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Diagnóstico Bucal

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Diagnóstico Bucal 
4° Semestre 
Isabelle Castro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Lesões Fundamentais 
 
• O primeiro passo do exame clínico intra oral é descrever as lesões nos mínimos 
detalhes; 
 
• São inspecionados os seguintes fatores: 
a. Localização; 
b. Tipo de Lesão*; 
c. Quantidade – uma ou mais lesões; 
d. Tamanho; 
e. Bordas – bem ou mal delimitadas; 
f. Elevação; 
g. Cor; 
h. Exofítico ou Endofítico; 
i. Séssil ou pendiculado – para nódulos e pápulas, apenas; 
j. De crescimento rápido ou progressivo; 
 
• A palpação pode te oferecer outros fatores como: 
a. Consistência; 
b. Sensibilidade dolorosa (sintomático/assintomático); 
c. Se a lesão esta aderida à outros tecidos (se é móvel ou aderido); 
 
• Lesões Fundamentais: 
a. Erosão: perda parcial do epitélio sem exposição de tecido conjuntivo; 
- aspecto avermelhado. 
b. Úlcera: perda total do epitélio com exposição de tecido conjuntivo; 
- Aspecto: eritematoso, esbranquiçado, podendo conter pseudo membranas. 
- Observações: são sintomáticos, únicos ou múltiplos e rasos; 
 
• Lesões de Superfície/ Lesões Planas: 
a. Mancha/Mácula: alteração de cor da pele ou mucosa sem elevação ou depressão; 
b. Placa: lesão sólida, de maior extensão do que profundidade, observando-se elevações; 
 
• Lesões Vegetantes: 
1. São de crescimento EXOFÍTICO; 
a. Pápula: crescimento sólido pequeno, medindo por volta de 5mm para menos; 
b. Nódulo: crescimento sólido maior que 5mm; 
 - Pode ser séssil (base da lesão = topo da lesão) ou pendiculado (base menor = corpo 
da lesão maior. A lesão fica “pendurada”); 
c. Vesícula: crescimento com conteúdo líquido menor que 5mm; 
d. Bolha: crescimento com conteúdo líquido maior que 5mm; 
 
 
 
 
 
 
2. Lesões de Origem Traumática 
 
2.1. Fibroma de Irritação 
• Neoplasia benigna de tecido conjuntivo fibroso; 
• Patogênese: causada por irritação ou trauma local; 
• Características Clínicas: 
1. Pode se apresentar como pápula ou nódulo e é séssil na maioria das vezes; 
2. Coloração rosácea; 
3. Superfície lisa; 
4.Firme a palpação; 
5. Tamanho: até 2 cm; 
6. Localizações mais comuns: mucosa jugal, mucosa labial e laterais da língua; 
7. Assintomático; 
• Diagnóstico diferencial: -- (pois a lesão é muito característica, principalmente quando 
descobrimos a origem do trauma); 
• Tratamento: remoção do trauma e excérese da lesão; 
 
 
 
 
 
2.2. Hiperplasia Fibrosa Inflamatória 
• Processo inflamatório decorrente de estímulos proliferativos produzidos pela ação de 
agentes físicos (como bordas mal adaptadas de prótese); 
• Características Clínicas: 
1. Localizações mais comuns: Gengiva, fundo de sulco, palato e mucosa do rebordo 
alveolar; 
2. Coloração: a mesma do tecido; 
3. Variação da doença: Hiperplasia Papilomatosa (mesma lesão só que no palato); 
4. Quantidade: únicas ou múltiplas; 
5. Consistência: fibrosa, firme; 
6. Bordas mal delimitadas; 
• Diagnóstico Diferencial: -- (lesão característica); 
• Tratamento: remoção cirúrgica à laser, bisturi ou cirurgia convencional cruenta; 
• Recomenda-se confecção de nova prótese; 
 
 
 
2.3. Granuloma Piogênico 
• Crescimento tecidual que tem reação excessiva do tecido conjuntivo frente a estímulos 
como cálculo, corpos estranhos e traumas; 
• Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: pápula; 
2. Localização mais comum: papila interdental de anteriores superiores; 
3. Base: séssil ou pedunculado; 
4. Coloração: vermelho-brilhante; 
5. Aspecto: granulomatoso; 
6. Variações: Granuloma Gravídico – acomete grávidas, mas não é grave. Acontece 
devido as alterações hormonais durante a gestação; 
7. Assintomático; 
• Diagnóstico Diferencial: hiperplasia fibrosa, lesão periférica de células gigantese 
fibroma ossificante periférico; 
• Tratamento: Remoção cirúrgica completa; 
 
 
 
 
2.4. Lesão Periférica de Células Gigantes 
• Neoplasia benigna causada pela proliferação de células gigantes multinucleadas e vasos; 
• Patogênese: Relacionada ao ligamento periodontal ou periósteo; 
• Aspectos desencadeantes: trauma, irritação local e exodontias recentes; 
• Características Clínicas: 
1. Nódulo; 
2. Base séssil ou pendunculado; 
3. Localização: exclusivo de gengiva (principalmente em edêntulos) e rebordo alveolar; 
4. Coloração: avermelhado ou arroxeado; 
5. Tamanho: por volta de 2 cm’s; 
6. Úlcerado ou erosivo; 
7. Consistência: firme; 
8. Superfície: lisa ou granular; 
9. Mais azulada que o Granuloma Piogênico; 
• Diagnóstico Diferencial: Hiperplasia fibrosa, granuloma piogênicou ou Fibroma 
Ossificante Periférico; 
• Tratamento: Excérese da lesão com curetagem vigorosa do osso adjacente + raspagem 
dos dentes envolvidos; 
 
 
 
2.5. Fibroma Ossificante Periférico 
• Neoplasia benigna onde temos um produto mineralizado proveniente da formação de 
fibroblastos (periodonto); 
• Patogênese: incerta; 
• Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: nódulo; 
2. Localização mais comum: gengiva inserida ou papila interndental; 
3. Coloração: Avermelhada, rosácea; 
4. Base: séssil; 
5. Tamanho: Até 2 cm’s, no mínimo; 
6. Exame Radiográfico (muito importante): visto como focos radiopacos, com ou 
sem reabsorção da crista do rebordo; 
• Dignóstico Diferencial: hiperplasia fibrosa, lesão periférica de células gigantes ou 
granuloma piogênico; 
• Tratamento: excérese da lesão + vigorosa raspagem da região; 
 
 
 
2.6. Hiperplasia Gengival Medicamentosa 
• Lesão decorrente da utilização de determinados medicamentos. Os mais clássicos são: 
uso de fenitoína, ciclosporina e nifedipina; 
• Características Clínicas: 
1. Tumefação da gengiva; 
2. Coloração: semelhante à mucosa; 
3. Localizações mais comuns: papila interdental; 
• Diagnóstico Diferencial: -- 
• Tratamento: Retirada do medicamento (se possível), remoção cirúrgica por meio de 
gengivectomia ou utilização de laser; 
 
 
3. Lesões Brancas 
• São as alterações da mucosa oral que apresentam aparência opaca, palida e 
esbranquiçada; 
• São lesões que apresentam espessamento epitelial: 
a. hiperqueratose; 
b. acantose (aumento da camada espinhosa); 
c. opacidade; 
 
 
3.1. Hiperqueratose Focal Irritativa 
• É o espessamento da mucosa por atrito/fricção; 
• Patogênese: mordiscametnto da bochecha na região da linha alba (mordiscatio), arestas 
de aparelhos ortodônticos ou galvanismo; 
• Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: manchas ou placas; 
2. Coloração: acinzentada, branco opaco; 
3. Focal: sempre terá relação com agente causal; 
4. Assintomático, localizado ou generalizado; 
5. Superfície: lisa ou ondulada; 
• Diagnóstico diferencial: Líquen plano, leucoplasia; 
- O diagnóstico pode ser feito através da demonstração da presença do agente irritativo; 
- Diminuição ou regressão após a remoção do agente; 
- São raras em palato mole, soalho ou fundo de sulco; 
• Tratamento: Remoção do agente irritativo + Reavaliação de 1-2 semanas; 
- Sem diminuição: biópsia – exame anátomo patológico; 
 
 
 
3.2. Líquen Plano 
• Doença mucocutânea crônica; 
• Patogênese: doença auto imune; 
• Crônico: progride e depois melhora; 
• Associado ao estress; 
• Duas formas: Reticular e Erosivo 
• Reticular: 
o Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: “estrias de Wickham” – estrias esbranquiçadas que não 
cedem a raspagem; 
2. Assintomáticas; 
3. Bordas bem delimitadas; 
4. Múltiplas e simétricas; 
5. Localizações comuns: mucosa jugal posterior, gengiva, dorso de língua, 
palato e o vermelhão do lábio; 
6. Quadro de piora e melhora; 
• Erosivo 
o Características Clínicas: 
1. Sintomático; 
2. Quase sempre tem ulceração; 
3. Circundadas por estrias; 
• Diagnóstico diferencial: Nevo branco esponjoso (histórico anterior e familiar) e 
leucoedema (tracionamento = desaparece); 
• Tratamento: biópsia incisional. Reticular: sem tratamento. Erosivo: corticóides. 
 
