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FUNDAMENTOS E PRÁTICAS NO ENSINO DE HISTÓRIA

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Nessa aula refletimos sobre o saber histórico e sua relação com o ensino de História nas séries iniciais, considerando a importância da disciplina para a construção de uma consciência crítica e a descoberta de si como sujeito, agente de transformações. Partimos da premissa de que há uma distinção entre o saber histórico, como um campo de pesquisa e produção de conhecimento científico, e o saber histórico escolar, como conhecimento produzido no espaço escolar.
É importante que você reveja as videoaulas que abordam sobre a distinção entre o conhecimento histórico e o conhecimento histórico escolar, destacando a importância da disciplina nos anos iniciais do Ensino Fundamental. É também é feita uma síntese sobre o conceito de consciência histórica e sua relação com o ensino de História nos anos iniciais.
Nos textos de apoio, são sugeridos artigos de Maria Auxiliadora Schmidt e Peter Lee, pesquisadores que partem de pressupostos teórico-metodológicos da linha de pesquisa intitulada “Educação Histórica”, desenvolvida a partir da década de 1990. A educação histórica é uma linha de pesquisa cujo eixo teórico norteador encontra-se nas matrizes epistemológicas de Jörn Rüsen, cuja preocupação dos investigadores é como se ensina e de que maneira se ensinam os temas de História aos jovens ou adultos.
A proposta da historiadora Maria Auxiliadora Schmidt no texto “Construindo conceitos no ensino de História: ‘a captura lógica’ da realidade social” é refletir sobre o trabalho com conceitos no ensino de História, possibilitando que os alunos construam um vocabulário histórico, que seja facilmente assimilável, mas que, principalmente, possam utilizar em diferentes situações de suas vidas. “Na relação ensino-aprendizagem de História é importante, que esteja presente a construção de um conjunto de ferramentas que possam ajudar os alunos a fazerem uma análise mais profunda da realidade social. Estas ferramentas são os conceitos históricos” 
Lembre-se também de rever:
· As tendências historiográficas presentes no conhecimento histórico (Positivismo, Materialismo dialético, Escola dos Annales, história cultural);
· As temáticas que envolvem a Didática da História, a consciência histórica e a cultura histórica;
Nessa semana fizemos uma reflexão sobre o histórico do currículo prescrito para o ensino de História ao longo do tempo. Vimos que as temáticas presentes nos documentos oficiais e institucionais foram mudando, orientadas pelas concepções de História e de Educação presentes nos diferentes contextos. Vimos também a necessidade de se considerar que os saberes e experiências de professores e alunos, e as diferentes culturas escolares podem ir além dos currículos prescritos.
Leia o material de apoio, no qual você poderá verificar as diferentes propostas para o ensino de História apresentadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e na atual Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
É importante rever:
· A trajetória do ensino de História desde seu início no Brasil no século XIX;
· A questão da nação e o ensino de História no Brasil;
· Novos temas e fontes para o ensino de História;
· Os desafios propostos para o ensino de História na atualidade e o papel do professor.
· Na Semana 3 refletimos sobre o livro Didático e a relação com o saber na área de conhecimento histórico. Foram apresentadas algumas das concepções e caracterizações presentes nos livros didáticos, e foi possível analisar o livro didático como um dos recursos pedagógicos do ensino de História, sua contribuição e seus limites.
· Você pôde estudar, por meio das videoaulas, as políticas de avaliação do livro didático (PNLD), as diferentes concepções presentes nos livros de História, assim como as análises das linguagens e imagens presentes nesse material.
· O texto de apoio intitulado “Racismo em livros didáticos brasileiros e seu combate: uma revisão da literatura” nos permite conhecer a produção brasileira de livros didáticos sob dois ângulos: publicações que reforçam o racismo em livros didáticos; e publicações que se referem ao combate ao racismo em livros didáticos. Os autores mostram que as pesquisas revelam indícios de tratamento discriminatório contra negros desde a década de 1950, e que foram confirmados por pesquisas posteriores, nos anos 1980 e 1990, que analisaram representações do negro nos textos e nas ilustrações e denunciaram um quadro de depreciação sistemática de personagens negros, associada a uma valorização sistemática de personagens brancos. No entanto, os autores chamam a atenção para uma produção de livros que denunciam o racismo, a atuação do movimento negro nesse processo e as políticas de avaliações (PNLD) conduzidas pelo MEC.
