administrador, ao atuar, deverá manter o elemento ético de sua conduta Por considerações de Direito e da Moral, o ato administrativo não terá que obedecer somente à lei jurídica, mas tb à lei ética da própria instituição, pq nem tudo que é legal é honesto/moral. Publicidade Transparência nos atos mesmo se sigilosos Abrange toda a atuação estatal não somente sob o aspecto de divulgação oficial dos seus atos tb propicia o conhecimento da conduta interna de seus agentes Permite aos cidadãos verificar se os administradores públicos estão seguindo os demais princípios Além de assegurar seus efeitos externos, visa propiciar seu conhecimento e controle pelos interessados diretos e pelo povo em geral Este princípio assegura, independente do pagamento de taxas o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direito e esclarecimento de situações pessoais através de meios constitucionais, como ação popular mandado de segurança direito de petição e certidão habeas data Eficiência Adicionado posteriormente, em 1998 pela EC 19 demais foram divulgados em 1988 junto da CFRB Artigos 37 ao 41 da CRFB sofreram inúmeras modificações, devido a este novo princípio Relativização da estabilidade Servidor passou a sofrer avaliação periódica de desempenho Por conta da não correspondência à performance exigida, o servidor poderia perder o cargo Relacionado à economicidade Tal princípio se constituiu como peça fundamental da reforma administrativa Objetivo de permitir que a Adm Pública se torne mais eficiente e ofereça ao cidadão mais serviços, com mais qualidade Traz a mudança de paradigma da administração burocrática para a de resultados Autor: Leonardo Coelho Descentralização vs. Desconcentração Centralização administrativa Administração Pública executa suas tarefas diretamente Faz isto através de seus PRÓPRIOS órgãos e agentes Descentralização Serve para descongestionar, tirar o grande volume de atribuições de um ente e dividi-lo para que o Estado funcione melhor Pode ser feita por qq um dos níveis do Estado União DF Estados Municípios Distribuição de competências para outra pessoa física ou jurídica Não há vínculo hierárquico entre os entes Ente que recebe competência não é hierarquicamente subordinado ao que concedeu a competência Existe uma relação de poder de controle Ou vinculação/coordenação Lembrar que Órgãos, departamentos, setores são partes dos entes que os criaram Não têm vida própria! Não têm personalidade jurídica Desconcentração Administração distribui INTERNAMENTE, entre seus órgãos, funções administrativas. ocorre dentro da própria pessoa jurídica Ocorre quando um Órgão distribui sua competência para outro Órgão dentro da mesma entidade O Órgão criado ou que recebeu a incumbência fica subordinado ao Órgão original Existe relação hierárquica neste caso Ocorre tanto dentro da estrutura da Adm Direta quanto da Adm Indireta Autor: Leonardo Coelho Cargos, Empregos e Funções Empregos Públicos Exige concurso público Não garante estabilidade São regidos pela CLT Denomina-se Empregado Público Exerce função pública Função Pública Não requer concurso público Algumas pessoas assumem funções públicas mas não assumem cargos nem empregos públicos Exemplos Mesários Jurados Definição atribuição ou conjunto de atribuições, criadas por lei a Administração confere atribuições a uma categoria profissional ou a determinado servidor para a execução de um serviço relevante geralmente para a função de chefia, direção ou assessoramento. Cargos Públicos Brasileiros e estrangeiros podem assumir cargos públicos Brasileiros devem atender requisitos estabelecidos na lei Estrangeiros podem assumir cargos definidos em lei Efetivo Exige concurso público provas ou provas e títulos Adquire estabilidade Regido por um estatuto Denomina-se servidor público Em comissão Não precisa de concurso público Não há estabilidade ad nutum É de livre nomeação e livre exoneração Também se denomina servidor público Exerce função pública, independentemente do caso Agentes públicos temporários não ocupam cargos públicos Possuem regime jurídico especial Autor: