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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES	3
Efeitos decorrentes da obrigação	3
Modo de extinção das obrigações	3
Meio de solver as obrigações	3
Pagamento direto	4
Conceito e natureza jurídica do pagamento	4
Requisitos essenciais ao exato cumprimento da obrigação	4
Validade do pagamento feito a representante do credor	6
Pagamento a terceiro desqualificado (validade)	7
Tempo do pagamento	7
Lugar do pagamento	8
Prova do pagamento	9
Requisitos da quitação	10
Pagamento indevido	10
Requisitos necessários	11
Repetição do pagamento	11
Recebedor de boa fé	12
Recebedor de má-fé	12
Exclusão da restituição do indébito	12
PAGAMENTO INDIRETO	13
Pagamento em consignação	13
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Efeitos decorrentes da obrigação
Modo de extinção das obrigações
Meio de solver as obrigações
a) pagamento direto ou execução voluntária da obrigação pelo devedor (CC, arts. 304 a 333, 876 a 883), que, conforme a natureza da relação obrigacional, entrega certo bem, pratica uma ação ou se abstém de determinado ato.
► no momento em que se der o cumprimento de uma relação obrigacional, operar-se-á a sua extinção
b) pagamento indireto: mediante consignação (CC, arts. 334 a 345), sub-rogação (CC, arts. 346 a 351), imputação do pagamento (CC, arts. 352 a 355), dação em pagamento (CC, arts. 356 a 359), novação (CC, arts. 360 a 367), compensação (CC, arts. 368 a 380), transação (CC, arts. 840 a 850), compromisso (CC, arts. 851 a 853; Lei n. 9.307/96), confusão (CC, arts. 381a 384), e remissão da dívida (CC, arts. 385 a 388), que, embora empregados excepcionalmente, produzem efeito liberatório do devedor.
c) Pela prescrição, pela impossibilidade de execução sem culpa do devedor e pelo implemento de condição ou termo extintivo, casos em que se terá a extinção da obrigação sem pagamento.
d) Pela execução forçada, em virtude de sentença, seja sob forma específica, seja pela conversão da coisa devida no seu equivalente.
Pagamento direto
Conceito e natureza jurídica do pagamento
► Sentido lato: para designar a execução satisfatória da obrigação, ou seja, solução, adimplemento, resolução, implemento, cumprimento. Percebe-se daí que o vocábulo em tela abrange quaisquer meios extintivos da relação obrigacional.
► Sentido estrito: para indicar certo meio de extinção da obrigação, significando a execução voluntária e exata, por parte do devedor, da prestação devida ao credor, no tempo, forma e lugar previstos no título constitutivo.
► quanto a natureza jurídica, a doutrina não tem consenso, tendo em vista o adimplemento/pagamento em sentido técnico-jurídico de solver de diferentes formas, portanto, há quem trate como sendo ato jurídico, negócio jurídico unilateral, negócio jurídico bilateral, fato jurídico, ato causal etc.
Requisitos essenciais ao exato cumprimento da obrigação
a) a existência de um vínculo obrigacional: oriundo de lei ou de negócio jurídico, que o justifique, pois sem ele ter-se-á pagamento indevido, visto que não haverá prestação devida necessária e, portanto, a presença desse vínculo, uma vez que o pagamento pressupõe a existência de uma dívida. 
► nas palavras de Carlos R. G., a inexistência de um vínculo obrigacional geraria a restituição do adimplemento, CC, art. 876.
b) a intenção de solvê-lo (animus solvendi): o pagamento é execução voluntária. Sem a intenção de extinção da obrigação existiria a doação¸ que seria animus donandi, e não animus solvendi.
c) o cumprimento da prestação: é o objeto da obrigação, que a prestação devida. Assim, se exonerará da obrigação (cumprindo-a) quando entregar a coisa devida (obrigação de dar), quando praticar determinada ação (obrigação de fazer) ou quando deixar de praticar determinada ação (obrigação de não fazer).
► as obrigações de dar, fazer e não fazer deve reunir identidade, integridade e indivisibilidade. A solvência da obrigação dar-se-á pelos princípios instrumentalizados pelo artigo 422 do CC: 
c.1) O devedor somente se desvinculará se satisfizer exatamente a prestação devida
► Entrega de objeto diferente não constitui pagamento direto (no caso de o credor aceitar objeto diferente)
c.2) O devedor não poderá exigir que o credor receba por partes um débito que, por convenção, deve ser pago por inteiro
c.3) O devedor deverá satisfazer a prestação pelo modo devido, pontualmente, no lugar determinado.
d) a pessoa que efetua o pagamento (solvens): é imprescindível saber quem deve pagar.
