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ENFERMIDADES VEICULADAS POR ALIMENTOS (EVA) IMPORTÂNCIA DOS ALIMENTOS Por que comemos? Qual a relação saúde e alimento? Quais atributos de um alimento saudável? Enfermidades Transmitidas por Alimentos Alimentos produzidos em quantidade e qualidade (nutricional e higiênico-sanitária) Enfermidades Veiculadas por Alimentos Alimentos não são totalmente isentos de PERIGO para saúde – podem se tornar impróprios para o consumo por microrganismos, seus metabólitos e contaminantes não microbianos – Enfermidades Veiculadas por Alimentos Enfermidades Veiculadas por Alimentos EVA (OPAS) – síndrome originada pela ingestão de alimentos e/ou água contendo agentes etiológicos em quantidade que afeta a saúde do consumidor Enfermidades Veiculadas por Alimentos Origem Física Química Biológica Naturais Enfermidades Veiculadas por Alimentos Intoxicações Toxinfeções Infecções Enfermidades Veiculadas por Alimentos Microganismos Úteis ou benéficos Deteriorantes Patogênicos Enfermidades Veiculadas por Alimentos Características Quadro clínico gastro-intestinal Curto período de incubação (PI) Curta duração - geralmente "autolimitante" Enfermidades Veiculadas por Alimentos Características Cefaleia Azia Náusea Cólicas Diarreia Febre Aborto Cegueira Paralisia Morte... Enfermidades Veiculadas por Alimentos Gravidade e risco Microrganismo Indivíduo Dose ingerida Enfermidades Veiculadas por Alimentos Ocorrência Pequeno número de casos de ETA é notificado Muitos patógenos causam sintomas brandos / vítima não procura auxílio Notificação países desenvolvidos: < 10% países em desenvolvimento: < 1% Dificuldades Diagnóstico diferencial Rastrear o alimento Enfermidades Veiculadas por Alimentos Casos de Diarréias Agudas notificadas pelas unidades sentinela, no Programa MDDA, estado de São Paulo, 2000-2006 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 64.186 144.664 174.922 343.099 403.653 467.933 617.009 Dentre as causas importantes de diarréia, segundo os dados do CVE/SES-SP, destaca-se, na última década, a veiculação por alimentos (quase 80% dos surtos). Um estudo sobre diarréia na população no ano 2000 (Zaparoli et al.), em áreas do projeto de Vigilância Ativa da DDTHA/CVE mostrou que somente 40% das pessoas doentes com diarréia procuram serviços médicos; outro estudo, de 2002 (Takimoto et al.), com dados ainda preliminares, realizado no município de Botucatu, uma das área do projeto de Vigilância Ativa, mostrou um percentual próximo ao anterior (36%). MDDA - Considerações Os dados de mortalidade e morbidade hospitalar não permitem conhecer a incidência da doença na população. Os dados de MDDA, refletem apenas o número de casos de pessoas que procuram os serviços de saúde (SUS). Estimativas são necessárias para se conhecer o impacto da doença na população. Mais de 700 mil casos de diarréia foram registrados pelo programa, estimando-se que ocorram no Estado de São Paulo cerca de 2 milhões de casos de diarréia por ano. MDDA - Considerações Perdas Dificuldade: dimensionar o valor das perdas Maior utilização do sistema de saúde / investigação / testes laboratoriais Exportação de alimentos Absentismo de funcionários Processos na justiça / fechamento do estabelecimento Morbi-mortalidade (principalmente crianças) Enfermidades Veiculadas por Alimentos Principais fatores causadores (OMS): Preparação dos alimentos com muita antecedência Manutenção destes sob temperaturas favoráveis ao crescimento microbiano Cocção insuficiente Contaminação cruzada Manipuladores infectados Enfermidades Veiculadas por Alimentos Prevenção Controle de qualidade da matéria-prima Cocção adequada (tempo e temperatura) Observar as temperaturas de estocagem (frio e calor) Reaquecimento correto Evitar contato entre produtos crus e processados Observar a higiene e saúde dos manipuladores Higiene