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diagnostico bucal

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Diferentes lesões ulceradas e vesicobolhosas, suas manifestações clínicas e formas de tratamento.
PÊNFIGO VULGAR E PENFIGÓIDE 
O pênfigo e o penfigóide são mais frequentes no gênero feminino e afetam indivíduos adultos. As lesões vesicobolhosas iniciam nas mucosas e depois surgem na pele, sendo que o penfigóide também pode envolver as mucosas oculares. As vesículas e as bolhas da mucosa oral são acompanhadas de intensa inflamação subjacente e ocorrem em gengivas e mucosas não queratinizadas. No pênfigo, essas lesões sofrem rápida ruptura e deixam áreas erodidas e ulceradas extremamente dolorosas. A duração dessas lesões é tão curta, que muitas vezes não são detectadas no exame físico. As lesões do penfigóide apresentam maior duração na cavidade oral porque surgem da região subepitelial e tem paredes mais espessas. Ao exame físico, pode evidenciar, com relativa frequência, a presença de vesículas, bolhas, erosões e úlceras. O tratamento do pênfigo e do penfigóide é baseado na administração de corticoterapia sistêmica. Com corticóides, imunossupressores, antibióticos e antifúngicos para as complicações infecciosas. Dentre os distúrbios decorrente do tratamento, e comum o aparecimento de candidíase bucal.
HERPES SIMPLES 
Quando se desenvolve, se caracteriza por múltiplas vesículas distribuídas nos vermelhões labiais, gengivas e mucosas não queratinizadas da boca.As lesões vesicobolhosas geralmente são precedidas por sintomas prodrômicos de ardência, dor ou queimação no local, que permanecem algumas horas. As vesículas são múltiplas e sobrepostas a uma área eritematosa e dolorida à palpação. A fase vesicobolhosa dura cerca de três dias e dá lugar às ulcerações, que permanecem por poucos dias, formando uma crosta na fase final de cicatrização quando localizadas na pele. TRATAMENTO: Sintomático, da seguinte maneira: • Anestésicos tópicos – xilocaína • Analgésicos por via oral ou parenteral – dependendo do número de lesões, da área atingida e da severidade da lesão • Quimioterápicos – aciclovir (Zovirax®) ou valaciclovir (Valtrex®), em uso tópico (5 vezes ao dia por 5 dias) ou por via oral (5 comprimidos diários por 5 dias) • Vitamina C – em comprimidos por via oral em dosagens de 2 a 4 g diárias, por longos períodos
MUCOCELE
São bastante frequentes em crianças e geralmente ocorrem em áreas sujeitas a traumas, como lábio inferior, mucosa jugal e ventre da língua. Clinicamente se manifestam por lesão bolhosa indolor, em torno de 1 cm, com conteúdo translúcido e viscoso em decorrência de mucina salivar. Clinicamente, a coloração pode ser rósea, devido à mucosa sobrejacente, ou violácea, quando superficial. São móveis à palpação e apresentam consistência macia ou semi-firme. O tratamento das mucoceles é a remoção cirúrgica da lesão bolhosa e principalmente da glândula danificada, geralmente aderida na cápsula perilesional.
RÂNULAS 
São lesões bolhosas de volume maior que o das mucoceles, variando de 3 a 6 cm, com coloração rósea ou violácea e consistência macia. Algumas podem abrir as fibras do músculo milohióideo e alcançar a região submandibular, produzindo abaulamentos cervicais. Tais rânulas são chamadas “mergulhantes”. TRATAMENTO : remoção cirúrgica mostra limitações, pois a lesão apresenta tamanho superior e cápsula friável que dificultam a exérese. O tratamento que proporciona melhor resultado para as rânulas é a marsupialização, embora não seja efetivo para as mergulhantes. O tratamento reservado para rânulas resistentes à marsupialização constitui a remoção da glândula salivar maior.
AFTAS 
São mais frequentes no gênero feminino e ocorrem em qualquer parte da boca, principalmente em áreas de mucosa não queratinizada. Caracterizam-se por úlceras dolorosas, de borda eritematosa não elevada, centro necrótico de coloração amarelada e consistência macia. As lesões podem variar em tamanho e número em cada episódio de recorrência, sendo classificadas em: 
 Aftas menores: são úlceras de tamanho entre três e 10 mm que ocorrem nas mucosas não queratinizadas. Cicatrizam em 10 a 14 dias. 
 Aftas maiores: são úlceras de tamanho entre 10 e 30 mm que podem ocorrer em mucosas queratinizadas e não queratinizadas. Tendem a cicatrizar em duas a seis semanas e geralmente deixam cicatrizes no local 
 Aftas herpetiformes: são úlceras menores que 3 mm e bastante numerosas, que ocorrem em mucosas não queratinizadas. Lembram as ulcerações herpéticas, podendo apresentar até 100 lesões em um único episódio de recorrência. Apesar do nome herpetiformes, não apresentam qualquer relação etiológica com os vírus da família herpes e não são precedidas por vesículas. O tratamento das aftas é a prescrição de corticoides tópicos, para alivio dos sintomas, e higienização adequada das lesões e da cavidade oral.
