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MEL - produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas, a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas. Mel floral: obtido do néctar das flores. Pode ser subdividido em: - Mel monofloral: obtido de uma única espécie de flor - Mel multifloral: diferentes origens florais Mel de melato: obtido a partir de secreções das partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas. Caracteristicas: - cor: de incolor a pardo-escuro, varia conforme origem - sabor e aroma: característico, adocicado, varia conforme origem - consistência: liquido, parcialmente cristalizado Composição: 80% açúcares, 20% água, pouca vitamina e mineral. O mel cristaliza devido alta [] de açúcar. É natural e pode ser favorecida pelo local de conservação. - No máximo leveduras se multiplicam no mel. - alimento + envolvido nos casos de botulismo no BR. O botulismo se mantem no mel na forma de esporos. Se um adulto comer, o estomago não permite seu desenvolvimento. No intestino ele encontraria uma boa condição se não fossem 2 coisas: bactérias que competem com o C. botulinum e produção de ácido lático. Ou seja, não permitem o desenvolvimento. Já em crianças o pH é interessante e não há bactérias intestinais para competir, fazendo se desenvolver. Então, ideal não dar mel para crianças até 2 anos. Método de obtenção: - escorrido: obtido pelo escorrimento dos favos desoperculados, sem larvas - prensado: obtido pela prensagem dos favos, sem larvas - centrifugado: obtido pela centrifugação dos favos, sem larvas Para vendas: - mel: mel em potinho, estado líquido - mel em favos: mel armazenado pelas abelhas em células de favos - mel com pedaços de favos: mel que contem um ou + pedaços de favo Caracteristicas físico-quimicas - Açúcares: no mel floral mínimo de 65% e no melato mínimo de 60%. Valores menores significa que está ocorrendo fermentação de leveduras. - Umidade: máximo de 20% - Atividade diastásica: abelhas tem enzima diástase que auxilia na digestão de amidos. Deve estar presente no mel para provar que é mel mesmo e não xarope de glicose. - É alto conservante! Geléia Real - apresenta hormônios que desenvolvem o aparelho reprodutor da larva. A larva se torna abelha rainha - abelha rainha sai 1 vez da colméia para o vôo nupcial (24h), armazena o sêmen e passa o resto da vida produzindo ovos. - é o produto da secreção das glândulas cefálicas das abelhas operarias. Elas depositam na célula real e deixam maturando - além dos hormônios há 80% água, 4% açúcar, 1% vitamina e de minerais, 10% proteínas e 4% de lipídeos. Conservação: em temperaturas nefativas (-16ºC até -25ºC) Caracteristicas sensoriais: cremosa, sabor ácido e picante, cor branco ou marfim Comercialização: geléia real fresca (só geléia no pote) ou geleia real in natura (célula real com geléia dentro) Própolis - produzido para proteção das colméias, funcionando como selante para manter umidade e evitar microrganismos. Composição: 50% resina, 20% óleo, 20% cera, 10% outros (vit, minerais, proteínas...) Tem ação bactericida, bacteriostática, fungicida, fungiostatica e anti-viral. Efeito anestésico local e AI. Caracteristicas: maleável a rígido, gosto resinoso ou picante, cor amarelo claro a pardo escuro. Conservação: em temperatura ambiente. Salmonelose Agente: salmonella entérica, salmonella bongori Caracteristicas: bacilo G-, anaeróbio facultativo e não produtor de esporos, multiplicam-se entre 7 e 46ºC, destruída por temperaturas superiores a 60ºC por 12min. Transmissão ao alimento através de fezes e água. Quadro clínico: PI de 12 a 36h - Salmonelose: dores abdominais, calafrios, febre, náuseas, vômitos e diarreia. Duração de 1 a 4 dias. Letalidade baixa: 0,1 a 0,2%. 50% dos indivíduos acometidos eliminam a Salmonella por 2 a 4 semanas após a doença - Febre tifóide: cefaleia, febre alta, diarreia, vômitos, septicemia – pode ocorrer sangramento no intestino e nariz. Duração de 8 semanas. Letalidade em torno de 10% - Febre entérica: mesmo que o anterior só que mais brandos. Duração de 1 a 3 semanas. Alimentos envolvidos: produtos lácteos, ovos (pudins, gemadas, maionese..), carnes e derivados. Alimentos com alto teor de umidade e elevada % de proteínas. Controle: tratamento dos efluentes e dos dejetos de origem animal, higiene do abate, pasteurização do leite, manipulação adequada de alimentos, conservação e cocção nas temperaturas corretas e tratamento dos animais enfermos. Abate de ruminantes 1ª etapa – recepção: currais de chegada e seleção – área de recebimento e apartação dos animais. 