ambiental (equipamentos, controle de pragas, etc) Enfermidades Veiculadas por Alimentos Principais agentes etiológicos Staphylococcus aureus Clostridium perfringens Bacillus cereus Escherichia coli Salmonellas Enfermidades Veiculadas por Alimentos Bactérias Bacillus cereus Staphylococcus aureus Clostridium botulinum Clostridium perfringens Escherichia coli Salmonella Vibrio cholerae Vibrio parahaemolyticus Parasitas Anisakis Ascaris Entamoeba Giardia Taenia Toxoplasma Vírus Hepatite A Heptite E Rotavírus Toxinas Naturais Intoxicação por ciguaterra Intoxicação por tetrodotoxina Toxinas de cogumelos Aflatoxinas e outras micotoxinas Enfermidades Veiculadas por Alimentos Agente etiológico Toxinas de Clostridium botulinum identificadas de A a G Características Bacilos G+, formadores de esporos e anaeróbios Toxinas termolábeis (80ºC por 10 a 30min) Germinação exige anaerobiose estrita e pH > 4,5 Tipo A, B, E e F botulismo humano (A mais tóxico) Tipo C e D botulismo animal BOTULISMO Distribuição Solo, sedimentos de cursos d'água e lagos, lodo, trato intestinal de mamíferos, aves, peixes Contaminação dos alimentos por contaminação fecal, solo ou água contaminados BOTULISMO Quadro clínico PI usual de 12 a 36 horas podendo chegar até 8 dias Botulismo clássico (toxinas no alimento) Botulismo de lesões (toxinas em feridas) Botulismo infantil (esporos – germinação, multiplicação e toxigênese no intestino crianças < 1 ano). BOTULISMO Quadro clínico Náuseas, vômitos, cólicas e diarreia podem aparecer precocemente. Cefaleia, vertigens ou tonturas, visão dupla, perda de reflexos à luz, disfagia, ataxia, fraqueza, constipação, cansaço respiratório, parada respiratória. Letalidade: 50 a 65% em 3 a 10 dias. BOTULISMO Alimentos envolvidos Conservas vegetais de preparação caseira, conservas animais, e mel Propensos: enlatados, alimentos acondicionados sob vácuo ou em óleo. Diagnóstico Toxina (8 dias) - Sangue, fezes, conteúdo estomacal. Alimentos suspeitos: extração da toxina e inoculação em camundongos. BOTULISMO Tratamento Terapia respiratória de suporte e soro antitoxina polivalente Controle Evitar germinação de esporos: Aa, pH, Eh... BOTULISMO Agente etiológico Toxinas de Staphylococcus aureus identificadas de A a F Características Cocos G+, não esporógenos e anaeróbios facultativos Multiplica-se entre 10ºC e 46ºC produzindo toxinas. Toxina termorresistente Toxina tipo A mais prevalente (75% surtos) INTOXICAÇÃO ESTAFILOCÓCICA Distribuição Homem - cavidade nasal mãos, unhas e lesões da pele Animais como bovinos e caninos podem ser portadores 15 -20% S.aureus isolado em humanos são enterotoxigênicos Infecções purulentas e mastite estafilocócica focos INTOXICAÇÃO ESTAFILOCÓCICA Quadro clínico PI de 30 min a 8 horas, usualmente 2 a 4 horas. Repentino mal-estar com náuseas, vômitos, dor abdominal e prostração. É frequente ocorrer diarreia, porém sem febre. Curta duração (um ou dois dias) INTOXICAÇÃO ESTAFILOCÓCICA Alimentos envolvidos Presunto cozido, produtos cárneos, aves , saladas, molhos, massas recheadas de creme, batatas, saladas, aves, peixes, leite e queijo. Alimentos c/ alta umidade e de elevado teor protéico. Diagnóstico Sinais clínicos, período de incubação e o tipo de alimento Cultura e detecção da toxina em filtrados do cultivo ou em extratos de alimentos. INTOXICAÇÃO ESTAFILOCÓCICA Controle Educação e aplicação de medidas de higiene pessoal e de manipulação de alimentos. Refrigeração rápida de produtos de origem animal a temperaturas inferiores a 4ºC ou seu cozimento imediato (pós-manipulação) a temperaturas superiores a 60ºC. INTOXICAÇÃO ESTAFILOCÓCICA Agente etiológico Toxinas do Bacillus cereus Características Bacilo G+, aeróbio, mesófilo e produtor de esporos Toxina diarreica: termolábil (55ºC por 20 min) e necrótica Toxina emética: termorresistente (126ºC por 90 min), tolera ampla