 
 RETICULAREROSIVO 
 
 
3.3. Estomatite Nicotínica 
• Lesão específica relacionada ao fumo; 
• A alteração desenvolve-se nas áreas queratinizadas do palato duro e nas regiões mais 
expostas ao fumo; 
• Características Clínicas: 
1. Pontos avermelhados no palato ; 
2. Coloração: começam avermelhados e depois tornam-se esbranquiçados, opacos e 
fissurados devido a hiperqueratose; 
3. Lesão fundamental: pequenas pápulas esbranquiçadas com pontos vermelhos dentro 
(correspondem a abertura dos canais salivares menores e menos inflamados); 
4. Aspecto: difuso, rugoso, opaco. Liso ou fissurado; 
• Diagnóstico Diferencial: Típico. Se houver úlcera: carcinoma epidermóide (CEC); 
• Tratamento: Orientações para que o paciente deixe de fumar + controle clínco. Biópsia 
apenas se houverem alterações do quadro; 
 
 
 
 
3.4. Leucoplasia Pilosa (só acomete língua) 
• Complicação de infecção pelo vírus Epstein Barr (HHV-4); 
• Atinge principalmente pacientes imunodeprimidos; 
• Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: placa hipequeratótica; 
2. Coloração: branca; 
3. Superfície: Corrugada, não é removida com raspagem; 
4. Assintomática; 
5. Localizações comuns: bordas laterais da língua; 
6. Geralmente bilateral; 
• Diagnóstico Diferencial: 
a. Hiperqueratose Fisiológica – fator causal; 
b. Leucoplasia – única; 
c. Líquen Plano: raro na língua; 
d. Candidíase: cede a raspagem; 
• Tratamento: Biópsia incisional + sorológico HIV + Aciclovir (para regressão); 
 
 
 
 
 
3.5. Língua Pilosa 
• É o alongamento difuso das papilas linguais filiformes do dorso da língua; 
• Relacionado à Candida; 
• Possíveis causas: antibióticos por muito tempo; fumo; radioterapia; 
• Características Clínicas: 
1. Coloração secundária: chá, café, tabaco; 
2. Recobrimento piloso e simétrico; 
3. Coloração: branco acinzentado ao negro; 
4. Mais espesso na linha média; 
5. Cede à raspagem; 
6. Lesão fundamental: placa; 
• Diagnóstico Diferencial: Candidíase – história, imunossupressão, antibiótico; 
Leucoplasia pilosa; 
• Tratamento: Sem tratamento; Orientação para melhor higiene bucal + escovação da 
língua; 
 
 
 
3.6. Nevo Branco Esponjoso 
• Condição genética que produz espessamento epitelial; 
• Início: crianças e adolescentes; 
• Características Clínicas: 
1. Coloração: branco rugosa; 
2. Simétrico; 
3. Assintomáticas; 
4. Não cedem à raspagem; 
5. Lesão fundamental: placa branca; 
6. Superfície: corrugada, espessa; 
7. Localizações mais comuns: lábios, ventre da língua e mucosa jugal; 
8. Histórico familiar – distúrbio genético raro, autossômico dominante; 
• Diagnóstico Diferencial: Disqueratose benigna intraepitelial (afeta pele, conjuntiva e 
unhas); 
• Tratamento: sem necessidade; 
 
 
 
 
3.7. Candidíase Pseudomembranosa (Sapinho) 
• Uma das muitas formas de candidíase; 
• Infecção fúngica mais frequente; 
• Aguda; 
• Acomete crianças e adultos com imunidade comprometida devido á agentes 
imunossupressores, quimio, AIDS e doenças debilitantes agudas; 
• Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: Placas espessas ou pápulas; 
2. Aspecto: difusa, puntiforme; 
3. Coloração: branco – amareladas; 
4. Cedem à raspagem – causando sangramento e eritema (isso pode ser o suficiente para 
fechar o diagnóstico); 
5. Gosto desagradável; 
6. Causa queimação; 
7. Dor ainda mais severa após a remoção; 
• Diagnóstico Diferencial: removível e tem relação com imunossupressão; 
Queimadura química: mais fina; 
Úlceras: identificar agente agressor; 
Nevus branco esponjoso: não possui áreas eritematosas como a candidíase; 
• Tratamento: Citologia ou cultura – para o diagnóstico; 
Tratamento tópico e sistêmico com Cetoconazol (sistêmico) e Nistatina (creme); 
 
 
 
 
3.8. Queimadura Química 
• Queimaduras causadas por agentes químicos corrosivos; 
• São raras; 
• Causas: aspírinas, formocresol, líquidos de limpeza ou cluorexidina com alta %; 
• Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: placa fina; 
2. Coloração: esbranquiçada; 
3. Aspecto: delgado, homogêneo; 
4. Bordas nítidas, focais; 
5. Úlcera dolorosa; 
• Diagnóstico Diferencial: -- 
• Tratamento: paliativo. Anestésicos tópicos; 
 
 
 
 
4. Lesões Escuras 
• Causas: 
1. Acúmulo de melanina; 
2. Agregação de material estranho; 
3. Aumento da visibilidade dos vasos; 
 
4.1. Tatuagem Por Amálgama 
• Pigmentação intrabucal resultante de um processo acidental, deposição ou implantação 
de material pigmentado nos tecidos moles; 
• Características Clínicas: 
1. Áreas bem delimitadas; 
2. Coloração: escura, preta; 
3. Localizações mais comuns: gengiva, mucosa jugal e rebordo alveolar; 
4. Mucosa lisa e intacta; 
5. Radiopaco em radriografias; 
• Diagnóstico Diferencial: Melanoma, nevus azul e varizes; 
• Tratamento: Sem tratamento. Acompanhamento. Se for Melanoma, haverá aumento, 
margens imprecisas ou ulceração focal, justificando excisão cirúrgica conservadora + 
exame anatomopatológico; 
 
 
 
4.2. Efélides 
• Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: máculas; 
2. Coloração: Homogênea, castanha; 
3.Localizações mais comuns: vermelhão do lábio; 
4. Bordas: irregulares; 
5. Tamanho: não ultrapassam 4 cm; 
6. Se for intra oral: mácula melanótica bucal; 
7. Intra Oral: encontradas na gengiva, palato e etc; 
8. Ovalada e irregular; 
• Diagnóstico Diferencial: Nevo, tatuagem por amálgama e equimoses focais; 
• Tratamento: sem necessidade; 
 
 
 
4.3. Nevo 
• Anomalia de desenvolvimento/neoplasia benigna; 
• Conhecido também como “Nevo Melanótico”; 
• Desenvolve-se no epitélio e/ou no tecido conjuntivo e, quando ocorre muito 
profundamente ao tecido conjuntivo, tomando suas células de aspecto fusiforme, é nevo 
azul; 
 
 
 
• Características Clínicas: 
1. Lesão plana, pode ser ligeiramente saliente; 
2. Bordas bem delimitadas; 
3. Coloração: amarronzada, negra ou azulada de pequenas dimensões; 
4. Raras na boca; 
5. Potencial para se tornar doença maligna; 
6. Assintomático; 
7. Coloração homogênea; 
• Diagnóstico diferencial: suspeitar quando for pigmentação heterogênea, com bordas 
imprecisas e com evidenciação de aumento (melanoma). Em caso de dúvida: excisão 
cirúrgica + anátomo patológico (excisão apenas se for palpável); 
 
 
 
 
4.4. Equimose/Petéquias 
• Aspectos clínicos de hemorragia no tecido mole, diferindo apenas quanto ao tamanho; 
• Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: manchas; 
2. Coloração: avermelhada; 
3. Aspecto: puntiforme; 
4. Localização mais comum: palato mole; 
5. Causas: traumas; 
6. Pode estar relacionada à coagulopatias e alterações plaquetárias; 
• Diagnóstico Diferencial: --; 
1. Fazer diascopia. Em caso de Equimose: diascopia negativa (lesão não vascular, a 
mancha não diminui); 
• Tratamento: Sem necessidade; 
 
 
4.5. Pigmentação Racial 
• Variação normal; 
• Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: mácula; 
2. Coloração: acastanhada; 
3. Aspecto: difusa (espalhada), não palpável; 
4. Localizações comuns: linha mucogengival e palato duro; 
5. Simetria, presente desde a infância; 
• Diagnóstico Diferencial: --; 
• Tratamento: --; 
 
 
 
4.6. Melanose do Fumante/Melanose Medicamentosa 
• Do Fumante: causada pelo uso de tabaco – hiperfunção melanocítica; 
• Medicamentosa: Efeito colatreral do uso crônico de medicamentos; 
• Características Clínicas: 
1. Do fumante: 
- Pigmentação imprecisa na gengiva vestibular, palato duro e lábios; 
2. Medicamentosa: 
- Lesões maculares com bordas bem delineadas; 
• Diagnóstico Diferencial: 
1. Do fumante: 
- Pigmentação racial ou mancha por alcatrão (sai com gaze); 
2. Medicamentosa: 
- História de ingestão crônica de medicamentos + assegurar-se de natureza benigna; 
 
 
 FUMANTE MEDICAMENTOSA 
 
 
 
 
5. Lesões Vesíco-Bolhosas 
 
4.1. Mucocele/Rânula 
• Lesão benigna normalmente contendo salivaem seu interior; 
• É o fenômeno de extravasamento do muco; 
• Doença de glândulas salivares menores; 
• Ocorre muito no lábio inferior; 
• Características Clínicas: 
1. Coloração: translucida azulada ou normal; 
2. Lesão flutuante; 
3. Base séssil; 
4. Tamanho: de 0,5 a 2 cm; 
5. Consistência: mole; 
6. Causa: trauma ou minissialolitos que bloqueiam o ducto excretor, provocando 
extravasamento do tecido conjuntivo, formando uma bolha; 
7. Recidiva comum; 
• Diagnóstico diferencial: --; 
• Tratamento: excisão cirúrgica e remoção da gl. Salivar adjacente; 
• Observação: Rânula é a mucocele que acomete o soalho bucal 
- Diagnóstico Diferencial de Rânula: cisto dermóide, epidermóide branquial e lipoma; 
 
