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Treinamento funcional_ benefícios, métodos e adaptações

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Treinamento 
funcional: 
benefícios, métodos e 
adaptações 
 
 
Introdução 
 
Recentemente, o treinamento funcional vem conquistando seu espaço 
dentro de academias e de forma personalizada devido a sua forma de 
aplicação e por auxiliar as pessoas nas suas funções cotidianas. No entanto, 
esta metodologia de treino não é recente, pois, de acordo com Dias (2011) o 
treinamento funcional originou-se com os profissionais da área de fisioterapia, 
já que estes foram os pioneiros no uso de exercícios que simulavam o que os 
pacientes faziam no seu dia-a-dia no decorrer da terapia, permitindo, assim, 
um breve retorno à sua vida normal e as suas funções habituais após uma 
lesão ou cirurgia. Dessa forma, foi fundamentado no sucesso obtido na sua 
aplicação na reabilitação que o programa de treinamento funcional passou a 
ser empregado em programas de condicionamento físico, desempenho 
atlético, bem como para minimizar possíveis lesões (PRANDI, 2011). 
 
Sabe-se que o treinamento funcional está amparado na proposta de 
melhoria de aspectos neurológicos que conduzem a capacidade funcional do 
corpo humano, empregando exercícios que estimulem os diferentes 
componentes do sistema nervoso, gerando, dessa forma, sua adaptação 
(SILVA, 2011; CAMPOS e CORAUCCI NETO, 2004). 
 
De acordo com Clark (2001 ​apud DIAS, 2011), os movimentos 
funcionais referem-se a movimentos associados, multiplanares e que 
abrangem redução, estabilização e produção de força; ou seja, os exercícios 
funcionais referem-se a movimentos que empregam mais de uma fração 
corporal simultaneamente, podendo ser realizado em diversos planos e 
envolvendo diversas ações musculares (excêntrica, concêntrica e isométrica). 
Em outras palavras, o treinamento funcional trabalha movimentos, e não 
músculos isoladamente, envolvendo, dessa forma, todas as capacidades 
físicas – equilíbrio, força, velocidade, coordenação, flexibilidade e resistência 
- de forma integrada por meio de movimentos multiarticulares e multiplanares 
e no envolvimento do sistema proprioceptivo, este último, de acordo com 
Ribeiro (2006 ​apud SILVA, 2011) relacionado com a sensação de movimento 
(sinestesia) e posição articular, sendo que, dentre as principais funções deste 
sistema, estão a manutenção do equilíbrio, a orientação do corpo e a 
prevenção de lesões. 
 
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Desta forma, percebe-se que o treinamento funcional envolve 
movimentos específicos para o desenvolvimento das atividades da vida diária 
do indivíduo. Sendo assim, esta metodologia de treino possibilita a todos os 
públicos o bom condicionamento das capacidades físicas, tornando-se 
possível, assim, atingir a excelência no desempenho. 
 
Objetivos do treinamento funcional 
 
 
 
Como já foi dito anteriormente, o treinamento funcional explora não 
somente os músculos, mas também os movimentos, este último, com maior 
enfoque, para que a produção de movimento pelo indivíduo seja de forma 
eficiente. 
 
O principal objetivo do treinamento funcional é promover um resgate da 
aptidão pessoal do indivíduo utilizando-se de um planejamento 
individualizado e personalizado, independente do seu grau de condição física 
e das atividades que ele desenvolva, usando exercícios que incluem 
atividades específicas do indivíduo e que transferem seus ganhos de forma 
eficaz para o seu cotidiano. Portanto, o trabalho com o treinamento funcional 
propõe utilizar-se de todas as capacidades físicas do indivíduo e 
aprimorá-las, sendo que este treinamento ocorre de forma integrada, pois o 
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treinamento funcional vê o corpo humano de forma complexa (SILVA, 2011; 
D’ELIA; D’ELIA, 2005 apud RIBEIRO, 2006, p. 17). 
 
Para Dias (2011), o treinamento isolado proporciona resultados em 
termos de ganho de massa muscular e força, pois admite, em sua forma de 
treinamento, que ocorra fadiga muscular; contudo a metodologia do 
treinamento funcional aproxima-se mais dos movimentos reais, ou seja, dos 
movimentos realizados de forma habitual e que abrangem a conexão entre os 
movimentos. Deste modo, esse aspecto atende ao princípio da 
especificidade, um dos mais importantes princípios do treinamento. 
 
