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Tutoria E1 Semana 1 - UNIVAG


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Tutoria: Problema 1
OBJETIVO 1 –APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS (ABP) OU PROBLEM BASED LEARNING (PBL). ASPECTOS GERAIS, PASSOS DA METODOLOGIA E IMPORTÂNCIA.
O PBL(Problem based Learning), ou Aprendizagem Baseada em Problemas(ABP) é o eixo principal do aprendizado teórico do currículo de algumas escolas de Medicina, cuja filosofia pedagógica é o aprendizado centrado no aluno e tem como lema: "aprender a aprender"
Mas o que é ABP? é uma proposta pedagógica que consiste no ensino centrado no estudante e baseado na solução de problemas. O currículo dos cursos que utilizam ABP geralmente é dividido em módulos ou unidades temáticas, que são compostos de várias sessões e integram diversas disciplinas e o conhecimento básico e clínico. O aprendizado ocorre a partir da apresentação de problemas, reais ou simulados, a um grupo de alunos.
Os alunos, para solucionar este problema, recorrem aos conhecimentos prévios, discutem, estudam, adquirem e integram os novos conhecimentos. Essa integração, aliada à aplicação prática, facilita a retenção do conhecimento, que pode ser mais facilmente resgatado, quando o estudante estiver diante de novos problemas.
Portanto, o método ABP valoriza, além do conteúdo a ser aprendido, a forma como ocorre o aprendizado, reforçando o papel ativo do aluno neste processo, permitindo que ele aprenda como aprender.
A ABP estimula o estudante a desenvolver habilidades para gerenciar o próprio aprendizado, buscar ativamente as informações, integrar o conhecimento, identificar e explorar áreas novas, com isso o estudante adquire ferramentas para desenvolver habilidades técnicas, cognitivas e atitudinais para a prática profissional e também para aprender ao longo da vida. Desta forma, a ABP caracteriza-se por fomentar a aprendizagem significativa, a articular os conhecimentos prévios com os de outros estudantes do grupo, a indissociabilidade entre teoria e prática, o respeito à autonomia do estudante, o trabalho em pequenos grupos, o desenvolvimento do raciocínio crítico e de habilidades de comunicação, e a educação permanente.
Além disso, à medida que estimula uma atitude ativa do aluno em busca do conhecimento e não meramente informativa, como é o caso da prática pedagógica tradicional, a ABP caracteriza-se como uma metodologia formativa.
O elemento central da ABP é o aluno, e o grupo tutorial é a base do método. No grupo tutorial, os alunos são apresentados a um problema, pré-elaborado por um conjunto de docentes, e, com a facilitação de um tutor, são estimulados a discutir e elaborar hipóteses. Esta situação motivadora nos grupos tutoriais leva a definição de objetivos de aprendizagem, que serão os estímulos para o estudo individual.
A Aprendizagem Baseada em Problemas tem o grupo tutorial como apoio para os estudos. O grupo tutorial é composto por:
1. Grupo tutorial: são pequenos grupos, tradicionalmente compostos por oito a dez estudantes e um tutor. Dependendo do “modelo” de ABP e do número de estudantes, o grupo pode optar, a cada sessão, por eleger um coordenador e um secretário, sendo que esses papéis devem rodiziar entre os alunos nas diferentes sessões, de forma a propiciar que todos sejam coordenadores e secretários. O tempo de cada sessão pode variar de acordo com o número de integrantes e com o tipo de problema apresentado, no entanto, sessões muito extensas, com mais de três horas de duração, podem ser cansativas e levar à redução da atenção e da produtividade individual e do grupo.
2. Tutor: É um membro do corpo docente que participa de um grupo tutorial. Esta participação ocorre durante um módulo temático ou semestre. O tutor necessita ser treinado e conhecer de antemão os objetivos de aprendizado pretendidos para cada problema. Porém, não deverá impor estes objetivos, nem desvendá-los para os alunos, pois o processo de aprendizado é tão importante quanto o conhecimento em si.
3. Estudante coordenador: é um estudante do grupo que deverá auxiliar a facilitação durante a discussão no grupo tutorial.