Leonardo Coelho 8112 - Conceitos Requisitos p/ Investidura em Cargo Público Mnemônico NACI com NÍVEL e APTIDÃO aos 18 GOZEI e QUITEI Nacionalidade brasileira Nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo Isto estará previsto na lei do cargo Aptidão física e mental Exames realizados sempre conforme definidos EM LEI 18 ou mais anos Gozo dos direitos públicos Quitação com as obrigações militares e eleitorais Cargo Público conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor Pode ser Em comissãoAd nutum livre nomeação e livre exoneração EfetivoEstabilidade após 3 anos de efetivo exercícioAutor: Leonardo Coelho Formas de Prestação dos Serviços Públicos Direta ou Centralizada serviços são executados pela Administração Direta Indireta ou Descrentralizada Serviços são executados por entidades diversas dos entes que receberam a sua titularidade Há dois modos de execução indireta Por Outorga ou Delegação Legal entidades da Administração Indireta recebem a titularidade e a atribuição de executar o serviço por meio de lei específica normalmente aquelas que as instituíram Ex.: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) Por Delegação ou Delegação Negocial entidades privadas recebem a atribuição de executar o serviço por meio de contrato administrativo celebrado com o ente federativo competente. Não recebem titularidade do serviço Ex.: Fornecimento de luz e telefone A titularidade na prestação de um serviço público é intransferível nunca sai das mãos da Administração O que pode ser transferido aos particulares é a execução do serviço público nunca a titularidade Sendo o Poder Público titular do serviço público, pode estabelecer regras para a execução do serviço público, ou seja exercer controle sobre o serviço pode aplicar sanções pode retomar o serviço por interesse público pode retomar quando mal utilizado e etc. Serviços Públicos Segundo a CF Conceitos Prestação de Serviços Públicos são incumbência do Poder Público Devem ser feito na forma da lei Sempre através de licitação Execução dos Serviços Diretamente Sob regime de Concessão Permissão Lei disporá sobre Regime de empresas concessionárias ou permissionárias Caráter especial do contrato e sua prorrogação Condições de Caducidade Fiscalização Rescisão Tanto da Concessão quanto da Permissão Direito dos usuários Tarifas Obrigação de manter serviço adequado Tipos de Concessão Comuns Simples Empresa é remunerada pelos usuários Precedida de obra Estado contrata empresa Empresa paga obra com seu próprio dinheiro Em troca, explora o serviço por um tempo Especiais Patrocinada Serviços ou obras públicas Pode ser Simples ou Precedida de obra pública Envolve Tarifa cobrada dos usuários Contraprestação pecuniária do parceiro público Limitada a 70% Pode ser mais -> precisa de autorização legislativa Administrativa Administração é usuária direta ou indireta Pode requerer Execução de obra Instalação de bens Administração paga tudo Fundações Públicas Podem ser de Direito Público Ainda que não definida no DL 200/67, a doutrina e jurisprudência permite que seja de Direito Público Direito Público Função Típica Somente o Estado pode desempenhar esta função Atividade de Interesse Público Regime Jurídico de Pessoal RJU - Estatuto (Lei 8112/90) Estatutário Foro Judicial Federal Chama-se Fundação Autárquica ou Autarquia Fundacional - possui natureza de autarquia Diferencia-se de uma autarquia por sua finalidade, pois a Fundação tem finalidade de caráter institucional Patrimônio personificado ou personalizado Em geral, buscam fomentar Educação Pesquisa Tecnologia Informação Lei específica as cria, nos moldes da autarquia Decreto define sua área de atuação Direito Privado Função Atípica Atividade de Interesse Público CLT Foro Judicial Estadual Lei específica autoriza sua criação, nos moldes da SEM Exemplos FiocruzMinistério da Saúde Biblioteca NacionalMEC FUNAIMinistério da Justiça Autor: Leonardo Coelho Empresas Públicas Conceitos Exercem funções institucionais PJ de Direito Privado Atividade de interesse público Previsão Constitucional - Autorizada por Lei Específica