Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A INDEFINIÇÃO DOS PADRÕES ADEQUADOS PARA UMA ESCOLA BILINGUE Maria Alice Silveira Veloso1 Cláudia de Freitas Lopes Soares Machado da Silva2 RESUMO A presente pesquisa tem como intuito tratar a temática do bilinguismo e também da educação bilíngue, mostrando o quão complexo são as dimensões ao tentar definir os padrões adequados para que uma escola seja considerada bilíngue. O objetivo deste trabalho é propor uma reflexão acerca do bilinguismo e da educação bilíngue, mesmo sendo esses termos difíceis de conceituar e também sujeitos a definições divergentes. Para tanto, este trabalho foi pautado em algumas revisões bibliográficas que tratam da temática, disponíveis em livros, teses, dissertações, artigos e outros periódicos. Sendo possível observar que realmente há uma grande dificuldade ainda nos tempos atuais, mesmo com a crescente busca por este tipo de estudo, em se estruturar um padrão educacional adequado ao bilinguismo. Palavras Chaves: educação bilíngue; bilinguismo; aluno bilíngue. 1 INTRODUÇÃO Na atualidade ocorreu uma expansão da educação bilíngue no Brasil, é crescente o número de pais que buscam por este tipo de escola, uma vez que o aprendizado da segunda língua é visto como importante adicional na sociedade globalizada, segundo MÖLLER; ZURAWSKI (2017). CRYSTAL (2002) comenta que o inglês é considerado a língua global, mesmo sendo o mandarim a língua mais falada no mundo, a maioria dos grandes jornais e revistas do mundo fala da língua inglesa como um símbolo para os temas da globalização, o que acaba por torna-la a língua com maior influência política, econômica, acadêmica etc. Diante do exposto, há uma crescente preocupação das instituições escolares em readaptar seus currículos e suas práticas para aderir a uma educação bilíngue, bem como um grande número de escolas deste tipo sendo inauguradas pelo país. Porém, muitas especulações 1 Aluna concludente do curso de licenciatura em Letras / Inglês da Universidade Estácio de Sá. 2 Professora Orientadora do artigo da Universidade Estácio de Sá. 2 são lançadas frente essa temática, afinal, esse tipo de escola seria apenas uma novidade do momento ou ela será o modelo a ser adotado pelas futuras gerações? Também se deve atentar para o estudo acadêmico diferenciado que ela promove, e como esse estudo será reconhecido pela sociedade brasileira e mundial, quando o aluno ingressar na faculdade. Enfim, são inúmeras as questões em debate acerca do bilinguismo, portanto, a escolha deste tema deu-se justamente na tentativa de buscar melhor entendimento sobre o universo das escolas bilíngues. O objetivo central do trabalho é definir se existe realmente um padrão adequado para que uma escola seja considerada bilíngue, analisando especificamente: as definições de bilinguismo e educação bilíngue, o aluno bilíngue e a diferença entre essa escola e a escola internacional, abrindo assim, a reflexão para a ausência de um padrão das escolas bilíngues. As questões serão respondidas através de uma pesquisa bibliográfica de artigos acadêmicos, livros, revistas e periódicos que abrangem a temática. Trata-se de um estudo relevante, uma vez que a temática analisada é pouco explorada e muito presente na atualidade. Sendo importante para que o meio acadêmico e o meio empresarial educacional possam obter mais contato com informações acerca do bilinguismo no Brasil, uma vez que se trata de uma necessidade educativa contemporânea. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 A EDUCAÇÃO BILÍNGUE Educar de forma bilíngue não consiste apenas em dizer que o aluno terá no inglês uma segunda língua, como muitos pensam. Como o inglês é visto como uma linguagem global, ele vem sendo considerado uma prioridade na aprendizagem (CRYSTAL, 2002). Mas, de acordo com (MEGALE, 2005) a educação bilíngue pressupõe conceitos distintos em países e contextos diferenciados em função: de questões étnicas, dos próprios educadores e legisladores e de fatores sócio-políticos. Em cada país considera-se o bilinguismo de determinada maneira, como por exemplo, em escolas canadenses em que o inglês é usado para ensinar todas as matérias para as crianças franco-canadenses, são consideradas bilíngues. Portanto, nota-se que o conceito de escola bilíngue é utilizado para cobrir uma variedade de usos de duas línguas na educação. 