2ª etapa – currais de descanso/matança: animais aptos a matança normal seguem para este curral. Os animais ficam por um tempo se recuperando do stress, 24h. Jejum alimentar. Já os que necessitam de um exame + detalhado seguem para os currais de observação. 3ª etapa – banho de asperção: corredor com canos de água hiperclorada que banham os animais. Limpa a pele, causa vasoconstrição periférica e diminui stress térmico. Os corredores apresentam rampas e são largos para encorajar os animais a seguirem e então vai estreitanto, chamado seringa. Depois, um por um, entra no Box de insensibilização. O processo de insensibilização ocorre por meio de dardos cativos que podem ser penetrantes ou não. Sinais de insensibilização: membros anteriores estendidos, posteriores podem apresentar coices, olhar fixo e vidrado, sem respiração rítmica. Vantagens da não penetrante: não deprecia o produto. Ao insensibilizar, o animal apaga e é rolado para área chamada praia do vômito, no qual apresenta chão galvanizados para que escorra e o animal não entre em contato com refluxo. Aqui também verifica se foi bem insensibilizado, colocado a peia e içado. Depois segue para sangria onde será abatido. É feita com 2 facas onde uma faz abertura da pele e a outra faz o aprofundamento na entrada do peito, atingindo a artéria carótida, veia jugular e artéria vertebral. O sangue é colhido por meio de uma calha de sangria de forma coletiva. Geralmente mandados para fabricação de ração animal, adubo e conteúdo para extintor. A esfola é a retirada do couro do animal, de forma mecânica ou manual e aérea (animal ainda içado). Animal segue para área limpa para evitar contaminação da carcaça. É feita oclusão do reto e esôfago. Em seguida há desarticulação de cabeça e pés. É feita a abertura do abdômen e retirada das vísceras abdominais. Há abertura do tórax para retirada de vísceras torácicas. Em seguida é feita a serra da carcaça, onde é dividida ao meio. São lavadas para retirada dos ossos e coágulos. Estando tudo ok, é carimbada e segue para câmara fria. Nas primeiras 16h a carcaça precisa atingir 10ºC. Depois atingir entre -1 e 1ºC por 24h. Esse processo é chamado de maturação sanitária obrigatória e tem como eliminação a febre aftosa. Finalmente segue para área de corte e embalagem e depois para expedição. Ante-mortem Post-mortem Decisões: autorização para abate, reprovação para abate, abate de emergência imediata (animal em sofrimento, com fratura, etc) ou mediada (com doenças infecciosas), adiantamento da autorização para o abate (caso de fadiga do animal ou doença aguda auto- limitante) Decisoes: reprovação para consumo (total ou parcial), aproveitamento condicional (frio, calor), aprovação para consumo Abate de Suínos Recepção: pocilga de chegada e seleção. Pocilga de sequestro: animais que chamam a atenção por qualquer motivo são mandados para cá. Pocilga de matança: é menos tempo que bovinos, pois são monogástricos. É de 6 a 8 horas, em jejum alimentar. Se ficar mais causa estresse por conta da fome. Banho aspersão: para remover sujidade mais grosseira, reduzir estresse térmico, provocar vasoconstrição periférica que facilita a sangria e facilitar a insensibilização. Box insensibilização: pode ser individualou coletivo. Choque elétrico ou eletronarcose (não usa em bovino porque a voltagem e amperagem teriam que ser muito altas. É a melhor quando tamanho do animal permite) – 250 V e 1,3 A). Fase de insensibilização: TÔNICA: tem contração muscular, sem resposta rítmica, pescoço ereto, membros anteriores esticados e posteriores flexionados para o abdômen. CLÔNICA: começa com movimento de pedaleiro com membros posteriores e anteriores se movem mais de leve. RECUPERAÇÃO: em 30 ou 40 seg se não for sangrado o animal volta. Sangria: se não for sangrado em até 30s depois da sensibilização, o animal volta. Com a ponta da faca faz o corte da pele e então aponta sentido ao rabo e aprofunda para pegar os vasos na saída do coração. Deve demorar 3 minutos. Pode ser coletado na calha ou canaleta de sangria e como é coletado de vários animais, não pode ser usado para consumo humano, vai para ração, adubo, fabricação de pigmentos,... se quiser usar para consumo humano, tem que fazer coleta individual. Escaldagem: no máximo a cada 8 horas tem que renovar a água. Para facilitar a retirada de pelos. É a imersão do animal em tanque de água quente. Depilação: deve ser 1ª mecânica (equipamento em formato de V com umas pazinhas na vértice mas sem lâmina, é pelo atrito e em seguida vai para o manual. É a última etapa da área suja. Chuveiro: transição