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¹ Case apresentado a disciplina Avaliação e Diagnóstico em Fisioterapia II da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco- UNDB. ² Aluna do 5º período de Fisioterapia da UNDB ³ Professora, Doutora, orientadora SINOPSE DO CASE: A fisioterapia em evidência¹ Lannay Teixeira Marques ² Maria Erivânia Alves de Araújo ³ 1 DESCRIÇÃO DO CASO O atual caso refere- se ao grande crescimento da fisioterapia nas unidades de terapia intensiva, uma vez que o fisioterapeuta atua desde a prevenção, reabilitação e alta do paciente. Devido a esse crescimento, as exigências quanto a melhorias nas habilidades de uma avaliação à beira do leito estão sendo cada vez mais imprescindíveis e de súmula importância ao que diz respeito à elaboração de uma conduta terapêutica que promova, da forma mais prática e rápida possível, a evolução e alta desse paciente destas unidades. O fisioterapeuta na UTI, tem como principal missão executar seus conhecimentos específicos em auxiliar nas funções cardiorrespiratórias da pessoa enferma. Como no setor da UTI os pacientes estão em um estágio mais delicado de saúde, é imprescindível que o fisioterapeuta estimule o bom funcionamento das vias aéreas e músculos respiratórios, de modo a facilitar a respiração adequada. Sua função é primordial para ajudar na diminuição dos riscos de complicação do quadro do paciente, especialmente, tratando-se da respiração. Outros fatores que ressaltam a presença do fisioterapeuta são os da diminuição dos riscos de infecção hospitalar e manutenção dos sinais vitais. É imprescindível a presença de um fisioterapeuta com especialidade respiratória. 2.IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO 2.1. DESCRIÇÕES DAS DECISÕES POSSÍVEIS O paciente se encontra hipertenso e se taquipneico e taquicardíaco. Perante disso as principais medidas a serem tomadas pelo fisioterapeuta é avisar a equipe do caso e o paciente deve ser reavaliado em seguida, ler o prontuário do paciente, recolhendo informações indicativas a: identificação, queixa principal, HDA, listagem de sinais e sintomas, antecedentes pessoais e familiares, hábitos de vida. Avaliar a função mental ressalvando o nível de consciência e orientação do paciente. Estimar-se a realização de movimentos respiratórios, através do nível de suporte ventilatório onde se nota o oxigênio e ventilação mecânica, a avaliação do nível de consciência do paciente fazendo uso da escala de coma de Glasgow, avaliar o nível de suporte ventilatório se o paciente está respirando espontaneamente em ar ambiente, ou através de oxigênio suplementar, também se avalia a pele, músculos e ossos. O exame físico do mesmo modo é de grande importância tendo em vista que o fisioterapeuta deve realiza-lo por completo, levando em consideração os aspectos de maior importância e interesse no paciente. 2.2. ARGUMENTOS CAPAZES DE FUNDAMENTAR CADA DECISÃO 2.2.1. Considerando que você é um (a) fisioterapeuta que trabalha num hospital juntamente com uma equipe multiprofissional, que medidas você poderia tomar de imediato diante de uma paciente apresentando alterações clínicas como: FR > 35 irpm; PA sistólica > 180 mmHg; PA diastólica < 60 mmHg; FC > 130 bpm; tonturas e mal-estar durante a abordagem avaliativa? A avaliação é considerada pelo fisioterapeuta com um dos critérios mais importantes para elaboração de seu plano de tratamento, haja vista que a avaliação evita que técnicas desnecessárias e inadequadas sejam administradas pelo profissional, diminuído possíveis agravos ao paciente. Uma avaliação breve permite que se explorem rapidamente órgãos e sistemas corporais como: cardiopulmonar, tegumentar, musculoesquelético e neuromuscular. Diante de uma avaliação o fisioterapeuta pode planejar um tratamento eficaz de acordo com as necessidades de cada paciente. (LOPES; MEJIA, 2012) A Avaliação exige do fisioterapeuta uma visão sistêmica do paciente, com algumas peculiaridades, uma delas é falta de tempo para avaliar, pois nem sempre estará disponível para realizar uma avaliação por completa, devido alguns pacientes serem admitidos na uti com um quadro agudo precisando de intervenção fisioterapêutica imediata, por outro a pacientes