· Vale destacar que as mudanças nos critérios de avaliação dos livros didáticos nas diferentes edições do PNLD têm contribuído para uma melhoria da qualidade desse material. Além disso, temos como linha teórica autores que trabalham com o conceito de apropriação, por exemplo, Roger Chartier. Para Chartier, “professores e alunos podem se apropriar dos conteúdos propostos pelo livro didático e fazer uma releitura. Assim, cabe principalmente ao corpo docente analisar criteriosamente a utilização total ou parcial desse material, assim como a escolha destes considerando as necessidades dos alunos.
· Aproveite para rever a entrevista sugerida na aula da professora Circe Bittencourt: "O bom livro didático é aquele usado por um bom professor".
Na Semana 4 refletimos sobre os recursos pedagógicos e linguagens no ensino de História. Tratamos da temática focando os materiais didáticos e a relação com o saber na área do conhecimento histórico.
Você pode reler os artigos sugeridos que tratam das diferentes linguagens e possibilidades de materiais didáticos no ensino de História. Ao rever as videoaulas, busque compreender as concepções de recursos pedagógicos e sua diversidade.
É importante retomar nessa aula:
· As concepções de recursos pedagógicos;
· Os materiais didáticos no ensino de História;
· As diferenças entre suportes didáticos e documentos;
· As chamadas linguagens alternativas para o ensino de História. 
Espera-se que para ensinar História o professor considere o contexto de mudanças do qual a escola e o aluno estão inseridos, o que pressupõe estar atento às novas propostas e tendências teóricas que subsidiam a disciplina.
 
A Semana 5 teve como foco uma discussão sobre o tempo, importante categoria teórica no ensino de História, e suas implicações no cotidiano da sala de aula. Tratamos das noções de tempo histórico nas dimensões do presente, passado e futuro, assim como as noções de anterioridade, posteridade e simultaneidade, como parte da proposta da disciplina para os anos iniciais.
Destacamos, mais uma vez, que as leituras dos textos de apoio relacionando com as videoaulas é importante para a revisão. Retome o conceito de tempo vivido, tempo histórico, tempo circular, tempo linear e tempo pontual.
Lembre-se que:
· Para as crianças pequenas, o conceito de tempo mostra-se complexo e desafiador, uma vez que desde muito cedo elas vivenciam o tempo, lidam com o tempo vivido, mas não têm consciência da sua existência;
· Cabe ao ensino de História possibilitar ao aluno se situar no tempo em todas as suas dimensões, relacionando o presente em que está inserido ao passado e ao futuro. Isso pode ser atingido por meio de atividades que proporcionem a percepção das semelhanças, das diferenças, das permanências, das mudanças, das rupturas, das continuidades e descontinuidades;
· A aprendizagem sobre a noção do tempo ocorre de forma processual e não basta a vivência das rotinas escolares para que as crianças cheguem à compreensão sobre o tempo histórico, é necessário compreender o sentido da historicidade, um sentimento de existência no passado, um sentimento de estar na história.
· Para a construção do tempo cronológico, do tempo social e do tempo histórico é importante a intencionalidade didática.
Na aula 6 refletimos sobre a constituição da população brasileira contemplando os estudos referente aos grupos afro-brasileirose indígenas. Também discorremos a respeito das leis que consolidaram o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena no Brasil, obrigatórias na rede de ensino público e privado nas instituições escolares de Ensino Fundamental e Médio. Tratamos das Leis 10.639, aprovada em 2003, e 11.645, aprovada em 2008, acerca da obrigatoriedade do ensino da Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena.
Releia os textos-base eNa Semana 7 refletimos sobre as temáticas da história local e do cotidiano, e sua importância no ensino de História nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Vimos o quanto o trabalho com as temáticas da história local e do cotidiano possibilita que os alunos compreendam o local em que vivem e sua relação com o regional, o nacional e o mundial através do tempo.
Na Semana 7 refletimos sobre as temáticas da história local e do cotidiano, e sua importância no ensino de História nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Vimos o quanto o trabalho com as temáticas da história local e do cotidiano possibilita que os alunos compreendam o local em que vivem e sua relação com o regional, o nacional e o mundial através do tempo.
Além disso, percebemos a relação entre o cotidiano e a localidade com o trabalho envolvendo a memória e a oralidade.
