RESUMO NUTRIÇÃO

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RESUMO NUTRIÇÃO 
Nosso corpo é basicamente formado por água, uma desidratação severa leva a morte, diferente de uma privação alimentar que dependendo da sua reserva pode ficar semanas sem se alimentar. 
Agua nutriente que mais tem importância nos processos do metabolismo dos animais – no rumem há o liquido ruminal onde se encontra as bactérias, a água é importante para o crescimento desses microrganismos e consequentemente do processo de digestão; 
Duas partes de água para uma de alimento ingerido, 100g de ração 200ml de água - Num dia quente essa relação aumenta, onde o animal vai beber mais agua para fazer o processo de resfriamento corporal.
A entrada de água somada água metabólica deve se equilibrar com a saída de água, ou seja, se bebo mais agua q preciso esse excedente de água é eliminado (TAXA DE PASSAGEM), para os seres humanos não há problema porem em animais de produção, como na suinocultura há poluição ambiental, com grande quantidade de água desperdiçada. 
Ex: Estresses por calor na avicultura, onde os animais vão beber mais agua e comer menos, essa água vai ser eliminada na urina e fezes, há perda de peso e diarreia (bunda suja), o ambiente fica muito úmido e propicio ao aparecimento de diversos microrganismo. 
Falhas no manejo onde se coloca “agua à vontade” porem em pouca quantidade leva o animal a também não se alimentar direito pois sem água ele também não come. 
Na avicultura ocorre erros de manejo, onde coloca a caixa d’agua no alto do morro e a água vem quente, aí o frango vai beber mais agua – solução é enterrar o cano e cobrir a caixa d’agua com coqueiro para resfriar a água. 
A taxa de água corporal vai varia de 80 a 85% em animais jovens, e em adultos 40%; animais jovens tem mais agua, cálcio e fosforo e proteínas, já o adulto tem mais gordura corporal e assim menos agua – na gordura há muita pouca água livre diferente da proteína que agrega água para cada grama 3 a 4 gramas de água agregada. 
Ex: Peito do frango (proteína + agua agregada) ao fritar diminui de tamanho pois a água volatiza/ se perde. 
A área de superfície relativa de um animal jovem quando se compara com a de um animal adulto é maior, o coração e outros órgão por exemplo, de um filhote é maior com isso esses órgãos ficam muito próximos da superfície corporal, tendo uma capacidade de desidratação maior – animais jovens também sentem mais frio pois perdem calor mais fácil pois não tem uma área entre os órgão e a superfície para que o ar aja como isolante térmico. 
Curva de crescimento entre a fase inicial – onde o animal está ganhando massa muscular e agregando agua junto com a proteína – chega num período onde ele modifica sua composição corporal e começa a depositar gordura e seu crescimento diminui, o animal continua comendo porem so acumulando gordura gerando prejuízo para o proprietário. 
OBS: Há cortes, como premium, que tem gordura depositada, importante porque a gordura é palatabilizante e isso vai dar o sabor da carne – gordura de marmoreio (BOVINOS). 
A água corporal também varia pelo estado fisiológico, gestação (liquido placentário), lactação (glândulas mamarias) onde a água aumenta; 
Cupim do boi? Serve para fazer reserva de água, por meio de água metabólica, quando a gordura é metabolizada a fim de gerar ATP, forma-se agua – condições de ambientes desérticos; a gordura é o que mais gera agua metabólica. 
Agua corporal faz termorregulação, por proporcionar a perda de calor por meio do contato da agua com a superfície aquecida e evapora – em algumas espécies como frango tem uma capacidade evapotranspiração onde regula a temperatura corporal evaporando a agua, ele precisa beber agua para que o calor que passa nos sacos aéreos ser evaporado junto com a agua – para cada grama de agua evaporada ele perde calorias. 
O problema disso é que essa água perdida fica na atmosfera e aumenta a umidade do ambiente – se a temperatura estiver alta, mas a umidade baixa há uma capacidade de tolerância maior, mas se tiver a temperatura alta e a umidade também perde a capacidade de trocar calor, pior é a sensação térmica. 
A água também atua como baixa viscosidade ajudando na passagem de nutrientes pela circulação sanguínea, transporte pela via metabólica, compõem mais de 90% da composição de leite, ovos... Participa no processo de hidrolise (digestão)
Ex: A cada 3L de leite que quer aumentar, voce da 1Kg de ração e mais agua! 
Fonte de água: Agua livre, contida em alimentos – um bovino comendo capim consegue extrair boa parte de água, já um equino comendo feno não ira conseguir absorver agua, precisando de uma fonte de água. 
