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UNIVERSIDADE EDUARDO 
MONDLANE 
FACULDADE DE 
MEDICINA
 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E 
 
 
 
CONDUTA EM PEDIATRIA 
 
 OS MUAPALA’S 
INTEGRAÇÃO EM PEDIATRIA 
 
 
Helhodoro Miguel Félix P. Muapala, 
Estudante da Faculdade de Medicina-UEM 
Conteúdo: Resumo de quadro clínico, diagnóstico e 
conduta das patologias pediátricas. 
 
MAPUTO, 2015 
 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 5 
Í NDÍCE 
FICHA TÉCNICA .................................................................. 11 
NEONATOLOGIA .................................................... 12 
História clínica-neonatologia ............................................. 12 
ASFIXIA PERINATAL ........................................................... 17 
Hipoglicemia ..................................................................... 18 
Ictericia Neonatal .............................................................. 20 
Sepses neonal ................................................................... 22 
Meningite Bacteriana ........................................................ 23 
Resumo dos medicamentos em neonatologia(rotina) ....... 23 
Convulsões ........................................................................ 24 
Diarreia .............................................................................. 24 
FLUIDOTERAPIA ................................................................. 24 
INFECÇÕES CONGENITAS ................................................... 28 
ANEXO ............................................................................... 30 
LACTENTES/UCIP ..................................................33 
Diarreia .............................................................................. 33 
Disenteria .......................................................................... 33 
Desidratação leve ......................................................... 36 
Plano A. Tratar a diarreia em casa .............................. 36 
Desidratacao noderada .................................................... 36 
Desidratacao grave ...................................................... 39 
Rehidratacao e correção do DHE...................................... 40 
Necessidades Hidricas Diarias (NHD ................................. 40 
Desidratação ...................................................................... 41 
Hiponatramia ..................................................................... 43 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 6 
Hipernatrémia ................................................................... 43 
Hipocaliémia – Tratamento1 ............................................. 46 
Hipercaliémia .................................................................... 47 
Hipocalcémia ..................................................................... 48 
Hipercalcémia – Tratamento ............................................. 48 
Hipofosfatémia - Tratamento ........................................... 49 
Hiperfosfatémia - Tratamento .......................................... 50 
Hipomagnesémia - Tratamento ......................................... 50 
Hipermagnesémia ............................................................. 50 
Cetoacidose Diabetica ....................................................... 51 
HIPOGLICEMIA .................................................................. 53 
Queimadura ...................................................................... 53 
MANEJO ............................................................................ 55 
Intoxicação em pediatria ................................................... 58 
Convulsões na urgência...................................................... 62 
Anexo ................................................................................ 64 
Escama de coma de Glasgow ........................................... 64 
Desidratação Isotónica ..................................................... 65 
Hipernatrémia com Hipovolémia ..................................... 66 
Hipernatrémia com Hipervolémia .................................... 67 
Hipocaliémia ..................................................................... 68 
Hipercaliémia.................................................................... 69 
Hipocalcémia .................................................................... 69 
Hipercalcémia ................................................................... 70 
Hipofosfatémia ................................................................. 71 
Hiperfosfatémia ................................................................ 71 
Hipomagnesémia .............................................................. 72 
Medicamentos mais usados na UCIP .................................. 72 
antiviral ............................................................................. 73 
Diureticos ......................................................................... 73 
Anticonvulsivantes ........................................................... 73 
Antiinflamatorios .............................................................. 73 
Broncodilatodores ............................................................ 74 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 7 
Inotropico ......................................................................... 74 
Analgesicos ....................................................................... 74 
Antieméticos ..................................................................... 74 
DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS ................. 75 
Hospital dia pediátrico ...................................................... 75 
Sequencia de criança seguida no HDP .............................. 75 
Critérios para iniciar TARV em Moçambique .................... 77 
Dosagens de formulações pediátricos .............................. 77 