 
 
 MUCOCELE RÂNULA 
 
4.2. Pênfigo Vulgar 
• Doença auto imune; 
• Diagnóstico precoce na boca; 
• Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: bolhas; 
2. Mucoepitelial, sintomática; 
3. Pode atingir qualquer mucosa, preferindo gengiva, mucosa jugal, dorso e bordas 
linguais; 
3. Rompem-se de imediato; 
4. Após o rompimento: úlceras altamente doloridas; 
• Diagnóstico Diferencial: --; 
• Tratamento: Corticoesteróides; Citologia esfoliativa + biópsia incisional + exames de 
imunodeficiência + teste sorológico; 
 
 
 
4.3. Penfigóide Benigno da Mucosa 
• Conhecido como penfigóide cricatricial e dermatite bolhosa mucossinequiante e 
atrofiante; 
• Auto imune; 
• Acomete indivíduos de meia idade e mulheres; 
• Características Clínicas: 
1. Acomete várias mucosas – preferindo gengiva marginal e inserida; 
2. Lesões fundamentais: vesículas e bolhas; 
3. Aspecto: úlcerado, erodido e eritematoso; 
4. Epitélio desgruda ao menor toque; 
• Diagnóstico realizado por meio de citologia esfoliativa; 
• Diagnóstico Diferencial: gengivite descamativa (pode anteceder um pênfigo, 
penfigóides e líquen plano); 
• Tratamento: corticoesteróides tópicos e sistêmicos; 
 
 
 
 
4.4. Eritema Multiforme 
• Etiologia incerta, ligada a mecanismos imunológicos ou não, reações de 
hipersensibilidade (como medicamentos); 
• Processo agudo limitado a pele e mucosas; 
• Características Clínicas: 
1. Lesão Fundamental: vesículas ou bolhas; 
2. Áreas eritematosas; 
3. Úlcera e eritemas; 
4. Sintomático; 
5. Lesões cutâneas polimorfas – quando tem formato de lavo e atinge extremidades 
como mãos e pés, o diagnóstico diferencial é melhor; 
• Diagnóstico Diferencial: primo-infecção herpética, pênfigo vulgar, penfigóide benigno 
da mucosa, penfigóide bolhoso; 
• Tratemento: Afastar agentes desencadeadores + tratamento com corticóides sitêmicos e 
anti histamínicos locais; 
 
 
 
5. Lesões Potencialmente Malignas 
5.1. Leucoplasia/Leucoeritroplasia 
• Segundo a OMS, leucoplasia é uma lesão branca que não cede à raspagem e não se 
assemelha clínica e histopatologicamente a nenhuma outra doença; 
• A coloração branca resulta em um espessamento da camada superficial de queratina, 
que acaba por mascarar a vascularização normal (vermelhidão) do tecido conjuntivo 
subjacente – Leucoeritroplasia – Neville, página 389, capítulo 10, segundo parágrafo; 
• Lesão Oral pré cancerosa mais comum; 
• Predileção por homens e acima dos 40 anos; 
• “Se após removermos todos os fatores irritativos crônicos locais, a lesão regredir, 
passamos a denominá-la de queratose irritativa. Nos casos em que a lesão permanece 
mesmo após eliminarmos todos os fatores de risco, ou recidivar após a sua remoção, ou 
não regredir após instituição da terapêutica, ou, ainda, não encontramos justificativa 
para sua presença (idiopática) ficamos então com diagnóstico de Leucoplasia” – 
Marcucci, página 90, segundo parágrafo; 
• Possíveis causas: tabaco, álccol, sanguinária (enxaguatórios bucais contendo erva 
sanguinária), radiação ultravioleta, microorganismos e trauma; 
• Características Clínicas Gerais: 
1. Localizações: vermelhão do lábio, mucosa jugal, soalho de boca e língua; 
2. Leucoplasia Inicial ou Delgada: superfície lisa, fina, branca e bem delimitada em 
relação a mucosa adjacente; 
3. Leucoplasia Homogênea ou Espessa: mancha branca, espessa, difusa e corrugada; 
Pode ou não ser não-homogênea e com fissuras (mais comum); 
4. Leucoplasia Granular ou Nodular: Superfície aspera e granular, irregular que em 
tamanho se assemelha a granulos ou nódulos. É nesta fase que a maioria dos carcinomas 
em estágio inicial são identificadas através de biópsia; 
5. Leucoplasia Verruciforme: Lesão papilar exofítica parecida com papiloma; 
6. Leucoplasia Verrucosa Proliferativa (LVP): Lesões brancas, difusas e corrugadas 
com espessamento extenso e alterações fissuradas; 
7. Leucoeritroplasia/Leucoplasia Mosqueada: manchas disseminadas de coloração 
avermelhada acompanhadas pelas lesões leucoplásicas; 
• Diagnóstico Diferencial: Líquen plano, queratose irritativa, candidose 
pseudomembranosa aguda e lúpus eritematoso crônico discóide; 
• Diagnóstico: Biópsia incisional + Citologia esfoliativa; 
• Tratamento: Excérese cirúrgica, eletrocautério, criocirurgia e mais comum, laser de Co2 
cirúrgico + Tratamento com Vitamina A; Se o anatomo patológico confirmar presença 
de c. Albicans, o tratamento é conciliado com medicamentos para micose (anti 
fúngicos); 
 
 
 INICIAL VERRUCOSA 
 
LEUCOERITROPLASIA 
 
5.2. Eritroplasia 
• Mancha ou placa vermelha que não é clínica ou patologicamente semelhante a qualquer 
outra doença; 
• Quase sempre as eritroplasias apresentam displasia epitelial significativa, carcinoma in 
situ ou carcinoma de células escamosas invasivo; 
• Mais chances de tornar-se maligna do que as lesões leucoplásicas; 
• Características Clínicas: 
1. Causas: exposição a agentes carcinogênicos (fumo e álcool) ou idiopáticas; 
2. Localizações: assoalho bucal e palato duro/mole; 
3. Coloração: avermelhada; 
 
 
4. Classificações: 
 a. Homogênea: lesão vermelha com bordas bem delimitadas; 
 b. Associada: associada à áreas leucoplásicas; 
 c. Granular: lesão vermelha, ligeiramente elevada, com bordas irregulares com pontos 
leucoplásocos; 
5. Palpação: textura macia e aveludada; 
6. Assintomática; 
• Diagnóstico Diferencial: Sarcoma de Kaposi, Candidose Aguda Atrófica, líquen plano 
erosivo, lúpus eritematoso crônico discóide e lúpus sistêmico; 
• Tratamento: Remoção de possíveis fatores irritativos – postergar biópsia até a possível 
inflamação regredir – se não regredir: biópsia para confirmação de diagnóstico. Se o 
quadro for moderado ou grave, excérese cruenta da lesão + acompanhamento médico de 
6/6 meses; 
 
 
 
 
 
5.3. Queilite Actínica 
• Alteração pré maligna comum do vermelhão do lábio resultante de exposição 
progressiva excessiva aos raios Ultravioletas; 
• Ocupações profissionais com exposição ao ar livre claramente estão associadas a esse 
tipo de processo; 
• Características Clínicas: 
1. Fort epredileção pelo gênero masculino; 
2. Desenvolvimento lento; 
3. Alterações comuns: atrofia das bordas do vermelhão do lábio inferior; apagamento da 
porção que divide o lábio da pele; 
4. Palpação: áspera, escamosa e seca; 
5. Forma ulceração crônica focal; 
• Diagnóstico Diferencial: outros tipos de queilite: esfoliativa, glandular, apostematosa, 
granulomatosa, líquen plano e lúpus eritematoso crônico discóide; 
• Diagnóstico: Aspectos clínicos + citologia esfoliativa + biópsia incisional ou excisional 
(dependendo da extensão da lesão); 
• Tratamento: 
a. Prevencão com protetor solar; 
b. Tratamento: quimioterapia local com ácido tricloroacético (ATA) + vermelhectomia 
com laser de Co2 com melhor prognóstico; 
 
 
 
 
 
6. Carcinoma Epidermóide (CEC) 
• Neoplasia maligna de origem epitelial (camada espinhosa do epitélio de revestimento); 
• Grande possibilidade de metástase(rápida ou progressiva); 
• Pode surgir em áres sadias previamente comprometidas por algum outro processo 
como: queimaduras antigas, feridas crônicas ou radiação solar; 
• Características Clínicas: 
1. Predileção por homens idosos; 
2. Assintomático na fase inicial; 
3. Iniciam-se pequenas, endurecidas, de crescimento rápido, podendo atingir cm’s em 
poucos meses; 
4. Enfiltram-se em tecidos subjacentes (endofíticos) e também para cima, formando 
lesões elevadas e vegetantes (exofíticas); 
5. Aspecto: couve-flor; 
6. Lesões fundamentais: na maior parte das vezes, úlceras acompanhadas de 
sangramento; 
7. Bordas elevadas, nítidas; 
8. Base: endurecida; 
9. Podem estar acompanhadas por leucoplasias, eritroplasias e etc; 
10. Classificação de Lesões de CEC: 
 a. Ulcerada superficial; 
 b. Leucoplásica; 
 c. Eritroplásica; 
 d. Lesões nodulares: profundas, invadindo submucosa; 
 e. Lesões endofíticas: invasiva, escavada e ulcerada; 
11. Possíveis bordas em rolete (invasão do tumor para o interior do tecido e para as 
laterais do epitélio adjacente); 
12. Lesões Exofíticas: 
 a. Vegetantes moriformes, aspecto couve-flor ou verrucoso; 
 b. Aumento de volume; 
 c. Superfície irregular; 
 d. Coloração normal, avermelhada ou esbranquiçada (dependendo da quantidade de 
queratina presente); 
 e. Palpação: lesão endurecida; 
 