A água contida na ração evapora e condensa no saco fechado, essa água livre se torna fonte para crescimento de microrganismos, ficando mofada na parte superior. 
OBS: A mesma quantidade de ração não pode ser a mesma de patê, pois no patê há uma porcentagem maior de água que dilui o alimento. 
Restrição de água: aumento da pulsação, da frequência cardíaca, da viscosidade do sangue, redução do volume sanguíneo etc...
Eliminação do nitrogênio em forma de ureia, a cadeia de amônia doas aminoacidos é toxica e é eliminada na ureia, para isso precisa do consumo de água que ira diluir a ureia deixando-a menos toxica – ao contrário causaria intoxicação e ate problemas neurológicos. 
Já as aves, que elimina o nitrogênio na forma de acido úrico, é menos toxico então eles precisam de ingerir uma quantidade de água menor. 
A ingestão de proteína aumenta a necessidade hídrica, devido a digestão proteica ser mais lenta precisando de mais enzimas consequentemente de mais água, quanto mais proteína ingeri mais ureia irá eliminar então também precisa de mais água; 
Ingestão de sal/sódio também aumenta a necessidade de água – existe a estratégia de adicionar mais sal a ração do gato para ele beber mais água. 
Esforço físico, pelo suor perde-se agua e eletrólitos aumento a necessidade do consumo de água para repor o que foi perdido. 
A maior parte do tecido animal jovem é composto por proteína, o que é bom por agregar agua – a conversão alimentar é baixa/ótima nas fases iniciais do animal. 
Pensando em dimorfismo sexual, na granja a femea é tirada em 33 dias para abater como galeto, pois a fêmea se desenvolve mais rápido e inicia a deposição de gordura mais cedo – o macho tem um potencial superior, de depositar mais proteína e ter uma conversão melhor e continuar se desenvolvendo. 
OBS: Ponto de inflexão da curva onde o animal tem sua redução de crescimento. 
Por que castrar leitão? Porque quando não é castrado ele tem a produção de substancias que se depositam na gordura (que não é bom) – depois de certo o ponto esse suíno castrado terá o um desenvolvimento pior do que a femea, crescendo menos e a espessura de toucinho (gordura) é superior, devido a não produção dos hormônios que são essencial para o crescimento do leitão macho. 
Vacina tem anti GNRH – hormônio que faz o sinal para produção de FCH e LH que vai estimular o desenvolvimento testicular – o testículo do animal começa a atrofiar e a produção do hormônio sessa e não é necessário a castração e assim o animal também tem um crescimento ótimo. 
Acabamento de carcaça: deixa o animal crescer e certa idade castra o animal, deposição de gordura pois tirou o efeito hormonal, que iria converter em proteína e sem ele convertera em lipídio/gordura. 
OBS: Animal que converte em proteína é mais rentável com uma conversão baixa (melhor), já o animal que converte em gordura gera prejuízo ao proprietário que gasta mais. 
Um animal com insuficiência renal, depender do quadro para decidir se deve dar uma ração com pouca proteína: numa condição aguda deve usar uma ração com teor de proteína mais baixo porque o nitrogênio nos aminoacidos vai passar pelos glomérulos da urina para ser excretado, o que pode infecionar ainda mais e agravar o caso; Já uma animal numa condição crônica se avalia o risco para dar ou não uma ração com proteína, porque o risco de caquexia é maior que a própria insuficiência, então ele tem que repor a massa muscular. 
*Pode cair na prova: Temperaturada água e volume ingerido: dias de calor o animal bebe mais agua para resfriar o corpo, se ele ingere uma água quente ele vai beber mais agua que vai sair nas fezes que no meio ira propiciar o surgimento de microrganismos como a salmonela. 
A qualidade da água, deve ser testada por meio de analises para certificar que a fonte de água do proprietário (que ele da aos animais) não está contaminada – deve ser feita a cada 6 meses – a água contaminada não mata o animal, mas pode gerar problemas como diarreia; 
Potabilidade da água pode ser feita por meio do cloro, pastilhas de cloro dentro da garrafa pet e deixa dentro da caixa d’agua, ira se dissolver e liberar para água aos poucos; 
OBS: Medicação via agua, vacina tem microrganismos (substâncias orgânicas) se o cloro age nessas substâncias a vacina pode ser inativada. 
O cloro em água limpa não tem cheiro nem gosto, mas em água contaminada o cloro reage com a substancias naquela água cloramina que causa o odor e gosto. 
