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Sérgio Henrique Ferreira de Souza Thiago dos Santos Bandeira Lucas Matheus Vieira Lopes José Luiz Conceição Ferreira TÍTULO DO TRABALHO (Métodos e Escolas de inastica) BELEM-PA 2020 2 TÍTULO DO TRABALHO Trabalho apresentado no curso de graduação de Bacharelado em Educação Física da Universidade Maurício de Nassau, da turma 3NNA Docente: Profª Maria Auxiliadora Monteiro /Disciplina: Modalidades Esportivas de Ginástica BELÉM-PA 2020 3 Métodos e Escolas de Ginastica Introdução O movimento ginastico europeu ocorreu no século XIX, e abrange estilos de trabalho com ginastica na escola, propostos pela Alemanha, Suécia, França, que juntamente como o esporte da Inglaterra formaram as bases da Educação Física que ainda vigoram no mundo. Esses métodos foram formulados com os princípios da cultura Grega antiga que enaltece a saúde, a força e a beleza e teve todas as atividades da Educação Física denominadas de ginastica. A partir do ano de 1800 vão surgindo na Europa, em diferentes regiões, formas distintas de encarar os exercícios físicos. Essas formas receberão o nome de métodos ginásticos e correspondem aos quatro países que deram origem as primeiras sistematizações sobre a ginastica nas sociedades burguesas como a Alemanha, Suécia, França e a Alemanha. De modo geral, todos tinham finalidades semelhantes, regenerar a raça, promover a saúde, formar pessoas para servir a pátria e a indústria e por fim, para desenvolver a moral dos cidadãos, tinha como objetivo, criar um espirito nacionalista para defender a pátria, para atingir o corpo saudável, era necessário ter base cientifica em biologia, fisiologia e anatomia, tinha um conteúdo altamente higiênico para tornar os corpos mais ágeis, fortes e robustos. Com a evolução da educação física, a ginástica especializou-se, de acordo com as finalidades com que é praticada ou então em correspondência com os movimentos que a compõem. Enquanto modalidade esportiva, não parou de se desenvolver. Dentre as provas esportivas dos Jogos Olímpicos, é uma das mais antigas. Por isso e por seu desenvolvimento, sua história é constantemente confundida com a de sua primeira ramificação, a artística, o que não fere suas individualidades. Fora das escolas e dos ginásios, a ginástica conquistou espaço por desempenhar função na sociedade industrial, apresentando-se capaz de corrigir os vícios da postura acarretados pelos esforços e repetições físicas no ambiente de trabalho. Tal capacidade mostrava sua vinculação com a medicina e isso lhe rendeu status entre os adeptos e estudiosos dessas questões, adquirindo então uma nova ramificação em sua história evolutiva. Durante o século XIX, a ginástica passou a refletir apenas o significado de prática esportiva moderna, deixando para trás a preparação militar e a preparação para e junto a outras atividades, como o atletismo praticado nos Jogos Olímpicos antigos. Nesta época, surgiram e aprimoraram-se as escolas inglesa, alemã, sueca e francesa. Exceto a inglesa, destinada unicamente a elaboração de jogos e a atividade atlética, as demais determinaram e expandiram os métodos ginásticos, passados através dos movimentos europeus que resultaram na criação das Lingiadas, festival internacional de ginástica criado em comemoração aos cem anos da morte de Ling. Estes movimentos ainda se influenciaram e universalizaram os conceitos ginásticos, posteriormente trabalhados dentro de cada modalidade. 4 Desenvolvimento Movimento ginastico europeu criação de movimentos ligados a ginastica para condicionamento e busca por boa saúde forma de diferenciação social. Na Alemanha, a ginástica surge para atingir as finalidades apontadas anteriormente, particularmente a defesa da pátria, uma vez que este país, no início do século XIX, não havia ainda realizado a sua unidade territorial. Era preciso, portanto, criar um forte espírito nacionalista para atingir a unidade, a qual seria conseguida com homens e mulheres fortes, robustos e saudáveis. Acreditavam os idealizadores da ginástica alemã que este “espírito nacionalista” e este “corpo saudável “poderiam ser desenvolvidos pela ginástica, construída a partir de “bases científicas”, ou seja, das ciências que dominavam a sociedade da época: a biologia, a fisiologia, a anatomia. Guts Muths, um dos fundadores da ginástica na Alemanha, assim se expressava sobre o que deve dar fundamento à ginástica: “eu bem sei que uma verdadeira teoria da ginástica deverá ser fundada sobre bases fisiológicas e que a prática de cada exercício ginástico deverá ser calculada segundo a constituição de cada indivíduo.” Baseada nas leis da fisiologia, a ginástica para este autor deveria ser organizada pelo Estado e ministrada todos os dias para todos: homens, mulheres e crianças. Note-se que, no início do século XIX, já aprece uma preocupação com o corpo da mulher, pois ela é que gera os “filhos da pátria”. A ginástica, então, ministrada todos os dias, seria o meio educativo fundamental da nação, disseminando cuidados higiênicos com o corpo e com o espaço onde se vive. As preocupações que nortearam os idealizadores da ginástica na Alemanha deitam raízes nas teorias pedagógicas de Rousseau, Basedow e Pestalozzi, teorias que justificam a ideia de formar o homem completo (universal) e nas quais o exercício físico ocupa lugar destacado. Outro idealizador da ginástica na Alemanha que acompanha as ideias dos pedagogos liberais é Friederich Ludwig Jahn (1778 – 1825). Jahn reforçará, para além da saúde e da moral, o caráter militar da ginástica. Ele acreditava que, para formar o “homem total”, a ginástica deveria estimular a aplicação dos jogos, pois eles constituem verdadeira fonte de emulação social, e dava, especial atenção às lutas uma que que lhe era sempre presenta a possibilidade de uma guerra nacional. Em suas formulações práticas para execução dos exercícios físicos, Jahn cria “obstáculos artificiais”, que mais tarde serão denominados de “aparelhos de ginástica”. Com forte orientação de teor cívico e patriótico, a ginástica de Jahn encontra grande respaldo na classe dirigente, que acaba por reforçar o caráter militar e patriótico de seu movimento de ginástica denominado “Turnen”. Este movimento era constituído de “grandes festas gímnicas, grandes encontros de massas muito disciplinadas, que são organizados a partir de 1814, mas sobretudo depois de 1860. Encontra-se (no Turnen) [...] uma primeira forma de instrução física militar, destinada às massas, que corresponde às necessidades práticas da burguesia” (Rouyer,s.d.,p.117). Essa forma de instrução física militar, destinada às massas, embora disseminasse, do ponto de vista ideológico, a moral e o patriotismo, apresentava um forte conteúdo higiênico e tinha por finalidade primeira tornar os corpos ágeis, fortes e robustos. Em momento algum a saúde física deixou de pontuar aquelas propostas, e o corpo anatomofisiológico sempre foi seu objeto de 5 atenção. O viés médico-higiênico emprestava o caráter científico que, juntamente com a moral burguesa, completava o caráter ideológico. Se Guts Muths e Janh preocuparam-se destinados às massas, Adolph Spiess (1810 – 1858) preocupa-se com a ginástica nas escolas e, assim como Basedow, propõe que um período do dia seja dedicado ao exercício físico. A.R. Accioly (1949,p.9) assim esquematiza o sistema de ginástica escolas de A. Spiess: exercícios sem aparelhos, membros superiores e membros inferiores, exercício de suspensão, barras, paralelas e cordas, exercício de apoio, apoio propriamente dita, suspensão e balanceamentos, ginastica coletiva, marchas e exercícios ou ordem unida. Como podemos verificar, o sistema de ginásticade A. Spiess é absolutamente mecânico e funcional, muito embora a historiografia da Educação Física enalteça valores “pedagógicos” de seu sistema. Conforme observa A.R. Accioly, Spiess “conceituava a educação como indivisível, abraçando toda a natureza da criança e situando a ginástica como responsável pela perfeição do corpo que a poria em equilibro com a alma”. De um modo geral, o movimento de ginástica na Alemanha caracterizou-se por um forte espírito nacionalista, e os famosos “Turnen” de Jahn desenvolveram-se a partir de 1870 sob