 
 
 
 LESÃO EXOFÍTICA – SUPERFÍCIE LESAO ENDOFITICA – SUPERFÍCIE ULCERADA 
 IRREGULAR E ÚLCERADA BORDA EM ROLETE 
 
 
• Aspectos Radiográficos: 
1. Bordas mal definidas – roído de traça; 
2. Destruição de corticais ósseas; 
3. Ausência de Osteoclerose (densidade óssea aumentada) nas bordas da lesão; 
4. Destruição dos alvéolos; 
5. Ausência de reabsorção radicular; 
6. Causa mobilidade dental/esfoliação espontânea 
 
 
ASPECTO ROÍDO DE TRAÇA 
 
• Diagnóstico: Citologia esfoliativa + biópsia incisional + exame imaginológico 
(radiografias) 
• Diagnóstico Diferencial: queratose actínica, queratoacantoma, carcinoma basocelular, 
disqueratose de bowen, melanoma amelanótico, carcinoma de células de Merkel e etc; 
• Tratamento: Lesões do vermelhão do lábio: excérese cirúrgica + acompanhamento 
médico (em todos os casos); Lesões intraorais: lesões maiores – terapia combinada; Em 
estágio inicial (invasivas ou não) – irradiação pós operatória em pescoço e dissecção de 
pescoço eletiva; 
• Prognóstico: depende do estadiamento (ver mais adiante) 
 
 
 
 
7. Lesões Benignas 
• Características gerais de lesões benignas: 
1. Crescimento lento; 
2. Células bem diferenciadas (sem atipias); 
3. Invasão: ausente; 
4. Recidiva: rara; 
5. Metástase: ausente; 
6. Biópsia: excisional; 
7. Sufixo de benignidade: OMA; 
 
7.1. Papiloma 
• Neoplasia benigna que acompete o epitélio de revestimento (mucosas); 
• Patogênese: origem do vírus HPV (papiloma vírus humano) dos tipo 6 e 11; 
• Características Clínias: 
1. Crescimento lento e progressivo; 
2. Aspecto: exofítico, papilar ou verrucoso; 
3. Lesão fundamental: pápula ou nódulo; 
4. Consistência: macia; 
5. Coloração: semelhante a da mucosa ou esbranquiçada; 
6. Base: comumente pedunculada, mas pode ser séssil; 
7. “Semelhante a uma verruga, apresentando múltiplas projeções diminutas, tornando seu 
aspecto “couve flor”.” 
8. Localizações mais comuns: úvula, palato mole e duro, língua (dorso e bordas) e, em 
menor frequência, gengiva e mucosa jugal; 
9. Geralmente única e de 5mm (no máximo); 
10. Superfície: se não for de aspecto couve flor – lisa ou papilar; 
11. Se em pacientes imunodeprimidos houverem diversas lesões maiores: papilomatoses; 
• Diagnóstico diferencial: verruga vulgar, condiloma acuminado (todos de origem do vírus 
HPV); 
• Tratamento: remoção da lesão com margem de segurança. Recidiva rara; 
 
 
 
7.2. Lipoma 
• Neoplasia benigna de tecido adiposo, mais comum no restante do corpo quando 
comparado a boca; 
• Proveniente de células do tecido adiposo denominada adipócito; 
• Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: nódulo; 
2. Base: séssil; 
3. Consistência: amolecida; 
4. Margens e bordas: circunscrito e bem delimitado; 
5. Superfície: lisa e plana: 
6. Assintomático; 
7. Localização mais frequente: mucoda jugal; 
8. Dependendo da profundidade, pode haver recidiva; 
9. Coloração: levemente amarelada; 
• Diagnóstico Diferencial: -- 
• Tratamento: excérese cirúrgica; 
 
 
 
7.3. Neurileloma/Schwannoma 
• Neoplasia benigna originada das células de Schwan (célula da Glia que produz mielina, 
composto dem envolve os axônios dos neurônios do sistema nervoso periférico); 
• Surge em associação com o tronco nervoso; 
• Seu crescimento é capaz de deslocar nervos; 
• Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: nódulo encapsulado; 
2. Coloração: idêntica a da mucosa em que se encontra; 
3. Localizações frequentes: língua, intraósseo (principalmente na mandíbula, parte 
posterior), gengiva vestibular, palato duro e soalho da língua; 
4. Base: séssil; 
5. Assintomático; 
• Diagnóstico diferencial: --; 
• Tratamento: excérese cirúrgica, recidiva rara; 
 
 
 
7.4. Linfangioma 
• Tumor benigno originado pela má formação de vasos linfáticos; 
• Pode ser considerado um distúrbio de desenvolvimento e não uma neoplasia verdadeira; 
• A lesão é congênita, harmatoma; 
• É cavernoso e profundo (endofítico); 
• Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: nódulo ou pápulas (mais frequentes); 
2. Bodas: mal delimitadas, o que confere recidiva frequente; 
3. Assintomática; 
4. Coloração: avermelhada, eritematosa; 
5. Localização frequente: língua (principalmente terços anteriores); - pode ser 
confundido com macroglossia (pois deixa a língua levemente inchada); 
6. Superfície: ovos de rã; 
• Dignóstico Diferencial: --; 
• Tratamento: excérese ou laserterapia; 
 
 
 
7.5. Hemangioma 
• Lesão vascularizada que acomete os vasos sanguíneos; 
• Muito comum em recém nascidos e crianças; 
• Pode ocorrer nos vasos capilares ou em vasos maiores (cavernoso); 
• Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: mácula, pápula, nódulo ou tumoração; 
2. Superfície: plana ou elevada; 
3. Consistência: elástica ou fibrosa; 
4. Localizações frequentes: língua (dorso), gengiva e mucosa jugal; 
5. Coloração: arroxeada; 
6. Tipos: 
➢ Capilar: 
- Presente no nascimento; 
- Regride com o passar do tempo (involução); 
- Coloração: vermelho brilhante; 
- Aspectos: plano, massa elevada ou placa lobulada; 
➢ Cavernoso: 
- Maiores em tamanho; 
- Pouco circunscritos; 
- Sem regressão; 
 7. Na gengiva pode ocorrer hiperplasia, deixando as lesões semelhantes a granulomas 
piogênicos; 
• Diagnóstico Diferencial: Granuloma piogênico; 
• Propedêutica: Vitropressão/Diascopia: se for positiva (depois de alguns segundos de 
pressão da lesão contra o vidro, ocorre isquemia – esbranquiçamento da lesão), é 
hemangioma; 
• Diagnóstico: Punção Aspirativa – Se não sair sangue: capilar. Se sair sangue: 
cavernoso; 
• Tratamento: Cirúrgico – para pequenas lesões; Ligadura e embolização – para grandes 
lesões; Alternativas: crioterapia, laser de Co2 e injeção de agentes esclerosantes; 
 
 
 
7.6. Neurofibroma 
• Neoplasia benigna que acomete os nervos periféricos/terminações nervosas; 
• Lesões solitárias são normais, já as múltiplas são um sintoma da síndrome de 
Recklinghausen (Neurofibromatose) caracterizada por manchas cutâneas café com leite; 
• Características Clínicas: 
1. Lesão fundamental: nódulo bem circunscrito; 
2. Superfície: lisa; 
3. Consistência: amolecida: 
4. Coloração: semelhante a da mucosa ou levemente amarelada; 
5. Localizações frequentes: língua e mucosa jugal; 
6. Assintomático; 
7. Se for intraósseo pode produzir imagem radiográfica radiolúcida, uniloculada ou 
multiloculada, bem ou mal definida; 
8. Se houverdor: indicação de que o tumor esta profundo ou intraósseo; 
• Diagnóstico: biópsia incisional; 
• Diagnóstico Diferencial: fibroma, tumor de células granulares; 
• Tratamento: excérese cirúrgica + avaliação clínica para eliminar suspeita de 
neurofibromatose; 
• Observação importante: lesões nodulares localizadas em região anterior de palato são 
bem sugestivas de possuirem origem neural; 
 
 
8. Lesões Malignas 
• Características Clínicas comuns de lesões malignas: 
1. Crescimento rápido; 
2. Atipias celulares; 
3. Invasão local presente; 
4. Recidiva frequente; 
5. Metástase presente; 
• Sufixo de malignidade SARCOMA; 
 
8.1. Fibrossarcoma 
• Tumor maligno que acomete fibroblastos; 
• Características Clínicas: 
1. Localizações frequentes: nariz e seios paranasais; 
2. Aumento de volume de crescimento lento e progressivo que atingem tamanhos 
consideráveis antes de causar dor; 
3. Palpação: duro; 
• Diagnóstico Diferencial: --; 
• Tratamento: excérese cirúrgica com margem de segurança ampla; 
• Recidiva em 50% dos casos; 
 
 
 
