trabalho PAPER ESTAGIO

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RESUMO
Quando se refere à educação infantil é importante destacar que todas as ações tomadas pelos educadores necessitam ter intencionalidade, pois a cada instante é aprendizado, as crianças absorvem tudo o que lhes é passado á respeito de conteúdo e tudo o que diz respeito a conduta, a partir do momento em que o professor é o exemplo pra aquela criança, é o super herói, heroína em fim o professor tem papel inexplicavelmente importante na vida da criança, e em relação a isto por que não utilizar os jogos lúdicos como norte para utilizar dessa intencionalidade. Dentro deste artigo será abordado o papel que o jogo tem dentro da aprendizagem, baseando -se em pesquisas documentais e em próprias observações diárias nas escolas de atuação, ter entendimento sobre a formação continuada que é esperado ter-se referente á educação infantil e aos jogos lúdicos e apontar as várias contribuições que o lúdico traz para a formação da criança através dos jogos, por fim este trabalho é esclarecedor e incentivador a respeito da inserção de práticas educativas voltadas ao lúdico.
Palavras-chave: jogos, lúdico, educação.
1.INTRODUÇÃO
Sabemos que jogar é extremamente importante para o desenvolvimento da criança, contribuindo assim significativamente para que ela construa ou potencialize seus conhecimentos. Os jogos podem ser considerados recursos pedagógicos para a educação infantil, pois com ele a criança aprende sobre tudo o que lhe é importante, através do jogo, ela consegue também entender o funcionamento dos objetos e explorar o seu corpo. Diante disso buscamos explorar esse assunto devido ao nosso contato diário com a educação infantil, e assim agregando mais conhecimento na nossa vida acadêmica, assim possibilitando desempenhar um trabalho mais rico junto as instituições nas quais trabalhamos.
Portanto, é através de pesquisa documental, observação e entrevista, que iremos verificar o papel do jogo como instrumento de ensino-aprendizagem na sala de aula.
2.FUNDAMENTAÇÃO
Jogar é um fato cultural, em todos os tempos, o jogo apresentou manifestações, características e significados que variam de acordo com o ambiente, estilo de vida, época e costumes. Com esse foco procuramos falar sobre a aprendizagem de ensino através dos jogos pedagógicos, ou seja, iremos mostrar o papel que o jogo desempenha na aprendizagem dentro da educação infantil através de pesquisa documental e observação em sala de aula; também apresentaremos a importância da busca pela formação continuada do educador referente aos jogos e brincadeiras e apontar a contribuição dos jogos lúdicos e suas variações dentro das diferentes metodologias de ensino. É na sala de aula que podemos observar a criança e sua curiosidade em brincar com jogos, segundo Piaget:
 “(...)Qual é a relação da logica infantil e da construção da inteligência com a ludicidade? As atividades que a criança realiza estão diretamente ligadas aos jogos e brincadeiras, que fomentam a construção da inteligência, e afetividade e da psicomotricidade. Os jogos, especialmente, estimulam a socialização e a interação entre as crianças desenvolvem noções de regras e servem como catalisadores no processo de adaptação e de equilibração, uma vez que desafiam as crianças a melhorar seus desempenhos. Como já mencionamos, a construção da inteligência evolui progressivamente e o modo como a criança brinca ou joga se modifica à proporção que ela cresce”. 
	 
Cada lance do jogo é uma decisão a ser tomada pela criança, ou seja, o jogo é uma como um exercício de decisão tomada por ela mesma, o jogo é um promotor de aprendizagem que necessita ser integrados nos processos educativos de maneira planejada. Atualmente com a grande disponibilidade de material virtual acessível as crianças, os educadores necessitam procurar cada vez mais maneiras de transformar as atividades de sala de aula mais interessantes.
