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URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM ODONTOLOGIA Profª Sarah Rachel URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM ODONTOLOGIA •Alívio das algias de origem estomatológica; •Anamnese, cronologia e detalhamento da dor = CORRETO DIAGNÓSTICO -> conduta clínica correta (FIGUEIREDO et al 2007); •Verificar neste momento, frequência cardíaca e pressão arterial. • DOR – PROCESSOS INFLAMATÓRIOS AGUDOS – PORÇÃO DO TECIFO CONJUNTIVO – POLPA, TECIDO PERIODONTAL, TECIDO PERIAPICAL OU AMBOS. • Dor, intensidade, localização e duração da dor relatada pelo paciente pode-se inferir o diagnóstico • A dor pode ser contínua ou intermitente • Dor provocada/Dor espontânea • Dor localizada : < alterações no tecido conjuntivo • Dor difusa: > alterações do tecido conjuntivo, envolvendo áreas adjacentes ao dente 3 Revisão bibliográfica Palpação digital •Intra ou extrabucal •Alterações localizadas na região de fundo de sulco vestibular e tecidos moles adjacentes ao elemento dentário Mobilidade •Dente a ser examinado entre os dedos e movimentando-o •Rx – Reabsorção a nível de periápice, etiologia endodôntica. Reabsorções ósseas, etiologia periodontal Percussão •Localizar a dor e sua intensidade •Cabo do espelho •Percussão vertical – DOR – Origem periapical •Percussão horizontal – DOR – Origem periodontal Térmico Diagnótico da vitalidade e condição pulpar Testar em dente sadio inicialmente Estímulo sem resposta = NECROSE Dor rápida = PULPITE REVERSÍVEL Dor longa e > intensidade = PULPITE IRREVERSÌVEL Anestesia Dor difusa Após insucesso das anteriores Anestesia infiltrativa 4 Testes Clínicos Tomada radiográfica Revelação Interpretação Exame Radiográfico Rx Periapical 5 6 Alterações radiográficas que podem elucidar o quadro de dor •Presença de cárie e sua proximidade com a polpa •Dentes com cárie, com e sem alteração no periodonto apical •Dentes restaurados sem lesão apical com ou sem forramento •Dentes com fraturas coronárias, com ou sem exposição pulpar e sem aumento do espaço pericementário •Dentes inclusos em prótese fixa, sem tratamento de canal e com ou sem aumento do espaço pericementário •Dentes inclusos em prótese fixa, sem tratamento de canal, com e sem lesão periapical •Modificações na conformação da câmara pulpar por deposição dentinária •Fraturas dentárias tais como: coronárias ou radiculares • Nódulos pulpares 7 Alterações radiográficas que podem elucidar o quadro de dor •Aumento do espaço pericementário •Reabsorções internas dos tecidos mineralizados do dente • Reabsorções externas dos tecidos mineralizados do dente •Áreas radiolúcidas periapicais circunscritas ou difusas •Luxações dentárias, podendo ser, luxação com extrusão ou intrusão e luxações com desvio de lateralidade •Trepanações dentárias •Fratura óssea •Fragmento de lima endodôntica retida no canal •Reabsorções de caráter periodontal, podendo ser localizada ou difusa, horizontal ou vertical •Verificação da presença de bolsas periodontais profundas PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 8 • Resposta inflamatória apenas no conjuntivo pulpar associado ao tecido dentinário agredido • Dor aguda - aumento do calibre dos vasos e condição inflamatório do tecido conjuntivo pulpar – dor com doce, azedo e frio • Etiologia: • lesões cariosas • restaurações recentes em cavidades profundas • uso de ataque ácido próximo a polpa • restaurações profundas sem material forrador • restaurações ou elementos com contato prematuro • retração gengival • fraturas do tecido dentinário 9 Pulpite reversível • Dor de curta duração, cessando assim que retirado o estímulo • Provocada e intermitente • Sensibilidade à alimentos doces ou azedos e dor aguda sob gelo • Analgésicos • Teste térmico frio – dor positiva • Sem fístulas ou linfonodos aumentados • Radiograficamento pode ter: • restaurações extensas e profundas • fraturas • lesões cariosas • periodonto normal • sem aumento do espaço pericementário • sem lesões