Desta forma, nota-se como característica do treinamento funcional um 
maior grau de liberdade de execução dos movimentos, já que é admissível 
realizar movimentos em diversas magnitudes, sobretudo se comparados aos 
exercícios da musculação tradicional. Segundo a literatura é possível apontar 
o treinamento funcional como flexível e ilimitado, pois apresenta infinitas 
adaptações. A realização de movimentos múltiplos planos também é 
apontada como uma das características deste método de treinamento, já que 
as atividades funcionais acontecem geralmente em três planos e demandam 
da aceleração, desaceleração e estabilização dinâmica (DIAS, 2011). 
 
Metodologias do treinamento funcional (TF) 
 
Dentro do TF podemos verificar as diversas abordagens no que se 
refere a metodologias. Shimizu (2011) aponta que, atualmente em nosso 
país, existem três linhas metodológicas que são utilizadas dentro de um TF, 
que são: TF para a especificidade esportiva; TF baseado no pilates, 
possuindo como foco o treinamento do CORE e, por ultimo, TF baseado em 
exercícios integrados para melhoria das capacidades funcionais. Desta forma, 
cabe ao professor de Educação Física que for prescrever os treinos saber 
qual das três linhas de trabalho são a mais adequada para as necessidades, 
funcionalidades e objetivos de seu aluno. 
 
Neste trabalho abordaremos as metodologias propostas por D’Elia e 
D’Elia (2005) e Monteiro e Evangelista (2010). 
 
A seguir, apontamos a metodologia de D’Elia e D’Elia (2005): 
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1. Transferência de treinamento: ​Onde o grau de similaridade e 
equiparação entre os exercícios utilizados no treinamento físico 
funcional sejam próximos aos movimentos utilizados no cotidiano, pois, 
quanto maior for este grau, maior será a permuta dos resultados 
obtidos para a atividade em questão. 
2. Estabilização: ​Com o treinamento funcional o atleta recruta mais a 
musculatura estabilizadora, na qual o individuo aproveita da 
estabilidade para conservar o exercício em pratica através do equilíbrio. 
3. Desenvolvimento dos padrões de movimentos primários: ​No 
treinamento funcional, sete movimentos são considerados como 
movimentos-chave, sendo também considerados como movimentos 
necessários para a sobrevivência humana e para a performance 
esportiva, que são: agachar, avançar, abaixar, puxar, empurrar, girar e 
levantar. 
4. Desenvolvimento dos fundamentos de movimentos básicos: 
existem quatro tipos principais de movimentos básicos dentro do TF, 
que são, habilidades locomotoras (como andar, correr...), habilidades 
não-locomotoras ou de estabilidade (como virar-se, torcer, balançar...), 
habilidades de manipulação (como arremessar, chutar, agarrar...), 
consciência de movimento (que corresponde a percepção e resposta àsinformações sensoriais necessárias para executar uma tarefa). Estes 
quatro movimentos básicos podem ser empregados em quaisquer 
modalidades esportivas e atividades cotidianas. 
5. Desenvolvimento da consciência corporal: ​O treinamento funcional 
desenvolve diversos aspectos desta consciência, pois provoca o 
indivíduo em diferentes posições e tarefas, as quais fazem com que o 
mesmo se compreenda com mais seriedade. 
6. Desenvolvimento das habilidades biomotoras fundamentais: ​O 
desenvolvimento da força, do equilíbrio, da resistência, da 
coordenação, da velocidade e da flexibilidade é indispensável, sendo 
que uma habilidade raramente domina um exercício. Sendo assim, na 
maioria das vezes, o movimento se origina de uma combinação de uma 
ou mais habilidades. Dessa forma, o treinamento funcional desenvolve 
as habilidades de acordo com a seriedade de cada uma delas no 
esporte ou na atividade específica, abrangendo também a fase de 
treinamento no qual o indivíduo se encontra 
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7. Aprimoramento da postura: ​A postura influencia muito na capacidade 
e qualidade de movimento e equilíbrio. Sendo assim, o treinamento 
funcional pratica tanto a postura estática (que corresponde a posição 
em que o movimento começa e termina) quanto a postura dinâmica 
(capacidade do corpo de alimentar o eixo de rotação durante todo o 
movimento). 
Outra metodologia aqui estudada é a apontada por Monteiro e 
Evangelista (2010), onde, para os autores, uma metodologia de treinamento 
só pode ser considerada como funcional se o aluno apresentar as seguintes 
características: 
● Desenvolvimento de capacidades biomotoras ressaltantes​ - que 
são: força, resistência, potência, flexibilidade, coordenação, equilíbrio, 
agilidade e velocidade; 
● Padrão de movimento comparável a reflexos​, ou seja, quando o 
corpo gera um conjunto de ações reflexas para manutenção da postura 
quando em superfícies estáveis e/ou instáveis; 
● Sustentação do centro de gravidade sobre sua base de suporte 
como componente postural estático e dinâmico; 
● Compatibilidade com um programa motor generalizado​, ou seja, os 
exercícios considerados como funcionais utilizam movimentos que têm 
alta transferência para o trabalho ou esporte; 
● Compatibilidade de cadeia aberta/fechada -​ a seleção do exercício 
pelo treinador deve ser em função do tipo de cadeia cinética, para que 
o recrutamento dos músculos e o movimento das articulações sejam 
específicos em relação a tarefa desempenhada; 
● Isolamento para integração​, ou seja, treinar a musculatura para que 
ela colabore na realização de um movimento funcional. 
Podemos perceber que ambas metodologias apresentadas acima são 
semelhantes no que se refere a desenvolvimento de capacidades biomotoras 
importantes nesta metodologia de treinamento, bem como no centro de 
gravidade do corpo (CORE) e no recrutamento sincronizado dos músculos 
para o bom desenvolvimento da função desempenhada na vida diária do 
indivíduo. 
 
