UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Arquitetura e Urbanismo ESTUDOS DE CASO CENTER FOR HEALTHY LIVING Seminários de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo – SAUP Docente: Sergio Abrahão Aluna: Isabella O. Canuto Vieira RA: C94FEG-8 Turma: AU9A39 P á g i n a | 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3 A ESCOLHA: O TEMA ................................................................................................................. 3 A ESCOLHA: O TERRENO ............................................................................................................ 5 ESTUDO DE CASO: CENTER FOR HEALTHY LIVING AT MOORINGS PARK .................................... 7 FICHA TÉCNICA .......................................................................................................................... 7 O EDIFÍCIO ................................................................................................................................. 8 O PROGRAMA .......................................................................................................................... 10 ANÁLISE ....................................................................................................................................... 12 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................. 14 P á g i n a | 3 INTRODUÇÃO A ESCOLHA: O TEMA O Centro de Convivência Psicossocial para Idosos tem o objetivo de reduzir as distâncias entre os lares para idosos e os setores de centros de saúdes, e vai além dos espaços clínicos ou de exercício. Para uma abordagem mais holística, o espaço busca tornar destinos acessíveis para programas que cultivam o bem-estar e promovem um sentido de lugar e de comunidade. À medida que a cidades crescem e que a população aumenta vemos um investimento incessável do governo em qualidade de vida para os habitantes. Infelizmente, existe uma classe que é deixada para trás: Maior idade. "O envelhecimento demográfico representa, paralelamente, oportunidades e desafios. Ao passo que parte dos idosos continua a realizar atividades cotidianas, sociais e laborais, a despeito de suas particularidades, outros representam grandes demandas aos serviços sociais e de saúde, devido à carga de doenças crônico-degenerativas e suas consequências na manutenção da autonomia e independência. " Citação Flávia Maria Derhun Ao passo que o governo investe nesta classe, é insustentável para algumas famílias cuidar de seus entes, o que torna este investimento insuficiente para a população, principalmente pois muitos equipamentos hoje são destinados para o cuidado quando as doenças crônico-degenerativas já estão visuais ao que se investíssemos em PREVENÇÃO poderíamos reduzir esse taxa crescente de cidadãos dependentes com necessidade de cuidados prolongados e especializados. "Embora a legislação brasileira estabeleça que o cuidado dos membros dependentes deva ser responsabilidade das famílias, este se torna cada vez mais escasso, em função da redução da fecundidade, das mudanças na nupcialidade e da crescente participação da mulher - tradicional cuidadora – no mercado de trabalho. Isto passa a requerer que o Estado e o mercado privado dividam com a família as responsabilidades no cuidado com a população idosa." publicação de Ana Amélia Camarano e Solange Kanso. De acordo com as projeções populacionais do IBGE, o número de pessoas com 65 anos ou mais vem crescendo desde o censo de 2010. A partir de 2040 a maior parte da população Paulista terá 60 anos, até 2060 a expectativa de vida aumentará chegando a ter cerca de 2% da população ter acima de 90 anos. Ou seja, o investimento em equipamentos e assistência ao idoso é algo necessário desde já para que ao chegarmos a 2040 tenhamos uma população saudável e cheia de vida, aumentando a nossa expectativa de vida e colaborando para o crescimento econômico do país. A partir deste levantamento que na área do Cursino e Ipiranga temos essa população relevante de idosos maiores de 60 anos (20%). A importância em assistência e investimento nesta região é eminente pois segundo os levantamentos pelo Seade 2020, são cerca de 45.189 mil idosos somente entre esses dois distritos. Além de que os centros de idosos ou clínicas geriátricas mais próximas da nossa área ficam em São Caetano e em Moema, tornando-se impossível alcançar em distância e população todas essas pessoas. P á g i n a | 4 A escolha do tema deu-se pela necessidade de PREVENÇÃO da degradação da saúde de pessoas idosas nas faces físicas, psíquicas, sociais, econômicas e culturais através de oficinas em grupo com acompanhamento de médicos especializados, promovendo a qualidade de vida e a integração entre os habitantes da região cumprindo a lei Nº 8.842, de 4 de Janeiro de 1994 onde expressa o objetivo nacional de assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade. "O idoso está atrás de qualidade de vida. O perfil mudou. Hoje ele quer agir igual ao jovem, tem dinheiro e saúde e pretende desfrutar dos prazeres da vida", declara Ariadne Mecate, consultora do Sebrae-SP em entrevista à Folha de S. Paulo. A proposta resume-se a elaborar um espaço de atendimento e cuidado com o idoso e paralelamente, proporcionar inclusão social, junto a outros idosos, cuidados a saúde física e principalmente manter ativa a vida emocional e psíquica deste grupo de pessoas. Equipamentos de cuidado ao Idoso da Região P á g i n a | 5 A ESCOLHA: O TERRENO O terreno tem total influência neste espaço devido a sua localização com uma área alto padrão de um lado e a comunidade do Boqueirão do outro, com um acesso a grandes avenidas em potencial como a Av. do Cursino e a Av. Pres. Tancredo Neves, além de estar em uma praça, promoverá a interação entre classes facilitando o acesso e possibilitando um vínculo cultural e social com a praça e sua população. Está localizado na Praça Frei José Maria Lorenzetti (17.079 m²) na rua Dom Macário, 1236 - Vila da Saúde no Distrito do Cursino. Com 1.269,04m², 7,4% da área da praça, a escolha do terreno deu-se por ser em uma região necessitada com o cuidado dos idosos; ter o entorno vegetativo o que colaborará para o programa proposto no Centro Geriátrico principalmente pelo incentivo de vínculo social. Além disso, o fluxo de pessoas no equipamento agregará valor em visualização, cuidado e utilização da praça. Juntamente com o equipamento, o projeto incorpora a revitalização da praça e atividades externas, proporcionados pelo Centro, para os habitantes idosos da região, incentivando a frequência mesmo quando não houver oficinas diretamente ligadas ao equipamento. “[...] o desenvolvimento de atividades físicas, podendo ser considerados verdadeiras “academias ao ar livre”. Desde apenas uma visita até a prática regular de exercícios físicos em áreas verdes é possível verificar importantes benefícios a saúde física e mental. O que torna imprescindível a implantação destes espaços para ajudar na melhoraria da saúde coletiva e bem-estar” (SZEREMETA E ZANNIN, 2013). O terreno está em uma zona de ZEPAN - AUE devido a sua influência no desenvolvimento e ocupação da cidade de São Paulo em 1920. Segundo a Resolução 16/CONPRESP/2002 não serão permitidas alterações no traçado viário e na largura das calçadas; área permeável deve ter no mínimo 20% e deve ter 1 árvore para cada 25m² dessa área; mudanças de árvores deve ser aprovado pelo Conpresp e a altura máxima permitida são 10,00 metros, tomada a partir do nível médio da testada do lote até o ponto mais alto da cobertura ou cumeeira. Mesmo sendo uma área tombada,