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BMF-3 11.05.2020 Aula 15 - ENDOCRINO Fisiologia do Pâncreas Endócrino Os ácinos são células responsáveis pela secreção do suco digestório no duodeno e as ilhas de Langherans que são compostas por células alfa (glucagon), células beta (+ central – glucagon) e células delta (somatostatina). Essas ilhotas são inervadas pelos Sistema Nervoso Autônomo. Na imagem, esses pontos azuis são os ácinos. Insulina Há um aumento da secreção insulina quando há uma maior disponibilidade de alimento (pós-prandial ou condição absortiva) em contrapartida, haverá uma menor quantidade de glucagon. Haverá ações voltadas ao armazenamento dos nutrientes. Glicose, gordura e aminoácidos serão incorporados aos tecidos (efeito anabólico). Haverá estímulo para a glicólise, síntese de glicogênio, síntese de gordura e síntese de proteínas. A síntese de insulina é secretada junto com os peptídeos C. Síntese de um RNAm, síntese de um pré-pró-hormônio → sequencia sinal → separação dessa sequência sinal, corta-se a sequencia de aminoácidos → formação de um pró-hormônio → percebe-se que esse pró-hormônio será transportados por vesicular para o aparelho de golgi e lá sofrerá ações enzimáticas → separando os fragmentos peptídicos → tais hormônios ficaram armazenados em uma vesícula secretora no citoplasma até que ocorra um estimulo para que favoreça a exocitose. A glicose que está chegando na célula beta entra na célula através do GLUT 2 (transportador/sensor) apresenta um alto KM (menor a afinidade). Logo precisa- se de uma alta concentração de glicose para que haja seu transporte para dentro da célula. Ao final da via, haverá um aumento de ATP pela via glicolitica. Provocando um fechamento de canais de potássio dependentes de ATP. Consequentemente, com o acúmulo desse potássio dentro da célula, provoca uma despolarização que ocasionará em uma abertura dos canais de cálcio controlados por voltagem L. Ao entrar cálcio, aumenta sua concentração no citoplasma provocará a fusão dos grânulos que serão translocadas para a membrana ocorrendo a secreção da insulina. Outros fatores que estimulam a secreção de insulina o Hiperglicemia o Hormônios gastrointestinais [CCK, GLP-1, GIP (incretinas)] – ambos os hormônios provocam a liberação da glicemia antes do individuo ingerir o alimento; sendo o momento em que o corpo está se preparando para receber o alimento – ocorre na fase cefálica gastro-intestinal o Aminoácidos 2 o Ácidos graxos o Sistema nervoso autônomo o Estrógeno e progesterona (menor grau) o Via IP3, PKC e PKA → ↑ [Ca2+] e secreção *A partir da fase da digestão, fase cefálica, haverá a secreção de acetilcolina. Receptores de insulina apresenta quatro cadeias, sendo: o Duas cadeias alfa que ocorre o sítio da ligação da insulina. Ao se ligar ao seu receptor gera uma autofosforilação da porção beta do receptor provocando a ativação da tirosina cinase que está ligada ao receptor. Ocasionando na fosforilação de proteínas, sendo as primeiras IRS1 desencadeando a fosforilação de outras enzimas, provocando estímulos para o crescimento e expressão genica, síntese de lipídios, proteínas e glicogênio e mais importante o transporte de glicose. o Duas cadeias betas que atravessam a membrana células. Estando ligado a tirosina cinase que realiza a fosforilação. A via de sinalização desencadeada pela insulina provoca a auto fosforilação do receptor (porção beta) e tirosina cinase ativa fosforila proteínas. A via AMPK favorece a translocação do GLUT4 permitindo a captação da glicose. Os exercícios ativos essa via. Essa via é importante em pacientes diabéticos tipo 2, favorecendo a sensibilidade da captação de glicose por essas células. Diabéticos tipo 1 pode apresentar uma hipoglicemia ao realizar exercícios físicos pois o exercício físico estimulou