Core Training 
 
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De acordo com Prandi (2011), como elemento do treinamento funcional 
temos o ​Core Training​, que é o treinamento da região central do corpo. Para 
Alencar e Matias, 2009; Monteiro e Evangelista, 2010; Santos ​et al 2009 
(​apud ​Calvo ​et al. 2011), o ​Core se refere ao conjunto de músculos que 
controlam e oferecem estabilidade aos movimentos da pelve e da coluna 
lombar, podendo ser identificado como o complexo lombo-pélvico, contendo, 
aproximadamente, 29 músculos. Logo, entende-se que o ​Core se refere a um 
programa de treinamento que visa o fortalecimento da região do corpo onde 
se localiza o centro de gravidade e o centro de força, e é nessa região que 
todos os movimentos que realizamos têm início. Dessa forma, para Prandi 
(2011) Torna-se evidente que o fortalecimento do ​CORE possui bases 
teóricas no tratamento e na prevenção de várias condições músculo 
esqueléticas. 
 
 
Quando procuramos no dicionário o significado da palavra ​CORE​, 
encontramos como significado núcleo (LONGMAN, 2002); logo, podemos 
entender por CORE ​como o mesmo que núcleo do corpo. Deste modo, tendo 
um núcleo fortalecido cria-se a estabilização imprescindível para o 
treinamento funcional a partir do qual os músculos possam realizar a 
contração (PRANDI, 2011). 
 
De acordo com Alencar e Matias, 2009; Monteiro e Evangelista, 2010; Santos 
et. al 2009 (​apud ​Calvo ​et al., 2011) o ​Core Training traz uma proposta 
individualizada nos programas de treinamento convencionais. A aplicação 
deste método visa estabilizar os músculos do ​Core ​e preparar a postura do 
indivíduo para se sujeitar as atividades cotidianas e práticas esportivas. Ou 
seja, um dos alicerces dessa prática reside no treinamento de grupos 
musculares do complexo lombo-pélvico para determinadas finalidades 
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específicas. Consequentemente, as atividades funcionais propostas pelo 
método exigem a conservação do alinhamento postural e do equilíbrio 
dinâmico entre as diferentes estruturas do corpo. Logo, o benefício dessa 
metodologia de treinamento é a conquista de um sistema integralmente 
desenvolvido, promovendo seu funcionamento de maneira eficaz. 
 
A estabilização do CORE ​ou ​core stability ​é abordada na literatura de 
medicina do esporte como competência de controle motor e produção força 
muscular da coluna lombar, da musculatura pélvica e do quadril (LEETUN ​et 
al.​, 2004). Sabe-se que o CORE atua como uma unidade funcional unificada, 
através do qual toda a cadeia cinética opera sinergicamente para produzir 
força e estabilizar dinamicamente contra uma força atípica. Dessa forma, o 
controle do centro de força promove o alinhamento e o equilíbrio postural 
dinâmico no decorrer das atividades funcionais com um menor gasto 
energético. Dessa forma, um CORE eficaz promove a manutenção de 
relações excelentes de comprimento-tensão dos músculos agonistas e 
antagonistas do movimento, os quais permitem a manutenção de relações 
excelentes de forças vinculadas no complexo lombo-pélvico. Isso determina 
uma boa cinética articular durante movimentos funcionais e eficácia 
neuromuscular em toda a cadeia cinética, promovendo o equilíbrio de toda a 
cadeia muscular na execução de movimentos integrados (MONTEIRO e 
EVANGELISTA, 2010). 
 