(...) Infelizmente, o cenário que se apresenta é o de professores com formação precária e que são mal remunerados. Nesse contexto, essas questões legislativas, didáticas e metodológicas não são nem essencialmente debatidas. Não se trata apenas da formação acadêmica, mas também da formação continuada, necessária para a reflexão, o aprimoramento de condutas e para repensar a educação diante das novas demandas que surgem a cada dia. Segundo Líbano e Pimenta (1999, p259), “o aprimoramento do processo de formação dos professores requer muita ousadia e criatividade para que se construam novos e mais promissores modelos educacionais necessários á urgente e fundamental tarefa de melhoria da qualidade de ensino do país”.
Portanto, é fundamental que o educador siga se qualificando cada vez mais no decorrer da sua carreira, nesse sentido ele também deve refletir sobre a sua contribuição para o desenvolvimento do educando, visando proporcionar atividades que despertem a curiosidade, a atenção e a socialização.
3.VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
Por Jaqueline França
Estamos em constante aprendizado e um estágio na educação infantil noz traz a riqueza de detalhes e a veracidade que precisamos para realizar uma pesquisa eficaz. O primeiro aspecto que despertou a atenção na escola de atuação do estágio foi a forma de acolhimento dos alunos, público atendido e as condições de trabalho dos educadores, a escola tem como fundamento e proposta pedagógica buscar um espaço de referência e promover ações com vistas ao desenvolvimento e aprendizagens das crianças em ambientes acolhedores e estimuladores, articulando as políticas educativas e os sistemas de proteção social, a intencionalidade das ações da instituição busca o desenvolvimento da criança na perspectiva da dissociabilidade e da interação do educar cuidando.
Partindo do princípio que a escola se trata de uma obra social e que os alunos são de origem a sua maioria de algum tipo de vulnerabilidade social. Constantemente há uma busca pela superação das dificuldades pois á disponibilidade de materiais para a realização das atividades é muito pouca, cai por terra a ideia de que na educação infantil só se realizam trabalhos perfeitos, com muito recurso e interativo para as crianças, tendo em vista de que quase tudo o que se utiliza é de origem reciclável. O lado bom desta situação é que os profissionais utilizam dos recicláveis para entrar com o trabalho lúdico na escola, confeccionando jogos com os recicláveis que se torna mais interessante para a criança pois é uma obra delas mesmas, se massageia o ego, motiva eles a criarem mais, e é exatamente o nosso foco de pesquisa. Ainda referente as observações, foi possível notar que havia muito respeito da professora pelos alunos e consequentemente deles por ela, uma simplicidade na explicação das temáticas e orientações de combinações da turma que envolvia as crianças, que fazia com que eles a escutassem, mesmo tendo uma pessoa diferente na sala não tirava a atenção deles sobre ela, e foi interessante de poder participar de alguma forma dessa prática com as crianças, usava-se de muita música, rodinha de conversa, leitura com a turma e tudo muito bem recebido por eles.
Teve-se bastante tempo para troca de ideias entre a estagiária e a professora onde puderam ser sanadas algumas dúvidas a respeito da sua regência na escola, a professora informou que tem admiração e se identifica com o autor Freinet e já baseou várias atividades pela sua escrita, foi perguntado a ela de que forma trabalhava a autonomia dessas crianças tendo em vista que são uma turma de jardim, e a mesma respondeu que permite com que eles arrumem suas próprias coisas, como mochilas, as camas, organizam os brinquedos sozinhos e se há um bom comportamento na turma podem escolher quais atividades vão realizar dentro de algumas que já estão planejadas, acredito que realmente seja importante esta conduta á fim de ajudar na autonomia da criança.
Segundo RCNEI VOL 2 p.24:
Brincar constitui-se, dessa forma,em uma atividade interna das crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade, sem ser ilusão ou mentira. Também tornam-se autoras de seus papéis, escolhendo, elaborando e colocando em prática suas fantasias e
Conhecimentos, sem a intervenção direta do adulto, podendo pensar e solucionar problemas de forma livre das pressões situacionais da realidade imediata.