Foro Judicial Federal Tipo societário: Qualquer tipo, inclusive S/A Formação do capital: 100% público Prestam contas ao TCU Obrigatoriedade de realização de concurso público Proibição de acumulação de cargos, empregos ou funções públicas Função Atípica Econômica Serviço público Autorizadas por lei Podem ser criadas diretamente Pode ser por conversão de autarquia ou de empresa privada Regime Jurídico CLT exceção dos dirigentes, sujeitos ao regime comissionado (cargos “de confiança”) remuneração dos empregos não sujeita ao teto constitucional exceto se receberem recursos públicos para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral Responsabilidade Responsabilidade objetiva se presta serviços públicos Responsabilidade subjetiva se explora atividades econômicas Existem 2 tipos Unipessoal com patrimônio próprio e capital exclusivo de uma pessoa Não precisa de assembleia para decisões Pluripessoal Controle societário deve ser da pessoa instituidora U tem maioria do capital votante U = União Pode ter participação de outros entes da federação ou mesmo SEM SEM = Sociedade de Economia Mista Exemplos CEFMinistério da Fazenda BNDESMinistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior CorreiosMinistério das Comunicações Autor: Leonardo Coelho Sociedades de Economia Mista SEM Conceitos PJ de Direito Privado Atividade de interesse público Regime Jurídico CLT Previsão Constitucional - Autorizada por Lei Específica Formação do capital: público e privado Prestam contas ao TCU Função Atípica Econômica Serviço público Tipo societário: sempre S/A de capital aberto União ou entidade da Adm Indireta detém maioria das ações com direito a voto L12016/09 Não cabe mandado de segurança (MS) contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público Mas se for ato de gestão pública, cabe MS! Jurisprudência Não se extrai a existência do direito de funcionário de sociedade de economia mista computar o tempo de serviço, ali prestado, para fins de percepção de anuênio, em entidade da Administração Pública Direta Ou seja, se funcionário trabalhou no BB, não conta este tempo para ganho de adicional por tempo de serviço na Adm Direta O tempo conta apenas para fins de aposentadoria e disponibilidade Foro Judicial Estadual Súmula 556 do STF: "É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista" Súmula 517 do STF: "As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União intervém como assistente ou opoente". Exemplos PetrobrasMinistério das Minas e Energia FurnasMinistério das Minas e Energia BBMinistério da Fazenda Autor: Leonardo Coelho Poderes Administrativos Vinculado ou Regrado Agente público somente pode fazer aquilo que a lei determina como deve ser sua conduta Agente não tem faculdade para adotar a conduta, mas sim seguir a regra Discricionário Existe liberdade de atuação para o agente público Pode praticar determinados atos se conveniente ou oportuno Análise do mérito Hierárquico Será conferido o poder à autoridade competente para Fiscalizar Corrigir Controlar Atos dos seus subordinados O agente não pode ultrapassar a competência da autoridade hierarquicamente superior Superior pode Corrigir Delegar competências Controlar Anular ato Em relação ao subordinado Trata de fiscalização interna Administração fiscalizando seu próprio servidor Envolve coordenação e controle Autor: Leonardo Coelho Poderes Administrativos Regulamentar ou Normativo Normativo Decreto autônomo Aplicável para organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos mais amplo e envolve não somente a expedição de decretos autônomos como também a expedição de outras normas pelos Ministérios e autarquias reguladoras, como portarias, circulares, instruções normativas Regulamentar exclusivo do Poder Executivo e depende de norma prévia, que necessita de decreto regulamentador finalidade de oferecer fiel execução à lei, ou completá-las, se for o caso Privativo da Administração Pública Conferido tipicamente pelo PE, mas tb permitido para PL e PJ pararegulamentar próprio funcionamento (para exercício de suas funções administrativas) PE = Poder Executivo - PL = Poder Legislativo - PJ = Poder Judiciário No âmbito administrativo, trata-se da criação de decretos, resolução para regulamentar o funcionamento de leis. No âmbito geral, PL é responsável por regulamentação (mediante Lei) Disciplinar Poder de punição Não atinge qq pessoa Atinge somente os que exercem função pública Decorre do poder hierárquico, mas não se confundem Para aplicar punição, deve haver superioridade hierárquica Em regra, é discricionário A discricionariedade está presente na valoração da infração A discricionariedade é limitada/restrita. Ex Estudante de Escola Pública O contratado pela Administração Autor: Leonardo Coelho Poderes Administrativos De Polícia Fiscalização de conduta de particular em relação a Limita direitos individuais em prol do interesse público Bens Direitos Atividades Trata de fiscalização externa Administração fiscalizando particular Externo ao poder Pode ser Preventivo Fiscalizador Repressivo Ex Restrição de atividades que poluem Concessão de licença para funcionamento Fundamento para o Poder Supremacia geral Atuação do poder público que independe de qualquer relação anterior, de qualquer vínculo anterior. Isto é poder de polícia de fato! Ex Controle de pesos e medidas Controle de medicamentos Controle alfandegário Controle de velocidade Supremacia especial Poder Disciplinar Se há vinculo jurídico (relação jurídica) anterior: é hipótese de supremacia especial Não é caso de poder de polícia - É poder Disciplinar Ex Diretor de escola que pune aluno, matriculado na escola, que coloca bomba em banheiro Penalidades decorrente de contrato administrativo Contrato de merenda escolar não prestado – o poder público pune a empresa Autor: Leonardo Coelho Setores da Administração Pública 1o setor Administração Pública Direta e Indireta 2o setor Concessionárias, permissionárias e autorizatárias Normalmente, são serviços não essenciais Particulares com fins lucrativos Concessionárias Ex.: Rodovias Permissionárias Ex.: Funerárias Autorizatárias Ex.: Táxis Ato administrativo determina autorização 3o setor Sistema S, associações, ONG's (OSCIP) e Organizações sociais Particulares sem fins lucrativos Entidades paraestatais Possuem Personalidade Jurídica Estão disciplinados por algumas normas do Direito Público Não se enquadram nos moldes legais dos entes da Adm. Pública Direta ou Indireta Tb chamados 'Terceiro Setor' “Entes com situação peculiar” Exercem funções em regime de Colaboração Fomento Contribuição Com o Estado Prestam serviços de interesse público Autorizados por lei Sem fins lucrativos Sob o regime do Direito Privado Serviços sociais autônomos Direito Privado Atuam em cooperação com o Estado Desempenham atividades de manifesto interesse público Não seguem a 8666 estritamente, mas o TCU determina que sigam seus princípios e definam regulamentos próprios, observando os princípios da licitação Atividades Educação Assistência Autor: Leonardo Coelho Formas de Retribuição do Agente Público Remuneração Soma do VVP vencimento vantagens permanentes Vantagens permantentes Gratificações Adicionais Prêmios Abonos Verba de representação Demais espécies desde que se constituam como permanentes Salário Para aquele que exerce função regida pelo regime CLT Provento Para aquele que é inativo Aposentados Em disponibilidade Pensão Concedida aos beneficiários do servidor Subsídio Forma que veio junto com a EC 19 de 1998 Previsto na CF, Art 39, $ 4o e $ 8o Subsídio pode ser para Membro de Poder Detentor de mandato eletivo Ministros de Estado Secretários do E e M E = Estado, M = Município Parcela únicaVedados Abono Gratificação Adicional Prêmio Verba de Representação Outra espécies remuneratórias Servidores em carreira podem receber por subsídio Recebido em parcela única Não permite vantagens Autor: Leonardo Coelho Sobre as Leis Lei ordinária LO Ato normativa primário Exigida de modo residual Para casos em que não há expressa exigência de Lei Complementar Aprovação Maioria simples 50% + 1 dos presentes Lei específica Lei ordinária que trata especificamente sobre um assunto Lei