quatro orientações: nacionalista, socialista, ultranacionalista e racista. Já no século XX, particularmente após a Primeira Guerra Mundial e a derrota da Alemanha, a tendência ultranacionalista irá segundo J. Rouyer, “servir os apetites de espaço vital do imperialismo alemão e o movimento é utilizado para mobilizar a juventude, servindo-se da ginástica e das técnicas dos desportos individuais. Depois de 1935 o movimento gímnico contribui para a formação do jovem fascista rigorosamente controlado” (s.d., p. 179). O investimento no corpo dos indivíduos, através da ginástica de massas, ou daquelas ministradas nas escolas, considera, no limite, cada indivíduo como um soldado que repete na disciplina um gesto idêntico. O exercício físico, então, apresenta-se como uma aplicação realista das teorias educacionais que exaltam o desenvolvimento completo do homem universal. Sob uma teoria da Educação física idealista e individualista, que em outras circunstâncias passaria ao largo das preocupações da burguesia alemã, ela satisfaz uma necessidade prática: proporcionar uma instrução física de massas e atender, por esta via, a necessidade histórica da unidade nacional para a defesa da pátria, e, mais tarde, para a defesa contra agressão imperialista. No Brasil, segundo o professor Inezil Penna Marinho (s.d. –b, p.39), a implantação da ginástica alemã ocorre na primeira metade do século XX. A historiografia da Educação Física brasileira, registra que a implantação na ginástica alemã, neste período, deve-se ao grande número de imigrantes alemães que aqui se instalaram, e que tinham naquela ginástica, um hábito de vida. Sua implantação também atribuída aos soldados da Guarda Imperial, que eram de origem prussiana e que, ao deixarem o serviço militar, não mais regressavam ao país de origem, preferindo permanecer no Brasil. Esse contingente populacional de origem alemã cria inúmeras sociedades de ginástica com as características básicas traçadas por Jahn, Guts Muths e Spiess. Por volta de 1860, o método alemão é consagrado como o método oficial do exército brasileiro, e, em 1870, o Ministro do Império determina a tradução e publicação do “Novo Guia pra o Ensino de Ginástica das Escolas Públicas da Prússia”. O método alemão permanece oficial na Escola Militar até o ano de 1912, quando então é substituído pelo método francês. Quanto às 6 escolas primárias, o método alemão não foi considerado pelos brasileiros como o mais adequado. Rui Barbosa o combateu para as escolas, preferindo que as mesmas adotassem o método sueco. O método sueco foi criado por Per Henrik Ling (1776- 1839), bem reconhecido pelos círculos de poder; Baseia-se num sistema, bastante rígido, que faça um desenvolvimento harmônico com todo o corpo, Com o objetivo de ser “para todos os públicos”, a metodologia usada por este método consiste em exercícios simétricos, de fácil compreensão, Com dificuldade progressiva, sem aparelhos, Dividia-se em aquecimento, parte fundamental e relaxamento, Comandos pela voz e pela música. O método sueco se divide em Ginástica Militar Tinha como base o trabalho educativo e acrescentava exercícios militares como: Tiro, esgrima, lançamentos. Ginástica Médica Apoiada nos movimentos pedagógicos e visava eliminar vícios ou defeitos posturais e prevenir certas enfermidades. Ginástica Estética desenvolver organismo harmonicamente, com atividades que proporcionem beleza e graça ao corpo. Ginástica Educativa Visava evitar vícios posturais e enfermidades, fazendo com que ocorra o desenvolvimento normal do indivíduo. O método inglês se dedicado unicamente a elaboração de jogos e a atividade atlética, A educação era promovida por meio das regras dos jogos esportivos: organização, regras, técnicas e padrões de conduta; difundiu os principais esportes da atualidade. O método francês Criado pelo Coronel espanhol Francisco Amoros, Foco nos exercícios físicos para moldar e adestrar o corpo, percursor da ciência da análise e mecanismo do movimento, enfoque também na beleza do movimento, a busca pelo “corpo belo”. A metodologia do método francês é uma das principais vertentes