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Estudo dirigido de Psicologia Escolar

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Estudo dirigido de Psicologia Escolar. (NP1)
1- Teorias da Educação e suas principais características na perspectiva de Saviane,1982.
Saviani analisa algumas características específicas das teorias educacionais, afirmando que a teoria tradicional surge historicamente com o interesse de superar o Antigo Regime, baseado nas conquistas da Revolução Francesa, esta propõe a universalização do ensino para retirar os indivíduos da condição inferior de súditos e transformá-los em cidadãos esclarecidos. Nesse contexto, a marginalidade é entendida enquanto um fenômeno derivado do déficit intelectual ocasionado pela ausência de instrução. A escola seria o remédio para este problema, na medida em que se difunde um ensino centrado e organizado em torno da figura do professor. As lições dos alunos são seguidas com disciplina e atenção, direcionadas pelo mestre-escola, ao aluno competia aprender.
Aos poucos, esse tipo de teoria foi caindo em descrédito devido às dificuldades de acesso de todos à escola e também em função do fracasso escolar, mesmo para os que conseguiam o seu desiderato de ingressar na instituição escolar.
Segundo o autor as teorias educacionais se diferem sobre a superação da marginalidade. Onde um grupo entende a escola é um instrumento de superação da marginalidade e o outro grupo afirma que a escola é produtora da marginalização. 
Não críticas: busca a integração dos indivíduos, a igualdade entre eles. Assim sendo, a marginalidade é um fenômeno acidental, individual, um desvio a ser corrigido. A educação é um instrumento capaz de corrigir tal desvio, de auxiliar na superação da marginalidade garantindo a construção de uma sociedade igualitária. 
Crítico-reprodutivistas: concebem a sociedade como sendo composta por classes sociais divergentes, que disputam o poder, possuem interesses e visões de mundo diferentes A marginalidade é compreendida como um fenômeno inerente á própria estrutura social. Pensa a educação como um instrumento a favor da manutenção da estratificação social, seu papel é reforçar a dominação dos grupos que detêm o poder, é a reprodução das desigualdades sociais. Pensando dessa forma o fracasso (do) escolar é na verdade o êxito da escola. 
2- PNE-Definição, como funciona, metas e ferramentas para participação pública.
Plano Nacional de Educação (2014 -2024), algumas propostas: 
1. Desenvolvimento integral: unir educação, saúde e assistência social. 
2. Erradicar o analfabetismo de sujeitos acima de 15 anos, além de crianças alfabetizadas até os 8 anos de idade, ou seja, 3 ° ano E.F.). 
3. Melhorar a qualidade da educação 
 25% das escolas em período integral 
 Educação Inclusiva (Sala de recursos) 
 Matricular em anteras crianças até o 3° ANO E.F. 
 Atividades de recreação (esporte, cultura)
3- História da Psicologia Escolar no Brasil e suas principais características ao longo do tempo (evoluções para a atuação atual). 
A Psicologia educacional escolar é um campo de conhecimento que abarca dimensões teóricas, práticas e, sobretudo praxistas de compromisso ético, político com as questões educacionais, escolares e com sua melhoria. Utilizando-se das interfaces de conhecimentos produzidos pelas ciências humanas.
Marcos legais: 
 27/08/1962 dia do psicólogo. 
 1964 regulação. 
 1977 é fundado o conselho federal de psicologia.
Marcos históricos: BR 
 No período entre 1906 - 1919 o primeiro laboratório de psicologia experimental no Rio de Janeiro. 
 Em 1909 crie-se gabinete de psicologia experimental. 
Marcos históricos – cursos 
 1932 – Metodologia do trabalho experimental em psicologia, problemas fundamentais do pedagogo. 
 Anos 50 – Helena Antipoff – Belo Horizonte – Escola de a aperfeiçoamento de professores. 
Períodos - 
1. Colonização dos saberes psicológicos e educacionais (1500 -1906), esta época os
jesuítas usam métodos psicológicos parecidos com os de modelagem propostos
por Skinner no momento de catequisar e educar os índios. 
2. A psicologia em outros campos de conhecimento (1906 -1930) inicia -se o
movimento da escola nova ensinando as contribuições da psicologia infantil, da
pedagogia terapêutica, da psicologia pedagógica entre outros. 
3. Desenvolvimento a escola nova e os psicologistas na educação (1930 -1962). 
4. A psicologia educacional e a psicologia escolar (1962 -1981). 
5. O período da crítica (1981-1990). 
6. A psicologia educacional e escolar e a reconstrução (1990 -2000). 
7. A virada do século, novos rumos? (2000- )
4-Diferenças entre Psicologia Educacional, Psicologia do Ensino, Psicologia Educacional/Escolar, e Psicologia Escolar.
Psicologia Educacional/ Escolar: São ligadas, mas não idênticas, a 1° é a área do conhecimento, a 2° o campo de ação do profissional, realizando intervenções no espaço escolar. 
Antunes( 2007) diz: Psicologia Educacional pode ser considerada uma subárea da psicologia, que está por última considera-se área do conhecimento, então a psicologia da educação tem como vocação a produção de saberes relativos aos fenômenos psicológicos que constitui o processo educativo. 
Psicologia de Ensino-***
Psicologia Escolar, define-se pelo âmbito profissional e refere- se a um campo de ação determinado, a escola, e as relações que ali se estabelecem, sua atuação se fundamenta no conhecimento produzi do pela psicologia da educação e outras áreas do conhecimento. 
*Psicologia escolar e educacional está relacionados porem não são idênticas 
*Psicologia Educacional ou da educação são como sinônimos, ambas correspondem a teorização e produção de conhecimento sobre o processo educativo e a Psicologia escolar como um campo de atuação ou praticado psicólogo. 