► obrigação personalíssima
► obrigação não personalíssima: A pessoa que deve pagar será qualquer interessado, juridicamente, no cumprimento da obrigação, como o próprio devedor (caso em que se terá pagamento verdadeiro e próprio, pois extingue o débito ante o devedor e em face do credor), o fiador, o avalista, o coobrigado, o herdeiro, o cessionário, o sublocatário, outro credor do devedor, o adquirente de imóvel hipotecado, e, enfim, todos os que, indiretamente, fazem parte do vínculo obrigacional, hipótese em que, se pagarem o débito, se sub-rogarão em todos os direitos creditórios. Terceiro não interessado (artigo 304 e 305) juridicamente é aquele que não está vinculado à relação obrigacional existente entre credor e devedor, nada tendo, portanto, a temer se o devedor for inadimplente, embora possa ter interesse de ordem moral, oriundo de amizade, parentesco ou outro sentimento, como é o caso do pai que paga débito do filho, do homem que resgata dívida de sua amante, de uma pessoa que cumpre obrigação de um amigo etc. Esse terceiro não poderá efetuar o pagamento na oposição do devedor, ou quando estipulado a não aceitação do pagamento por terceiros. Terceiro recuperará, portanto, o quantwn despendido com o pagamento de dívida alheia, se o fez com a ciência e aprovação do devedor primitivo.
e) a pessoa que o recebe (accipiens): art. 308 do Código Civil, "o pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito".
► é admissível a sucessão creditícia causa mortis (herdeiro, na proporção de seu quinhão hereditário, ou legatário) ou inter vivos (cessionário do crédito, sub-rogado nos direitos creditórios), que são denominados credores derivados.
► a qualquer um dos cocredores, havendo solidariedade ou indivisibilidade do objeto poderá receber o pagamento. Nas obrigações ao portador, qualquer um que tiver o título poderá receber. Contudo, nesses casos cabe ressalvas:
a) o devedor, ciente, o efetua a credor incapaz de quitar, o representante legal do credor poderá demandar a sua nulidade ou anulabilidade.
b) o credor estiver impedido legalmente de receber, por estar seu crédito penhorado ou impugnado por terceiro.
Validade do pagamento feito a representante do credor
a) legal: imposto por lei, como pai, tutor, curador, relativamente ao incapaz, cujos bens administra, e que, quando se trate de receber capital, deverá estar munido de autorização judicial para tanto, pois o ato excede os poderes de simples administração, embora para receber juros não precise de qualquer autorização.
b) judicial: nomeado pelo juiz, como, p. ex., o depositário judicial, o síndico, o inventariante e o oficial de justiça.
c) convencional: que é o portador de mandato, com poder suficiente para receber e dar quitação. Tal mandato será expresso, quando o instrumento da procuração confere poderes especiais para receber o débito, perfeitamente individuado, e tácito, quando o mandatário se apresenta perante o devedor com o título que lhe deve ser entregue como quitação, exemplo, de um funcionário de um estabelecimento que a pedido do patrão cobre dívida de devedor.
Pagamento a terceiro desqualificado (validade)
► Pagamento feito a terceiro desqualificado não terá força liberatória; contudo, terá validade e eficácia jurídica, exonerando o devedor, se: 
a) o credor ratificar tal pagamento. Essa ratificação produzirá todos os efeitos do mandato (CC, art. 873)
b) o pagamento aproveitar ao credor.
c) o pagamento foi efetuado de boa-fé ao credor putativo (imaginativo), ou aparente (CC, art. 309), p. ex., o herdeiro ou o legatário, que perdeessa qualidade em razão de anulação de testamento, ou com o cessionário, cuja cessão se invalidou. Para que haja validade do pagamento nesse caso, dois requisitos devem ser preenchidos:
c.1) boa-fé do solvens, e
c.2) escusabilidade ou reconhecimento do erro.
Tempo do pagamento
► vencimento é o momento em que a dívida pode ser reclamada.
► Para o pagamento é necessário verificar se:
a) há determinação legal: havendo determinação legal, o devedor estará compelido ao pagamento no momento exato do vencimento, não podendo o credor antecipar a cobrança, nem o devedor a quitar o débito anterior ao convencionado. Art. 389 e 394, CC. Ao devedor ocorre a mora, no atraso, e ao credor, artigo 939, CC, no caso de exigência de débito não vencido, a pagar custas em dobro, esperar o tempo que faltava e descontar os juros correspondentes.
► a regra do artigo 939, comporta 2 exceções:
a.1) a antecipação do vencimento por conveniência do devedor, quando o prazo foi estabelecido em seu favor.
a.2) a antecipação do vencimento em virtude de lei, com o escopo de proteger os interesses do credor e garantir a segurança das relações creditórias. Realmente, o Código Civil, no art. 333, I a III, por exemplo, concurso de credores, falência do devedor, CDC, art. 52, § 2, será permitida ao consumidor a liquidação antecipada da dívida, total ou parcialmente, mediante redução proporcional dos juros e demais acréscimos
b) Se há omissão do vencimento, isto é, se as partes não ajustaram data para o pagamento da dívida, não havendo disposição legal em contrário, o credor, pelo Código Civil, art. 331, poderá exigi-lo imediatamente. Nas obrigações condicionais apenas será exigível após seu implemento, CC 332.