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Treinamento de força tradicional e TF: comparativo entre as 
metodologias 
 
De acordo com Geraldes (2003 ​apud FARIAS e RODRIGUES, 2009), o 
treinamento de força, treinamento contra a resistência, treinamento resistido 
ou musculação são termos geralmente usados para apresentar a diversidade 
de meios e métodos de treinamento de força, resistência ou potência 
muscular e eventos de fisiculturismo ou levantamentos de peso. O 
treinamento de força não somente abrange o levantamento de pesos, como 
também, o uso de resistências em máquinas ou elásticos. 
 
Para Porter ​et al​. (1995​apud TAGLIARI, 2006) o Treinamento Resistido 
compreende a uma submissão do sistema neuromuscular a aplicação de uma 
sobrecarga progressiva utilizando das contrações musculares próximas a 
máxima contra uma alta resistência. Possui como finalidade aumentar a 
habilidade em realizar contrações máximas ou aumentar a área de secção 
transversa da fibra muscular. 
 
Ainda, de acordo com Fleck e Kraemer (1999 ​apud TAGLIARI, 2006), o 
treinamento resistido pode ser definido como treinamento de resistência 
invariável ou isotônico, onde a resistência é mantida de forma constante no 
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decorrer da execução da ação muscular excêntrica e concêntrica. De forma 
geral, o treinamento resistido é aplicado seguindo um dado numero de series 
e repetições, em um percentual de intensidade que pode ser denominado a 
partir do teste de 1RM com distintos tempos de pausa, direcionando o 
treinamento para o desenvolvimento das diversas modalidades de força. 
Além disso, o treinamento resistido pode ser aplicado em forma de circuito ou 
como treinamento concorrente. 
 
Godoy (1994 ​apud RIBEIRO, 2006) aborda o treinamento resistido 
como sendo a atividade física executada de forma predominante por meio de 
exercícios analíticos, utilizando resistências progressivas providas por 
recursos materiais, tais como: halteres, barras, anilhas, aglomerados, 
módulos, extensores, peças lastradas, o próprio corpo e/ou segmentos, entre 
outros. 
 
Segundo Aaberg (2002), o treinamento resistido tem se tornado um dos 
treinos mais populares em nosso cotidiano. No entanto, antigamente somente 
alguns atletas utilizavam este tipo de metodologia por haverem crenças de 
que o aumento da massa muscular poderia influenciar na perda da 
flexibilidade. Mas, com o crescente avanço em pesquisas na área, atletas e 
treinadores foram percebendo os benefícios que algumas metodologias de 
treinamento poderiam trazer a seus atletas. Porém, de acordo com o autor, 
não é possível afirmar que o treinamento resistido vá de fato aumentar o 
desempenho atlético do atleta por acreditar na individualidade biológica de 
cada um (AABERG, 2002). 
 
Ainda, de acordo com Aaberg (2002), alguns dos principais benefícios 
do treinamento resistido são: 
1. Aumento da performance em esportes que exijam do aluno/atleta mais 
força, potência, controle e resistência física; 
2. Significativa redução do percentual de gordura corporal; 
3. Auxilia o corpo no combate a ação da gravidade e impede adaptações 
posturais e funcionais provocadas pela atração constante da Terra a 
qual estamos expostos diariamente; 
4. Desenvolve importante papel no controle a doenças crônicas como 
Diabetes, Artrite, entre outras. 
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No entanto, a estabilidade das superfícies usualmente utilizadas na 
execução de exercícios no treinamento tradicional (musculação) pode 
provocar a diminuição da produção de força e potência durante a execução 
de séries em superfícies estáveis (McBRIDE ​et al​., 2006 ​apud MONTEIRO e 
EVANGELISTA, 2010). Dessa forma, Monteiro e Evangelista (2010) 
formularam uma tabela comparando os benefícios do treinamento em 
superfícies estáveis e instáveis. 
 