era a da Ginástica Natural: Se baseava em exercícios físicos como: natação, marcha, corrida, saltos, quadrupedismo, equilibrismo, trepar, levantar, lançar, defender, atividades de utilidade como o hipismo e o ciclismo e as de cunho recreativo como os jogos, as danças, os esportes e outros. É uma reação a esteriotipação da ginástica com exercícios de ordem, exercícios militares, ginástica de aparelhos etc. O método dinamarquês teve como idealizador, Niels Bukh, tinha o conceito envolvido com a política, cooperou com o regime nazista com melhorias na preparação dos combatentes, tem como característica, seus movimentos suaves e naturais, foi o primeiro a implantar ginástica nas escolas do seu país. A metodologia Bukh classificava seus exercícios como: Geradores de força e potência muscular. Com o uso de aparelhos que forneçam resistência, geradores de flexibilidade, dando mais mobilidade e estabilidade às articulações, geradores de destreza, melhorando a velocidade, habilidade e coragem. O aparecimento da ginástica natural na Áustria e França foi simultâneo e integrou definitivamente a Educação Física no painel pedagógico em 1919 – 1931. A metodologia chamou atenção por ser baseada em exercícios naturais: natação, a marcha, a corrida, o salto, quadrupedismo, o equilibrismo, o levantar. O lançar e o defender, atividades de utilidade como hipismo e o ciclismo e as de cunho recreativo como os jogos, as danças, os esportes e outros. Na Áustria, os idealizadores do método natural foram Carl Goulhofer e Margarete Stricher. O método foi idealizado, entre outras razões, por uma reação contra a estereotiparão da ginástica com suas formas geométricas e exercícios de ordem, os exercícios de caráter militar, que haviam sido introduzidos nas escolas, a ênfase terapêutica (médica) da ginástica com caráter exclusivamente competitivo nos aparelhos de ginastica. Na França, Georges 7 Hébert, um oficial da Marinha, foi o responsável pelo surgimento da ginástica natural naquele país, e que influenciou decisivamente a doutrina ginástica francesa. Podemos fazer uma comparação com os métodos mencionados com os dias de hoje ressaltando que, no início a ginástica ficou vinculada a preparação e com o passar do tempo a ginástica antiga assim com atual foram se aperfeiçoando e hoje em dia são bem semelhantes elas têm em comum priorizar a saúde a força e a beleza das atividades físicas além de construir o caráter do cidadão através de disciplina, foco, responsabilidade e comprometimento com o esporte inserindo assim na sociedade pessoas de bem pois ela fica tanto na saúde quanto na moral do indivíduo sendo muito bom e fazendo muito bem sendo composta por várias modalidades como a de alto desempenho e também como aprimoramento corporal. Considerações finais Ginástica foi evoluindo junto com a educação física, pode-se dizer que as escolas cumpriram o seu objetivo de se tornar parte da sociedade, os métodos influenciaram muito nos conceitos ginásticos, que depois foram trabalhados nas modalidades da ginástica, atualmente, a ginástica tem cinco campos de atuação unidos no conceito, mas separados pelos fins de: condicionamento físico, de competições, fisioterapêuticas,de demonstração e de conscientização corporal. Os métodos de ginastica estão ligados diretamente a qualidade de vida. Os benefícios são inúmeros, de caráter físico e também mental, esta pratica de exercícios esta em crescente ascensão entre a sociedade nos últimos anos, podemos mencionar os benefícios como: Melhora a alimentação, controle do estresse, aumenta o bem estar, aumento da capacidade física e diminui o cansaço, melhora a criatividade, satisfação, melhora o sono e aumento de índice de felicidade. Estes benefícios acontecem na qualidade de vida e no cotidiano das pessoas, devido ao grau de satisfação das pessoas no momento da atividade física, além das ligações químicas e liberações de hormonais mesmo depois de terminar a pratica do exercício físico. Referencial Bibliográfico https://docero.com.br/doc/c51e5s https://docero.com.br/doc/c51e5s
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