a via da AMPK, provoca a translocação de GLUT4 favorecendo a captação de glicose. Deve-se ajustar a dose de insulina nesses casos. Uso do medicamento Metilformina que melhora a acessibilidade com a insulina. `` Glucagon O contrário ocorre no jejum ou em exercícios físicos intensos (estado pós- absortivo), o qual o metabolismo estará elevado, haverá uma maior secreção de Induz: o Captação de glicose; o Síntese proteica, ácidos graxos e glicogênio. Bloqueia: o Gliconeogênese e glicogenólise o Lipólise o Proteólise 3 glucagon e baixa secreção de insulina (hipoglicemia). Ações voltadas à utilização dos nutrientes glicose, gordura e aminoácidos retirados do armazenamento (efeito catabólico). Haverá estímulo para a glicogênolise, gliconeogênese e do cetogênese – induzindo o aumento da glicose no sangue. Sendo o glucagon, exercendo um efeito sutil de secretar insulina. Ambos os hormônios são inversamente proporcionais. IMAGEM: A concentração de insulina aumenta conforme o aumento da glicemia após a ingestão do alimento, e a concentração de glucagon diminui. Conforme a glicemia cai, a concentração de insulina cai junto. A glicose influencia diretamente a concentração de insulina. A hiperglicemia e a hiperinsulinemia influencia a inibição da secreção do glucagon (paracrina). A síntese do glucagon ocorre nas células alfa, começa com baixa concentração de glicose no sangue (hipoglicemia), no momento de jejum, haverá a entrada de glicose na célula pelo GLUT1 e SGLT, causando uma quantidade normal de ATP e os canis de potássio dependentes de ATP permaneceram abertos, mantendo a manutenção do potencial de membrana. Os canais de cálcio do Tipo T, sódio dependente de voltagem e potássio tipo A permaneceram abertos em potencial de membrana, permitindo um aumento o influxo de cálcio mobiliza os grânulos de glucagon para a membrana resultando na secreção de glucagon. Nessa fase, a secreção de insulina esta baixa, perdendo sua inibição. Quando há uma hiperglicemia, haverá baixa de glucagon devido ao bloqueio que o aumento de insulina provoca. Haverá muita produção de ATP, fechando os canais de potássio, provocando uma despolarização. Canais de cálcio tipo T, sódio dependente de voltagem e potássio do tipo A se fecham o bloqueia um influxo de cálcio, bloqueando a mobilização de grânulos de glucagon, não ocorrendo sua secreção. O receptor do glucacon é um receptor transmembrana, seu receptor está acoplado a uma proteína G que ativa a adenilato ciclase forma a AMPCs ativando a PKA via fosforilação aumenta ações metabólicas. Abundância de Energia Quando há disponibilidade de nutrientes, os carboidratos sofrem degradação no intestino, causando a hiperglicemia desencadeando o aumento da secreção de insulina no sangue. As ações estarão voltadas para o anabolismo, glicose armazenada em forma de glicogênio em músculos e fígado. O excesso de carboidratos se transforma em glicose que será armazenado em forma de gordura pelo tecido adiposo. A captação de aminoácidos formando a proteínas e concomitantemente inibem o catabolismo. Ocorrendo a síntese de proteínas. Ação da Insulina – Fígado (Pós-Prandial) Há abundância de nutriente, ocorre a hiperglicemia, células beta secretam insulina que se liga a seus receptores, cascata de sinalização, que ativa enzimas, ocorrendo a fosforilação da glicose (recebe um fosfato pela glicoquinase) evitando a saída da glicose de dentro das células. Ativando a glicogênio sintase que realiza a síntese do glicogênio. Ao mesmo tempo, devido a ativação do receptor de insulina, a glicogênio fosforilase fica inativa quando há disponibilidade de glicose. Ação da Insulina no Músculo O receptor de insulina ativa a fosforilacao (IRS1) ativando a via PI3/PKB ocorrendo a mobilização do GLUT4 permitindo a captação da glicose 4 Por fosforilação, deixa-se a enzima