Tabela 1.​ Comparação de benefícios do treinamento funcional em superfícies 
instáveis x superfícies estáveis (MONTEIRO e EVANGELISTA, 2010) 
Variável Estáveis Instáveis 
Força e estabilidade do “Core” ↓ ↑ 
Ativação de agonistas ↑ ↓ 
Co-ativação de antagonistas ↓ ↑ 
Produção de força ↑ ↓ 
Produção de potência ↑ ↓ 
Melhora na propriocepção ↓ ↑ 
Reabilitação de dores lombares ↓ ↑ 
Performance esportiva ↑ ??? 
Fonte: Monteiro e Evangelista (2010) 
 
Atualmente, a instabilidade tem sido vista como uma grande ferramenta das 
novas metodologias para promover aumento do recrutamento da 
musculatura. Dessa forma, os treinos passaram a utilizar cada vez mais 
suportes instáveis, tais como: bolas, ​bosu (meia bola com uma superfície reta 
de um dos lados), plataformas de instabilidade, ​discbol​, entre outros. 
 
De acordo com Osti (baseado na entrevista do professor Julio Serrão, 
laboratório de biomecânica da Universidade de São Paulo, 2011), com esta 
metodologia de treinamento, percebe-se melhora na força do ​core​, conjunto 
de músculos do centro do corpo, o tórax, como os músculos do abdome e 
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sustentadores da coluna vertebral; porém, segundo o professor, o que 
provoca um maior ganho muscular é a combinação de estímulos diferentes, 
onde entra o treinamento funcional. 
 
A principal vantagem dos treinamentos fundamentados na instabilidade 
é o ganho de propriocepção, que ocorre mesmo em atletas. Entende-se por 
propriocepção como a capacidade de percepção do próprio corpo e correção 
automática de movimentos indesejados. Sendo assim, o treinamento desta 
aptidão é essencial para todos em seu cotidiano, mais ainda, torna-se 
primordial para atletas, que para conseguirem obter bons resultados, 
precisam de treinos com desequilíbrios maiores (OSTI, 2011). Seguindo esta 
linha de raciocínio, Sparkes (2009 ​apud PORTELA, 2010), expõe que o 
treinamento em superfícies instáveis para atletas assume caráter de extrema 
importância por levar em conta que esta metodologia promove melhorias na 
performance atlética quando os exercícios imitam precisamente os 
movimentos desportivos, atendendo, dessa forma, ao princípio da 
especificidade do treino. 
 
As musculaturas do abdome e das costas possuem como função a 
estabilização do corpo. Dessa forma, ela é mais sensível ao treinamento com 
instabilidade como o treino funcional. Então, ao se incluir elementos de 
instabilidade, é possível aumentar o recrutamento dessas musculaturas 
estabilizadoras. Desta forma, os exercícios abdominais feitos sobre uma bola 
suíça, por exemplo, despontam resultados melhores que os mesmos 
exercícios realizados numa estrutura lisa, pois a musculatura abdominal é 
estabilizadora e, ao trabalhar em uma superfície de desequilíbrio, necessita 
recrutar mais fibras para realizar o mesmo movimento. Já a musculação feita 
com os aparelhos tradicionais restringe a instabilidade para tolerar uma maior 
carga de trabalho, fortalecendo a musculatura, mas não provoca benefícios 
na musculatura estabilizadora e na propriocepção (OSTI, 2011). No entanto, 
o autor concorda que a musculação seja uma metodologia ideal para 
trabalhos com iniciantes que necessitam aprender os movimentos e fortalecer 
a musculatura. 
 
Para finalizar, no que se refere ao treino com pesos livres, como 
anilhas e halteres, Osti (2011) sugere que este tipo de treinamento permite 
uma maior instabilidade, com um trabalho considerável de costas e abdome 
para estabilizar certos movimentos, o que muitas vezes não permite pesos 
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tão altosquanto o dos aparelhos. Já os treinos funcionais pregam maior 
instabilidade, privilegiando a musculatura estabilizadora. 
 
Considerações finais 
 
Diante das informações expostas acima, podemos concluir que o 
treinamento funcional e o treinamento resistido possuem benefícios e podem 
ser exploradas juntas, onde cada metodologia trará ao executor (aluno ou 
atleta) acréscimos ao seu vocabulário motor, sendo aplicadas em diferentes 
estágios de evolução do aluno. No entanto, podemos perceber que a 
metodologia funcional vem, dia-a-dia, conquistando mais adeptos devido aos 
desafios propostos tanto para o aluno quando para o profissional de 
Educação Física no que se refere a equipamentos e execução de exercícios, 
proporcionando ao aluno maiores ganhos de propriocepção corporal, 
fortalecimento do CORE, dentre outros. 
 
