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FICHAMENTO - INTRODUÇÃO DA GUERRA DA ARGÉLIA

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FICHAMENTO: INTRODUÇÃO DA GUERRA DA ARGÉLIA
YAZBEK, Mustafa. IN: A guerra da Argélia.
A Argélia é um país que até meados do séc. XX era dominada pela França, com um enorme território, mas que cerca de 80% dele fica no deserto do Saara. O idioma oficial é o árabe, com o francês sendo difundido enormemente por motivos óbvios. Há ainda o dialeto berbere, mais concentrado nas regiões montanhosas. Na religiosidade, o país é de maioria muçulmana.
De forma geral, a parte oriental do país é mais dominada pelos berberes, e a parte ocidental, (a região desértica) é mais dominada pelos árabes.
Os pieds-noirs (pés negros) era o nome dado aos colonos franceses e seus descendentes nascidos na Argélia.
O colonialismo recebia todo o crédito por qualquer progresso que o país conseguia, seja nos campos ou na educação.
A colonização francesa era de povoamento, mas com o passar dos anos e criação de algumas leis, os pés negros podiam comprar as terras expropriadas pelo governo francês, ficando assim com as melhores terras, deixando as menos produtivas para a população local.
Os franceses basicamente substituíram a produção de cereais pela de vinhos, onde eram exportados somente para a França, numa espécie de exclusivo colonial, como o Brasil sofreu de Portugal enquanto era colônia.
Em 1865 a franca anexou a Argélia oficialmente, e uma das primeiras medidas foi a de oferecer a cidadania francesa mediante a renegação da fé islâmica, é dito que apenas 200 argelinos aderiram a esse movimento.
É dito que os grupos mais favorecidos pelo processo colonial da franca, os pés negros, foram os que protagonizaram o processo revolucionário anos depois, pois com mais desenvolvimento, queriam mais autonomia.
A independência foi alcançada com muita violência, com cerca de 100.000 mortes a cada ano de revolução.
O grupo que assumiu o poder, a FNL, tem bases socialistas, e conseguiu bons resultados no desenvolvimento da recente nação independente.
Esse desenvolvimento do país fez com que se tornasse referência entre os países islâmicos, e protagonismo na economia norte africana.

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