complementar LC Finalidade de complementar normas expressamente previstas na CRFB Aprovação Maioria absoluta dos membros de cada casa do Congresso Nacional Primeiro número inteiro superior à metade dos membros Não há hierarquia entre LC e LO LO que invade campo da LC é inconstitucional Lei delegada Ato normativo que, através da autorização e delegação do Legislativo, deverá ser elaborado e editado pelo Presidente da República Aplica-se a casos excepcionais Autor: Leonardo Coelho Desapropriação Objeto Bens móveis Inclusive semoventes (seres vivos!) Bens imóveis Bens corpóreos/incorpóreos Bens fungíveis/infungíveis Bens públicos União pode requerer de bem de Estado Distrito Federal Município Estado pode requerer de bem de Município nunca o oposto Ato requer autorização legislativa, se possível Não podem ser objeto Direitos personalíssimos Nome Honra Liberdade Vida PJ Somente são objeto seus bens e direitos Motivo Necessidade públicaRisco iminente Utilidade pública Conveniente e oportuna pra atender interesse público Interesse socialReduzir desigualdades sociais Autor: Leonardo Coelho Classificação dos Órgãos quanto à Posição Estatal Independentes Originam-se da CRFB Possuem sua independência prevista na Constituição Representam os 3 Poderes Exemplos Executivo Presidência da República Governadorias do Estado Legislativo Congresso Nacional Senado Federal Judiciário STF Tribunais Regionais Federais CNJ Não estão subordinados a nenhum outro órgão Controlam um aos outros Subalternos ou de Execução Subordinados/hierarquizados a órgãos mais elevados Predominância de atribuições de execução Exemplos Escolas Hospitais Seções de expediente Autor: Leonardo Coelho Classificação dos Órgãos quanto à Posição Estatal Autônomos Localizam-se logo abaixo dos órgãos independentes Exemplos Ministérios Secretarias de Estado AGU Procuradorias de Estado e Municípios Seus agentes em regra são agentes políticos em comissão Ampla autonomia Administrativa Financeira Técnica São órgãos diretivos, com funções de Planejamento Supervisão Coordenação Controle Na sua área de competência Superiores Detêm poder de Direção Controle Decisão Comando De assuntos de sua competência específica Não gozam de autonomia administrativa Exemplos Gabinetes Secretarias-Gerais Inspetorias-Gerais Coordenadorias Autor: Leonardo Coelho Classificação dos Órgãos quanto à Posição Estrutural Simples ou Unitários ou Burocráticos Constituídos por um só centro de competência A cargo de uma só pessoa física ou de várias pessoas ordenadas verticalmente Exemplo Juiz (é considerado um órgão!) Compostos Reúne-se com outros órgãos menores em uma mesma estrutura, com função principal idêntica (desconcentração) Porém os órgãos menores são hierarquicamente inferiores aos órgãos maiores É a grande maioria Exemplos Ministérios Presidência da República Câmaras Comissões do Poder Legislativo Autor: Leonardo Coelho Tipos de Estados Estado Unitário Poder centralizado num único ente Estado Composto Estado unitário, mas formado por um conjunto de vários estados Baseado em formação histórica do estado, normalmente Estado Regional Menos centralizado que o unitário, mas concentra certas questões no ente centralEstado Federado Vários centros autônomos de poder (Brasil) Divide-se em províncias politicamente autônomas, possuindo duas fontes paralelas de Direito Público, uma Nacional e outra Provincial É preciso possuir Território PróprioFormado pelo conjunto dos Estados-Membros É preciso ter População Própria Está sujeita à organização do Estado Federale dos Estados- Membros, tendo direitos e deveres frente a um e a outro CRFB e Constituições Estaduais Deve haver Soberania Própria Não se estende aos Estados-Membros, pertence somente ao Estado Federal Autor: Leonardo Coelho Princípios Fundamentais da Administração Federal Decreto Lei 200 de 1967 - PCDDC As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais: Mnemônico: Paulo Coelho DoiDão pra C... (PCDDC) Planejamento Coordenação Descentralização Delegação de Competência Controle Planejamento Adm pública tem de evoluir, crescer, expandir