É inegável que a funcionalidade sempre esteve presente em todos os 
momentos da evolução humana. O homem sempre necessitou realizar com 
eficiência as tarefas do dia-a-dia, garantindo, dessa forma, a sobrevivência 
em situações muitas vezes adversas. Porém, com a evolução tecnológica, a 
facilidade e o conforto para a realização de ações que antes eram 
essencialmente físicas tornaram o homem menos funcional (CAMPOS e 
CORAUCCI NETO, 2004). 
 
O treinamento funcional representa uma nova metodologia de 
condicionamento, norteada pelas leis basais do treinamento e amparada 
cientificamente por meio de pesquisa e referências bibliográficas em todos os 
seus pontos principais e, sobretudo, avaliadas extensivamente nas salas de 
treinamento, onde foi possível definir suas linhas básicas. No entanto, a 
essência do treinamento funcional está fundamentada no progresso dos 
aspectos neurológicos que comprometem a capacidade funcional do corpo 
humano através de treinos estimulantes que desafiam os vários componentes 
do sistema nervoso e, por isso, geram sua adaptação (CAMPOS e 
CORAUCCI NETO, 2004; D’ELIA e D’ELIA, 2005). 
 
Dessa forma, entende-se que o treinamento, seja resistido, seja 
funcional, gerarão adaptações positivas ao organismo do praticante, desde 
que estes sejam abordados de forma a atender aos princípios do treinamento, 
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cada um dentro das suas características, possibilitando ao praticante melhor 
qualidade de vida. 
 
Referências bibliográficas 
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São Paulo: Manole, 2002. 
● CAMPOS, Maurício de Arruda; CORAUCCI NETO, Bruno. ​Treinamento Funcional 
Resistido​. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. 
● DIAS, Kalysson Araujo. ​Treinamento funcional: Um novo conceito de treinamento 
físico para Idosos. Cooperativa do Fitness. 
● D’ELIA, Rodrigo; D’ELIA, Leandro.​ Treinamento funcional: 7º treinamento de 
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resistido: Na saúde, na doença e no envelhecimento. ​Tese (Especialização), Lins, 
2009. 
● LEAL, Silvania M. de O.; BORGES, Eliane G. da S.; FONSECA, Marília A.; ALVES 
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● LONGMAN, ​Dicionário Escolar. ​Inglês – Português / Português – Inglês. 2° edição. 
Pearson Longman, 2009. 
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Funcional: Uma abordagem prática​. São Paulo: Phorte, 2010. 
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http://acidolatico.wordpress.com/2011/09/18/treinar-em-cima-de-superficies-instaveis
-nao-melhora-a-forca-muscular/ Acesso em 15/08/2012. 
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Revisão de Literatura.​ Tese (Graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, 
Florianópolis, 2011. 
● PORTELA, Tiago Resende.​ O Efeito de um treino em superfícies instáveis.​ Tese 
(Mestrado) – Universidade do Porto, Porto, 2010. 
● RIBEIRO, Ana Paula de Freitas​. A eficiência da especificidade do treinamento 
funcional resistido.​ Tese (Pós graduação) - UNIFMU, São Paulo, 2006. 
● SILVA, Larissa Xavier Neves. ​Revisão de literatura acerca do treinamento funcional 
resistido e seus aspectos motivacionais em alunos de Personal Training.​ Disponível 
em: 
● http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/32289/000785233.pdf?sequeseq=1
. Acesso em 22/02/2012. 
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http://treinamentofuncionaltreinos.blogspot.com/2017/06/aprenda-montar-um-treino-de-funcional.html
● TAGLIARI, Mônica.​ Alterações Morfo-funcionais decorrentes de diferentes 
Treinamentos com Ginástica Localizada na faixa etária de 20-35 anos.​ Tese 
(Pós-Graduação), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006. 
POR: 
 
Joyce de Jesus Silva Oliveira Teotônio* 
 
Lilian Maria Blumer* 
 
Mônica da Silva Santos* 
 
Telmo Bahia Carvalho** 
 
Helena Brandão Viana** 
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MATERIAL SOBRE TREINAMENTO FUNCIONAL 
 
 
 
 
 
 
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http://treinamentofuncionaltreinos.blogspot.com/2017/06/aprenda-montar-um-treino-de-funcional.html

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