que chegam estáveis logo podendo realizar uma avaliação mais completa. (LOPES; MEJIA, 2012) Sem uma avaliação bem realizada é impossível identificar alterações apresentadas pelo paciente bem como traçar e realizar a conduta fisioterapêutica adequada, para que haja uma boa evolução e alta o mais rápido possível, pois quanto mais tempo o paciente ficar internado UTI mais chances de complicações ele poderá ter. São vários os fatores que devem ser avaliados com frequência para assegurar um bom atendimento ao paciente, haja vista que os pacientes internados nas unidades de terapia intensiva estão sujeitos a alterações hemodinâmicas, cardíacas, respiratórias, neurológicas, ortopédicas e etc. (LOPES; MEJIA, 2012) Atualmente a Fisioterapia tem sido uma grande aliada na recuperação clínica de pacientes internados no âmbito hospitalar, restaurando a perda funcional, reduzindo incapacidades, aprimorando a funcionalidade do paciente, além de tratar e prevenir complicações respiratórias. (OLIVEIRA; SOUZA, 2014) No suporte ventilatório o fisioterapeuta tem importante participação, auxiliando na condução da ventilação mecânica, desde o preparo e ajuste do ventilador artificial à intubação, evolução do paciente durante a ventilação mecânica, interrupção e desmame do suporte ventilatório e intubação. (ALVES, 2015) A Escala de Coma de Glasgow (ECG) define o nível de consciência mediante a observação do comportamento, baseando-se em um valor numérico. A ECG proporciona uma abordagem padronizada e universal para monitorar e avaliar os achados da avaliação neurológica. É um instrumento clínico com grande valor preditivo e sensibilidade para avaliar pacientes com alterações do nível de consciência em serviços de emergência. (OLIVEIRA; PEREIRA; FREITAS, 2014) O objetivo do fisioterapeuta na UTI é melhorar a capacidade funcional geral dos pacientes e restaurar sua independência respiratória e física, diminuindo o risco de complicações associadas à permanência no leito. (FU, 2018) 2.3. DESCRIÇÃO DOS CRITERIOS E VALORES 2.3.1. Perante os critérios básicos de uma UTI, a presença de um fisioterapeuta é de extrema importância. O fisioterapeuta deve ser capaz de avaliar adequadamente o paciente e aplicar o melhor procedimento, pesando nos benefícios e os riscos em potenciais, sempre presentes em pacientes críticos. Deve entender a condição clínica do paciente, os objetivos médicos traçados e a competência e as limitações de cada instrumento e procedimento. Deve determinar se o procedimento a ser realizado tem alta probabilidade de alcançar os resultados clínicos esperados ou se um outro procedimento pode ser mais eficiente e benéfico. REFERÊNCIAS ALVES, Andréa Nunes. A importância da atuação do fisioterapeuta no ambiente hospitalar. 2015. Disponível em: https://seer.pgsskroton.com/index.php/ensaioeciencia/article/view/2750. Acesso em: 24 mar. 2020. FU, Prof.ª Dr.ª Carolina. Terapia intensiva: avanços e atualizações na atuação do fisioterapeuta. 2018. Disponível em: Terapia intensiva: avanços e atualizações na atuação do fisioterapeuta. Acesso em: 24 mar. 2020. LOPES, Yonnara D´angelo de Oliveira; MEJIA, Dayana Priscila Maia. Avaliação Fisioterapêutica na Unidade de Terapia Intensiva Uma Revisão Bibliográfica. 2012. Disponível em: https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/27/21_- _AvaliaYYo_FisioterapYutica_na_Unidade_de_Terapia_Intensiva.pdf. Acesso em: 24 mar. 2020.. OLIVEIRA, Débora Moura da Paixão; PEREIRA, Carlos Umberto; FREITAS, Záira Moura da Paixão. Escalas para avaliação do nível de consciência em trauma cranioencefálico e sua relevância para a práticade enfermagem em neurocirurgia. 2014. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/0103-5355/2014/v33n1/a4284.pdf. Acesso em: 24 mar. 2020. OLIVEIRA, Tatiana Conceição Pereira de; SOUZA, Simone Braga. AS ATRIBUIÇÕES E BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NO CONTEXTO HOSPITALAR E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA. 2014. Disponível em: https://www.webartigos.com/artigos/as-atribuicoes-e-beneficios-da-fisioterapia- hospitalar-e-sua-contribuicao-para-humanizacao-da-assistencia/128121/. Acesso em: 24 mar. 2020.
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