periapicais 10 Pulpite reversível Sinais clínicos e Radiográficos • Remover o trauma 11 Pulpite reversível Conduta 1- Anestesia 2- Profilaxia 3- Remoção do tecido cariado e/ou materiais restauradores 4- Isolamento absoluto 5- Limpeza da cavidade 6- Proteção pulpar Capeamento pulpar direto (cimento CaOH) Capeamento pulpar indireto (CaOH P.A - 20mg +200ml de água destilada) 7- Restauração provisória • Evolução do processo inflamatório da polpa, no qual a dor evolui até se tornar espontânea e contínua • Exérese mandatória da polpa • Dor intensa, constante, pulsátil, difusa, aliviada pelo frio e aumentada pelo calor • Por ser difusa, devemos ter cuidado dobrado ao tirar o rx 12 Pulpite irreversível Aguda • Dor intolerável e contínua • Exarceba com o calor e alivia com o frio • Palpação digital intraoral do vestíbulo sem alterações anatômicas • Palpacão extra oral com linfonodos aumentados e doloridos • Percussão horizontal + • Percussão vertical + (se periápice envolvido) • Dor exarcebada aos testes de mobilidade • Analgésicos sem efeito • Radiograficamente: • aumento do espaço pericementário • cáries • fraturas • restaurações em íntimo contato com a polpa dentária 13 Pulpite irreversível Sinais clínicos e radiográficos 1- Anestesia 2- Abertura dentária 3- Pulpotomia 4- Colocação de medicação (Otosporin/Tricrezol) 5- Restauração provisória Em casos que tenha exsudato após a abertura dentária: 1- Deixar o dente aberto para drenagem 2- Incisão para drenagem 3- Prescrição de antibiótico e analgésico 4- Ajuste de oclusão 14 Pulpite irreversível Conduta clínica 15 Necrose Conduta clínica •Estágio final do processo inflamatório •Crônica: sem dor (devendo ser removido o agente causador) •Aguda: = a dor da pulpite irreversível •Ambas: ausência de respostas a testes térmicos 16 Necrose Sinais clínicos e Radiográficos •Dor presente em casos agudos •Ausência de resposta a testes térmicos •Teste de percussão pode ser positivo pelo comprometimento periodontal •Radiograficamente: •Aumento do espaço peiodontal •Lesão periapical 17 Necrose Conduta 1- Anestesia 2- Isolamento absoluto 3- Limpeza e acesso coronário 4- Debridamento 5- Irrigação com hipoclorito de sódio 6- Remoção do tecido pulpar 7- Colocação de medicação (tricrezol) 8- Restauração provisória 8- Ajuste oclusal 18 Abscesso dentoalveolar •Processo inflamatório agudo que ultrapassa os limites do ligamento periodontal e se desloca para o tecido ósseo •Formação de pontos de tumefação e rubor 19 Abscesso dentoalveolar Conduta Com edema presente: 1- Anestesia 2- Abertura *Ou deixa o dente aberto para drenagem ou faz restauração provisória 3-Ajuste oclusal 4-Prescrição de antibiótico e analgésico 20 Abscesso periodontal • Coleção purulenta que envolve os tecidos de sustentação do dente • Processo no qual a inflamação se desenvolve de maneira dolorosa e agressiva • Pode se estender para os tecidos adjacentes à bolsa periodontal, ocasionando perda de inserção •Etiologia: •Periodontite não tratada •Raspagens mal executadas •Projeções do esmalte que ficam em áreas mais profundas da bolsa periodontal 21 Abscesso periodontal Sinais clínicos e radiográficos • Edema • Tecido de aspecto liso,brilhante e flácido que se estende desde a gengiva inserida até a JMG ou além • Dor a palpação e a percussão • Sensação de “dente crescido”, sangramento a sondagem e presença de bolsa periodontal • Presença de exsudato purulento, drenando de maneira provocada ou não, via bolsa ou fístula • Mobilidade dentária •Extrusão • Halitose. 22 Abscesso periodontal Sinais clínicos e radiográficos • Edema • Tecido deaspecto liso,brilhante e flácido que se estende desde a gengiva inserida até a JMG ou além • Dor a palpação e a percussão • Sensação de “dente crescido”, sangramento a sondagem e presença de bolsa periodontal • Presença de exsudato purulento, drenando de maneira provocada ou não, via bolsa ou fístula • Mobilidade dentária •Extrusão • Halitose. 