da área suja para a limpa. Para poder passar para a área limpa. É agua sob pressão no animal. Evisceração: Oclusão do reto e do esôfago: recorte ao redor do reto. Retirada dos pés e da cabeça: não é obrigatório; mas a maioria tira pois as maiores contaminações estão na cabeça como Salmonella, iersinia. Abertura abdominal e retirada das vísceras abdominais Abertura do tórax e retirada das vísceras torácicas: serra do peito Serra da carcaça: divide em dois Lavagem: agua hiperclorada ou água com ácido acético. Ajuda a diminuir a contaminação de carcaça. Carimbagem Câmara fria: primeiras 16 horas é uma redução mais lenta até 10°, para não ter encurtamento pelo frio. E depois vai mais brusca. Cortes/embalagem Inspeção ante mortem: feita no momento da recepção e descanso Inspeção post mortem: acontece na parte de evisceração Abate de aves - Recepção: animais são retirados do caminhão (vem em engradados) e levados para o abate diretamente - há avaliação visual das aves de maneira geral dentro do engradado. - são tiradas dos engradados e acontece a pendura das aves pelas patas. - segue para a insensibilização por meio de eletronarcose por imersão em água. A ave é mergulhada até a base da asa (cabeça e pescoço). Cerca de 72V e 120mA. Apresentam 2 fases: - tônica: pescoço arqueado, pernas estendidas, olhos abertos, ausência de respiração rítmica e tremores musculares - clônica: movimento das pernas e asas (maneira incoordenada), ausência de respiração rítmica. - se a ave não for sangrada, ela recupera os sentidos. Precisa ser sangrada em até 12 segundos. Pode ser manual ou mecânica. - na mecânica, o pescoço da ave é fixado por 2 cânulas para não se mexer e é passado por um disco laminado, onde será feito um corte profundo a fim de atingir as 2 veias e artérias. Se for bem feito, a ave morre em 10segundos. É importante ter um funcionário que faça o repasse de sangria caso alguma tenha sido mal sangrada mecanicamente - a coleta de sangue é feita de maneira coletiva pelas calhas - ocorre a escaldagem e depenagem. A ave é imersa em tanque com água quente (55ºC) por 2 a 5min. Depois segue para depenagem mecânica, que é por um corredor com vários ‘’dedos’’ de borracha onde perderá as penas. - as aves são retiradas dos ganchos e colocadas em outro onde fica presa pelo pescoço para fazer a escaldagem das patas. Devido cutícula, o pé precisa ser escaldado em TºC de 85ºC por 2min. A cutícula é retirada por meio de pás e o atrito faz a retirada. - ave passa por um chuveiro e segue para área limpa, onde ocorre a extração da cloaca. - é feita a abertura abdominal e a exposição das vísceras, sem extraí-las. Processo chamado eventuação. - se na inspeção post-mortem tiver tudo ok, é feita a evisceração. - pela cavidade abdominal é feita a aspiração do pulmão, que segue para graxaria. Depois retira os pés e as cabeças/pescoço e colocados em tanque com água e gelo. - resfriamento da carcaça por imersão em tanque com água e gelo. 1º tanque com mais água do que gelo. 2º tanque com mais gelo do que água. - para minimizar a retenção de liquido, é feito o gotejamento, com a ave presa pela asa ou coxa. - a ave precisa sair do tanque com até 7ºC. - embalagem da ave inteira ou segue para sala de cortes e tempero, onde será separada por cortes. A sala deve estar em temperatura ambiente de até 12ºC. Destino da carcaça Abcessos: se for localizado, reprovação parcial. Se for múltiplos, reprovação total. Glossite (língua), nefrite (rim) e miocardite (coração): reprovação parcial da parte afetada. Se houver sinais de repercussão na carcaça, deve-se reprovar total (ex: miocardite mostrar lesões na cav torácica alem do s2). Se tiver todas essas doenças, reprovar total. Contusões: se for localizada, reprovação parcial. Se for generalizada, reprovação total. Se, por exemplo, tiver contusão na costela e outra no membro anterior, fazer aproveitamento condicional utilizando métodos de calor. Neoplasia: localizada, reprovação parcial. Generalizada, reprovação total. Actinomicose – actinomyces: principalmente osteomielite, região de mandíbula e maxilar. Actinobacilose – actinobacillus: região de intestino. Afeta língua, bochecha, tecidos moles. - reprovação parcial (só língua ou cabeça toda) - generalizada, reprovação total. Icterícia: colocaração amarelada na carcaça (pele, músculo, etc) - reprovação total Adipoxantose: coloração amarelada na gordura. Aprovação para consumo. Colocar em camara fria 24h para provar, se sumir ok, se continuar é icterícia. Septicemia: reprovação total Contaminação por fezes, bile e pus: localizada, reprovação