4. Estudante secretário: é um estudante do grupo que realizará as anotações referentes à discussão, garantindo que as várias etapas da discussão sejam anotadas de forma que o grupo não se perca na discussão e não volte a pontos que já foram discutidos anteriormente.
5. Demais estudantes: deverão se esforçar para realizar uma boa discussão do problema, de forma metódica, respeitando as diretrizes do coordenador do grupo.
A Tabela 1 resume os papéis dos participantes do grupo tutorial.
	Estudante coordenador
	Estudante secretário
	Tutor
	Liderar o grupo tutorial
	Acompanhar todas as
etapas do processo
	Estimular a participação
do grupo
	Encorajar a participação de
todos
	Registrar pontos relevantes apontados pelo grupo
	Auxiliar o coordenador na dinâmica do grupo
Verificar a relevância dos pontos anotados
	Manter a dinâmica do grupo
tutorial
	Ajudar o grupo a ordenar seu raciocínio
	Verificar a relevância dos
pontos anotados
	Controlar o tempo
Assegurar que o secretário
possa anotar adequadamente
os pontos de vista do
grupo
	Participar das discussões
Registrar as fontes de
pesquisa utilizadas pelo
grupo
	Prevenir o desvio do foco
da discussão
	
	
	Assegurar que o grupo
atinja os objetivos de
aprendizagem
	
	
	Verificar o entendimento
do grupo sobre as
questões discutidas
Todo esse trabalho se desenvolve em 7 passos:
1. Leitura do problema, identificação e esclarecimento de termos desconhecidos.
2. Identificação dos problemas propostos.
3. Formulação de hipóteses (“brainstorming”).
4. Resumo das hipóteses.
5. Formulação dos objetivos de aprendizagem.
6. Estudo individual dos objetivos de aprendizagem.
7. Rediscussão do problema frente aos novos conhecimentosadquiridos.
E se desenrolam em 2 sessões:
1. Primeira sessão em grupo A dinâmica da sessão em grupo se inicia com a apresentação do problema, o qual pode ser simulado ou real. Dependendo do material utilizado, pode-se eleger um dos estudantes para apresentar o problema ou todos estudam a situação de forma individual. Nessa etapa, devem ser identificados possíveis termos desconhecidos, sendo o significado destes elucidado pelo grupo rapidamente ou levado à problematização. Depois a discussão segue com a intenção de explicar os problemas, utilizando conhecimentos previamente adquiridos e experiências de vida. Esta etapa tem sido denominada “brainstorming”, uma vez que os estudantes são encorajados a explicitar todas as associações e significações.Após o “brainstorming”, o grupo deve realizar uma síntese da discussão para facilitar a organização das ideias e a exposição dos limites de conhecimento. Esta síntese pode ser feita pelo estudante-secretário, tendo o auxílio dos demais membros do grupo. As hipóteses geradas pelo grupo devem ilustrar explicações com base em mecanismos, de forma a entender os conceitos, evitando explicações simplificadas e superficiais. A participação de todos na construção das hipóteses é essencial, pois cada um dos estudantes deve se identificar com o produto da discussão em grupo, a fim de encontrar o estímulo para a etapa de estudo individual. A partir das hipóteses desenhadas, o grupo deve delimitar os objetivos de aprendizagem, o que pode ser feito na forma de questões. A elaboração das questões de aprendizagem deve refletir toda a discussão realizada nas etapas anteriores, novamente privilegiando o entendimento completo dos conceitos e mecanismos, do “como” em detrimento do “qual”. O tutor deve se certificar de que todos os estudantes tenham clareza dos objetivos delimitados pelas questões de aprendizagem antes do final da sessão. De posse das hipóteses e questões de aprendizagem elaboradas na sessão, os estudantes partem para a etapa de estudo individual. A grade curricular deve incluir espaços para a realização desta etapa e a escola médica deve garantir o acesso a bibliografias variadas. Faz parte da metodologia ativa de ensino-aprendizagem tornar os estudantes aptos à pesquisa bibliográfica qualificada.
