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Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à Formação de seus Gestores

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ACADÊMICA: LORRANA CARNEIRO OLIVEIRA ARAÚJO 
 
 
RESENHA: Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à 
Formação de seus Gestores 
 
 Logo no início da obra Luck (2000) menciona as mudanças de concepções da escola 
e as implicações da sua gestão e sua estrita relação com o Estado, a escola e a 
sociedade, em especial frisa as mudanças na sociedade e como ela afeta a gestão 
escolar. Nesse contexto, a autora acredita que a escola, por centrar os 
conhecimentos e ser considerada a base das mudanças sociais começa a ter que se 
organizar para se adequar a esse novo modelo de gestão e sociedade. 
 No decorrer de sua obra, Luck (2000) enfatiza que por muitos anos a escola 
era feita para a elite, para a clientela homogênea, ou seja, atendia a um público alvo 
que fazia parte da elite e aqueles que não se encaixavam a esse perfil era retirado 
dela. Em outras palavras, eram alunos previsíveis e estáticos a realidade daquela 
sociedade naquela época. 
 O papel do diretor também discutido pela autora supracitada já tinha em seu 
histórico alguns aspectos, tais como: um poder hegemônico de um diretor tutelado 
dos órgãos centrais, isto é sem voz própria e sem responsabilidade com os resultados 
das suas ações, cabe ao diretor mais supervisionar do que gerir ações que focassem 
nos objetivos de aprendizagem dos alunos. Com isso, o diretor para ser considerado 
bom cumpria tinha que cumprir com suas obrigações plenamente, de modo a garantir 
que a escola não fugisse ao estabelecido em hierarquia superior (Luck, 2000, p.13) 
 Situação essa que protagoniza a percurso histórico de que a escola é 
responsabilidade apenas do governo e que a sociedade nada tem a ver com ela, esse 
modelo resultou uma hierarquização e verticalização dos sistemas de ensino e das 
escolas, uma desconsideração aos processos sociais neles vigentes, a burocratização 
dos processos, a fragmentação de ações e sua individualização com o foco em 
resultados que nem sempre são os esperados (LUCK, 2000, p.14). 
 Com o passar do tempo o modelo de escola passa a ser mais dinâmico, e 
consequentemente a gestão escolar se voltou a um novo enfoque de organização e o 
trabalho nela desenvolvido começou a ser visto como prática social a ação de gestão 
realizada na organização de ensino. Com isso, a escola e seus dirigentes se 
defrontam com a necessidade de desenvolver novos conhecimentos, habilidades e 
atitudes para o que não dispõem mais de modelos e sim de concepções (LUCK, 2000, 
p. 14). Com essa mudança o trabalho da escola passa a ser entendido como um 
processo de equipe, com todos envolvidos em prol de oferecer uma educação de 
qualidade em que todos os envolvidos passaram a se organizar e a pensar com os 
mesmos ideais. 
 A escola trilhou por mudanças que reconhece a dinâmica social como 
heterogenia e contraditória, e por isso tem que mudar sua forma de gerir. Afinal de 
contas a globalização dava sinal de que essas mudanças seriam necessárias, além 
 
 
 
 
 
disso, o respeito às diversidades humanas, o uso de contratempos para melhoras as 
relações, a articulação entre todos os setores escolares em que são responsáveis 
pela educação. Começa a descentralizar movimento constante em todo o mundo as 
escolas, para que melhor funcionem em suas localidades, centralizando mais poder 
nas escolas com exceção do Brasil onde essa descentralização estava longe de 
acontecer. 
 A autonomia escolar com suas normas e regulamentação e sem muita 
interferência externa se tornou fundamental mesmo pautada como um movimento 
político. A autonomia se refere ainda a capacidade de tomar decisões compartilhadas 
e comprometidas e usar o talento e a competência coletivamente organizada e 
articulada, para a resolução dos problemas e desafios educacionais, assumindo a 
responsabilidade pelos resultados dessas ações (LUCK, 2000, p.21). 
 No que versa essa autonomia é sempre bom tomar cuidado, pois cuidado o 
Estado quer se livrar de suas responsabilidades com as instituições passando-a para 
seus gestores e ao invés de responsabilidades os gestores acabaram se 
responsabilizando pelas instituições e que atuam. A autonomia tem que ser 
construída dia a dia por todos seus responsáveis, deve-se ter o direito de decidir por 
si, deve ser dinâmico, deve ser hegemônico, deve ter caráter mediador, deve ser 
transparente, deve ser social a fim de esta eleger a cidadania a todos a que se destina. 
 Em suma, Luck (2000) menciona muita a questão da autonomia não se 
transformar em responsabilização das obrigações que seria do estado, com isso, a 
crítica que se faz é quanto à gestão e suas competências e habilidades no sentido de 
que os gestores sempre fazem mais daquilo que cabem por vezes assumirem essa 
“autonomia” disfarçada de responsabilidade nos dias atuais.

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