Razões para mudança de terapia ..................................... 78 
Toxicidade ou intolerância aos ARV .................................. 79 
Indicação clinica para mudança de TARV por 
intolerância/toxicidade ..................................................... 79 
NOVAS NORMAS DO TARV ............................................... 80 
Avaliação da eficácia do tratamento ................................ 83 
Estadios da OM ................................................................. 84 
MEDICAMENTOS:.............................................................. 85 
ESQUEMA RÁPIDO DE TARV: ............................................ 88 
Doenças oportunistas ........................................................ 88 
PNEUMONIA BACTERIANA: ............................................... 88 
PNEUMONIA POR PNEUMOCUTIS JIROVECI: ................... 88 
PNEUMONIA INTERSTICIAL LINFOIDE: ................................ 89 
MAC: COMPLEXO DE MICOBACTERIAS ATIPICAS:............... 89 
Toxoplasmose ................................................................... 89 
CITOMEGALOVIRUS- ......................................................... 90 
CRIPTOCOCOSE ................................................................. 90 
TUBERCULOSE .................................................................. 90 
CANDIDIASE ...................................................................... 91 
VARICELA .......................................................................... 91 
HERPES ZOSTER ................................................................ 91 
MENINGITE BACTERIANA ................................................. 92 
Diagnostico: LCR ..........................................................93 
Contra Indicações para P.Lombar ................................ 93 
TRATAMENTO ANTIMICROBIANO- HCM ...................... 95 
MALÁRIA ........................................................................... 96 
HEPATITE ......................................................................... 100 
Tetano ............................................................................. 104 
Enterobíase: ..................................................................... 105 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 8 
Ascaridíase ...................................................................... 105 
Teniase ............................................................................ 106 
DISENTERIA, DIARREIA PERSISTENTE, DIARREIA CRÓNICA E 
COLERA ........................................................................... 107 
DIARREIA PERSISTENTE ................................................... 107 
DIARREIA CRÓNICA ......................................................... 108 
COLERA: .......................................................................... 108 
PNEUMOLOGIA PEDIATRICA ......................... 110 
Modelo de Historia HCM ................................................. 110 
ASMA .............................................................................. 111 
TUBERCULOSE: ................................................................ 113 
Tratamento tuberculose infantil em Moçambique ........ 115 
Pneumonia ...................................................................... 116 
DOENÇAS GERAIS ............................................... 120 
Introdução ....................................................................... 120 
Resumo dos pontos importantes da história clínica ......... 120 
FEBRE REUMATICA ........................................................... 124 
Sindrome nefrótico .......................................................... 126 
GLOMERULONEFRITE AGUDA .......................................... 130 
INFECÇÃO URINÁRIA ........................................................ 132 
Insuficiencia Renal ........................................................... 136 
Tratamento das complicações ....................................... 138 
HEMATOLOGIA .................................................... 141 
ANEMIA NA INFANCIA ..................................................... 141 
Classificação de anemia segundo OMS .......................... 142 
LEUCEMIAS ...................................................................... 144 
Linfomas .......................................................................... 146 
A)Linfomas (doença) de Hodgkin ................................... 147 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 9 
B)Linfomas não hodgkin (LNH) ....................................... 149 
Retinoblastoma ............................................................... 151 
Insuficiencia cardiaca ...................................................... 153 
NEUROLOGIA PEDIÁTRICA ............................. 156 
Parasilisia cerebral infantil .............................................. 156 
Epilepsia .......................................................................... 158 
MALNUTRIÇÃO.................................................... 159 
Desnutrição ..................................................................... 159 
Segundo o manual de reabilitação nutricional do MISAU
 ........................................................................................ 159 
Tratamento da Desnutrição no Internamento ............... 160 
Tratamento da Desnutricao em Ambulatório................. 161 
Tabela para ver o volume de F75 a dar em cada refeição 
na Fase 1. ........................................................................ 164 
Nutrientes tipo 1 e tipo 2................................................ 169 
Marasmo ......................................................................... 170 
Kwashiorkor ..................................................................... 171 
Séptico Choque .............................................................. 171 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 10 
À Bela, 
Meu factor 
intrinseco... 
 
