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Apostila Aula 1 - Semana da Interpretação dos Exames Laboratoriais

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www.gabrieldecarvalho.com.br
@gabrieldecarvalho_professor
2
Maior TSH, dentro da referência
1) Maior IMC
2) Maior cintura
3) Maior relação cintura-altura
4) Maior relação cintura-quadril
Leptina estimula a secreção de TSH = 
obesos tem maior TSH que magros
TSH no terço superior 
+1.9 kg/m2
que no 1/3 inferior!
“Valores de TSH no limite superior da normalidade 
estão associados com esteatose hepática não 
alcoólica.”
“Há um significante aumento na ocorrência de um 
conjunto de fatores de risco para DCV entre pessoas 
com hipotireoidismo subclínico.”
Consequências clínicas da variação da função 
tireoidiana dentro dos valores de referência.
“Os efeitos gerais do HT (T3)
na tolerância a glicose e sensibilidade a insulina 
são complexos e mistos, e algumas destas ações 
em outros tecidos podem contrariar (counteract), 
em parte a resistência a insulina e intolerância
a glicose do fígado.”
3
Pressão arterial: ↑ 2mm-Hg para ↑ cada 1mUI/L
33 a 50% do que pode ser esperado de redução 
com monoterapia anti-hipertensiva.
Colesterol total: ↑ 0,12 a 0,2 mmol/L
comparando menor vs maior valor de referência.
Risco de doença cardiovascular
e disritmias em pacientes
tratados com T4
“TSH abaixo do V:R., mas não suprimido (0,4mUI/L) 
não elevou o risco de doença cardiovascular, disritmias 
ou fraturas.
Infelizmente não tivemos acesso ao T4 Livre destes 
pacientes, para se certificar do quanto eles estão acima 
ou dentro do V.R.
Entretanto, os dados indicam que é seguro que 
pacientes receberem uma dose de T4 que resulta em 
baixo TSH, desde que não suprimido.”
Suprimido: 0,04 a 0,4 mUI/L
Baixo/Normal: 0.4 a 4 mUI/L
4
“A doença autoimune tireoidiana 
é a mais prevalente na nossa 
população (10%)”.
“É causa reconhecida de 
fibromialgia e dor crônica 
disseminada”.
Mecanismos:
- Inflamação
- Polineuropatia das pequenas fibras
- Sensibilização central
“T4 é um pro hormônio que requer ativação aos 
altamente agonistas T3 e 3,5-T2 para ser efetivo. 
Entretanto, outras ações não clássicas do T4, agindo, 
por exemplo, via receptores de integrinas, não 
requerem ativação previa, tornando o T4 ativo com 
respeito a ações não clássicas”.
E ainda:
1) Osteoartrite
2) Síndrome do Túnel Carpiano
3) Capsulite do ombro
4) Fenômeno de Raynoud
5) Degeneração dos discos da coluna vertebral
6) Fibromialgia – em 30-40% dos paciente com 
 D. autoimune tireoidiana
Dados do NHANES III 
(1988–1994)+NHANES 2001–2002, 
2007–2008, and 2009–2010
Ossos
Perdas 
gestacionais
este estudo indica que 
o valor de referência 
do tsh pode precisar 
reavaliação!
Maior risco de fraturas e menor densidade
óssea em indivíduos em reposição de T4, com
TSH < 1mUI/ml (ou 0,04, segundo outros).
TSH < 2.5 mU/L = 3.6%
TSH 2.5 a 5 mU/L = 6,1%
Obesidade ou Síndrome Metabólica
estão associados a mortalidade?