Também obviamente foi perguntado em quais momentos eram introduzidos os momentos lúdicos no planejamento e a resposta foi que duas vezes ao dia, com base de que o planejamento é realizado semanalmente de acordo com o projeto vigente e que o tema foi escolhido pelo interesse dos alunos.
Quando chegou o momento de entrar para a regência, o receio foi de não conseguir prender a atenção das crianças da mesma forma que a professora o fazia, de perder o domínio, mas para a minha surpresa foi completamente diferente, a turma foi muito receptiva, atenciosa, respeitosa e até curiosamente tranquila na execução de todas as atividades propostas. Referente as atividades elaboradas para a turma foram todas pensadas para agregar ainda mais a presença do lúdico como prática pedagógica, fazendo com que as crianças aprendam, brinquem, usando elementos do seu próprio dia a dia para tal, que aprendam sem cobrança, sem pressão em ter que saber, ter que aprender tudo o que é passado ,o conhecimento ele é adquirido até mesmo por uma atitude, lembrando que a criança é uma esponja que absorve cada movimento do adulto , neste caso especialmente da professora .
Foi escolhido o tema meio ambiente para que desde pequenos já exista essa consciência de preservação do meio onde vivem e de que cada pessoa tem que fazer a sua parte em ajudar, que todos unidos conseguimos mudar algo e tudo isto foi trabalhado e discutido de maneira lúdica. 
Segundo Maria Viana:
Construir brinquedos com sucata também e bastante estimulante para as crianças. Para isso é interessante ter caixas com garrafas pet, copinhos de iogurte, tiras de papel de várias cores...
As crianças podem ser estimuladas a criar livremente usando material que escolherem. Mas também podem ser propostas algumas atividades dirigidas.
No final construímos um jogo com materiais recicláveis, um jogo da memória, de uma forma lúdica poder fixar estas ideias, aprender brincando é o nosso objetivo.
Por Cristina Filgueira
O estágio foi realizado na Instituição Filantrópica Pequena Casa da Criança que tem como objetivo propiciar um ensino de qualidade para os educandos nas áreas: cognitiva, social e afetiva, contribuindo com cidadãos críticos para a sociedade na qual estão inseridos.
Foi observado a respeito de recursos que a escola disponibiliza grande quantidade de material para que os professores possam criar suas atividades de maneira mais livre, além de possuir diferentes áreas para recreação e aprendizado como quadra de esportes, sala de informática e brinquedoteca.
Referente a interação da turma com a professora regente demonstram possuir boa receptividade ao planejamento da professora, as regras de rotina são trabalhadas diariamente geralmente com sucesso, a professora desenvolve as atividades de acordo com o PPP da escola. É uma turma grande onde existem os grupos que se entendem melhor e outros não, mas de um modo geral todos participam da aula, da organização do material e combinados da rotina.
Por ter pouca experencia como professora titular, houve certo receio inicialmente em executar os planejamentos, porém as expectativas foram superadas, a turma foi muito receptiva e acolheu bem as atividades que foram propostas. Através de jogos confeccionados pelos alunos, a proposta foi desenvolver de forma lúdica e prazerosa atividades em cima do projeto da professora que escolheu ser sobre os sentimentos. 
Segundo RCNEI:
As habilidades que podem ser desenvolvidas a partir de brincadeiras cantadas tais como contribuição para o desenvolvimento sensório motor, favorecimento da socialização da criança, desenvolvimento da noção de ritmo e o gosto pela música e também a permissão da expressão de emoções como surpresa, alegria e tristeza.
Teve -se a ideia de trabalhar o assunto dos sentimentos contando a história sobre O Monstro das Cores, foi construído um emocionometro, um bingo dos números, um desenho utilizando a técnica do sopro, um boliche e confecção de fantoches, as crianças adoraram e foi visível a contribuição destas atividades para o entendimento deles sobre o que são sentimentos.