 
8.2. Rabdomiossarcoma 
• Neoplasia benigna caracterizada pela diferenciação do músculo estriado esquelético; 
• 40% dos casos acometem região de cabeça e pescoço; 
• Predileção por homens; 
• Características Clínicas: 
1. Massa infiltrativa indolor de crescimento rápido; 
2. Localizações frequentes: palato mole e língua; 
3. Alguns apresentam crescimento exofítico polipóide (cacho de uvas); 
• Diagnóstico Diferencial: --; 
• Tratamento: terapia multimodal (excérese cirúrgica + quimioterapia + radioterapia). 
Prognóstico ruim, com o paciente vindo a óbito em 90% dos casos; 
 
 
 
8.3. Leiomiossarcoma 
• Neoplasia maligna que atinge as células da muscultatura lisa; 
• Na boca são raras mas se ocorrem, atingem maxila e mandíbula; 
• Sem predileções de sexo ou idade; 
• Características Clínicas: 
1. Massa expansiva, dolorosa e assintomática; 
2. Com ulcerações secundárias; 
• Diagnóstico Diferencial: --; 
• Tratamento: excérese cirúrgica, quimioterapia e radioterapia; 
• Prognóstico: ruim; 
• Potencial de recidiva e metástase; 
 
 
 8.4. Sarcoma de Kaposi 
• Neoplasia maligna vascular multifocal; 
• Patogênese: células endoteliais vasculares; 
• Classificação: 
➢ Clássica 
1. Afeta indivíduos de descendência italiana, judia ou eslava; 
2. Características Clínicas: múltiplas pápulas azuis arroxeadas; 
3. Crescimento lento; 
4. Podem ser nódulos tumorais indolores; 
5. Localização frequente (intra oral): Palato; 
➢ Endêmica 
1. Comum em indivíduos africanos; 
2. Características Clínicas: nódulos benignos, agressivos, de caráter 
infiltrativo, florido e linfoadenopático; 
➢ Iatrogênico 
1. Presente em indivíduos imunossuprimidos por medicamentos após 
transplante de órgãos; 
➢ HIV 
1. Mais comum; 
2. Origem: Herpes Vírus Humano (HPV 8); 
 
• Estágios: Mácula, placa e nódulo; 
• Características Clínicas: 
1. Localização: palato e gengiva; 
2. Sintomático acompanhado de sangramento; 
3. Alta taxa de morbidade; 
4. Coloração: vermelho púrpura ou marrom; 
• Tratamento: depende do subtipo. Quimioterapia, radioterapia e excérese cirúrgica; 
• Prognóstico: depende da metástase; 
 
 
 
 
8.5. Melanoma 
• Tumor maligno que se desenvolve através de melanócitos; 
• Tendem a exibir dois padrões direcionais de crescimento: 
a. Radial: Camada basal; 
b. Verical: invasão do tecido conjuntivo (nódulos); 
• Características Clínicas (ABCDE): 
1. Assimetria; 
2. Bordas irregulares; 
3. Coloração irregular (depende da profundidade/pigmentação, geralmente é um roxo 
enegrecido); 
4. Diâmetro maior que 6mm; 
5. Evolutivo (lesões que apresentam alterações de tamanho, cor, forma, superfície e 
sintomas); 
6. Localizações frequentes: palato duro e gengiva; 
7. Podem haver lesões satélites; 
8. Fatores de Risco: casos de família, pele e cabelos claros. Tendência fácil ao 
bronzeamento. Profissão ou hábitos recreativos frequentes ao ar livre; História pessoal e 
nevo congênito e displásico; 
• Diagnóstico Diferencial: Lesões que causam pigmentação – nevus, tatuagem por 
amálgama, pigmentação racial ou mácula melanótica; 
• Tratamento e Prognóstico: Quimioterapia + radioterapia + excérese se apresentar 
crescimento em volume; Prognóstico ruim; 
 
 
9. Cistos Não-Odontogênicos 
 
9.1. Cisto Nasolabial 
• Patogênese: surge do remascentes epiteliais retidos ao longo da linha de fusão dos 
processos laterais, nasal mediano e maxilar ou da deposição do epitélio do ducto naso 
lacrimal; 
• Características Clínicas: 
1. Tumefação (aumento de volume) do lábio superior, elevação da asa do nariz; 
2. Apagamento do sulco mucolabial; 
3. Predileção por mulheres; 
• Radiografia: concavidade, perda óssea; 
• Diagnóstico Diferencial: cisto de glândulas salivares , cisto epidermóide e cisto 
sabáceo; 
• Tratamento: enucleação e exame anatomopatológico; 
 
 
 
9.2. Cisto do Ducto Nasopalatino 
• Patogênese: surge da remanescente do ducto do canal nasopalatino do canal incisivo; 
Assintomático e descoberto através de achados radiográficos: 
• Características Clínicas: 
1. Predileção pelo gênero masculino; 
2. Radiografia: area radiolúcida em formato de coração na raíz dos incisivos centrais; 
3. Aumento de volume da porção anterior do palato duro; 
4. Pode ser sintomático; 
• Diagnóstico Diferencial: cisto odontogênico botrióide, carcinoma mucoepidermóide e 
lesão de células gigantes; 
• Tratamento: Enucleação cirúrgica + curetagem cuidadosa; 
• Recidiva comum; 
 
 
 
 
10. Cistos Odontogênicos 
 
10.1. Cisto Radicular/Cisto Residual 
• Patogênese: origina-se dos restos epiteliais de mallassez remanescentes da bainha de 
Hertwig. Desenvolve-se pela mortificação puplar devido à cárie ou traumatismo; 
• Inflamatório; 
• Características Clínicas: 
1. Dentes sem vitalidade pulpar; 
2. Radiograficamente: área radiolúcida bem definida associada ao ápice ou região 
lateral do dente; 
3. Assintomático; 
4. Pode causar mobilidade dental se for grande; 
5. Extração do dente e não do cisto resulta em cisto residual; 
• Diagnóstico Diferencial: --; 
• Tratamento: enucleação cirúrgica e extração do dente envolvido (ou tratamento 
endodôntico do mesmo); 
 
 
10.2. Cisto Paradentário/Dentígero 
• Patogênese: remanescente do epitélio reduzido do orgão do esmalte ou dos restos 
epiteliais do periodonto; 
• Características Clínicas: 
1. região de trígono retromolar de 3° molar; 
2. Área radiolúcida, unilocular bem delimitada adjacente ao dente; 
• Diagnóstico Diferencial: pericoronarite, cisto radicular inflamatório lateral ou cisto 
dentígero; 
• Tratamento: excérese cirúrgica conservadora e remoção do dente associado; 
• Observações: é idêntico ao Cisto Dentígero, sendo diferenciado apenas pela ausência de 
inflamação. Os dentígeros sempre estarão mais presentes em terceiros molares (ou 
supranumerários) ainda inclusos; 
 
 
 
10.3 Cisto de Erupção 
• Patogênese: causado pelo acúmulo de fluído entre o folículo pericoronário e a 
coroa de um dente em erupção; 
• Características Clínicas: 
1. Hematoma de erupção; 
2. Translúcido; 
3. Arroxeado; 
4. Atinge crianças até 10 anos; 
5. Predileção por incisivos centrais e decíduos inferiores; 
• Diagnóstico Diferencial: --; 
• Tratamento: não há necesidade pois geralmente o cisto se rompe sozinho; 
 
 
10.4. Cisto Gengival do Recém Nascido 
• Cistos superficiais localizados na mucosa alveolar dos recém nascidos; 
• Contém queratiba em seu interior, causando uma coloração esbranquiçada; 
• Remanescentes da Lâmina dentária; 
• Características Clínicas: 
1. Pápulas esbranquiçadas; 
2. 2 a 3mm; 
3 Acomete os processos alveolares da maxila; 
• Tratametento: nenhum, remissão espontânea; 
 
 
10.5. Cisto Gengival do Adulto 
• Acomete tecido mole (rebordo alveolar e gengival); 
• Patogênse: remanescente de Serres; 
• Características Clínicas: 
1. Localização frequente:mandíbula, região de caninos e pré molares; 
2. Região vestibular; 
3. Tumefação/inchaço pequeno e indolor; 
4. Semelhante a uma bolha; 
5. pode causar reabsorção óssea em formato de taça; 
6. Sem alterações radiográficas; 
• Diagnóstico Diferencial: --; 
• Tratamento: excisão cirúrgica, prognóstico excelente; 
 
 
 
 
10.6. Cisto Periodontal Lateral 
• Ocorre na face lateral ou entre raízes de dentes vitais; 
• Origem: lâmina dentária; 
• Contra parte intra óssea do cisto gengival em adultos; 
• Características Clínicas: 
1. Atinge periodonto; 
2. Assintomático; 
3. Predileção por região de pré molar, canino e incisivos laterais inferiores; 
4. Radiografia: área radiolúcida localizada lateralmente a raíz do dente com vitalidade; 
• Diagnóstico: apenas com histopatológico; 
• Diagnóstico Diferencial: cisto radicular (dfere se o dente não for vital) e tumor 
odontogênico queratocístico (histopatológico); 
• Tratamento: Enucleação; 
 
 
10.7. Queratocisto Odontogênico 
• Derivado dos restos epiteliais da lâmina dentária; 
• Comportamento mais agressivo, podendo atingir grandes proporções, assumindo 
aspecto mutiloculado ou em forma múltipla 
• Caractertísticas Clínicas: 
1. Produz adelgaçamento das corticais osseas; 
2. Radiograficamente: multi ou unilocular, com ou sem perfurações osseaas. 
Frequentemente associado à dentes não erupcionado; 
• Diagnóstico: --; 
• Tratamento: enucleação com curetagem ou osteotomia de margens com possibilidade de 
recidiva; 
 