É importante revisar:
· A pedagogia da memória tratada como uma pedagogia da pluralidade e da diferença de tempos e culturas que, concomitantemente, promoverá uma nova relação do aluno com a educação e uma nova tolerância face ao outro, que tão arredia tem andado da historiografia escolar tradicional.
· A importância da oralidade – as entrevistas são formas capazes de fazer com que os estudos de História local escapem das falhas dos documentos, uma vez que a fonte oral é capaz de ampliar a compreensão do contexto, de revelar os silêncios e as omissões da documentação escrita, e de produzir outras evidências, captar, registrar e preservar a memória viva.
· Os patrimônios históricos-culturais brasileiros constituídos pelos bens materiais e imateriais;
· A educação patrimonial e o ensino de História – Educação voltada às questões referentes ao patrimônio cultural; entende-se que a utilização dos lugares da memória no processo educativo possibilita o desenvolvimento da sensibilidade e da consciência da importância desses bens.
Assim, terminamos nossa disciplina e espero que você continue sempre pesquisando e se atualizando, pois, a formação continuada faz parte da profissão docente. Ensinar História tem sido um desafio para os professores nesse tempo de inquietações e incertezas. Desejo que você possa, a partir desta disciplina, contribuir para as transformações do fazer histórico na sala de aula.
 o material de apoio e assista às videoaulas que abordam sobre as Práticas Pedagógicas voltadas à temática da educação das relações raciais, seus desafios e possibilidades
É importante revisar:
· Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico-raciais para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana;
· As propostas para a educação das relações étnico-raciais, que dizem respeito às ações voltadas à “divulgação e produção de conhecimentos, formação de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial – descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos”;
· As Leis nº 10.639/03 e 11.645/08 são propostas a serem introduzidas na escola, não apenas como mais uma disciplina e/ou novos conteúdos, mas como uma mudança cultural e política no campo curricular e epistemológico.
Muitas pessoas ainda acham que a disciplina de História é uma complexa reunião de datas, fatos, lugares e personagens de outrora. Talvez por isso se pense que a disciplina trata do passado longínquo de sociedades das quais nem os estudantes nem os educadores participaram. Isabel Barca mostra por que essa ideia é equivocada. Dedicada ao estudo do ensino de História para a Educação Básica, ela defende a importância de um trabalho em sala com recortes temáticos, que estabeleça ligações entre o ontem e o hoje e faça dos alunos sujeitos históricos.
Faz sentido apresentar os fatos históricos em ordem cronológica ou esse é um modo de trabalhar ultrapassado?
ISABEL BARCA Ensinar História de modo linear faz com que os estudantes lembrem somente os marcos cronológicos. Com isso, a moçada se torna incapaz de relacionar tempos distintos e compreender em profundidade o mundo em que vivemos. O ideal é que o educador trabalhe em sala com recortes temáticos, estabelecendo relações entre o passado e o presente, sem jamais negligenciar a temporalidade. Se essas duas questões não forem levadas em conta, a turma pode ter uma compreensão limitada da disciplina e da história propriamente dita, formulando ideias vagas e genéricas, o que contribui para o não-entendimento das causas e consequências dos fenômenos estudados.
Como deve ser organizado um museu de sala de aula que contribua com a aprendizagem?
ISABEL Um museu montado na classe pela criançada não pode ser uma seleção simples e indiscriminada de objetos. Por conta própria, eles não dizem nada. Em qualquer instituição desse tipo, a função das peças é dar pistas sobre o passado, mas é fundamental valorizar as questões que os sujeitos elaboram sobre elas. Além disso, é necessário organizá-las de forma sistematizada, de acordo com critérios temáticos, cronológicos ou espaciais. Elas também precisam ser identificadas: as questões apresentadas no início de um estudo - para que serviam, quando eram usadas e por quem - podem constar na identificação, que deve ser feita sempre em parceria com a turma.
Como conduzir uma atividade de interpretação de objetos antigos?
ISABEL O professor deve propor uma observação cuidadosa do objeto. Depois disso, ele tem de fazer perguntas não muito complicadas para os alunos sobre o passado. Podemos convidá-los a imaginar a vida das pessoas a quem ele pertencia. Para que era usado? De que maneira? De onde essas pessoas eram? A análise das respostas ajuda a entender até que ponto as crianças ultrapassam a simples materialidade dos exemplares, se os relacionam com uma comunidade e um estilo de vida e de que forma o fazem. É o início de um pensamento histórico.