Coordenação Coordenação de todos os níveis hierárquicos Descentralização 3 possibilidades Internamente, através de seus próprios órgãos Externamente, para o particular Mediante convênio, para outras unidades da federação Delegação de Competência Busca alcançar melhores resultados de forma mais rápida e eficiente de acordo com a especialidade de outros órgãos Controle Exercício sobre os próprios atos Autor: Leonardo Coelho Princípios Gerais do Direito Administrativo Continuidade do serviço público A continuidade dos serviços públicos tem relação direta com a supremacia do interesse público, sendo um reflexo dela De acordo com este princípio, sua prestação deve ser contínua, ocorrendo a interrupção apenas quando estritamente necessário, nos termos da Lei 8987/95 Devido processo legal e Ampla defesa Uma pessoa não poderá ser privada da sua liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal Aos litigantes em processo judicial ou administrativo são assegurados o contraditório e a ampla defesa Motivação Dever que a Adm Pública tem de justificar seus atos, trata-se da exteriorização dos motivos Obriga o administrador público a justificar sua atuação administrativa, indicando os fatos que ensejam o ato e os preceitos jurídicos que autorizaram sua prática Diferenciar Motivação de Motivo Motivação é Princípio da Administração Pública Exteriorização dos motivos Motivo é o requisito de validade Fundamento para a prática do ato Baseia-se em situação de fato ou de direito Motivo é a causa, o porquê o ato aconteceu. Já a motivação é descrição do motivo. Todo ato administrativo terá um Motivo, mas não necessariamente uma Motivação Por exemplo, exoneração de um cargo em comissão: tem motivo, mas não precisa ser motivado Alguns atos devem ser motivados Art. 50 da Lei 9784/99 Atos que impõem sanção Que restringem direitos Recursos administrativos Decisões sobre concursos públicos Anulação e revogação de atos Autor: Leonardo Coelho Princípios Gerais do Direito Administrativo Segurança Jurídica Assegurada pelos princípios seguintes: irretroatividade da lei coisa julgada respeito aos direitos adquiridos respeito ao ato jurídico perfeito outorga de ampla defesa e contraditório aos acusados em geral ficção do conhecimento obrigatório da lei prévia lei para a configuração de crimes e transgressões e cominação de penas declarações de direitos e garantias individuais justiça social devido processo legal independência do Poder Judiciário vedação de tribunais de exceção vedação de julgamentos parciais, etc. Proporcionalidade ou Razoabilidade O administrador deverá agir de forma equilibrada Há um limite entre o uso e o abuso do poder Razoabilidade funciona como limitador do poder discricionário do administrador. Objetivo de aferir a compatibilidade entre os meios e os fins evitando restrições desnecessárias ou abusivas por parte da Adm Pública, com lesão aos direitos fundamentais As competências administrativas somente poderão ser válidas, se exercidas na extensão e intensidade proporcionais ao que está sendo demandado. Autor: Leonardo Coelho Agentes Públicos Conceito Todas as pessoas incubidas do exercício de alguma função estatal definitiva ou transitoriamente com ou sem remuneração É possível referir-se ao agente público como funcionário público. Esta nomenclatura, está em desuso. Prefere-se servidor público Espécies CHAMPaDa Agente político Agente administrativo ou Servidor público Agente honorífico Particulares em Colaboração Agente credenciado Particulares em Colaboração Agente delegado Particulares em Colaboração Militares É um agente público separado, normalmente não cai na prova Autor: Leonardo Coelho Agentes Públicos Espécies Agente Político Componentes do governo nos seus primeiros escalões, investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício de atribuições constitucionais Exercem funções constitucionais Recebem como subsídio parcela única Possuem regime jurídico diferenciado dos demais servidores Alguns autores colocam os magistrados e membros do MPU e do TCU como agentes políticos; outros os consideram