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Metodologia da Pesquisa Científica W B A 0 0 3 2 _v 3 .0 Taxonomia da Pesquisa Científica II Bloco 1 Rita Eliana Masaro Cada estratégia apresenta vantagens e desvantagens Os procedimentos de pesquisas serão explicitados para que o pesquisador possa, dentre tantas possibilidades com muitas alternativas, escolher o melhor caminho para a investigação do seu problema, haja vista que cada estratégia apresenta vantagens e desvantagens próprias “dependendo tipo de questão da pesquisa, do controle que o pesquisador possui sobre os eventos comportamentais efetivos e do foco em fenômenos históricos, em oposição aos fenômenos contemporâneos” (YIN, 2005, p. 19). Tipos de pesquisas quanto à natureza De acordo com Appolinário (2012), a pesquisa básica (ou fundamental), “estaria mais ligada ao incremento do conhecimento científico sem quaisquer objetivos comerciais” (APPOLINÁRIO, 2012, p. 62). Objetiva “gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da Ciência, sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais”; (SILVEIRA; CÓRDOVA, 2009, p. 34-35). Tipos de pesquisas quanto à natureza E a pesquisa aplicada “seria suscitada por objetivos comerciais, ou seja, estaria voltada para o desenvolvimento de novos processos ou produtos orientados para a necessidade do mercado” (APPOLINÁRIO, 2012, p. 62). Objetiva “gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais” (SILVEIRA; CÓRDOVA, 2009, p. 34-35). Tipos de pesquisas quanto à natureza “Fazer ciência não é privilégio de um tipo em particular de pessoa, nem privilégio de povos, de raças e culturas”. [...] “A ciência é uma das poucas realidades que podem ser legadas às gerações seguintes” (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 16 e 5). O espírito científico! Você faz parte do espírito da sua época? Você traz dentro de si o espírito científico que contribuirá para melhorar as condições de sua vida? Você pensa em encontrar soluções para a desigualdade social do país onde vive? Você pode começar agora a cultivar o espírito científico! O espírito científico é uma atitude ou disposição subjetiva do pesquisador que busca soluções sérias em métodos adequados, para o problema que enfrenta na vida profissional também. Taxonomia da Pesquisa Científica II Bloco 2 Rita Eliana Masaro Tipos de pesquisas quanto aos procedimentos de coleta de dados A pesquisa bibliográfica utiliza-se de bibliografia, que “é um conjunto de materiais escritos/gravados, mecânica ou eletronicamente, que contém informações já elaboradas e publicadas por outros autores” (SANTOS, 2000, p. 29). São fontes bibliográficas: os livros, as publicações periódicas (jornais, revistas, panfletos, etc.), fitas gravadas de áudio e vídeo, páginas de web sites, relatórios de simpósios/seminários, anais de congressos, etc. Tipos de pesquisas quanto aos procedimentos de coleta de dados Na pesquisa documental, “são investigados documentos a fim de se poder descrever e comparar usos e costumes, tendências, diferenças e outras características” (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 67). Segundo Santos (2000), utiliza-se de “documentos que ainda não receberam organização, tratamento analítico e publicação” (SANTOS, 2000, p. 29). São fontes documentais as tabelas estatísticas, relatórios de empresas, documentos informativos arquivados em repartições públicas, associações, igrejas, hospitais, sindicatos; fotografias, epitáfios, correspondência pessoal ou comercial, etc. Tipos de pesquisas quanto aos procedimentos de coleta de dados O estudo de caso é caracterizado pelo “estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante os outros delineamentos considerados” (GIL, 2008, p. 58). Inclui “estudos de casos único quanto de casos múltiplos” (YIN, 2005, p. 33). Por exemplo: evolução de uma terapia ou de uma doença, e a forma de gestão de recursos humanos de uma determinada instituição. Tipos de pesquisas quanto aos procedimentos de coleta de dados A pesquisa de levantamento “é a pesquisa que busca informação diretamente com um grupo de interesse a respeito dos dados que deseja obter” (SANTOS, 2000, p. 28). A coleta de dados pode ser por meio de questionários ou entrevistas. Exemplo: o censo populacional. O levantamento, possui as vantagens “do conhecimento direto da realidade, da economia e rapidez, e da quantificação, ou seja, da obtenção de dados agrupados em tabelas que possibilitando a sua análise estatística”(GIL, 2008, p. 57). Tipos de pesquisas quanto às fontes de informação Fontes de informação são “os lugares/situações de onde se extraem os dados de que se precisa”. As fontes são três: 1) O campo é o lugar natural onde acontecem os fatos e fenômenos. 2) O laboratório onde os fatos e os fenômenos são reproduzidos de forma artificial e controlada. 3) A bibliografia, que são os dados, raciocínios e conclusões escritos na forma de livros, periódicos, e outros (SANTOS, 2000, p. 30-31). Tipos de pesquisas quanto às fontes de informação É importante destacar que a fonte de informação também pode ser compreendida como “local de coleta, que designa o local onde o sujeito, participante da pesquisa se encontra (e não o pesquisador)” (APPOLINÁRIO, 2012, p. 65). Logo, uma coleta realizada pelo telefone ou pela internet, por exemplo, pode ser considerada uma pesquisa de campo. Referências APPOLINÁRIO, Fábio. Metodologia da Ciência: filosofia e prática de pesquisa. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012. CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A. Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002. GIL, Antonio C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. SANTOS, Antonio R. dos. Metodologia Científica: a construção do conhecimento. 3. ed. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2000. Referências SILVEIRA, Denise T. S.; CÓRDOVA, Fernanda P. A Pesquisa Científica. In: GERHARDT, Tatiana E.; SILVEIRA, Denise T. Métodos de Pesquisa. Organizado e coordenado pela Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS e pelo Curso de Graduação Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. YIN, Robert K. Estudo de Caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.