Investigar objetos de família ajuda as crianças a relacionar a história de vida delas com a História em geral?
ISABEL Sim, desde que aprendam a pensar historicamente com esses utensílios, saindo do aqui e agora. Para isso, o professor tem de ajudar o grupo a relacionar as peças com outros tempos e pessoas que podem estar próximas deles em termos geográficos e familiares, mas que tiveram outra forma de viver. No entanto, não é satisfatório estudar somente o histórico da peça em questão. É necessário ensinar a garotada a generalizar situações e conceitos.
O que é a aula-oficina?
ISABEL É um modo de trabalhar que organizei em 1999, resultado das aulas que ministrava na Universidade do Minho. A ideia é que, primeiramente, o professor selecione um conteúdo, pergunte aos alunos o que eles sabem a respeito e, então, selecione as fontes históricas pertinentes para a aula. Em seguida, ele deve orientar os estudantes a analisar os materiais, fazer inferências e comparações. Todos se envolvem no processo e produzem conclusões históricas, que podem ser mais ou menos válidas e mais ou menos próximas às dos historiadores. No entanto, elas devem sempre ser valorizadas, avaliadas e reconceitualizadas com a ajuda do educador. Assim, as crianças tomam consciência do que aprenderam, do que falta saber e do que mais gostariam de conhecer. A aula-oficina vai contra a corrente que não se preocupa com o que ensinar e prioriza em manter o grupo motivado.
O que é fonte histórica e documento histórico? Há diferenças entre eles?
ISABEL Segundo alguns especialistas, como o inglês Robin George Colingwood (1889-1943) e o francês Marc Bloch (1886-1944), qualquer vestígio do passado é fonte. Cabe aos historiadores e a qualquer pessoa que queira pensar historicamente fazer uma pergunta sobre a Históriae, em função dela, selecionar as fontes e extrair delas as respostas. Esses traços do passado não são só os deixados pelos agentes do período estudado. Outras fontes, construídas posteriormente, também são interessantes, incluindo o trabalho de estudiosos que já exploraram o mesmo tema. O termo documento histórico, por sua vez, tem diversas acepções entre os especialistas. Prefiro usá-lo para definir fontes históricas com valor legal ou institucional. Não significa que os documentos tenham mais valor que as fontes. Muitas vezes apresentam um ponto de vista conveniente para a instituição que representam.
Qualquer fonte ou documento histórico pode ser analisado na escola?
ISABEL De modo geral, sim. Mas devemos usar o que for acessível aos alunos com os quais trabalhamos. Os materiais não podem ser complexos a ponto de impedir a turma de lidar com eles. Há estudos em Portugal que mostram que os alunos tendem a ter mais facilidade de entender a História por meio de suportes escritos. No mais, há fontes visuais superelaboradas, difíceis para jovens com pouca experiência. Por fim, temos de considerar o tempo disponível para a realização da atividade, fazendo uma adequação realista das fontes às situações escolares.
Como planejar aulas que não desencadeiem uma interpretação parcial da história?
ISABEL É fundamental não só garantir a variedade de fontes, como considerar a perspectiva de cada uma e planejar momentos diferentes para estudá-las. Por exemplo: o imperador conhecido como dom Pedro I no Brasil e dom Pedro IV em Portugal tem uma imagem muito mais positiva para os portugueses do que para os brasileiros. Apresentar dois trechos da historiografia de cada país que mostrem as imagens contraditórias do personagem e pedir que as crianças dissertem sobre isso não é tão rico. É mais interessante que elas analisem os dois trechos de forma isolada para depois buscar similaridades e diferenças, questionando as distintas perspectivas.
Há fontes históricas mais indicadas para explorar em cada etapa da escolaridade?
ISABEL Não. Para eleger os materiais apropriados, que possibilitem o ensino dos conteúdos e o pensar histórico, é preciso analisar a situação da classe. A decisão não tem a ver com a idade dos estudantes, e sim com o letramento histórico alcançado por eles. Além disso, o que é mais próximo da turma hoje não é só o que está no entorno. As crianças e os jovens têm muito contato com a TV e com a internet e, por isso, algo que para os adultos pode parecer longínquo no tempo e no espaço para eles é mais próximo.

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