Lugar do pagamento
► O lugar do pagamento, isto é, o local do cumprimento da obrigação, está, em regra, indicado no título constitutivo do negócio jurídico. Artigo 78. CC.
► Paga-se no domicílio do devedor caso não esteja convencionado no ato constitutivo do NJ. Artigo 327 CC
► no direito brasileiro há a presunção de que o pagamento seja quérable (ir buscar), contudo há exceção:
a) se houver estipulação em contrário: o pagamento deverá ser efetuado no domicílio do credor, caso em que o pagamento seja portable (ir levar).
b) Se circunstâncias especiais exigirem outro lugar para o cumprimento, que não o domicílio do obrigado (CC, art. 327, 2ª parte): é o caso das obrigações de fazer, nas prestações de serviços em um imóvel, por exemplo.
c) Se o contrário decorrer em razão da natureza da obrigação (CC, art. 327, 2ª parte), que, por si só, mostra o lugar do pagamento. P. ex.: a) na compra e venda à vista, com pagamento do preço na entrega da mercadoria, tanto a coisa vendida deverá ser entregue, como o preço deverá ser pago no mesmo local ou ainda nos casos dos fretes à pagar.
d) Se a lei dispuser o contrário (CC, art. 327, 2ª parte): caso das letras de câmbio e as dívidas fiscais.
e) Pagamento em lugar alternativo: a escolha cabe ao credor.
ETIMOLOGIA: supressio é a perda do direito por inação, ao passo que surrectio é a insurgência de um novo direito também pela inércia.
Prova do pagamento
► solvido o débito, surge o direito do devedor, que o paga, de receber do credor um elemento que prove o que pagou, que é a quitação regular, reter o pagamento ou ainda consignar. Art. 319, 335 CC
► “A ‘quitação regular’ referida no art. 319 do atual Código Civil engloba a quitação dada por meios eletrônicos ou por quaisquer formas de ‘comunicação à distância’, assim entendida aquela que permite ajustar negócios jurídicos e praticar atos jurídicos sem a presença corpórea simultânea das partes ou de seus representantes” (Enunciado n. 18, aprovado na I Jornada de Direito Civil, 2002).
► urge não olvidar que a quitação não é apenas por recebo, pois nos títulos de crédito deve-se ter o título.
Requisitos da quitação
a) comprovação da quitação: 
- Por escrito,
- Prova testemunhal (artigo 227, CC subsidiária) quando já houve começo de prova por escrito, ou o credor não pode ou não podia, moral ou materialmente, obter a quitação regular, em casos como o de parentesco, depósito necessário ou hospedagem em hotel.
► presume-se a quitação, portanto presunção juris tantum pela:
- devolução do título de crédito, salvo, se pelo credor, for comprovado que não houve pagamento, no prazo de 60 dias.
- pagamento da última prestação vencida, nos casos de obrigações sucessivas, onde presume-se que a última fora paga, as anteriores também o foram. Ressalta-se que julgado do STJ de recusa de pagamento pelo credor da última prestação, pelo devedor, deu razão ao credor, por entender, o Egrégio Tribunal que, o aceite da última prestação, presumiria na solvência de todo o débito. No Direito Tributário, porém, a quitação das últimas parcelas não estabelece a presunção de pagamento das anteriores (Cf. art.158 do CTN)
Pagamento indevido
► Pagamento indevido se baseia do princípio do enriquecimento sem causa (nunca existiu ou deixou de existir a obrigação). É feito de forma espontânea pelo solvens, acreditando que deve pagar. Pode ser:
a) objetivamente indevido: a dívida não existe (nunca existiu a relação obrigacional ou o débito foi extinto). CC, art. 877 (cabe ao solvens provar o pagamento indevido)
b) subjetivamente indevido: a dívida existe. O pagamento é feito por quem se achava devedor, mas não o era. Ou o pagamento é feito à pessoa diversa do verdadeiro accipiens.
Requisitos necessários
a) enriquecimento patrimonial à custa de outrem somado a acréscimos e majoração supervenientes.
b) empobrecimento do solvens
c) imediatidade: o empobrecimento do solvens deve ocorrer simultaneamente com o enriquecimento do accipiens. Decorre da mesma circunstância.
d) ausência do empobrecido. O erro deve ser de fato (recai sobre o objeto e a pessoa) ou de direito (falsa convicção de amparo legal para sua conduta). Desconhecimento da situação real. Se o pagamento foi por decisão judicial, o solvens somente pode reaver o pagamento indevido por meio da ação rescisória do julgado.
e) falta de vínculo jurídico
f) subsidiariedade da ação in rem verso: inexistência de outra solução jurídica à correção do enriquecimento. O prazo prescricional é de 3 anos.