2. Segunda sessão em grupo No re-encontro do grupo após o estudo individual,os estudantes irão explicitar o produto de suas pesquisas de forma contextualizada, aplicando os novos conhecimentos à resolução das questões elaboradas e à elucidação dos problemas levantados na primeira sessão. É importante que o façam na forma de síntese, elaborada pelo próprio estudante, citando a bibliografia consultada, porém evitando a simples leitura dos textos científicos. Os componentes do grupo devem ser estimulados a ouvir e entender as ideias trazidas pelos colegas, de forma a complementar suas sínteses individuais por meio da socialização do conhecimento e da ajuda mútua. O tutor deve estimular a análise crítica tanto da fonte bibliográfica utilizada, como da própria informação trazida, bem como sua aplicação à situação em discussão. Os estudantes devem ainda ter em mente que os novos conhecimentos adquiridos podem ser aplicados a diferentes situações e contextos.
Objetivo 2: Diferenças entre o método PBL e o método tradicional
	Ensino Tradicional
	Ensino PBL
	Aluno dependente
	melhor autonomia, do aluno
	Professor ensina, aluno aprende
	autoditatismo
	Conteúdo restrito ao que o professor transmite
	desenvolvimento de uma postura profissional de base científica.
	Aluno só assiste aula, não participa
	fator motivacional, levando a busca ativa do conhecimento
	Aulas sobre uma determinada matéria sem conexão com as outras
	A interdisciplinaridade
	O conhecimento fragmentado oferecido em disciplinas
	Vivências em situações reais, que envolvam vários aspectos do conhecimento,
	Atividades práticas tardias.
	favorece a inserção dos estudantes em atividade de prática clínica já no início do curso médico;
	Não há desenvolvimento em habilidades de comunicação
	desenvolvimento de habilidades de comunicação para trabalho em pequenos grupos, exposição de ideias, capacidade de argumentação e crítica.
	Pouco desenvolvimento na capacidade crítica dos alunos e desenvolvimento em habilidades.
	Respeito às diferentes opiniões, a autocrítica, o senso de responsabilidade, a capacidade de gerenciar projetos e as atividades de um grupo de trabalho também são importantes ganhos.
Desvantagens:
· Possível resisitência a mudanças dos estudantes.
· A quebra da passividade dos estudantes na aquisição do conhecimento gera desconforto e requer uma postura proativa, o que nem sempre é bem assimilado e aceito por todos os estudantes.23
· Necessidade de treinamento dos professores e estudantes com os fundamentos teóricos e prá- ticos da ABP
· Alto investimento na implementação ou transição para um método de ensino como a ABP requer investimentos tanto em recursos humanos quanto materiais. O trabalho em pequenos grupos, naturalmente, eleva o tempo de atividade dos professores com os alunos e com isso faz-se necessária uma ampliação do corpo docente.
· Há necessidade de maior investimento para que sejam disponibilizados aos estudantes os mais variados recursos educacionais como bibliotecas, laboratórios, salas de estudo, recursos audio-visuais, e de informática, acesso livre a base eletrônica de dados, entre outros.
OBJETIVO 3: FUNCIONAMENTO DAS AVALIAÇÕES DO PBL VERSUS MÉTODO TRADICIONAL
O uso da ABP como método de aprendizagem requer uma mudança na concepção e realização da avaliação, já que seus objetivos não se limitam à mera aprendizagem de conhecimentos conceituais por parte dos alunos, mas ao desenvolvimento de competências mentais, direcionadas para, no mínimo, três habilidades: de compreensão científica, por meio de casos do mundo real, de estratégias de raciocínio e de resolução de problemas e de estratégias de aprendizagem autorregulada e autodirigida (DELISLE, 2000; CARVALHO, 2009).
Por possuir uma função no currículo e, consequentemente, no processo de aprendizagem autorregulada, a avaliação na ABP deve ser estruturada de tal forma que os estudantes possam pôr em prática a compreensão dos problemas e suas soluções de forma contextualmente significativas. Assim, o professor tutor necessita pensar quais elementos devem ser avaliados e de que forma avaliá-los. Isso faz com que a avaliação na ABP configure-se como o grande desafio para o professor tutor (SAVIN-BADEN & MAJOR, 2004; CARVALHO, 2009).