23 Abscesso periodontal PERIODONTAL ENDODÔNTICA Dor irradiada e difusa Dor pulsátil e localizada Rx: perda óssea Rx: presença de cárie ou restaurações profundas Rx: defeito ósseo lateral Rx: envolvimento periapical Sinais clínicos e radiográficos •Diagnóstico diferencial: abscesso de origem endodôntica: LESÃO ENDOPERIO: Sinais e sintomas ocorrendo concomitantemente 24 Abscesso periodontal Conduta 1. Anestesia 2. Estabelecer via de drenagem (com sonda periodontal na bolsa + compressão do tecido mole) 3. Curetagem e debridamento da bolsa +RAPCR + irrigação com solução salina estéril 4. ATB: Azitromicina 25 Pericoronarite • Infecção purulenta envolvendo o tecido gengival que está associado a gengiva do terceiro molar (na maioria inferior) • Prevalente em jovens de 20-25 anos • Posição angular e distoangular favorece aparição do quadro 26 Pericoronarite Sinais Clínicos e Radiográficos • Gengiva edemaciada, vermelha e dolorida, drenando exsudato purulento, poderá ter ulceração na região do capuz se houver trauma (cúspide do antagonista) • Trismo, dor e gosto ruim • Febre, dor pulsátil, dor no assoalho bucal e ouvido • Pode atingir: • fáscias musculares mais profundas, ocasionando • fístulas extra-orais • abcesso peritonsilar • celulite • angina de Ludwig • Rx só deve ser feito se suspeitar de reabsorção óssea distal ou comprometimento do segundo molar • Quando presentes, podem apresentar reabsorções em forma de cratera 27 Pericoronarite Conduta • Pcte com qualquer comprometimento sistêmico: PROFILAXIA ANTIBIÓTICA 1. Anestesia 2. Remoção de matéria alba e cálculos com ultrassom ou instrumento manual 3. Irrigação com solução salina estéril ou clorexidina/peróxido de hidrogênio 4. Prescrever bochecho com água morna com sal e Clorexidina 0,12% sem álcool de 12/12h 5. Medicamentos (dependerá da gravidade) ATB+Analgésico+Antinflamatório Azitromicina Amoxicilina + Clavulanato de Potássio ou Metronidazol Alérgico: Clindamicina 28 Pericementite • O processo inflamatório ocorre no LP • Pode ou não estender-se ao osso • Etiologia: • Pulpar – processo inflamatório do conjuntivo pulpar estendendo-se para o LP - ENDODONTIA • Traumatismo dentário – restaurações altas, falta de ajuste oclusal, contato prematuro – DESGASTE DE CONTATO 29 Pericementite Pericementite aguda advinda de inflamação pulpar Pericementite de origem traumática Semelhante a pulpites e necroses (no teste térmico, não há dor) Contato prematuro (restaurações inadequadas, blocos metálicos, próteses fixas) Dor presente na mastigação/contato Dor presente no contato + para palpação e percussão Causas iatrogênicas Radiograficamente: Aumento no LP associado a cárie profunda ou restauração extensa Tto: endodontia Tto: desgaste oclusal Sinais clínicos, radiográficos e conduta 30 Alveolite •Degeneração do coágulo alveolar que tem como consequência o retardo da cicatrização •3º - 5º dia após exodontia •Etiologia: proliferação bacteriana, exposição ao fumo, irrigação inadequada do alvéolo, excesso de anestésico local no alvéolo e higiene pós-operatória precária. •Prevenir alveolite: medicação dentro do alvéolo com base de eugenol ou esponja de fibrina embebida em clindamicina 31 Alveolite •Coágulo alveolar terá aspecto liquefeito, fétido e o paciente irá apresentar dor intensa que normalmente não cede a analgésicos comuns. •Curetagem contra indicada (risco de invasão bacteriana para os espaços medulares) Conduta: 1. Anestesia 2. Aspiração cuidadosa do conteúdo liquefeito do alvéolo 3. Irrigação com solução salina e clorexidina 0,12% 4. Prescrição de Amoxicilina e Clavulanato de Potássio Sinais clínicos e conduta PROTOCOLOS DE ATENDIMENTO EM TRAUMATISMOS DENTÁRIOS SEMINÁRIOS 32 TEMAS DIVISÃO POR DUPLAS OU TRIOS 33 Tema Trio ou quarteto Fissuras coronárias Fratura coronária Fratura de coroa e raiz corono-radicular Fratura radicular Concussão Subluxação Luxação dentária – Intrusão Luxação dentária – Extrusão Luxação labial e lingual Luxação lateral Avulsão Fratura do processo alveolar 34 Acredito e amo muito vocês!
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