parcial. Generalizada, reprovação total. Se tiver em algumas partes e o vet não tiver certeza se tem em outras, faz aproveitamento condicional (calor – conserva) Magreza: avaliar animal com cautela para verificar se há doença. Se houver, reprovação total. Se não, aproveitamento condicional (calor) Caquexia: normalmente já é reprovado no ante-mortem, mas caso passe fazer reprovação total Tuberculose/Brucelose: - Ante mortem: abate de emergência mediado ou reprovação para abate se tiver mt debilitado - Post-mortem: avaliação do grau de comprometimento – lesão única, localizada = parcial e aproveitamento condicional – conserva. Se generalizada = total. Cisticercose: 2 a 7 cistos retira parte afetada e o resto segue para conserva. 8 ou + reprovação total. 1 salga. LEITE Pasteurizado: - A (Xandô, Fazenda…) – É o leite de melhor qualidade; apresenta carga baixíssima de microorganismos. - B (Paulista Top, Batavo Top..) – Leite de qualidade mediana; apresenta pouca carga de microorganismos. - C (não é mais comercializado) – Leite de baixa qualidade; não apresentava parâmetros de contagem bacteriana até 2002. > UHT - A partir da década de 90. - Apesar de todas as mudanças do mercado com a entrada do leite UHT, o consumo dos leites tipo A e B não mudou. Os consumidores deste leite são fiéis e mantém seu consumo devido a qualidade do produto, independente de seu valor (que é mais alto que o UHT). - Em compensação, o consumo do leite tipo C caiu absurdamente, enquanto o consumo do leite UHT aumentou estratosfericamente. 2002 - Criação da Instrução Normativa 51 (IN/51): - Tratava sobre a adequação da contagem de células somáticas (CCS) para os leites tipo A, B e C e adequação da contagem bacteriana total (CBT/UFC) para leite tipo C, além de outros ajustes para os leites tipo A e B. - A IN/51 criava os seguintes limites para o leite cru tipo C: 1 milhão de células somáticas/ml 1 milhão de unidades formadoras de colônias/ml Prazode adequação: 3 anos (julho/2005) - Assim que as empresas alcançassem este limite, deveriam adequar o padrão de qualidade do leite para os seguintes limites: 750 mil células somáticas/ml 750 mil unidades formadoras de colônias/ml Prazo de adequação: 3 anos (julho/2008) - E finalmente outra adequação foi solicitada: 400 mil células somáticas/ml 100 mil unidades formadoras de colônias/ml Prazo de adequação: 3 anos (julho/2011) Porém esta adequação não foi alcançada pelos produtores, que alegaram que o prazo era curto demais para diminuição tão drástica dos parâmetros. Então o MAPA “esticou” este prazo por mais 6 meses e prensou em novas estratégias. * OUTROS AJUSTES DA IN/51: - Obrigatoriedade da refrigeração do leite cru em tanques de refrigeração - até 2002 não era obrigatório. - Permissão da utilização de tanques de refrigeração comunitários para pequenos podutores – Os tanques de refrigeração são equipamentos muito caros e com gastos altissimos, então foi permitido que os pequenos produtores próximos utilizassem o mesmo tanque para armazenar os leites produzidos, podendo assim dividir os gastos, sem que a “conta” ficasse muito pesada. Era necessário que cada produtor separasse uma amostra de seu produto, identificasse e armazenasse em um frigobar anexo aos tanques. A empresa de laticínios, então, recolhia o conteúdo e essas amostras para fazer testes. Caso uma das amostras tivesse fora dos padrões, mas na mistura com os outros leites ela não causou alteração na qualidade do produto, este produtor não receberia o pagamento do dia. Já se esta amostra fora dos padrões interferisse na qualidade do produto, além deste produtor não receber o pagamento do dia, ele teria que pagar para todos os outros produtores. 2011 – Instrução Normativa 62 (IN/62): - O MAPA reiniciou a adequação a partir dos limites que os produtores conseguiram alcançar e foram readequando: 600 mil células somáticas/ml 600 mil unidades formadoras de colônias/ml Prazo: 1 ano (Dezembro/12) 500 mil células somáticas/ml 400 mil unidades formadoras de colônias/ml Prazo: 2 anos (Dezembro/14) 400 mil células somáticas/ml 100 mil unidades formadoras de colônias/ml Prazo: 2 anos (Dezembro/16) - Porém os produtores também não conseguiram chegar até essa readequação. * OUTROS AJUSTES DA IN/62: - Extinção do leite tipo C - Troca da nomenclatura “leite cru tipo C” para “Leite cru refrigerado” e depois de pasteurizado para “leite pasteurizado padronizado”. - 2016 – Instrução Normativa 16 (IN/16): - Estendeu por mais 2 anos o prazo de adequação das empresas (Dezembro/18).
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