 
 
10.8. Cisto Odontogênico Calcificante 
• Tumor odontogênico cístico epitelial de origem incerta; 
• Características Clínicas: 
1. Sem predileção de sexo, acomete mais jovens; 
2. Lesões Centrais (intraósseas) afetam mandíbula e maxila; 
3. Lesões Periféricas – ocorrem mais em região anterior; 
4. Aspecto radiográfico: área radiolúcida uni ou multiloculada com limites definidos e 
presença de pontos mineralizados em quantidades variáveis; 
• Diagnóstico Diferencial: odontoma, tumor odontogênico adenomatóide, ameloblastoma 
unilocular; 
• Diagnóstico: Punção aspirativa + exame histopatológico e radiográfico 
• Tratamento: Enucleação seguido por curetagem vigorosa; 
 
11. Doenças Infecciosas 
11.1. Candídiase/Candidose 
• “Sapinho” é o termo mais popular; 
• Infeccção fúngica; 
• Diversos tipos de manifestações, que dificultam o diagnóstico; 
• Fatores que influenciam a infecção: 
a. Estado imunológico; 
b. Meio ambiental bucal; 
c. Resistência ao fungo; 
• Cedem à raspagem; 
• Características Clínicas + Diagnóstico Diferencial de acordo com a Classificação: 
➢ Pseudomembranosa/Candidíase Atrófica Aguda: 
1. Placa branca que cede a raspagem; 
2. Paciente relata que tem gosto salgado e que sente ardência; 
3. Coloração: eritematosa; 
4. Localizações frequentes: dorso da língua; 
5. Diagnóstico Diferencial: líquen plano hipertrófico, queratose irritativa ou 
leucoplasia; 
➢ Eritematosa: 
1. Bora cheia de feridas causadas pelo uso progressivo de antibióticos; 
2. Sensação de queimação; 
3. Perda difusa de papilas filiformes; 
4. Língua careca; 
5. Diagnóstico diferencial: glossite rombóide mediana (assintomática) e 
atrofia papilar central; 
➢ Estomatite por Dentadura; 
1. Eritema e pequenas áres hemorrágicas; 
2. Encontra-se sob a prótese e acontece pelo uso constante da mesma; 
3. Assintomático; 
4. Tratamento com nistatina; 
➢ Queilite Angular: 
1. Envolvimento dos ângulos da boca; 
2. Aspecto eritematoso, descamado e fissurado; 
3. Acomete mais pessoas idosas; 
4. Desenvolve em locais de acúmulo salivar (ângulos da boca); 
5. Diagnóstico Diferencial: sífilis secundária e avitaminose 
➢ Hiperplásica: 
1. Placa branca que não cede à raspagem; 
2. Incomum; 
3. Acomete região anterior da mucosa jugal; 
4. Áreas eritematosas e brancas; 
5. Lesão lisa, despapilada e avermelhada; 
6. Diagnóstico diferencial: leucoplasia, líquen plano e sífilis secundária; 
• Tratamento: antifúngicos (nistatina, cetoconazol e daktarin) e remoção de fatores 
irritativos; 
 
 PSEUDOMEMBRANOSA ERITEMATOSA 
 
 POR DENTADURA HIPERPLÁSICA 
 
 
 
11.2. Paracoccidioidomicose 
• Infecção fúngica profunda e endêmica; 
• Dimorfo: só sua forma em levedura é patogênica; 
• Adquirida por inalação: infecção pulonar simples, disseminação hematogênica/linfática, 
lesões cutâneas e depois em mucosas e osteolíticas; 
• Características Clínicas: 
1. Lesões fundamentais: ulcerações muriformes (arranjadas); 
2. Lesões múltiplas, infiltradas e doloridas que provocam sialorréia (produção excesiva 
de saliva); 
3. Linfoadenopatia presente; 
4. Comum em trabalhadores rurais; 
• Diagnóstico: citologia esfoliativa + características clínicas; 
• Diagnóstico diferencial: Tuberculose e histoplasmose; 
• Tratamento: depende da gravidade; Infecções leves e moderadas – antifúngicos; 
Infecções graves: anfotericina B intravenosa; 
 
 
 
11.3. Histoplasmose 
• Infecção fúngica profunda; 
• Relacionada com leucemia e linfoma, podendo condicionar os pacientes à 
imunossupressão; 
• Características Clínicas: 
1. Envolvem periodonto de sustentação, ocasionando perdas dentárias; 
2. Sialorréia; 
3. Halitose; 
4. Lesões múltiplas e pouco dolorosas; 
5. Aspecto aftóide; 
6. Qualquer localização oral; 
7. Lesões não ulceradas envolvem placas vegetantes e nódulos; 
8. Bordas endurecidas; 
• Diagnóstico: biópsia e sorologia; 
• Diagnóstico Diferencial (segundo o Neville): Carcinoma epidermóide; 
• Tratamento:Anfotericina B intravenosa, itraconazol; 
 
 
 
11.4. Herpes 
• Origem viral; 
• Tipo 1: 
1. Dissemina-se pela saliva ou lesões periorais ativas; 
2. Presentes em região oral, facial e ocular; 
3. Faringe, mucosa bucal, lábio, olhos; 
4. Não se pode atender pacientes com herpes devido a autoinoculação; 
• Tipo 2: 
1. Mais comum da cintura para baixo; 
2. Transmissão de fluídos; 
• A infecção é primária – indivíduo jovem, sem anticorpos; 
• Assintomático; 
• Manifestação comum: gengivoestomatite herpética (em crianças); 
• Infecções recorrentes: reativação do vírus quando o sistema imune decai; 
• Fatores de Risco: luz ultravioleta, estress, gravidez, menstruação, queda de imunidade; 
• Características Clínicas: 
1. Pequenas vesículas/bolhas que se rompem e formam úlceras; 
2. Predominantes em gengiva, língua e mucosa labial; 
3. Sintomas: febre, linfoadenopatia, prurido; 
4. Coloração levemente amarelada; 
• Diagnóstico diferencial: outras doenças virais (Zooster, Herpangina e doença da mão-
pé-e-boca); 
• Diagnóstico: teste de cultura viral, imunohistoquîmica, PCR e testes sorológicos de 
imunofluorescência; Biópsia incisional e citologia esfoliativa; 
• Tratamento: Aciclovir creme em casos normais e Aciclovir sistêmico+creme em 
imunodeprimidos; Usar até formar crosta (de 3-5 dias); 
 
 
11.5. Varicela Zoster 
• É a recorrência da catapora; 
• Vírus HHV-3; 
• Características Clínicas: 
1. Dor prodrômica do nervo afetado; 
2. Erupções vesiculares; 
3. Comum em palato e mucosa jugal; 
• Diagnóstico Diferencial: o mesmo que o 11.4.; 
• Tratamento: analgésico tópico, enxaguantes bucais – durante a fase ulcerativa; Terapia 
sistêmica: analgésicos mais fortes e antivirais sistêmicos; 
 
 
 
 11.6. Epstein Barr 
• Vírus HHV-4 – mononucleose infecciosa; 
• Encontrado na saliva e se espalha através de contato oral; 
• Características Clínicas: 
1. Febre persistente de 2-14 dias; 
2. Linfoadenopatia; 
3. Lesões orais com aspecto herpetiforme e de petéquias no palato mole e faringe; 
• Diagnóstico Diferencial: --; 
• Diganóstico: feito através de um hemograma; 
• Tratamento: sem necessidade, remissão espontânea; 
 
 
 
11.7. Sífilis 
• Infecção bacteriana congênita ou adquirida; 
• Características Clínicas: 
1. Lues Primária: formação de cancro (ulceração isolada em estágio inicial); 
 -3-90dias após o contágio; 
 - Cicatrização: de 3 a 8 semanas; 
 - Predileção por lábio e lingua; 
 - Pode causar linfadenopatia satélite unilateral; 
 - Bordas endurecidas, indolor e sem exudato; 
 - Solitária, com ou sem envolvimento ganglionar; 
 - Diagnóstico Diferencial: carcinoma epidermóide; 
2. Lues Secundária: 
 - 4-10 semanas; 
 - Pode ser concomitante ao cancro; 
 - Múltiplas lesões maculopapulares indolores; 
 - Dor de garganta, linfadenopatia, perda de peso e febre; 
 - Úlceras irregulares cobertas por placa de coloração esbranquiçada; 
 - Aspecto Rastro de Caracol; 
 - Diagnóstico Diferencial: Condiloma lata. Condiloma acuminado 
3. Fase GOMA: 
 - Goma sifilítica: nódulo ou ulcera granulomatosa que pode acometer osso ou tecido 
mole; 
 - Localização frequente: palato, parecendo uma perfuração que faz comunicação da 
cavidade bucal com a nasal; 
 - Diagnóstico Diferencial: Granulomatose de Wegener, CEC, linfoma de células 
NK/T e outtras lesões infeciosas; 
4. Sífilis Congênita: 
 - O feto adquire a doença através da placenta, provocando uma série de alterações, 
principalmente a tríade de Hutchinson: envolvimento dentário, ceratite intersticial 
(envolvimento inflamatório dos olhos) e surdez devido ao envolvimento do 8° par de 
nervos cranianos; 
 - Dentes de aspecto “amora” 
• Diagnóstico: aspecto clínico + pesquisa microscopica de campo escuro + exames 
sorológicos específicos e não específicos; 
• Tratamento: Penicilina. Dose e duração – avaliação individual de estágio, envolvimento 
neurológico e estado imune; 
 