 
 
 
 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 11 
FICHA TÉCNICA 
Titulo: BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA 
Compilado e editado por : Helhodoro Miguel Félix P. Muapala, 
Estudante da UEM- Faculdade de Medicina 
Aranjo Gráfico: Helhodoro Muapala com apoio da Carla Monjane 
Local: Cidade de Maputo 
Data: Fevereiro- Dezembro de 2015 
Fonte: Aulas de pediatria 
(slides de Docentes de Pediatria da FACMED-UEM) 
& Brochura de fármacos (sem bibliografia), apanhados, 
 protocolos do MISAU e dos diferentes serviços
 
 
 
 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 12 
NEONATOLOGIA 
 História clínica-neonatologia 
 Identificação 
Gravidez actual 
Trabalho de parto 
Historia Familiar 
Historia Materna 
Gestações anteriores 
Motivo de internamento 
Exame Físico 
RN A TERMO >37 sem. gestação 
 <42 sem. gestação 
PESO Médio ± 3.500 gr. 
 Normal  2.500 gr. < 4.500 gr. 
BAIXO PESO AO NASCER 
PESO < 2500 GR 
Perda de peso fisiológica na 1ª semana de vida, até ± 
10% - recupera pelo fim da 2ª semana 
COMPRIMENTO – Médio 50 cm (vértex ao calcanhar) 
 Normal – 45 – 55 cm 
TAMANHO: (Perímetro Craniano) 
Média a Termo – 35cm 
Normal – 33 a 37 cm 
Aumento médio durante o 1° mês – 2 cm 
Exame Neurológico (detalhado, incluindo os reflexos 
primitivos: MONRO 
Obtém-se por extensão brusca da cabeça Abertura 
súbita dos braços e mãos, extensão dos MI seguido de 
lento retorno à posição inicial. Verificar assimetria ou 
ausência. 
Reflexos de Sucção, Deglutição e Engasgar 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 13 
Presentes geralmente a partir das 32 sem. de gestação, 
são vitais para a sobrevivência do RN. O R. de Sucção 
permanece intacto mesmo na ausência do 
prosencéfalo.A sua ausência depois das 32 SG pode 
significar lesão neurológica severa 
Reflexo de busca ou R. dos pontos cardeais 
Quando se tocam as comissuras labiais ► desvio da boca 
e cabeça para o lado respectivo. Quando se tocam os 
lábios superior ou inferior, desencadeia abertura da 
boca na busca do mamilo 
Respostas dos nervos craneanos 
Reacção pupilar à luz - presente às 30 sem. de gestação. 
Exige abertura dos olhos e uso dum foco de luz.Rotação 
da cabeça e olhos em direcção a uma fonte de luz, mais 
fácil de observar a partir de 2 semanas após o 
nascimento 
Respostas dos nervos cranianos 
 Reflexo da Glabela – Presente às 32-34 sem. de 
gestação. Um leve toque brusco logo acima da ponte do 
nariz, entre as sobrancelhas ► encerramento das 
pálpebras de ambos os lados 
Reflexo de Preensão palmar e plantar 
Presente às12 sem. de gestação. Surge quando se toca a 
palma das mãos ou planta dos pés ► flexão dos dedos 
-cReflexo tónico-cervical-assimétrico cervical assimétric 
Predomina entre as 30-36 sem. de gest., depois , e 
aumenta de novo entre as 4-6 semanas póstermo. 
 
Virando a cabeça para um lado, estendem-se o braço e 
perna desse lado e flectem-se os membros do lado 
oposto (posição de esgrima). 
Resposta à tracção 
Consiste numa resistência à extensão dos cotovelos qd. 
se puxa lentamente o RN para a posição sentado, 
segurando-o pelas mãos e punhos. Presente a partir das 
35-37 Sem. Gest 
Respostas de “progressão 
R. de extensão cruzada – Estimulação da plantado pé 
retirada da mm perna → flexão da perna oposta 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 14 
seguida de forte extensão e adução R. da marcha 
automática – Qd. se segura o RN na posição erecta com 
a planta do pé assente numa superfície dura tende a 
simular movimentos de marcha. Presente às 34 sem. de 
gestação. R. do degrau – Na posição erecta, qd. se toca 
com o dorso do pé numa superfície dura, tende a 
simular a subida dum degrau 
Resumo da historia (apenas achados positivos da historia 
clinica). 
Exames complementares de Diagnostico 
Diagnostico definitivo 
CÍNDICE DE APGAR 
Forma quantitativa de avaliação do estado geral do bebé 
 imediatamente após o nascimento 
 É geralmente feito ao 1° minuto, 5° minuto e 10° 
minuto 
 Serve como orientação para a necessidade e tipo de 
manobras de reanimação 
RECÉM-NASCIDO COM ÍNDICE DE APGAR INFERIOR A 7 
AO 1° MINUTO NECESSITA DE MANOBRAS DE 
REANIMAÇÃO 
SINAL 0 1 2 
BATIMENT 
CARDÍACOS 
Ausente <100/min >100/min 
RESPIRAÇÃ Ausente Fraca/Irregular Forte/Grita 
TÓNUS 
MUSCULAR 
Hipotonia 
marcada 
Ligeira flexão 
dos membros 
Movim. Activo 
Bem flectidos 
RESPOSTA 
A 
ESTÍMULOS 
Nula Movim. fracos 
Caretas 
Choro forte 
CÔR Completame
nte 
cianosado ou 
pálido 
Corpo rosado 
Extremid.cianos. 
Completa/te 
rosado 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 15 
APGAR 1° MIN. – Indica sobretudo o RN que necessita 
atenção imediata 
APGAR 5° MIN. – Mais relacionado com a mortalidade e 
morbilidade neonatais 
APGAR 10° MIN. – Mais relacionado com a gravidade da 
Asfixia e possíveis sequelas neurológicas 
 
