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PCC AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
PATRÍCIA TORRICELLI SOARES DIAS 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
A AVALIAÇÃO EM GRANDE ESCALA NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUNDIAÍ 
2020 
PATRÍCIA TORRICELLI SOARES DIAS 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
 
 
 
 
A AVALIAÇÃO EM GRANDE ESCALA NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório exigido como parte dos 
requisitos para conclusão da disciplina 
Avaliação Institucional do curso de 
Pedagogia, sob a orientação do 
professor ANTONIO BONANOMI NETO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUNDIAÍ 
2020 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
Introdução.................................................................................................................... 3 
 
1. O cenário educacional e a avaliação institucional no Brasil após os anos 
90..................................................................................................................................4 
 
2. As metas educacionais propostas no IDEB e o município de 
Jundiaí......................................................................................................................... 5 
 
3. A avaliação institucional e o PNE............................................................................. 6 
 
Considerações Finais.................................................................................................. 7 
 
Referências Bibliográficas........................................................................................... 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
 Este relatório tem como objetivo, esclarecer sobre a avaliação institucional na 
Educação Básica Brasileira, observando a importância da avaliação para o 
aprimoramento da educação, conhecendo os métodos utilizados em grande escala no 
país como IDEB, SAEB e Prova Brasil. 
 É importante perceber que o relatório busca evidenciar os aspectos gerais do 
processo de construção da avaliação institucional no Brasil e analisar os resultados 
obtidos na região de Jundiaí em relação à meta do país, tornando possível a 
compreensão de como atuam esses sistemas de avaliação e como contribuem a 
fornecer dados importantes para a educação nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. O CENÁRIO EDUCACIONAL E A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NO BRASIL 
APÓS OS ANOS 90. 
 
 
 
Desde meados dos anos 70, em meio aos movimentos sociais de luta no país, 
cogitava-se a necessidade de mudanças no sistema educacional brasileiro que 
garantissem educação pública de qualidade e gratuita para todos e que erradicassem 
o analfabetismo. Dos anos 80 aos 90, a desqualificação educacional e a evasão 
escolar eram alarmantes, apresentava 22% da população analfabeta e 38% no ensino 
fundamental de séries iniciais, e das 22 milhões de matrículas feitas no ensino 
fundamental, apenas 3 milhões chegavam ao ensino médio. 
A reforma na educação já não era mais apenas para universalizar a escola 
gratuita para todos, era para atender uma demanda social, econômica e cultural do 
país. O Brasil enfrentava um dos maiores índices de analfabetismos em relação a 
outros países e precisou criar ações para melhorar esse quadro. 
Na década de 90 a discussão sobre a qualidade de ensino foi vista a 
importância de um sistema de informações educacionais em conjunto com um sistema 
de avalição da educação, com isso alguns programas educacionais, muitos deles 
criados anteriormente, foram implementados em grande escala, como bolsas de 
incentivo a educação, programas de tv e intervenções de natureza avaliativa como o 
Censo Escolar e o Sistema de Educação Básica (SAEB). Tornou-se necessária a 
descentralização da gestão por meio da municipalização, onde implementou-se os 
Programas de Atualização, Capacitação e Desenvolvimento de Servidores do MEC e 
de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental, estimulando a autonomia 
das escolas. 
Até pouco tempo atrás, a escola era avaliada apenas pelo resultado do 
desempenho dos alunos, hoje essa visão foi ampliada para além desses resultados, 
com todos os elementos que constituem a realidade educativa, direta ou indiretamente 
ligados ao processo de ensino-aprendizagem, pois hoje entende-se que a sala de aula 
está inserida num organização maior, onde a escola e o sistema também são 
construtores da realidade vivida nas salas de aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. AS METAS EDUCACIONAIS PROPOSTAS NO IDEB E O MUNICÍPIO DE 
JUNDIAÍ 
 
 
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado em 2007, 
reúne os resultados de dois conceitos importantes para a qualidade da educação: o 
fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. Formulado para medir a 
qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino, o 
IDEB funciona como um indicador nacional que possibilita o monitoramento da 
qualidade da Educação pela população por meio de dados concretos, um verdadeiro 
condutor para políticas públicas em prol da educação. 
As metas estabelecidas pelo IDEB são diferenciadas para cada escola e rede 
de ensino, com único objetivo que é de alcançar 6 pontos até 2022 (média 
correspondente ao sistema educacional de países desenvolvidos) dentro de uma 
escala de 0 a 10. 
Os dados do IDEB, tanto municipal (cidade de Jundiaí) quanto estadual (estado 
de São Paulo) apresentam um quadro evolutivo crescente, de resultado positivo no 
rendimento em relação à aprendizagem. No 5º ano das séries iniciais do Ensino 
Fundamental (escolas municipais), analisado a cada dois anos, apresenta de 2005 a 
2017: 5,1; 5,3; 5,8; 6,3; 6,7; 6,8 e 7,1 como resultados. No 9º ano das séries finais do 
Ensino Fundamental (escolas estaduais), também analisado a cada dois anos, 
apresenta de 2005 a 2017: 4,3; 4,5; 4,7; 4,8; 4,8; 5,2 e 5,3, onde é claro notar uma 
crescente e positiva evolução quanto à aprendizagem. 
Essas taxas de rendimento escolar (aprovação) são obtidas a partir do Censo 
Escolar realizado anualmente, e as médias de desempenho nos exames aplicados 
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP, através da Prova 
Brasil (municípios) e Sistema de Avaliação Básica – SAEB (estados e país), realizadas 
a cada dois anos. 
A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) 
tem o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional a 
partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos para os alunos e 
questionários que coletam dados demográficos, perfil profissional e de condições de 
trabalho para professores e diretores das escolas avaliadas. 
Com essas informações, o MEC e as secretarias estaduais e municipais podem 
definir ações voltadas ao aprimoramento da qualidade da educação e a redução das 
desigualdades existentes. 
 