 
 LUES PRIMÁRIA LUES SECUNDÁRIA – RASTRO CARACOL 
 
 
 FASE GOMA CONGÊNITA – DENTES 
 ASPECTO DE AMORA 
 
11.8. Tuberculose 
• Doença de origem bacteriana; 
• Características Clínicas: 
- Primárias: surgem na gengiva, amígdalas acompanhadas por linfadenopatia satélite; 
- Secundárias: forma pulmonar, localizando-se no palato, lábios e mucosa jugal; Forma 
granulomatosa; 
• Diagnóstico: Exame de escarro, reação de Mantoux, raio X do tórax e biópsia da lesão; 
 
 
12. Patologias Ósseas 
• Caracterizadas por seus aspectos radiográficos (mistos de radiopacidade e radiolucidez); 
• Características Clínicas: 
1. Quanto ao número: únicas ou múltiplas; 
2. Quanto a quantidade de ossos atingidos: monostótica ou poliostótica; 
3. Quanto a sua delimitação: focal ou difusa; 
4. Variáveis a serem consideradas: 
{ tempo de evolução; 
{ tamanho; 
{ forma; 
{ margens; 
{ localização; 
{ sintomatologia; 
{ relação com dentes/corticais/estruturas anatômicas; 
{ idade, gênero e raça; 
12.1. Cisto Ósseo Simples/Cisto Hemorrágico 
• Cavidade benigna vazia ou contendo fluído no osso; 
• Acomete mais a mandíbula; 
• Pseudocisto; 
• Características Clínicas: 
1. Predileção por homens; 
2. Assintomático na maioria dos casos; 
3. Pode causar parestesia; 
4. Região: molares e pré molares; 
5. Radiograficamente: radiolúcido e bem delimitidado, margens bem ou mal definidas; 
6. Tamanho: 1-10 cm’s; 
7. Quando atinge vários dentes, o defeito mostra várias projeções em formato de cúpula 
– característica muito sugestiva de cisto hemorrágico; 
8. Expansão cortical: rara; 
9. Pode conter líquido sanguinolento; 
• Diagnóstico: radiografia + exploração cirúrgica; 
• Tratamento: curetagem; 
 
 
12.2. Granuloma/Lesão Central de Células Gigantes 
• Lesão não neoplásica de células multinucleadas; 
• Características Clínicas: 
1. Predileção por mulheres; 
2. Lesão fundamental: nódulo púrpuro azulado único; 
3. Não agressivos: assintomático, de crescimento lento, sem perfuração de cortical ou 
reabsorção radicular; 
4. Agressivo: sintomático, parestesia, mobilidade dental, reabsorção radicular, 
perfuração da cortical e recidiva comum; 
5. Radiograficamente: radiolúcido, unilocular ou multilocular, sem halo radiopaco. 
• Diagnóstico Diferencial: mutiloculares – ameloblastoma; uniloculares – granulomas 
periapicais, cistos; 
• Tratamento: Curetagem cuidadosa; 
 
 
 
 
12.3. Querubismo 
• Doença autossômica dominante que produz lesões centrais de células gigantes; 
• Predileção pelo sexo masculino; 
• Desenvolve-se na infância – 2 a 5 anos; 
• Características Clínicas: 
1. As alterações progridem até a puberdade e depois param na maioria dos casos; 
2. Envolvimento bilateral; 
3. Região: posterior da mandíbula; 
4. Expansão simétrica, deformidade e obstrução nasal; 
5. Linfadenopatia cervical acentuada; 
6. Indolor; 
7. Envolve angulo e ramo da mandíbula; 
8. Pode causar: deslocamento dentário, falha na erupção, dificuldade mastigátoria, 
dificuldade para falar e perda de visão e audição (raros); 
9. Radiograficamente: lesão radiolúcida expansível, mutiloculada, bilateral; 
• Diagnóstico: clínico + histopatológico + radiográfico; 
• Tratamento: Osteoplastia se necessário e apenas após a maturação; 
 
12.4. Displasia Cemento-Óssea 
• Displasia óssea comum que acomete as áres de suporte do dente, substituindo osso por 
massa amorfa hipervascularizada; 
• Diagnóstico Diferencial: fibroma ossificante; 
• Possíveis origens: hormonal ou do ligamento periodontal; 
• Características Clínicas: 
➢ Focal: 
1. Envolve apenas um dente; 
2. Localização frequente: parte posterior da mandíbula; 
3. Radiograficamente: radiopaco ou radiolúcido com halo. Lesão bem 
definida e margens irregulares; 
➢ Periapical: 
1. Localização frequente: periápices da mandíbula anterior; 
2. Solitárias com múltiplos focos; 
3. Predileção por mulheres negras; 
4. Assintomático; 
5. Radiograficamente: radiolúcido, circunscrito, no periápice; 
6. Diagnóstico diferencial: granuloma/cisto periapical; 
7. Lesões maduras: misto de radiolúcido e radiopaco; 
8. Estágio Final: lesões mostram calcificações densas circunscritas envoltas 
por halo; 
9. Ligamento periodontal preservado e sem expansão de corticais; 
➢ Florida: 
1. Envolvimento multifocal; 
2. Não se limita a região anterior de mandíbula; 
3. Predileção por mulheres negras; 
4. Envolvimento bilateral, aspecto ruído de traça; 
5. Assintomático ou dor de baixa intensidade persistente; 
6. Radiograficamente: misto + halo; 
7. Pode apresentar fístula alveolar, expondo osso avascular na cavidade; 
• Diagnóstico: Periapical e Florida: indicativos como idade, gênero, raça, local de 
incidência são fortes indicativos; Focal: biópsia incisional; 
• Tratamento: 
Assintomáticos: profilaxia+higiene; 
Sintomáticos: Indicativos de esclerose – excisão do osso necrótico + antibióticos; 
Na presença de infecção: curetagem de sequestros; 
 
FOCAL, PERIAPICAL E FLORIDA, RESPECTIVAMENTE. 
 
12.5. Displasia Fibrosa 
• Proliferação excessiva de tecido conjuntivo fibroso celularizado entremeado por 
trabéculas ósseas irregulares; 
• Ocorre em jovens e o crescimento das lesões cessa após maturação óssea. 
• Características Clínicas: 
1. Monostóticas: atingem um osso; frequentemente a maxila; aumento de volume 
indolor; crescimento lento; dentes podem ser deslocados pela massa; radiograficamente 
é mal delimitado, aspecto de vidro despolido, margens irregulares com expansão das 
corticais; Abaulamento (curva para fora) das margens inferiores; Costuma obliterar os 
seios maxilares; 
2. Poliostótica: envolve mais de um osso. Acompanhada por macnhas café com leite, 
múltiplas endocrinopatias, hipertireoidismo e adenoma pituitário; Assimetria facial; 
Mucosa oral – máculas de margens irregulares; 
• Diagnóstico: --; 
• Tratamento: postergar remoção cirúrgica até maturação – osteoplastia – tratamento com 
bifosfonatos; 
• Recidiva comum, mas prognóstico bom; 
 
 
 
12.6. Fibroma Ossificante 
• Neoplasia benigna de tecido fibroso com calcificações;• Características Clínicas: 
1. Assintomático; 
2. Localizações frequentes: região de mandíbula – pré molares e molares; 
3. Aumento de volume e assimetria facial; 
4. Provoca espansão de óssea progressiva; 
5. Radiograficamente: unilocular, bem definida, com margem esclerótica, provocando 
expansão de corticais; R.O., R.L. ou misto com halo; 
• Diagnóstico Diferencial: displasia cemento óssea; 
• Tratamento: lesões pequenas, enucleação; lesões grandes, ressecção cirúrgica + 
enxertos ósseos; 
 
 
12.7. Osteoma 
• Tumores benignos de tecido ósseo; 
• Podem ser periostais (na superfície do osso) ou endosteais (dentro do osso); 
• São lesões solitárias e assintomáticas; 
• Áreas comuns: côndilo e corpo da mandíbula; 
• Características Clínicas: 
1. Periosteais: aumento de volume progressivo do osso; 
- Podem ser: pediculados, séssil ou endofítico; 
2. Endosteais: pequenos e assintomáticos; 
- Podem causar assimetria facial, dor e trismo; 
3. Radiograficamente: radiopaco, circunscrito e sem halo; 
• Tratamento: Grandes e sintomáticos – excérese conservadora; Pequenos e 
assintomáticos – acompanhamento; Pequenas lesões periféricas – removidas 
endoscopicamente; Grandes osteomas – abordagem cirúrgica aberta; 
• Osteomas múltiplos – Sindrome de Gardner (autossômica): pode desenvolver 
pólipos crônicos e evoluir para um adenocarcinoma (maligno); Tratamento – 
Colectomia profilática; 
 
 
 
12.8. Osteoblastoma 
• Patogênese de origem incerta; 
• Neoplasia benigna de osteoblastos; 
• Produz aumento volumétrico progressivo no osso e dor; 
• Tipos: Osteoblastoma e Osteoma Osteóide; 
• Osteoma: contém maior concentração periférica de nervos de produz mais 
prostaglandinas, causando dor; 
• Características Clínicas: 
1. Predilação pela mandíbula; 
2. Regiões mais posteriores; 
3. Causam dor, sensibilidade e aumento de voluma; 
4. Lesões adjacentes aos dentes = mobilidade + reabsorção + deslocamento; 
5. Radiograficamente: radiolúcido, bem ou mal delimitado com áreas irregulares de 
mineralização; 
• Tratamento: excérese cirúrgica e curetagem; 
• Prognóstico bom 
 