faixade pH (2 a 11) INTOXICAÇÃO POR Bacillus cereus Distribuição Solo e meio ambiente - esporos presentes no ambiente (natural, doméstico e hospitalar) Contaminação inicial dos alimentos com os esporos nas sobras mantidas entre 4 e 49ºC há multiplicação bacteriana ingestão das toxinas e do agente intoxicação INTOXICAÇÃO POR Bacillus cereus Quadro clínico Síndrome emética: mais comum PI de 30min a 6 horas e predomínio de náuseas e vômitos duração máxima de 24 horas. Similar à ação da toxina estafilocócica. Síndrome diarreica: PI de 8 a 16 horas dores abdominais, diarreia aquosa profusa, tenesmo e náuseas – duração de 12 a 24 horas. Similar ao sintomas produzidos pelo C. perfringens. INTOXICAÇÃO POR Bacillus cereus Alimentos envolvidos S. emética: arroz e outros cereais S. diarreica: vegetais crus e cozidos, pescado, massas, pudins à base de amido, carnes, leite e sorvete. INTOXICAÇÃO POR Bacillus cereus Controle Os alimentos devem ser resfriados rapidamente, em pequenas porções e mantidos abaixo dos 4ºC ou acima dos 55ºC. Reaquecimento deve dar-se acima de 75ºC. Higiene dos alimentos, equipamentos e manipulação adequada. INTOXICAÇÃO POR Bacillus cereus Agentes etiológicos Salmonella enterica (+ de 2000 sorotipos, incluindo Paratyphi), S. bongori Características Bacilo G-, anaeróbio facultativo e não produtor de esporo Multiplicam-se entre 7 e 46ºC Destruída em temperaturas superiores a 60ºC por 12 min SALMONELOSE Distribuição Mamíferos, aves, répteis e o homem infectado Transmissão ao alimento através de fezes e água SALMONELOSE Quadro clínico PI de 12 a 36 horas Salmoneloses: dores abdominais, calafrios, febre, náuseas, vômitos e diarreia. Duração de 1 a 4 dias. Letalidade baixa: 0,1 a 0,2% 50% dos indivíduos acometidos eliminam a Salmonella por 2 a 4 semanas após a doença Febre tifóide: cefaleia, febre alta, diarreia, vômitos, septicemia – pode ocorrer sangramento no intestino e nariz. Duração de 8 semanas. Letalidade em torno de 10% Febre entérica: mesmo que o anterior só que mais brandos. Duração de 1 a 3 semanas SALMONELOSE Alimentos envolvidos Produtos lácteos, ovos (pudins, gemadas, maioneses), carnes (bovina, suína e de aves) e derivados. Alimentos com alto teor de umidade e elevada % proteína. SALMONELOSE Controle Tratamento dos efluentes e dos dejetos de origem animal, higiene do abate, pasteurização do leite, manipulação adequada de alimentos, conservação e cocção nas temperaturas corretas e tratamento dos animais enfermos. SALMONELOSE Agente etiológico Listeria monocytogenes Características Bacilos G+, anaeróbio facultativo e não produtores de esporo Cresce na faixa de temperatura entre 2,5ºC e 44ºC Suporta sucessivos congelamentos e descongelamentos Multiplica bem em baixa Aa e sobrevive em níveis de 120ppm de nitrato de sódio e 3% de sal LISTERIOSE Distribuição Homem (assintomáticos inclusive) e em diversas espécies animais (ruminantes, monogástricos, aves, peixes, larvas de inseto e rãs) Coloniza o ambiente habilmente sendo encontrada em ralos, pisos, águas estagnadas, resíduos, utensílios e equipamentos (geladeira). Ambientes de alta umidade e presença de nutrientes LISTERIOSE Quadro clínico PI variável de 1 dia a semanas Diarreia, febre moderada, fadiga, mal-estar, podendo manifestar náuseas, vômitos e dores abdominais. Sintomas nervosos como consequência de meningite, encefalite e de abcessos crianças e idosos evolução clínica fulminante com 70% de letalidade Mulheres grávidas aborto, parto prematuro, natimorto ou septicemia neonatal Imunodeprimidos letalidade de 30% LISTERIOSE Alimentos envolvidos Produtos lácteos, produtos cárneos crus ou processados, produtos vegetais e de origem marinha Controle Limpeza e sanificação dos equipamentos, evitar contaminação cruzada, criar barreiras ao acesso de insetos e animais na indústria, higiene no ambiente e dos