A água tem componentes que podem ser prejudiciais à saúde dos animais, rica em cálcio e magnésio (agua dura) pode trazer deficiência do fosforo, pois o fosforo reage com essas substâncias e ambos não são absorvidos – em bovino cultura (onde o fosforo é um dos minerais mais importantes) essa agua dura, mesmo com suplemento não deixa o bovino absorver o fosforo. 
Regiões próximas a balneários, o animal a ingerir uma água salobra fara com que ele não consiga ingerir/absorver a quantidade de suplemento normalmente ficando deficiente por falta de outros minerais como fosforo, iodo etc. 
Presença de nitrato e nitrito, o nitrito é toxico pode ser provido de uma adubação de pastagem onde voce adubou com nitrato porem os microrganismos convertem em nitrito que é muito mais toxico – quando acontece de cair numa agua e o animal ingerir pode acontecer desse nitrito reagir com a hemoglobina e causar uma alteração no seu formato, essa hemoglobina alterada perde a capacidade de transporte de oxigênio. 
Agua ferrosa (excesso de ferro), ao fazer um poço a água normalmente é ferrosa, tem um gosto forte como característica, ao dar para o animal fara um desconexo com outros minerais. 
Mapa metabólico: Definindo a importância da energia – para manutenção corporal, energia basal, energia para crescimento/produção: é a quantidade de ATP que vamos gerando. 
NUTRIENTES METABOLISMO ATP
OBS: O que é ingerido e não vira ATP, ou vira adipócitos (gordura) ou é eliminado; metabolismo energético irá definir tudo;
Do ponto de vista nutricional, os carboidratos, lipídios e proteínas vão gerar energia – já as vitaminas, até podem gerar energia, mas são mais importantes no metabolismo formando co-enzimas, co-fatores, e outras reações. 
Qual seria o nutriente que geraria mais rápido energia? CARBOIDRATO; os carboidratos solúveis como amido são mais fáceis de serem quebrados/digeridos e assim geram energia muito mais rápido do que o insolúvel como a celulose, que é mais lenta requer fermentação – carboidrato entra no ciclo glicosídico para gerar ATP. 
A gordura também gera energia, em termos quantitativos gera muito mais energia – por meio da beta oxidação gera ATP. 
A proteína gera energia através dos aminoacidos, porem a maior parte não é a fonte mais viável de disponibilidade energética – carnívoros vão usar a proteína como principal fonte energética, tanto que não usam a glicose como nos, não transporta tão bem a glicose para célula. 
Parâmetro de energia: Energia bruta (energia contida no alimento) tem uma unidade de Quilo caloria por quilograma (Kcal).
OBS: Para conseguir a energia/ATP dos alimentos temos que digerir, absorver e metabolizar! 
Qual a importância de um alimento ter mais ou menos energia? Dependendo da necessidade do animal, um animal atleta precisa de mais energia porque ele gasta mais energia (dar uma ração com baixo teor energético fara com que esse animal gaste sua reserva energética e emagreça), já um animal sedentário possui uma necessidade energética mais baixa (ao dar uma ração energética ele não gasta esse energia e engorda). 
O primeiro valor de energia é a Energia Bruta (Kcal), numa amostra de alimento tem valor energético; tem duas maneiras de mensurar a energia de um alimento: posso pegar a amostra e por no equipamento chamado de bomba calorimétrica que vai mensurar a energia desprendida na queima (quanto maior a combustão mais energia o produto tem) – energia transformada em calor – ou posso pegar e mandar analisar a constituição – quanto de carboidrato, proteína e gordura e multiplicar pelo fator de energia bruta. 
Ex: um cachorro que come 250g de ração, que possui grande quantidade de casca de arvore totalizando 3000Kcal, se 1Kg de casca de arvore tem 3000Kcal e o animal come 250g = 250g x 3000Kcal = 750Kcal/Kg. 
Qual perda a da energia bruta para energia digestiva? O animal não absorve toda energia bruta, tem que ser considerada a energia que é perdida nas fezes – correlação direta: Quanto menor a digestibilidade maior são as perdas fecais. 
Quanto sei quanta energia o animal perdeu nas fezes? In vivo com o animal, por ensaios metabólicos, pegar um grupo de animais da mesma espécie (normalmente 6) vou dar para eles uma quantidade de alimento durante 10 dias – 5 dias para adaptar os animais ao alimento e mais 5 dias fornecendo esse mesmo alimento e coletando fezes – então eu sei o quanto ele comeu e sei quanto ele excretou, e pego as fezes e mando para analisar a energia contida nelas: se o animal comeu 3000Kcal por dia e excretou 70g com 1000Kcal e ao analisar gera calor (energia) e saberei qual foi o aproveitamento desse alimento – ENERGIA DIGESTIVEL. 