 
 
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3. A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E O PNE 
 
 
 
O Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014, estabelece diretrizes, metas e 
estratégias que devem reger as iniciativas na área da educação por 10 anos e a partir 
dele, todos os estados e municípios devem elaborar planejamentos específicos para 
alcançar os objetivos previstos nele previstos. 
O principal artigo do PNE, como objeto desse estudo é o art. 11, que faz 
referência ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) como fonte 
de informação e como orientador para políticas públicas educacionais. As informações 
que farão parte da composição desse sistema são referentes aos indicadores 
nacionais de rendimento escolar que medem desempenho dos estudantes e 
indicadores de avaliação. 
O PNE é composto por 20 metas que abrangem todos os níveis de formação, 
da Educação Infantil ao Ensino Superior, com foco na educação inclusiva, taxa de 
escolaridade,capacitação e carreira dos professores e gestão das escolas. 
Dentre as metas do PNE destaca-se para essa pesquisa, a meta de número 2, 
sobre o Ensino Fundamental, com a finalidade de universalizar o ensino fundamental 
de nove anos para toda a população de 6 a 14 anos e garantir que pelo menos 95% 
dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada até 2022. 
Desmembrando essa meta, nos indicadores 2A (percentual de pessoas de 6 a 
14 anos que frequentam ou que já concluíram o ensino fundamental) e 2B (percentual 
de pessoas de 16 anos com pelo menos o Ensino Fundamental concluído), 
encontramos o seguinte quadro comparativo para a situação do Brasil e para a 
situação da cidade de Jundiaí/SP: 
• Indicador 2A: Brasil (Meta Prevista 100% - Situação Atual 98.4%) e Jundiaí/SP 
(Meta Prevista 100% - Situação Atual 98.2%) 
• Indicador 2B: Brasil (Meta Prevista 95% - Situação Atual 66,7%) e Jundiaí/SP 
(Meta Prevista 95% - Situação Atual 78,7%) 
 
 Também vale destacar a meta de número 7, sobre a Qualidade da Educação 
Básica/IDEB, com a finalidade de fomentar a qualidade da educação básica em todas 
as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo 
a atingir 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino 
fundamental e 5,2 no ensino médio. 
 Ao analisar os indicadores 7A (média do Ideb nos anos iniciais do ensino 
fundamental) comparando Brasil e o município de Jundiaí; 7B (média do Ideb nos anos 
finais do ensino fundamental) e 7C (média do Ideb no ensino médio) comparando 
Brasil e o Estado de São Paulo podemos observar: 
• Indicador 7A: Brasil (Meta Prevista 6,0% - Situação Atual 5,2%) e Jundiaí/SP 
(Meta Prevista 6,0% - Situação Atual 6,7%) 
6 
 
 
 
• Indicador 7B: Brasil (Meta Prevista 5,5% - Situação Atual 4,2%) e Estado São 
Paulo (Meta Prevista 5,5% - Situação Atual 4,7%) 
• Indicador 7C: Brasil (Meta Prevista 5,2% - Situação Atual 3,7%) e Estado São 
Paulo (Meta Prevista 5,2% - Situação Atual 4,1%) 
 
 Todo o texto do PNE sugere uma relação entre o alcance dos objetivos de 
aprendizagem estipulados pela base curricular nacional comum e a melhoria do Ideb. 
Prevê um conjunto nacional de indicadores de avaliação institucional com base no 
perfil dos alunos, dos professores, das condições de infraestrutura das escolas, nos 
recursos pedagógicos disponíveis, nas características da gestão. Esse 
acompanhamento dos resultados ocorre a cada dois anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Da mesma forma que um professor avalia o aprendizado de seus alunos, o país 
também precisa avaliar o quanto as crianças e jovens estudantes de todas as escolas 
do território nacional estão de fato aprendendo ou com frequência regular. 
Os exames padronizados em larga escala e as avaliações externas, objetos de 
estudo dessa pesquisa, aplicados pelo Inep são responsáveis pelo diagnóstico do 
país. Com esses resultados é possível traçar estratégias para melhorar a qualidade 
da Educação no País, seja em todo território, apenas uma região ou uma escola. 
Estratégias que fazem com que os governantes criem ou melhores políticas públicas 
que impactem de maneira positiva o aprendizado em sala de aula. 
Entretanto, é importante que os sujeitos da escola também utilizem esses 
resultados para concretizarem planos e metas que visem a melhorar a qualidade do 
ensino. 
Podemos dizer então que a avaliação educacional e institucional é o caminho 
para apontar as necessidades de renovação das políticas públicas, seja na esfera 
federal, estadual ou municipal, a avaliação faz parte para todo indivíduo ter garantido 
seu exercício de cidadania.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
BRASIL. PROVA BRASIL. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/prova-brasil 
BRASIL. INDICE DE DESENVOLVIMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA – IDEB. 
Disponível em: http://ideb.inep.gov.br/ 
BRASIL. PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – PNE. Disponível em: 
http://simec.mec.gov.br/pde/grafico_pne.php 
BRASIL. CENSO ESCOLAR. Disponível em: http://inep.gov.br/web/guest/censo-
escolar 
BRASIL. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – SAEB. Disponível 
em: http://inep.gov.br/web/guest/educacao-basica/saeb 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://portal.mec.gov.br/prova-brasil
http://ideb.inep.gov.br/
http://simec.mec.gov.br/pde/grafico_pne.php
http://inep.gov.br/web/guest/censo-escolar
http://inep.gov.br/web/guest/censo-escolar
http://inep.gov.br/web/guest/educacao-basica/saeb

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