manipuladores. LISTERIOSE Agente etiológico Escherichia coli Características Bastonetes G-, anaeróbio facultativo, mesófilo e não esporógeno Cinco categorias: EPEC - Escherichia coli enteropatogênica ETEC - Escherichia coli enterotoxigênica EIEC - Escherichia coli enteroinvasiva EHEC - Escherichia coli enterohemorrágica EaggEC - Escherichia coli enteroagregativa INFECÇÃO POR E. coli Distribuição Microbiota normal do TGI de mamíferos Transmissão ao alimento através de fezes, água, solo, equipamentos, insetos, aves e animais domésticos INFECÇÃO POR E. coli Quadro clínico Invasiva: febre, calafrios, cefaleia, mialgias, espasmos abdominais e diarreia aquosa profusa. PI de 8 a 24 hs. Manifestação semelhante à Shigella. Enteropatogênica: GE em crianças: vômito, diarreia, dores abdominais e febre. No Brasil 30% dos casos de diarreia aguda em crianças < de 6 meses de idades. PI de 12 a 72hs INFECÇÃO POR E. coli Quadro clínico Enterotoxigênica: envolve a produção de toxinas termolábeis (60oC por 30min) e termoestáveis (100ºC por 30min) “Diarreia do viajante”: diarreia aquosa, dores abdominais, febre baixa e náuseas. Nos casos mais severos: diarreia semelhante à água de arroz, vômito, desidratação e choque. PI de 8 a 44 hs INFECÇÃO POR E. coli Quadro clínico Enterohemorrágica: colite hemorrágica – dores abdominais severas e diarreia com grandes qtdes de sangue e ausência de febre. Pode evoluir p/ a Síndrome Urêmica Hemolítica (falência renal, insuf. renal crônica). Bovino é um reservatório natural. PI de 3 a 9 dias. INFECÇÃO POR E. coli Alimentos envolvidos Água e alimentos em condição insatisfatória de higiene. Enterohemorrágica “doença do hambúrguer” Controle Higiene pessoal e de manipulação, evitar contaminação cruzada e rigoroso controle das temperaturas de processamento e de refrigeração INFECÇÃO POR E. coli Agente etiológico Yersinia enterocolitica Características Bacilo G-, anaeróbio facultativo, psicrotrófico, não produtor de esporo e termossensível Multiplicam-se entre –1,3ºC e 42ºC YERSINIOSE Distribuição Suínos são considerados as principais fontes (carregam na faringe). Isolada de uma grande variedade de animais: vacas, chinchilas, coelhos, cobaias, macacos, peixes, aves, carneiros e cavalos. Pessoas em contato direto com animais são mais susceptíveis. YERSINIOSE Quadro clínico PI de 24 a 36 horas ou mais Região acometida é a ileocecal: enterite, ileíte e linfadenite mesentérica. Dores abdominais sugerindo apendicite aguda. Febre, dores de cabeça, mal-estar, anorexia, diarreia, vômitos e náuseas. Infecções extra-intestinais podem ocorrer: septicemias, artrite, endocardite, glomerulonefrite e lúpus eritematoso. A GE pode se estender por vários meses. YERSINIOSE Alimentos envolvidos Carne de porco, leite cru e qualquer outro alimento contaminado. Controle Eliminação do microrganismo nos suínos, higiene pessoal e na manipulação e utilização de água tratada. YERSINIOSE Agente etiológico Vibrio parahaemolyticus Características Bacilo G-, anaeróbio facultativo, halófilo e não produtor de esporo Cresce entre 5 e 42ºC, sendo 37ºC a temp. ideal Muito sensível ao calor (60ºC por 15min), ao frio (< 5ºC ele é inativado) e à desidratação Distribuição Águas litorâneas (temp >15ºC) e alimentos de origem marinha. Vibrio parahaemolyticus Quadro clínico PI de 4 a 96 horas, normalmente de 12 a 24 hs Diarreia profusa, dor abdominal, náusea, algumas vezes vômito e febre. Geralmente é autolimitante mas nos casos mais graves é indicada a terapia de suporte e antibioticoterapia Pode causar infecções extra-intestinais olhos e feridas Peixes recém pescados – contagem de 102 UFC/g Para que ocorra infecção: 105 – 107 UFC/g Vibrio parahaemolyticus Alimentos envolvidos Basicamente alimentos marinhos crus. Brasil : isoladas de ostras no litoral de SP, crustáceos e moluscos no RJ e lagostas em CE. Controle