3 HARMERS; BLANC (2000, p.198) descreve educação bilíngue como “qualquer sistema de educação escolar no qual, em dado momento e período, simultânea ou consecutivamente, a instrução é planejada e ministrada em pelo menos duas línguas”. Considerando essa definição, a maioria dos programas de educação bilíngue se enquadra em uma destas categorias descritas a seguir: na primeira categoria, a instrução é dada em ambas as línguas simultaneamente; na segunda a instrução é dada primeiramente na língua materna e os alunos aprendem a segunda língua até o momento em que estão aptos a utilizá-la para fins acadêmicos; e na terceira categoria, grande parte da instrução é dada através das duas línguas (MEGALE, 2005). E ainda para (MEGALE, 2005) de forma geral, divide-se a educação bilíngue em duas partes: educação bilíngue para crianças do grupo dominante e educação bilíngue para crianças de grupos minoritários. Quando se discute educação bilíngue para crianças de grupos minoritários deve-se ressaltar que essas crianças frequentemente vêm de comunidades socialmente desprovidas, como é o caso dos grupos indígenas no Brasil e no grupo dominante, grande parte já tem algum conhecimento ou contato com a outra língua. É possível adquirir duas línguas em diversas situações e como são vários os contextos onde pode haver a aquisição de uma segunda língua: “[...] o bilinguismo mostra-se um fenômeno complexo, onde o contexto social de aquisição, as condições psicológicas do aprendiz, o status de cada uma das línguas na sociedade, o tempo de exposição a cada língua, o tipo de relação com o conhecimento e as relações interpessoais, constituem fatores importantes, cuja influência é difícil determinar” (MOURA, 2009, p.40). O bilinguismo na visão de HAMERS; BLANC (2000) necessita de obter definições mais precisas e operacionais, pois não especificam o que pode ser considerada competência nativa, além de levar em conta uma única dimensão do fenômeno do bilinguismo: a proficiência nas duas línguas. As implicações para aprender novas línguas são variáveis e consideráveis, CRYSTAL (2002) sugere que se deve afastar o aluno de típicas situações de aprendizado sendo regularmente apenas ensinados por professores e coloca-los em contato com as situações de discurso cotidiano. Assim os alunos se tornaram competentes em todos os tipos de discurso, como forma de garantir a inteligibilidade. Cabe ressaltar que é diferente aprender uma segunda língua em ambientes naturais e ambientes instrucionais, ao adquirir a prática de uma segunda língua em ambientes naturais a 4 criança está exposta à língua em seus ambientes e nas suas interações sociais, já uma aquisição instrucional é dada em ambiente escolar, podendo este ser em classes voltadas apenas para o ensino de uma segunda língua ou de uma língua estrangeira, ou classes de instruções comunicativas baseadas em conteúdo e em tarefas cujo aprendizado da língua em si também é um objetivo, porém o estilo da instrução é bem diferente (SILVA, 2011). “É fundamental reconhecermos que o conceito de bilinguismo é bastante amplo, o que faz com que escolas com os mais variados objetivos linguísticos e culturais sejam enquadradas nessa abrangente nomenclatura. Além disso, a regulamentação para o funcionamento de uma escola de educação bilíngue ainda é muito deficiente, facilitando divergências, por exemplo, quanto ao tempo de exposição à segunda língua.” (MÖLLER; ZURAWSKI, 2017,p.114). O foco da educação bilíngue deve ser justamente esse, a língua será aprendida através do seu uso, já que a ênfase se dá na interação e na conversação, estando a criança em contato constante com essa segunda língua, segundo SILVA (2011, p.31) “aprende-se na língua, ao invés de aprender sobre a língua”. Vê-se que a aquisição de uma segunda língua exige a instalação de novos códigos linguístico, de um sistema de codificação e decodificação entre os significados, assim, afirma-se que a aquisição de uma segunda língua ainda na infância é bastante similar à aquisição da primeira língua, sendo eles os mesmos em suas características básicas, ou seja, uma criança bilíngue aprende duas línguas da mesma forma e na mesma ordem que uma criança aprende apenas uma. Sendo a única diferença que a criança bilíngue deve ser capaz de distinguir entre os dois sistemas linguísticos (SILVA, 2011). 