 
NÃO ASPIRAR POR ROTINA TODOS OS RN NA SALA DE 
PARTOS – Aspirar se: 
 - Líquido Amniótico com mecónio espesso 
 - Não inicia respiração conduta 
Aspirar delicadamente 1° a boca, depois as narinas. Com 
visão directa da laringe se mecónio espesso 
ENXUGAR O CORPO – Rápida e cuidadosamente com 
panos secos, limpos e se possível aquecidos para 
prevenção da hipotermia 
DETERMINAR O ÍNDICE DE APGAR (1°, 5° e 10° min.) 
 IDENTIFICAR O RN (pulseira com o nome da mãe, 
sexo, data de nascimento, hora do nasc., peso do nasc.) 
VITAMINA K – 1 mg IM (profilaxia da Doença 
Hemorrágica do RN) 
PESAR O RN 
TETRACICLINA OFTÁLMICA POMADA -(profilaxia da 
Conjuntivite gonocócica) 
ALEITAMENTO MATERNO Imediato ou pelo menos nas 
primeiras 2 horas de vida
 Idade gestacional segundo metodo de BALLARD 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Caluculo de IG- forma simples 
1. Posição lateral do RN- < 29 SG 
2. Reacção a luz-29 SG 
3. Reflexo da glabela-31-34 SG 
4. Sucção- 33-34 
5. Tracção- 35 SG 
6. Nódulo mamário de 5mm ou mais-36 SG 
7. Prega no terço anterior da planta do pé-
36SG 
8. Pregas em todo o pe- > 36 SG 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 17 
 ASFIXIA PERINATAL 
 Estadiamento de Sarnat e Sarnat 
 As manifestações clínicas da encefalopatia hipóxica 
isquémica, podem ser divididas em 3 estadios (I, II e 
III).Este classificação é aplicavél aos RNs IG> 36 semanas 
Estadio I (Ligeiro) 
Hiperalerta, irritável, tonus muscular normal 
Reflexo de sucção fraco 
Midríase bilateral 
Respiração espontânea, taquicárdia, secreções salivares 
Não tem 
Convulsões: raras, Frequência cardíaca instável, 
Secreções salivares e bronquiais abudantes e espessas, 
sintomas podem durar horas até semanas, O prognóstico 
é geralmente mau. Os sobreviventes têm sequelas 
neurológicas severasconvulsõe. Os sintomas duram 
menos de 24h .Bom prognóstico. 
Estadio II (Moderado) 
Letárgico, ↓ dos movimentos espontâneos e hipotonia 
ligeira Hipereactivos ou com mioclonus Reflexos:Sucção 
↓ ou ausente Moro fraco ou incompleto oculovestibular 
hiperactivo Tónico do pescoço forte Pupilas mióticas 
Respiração espontânea, por vezes com apnéia 
Frequência cardíaca instável (bradicárdia ou 
taquicárdia) 
Secreções salivares e brónquicas profusas 
Convulsões focais ou multifocais (6 a 24horas após o 
nascimento) 
Os sintomas duram entre 2 a 14 dias 
Pequena parte tem mau prognóstico 
Estadio III (Severo) 
Grave comprometimento do nível de consciência (coma) 
com sinais de descerebração.Os movimentos 
espontâneos abolidos Flacidez muscular Reflexos 
Sucção ausente Moro ausente Tónico do pescoço 
ausenteOculovestibular↓ ou ausente Pupilas assimétricas 
e com fraca reacção à luz 
Respiração irregular e períodos de apnéiaConduta 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 18 
Reanimação neonatal na sala de partos 
Control térmico (temperatura entre 35- 36ºc) 
Sinais vitais, monitorar a SaO2 
Evitar manipulação excessiva 
Dieta zero 
Soro de manutenção 
Ventilação adequada 
Restrição hídrica: 60 ml/kg/dia em RNs em RNs com 
Asfixia grave. 
Correção da hipoglicémia se < 2.2 mmol/L (40mg/dl) 
Correção dos desiquilíbrios hidroelectróliticos 
ECN : Iniciar a alimentação entre 5-7 dias, ou após a 
normalização da motilidade intestinal e ausência de 
sangue nas fezes. 
CID: Plasma fresco congelado e/ou concentrado de 
glóbulos. 
 Hipoglicemia 
Glicémia < 40mg/dl (2.2mmol/L) em qualquer RN deve 
ser tratada: 
Glicémia< 2.2 mmol/L (40mg/dl): 
Administrar um bolus de dextrose a 10% 2ml/Kg em 3-10 
minutos. 
Continuar com 3.6 – 4.8ml/kg/h de dextrose a 10% , 
mantendo os níveis de glicémia a volta de 45mg/dl 
(2.5mmol/l) e iniciar a alimentação enteral logo que for 
possível. 
Repetir a glicémia após 20min, posteriormente 1-2 horas 
até a estabilização. 
Após a estabilização a glicémia deve ser medida a cada 6 
horas. 
Correcção da Acidose: Bicarbonato de sódio a 8.4%, 2-
4ml/Kg EV, lento (+ de 20 min). 
Atenção:O bicarbonato de sódio pode causar alteração 
da função cardíaca, hipernatrémia, edema cerebral e 
hemorragia intracraniana. →utilização ponderada. 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 19 
Hipotensão: Soro fisiológico ou Lactato de Ringer, 10ml/Kg 
EV em 5-10 min.Se os expansores de volume em bolus não 
forem eficazes → administrar inotrópicos (Dopamina e 
Dobutamina). 
 