Cozimento, refrigeração e congelamento adequados dos produtos marinhos. Vibrio parahaemolyticusAgente etiológico Campylobacter jejuni, C. lari e C.coli Características Bacilos G-, microaerófilos e não produtores de esporo Crescem em faixa estreita de temperatura: 30 e 47ºC C. jejuni: algumas cepas produzem toxinas termolábeis Altamente sensíveis ao sal, pH ácido, desidratação, congelamento e calor. Não se desenvolve bem fora do hospedeiro. CAMPILOBACTERIOSE Distribuição TGI de animais domésticos e silvestres, ppte. aves C. lari flora intestinal de aves aquáticas C. coli suínos Contato direto c/ animais doentes ou infectados e ingestão de água e alimentos. CAMPILOBACTERIOSE Quadro clínico PI de 2 a 5 dias – até 10 dias Dose infectante baixa Enterocolite: diarreia acompanhada de febre baixa e dores abdominais. Em alguns casos a febre pode estar alta e as fezes c/ sangue. Vômitos são raros. Diarreia pode durar de 2 a 3 dias enquanto as dores abdominais podem persistir por até 3 semanas. Geralmente autolimitante. Quando ocorrer febre, é indicada a antibioticoterapia. CAMPILOBACTERIOSE Alimentos envolvidos Leite cru contaminado com matéria fecal, leite mamítico, carnes e miúdos de aves e de outros animais insuficientemente cozidas. Diagnóstico Isolamento a partir dos pacientes e dos alimentos suspeitos Controle Evitar contaminação cruzada entre alimentos. Medidas higiênicas e tratamento térmico adequado (frio / calor) CAMPILOBACTERIOSE Agente etiológico Shigella sonnei, S. dysenteriae, S.boydii e S.flexneri Características Bacilo G-, anaeróbio facultativo e não produtor de esporo Temperatura ideal de multiplicação: 37ºC Causa infecção e ainda produz toxinas (toxina de Shiga). DISENTERIA BACILAR Distribuição Homem infectado e ambiente. Transmissão principalmente pessoa a pessoa. Está sempre associada à higiene pessoal e condições sanitárias deficientes DISENTERIA BACILAR Quadro clínico PI de 1 a 7 dias, geralmente de 4 dias. Sintomas variam muito de intensidade: desde uma infecção fraca (assintomática) s/ febre até uma disenteria fulminante. Disenteria: diarreia na qual as fezes apresentam muco e sangue – tenesmos, desidratação, toxemia e até convulsão Geralmente autolimitante com recuperação em 1 a 2 semanas. DISENTERIA BACILAR Alimentos envolvidos Alimentos úmidos de vários tipos: leite, feijão, batata, peixe, camarão, peru e outros Controle Práticas adequadas de higiene DISENTERIA BACILAR Agente etiológico Clostridium perfringens tipo A, C e D. Características Bacilo G+, anaeróbio e produtor de esporo Possuem cepas termorresistentes (100ºC por 60min) e termolábeis (100ºC por 10min) Cresce numa ampla faixa de temp. 15-50ºC, sendo o ideal entre 43 e 47ºC Enterotoxinas sensíveis ao pH ácido e à ação enzimática. TOXINFECÇÃO POR Clostridium perfringens Distribuição Solo e TGI de homens e animais C. perfringens tipo A é o mais comum e apresenta distribuição mundial. Ingestão de alimentos contendo C. perfringens esporulam no ID produzindo a toxina Contaminação do alimento se dá pelas mãos dos manipuladores, roedores e moscas. TOXINFECÇÃO POR Clostridium perfringens Quadro clínico Intoxicação: C. perfringens tipo A Dores abdominais agudas, diarreia c/ náuseas e febre. Vômitos são raros. PI de 8 a 12 horas e duração de 24hs. Geralmente é branda, porém muito frequente. Enterite necrótica: C. perfringens tipo C Dores abdominais agudas e muito intensas, diarreia sanguinolenta e inflamação necrótica do ID sendo frequentemente fatal. TOXINFECÇÃO POR Clostridium perfringens Alimentos envolvidos Carnes de um modo geral, embutidos, conservas de peixes, patês e queijos fermentados. Controle Conservação dos alimentos acima de 60ºC ou abaixo de 4ºC. Cuidado com o reaquecimento de alimentos. TOXINFECÇÃO POR Clostridium perfringens OBRIGADA PELA ATENÇÃO!!!
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