numa categoria separada Por exercerem funções constitucionais Não se submetem à Sum 13 do STF Nepotismo O STF entende que Os secretários estaduais são agentes políticos, os quais entretêm com o Estado vínculo de natureza igualmente política, razão por que escapam à incidência das vedações impostas pela Súmula Vinculante 13 Agente Administrativo ou Servidor público Investidos em cargos ou empregos públicos, com retribuição pecuniária, em regra por nomeação e excepcionalmente por contrato de trabalho Regido pela estatuto ou CLT ou pelo Contrato de Trabalho (temporários) Exemplos Servidores públicos (efetivos ou em comissão) Contratados por tempo determinado (art 37, IX, CRFB) a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público Contratados sobre o regime de emprego (Lei 9262/99)Suspenso em preferência ao RJU, conforme decisão do STF Empregados públicos celetistas Autor: Leonardo Coelho Agentes Públicos Espécies Agente Honorífico Particulares em Colaboração Cidadãos, que por sua condição cívica são convocados, designados ou nomeados para prestar, transitoriamente, determinados serviços ao Estado. Não são servidores públicos, mas exercem temporariamente a função pública Não possuem cargos nem empregos Exemplos Mesários Jurados Juiz de paz Conscritos Militares É um agente público separado, normalmente não cai em provas Agente Delegado Particulares em Colaboração Particulares que recebem a incumbência da execução de determinada obra ou serviço público e o realizam em nome próprio, segundo as regras da Administração Pública Portanto, os mesmos são responsáveis por seus atos, assim como os agentes da Adm Pública. Recebem concessão, permissão ou autorização ExTitulares de ofícios de notas e de registro Agente Credenciado Particulares em Colaboração Recebem incumbência da Administração para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica Portanto, agem em nome do Estado, sendo este responsável por seus atos Exemplos Clínicas de exame de vista para Detran Empresas que confeccionam placas dos automóveis Autor: Leonardo Coelho Serviços Públicos Toda atividade exercida por órgãos públicos Doutrina Francesa Esse conceito não é acatado atualmente devido à sua excessiva amplitude, não se considerando mais como serviços públicos as atividades tipicamente legislativas e judiciais. Em sentido material incluídas apenas as atividades consideradas essenciais para o bem-estar da coletividade principalmente aquelas relativas à segurança pública e ao exercício do poder de polícia Tal conceito é perfeitamente ajustável ao Estado Liberal, típico do século XIX, que se desincumbia basicamente dessas tarefas. O número de atividades consideradas essenciais no atual Estado de Bem-Estar Social foi ampliado consideravelmente, sendo impossível hoje, determiná-las com precisão. No sentido formal Serviços públicos são todos aqueles expressamente definidos como tais nas leis ou na Constituição. O legislador teria ampladiscricionariedade para definir uma atividade qualquer como serviço público. Pelo Regime Jurídico Esses serviços seriam regidos pelo Direito Público enquanto que todas as outras atividades, denominadas econômicas, seriam regidos pelo Direito Privado. Esse critério não é totalmente aplicável, uma vez que serviços públicos também são executados por particulares, desta vez em regime híbrido, com normas de direito público e de direito privado. Autor: Leonardo Coelho Administração Pública Conceito É o conjunto de entes (órgãos e entidades) instituídos pelo Poder Público (Estado) para a consecução do bem comum Conjunto de todos os órgãos e entidades da Adm Direta e Indireta Sentido Formal, Subjetivo ou Orgânico Relaciona-se com a estrutura administrativa, ou seja, conjunto de órgãos e entidades que através de seus agentes buscam o interesse públicoSentido Material, Objetivo ou Funcional Consubstancia-se de forma concreta e direta na atividade administrativa Explo prestação de serviços públicos atividades de fomento polícia administrativa, etc. Autor: Leonardo Coelho
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