O tratamento da afta é sintomático e deve ser feito com: • Anestésicos tópicos – xilocaína, principalmente antes das refeições • Anti-inflamatórios tópicos – pomada de triancinolona • Anti-inflamatórios por via oral ou parenteral – dependendo do número de lesões, da área atingida e da severidade • Vitaminas – a vitamina C pode ser usada por via oral, em média 4 g diários, por períodos prolongados
ERITEMA MULTIFORME
Apresenta uma vasta possibilidade de manifestações clínicas, onde as características principais são as lesões cutâneas em alvo e as lesões orais, que se caracterizam por eritema generalizado das mucosas, com ulcerações sangrantes e extremamente dolorosas. Quando afeta conjuntivas oculares e genitais, a variação clínica é conhecida como eritema multiforme major ou síndrome de Stevens-Jonhson. O tratamento das doenças autoimunes é realizado pela prescrição de corticoides, que pode ser de uso local ou sistêmico de acordo com o diagnóstico específico e agressividade dos sinais e sintomas.
LÚPUS ERITOMATOSO 
Manifestação clinica como úlcera rasa,encontrada na mucosa do palato duro e na mucosa jugal, bilateralmente, com filetes esbranquiçados em forma raiada. Tratamento com corticóides 
LESÕES DA SIFILIS SECUNDÁRIA 
As manifestações mais comuns são placas cinzentas, úlceras com bordas irregulares e esbranquiçadas. A sífilis apresenta aspecto clínico inespecífico e mimetiza outras condições; portanto, é fundamental que o profissional conheça os possíveis diagnósticos diferenciais. O tratamento da sífilis necessita de avaliação individual e de uma abordagem terapêutica individualizada. O tratamento de eleição é a penicilina. A dose e o esquema de administração variam de acordo com a fase da doença, envolvimento neurológico e estado imunológico do paciente. 
SÍNDROME DE BEHÇET
Doença inflamatória sistêmica caracterizada por várias manifestações clínicas, como: úlceras orais recorrentes, úlceras genitais, inflamações oculares, podendo envolver articulações, pele, sistema nervoso central, trato gastrointestinal. As opções de tratamento são agentes anti-inflamatórios e imunossupressores. A corticoterapia oral é utilizada na fase aguda da maioria dos pacientes e, nos casos mais leves, não é necessária
CEC
É uma lesão ulcerovegetante de bordas elevadas e roliças, crateriforme e de base endurecida pela infiltração. É fixa em tecidos adjacentes. As regiões mais afetadas são: vermelhão do lábio inferior, borda da língua, soalho da boca, palato mole e gengiva. Por ser relacionado com exposição actínica e devido à localização na parte externa da boca, o CEC de lábio inferior é estudado separadamente dos demais, que são anatomicamente classificados como CECs intrabucais. Independentemente da localização, o CEC pode se manifestar inicialmente como uma placa branca não removível à raspagem ou como uma pequena úlcera indolor e sem causa traumática que não cicatriza em período superior a 21 dias.O tratamento cirúrgico do tumor primário é realizado pela técnica de ressecção (remoção em bloco, com margem de segurança, sem contato do instrumental cirúrgico na lesão), enquanto linfonodos comprometidos por metástase devem ser removidos pelo esvaziamento cervical.
CASO CLÍNICO 1
Paciente de 15 anoscomparece à FMU com lesão bolhosa no soalho da boca, presente há 8 meses. Apresenta-se indolor, de coloração rósea e com tamanho de aproximadamente 4 cm. Refere ruptura da lesão há dois meses, com liberação de líquido espesso, e novo crescimento nas últimas três semanas. Qual diagnóstico provável e a conduta recomendada?
R: Rânula, deve fazer a marsupialização e acompanhar a involução da lesão.
CASO CLÍNICO 2
Paciente K.A.S apresenta úlcera indolor de 15 mm em palato mole, com evolução de quatro semanas e sem trauma evidente. Qual provável diagnostico e tratamento ?
R: O carcinoma espinocelular, e o tratamento é complexo e pode ser obtido por: cirurgia, radioterapia (associada ou não à cirurgia) e eventual quimioterapia. O tratamento cirúrgico do tumor primário é realizado pela técnica de ressecção (remoção em bloco, com margem de segurança, sem contato do instrumental cirúrgico na lesão), enquanto linfonodos comprometidos por metástase devem ser removidos pelo esvaziamento cervical.

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