No quadro abaixo segue as diferenças entre as avaliações:
	Método tradicional
	Método PBL
	1 tipo de nota
	2 tipos de nota: Formativa e Somativa
	Avaliação não faz parte da aprendizagem
	Avaliação faz parte da aprendizagem
	Questões desconexas com situações reais.
	Questões que refletem situações reais
	Avaliação somente do aspecto cognitivo
	Avaliação de outras competências como pensar de forma crítica e contextualizada; analisar e sintetizar as informações, construir uma argumentação sólida, justificando bem seus resultados e produzindo conhecimento de forma autônoma;
OBJETIVO 4: DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS DO MEC NO CONTEXTO DO PBL
A Resolução Nº 3 do Conselho Nacional de Educação instituiu, no ano de 2014, as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina,além de dar outras providências. Ela está dividida em 3 capítulos, e eles nortearão todo ensino superior da medicina.
O primeiro capítulo dispõe sobre:
· a duração do curso carga horária mínima de 7.200 (sete mil e duzentas) horas e prazo mínimo de 6 (seis) anos para sua integralização.
· Como será a formação: geral, humanista, crítica, reflexiva e ética, com capacidade para atuar nos diferentes níveis de atenção à saúde, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, nos âmbitos individual e coletivo, com responsabilidade social e compromisso com a defesa da cidadania, da dignidade humana, da saúde integral do ser humano e tendo como transversalidade em sua prática, sempre, a determinação social do processo de saúde e doença.
· Áreas de Formação:
I. Atenção à Saúde; nesta área o estudante deverá considerar sempre as dimensões da diversidade biológica, subjetiva, étnico-racial, de gênero, orientação sexual,socioeconômica, política, ambiental, cultural, ética, com intuito de:
1. agir sem preconceito e segundo as prioridades definidas pela vulnerabilidade e pelo risco à saúde e à vida, observado o que determina o Sistema Único de Saúde (SUS); a construir projetos terapêuticos compartilhados;
2. Estimular o autocuidado e a autonomia das pessoas, famílias, grupos e comunidades e reconhecendo os usuários como protagonistas ativos de sua própria saúde;
3. Tratamento individual do ser humano;
4. Realizar processos e procedimentos, referenciados nos mais altos padrões da prática médica.
5. Preservar a biodiversidade com sustentabilidade;
6. Ser um profissional ético fundamentado nos princípios da Ética e da Bioética;
7. Comunicar com usuários, familiares, comunidades e membros das equipes profissionais, com empatia, sensibilidade e interesse, preservando a confidencialidade, a compreensão, a autonomia e a segurança da pessoa sob cuidado;
8. Promover a saúde
9. Prevalência no trabalho interprofissional
10. Promover a equidade no cuidado adequado e eficiente das pessoas com deficiência, compreendendo os diferentes modos de adoecer, nas suas especificidades.
II. Gestão em Saúde: o estudante deverá ser capaz de compreender os princípios, diretrizes e políticas do sistema de saúde, e participar de ações de gerenciamento e administração que promovam:
1. Gestão do Cuidado;
2. Valorização da Vida;
3. Tomada de Decisões;
4. Comunicação usando tecnologias atuais;
5. Liderança;
6. Trabalho em Equipe;
7. Construção participativa do sistema de saúde;
8. Participação social e articulada nos campos de ensino e aprendizagem das redes de atenção à saúde,
III. Educação em Saúde: o graduando deverá corresponsabilizar-se pela própria formação inicial, continuada e em serviço, autonomia intelectual, responsabilidade social, objetivando:
1. aprender a aprender;
2. aprender com autonomia;
3. aprender interprofissionalmente;
4. aprender em situações e ambientes protegidos e controlados, ou em simulações da realidade;
5. comprometer-se com seu processo de formação;
6. propiciar a estudantes, professores e profissionaisda saúde a ampliação das oportunidades de aprendizagem, pesquisa e trabalho, por meio da participação em programas de Mobilidade Acadêmica e Formação de Redes Estudantis;
7. dominar língua estrangeira, de preferência língua franca.