Classificação: Subtis, Clónicas, Tónicas ,Mioclónicas e Apnéia do RN 
Medidas básicas: Vias aérias permeáveis, Posição decúbito lateral, Evitar 
broncoaspiração, Aspirar secreções, Sinais vitais , Dieta zero e Soro de 
Manutenção onduta. 
Fenobarbital: É o fármaco de eleição pois tem efeito neuroprotector. 
Dose de ataque: 15-20mg/Kg, EV lento em 20min (diluir o fenobarbital em 
2-5ml de soro fisiológico). Se necessário, administrar doses adicionas de 
5mg/kg a cada 10 min, não excedendo a dose máxima de 40 mg/Kg/dia. 
Manutenção: 3-5mg/kg/dia, EV, 12 horas após a dose de ataque, 1 vez 
por dia até que as convulsões cessem. 
Fenitonina: Dose de ataque: 15-20 mg/Kg, EV; manutenção 4-8 mg/Kg/dia 
EV 12/12h. 
Atenção:- A fenitoína deve ser diluída em água destilada ou dextrose e 
nunca em soro fisiológico. 
- Durante e após a administração da fenitoína é importante vigiar os 
sinais de depressão do centro respiratório. 
 
Tratamento das Convulsõ/ patologia de base 
 
Midazolam(Dormicum: ampolas de 3ml=15mg; 1 ml=5 mg) 
.Diluição: 1 ml de Midazolam+ 9 ml de soro fisiológico. 1 ml 
da preparação diluída contém 0.5mg de Midazolam. Dose 
de ataque: 0.2-0.4 mg/kg/dose, lento em 2-3 minutos 
Manutenção: 0.1-0.2 mg/kg/hora em infusão contínua 
(0.2-0.4 ml/kg/hora). 
 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED 
 
 
Página 20 
Ictericia Neonatal 
 classificacao 
Icterícia Fisiológica e Ictericia Patológica 
I.fisiologica: É comum no RN.Inicia-se após 48h de 
vida;Pico entre 3º e 5º dias de vida em RNT e entre 5º e 7º 
dias de vida em prematuros;Duração média de 7 dias em 
RNT e de 14 dias em prematuros. A icterícia é visivel ao 
3º dia e comeca a desaparecer a partir de 5º a 7º dia 
Não é muito marcada (cabeca e tronco) .Desaparece 
sem tratamento. Causada pela destruição rápida dos Gv 
contendo Hgb fetal e imaturidade do fígado à nascença 
Patologica. Se presente ao nascimento ou no 1º dia de 
vida. da conc. da bilirrubina plasmática > 5mg/dl em 24h 
Conc. de bilirrubina directa >2mg/dl Prolonga-se por 
mais de 1 semana no RNT e mais desemanas no 
prematuro 
Ictericia nas 1ª 24h: Eritroblastose fetal,(Dça hemolitica 
do RN), hemorragias localizadas,infecçoes 
congenitas,sepsis 
Ictericia no 3º e 4º dia: Ictericia fisiologica 
Ictericia depois da 1ª semana: Ictericia do leite materno, 
sepsis, atresia das vias biliares, hepatite, inf.congenita e 
por medicamentos,defeitos do eritrócito,enzimopatias 
Kernicterus: Sind .neurológico resultante da deposição 
da bilirrubina não conjugada nas células do cérebro 
RN termo- níveis 18-20mg/dl 
RN pré-termo- valores mais baixos (8-10mg/dl) quando 
associado a outros fatores(hipoxia,hipoglicemia 
 Tratamento 
Tipos de tratamento:Fototerapia, 
Exsanguíneotransfusão; Tratamento de suporte – 
hidratação, aporte calórico, manutenção da 
temperatura corporalFototerapia: Contínua ou 
intermitente (2- 12 horas) Usada luz branca ou azul 
Deve-se aumentar o aporte hídrico em + 25 % das 
necessidades. Proteger os olhos e região genital, 
Distância da fonte luminosa 40–80 cm. Niveis de bilir. 
para fototerapia:Rntermo- 17.5mg/dl e Rnpretemo - 
12mg/dl 
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Página 21 
 1mg/dl = 17mmol/l 
 