glicogênio-sintase-cinase (GSK3) fosforilada e ao mesmo tempo inativa (bloqueando), deixa a glicogênio sintase livre e el ativa consegue sintetizar glicogenio. GSK3 com fosfato inativa/ com fosfato está ativaocorrendo a fosforilacao do glicogênio sintase, sintetizando o glicogênio. Regulação da Expressão Gênica pela Insulina Quando os receptores de insulina sofrem auto fosforilação o IRS-1 ganha um fosfato e estimula a via MAPK que forforiliza diversas proteínas, ativa a EPKP se direge ao núcleo que induz a transcrição genica, síntese de proteínas e proliferação celular. Efeito Metabólico do Glucagon – Adipócito No adipócito, o glucagon estimula a fosforilação (ativação) mediada pela pro- teína-quinase da lipase sensível ao hormônio, a enzima envolvida na degrada- ção dos triglicerídeos (gordura armazenada) em diacilglicerol e ácidos graxos livres, liberando-os na circulação. O glicerol liberado na circulação pode ser utilizado no fígado para gliconeogênese ou para reesterificação. Os ácidos graxos livres são uti- lizados como fonte de energia para a maioria dos tecidos, predominantemente pelo fígado e pelo músculo esquelético. No fígado, os ácidos graxos livres são utilizados para reesterificação ou podem sofrer b-oxidação e conversão em corpos cetônicos. Por conseguinte, a cetogênese é regulada pelo equilíbrio entre os efeitos do glucagon e os da insulina em seus órgãos-alvo. A importância desse 5 equilíbrio é eviden- te durante a deficiência de insulina e o excesso de glucagon, conforme observado no diabetes melito não controlado (discutido adiante). IMAGEM: Processo de cetogênese na deficiência de insulina. A deficiência de insulina e os níveis elevados dos hormônios contrarreguladores – glucagon, adrenalina e cortisol – combi- nam-se para aumentar a atividade da lipase sensível ao hormônio e a liberação de ácidos graxos e para diminuir a atividade da acetil- CoA-carboxilase, comprometendo, assim, a reesterificação dos AGLs e promovendo a conversão dos ácidos graxos em corpos cetônicos. O suprimento excessivo de ácidos graxos acil-CoA e a deficiência de oxaloacetato levam a um aumento da oxidação em corpos cetônicos, com consequente liberação de corpos cetônicos no sangue. CoA, coenzima A; AGL, ácido graxo livre; HSL, lipase sensível ao hormônio, de hormone-sensitive lipase. Ação dos Hormônios Ação da insulina - hipoglicemiante o Aumenta absorção celular de glicose, induzindo a apresentação de transportadores de glicose (GLUT 4); o Aumenta glicogênese; o Aumenta síntese de proteína e lipídeos; Ação do glucagon - hiperglicemiante o Diminui captação celular de glicose; o Aumenta glicogenólise - (quebra de glicogênio - fígado); o Aumenta a lipólise - (quebra de lipídeos); o Aumenta gliconeogênese – formação de glicose a partir de substâncias que não são carboidratos, ex: aminoácidos e lipídeos. Diabetes Melitos DM1 – agressão do sistema imunológico contras as células produtoras de insulina. Logo, não haverá insulina nesses pacientes. A glicose permanecerá na corrente sanguínea gerando a hiperglicemia. 6 DM2 – pâncreas produz insulina, porem ela não consegue exercer seu efeito, devido a problemas na sinalização. Como não consegue atingir seu tecido algo, a glicose acaba ficando na corrente sanguínea, sendo um estímulo para o pâncreas produzir mais insulina (hiperinsulinemia) ate que as células beta chegam a exaustão e podem levar a sua morte. Na fase mais tardia, o individuo pode levar a uma hiperglicemia. Associa-se a obesidade, a princípio, o paciente consegue controlar a obesidade no corpo dele. A glicemia se apresenta similar, os pacientes obesos iram precisar secretar mais insulina mais garantir a manutenção da glicemia, permanecendo uma situação de hiperglicerinemia, estimulado pelo pâncreas. resistência = redução da sensibilidade à insulina 7