 
12.9. Osteossarcoma 
• Neoplasia maligna primária do osso; 
• Pode originar-se através de patologias ósseas pré existentes como doença de Paget ou 
osteogênese imperfeita; 
• Prevalência na mandíbula; 
• Os osteosarcomas convencionais originam-se na médula óssea; 
• Características Clínicas: 
1. Tumefação, dor, mobilidade dental, parestesia e obstrução nasal; 
2. Radiograficamente: imagem mista radiopaca de limites imprecisos com alargamento 
simétrico do espaço periodontal e reação periostal em “raios de Sol”; 
3. Quando o tumor emerge oralmente, apresenta-se ulcerado e erosivo; 
4. Destruição de corticais ósseas; 
5. Metastase rápida para os pulmões; 
• Diagnóstico: análise histológica de material obtido por biópsia; 
• Tratamento: cirúrgico radical combinado com quimioterapia ou radioterapia; 
• Prognóstico ruim; 
 
 
 
 
13. Abordagem Multidisciplinar Para o Tratamento e Acompanhamento 
De Neoplasias 
• Com a evolução de doenças malignas, podemos notar: 
1. Odor fétido causado pela necrose tumoral e infecções secundárias; 
2. Dor no ouvido, dificuldade ao falar, mastigar e deglutir; 
3. Trismo; 
4. Perda de elementos dentários; 
5. Fixação da língua e dificuldade em movê-la; 
6. Fístulas na face e no pescoço; 
• Papel do dentista: plano de tratamento + resultado da saúde oral + antecipar 
complicações orais; 
13.1. Quimioterapia 
• Tipos: curativa – para o tratamento da neoplasia; adjuvante – realizando junto ou 
após a terapia de controle; prévia – realiza-se para diminuir o tumor e realizar a 
cirurgia; paliativa – sem perspectiva de cura, feita para controla de sintomatologia; 
• Complicações: 
1. Mucosite; 
2. Xerostomia; 
3. Alopécia; 
4. Vômitos, anemias e plaquetopenias; 
5. Imunossupressão; 
6. Disgeusia; 
7. Osteonecrose; 
 
13.2. Radioterapia 
• Terapia que utiliza radiação ionizante para controle de proliferação celular; 
• Aplicada de forma fracionada (doses) até a dose total; 
• Pode causar danos aos tecidos adjacentes ao tumor; 
• Complicações: 
1. Mucosite; 
2. Xerostomia; 
3. Trismo; 
4. Disgeusia; 
5. Queimaduras e dermatites; 
6. Cárie de Radiação; 
7. Osteonecrose; 
 
13.3. Mucosite 
• Efeito colateral debilitante que ocorre logo de início na químio/radioterapia; 
• Reação inflamatória aguda caracterizada por eritema, edema e ulceração; 
• Graus (Score) 
0 – sem evidências de mucosite; 
1 – eritema assintomático; 
2 – sensibilidade, úlcera e ingestão de alimentos sólidos; 
3 – dor, úlcera e ingestão de alimentos líquidos; 
4 – alimentação não é possível; 
• Tratamento: laserterapia de baixa intensidade, analgesia, bochechos com chá gelado de 
camomila, aloe vera, antibióticos, citoprotetores, corticóides e coctails anestésicos; 
• Prevenção: aplicação profilática de laser; 
 
13.4. Xerostomia 
• Complicação transitória que pode ser irreversível; 
• Diminuição da produção salivar; 
• Após o término da quimio, ela tende a regredir. Já na radioterapia pode se tornar 
irreversível; 
• A diminuição do fluxo salivar pode deixar a boca desprotegida e suceptível à cáries, 
aumento de problenas periodontais, infecções oportunistas, piora da mucosite, 
dificuldade de deglutição e diminuição do paladar; 
• Tratamento: ingestão frequente de água, uso de saliva artificial e ingestão de alimentos 
ácidos para promover produção de saliva; 
• Prevenção: administração de citoprotetores endovenosos; 
• Geralmente os pacientes desenvolvem candidíase pseudomembranosa; 
 
13.5. Disgeusia 
• Diminuição ou perda do paladar; 
• Transitória; 
• Xerostomia severa pode causar perda de paladar definitiva; 
• Tratamento: água e saliva artificial; 
 
13.6. Osteonecrose 
• As drogas diminuem o metabolismo ósseo – ação de osteoblastos – inibindo a regenração 
óssea; 
• Consequência: necrose; 
• Tratamento: irrigração de soluções antissépticas, decortição do osso necrótico, 
antimicroterapia, oxigenação hiperbárica associada à cirurgia; 
13.7. Osteoradionecrose 
• Características: causada pela radioterapia. Edema e eritema de tecido mole, 
acompanhados de exposição óssea necrosada, trismo, ulceração da mucosa, supuração 
intra e extra oral e linfadenopatia local ou generalizada; 
• Tratamento: iguais aos da osteonecrose; 
 
13.8. Cárie de Radiação 
• Cáries agressivas na região cervical do dente, muitas vezes levando a perda da coroa 
total; 
 
 
 
14.Terapêutica Medicamentosa 
14.1. Antifúngicos 
• Sistêmico: Cetoconazol; 
• Tópico: Nitatina ou Daktarin gel; 
• Quando utilizar o sistêmico: 
1. Pacientes imunossuprimidos; 
2. Diabéticos descompensados; 
3. HIV com doença ativa; 
* prescrever, para estes, tanto o tópico quanto o sistêmico; 
• Cetoconazol 200 mg -------------------- x comprimidos 
Uso interno 
Tomar, por via oral, 1 comprimido de 12 em 12 horas com as refeições de 4 a 8 
semanas (de 30 a 60 dias). 
• Nistatina suspensão oral ------------------- 1 vidro 
Bochechar de três a quatro vezes ao dia durante cinco minutos e cuspir. Fazer o 
tratamento por 15 dias e depois retornar; 
• Avisos para o paciente: 
1. Tem que ser por cinco minutos; 
2. Retire a prótese antes do bochecho; 
3. Como higienizar a prótese: 1 copo da água + 1 colher de hipoclorito (candida) 
durante a noite ou por 24h, enxague e depois coloque de volta; 
* próteses totais não podem ser postas em hipoclorito – por em antisséptico bucal; 
• Em doenças autoimunes com manifestações na mucosa prescrevemos corticóides de 
ação tópica: 
Daktarin gel ------------------------- 1 bisnaga 
Aplicar sobre a lesão 3 a 4 vezes ao dia e aplicar na base da prótese durante 15 dias. 
Retornar para nova consulta; 
- Bom para crianças; 
- Muito utilizado para quelite angular (origem fúngica, candidíase) 
 
14.2. Antivirais 
• Usado para herpes labial recorrente; 
• Sistêmico: Aciclovir comprimido;• Tópico: Aciclovir creme; 
• Pacientes imunossuprimidos tem muita recorrência da doença; 
• Prescrição: 
1. Creme 
Aciclovir creme ----------------------- 1 bisnaga 
Aplicar na lesão de 3 a 4 vezes ao dia até formar crosta; 
(avisar sobre os cuidados que devem ser tomados por conta da autoinoculação); 
2. Comprimidos 
Aciclovir 200 mg (5 dias) 400 mg (3 x ao dia de 8/8 horas) ou 800 mg (2x ao dia de 
12/12h); 
 
 
 
14.3. Antinflamatórios 
• Esteroidais/AIES 
1. Diminuem a permeabilidade capilar; 
2; Reduzem a produção de anticorpos; 
3. Evitar utilizar em crianças pois retarda o crescimento; 
4. Indicações: 
 a. pênfigo vulgar; 
 b. penfigóide benigno da mucosa; 
 c. líquen plano; 
 d. afta maior de 1,5 cm’s; 
5. Medicamentos: 
➢ Oucilon A Oral --------- 1 bisnaga 
Aplicar 4x ao dia na lesão e aplicar na moldeira de acetato a noite; 
➢ Celestone Elixir 0,5 mg ------------- 1 frasco 
Bochechar 1 colher de sopa diluída em 1 colher de água 4x ao dia. Parar de 
usar após a remissão da lesão; 
➢ Decadron (dexametasona) Elixir ----------- 1 frasco 
Bochechar 1 colher de sopa diluído em 1 colher de água 4x ao dia e cuspir; 
➢ Fsarex (proprionato de clobetasol) ------------- 1 bisnaga 
Aplicar 4x ao dia sobre a lesão; 
• Não Esteroidais/AINES 
1. Para úlceras e mucosites; 
Extrato de Camomila (Ad Muc) -------------- 1 bisnaga 
Aplicar sobre a lesão de 4 a 5x ao dia até a remissão da mesma; 
 
14.5. Protetores Estomacais 
• Indicar juntamente com anti inflamatórios AIES e AINES. Principalmente para pacientes 
que relatam problemas gástricos na anamnese; 
• Antak/Omeprazol (10/20mg) ------------ 1 cx 
Tomar 1 cápsula 30 minutos antes das refeições (café da manhã e jantar); 
 
14.6. Antibióticos 
• Amoxicilina 500 mg de 8/8 horas ou 
Amoxicilina 850 mg de 12/12 horas; 
Tomar, via oral, 1 cápsula de 8/8 horas por sete dias (500mg) ou 5 dias (850 mg); 
 
• Clindamicina 500 mg ---------- 21 comp 
Tomar, via oral, 1 cápsula de 8/8 horas por 7 dias; 
(mais forte, usar em último caso);

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