• Estudo WISE 
• 780 mulheres referidas a coronarioangiografia
• Classificadas por:
 - IMC 
 - Presença ou ausência da Sínd. Metabólica
 - Presença ou ausência de Diabetes
5
“Síndrome Metabólica e não IMC isolado,
prediz eventos CV futuros
(3 anos) em mulheres”
• IMC não foi associado com risco de morte
 - normal sobrepeso obesidade
 - morte HR 0.92, IC95% 0.59-1.51)
 - CV: morte, IAM não fatal, AVC, ICC: HR 0.95, 
 IC95% 0.71-1.27
• Status metabólico dobrou o risco de morte e
 eventos CV
 - normal SM DM
 - morte: HR 2.01, IC95% 1.26-3.20
 - CV: HR 1.88, IC95%1.38-2.57
23 603 hospitalizações - 2 anos consecutivos
Analisadas: duração da internação, mortalidade 
total no hospital readmissão 14 e 30 dias e 1 ano
Pacientes com 
sobrepeso ou obesos 
tiveram menor ou 
similar desfecho nas 
situações analisadas!
Relação gordura/massa 
livre de gordura foi 
uma fator mais forte, e 
desfavorável, em relação 
as medidas apresentadas!
“Estes achados indicam que a atividade da 
GGT sérica, dentro do valor de referência, 
está positivamente associada ao aumento 
do risco de mortalidade cardiovascular, de 
forma dose-resposta.”
Valores ótimos para identificação 
da síndrome Metabólica
HOMA-IR
GGT
1,22
30UI/L
Homens Mulheres
1,28
15 UI/L
Para cada 5 U/L ↑ na GGT 
↑ 1.04 (1.03–1.05) risco de câncer
GamaGT e risco de morte CV
Geral Mulheres Homens
Europa Ásia
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Ácido úrico x Ptn C reativa, TG’s e HDL
3.518 indivíduos brasileiros, idade média 49 anos, caucasianos, saudáveis, sem DCV clínica.
“Quanto maior o quartil do ácido úrico, maior o risco de uma das 3 condições 
analisadas, e menor o risco de não ter nenhuma”.
“Ácido úrico elevado (>4,9), dentro dos “valores de normalidade”, foi 
associado com relação TG/HDL elevada (↑ 3) e esteatose hepática, 
independente de S. Metab. e obesidade, e com PCR elevada (↑3mg/l)
independente de Sínd. Metabólica”.
“Esta análise sugere um papel do ácido úrico no risco cardiometabólico 
precoce, antes do desenvolvimento da obesidade e síndrome metabólica”.
PONTO DE CORTE
• Sobrecarga de ferro - OMS
 +200 mcg/L– homens
 +150 mcg/L – mulheres
• Valores de ferritina associados a maior ocorrência de Síndrome Metabólica
 89 μg/L (pré menopausa)
 212 μg/L (pós menopausa)
Nível de ácido úrico Ácido úrico maior
Homens Mulheres
5,1 ± 1,6 3,9 ± 1,2 4,1 ± 1,3 Obesidade 
abdominal
Observacional, transversal 
80 indivíduos, 46 mulheres, 
48 ± 16 anos
+obesidade 
abdominal
↓menos 
HDL-c
↑pressão 
arterial
com S. 
Metabólica
sem S. 
Metabólica
Pré-S. 
Metab.
7
Diagramação: Heloísa Freitas (Mauzi Estudio) • Ilustrações: Mauro Freitas (Mauzi Estudio)
mauzi.atendimento@gmail.com • Facebook/Mauzi Estudio
Limites clássicos de hemoglobina para
definir anemia nas diferentes faixas etárias - OMS
Outros limites para definição de anemia
E considerando a etnia…
Crianças
 0,5 - 4,9a.
11
Crianças 
5 – 11,9a.
11,5
Crianças
 12-14,9a.
12
Mulher
≥15 anos
12
Homem
≥15 anos
13
Gestantes
11
Homens < 13,54 Mulheres < 11,94
homens mulheres efeito da raça
Brancos
Homens
Mulheres
Negros
20-59
13,7
12,2
60+
13,2
12,2
60+
12,7
11,5
20-59
12,9
11,5

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