Essa diferenciação surgiu primeiro nos EUA em 1903 depois em um jornal em 1910. 
*Psicologia Educacional > PESQUISA 
*Psicologia Escolar > PRATICA
Psicologia do Escolar se torna Psicologia Escolar, que é a atuação do profissional dentro do processo escolar aonde o fracasso ou sucesso desse aluno dependerá do processo em si.
5- Psicologia Escolar hoje e a visão sobre a medicalização/patologização nas escolas.
Medicalização: ocorre segundo um processo de concepção ciência medica que discute sobre saúde-doença como centrado no individuo, privilegiando a abordagem biológica, organicista. Omite-se que esse processo saúde-doença é determina do pelo meio aonde o indivíduo está inserida, sendo a o mesmo tempo a expressão do individual e coletivo. 
- Diante dos índices de fracasso escolar em alunos em escolas na rede pública o diagnostico passa a ser centrado no aluno. 
- A biologização da educação era feita pela ciência medica foi daí que veio o termo medicalização, mais tarde este mesmo termo foi mudado para patologização uma vez que os fenômenos ficaram cada vez mais abrangentes (precisaram de mais gente pra ajudar no trampo).
6- Atuação/Formação do psicólogo escolar na perspectiva crítica e suas implicações nas políticas públicas (principais elementos a se considerar na atuação e os 4 princípios, procedimentos que constituem a educação/formação do psicólogo escolar atualmente, sugeridos por Souza,2010.
O papel do psicólogo na escola, no sentido de promover reflexão sobre as práticas e favorecer transformações. 
Atua junto aos vários segmentos envolvidos no processo educacional: professores, diretores, funcionários, pais e alunos. 
Com os professores e diretores pode, por exemplo, trabalhar nos programas de formação continuada, montar grupos de estudo, auxiliar na avaliação e implantação de programas de ensino. Com os pais pode fazer orientações, estimular a participação na vida escolar, etc. Desenvolve ações voltadas aos alunos com defasagem escolar, problemas de relacionamento, orientação profissional, entre outros. Também pode trabalhar com educação especial, assessoria e consultoria para as escolas. Em linhas gerais o objetivo final de seu trabalho é a garantia do desenvolvimento das habilidades da criança. 
Há também alguns espaços que não são de atuação do psicólogo escolar, por exemplo: os métodos de ensino, as técnicas de alfabetização são do espaço pedagógico.Há aspectos psicológicos que não devem ser abordados: a relação da professora com a própria mãe, por exemplo. 
O objetivo do trabalho do psicólogo na escola é abrir um espaço para a circulação das falas e, principalmente, para romper com os discursos cristalizados. 
-Promover discussões coletivas que busquem viabilizar as disposições de cada membro do grupo para participação nos projetos da escola; 
-Buscar referências para a sua atuação em pesquisas que estudaram os aspectos psicológicos envolvidos na organização escolar; 
-Análise crítica acerca dos instrumentos de intervenção. 
No modelo clínico tradicional o objeto de análise é a criança, nesse sentido busca-se compreender o que ela tem, o problema está na criança, nas suas relações familiares, no seu mundo interno. Em concordância com esse paradigma, para a avaliação da queixa escolar, algumas ações são realizadas, tais como: entrevista com os pais, anamnese, sessões lúdicas com a criança, aplicação de testes, diagnóstico, prognóstico, entrevista devolutiva com os pais, encaminhamento para tratamento. Pensar o processo de avaliação da queixa escolar em harmonia com o modelo preventivo requer uma mudança paradigmática. Observem que ao alterarmos nosso paradigma alteramos nosso olhar e consequentemente as nossas ações. Assim, se no modelo preventivo o objeto de análise passa a ser o contexto das relações que produzem o fenômeno (não aprender) o objetivo do nosso trabalho será intervir no processo de produção da queixa escolar para rompê-lo. 
Intervenção do Psicólogo pautada pela perspectiva crítica - como interlocutor qualificado, levantando diferentes versões sobre as questões escolares com pais, educadores e alunos, discutindo com tais protagonistas as possibilidades de intervenção. 
“avaliação psicológica não escola: mudanças necessárias” - propõe os seguintes passos para a avaliação das crianças encaminhadas pela escola: 
Analisar os bastidores dos encaminhamentos, conhecer sobre a trajetória escolar das crianças encaminhadas. 
- Ouvir as versões de todos os envolvidos, crianças, professores, pais. 
- Realizar encontros grupais com as crianças, depois individuais e encontro grupal com professores. 
- Apresentar relatório final aos interessados. Medicalização: observa- se uma ênfase na medicalização da educação, ao se classificarem como patologia aspectos da singularidade do indivíduo. 
Processo de transformar questões não medicas, como as sociais, em questões medicas
Atuação do psicólogo nas instituições educacionais: 
- O processo pedagógico vai se colocar como realidade principal. Todo o trabalho do psicólogo estará em função deste processo e para ele direcionado. 
- Faz-se necessária a escolha de técnicas que se adaptem aos limites que a intervenção psicológica terá, dada à realidade educacional. 
- O profissional da Psicologia estará sendo psicólogo porque estará utilizando o conhecimento da ciência psicológica para compreender e intervir, só que, neste caso, com o objetivo de promover saúde num espaço que é educacional. 
Psicometria = atuação do psicólogo na escola com base em um modelo clínico, considerado inadequado ante a complexidade do fenômeno do fracasso escolar. 
Infelizmente a atuação do psicólogo escolar ainda limita -se ao sujeito encaminhado e não a rede de relações que subjazem a queixa escolar. 
- O psicólogo escolar tem que adotar uma postura ética frente às queixas escolares, revendo concepções e práticas medicalizantes.

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