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3 Sindromes nefróticas secundarias

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NEFROLOGIA - Sindromes nefróticas secundarias 
NEFROPATIA DIABÉTICA
- É a principal causa de insuficiencia renal cronica no mundo. Pode-se dizer que a nefropatia 
diabética é uma “Glomerulopatia diabetica”, pois a patologia atinge os glomerulos. 
- Evolução: 
	 (1) Hiperfluxo glomerular devido à diabetes; 
	 (2) Microalbuminuria; 
	 (3) Proteinuria; 
	 (4) Aumento das escorias (creatinina) 
- Há, na DM, hiperfluxo glomerular devido à hiperglicemia, consequentemente, sobrecarga 
glomerular. Pelo hiperfluxo e sobrecarga, há aumento no tamanho dos rins, espessamento da 
membrana basal renal e expansão do mesangio (com fibrose/esclerose glomerular). Essas 
alterações devido ao hiperfluxo são reversíveis, afinal ocorrem devido à hiperglicemia. 
- A esclerose pode ser focal, gerando uma glomeruloesclerose nodular (lesao de 
kimmelstiel-wilson), ou difusa, acometendo difusamente vários glomerulos. A Lesão 
nodular de Kimmelstiel-Wilson é lesão mais específica da nefropatia diabética.
- O controle glicemico rigoroso é a alternativa inicial para manejar o hiperfluxo e 
diminuir a filtracao, afinal, nem todo paciente diabético vai caminhar para doença 
renal cronica. 
- Captopril, enalapril, losartan sao alternativas para evitar a hiperfiltracao, o que ocorre 
por seu efeito é de vasodilatação da arteriola eferente e, consequentemente, redução 
da pressão de filtracao. Essas medicações são usadas em pacientes com lesão renal 
inicial. 
Nem todo paciente deve ser tratado, pois apenas 1/3 caminha para lesão 
renal. Deve-se observar o início da lesão renal e estes pacientes são tratados. 
- Identifica-se o paciente com lesão inicial renal quando há microalbuminuria (30 - 300 mg/dia), 
nestes pacientes já existe lesão. A detecção se faz por meio do exame de urina de 24h ou em 
exame de urina aleatório em que se constata relação entre a albumina e creatinina urinaria 
entre 30 e 300mg/g. 
- Após 5 anos da doença (DM), o risco de lesão começa a se manifestar. Isso é 
importante no contexto de rastreamento. 
- No diabetes tipo 1, é possível saber com certa exatidão a data de inicio da doenca. 
Pode-se, portanto, aguardar 5 anos antes de rastrear para lesão renal.
- No caso de diagnostico de diabetes tipo 2, como não é possível saber ao certo a data 
de inicio da patologia, o rastreamento deve ser imediato.
- Havendo microalbuminuria, inicia-se medidas de controle glicemico e, 
persistindo, usa-se captopril, enalapril, losartana…
- Se o exame é normal, deve-se repetir os exames anualmente.
- O risco cardiovascular é enorme em pacientes com albuminuria.
- A progressão da lesão renal culmina com proteinúria é chamada fase clínica da nefropatia 
diabetica, pois é quando surge hipertensão arterial, edema e, certamente, retinopatia. Quando 
o paciente entra nesse estagio, não há mais possibilidade de reversão do quadro renal, como 
havia na fase de microalbuminuria. 
- O controle glicemico deve ser realizado para lenificar a progressao, mas, aqui, o 
controle da pressão arterial é o mais importante, logo, as doses de enalapril, 
captopril, losartana devem ser aumentadas. 
- O objetivo principal do tratamento é o controle rigoroso da glicemia desde o diagnostico da 
diabetes mellitus, evitando a progressão para lesão renal.
- Hb A1C < 7% 
- IECA, quando há microalbuminuria (captopril, enalapril, losartana)
- Controle pressórico, quando da pressao arterial elevada, <130 x 80 mmHg
- Dieta com restrição proteica para evitar progressão da lesão renal
- RIM X DM 
- Insuficiencia renal com aumento do tamanho do rim
- Infeção do trato urinario e necrose de papila - Bacteriuria assintomática em diabetico 
nao se trata
- Acidose tubular renal tipo IV, que leva a estado de hipoaldosteronismo 
hiporreninemico. 
NEFROESCLEROSE HIPERTENSIVA
- Com o aumento cronico da pressão arterial, há, em processo adaptativo, espessamento da 
camada média das artérias e arteriolas, que se tornam mais rígidas, o que traz consequencias. 
No rim, as arteriolas hipertrofiadas/esclerosadas diminuem sua luz (lesao arteriolar) e, com 
isso, gera isquemia glomerular. 
- Com a lesão progressiva a glomerulos, os glomerulos remanescentes culminam por se 
tornarem sobrecarregados e falindo tambem. 
- Nefroesclerose pode ser benigna ou maligna.
NEFROPATIA PELO HIV
- Sobrecarga de glomerulos, que leva a glomeruloesclerose focal e segmentar (GEFS)
NEFROPATIA POR REFLUXO
- Pielonefrites de repetição geram sucessivos processos de fibrose, o que gera sobrecarga 
sobre os glomerulos adjacentes, culminando com glomeruloesclerose focal e segmentar 
(GEFS)
AMILOIDOSE RENAL
- Sindrome nevrotica com proteinuria intensa
- Amiloidose = depósitos coráveis pelo VERMELHO DO CONGO!!!

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