4.IMPRESSÕES DO ESTÁGIO
De maneira única para as duas estagiárias a regência nas escolas nos proporcionou uma experiencia única e nos permitiu entender algumas situações que somente no dia a dia de sala de aula podemos ter a compreensão como quais os recursos que podemos utilizar almejando a motivação das crianças, a forma que é realizado o planejamento pela educadora, qual a etapa mais importante do ano segundo as professoras, que por vez a resposta foi a adaptação da criança dentro da escola, em fim foi dentro da sala de aula que pudemos ter a exata vivência e também com isso poder contrastar com a teoria que pesquisamos para podermos exercer a regência.
O crescimento como profissionais é inegável, necessária para a nossa formação como professoras. Tínhamos como objetivo mostrar o papel que o jogo desempenha na aprendizagem dentro da educação infantil e realmente tivemos resposta positiva pois o jogo é um facilitador dentro da aprendizagem, ressaltamos também a importância da busca pela formação continuada dos professores em relação as brincadeiras e os jogos lúdicos pois segundo Freire: 
Na formação permanente dos educadores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a pratica.
É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática. O próprio discurso teórico, necessário a reflexão crítica, tem de ser tal modo concreto que quase se confunda com a prática. O seu distanciamento epistemológico da prática enquanto objeto de sua análise, deve de ela aproximá-lo ao máximo. Quanto melhor se faça esta operação, tanto mais inteligência ganha da prática em na análise e maior comunicabilidade exercem em torno da sua superação da ingenuidade pela rigorosidade. Por outro lado, quanto mais me assumo como estou sendo e percebo a ou as razoes de ser, de por que estou sendo assim, mas me torno capaz de mudar, de promover-me, no caso, do estado de curiosidade ingênua para o de curiosidade epistemológica.
Temos que sempre repensar a nossa prática a fim de deixar claro que o foco é a criança, ajustando as nossas prioridades e atitudes em relação a elas, este pensamento é uma conclusão da vivencia que tivemos no estágio.
Podemos destacar como maior dificuldade observada foi a falta de recursos referente a material didático em uma das escolas de atuação, outra situação observada foi a maneira com que é organizadas as salas de aula, não aproveitando bem os espaços, diferentemente do que lemos nos PCN e no RCNEI que nos dizem que a organização do espaço pedagógico é de grande importância para o auxilio na aprendizagem, devendo conter cantos lúdicos de aproveitamento livre, acreditamos que esta seria uma das propostas de intervenção que faríamos as escolas se pudéssemos.
Finalizando a nossa pesquisa gostaríamos de destacar que nem sempre podemos mudar todos os problemas, mas fazendo um bom trabalho, a nossa parte como bons professores e sempre botando a criança em primeiro lugar é notável a diferença no ambiente escolar, fazemos votos para que cada vez mais sejam utilizados os jogos lúdicos como facilitadores da aprendizagem, como base para alcançar os objetivos e que se faça a reflexão crítica sobre a nossa prática todos os dias, pensando nos acertos e no que pode-se melhorar á respeito do nosso trabalho, que o professor procure sempre estar alinhado e informado sobre as mudanças, sobre as teorias novas referentes á educação infantil.
5.REFERENCIAS
OLIVEIRA, Zilma Ramos de, Educação Infantil Fundamentos e Métodos, SãoPaulo: Cortez,2011, coleção docência em formação.
VIGNON, Luana, Guia do educador: Teorias Pedagógicas/Educação Infantil/Luana vignom, Marco Saliba, São Paulo: Eureka, 2015.
MOYLES, Janet, Fundamentos da Educação Infantil, Porto Alegre: Artmed, 2010.
<Http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf >. Acesso em:24 set. 2018
TEIXEIRA, Karyn Liane, O Universo Lúdico:No Contexto Pedagogico, Curitiba,Intersaberes,2018.