Repetição do pagamento
a) condicional: o solvens pode requerer o pagamento indevido antes do implemento da obrigação, porque há mera expectativa que poderá ou não se tornar uma obrigação a solver. Presunção juris et de jure.
b) termo: a dívida já existe, portanto, o solvens pode renunciar o prazo do pagamento, fato que não gerará enriquecimento indevido do accepiens.
c) obrigação de fazer e não fazer: o que recebeu deverá indenizar o que cumpriu. Art. 881, CC.
d) pagamento de tributo: o tributo indevido, quando pago, cabe a restituição ao contribuinte pela inexistência do débito.
e) cobrança indevida ao consumidor: CDC, art. 42. Tem direito a repetição do indébito igual ao dobro do que pagou em excesso, mais correção monetária e juros legais, salvo se o engano for justificável.
Recebedor de boa fé
→ restituir
→ direito aos frutos e receber indenização pelas benfeitoras úteis e necessárias.
→ direito à retenção: benfeitorias úteis e necessárias; levantamento das voluptuárias, salvo quando causar deteriorização da coisa.
→ não responderá por perdas e danos se por elas não foi culpado
Recebedor de má-fé
→ restituir com acréscimos 
→ devolução dos frutos e persipiendos sem direito a indenização das benfeitorias.
→ responde pelo perecimento da coisa (força maior e fortuito), salvo se provar que o perecimento poderia ocorrer ainda que sem o pagamento indevido.
Exclusão da restituição do indébito
a) art. 880: quem recebeu o pagamento e inutilizou o título, deixou prescrever a pretensão ou abriu mão das garantias.
b) art. 882: pagou dívida prescrita ou cumpriu obrigação jurídica inexistente.
c) art. 883: pagamento de coisa com fim ilícito, imoral ou proibido por lei.
PAGAMENTO INDIRETO
Pagamento em consignação
► meio indireto de pagamento na qual o solvens se exonera da relação obrigacional através do depósito em juízo (quantia certa ou incerta devida)ou estabelecimento bancário (quantia pecuniária). Art. 334, CC e 539, CPC. 
► incompatibilidade com as obrigações e fazer e não fazer por não envolver com o credor para implemento.
► só é admissível nos casos previstos em lei.
► se utiliza desse meio apenas em casos legais, previsto no artigo 335, CC.
► se restringe apenas às obrigações pecuniárias móveis e imóveis.
► carente é a denominação do pagador que efetuou pagamento sem que houvesse os motivos prescritos em lei.
► se justifica a utilização desse instrumento para que se evite a mora do devedor.
Natureza jurídica 
► a natureza jurídica da consignação é híbrida ou mista, por estar disciplinada tanto no Código Civil e no NCPC.
Casos legais de consignação
a) se o credor não puder, ou quiser receber sem justa causa ou dar quitação da devida forma.
b) se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos, que resultará na mora accipiendi. Cabe ao credor provar que foi ao local, tempo e condição devidos e não obteve o pagamento.
c) se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil.
d) Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento
e) Se pender litígio sobre o objeto do pagamento entre credor e terceiro.
Requisitos objetivos e subjetivos
► a consignação deverá ser livre (sem nada que impeço o direito do credor de receber o pagamento), completa (abrangendo frutos, juros, correção monetária etc.) e real (efetiva).
Requisitos subjetivos
► será contra o credor, representante ou o mandatário, art. 308, CC.
► deverá ser efetuado pelo devedor, representante, mandatário ou terceiro interessado (quando puder fazê-lo)
Requisitos objetivos
► existência de um débito líquido e certo
► totalidade da prestação devida, inclusos os frutos naturais e juros devidos quando estipulados legalmente.
► NCPC, art. 541: Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento.
► Tenha-se expirado o termo convencionado em favor do credor, isto é, o devedor poderá consignar assim que a dívida estiver vencida, e em qualquer tempo, se o prazo se estipulou a seu favor (CC, art. 133), ou assim que se verificar a condição a que o débito estava subordinado (CC, art. 332).
► Em relação ao modo, se observem todas as cláusulas estipuladas na relação obrigacional.
► A oferta se proceda no local convencionado para o pagamento (CC, art. 337
Direito do consignante ao levantamento do depósito
a) antes da aceitação ou impugnação do depósito pelo credor, pode o devedor ou terceiros levantar o pagamento, arcando com as despesas processuais e outras consequências decorrentes do ato. A dívida subsistirá e terá efeito ex tunc. Art. 338, CC.
b) Depois da aceitação do depósito ou da contestação da lide pelo credor pode ser levantado o depósito desde que o credor aquiesça. Art. 340, CC

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