Nem toda ração vai ter o mesmo aproveitamento pelos animais, as fibras contidas na ração diminuem o aproveitamento/ a digestibilidade, muito utilizada em raçoes obsedes (ração terapêutica) – o animal emagrece comendo essa ração por possuir fibra e proteínas mais altas como a celulose – o animal vai comer 250g mas vai excretar 150g tendo uma menor absorção, saldo energético menor. 
OBS: Ração light (manter o animal no peso adequado) os níveis de fibras não são tão altos quanto a obsedes – utilizada depois de um período da obsedes, depois que o animal chegou no peso ideal. 
Para a mesma ração posso ter aproveitamentos diferentes entre os animais, animal de grande porte absorvem mais os nutrientes, tem uma digestibilidade melhor do que o de pequeno porte; porem a qualidade das fezes do animal pequeno é melhor que a do grande. 
Por que a qualidade das fezes do animal de grande porte é pior se sua digestibilidade é melhor? O tamanho do seu intestino grosso influência na formação das fezes, possui mais bactérias e fermenta-se muito mais gerando fezes mal formadas. 
Filhote vs adulto – o adulto aproveita mais os nutrientes pois tem mais enzimas para digerir o alimento. 
Ração peletizada vs ração extrusada – a extrusada vai ter uma digestibilidade melhor devido ao processo de frabicação que ela passa: maior pressão, calor, maior energia e menor excreção. 
OBS: Alimentos ultra processados vão ter mais energia, por ter maior digestão e absorção, por isso engorda quando comida em maior quantidade. 
Esses são os fatores que influenciam na digestibilidade: Processamento, idade do animal, categorias de porte, e energia metabolizável. 
Para chegar na energia metabolizável considera-se algumas perdas: além das fezes, é perdido energia pelo suor (muito pequeno), pela urina (O nutriente que mais é perdido é a proteína) e principalmente perdas por gás (fermentação) – para um monogástrico é pequena, mas em ruminantes essa perda é grande (metano) - as bactérias usam os ácidos probiónico, butílico e acético para produzir o metano. 
OBS: De todas as perdas a mais significativa é das fezes, que mais vai perder energia. 
Para mensurar a energia perdida pela urina, é mais dificil – coloca o animal numa gaiola de fundo falso e quando o animal urinar voce consegue coletar – mas o estresse causado no animal é tão grande que não vale a pena, porque o animal não vai fazer a digestão corretamente. 
Qual nutrienteé capaz de melhorar a digestibilidade dos outros? Os lipídios, ele tem um feedback direto com o hormônio CCK	, que age no intestino delgado; alimentos que contem gordura quando chega no ID estimula a liberação de CCK que faz com que a digesta fique mais tempo parada e o aproveitamento aumenta. 
De energia metabolizável para energia liquida ainda há perdas, perda relacionada ao calor liberado pela digestão dos alimentos (incremento calórico – IC); esse incremento calórico é o desprendimento do calor pela digestão e absorção de nutrientes; há nutrientes que desprendem mais fácil calor como alimentos proteicos que são ingeridos mais no frio por gerar calor. 
Ex: Numa granja que voce do alimento proteico que gera calor em época quente, vai gerar um estresse nesses animais, então no verão se trabalha com alimento com menos proteínas. 
Descontado o valor de incremento calórico resta então a energia liquida que é o resultado final, o quanto que sobrou do que foi ingerido pelo animal, essa energia liquida é separada em energia de mantença (necessária para fazer as atividades normais do animal/ para sobreviver) e em energia de produção (energia necessária para produzir, por ex. a vaca produzir leite). 
OBS: A produção chega num ponto que se estabiliza, voce continua aumentando a quantidade de comida, mas o animal não vai mais aumentar sua produção, e sim vai acumular gordura. 
No inverno o animal é melhor aquecer o local do animal, por exemplo a granja, do que aumentar a quantidade de proteína na ração que geraria um incremento calórico maior. 
Pode cair na prova! No verão a necessidade energética é maior, pois para perder calor/ resfriar o corpo requer gasto de energia, e o nutriente que vai gerar essa energia é o lipídio, uma pequena quantidade que se ingeri possui uma grande densidade. Também a digestão do lipídio não gera calor, diferente da proteína. 
Ex: um litro de óleo tem 9000Kcal, já 1Kg de milho tem 3000Kcal – então se voce quer dar mais energia concentrada dá o óleo, lipídios na ração.