2.2 O ALUNO BILÍNGUE Na atualidade há uma busca cada vez mais frequente de ingresso em escolas que ofereçam a prática de uma segunda língua, em especial o inglês, por ser considerada uma língua global. Alguns dos motivos para esse aumento são a possível atração pela fluência em uma segunda língua, a vivência em um contexto multicultural oferecido pela instituição e a viabilização de oportunidades no exterior (MÖLLER; ZURAWSKI, 2017). A definição da palavra bilíngue na visão restrita do dicionário (OXFORD, 2000) é: “aquele indivíduo capaz de falar duas línguas igualmente bem porque as utiliza desde muito 5 jovem”. Ou seja, para a sociedade o bilíngue é aquele capaz de falar em duas línguas de forma perfeita. Numa visão oposta HARMERS e BLANC (2000) comentam que “um indivíduo bilíngue é alguém que possui competência mínima em uma das quatro habilidades linguísticas (falar, ouvir, ler e escrever) em uma língua diferente de sua língua nativa.” Assim considera-se que o termo bilíngue não deve basicamente designar as pessoas que possuem duas línguas e sim incluir neste contexto os graus de proficiência nestas línguas e também o uso de mais que duas línguas (MEGALE, 2005). Então, o certo é que o bilinguismo é um fenômeno multidimensional que deve ser investigado através da análise detalhada de suas diversas dimensões, tais como: a competência relativa; organização cognitiva; idade de aquisição; presença ou não de indivíduos falantes no ambiente em questão; status das duas línguas envolvidas e identidade cultural, segundo HARMERS; BLANC (2000) e não apenas a proficiência do indivíduo em falar e entender duas línguas. MEGALE (2005) comenta que indivíduos bilíngues podem ser diferenciados em termos de identidade cultural obtendo-se bilíngues biculturais, monoculturais, aculturais e desculturais. O bilinguismo bicultural está relacionado ao indivíduo bilíngue que se identifica positivamente com os dois grupos culturais das línguas que fala e é reconhecido por cada um deles; já no monocultural, o indivíduo bilíngue se identifica e é reconhecido culturalmente apenas por um dos grupos em questão; no bilinguismo acultural é considerado que o indivíduo renuncia sua identidade cultural relacionada à língua materna e adota os valores de sua segunda língua; por fim o bilinguismo descultural ocorre quando o indivíduo bilíngue desiste de sua própria identidade cultural, mas falha ao tentar adotar a cultura do grupo de sua segunda língua. De acordo com HARMERS; BLANC (2000) ao formar um aluno bilíngue deve-se considerar alguns princípios básicos do comportamento linguístico, tais como a constante interação das dinâmicas sociais e individuais da língua, os processos de interação entre a língua e cultura e também a valorização da língua, assim contata-se que o bilinguismo é um fenômeno complexo que deve levar em consideração variados níveis de análises: individual, interpessoal, intergrupal e social. Considera-se então, que ao classificar indivíduos como bilíngues a dimensão ou as dimensões analisadas devem ser expostas para facilitar o entendimento do que foi realmente considerado para verificar os envolvidos na questão (MEGALE, 2005). 6 A idade de aquisição das línguas também é considerada importante porque afeta diversos aspectos do desenvolvimento do indivíduo bilíngue, como o desenvolvimento linguístico, neuropsicológico, cognitivo e sociocultural (MEGALE, 2005). Portanto, para um aluno ser considerado bilíngue ele não deve jamais ser definido apenas em termos de competência linguística, ignorando outras importantes dimensões que irão torná-lo realmente um indivíduo bilíngue em sua totalidade, nos diversos âmbitos sociais (MOURA, 2009). 2.3 ESCOLA BILÍNGUE X ESCOLA INTERNACIONAL No Brasil, a educação bilíngue para crianças vem ganhando cada vez mais espaço, a procura por essas escolas cresce consideravelmente a cada ano. É comum serem confundidas escolas bilíngues com escolas internacionais, justamente devido à falta de informações precisas acerca desta temática e da falta de padronização desses sistemas. De acordo com HARMERS; BLANC (2000) escolas internacionais apresentam uma metodologia diferenciada e combinam duas, três ou quatro línguas no programa educacional. Além disso, HARMERS E BLANC (2000) comentam que também existe outro modelo de educação bilíngue denominado de imersão. De acordo com os autores, imersão significa simplesmente ter um grupo de crianças falantes de certa língua primária que recebem toda ou parte da instrução escolar através de uma segunda língua. Uma escola internacional segue o calendário e toda estrutura curricular do país de origem, ou seja, se existe uma escola internacional americana instalada