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TNE - material de apoio 2

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CLASSIFICAÇÃO 
As dietas enterais industrializadas podem ser classificadas de várias formas como o grau de 
hidrólise de nutrientes, osmolaridade, especialidade, composição. 
Quando avaliada de acordo com o grau de hidrólise dos nutrientes que as compõem são 
classificadas como polomérica, oligomérica/ semi-elementar e monomérica/ elementar: 
 
a) Poliméricas: alimentos “intactos”  proteínas, carboidratos e gorduras INTEIROS 
 Ex: Proteínas intactas, Maltodextrina, Triglicérides de Cadeia Longa (TCL) e Triglicérides de 
Cadeia Média (TCM). A maioria dos pacientes pode beneficiar-se com esse tipo de fórmula. 
 
b) Oligoméricas ou semi-elementares: macronutrientes parcialmente hidrolisados  
polipeptídeos; CHO hidrolisados; lipídios: TCL + TCM; vitaminas e minerais. 
Ex: Peptídeos, Maltodextrina, TCM 
Indicada para pacientes com capacidade digestiva e absortiva parcial. 
 
c) Monoméricas ou elementares: macronutrientes apresentam-se na sua forma totalmente 
hidrolisada  aminoácidos, glicose, TCL + TCM; vitaminas e minerais 
Ex: Aminoácidos livres 
Indicada para pacientes com capacidade digestiva e absortiva muito limitada 
 
É de extrema importância conhecer os diferentes graus de hidrólise pois interfere na 
osmolaridade e osmolalidade das dietas. Quanto maior o número 
de partículas, maior a osmolaridade. Quanto mais componentes hidrolisados contiver a 
formulação, maior será o valor da sua osmolalidade. 
A osmolaridade das dietas líquidas é muito importante, pois dietas hipertônicas podem 
causar diarreia e desconforto em pacientes que estão sob dieta enteral, principalmente quando 
o posicionamento da sonda for pós pilórica (duodeno, jejuno) 
 
ISOTÔNICA :330 A 350 mOsm 
MODERADAMENTE HIPERTÔNICA: 350 a 550mOsm 
HIPERTÔNICA: > 550mOsm 
 
As fórmulas hiperosmolares, inicialmente, devem ser administradas de forma gradual. 
Osmolalidade baixa minimiza o risco de diarreia osmótica, proporcionando maior segurança na 
administração. 
Nutrientes que influenciam: 
 - Carboidratos simples; 
 - Eletrólitos (Na, K, Cl); 
 - Peptídeos; 
 - Aminoácidos cristalinos. 
 
 Existe uma outra forma de classificação da TNE em dieta não especializada, que são formulas 
poliméricas para uso geral ou especializadas, que podem ser poliméricas ou oligoméricas ou 
elementares: com indicação para “poupar” determinados órgãos (intestino, pulmão, fígado, 
sistema imunológico ou em pediatria). 
 
 Exemplo de dietas especializadas: 
Dietas para Nefropatias: 
 sem diálise: baixo teor proteico e eletrólitos; 
 com diálise: alto teor proteico; 
Hepatopatias: rica em aminoácidos de cadeia ramificada; 
2 
 
Pneumopatias: pode ter redução ou não de carboidratos e lipídeos dependendo da situação 
clínica; 
Imunodepressão: nutrientes imunomoduladores; 
Diabetes: sem sacarose, baixo índice glicêmico, rica em fibras; 
Má-Absorção: proteína hidrolisada, baixo resíduo, baixo teor de gordura. 
 
 Na classificação quanto ao valor calórico total: 
 Normo: 50 - 60% VET (CHO), 25 - 35% VET (LIP), 10 - 15% VET (PTN) 
 Hiper: acima dos valores descritos 
 Hipo: abaixo dos valores descritos 
 
Dietas hipocalóricas: 0,6 - 0,8kcal/ml 
Dietas normocalóricas: 0,9 - 1,2kcal/ml 
Dietas hipercalóricas: 1,3 – 2,0kcal/ml 
 
Composição das dietas enterais 
 
Proteínas: 
• 14 – 20% VCT (ESPEN)/ 10 a 20% VCT (RDC 21) 
• Origem animal e/ou vegetal: AA essenciais (40% do total) 
• Fontes: extrato e isolado proteico de soja, lactoalbumina, caseína, proteína do soro do 
leite, aa livres 
• Dietas Hiperproteicas: > 20% VET 
 
Carboidratos: 
• 40 – 60% VCT ou 45 a 75% VCT (RDC 21) 
• Forma intacta ou hidrolisada 
• Fontes: glicose, sacarose, frutose, lactose, amido de milho, maltodextrina 
 
Gorduras: 
• 30 – 35% VCT/ 15% a 35% (RDC 21) 
• AG essenciais: 3 - 4% VCT (ESPEN) 
• Fontes: óleo de canola, de milho, de açafrão, de girassol, de soja, gordura de coco e 
TCM 
• Dietas Hiperlipídicas: > 35% VET 
 
Fibras: 
• ADA: 20 – 35 g/dia 
• FDA: Fibra insolúvel 70 - 75%/ Fibra solúvel 25 - 30% 
• Fontes: polissacarídeo da soja, inulina, goma de acácia, alfa celulose, goma-guar, FOS 
• Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC) 
• Dieta fonte de fibras: > 1,5g/100kcal 
 
Vitaminas e Minerais: 
• Adequar conforme RDA 
• Volume comumente prescrito: 1000 - 1500 mL de dieta enteral/dia 
• Pacientes hospitalizados em uso de TNE podem apresentar com frequência deficiência 
pré-existente ou não de vitaminas e minerais. 
 
Há ainda a possibilidade de modular nutrientes de forma isolada para atingir necessidades 
dos pacientes: 
• - Proteína em pó. Sugere-se acréscimo de 1 colher de sopa (10 g) à água de hidratação. 
• - Carboidrato em pó. Sugere-se acréscimo de 5 a 10% do volume em gramas à dieta. 
• - Lipídio em emulsão. Sugere-se acréscimo de 2 a 5% do volume em ml à dieta. 
• - Fibra solúvel em pó. Sugere-se acréscimo de 1 medida (6g) à água de hidratação ou à 
dieta, de 1 a 3x/dia. 
3 
 
• - Glutamina em pó. Sugere-se oferta de 5 a 10g (1 sachê) em 100ml de água, 
separadamente, 1 a 4x/dia, conforme quadro de permeabilidade intestinal e sistema 
imunológico. 
 
 
Bibliografia 
CUPPARI, L. Guia de Nutrição: Nutrição clínica no adulto. 3ª ed. São Paulo: Manole, 2015. 
 
PROTOCOLO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL DA COMISSÃO DE SUPORTE 
NUTRICIONAL. Goiânia: Hospital das Clinicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), 2014, 162 p. 
 
WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4ª ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 
v. 1.

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