Indicações para fototerapia 
peso Doença 
hemolitica ou 
facotes de 
risco 
Sem dça 
hemolítica/FR 
< 
1000gr 
Zona I Zona I 
1000-
1499gr 
Zona I-II Zona I-II 
1500-
1999gr 
Zona II-III Zona III 
2000-
2499g 
Zona III Zona III-IV 
>2500gr Zona IV Zona IV 
 
2.Exsanguineotransfusão:Remoção de hemácias 
hemolizadas e Ac livres/ remoção da bilirrubina 
plasmática/ correção da anemia. Deve-se usar sangue 
fresco. Usa-se a técnica de infusão/remoção. 180 ml/kg 
de sangue lig. aquecido (36/37˚c) 
Indicações para exsanguineotransfusão 
Aumento de Bilirrubina > 1mg/dl/hora;Bilirrubina total> 
5mg nas prim. 6 horas de vida;B.T. >10 mg/dl no prim. 
dia de vida;B.T > 15 mg/dl no 2º dia de vida;B.T > 20 
mg/dl – sempre!Outros tratamentos. 
Fenobarbital – 1 dose diária; Indutores da 
UDPGT;Imunoglobulina EV 
 
 
 
zona Localizacao anatomica Nivel serico de 
BRB(mg/dl) 
I Cabeça e pescoço 5.0- de 4.3 a 7.8 
 
II 
Até umbico 8.9- de 5.4 a 12.2 
 
III 
Até joelhos e cotovelos 11.8 – de 8.1 a 
16.5 
 
IV 
Até tornpzelos e 
punhos 
15 – de 11.1 a 
18.8 
 
V 
Mãos e pés > 15 
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Página 22 
Sepses neonal 
Infecção Bacteriana severa caracterizada por uma 
bacteriemia 
 
Aspectos comuns da Sepsis Neonatal 
idade de 
inicio 
Sepse 
precoce 
Sepse 
tardia 
 « 7dias »7dias 
Factor de 
risco 
perinatal 
elevado moderado 
patogeno Trato 
genital 
Meio 
ambiente 
Progressão 
da infec 
fulminante insidioso 
Meningite 
associa 
Possivel Alta/ 
possivel 
 
CONDUTA: Suspeita– sinais clinicos / historia materna 
/factores de risco 
Pedir: hemograma/cultura / Rx do torax 
Iniciar tratamento ATB empirico 
Hemocultura/urocultura + ATB 10-14 dias 
L.C.R. + ATB 21 dias 
Cultura negativa- suspeita mantem-se ATB 10-14 dias 
 - melhoria,sem suspeita parar ATB 
antibiotico Dose Hora 
ampicilina 200mg/kg/dia 12/12 
ou 
8/8h 
Gentamicina 5mg/kg/dia 12/12h 
cefotaxima 100-
200mg/kg/dia 
12/12h 
ceftriaxone 100mg/kg/dia 24/24h 
p. cristalina 100-
200.000U/kg/dia 
12/12 
ou 
8/8h 
amicacina 15mg/kg/dia 12/12h 
CLIOXACILINA 100mg/kg/dia 12/12h 
 
Logo que se tenha a cultura e o antibiograma,escolher o 
ATB consoante a sensibilidade. 
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Página 23 
TERAPIA DE SUPORTE: Dieta 0, SNG, Oxigenio, Ventilacao 
SOS, Corrigir shock, Corrigir desiquilibrio, 
hidroelectrolitico, Drogas vasoactivas 
(Dopamina,Dobutamina) 
Meningite Bacteriana 
DIAGNOSTICO: Puncao lombar: L.C.R. turvo ou 
opaslecente, Proteinas elevadas ( >170 mg/dl), Glicose 
baixa (<50% da glicemia) G.brancos aumentados 
(>30/ml) 
Cultura do LCR e Antibiograma 
TRATAMENTO: Ampicilina 400mg/kg/dia ev de 6/6 h + 
Gentamicina 5 mg/kg/dia ev de 12/12 h ou Ampicilina 
+ Cefotaxime 200 mg/kg/dia ev de 6/6 h ou Penicilina 
Cristalina 200.000 U /kg/dia ev de 6/6 h + Gentamicina 
ou Ampicilina + Ceftriaxona 100mg/kg/dia ev de 
12/12h 
Tratamento de suporte = ao da Sepsis 
SIHAD- Restricao de liquidos (60ml/kg/dia) 
 