em alguma cidade brasileira todo o seu conteúdo será ensinado em inglês, o calendário seguido é o calendário americano, ou seja, o início das aulas acontece no mês de setembro e os assuntos ensinados também são voltados para a cultura dos Estados Unidos (MOURA 2009). Em uma escola internacional o aluno terá contato com o inglês em todas as áreas de conhecimento, realizando provas discursivas neste idioma, seguindo as diretrizes do modelo de país de origem da instituição, sendo a carga horária diferente e os anos de estudo a mais, nesse caso, nota-se que este tipo de escola deve ser escolhido, preferencialmente, pela família que tenha o interesse em se mudar para outro país, e assim facilitar a continuidade dos estudos no exterior (MOURA 2009). Assim sendo percebe-se que as escolas internacionais ensinam uma língua majoritária, geralmente o inglês, e podem incorporar uma língua local ao currículo, porém, não devem ser 7 denominadas escolas bilíngues, pois não atendem o princípio de instrução através de duas línguas (MOURA 2009). No Brasil as escolas internacionais devem seguir os Parâmetros Curriculares Nacionais, ainda que os conteúdos sejam ministrados em uma língua estrangeira, então nessas o português é tratado como língua estrangeira ou segunda língua já as escolas bilíngues não são regulamentadas pelo Ministério da Educação e integram-se legalmente às escolas regulares. No Ensino Fundamental seguem os Parâmetros Curriculares Nacionais, e oferecem formação em língua portuguesa nas principais disciplinas, oferecendo uma carga horária maior para inserir a instrução na segunda língua e atender às exigências dos órgãos oficiais (MOURA 2009). Então, nota-se que a escola bilíngue possui uma abordagem distinta, usando o segundo idioma quase na totalidade de suas aulas, ou seja, as disciplinas são ensinadas, por exemplo, em inglês, sendo assim um processo de imersão dentro de outra língua. Assim o aluno tem aula tanto na língua materna quanto no segundo idioma. Nesta escola segue-se a grade curricular brasileira, mas existe uma carga horária extra desse ensino das disciplinas curriculares ministradas em outra língua (MEGALE, 2005). De acordo com MÖLLER; ZURAWSKI (2017, p.114):“A regulamentação existente para as escolas bilíngues ainda possibilita que elas atuem de formas variadas; portanto, não existe um projeto pedagógico com parâmetros específicos para essas escolas. Como consequência, isso possibilita uma ampla gama de métodos pedagógicos para a educação bilíngue, permitindo que algumas escolas promovam apenas a intensificação de um segundo idioma”. Assim sendo é recomendável que escolas bilíngues, precisam funcionar em período integral ou semi-integral, pois deve garantir aos alunos ao menos três horas por dia de conteúdos ministrados numa segunda língua (MÖLLER; ZURAWSKI, 2017). MOURA (2009) reforça que muitas escolas internacionais definem-se como bilíngues, e também parte das escolas bilíngues se declaram escolas internacionais. “Há uma falta de clareza sobre o que é educação bilíngue e qual o limite entre uma escola bilíngue e uma escola internacional”. (MOURA, 2009, p. 29). Para a autora supracitada, as escolas internacionais não realizam a instrução na língua oficial do Brasil, o português, mas sim nas línguas dos países a que se vinculam já as escolas bilíngues não está intimamente ligada à cultura do país de origem da língua ensinada, mas têm o português como primeira língua. 8 Um aspecto considerado importante para avaliar a escola bilíngue são os professores que atuam nesta instituição, segundo CRYSTAL (2002) há alunos em escolas bilíngues que estão sendo ensinados por professores com inglês de baixa qualidade, formando comandos inadequados da língua, com dialetos, que acabam por formar indivíduos socialmente inferiores. A falta de professores com formação adequada associada a uma ausência de metodologia escolar adequada ao bilinguismo podem acarretar em problemas na aquisição da segunda língua CRYSTAL (2002). Concluindo, há que se atentar para a proposta desse tipo de escola, que deve estar preparada para oferecer o ensino bilíngue em sua totalidade, estando todos os professores aptos a compreender o aluno e responder seus questionamentos no idioma que ele usar. Portanto o fato da escola imergir em diferentes conteúdos ou o fato de haver uma vasta biblioteca não garantem, por si só a formação de um aluno bilíngue. Pois são os professores, os mediadores que deverão ter competências para atuar no contexto bilíngue, formando o aluno dentro do bilinguismo (MÖLLER; ZURAWSKI, 2017). 