Já o segundo capítulo dispõe sobre:
· Definição das áreas de competência:Áreas de Competência(capacidade de mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes, com utilização dos recursos disponíveis, e exprimindo-se em iniciativas e ações que traduzem desempenhos capazes de solucionar, com pertinência, oportunidade e sucesso, os desafios que se apresentam à prática profissional, em diferentes contextos do trabalho em saúde, traduzindo a excelência da prática médica, prioritariamente nos cenários do Sistema Único de Saúde (SUS), que são:
I. Área de Competência de Atenção à Saúde;
1. Atenção às Necessidades Individuais de Saúde:
A) Identificação de Necessidades de Saúde:
i. Realização da História Clínica;
ii. Realização do Exame Físico;
iii. Formulação de Hipóteses e Priorização de Problemas
iv. Promoção de Investigação Diagnóstica:
B) Desenvolvimento e Avaliação de Planos Terapêuticos.
i. Elaboração e Implementação de Planos Terapêuticos:
ii. Acompanhamento e Avaliação de Planos Terapêuticos:
2. Atenção às Necessidades de Saúde Coletiva:
A) Investigação de Problemas de Saúde Coletiva
i. acesso e utilização de dados secundários ou informações que incluam o contexto político, cultural, discriminações institucionais, socioeconômico, ambiental e das relações, movimentos e valores de populações, em seu território;
ii. elacionamento dos dados e das informações obtidas, articulando os aspectos biológicos, psicológicos, socioeconômicos e culturais relacionados ao adoecimento e à vulnerabilidade de grupos;
iii. estabelecimento de diagnóstico de saúde e priorização de problemas;
B) Desenvolvimento e Avaliação de Projetos de Intervenção Coletiva:
i. participação na discussão e construção de projetos de intervenção em grupos sociais;
ii. estímulo à inserção de ações de promoção e educação em saúde em todos os níveis de atenção, com ênfase na atenção básica, voltadas às ações de cuidado com o corpo e a saúde;
iii. estímulo à inclusão da perspectiva de outros profissionais e representantes de segmentos sociais envolvidos na elaboração dos projetos em saúde;
iv. promoção do desenvolvimento de planos orientados para os problemas priorizados;
v. participação no planejamento e avaliação dos projetos e ações no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), prestando contas e promovendo ajustes, orientados à melhoria da saúde coletiva.
II. Área de Competência de Gestão em Saúde:
1. Organização do Trabalho em Saúde;
A) Identificação do Processo de Trabalho:
B) Elaboração e Implementação de Planos de Intervenção:
2. Acompanhamento e Avaliação do Trabalho em Saúde:
A) Gerenciamento do Cuidado em Saúde:
B) Monitoramento de Planos e Avaliação do Trabalho em Saúde:
III. Área de Competência de Educação em Saúde.
1. Identificação de Necessidades de Aprendizagem Individual e Coletiva;
A) estímulo à curiosidade e ao desenvolvimento da capacidade de aprender com todos os envolvidos;
B) identificação das necessidades de aprendizagem próprias;
2. Promoção da Construção e Socialização do Conhecimento;
A) postura aberta à transformação do conhecimento e da própria prática;
B) escolha de estratégias interativas para a construção e socialização de conhecimentos;
C) orientação e compartilhamento de conhecimentos com pessoas sob seus cuidados, responsáveis, familiares, grupos e outros profissionais;
D) estímulo à construção coletiva de conhecimento em todas as oportunidades do processo de trabalho;
3. Promoção do Pensamento Científico e Crítico e Apoio à Produção de Novos Conhecimentos.
A) utilização dos desafios do trabalho para estimular e aplicar o raciocínio científico, formulando perguntas e hipóteses e buscando dados e informações;
B) análise crítica de fontes, métodos e resultados, no sentido de avaliar evidências e práticas no cuidado, na gestão do trabalho e na educação de profissionais de saúde, pessoa sob seus cuidados, famílias e responsáveis;
C) identificação da necessidade de produção de novos conhecimentos em saúde, a partir do diálogo entre a própria prática, a produção científica e o desenvolvimento tecnológico disponíveis; e
D) favorecimento ao desenvolvimento científico e tecnológico voltado para a atenção das necessidades de saúde individuais e coletivas, .