Resumo dos medicamentos em neonatologia(rotina) 
 1.Vitamina K profilaxia de sangramento: 
RN < OU = 2,5Kg-0,5mg/kg-DU,IM 
RN >2,5kg-1mg/kg DU, IM 
2. Tetraciclina oftalmica-profilaxia de conjuntivite 
Aplicar 1xdia 
3. antibioticos em caso de 
sepses neonatal 
a) 1 linha: 
 Ampicilina 50mg/kg 
dose maxima 150mg/kg/dia 
se RN <=7dias-12/12h 
se RN > 7dias-8/8h 
+ Gentamicina 
Se RNPT-1,5mg/kg-12/12h(Dose maxima diaria 3mg/kg) 
Se RNT-2,5mg/kg-12/12h(Dose maxima diaria 5mg/kg) 
b) 2 linha: 
Ceftriaxona 40-50mg/kg-2x/dia ou 80-100mkg/dia 1x/dia 
Se meningite usar dose 100-200mg/kg/dia 
Se sepse + ictericia esta contraindicada o uso de ceftriaxona (lig. 
com albumina)- risco de Kernitus, neste caso usar cefitaxima 40-
50mg/kg-12/12h. 
c) 3 linha: 
Vancomicina 15-20mg/kg + SF ou Dext5%(30ml) em 1 hora 
(fluxo- 0,5ml/min).nao se pode associar com aminoglicosidios 
 Strep. B hemolitico B ampicilina 
360mg/kg/dia 
 
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Página 24 
Aminofilina- estimula o centro respiratorio 
DA-6-8mg/kg + Dxt5%(10ml- lentamente) 
8horas depois- DM- 1-2mg/kg+SF OU Dext5% 12/12h 
EC: taquicardia,hipoglicemia, convulsoes 
 
 
Convulsões 
Diazepam – 0,3 mg/kg ev ou rectal 
Fenitoina – ataque 10-15 mg/kg 
 - manut. 5 mg/kg/dia de 12/12 h 
Fenobarbital – ataque 20 mg/kg ev 
 manut. 5 mg/kg/dia de 12/12 h 
 
Diarreia 
PERDA DE PESO > A 10% NA 1a SEMANA 
Erros de pesagem, Calculo incorrecto das necessidades 
hidricas, Diarreia e vomitos, Edemas a nascenca. Mau 
funcionamento das incubadoras. 
DIAGNOSTICO: Historia clinica/exame fisico. Meios 
auxiliares:Coprocultura/urocultura/hemocultura, 
Hemograma 
Bioquimica (ionograma/ureia/creatinina/glicemia 
TRATAMENTO 
Isolar o RN 
Leite materno (suspender se vomitos/dist.abdominal) 
Fluidoterapia – hidratação 
Antibioticos = a Sepsis 
Controle de peso diario 
 
FLUIDOTERAPIA 
1- Sem sinais de desidratação 
SRO a 50% - 50-100 ml/kg/dia. 2- Com desidratação 
lig/mod 
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Página 25 
SRO a 50% 100 ml/kg/dia, dar por SNG se RN tiver < 
2500grs 
Hidratação ev se: Vómitos repetidos, Distinção 
abdominal 
Dispneia/polipneia, Resíduo gástrico superior a 4 mlMau 
estado geral 
Perda de peso brusca > 10% 
SOROS EV (100 ml/kg a correr em 6 horas) 
1. Soro fisiologico- 1 parte Dextrosea 5% - 4 partes 
 Bic de Sodio a 8.4% - 2,5ml por 100 ml de soro 
 KCl 10% -1-2ml por 100 ml de soro 
2. Dextrose a 5% - 2 partes 
 S.R.P.(Half S.D.)- 1 parte 
 KCl a 10% -1,5 ml por 100ml de soro 
3. Dextrose a 5% - 2 partes 
 Lact.de Ringer – 1 parte 
 KCl 10% - 1,5 ml por 100ml de soro 
NÃO JUNTAR KCL SE A CRIANCA NÃO URINA. 
 
Protocolos 
1.Plano de administração de liquidos 
Em RN deveser efectuado de acordo com idade 
gestacional, peso, idadepos natal, estado geral, uso de 
incubadorea, aquecedor radiante ou tratamentocom 
fototerapia. 
NHD ml/kg/dia 
NHD 1 dia 2 dia >3dia 
<1000g 90-120 
Dex5% 
120-
130Dx5% 
120-
150Dx5% 
1000-1499g 80-100 
Dx10% 
100-120 
Dx10% 
100-140 
Dx10% 
1500-2499g 70-90 Dx 10% 90-110 
Dx10% 
100-140 
Dx10% 
 
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Página 26 
Deve se atribuir a faixa mais baixa das NHD nos seguintes 
casos: 
a) Sinais de distres respiratorio(adejo nasal, gemidos, 
retracao intercostal e /ou subcostal, etc. 
b) Suspeita de cardiopatia ou cardiopatia confirmada 
com ou sem insuficiencia cardiaca). 
 