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS No Brasil, a educação bilíngue conquista cada dia mais espaço, atraindo novos alunos oferecendo a oportunidade de oferecer às crianças uma fluência na segunda língua, sendo que ainda é uma procura da minoria privilegiada economicamente que busca a evolução da comunicação global. Assim sendo, o bilinguismo na maioria das vezes está associado a uma ideia de prestígio econômico e social, já que a fluência numa segunda língua representa um diferencial no mercado de trabalho com melhores oportunidades de emprego. Deve-se atentar para o fato que esse bilinguismo, que está se tornando uma necessidade do mundo globalizado, requer além do investimento financeiro, a busca por uma instituição escolar bem estruturada que consiga realmente levar ao aluno a aquisição de novos saberes dentro do domínio de outra língua, além da materna. Porém o que este estudo confirma é o quanto o bilinguismo e a educação bilíngue são assuntos que ainda não estão bem definidos no cenário educacional como um todo e cuja compreensão é ampla e divergentes em vários aspectos. 9 Outro ponto importante que esta revisão bibliográfica confirma é acerca da regulamentação existente para a escola bilíngue, que deixa que essa atue de forma variada, sem um padrão específico pré-estabelecido, possibilitando assim uma amplitude de métodos pedagógicos a serem adotados e permitindo que determinadas instituições promovam basicamente uma intensificação em outra língua e não a possibilidade de um estudo baseado nesta língua. Mais um item que foi possível averiguar a partir deste estudo, é que deve haver uma preocupação também com a formação adequada dos profissionais que irão trabalhar com o bilinguismo, focando no domínio completo destes acerca do segundo idioma, para jamais comprometer a qualidade do ensino ofertado. Assim abrem-se novas questões a serem pesquisadas posteriormente dentro desta temática vasta e ainda pouco explorada. O estudo bibliográfico realizado deixa em aberto muitas questões, que emergem, principalmente, da falta de um padrão das escolas bilíngues, da carência de estudos na área e do sigilo mantido pelas instituições bilíngues acerca de suas metodologias. Portanto conclui-se que através da compreensão, adquirida pelos estudos sobre o tema, do desenvolvimento do bilinguismo e de suas relações e de uma possível padronização da escola bilíngue, é que realmente ocorrerá a real desmistificação dessa educação, esclarecendo as diversas possibilidades existentes dentro dessa formação. 10 4 REFERÊNCIAS CRYSTAL, David. English as a global language. Cambridge: 2002. Disponível em: goo.gl/XPtNX6. Acesso em 05/05/2018 (2002). HARMERS, Josiane; BLANC, Michel. Bilinguality and Bilingualism. Cambridge: Cambridge University Press, 2000, 324 p. Disponível em: http://catdir.loc.gov/catdir/samples/cam032/99012600.pdf. Acesso em 09/05/2018 MEGALE, Antonieta Heyden. Bilinguismo e educação bilíngue – discutindo conceitos. Revista Virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL. V. 3, n. 5, agosto de 2005. MÖLLER, Aline Nunes. ZURAWSKI, Maria Paula. Reflexão crítica sobre as escolas bilíngues (português/inglês) de imersão e internacionais na cidade de São Paulo. Revista Veras, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 109-130, janeiro/junho, 2017. MOURA, Selma de Assis. Com quantas línguas se faz um país? Concepções e práticas de ensino em uma sala de aula na educação bilíngue. Dissertação de Mestrado apresentada à Comissão de Pós- Graduação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo 2009. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-06062009-162434/.../moura2009.pdf Acesso em 10/05/2018. SILVA, Raquel Carvalho Mota e. Aquisição de segunda língua em contexto de educação bilíngue: processos dialógicos no trabalho pedagógico. Trabalho Final de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Licenciada em Pedagogia, à Faculdade de Educação da Universidade de Brasília. Brasília. 2011. Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/2310/1/2011_RaquelCarvalhoMotaeSilva.pdf Acesso em 10/05/2018. http://catdir.loc.gov/catdir/samples/cam032/99012600.pdf http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-06062009-162434/.../moura2009.pdf http://bdm.unb.br/bitstream/10483/2310/1/2011_RaquelCarvalhoMotaeSilva.pdf
Compartilhar