O capítulo III irá dispor sobre dos conteúdos curriculares e do projeto pedagógico do curso de graduação em medicina que são:
· conhecimento das bases moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos, aplicados aos problemas de sua prática e na forma como o médico o utiliza;
· compreensão dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos e legais, nos níveis individual e coletivo, do processo saúde-doença;
· abordagem do processo saúde-doença do indivíduo e da população, em seus múltiplos aspectos de determinação, ocorrência e intervenção;
· compreensão e domínio da propedêutica médica: capacidade de realizar história clínica, exame físico, conhecimento fisiopatológico dos sinais e sintomas, capacidade reflexiva e compreensão ética, psicológica e humanística da relação médico-pessoa sob cuidado;
· diagnóstico, prognóstico e conduta terapêutica nas doenças que acometem o ser humano em todas as fases do ciclo biológico, considerando-se os critérios da prevalência, letalidade, potencial de prevenção e importância pedagógica;
· promoção da saúde e compreensão dos processos fisiológicos dos seres humanos (gestação, nascimento, crescimento e desenvolvimento, envelhecimento e morte), bem como das atividades físicas, desportivas e das relacionadas ao meio social e ambiental;
· abordagem de temas transversais no currículo que envolvam conhecimentos, vivências e reflexões sistematizadas acerca dos direitos humanos e de pessoas com deficiência, educação ambiental, ensino de Libras (Língua Brasileira de Sinais), educação das relações étnico-raciais e história da cultura afro-brasileira e indígena; e
· compreensão e domínio das novas tecnologias da comunicação para acesso a base remota de dados e domínio de, pelo menos, uma língua estrangeira, que seja, preferencialmente, uma língua franca.
· formação em com estágio curricular obrigatório de formação em serviço, em regime de internato, sob supervisão, em serviços próprios, conveniados ou em regime de parcerias estabelecidas por meio de Contrato Organizativo da Ação Pública Ensino-Saúde com as Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde,
· A carga horária mínima do estágio curricular será de 35% (trinta e cinco por cento) da carga horária total do Curso de Graduação em Medicina.
· O mínimo de 30% (trinta por cento) da carga horária prevista para o internato médico da Graduação em Medicina será desenvolvido na Atenção Básica e em Serviço de Urgência e Emergência do SUS, respeitando-se o mínimo de dois anos deste internato. Os 70% (setenta por cento) da carga horária restante do internato incluirão, necessariamente, aspectos essenciais das áreas de Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia-Obstetrícia, Pediatria, Saúde Coletiva e Saúde Mental, em atividades eminentemente práticas e com carga horária teórica que não seja superior a 20% (vinte por cento) do total por estágio, em cada uma destas áreas.
· As atividades do regime de internato voltadas para a Atenção Básica devem ser coordenadas e voltadas para a área da Medicina Geral de Família e Comunidade.
· O Colegiado do Curso de Graduação em Medicina poderá autorizar a realização de até 25% (vinte e cinco por cento) da carga horária total estabelecida para o estágio fora da Unidade da Federação em que se localiza a IES. O total de estudantes autorizados a realizar estágio fora da Unidade da Federação em que se localiza a IES não poderá ultrapassar o limite de 50% (cinquenta por cento) das vagas do internato da IES para estudantes da mesma sérieou período.
· Para o estágio obrigatório em regime de internato do Curso de Graduação em Medicina, assim caracterizado no Projeto Pedagógico de Curso (PPC), a jornada semanal de prática compreenderá períodos de plantão que poderão atingir até 12 (doze) horas diárias, observado o limite de 40 (quarenta) horas semanais, nos termos da Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes.
· Nos estágios obrigatórios na área da saúde, quando configurar como concedente do estágio órgão do Poder Público, poderão ser firmados termos de compromisso sucessivos, não ultrapassando a duração do curso, sendo os termos de compromisso e respectivos planos de estágio atualizados ao final de cada período de 2 (dois) anos, adequando-se à evolução acadêmica do estudante.
· O Projeto Pedagógico que orientará o Curso de Graduação em Medicina deverá contribuir para a compreensão, interpretação, preservação, reforço, fomento e difusão das culturas e práticas nacionais e regionais, inseridas nos contextos internacionais e históricos, respeitando o pluralismo de concepções e a diversidade cultural.
· A estrutura do Curso de Graduação em Medicina deve:
a) ter como eixo do desenvolvimento curricular as necessidades de saúde dos indivíduos e das populações identificadas pelo setor saúde;
b) utilizar metodologias que privilegiem a participação ativa do aluno na construção do conhecimento e na integração entre os conteúdos, assegurando a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão;
c) incluir dimensões ética e humanística, desenvolvendo, no aluno, atitudes e valores orientados para a cidadania ativa multicultural e para os direitos humanos;
d) promover a integração e a interdisciplinaridade em coerência com o eixo de desenvolvimento curricular;
e) criar oportunidades de aprendizagem, desde o início do curso e ao longo de todo o processo de graduação, tendo as Ciências Humanas e Sociais como eixo transversal na formação de profissional com perfil generalista;
f) inserir o aluno nas redes de serviços de saúde, consideradas como espaço de aprendizagem, desde as séries iniciais e ao longo do curso de Graduação de Medicina, a partir do conceito ampliado de saúde, considerando que todos os cenários que produzem saúde são ambientes relevantes de aprendizagem;
g) utilizar diferentes cenários de ensino-aprendizagem, em especial as unidades de saúde dos três níveis de atenção pertencentes ao SUS;
h) propiciar a interação ativa do aluno com usuários e profissionais de saúde, desde o início de sua formação, proporcionando-lhe a oportunidade de lidar com problemas reais, assumindo responsabilidades crescentes como agente prestador de cuidados e atenção;
i) vincular, por meio da integração ensino-serviço, a formação médico-acadêmica às necessidades sociais da saúde, com ênfase no SUS;
· As avaliações dos estudantes basear-se-ão em conhecimentos, habilidades, atitudes e conteúdos curriculares desenvolvidos, tendo como referência as DCNs objeto desta Resolução.
· O Curso de Graduação em Medicina deverá utilizar metodologias ativas e critérios para acompanhamento e avaliação do processo ensino-aprendizagem e do próprio curso;
· O Curso de Graduação em Medicina deverá constituir o Núcleo Docente Estruturante (NDE), atuante no processo de concepção, consolidação, avaliação e contínua atualização e aprimoramento do Projeto Pedagógico do Curso
· O Curso de Graduação em Medicina deverá manter permanente Programa de Formação e Desenvolvimento da Docência em Saúde, com vistas à valorização do trabalho docente na graduação, ao maior envolvimento dos professores com o Projeto Pedagógico do Curso e a seu aprimoramento em relação à proposta formativa contida no documento.
· A instituição deverá definir indicadores de avaliação e valorização do trabalho docente, desenvolvido para o ensino de graduação e para as atividades docentes desenvolvidas na comunidade ou junto à rede de serviços do SUS.
· Os Cursos de Graduação em Medicina deverão desenvolver ou fomentar a participação dos Profissionais da Rede de Saúde em programa permanente de formação e desenvolvimento, com vistas à melhoria do processo de ensino-aprendizagem nos cenários de práticas do SUS e da qualidade da assistência à população,
· Fica instituída a avaliação específica do estudante do Curso de Graduação em Medicina, a cada 2 (dois) anos, com instrumentos e métodos que avaliem conhecimentos, habilidades e atitudes, devendo ser implantada no prazo de 2 (dois) anos a contar da publicação desta Resolução. A avaliação de que trata este artigo é de caráter obrigatório, processual, contextual e formativo, considerando seus resultados como parte do processo de classificação para os exames dos programas de Residência Médica, credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), sendo sua realização de âmbito nacional.
· Os programas de Residência Médica, de que trata a Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, ofertarão, anualmente, vagas equivalentes ao número de egressos dos cursos de graduação em Medicina do ano anterior.
Objetivo 5: Taxonomia de Bloom
Taxonomia é um termo bastante usado em diferentes áreas e, segundo a Wikipédia (2006), é a ciência de classificação, denominação e organização de um sistema pré-determinado e que tem como resultante um framework conceitual para discussões, análises e/ou recuperação de informação.
Benjamin S. Bloom e outros educadores assumiram a tarefa de classificar metas e objetivos educacionais com a intenção de desenvolver um sistema de classificação para três domínios: o cognitivo, o afetivo e o psicomotor; criaram, no domínio cognitivo, a Taxonomia de Bloom.
Segundo Lomena (2006), Guskey (2001), Bloom et al. (1956), Bloom (1972), School of Education (2005) e Clark (2006), as características básicas de cada um desses domínios podem ser resumidas em:
1. Cognitivo: relacionado ao aprender, dominar um conhecimento. Envolve a aquisição de um novo conhecimento, do desenvolvimento intelectual, de habilidade e de atitudes. Inclui reconhecimento de fatos específicos, procedimentos padrões e conceitos que estimulam o desenvolvimento intelectual constantemente. Nesse domínio, os objetivos foram agrupados em seis categorias e são apresentados numa hierarquia de complexidade e dependência (categorias), do mais simples ao mais complexo. Para ascender a uma nova categoria, é preciso ter obtido um desempenho adequado na anterior, pois cada uma utiliza capacidades adquiridas nos níveis anteriores. As categorias desse domínio são: Conhecimento; Compreensão; Aplicação; Análise; Síntese; e Avaliação;
2. Afetivo: relacionado a sentimentos e posturas. Envolve categorias ligadas ao desenvolvimento da área emocional e afetiva, que incluem comportamento, atitude, responsabilidade, respeito, emoção e valores. Para ascender a uma nova categoria é preciso ter obtido um desempenho adequado na anterior, pois cada uma utiliza capacidades adquiridas nos níveis anteriores para serem aprimoradas. As categorias desse domínio são: Receptividade; Resposta; Valorização; Organização; e Caracterização; e
3. Psicomotor: relacionado a habilidades físicas específicas. Bloom e sua equipe não chegaram a definir uma taxonomia para a área psicomotora, mas outros o fizeram e chegaram a seis categorias que incluem ideias ligadas a reflexos, percepção, habilidades físicas, movimentos aperfeiçoados e comunicação não verbal. Para ascender a uma nova categoria, é preciso ter obtido um desempenho adequado na anterior, pois cada uma utiliza capacidades adquiridas nos níveis anteriores. As categorias desse domínio são: Imitação; Manipulação; Articulação; e Naturalização.
Segue abaixo uma Figura representando as categorias dos Domínio Cognitivo.
Como Conhecimento entende-se a habilidade de lembrar informações e conteúdos previamente abordados como fatos, datas, palavras, teorias, métodos, classificações, lugares, regras, critérios, procedimentos etc. A habilidade pode envolver lembrar uma significativa quantidade de informação ou fatos específicos. O objetivoprincipal desta categoria nível é trazer à consciência esses conhecimentos.
Já a compreensão é entendida como a habilidade de compreender e dar significado ao conteúdo. Essa habilidade pode ser demonstrada por meio da tradução do conteúdo compreendido para uma nova forma (oral, escrita, diagramas etc.) ou contexto. Nessa categoria, encontra-se a capacidade de entender a informação ou fato, de captar seu significado e de utilizá-la em contextos diferentes.
Na aplicação o estudante é capaz de usar informações, métodos e conteúdos aprendidos em novas situações concretas. Isso pode incluir aplicações de regras, métodos, modelos, conceitos, princípios, leis e teorias.
Com a análise o estudante é capaz de subdividir o conteúdo em partes menores com a finalidade de entender a estrutura final. Essa habilidade pode incluir a identificação das partes, análise de relacionamento entre as partes e reconhecimento dos princípios organizacionais envolvidos. Identificar partes e suas interrelações.
Na quinta habilidade o aluno é capaz de agregar e juntar partes com a finalidade de criar um novo todo. Essa habilidade envolve a produção de uma comunicação única (tema ou discurso), um plano de operações (propostas de pesquisas) ou um conjunto de relações abstratas (esquema para classificar informações). Combinar partes não organizadas para formar um “todo”.

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