Deve sefazer restricao hidrica (60-70ml/kg/dia) nos 
seguintes casos: 
a) Asfixia grave nas primeiras 24-48h de vida 
b) Edema cerebral 
c) Convulsoes 
d) Hemorragia intracraneana 
Atenção a restrição exagerada pode agravar 
isquemia,precipitar a ocorrência de choque hipovolemico, em 
contrapartida, o excesso de liquidos pode causar convulsoes, 
edema cerebral e/ou hemorragia intracraniana 
Perda de peso 
a) Nos casos em que a perda de peso é superior a 2% é 
importante aumentar as NHD em 10-20ml/kg/dia. 
b) Os RN com perda de peso > 10% durante uma 
semana de vida devem receber os liquidos para 
suprir as NHD e mais um suplemento dos liquidos 
correspondentes a perda. 
 
Plano de administração de electrolitos 
1. Dextrose: o soro de manutencao deve conter 
Dxt10% (RN termo) ou Dxt5% RN pre termo. 
2. Calcio:desde p primeiro dia de vida os RNs graves 
sem alimentação por via oral devem receber um soro 
de manutencao (de acordo com as NHD). O soro 
deve ter gluconato de calcio a10% 3-4ml/kg. Se o 
RN apresentar sinais sugestivos de hipocalcemia , 
deve se medir a glicemia(se possivel) e senecessario 
seguir o protocolode tratamento de hipocalcemia. 
3. Sodio: as necessidades fisiologicas de sodio devem 
ser adicionadasao soro apartir do segundo de vida. 
4. Potassio: as necessidades fiosiologicas de potassio 
devem ser adicionados ao soro apartir do terceiro dia. 
Em caso de necessidades, as correções devem ser 
efectuadas de acordo com resultado da bioquimica, se 
disponivel. 
 
 
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Necessidades Diarias do RN de sodio, potassio e calcio. 
 1dia 2 dia 3 dia Apos 3dia 
sodio ------ 1mEq/kg/dia 1-
2mEq/kg/dia 
2-
3mEq/kg/dia 
potassio ------ ------- 1mEq/kg/dia 2-
3mEq/kg/dia 
Gluc de 
calcio 
3-4ml/kg 1-2ml/kg/dia 1-
2ml/kg/dia 
1-2ml/kg/dia 
 
 
Conversão de Sodio, potassio e de calcio 
Nacl 20% 1ml=3,4mEq 
Nacl 0,9% (SF) 1ml=0,15meq 
Gluc de Calcio10% 1ml=45mEq=9,3mg de Ca elementar 
Kcl 10% 1ml=1,34mEq 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Peso ao 
nascimen
t 
Nr de 
refeicoes/d 
 
 1 dia 
(ml/kg) 
 
2dia 
(ml/kg) 
3 dia 
(ml/kg) 
1000 4 1 1-15 2 
1250 6 15 2 2.2 
1500 8 12 15 17 
1750 8 14 18 20 
 
Peso ao 
nascimen
to 
Nr.ref 
/d 
 
 4 dia 
(ml/kg) 
 
5 dia 
(ml/kg) 
6-13 dia 
(ml/kg) 
14 dia 
ml/kg 
1000 4 2.2 2.5 2.5-4 4 
1250 6 2.5 3 3.5-4.5 4.5 
1500 8 19 22 23-33 35 
1750 8 22 24 26-42 45 
 
 
Quantidade aproximada de leite materno por 
refeicoespor idade ao nascimento 
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INFECÇÕES CONGENITAS 
T Toxoplasmose 
O Outras => HIV, Hepatite B, Varicela, Malaria 
R Rubeola 
C Citomegalovirus 
H Herpes 
S Sifilis 
Sifilis congenita: Lesoes cutaneas, Rinite, mucopurulenta 
ou serohematica, Hepatoesplenomegalia, Anemia 
/Ictericia, Edema (lesao hepatica/renal) 
Lesoes osseas osteocondrite,periostite (pseudoparalisia 
de Parrot), Falencia de crescimento 
DIAGNOSTICO 
VDRL ( titulos > 1/32), RPR, Rx dos ossos longos 
(periostite,osteocondrite), Hemograma 
(anemia,trombocitopenia), LCR (GB e Prot↑,VDRL 
TRATAMENTO: Penicilina Cristalina 100.000 U I /kg/dia( 
im ou ev ) de 12/12 horas 
 ou Penicilina c/ Procaina 50.000 U I /kg/dia durante 10 
dias 
 Se LCR for anormal 
 Penicilina Cristalina 
 100.000/150.000 UI /kg/dia (ev) de 12/12 ou 8/8 
horas 
 durante 21 dias 
 
SEGUIMENTO E CONTROLE 
Apos a alta 
VDRL aos 3,6 e 12 meses 
Se o LCR foi anormal fazer PL aos 3,6 meses 
Toxoplasmose 
QUADRO CLINICO 
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Corioretinite, Calcificacoes intracranianas 
Hepatoesplenomegalia, Ictericia, Anemia. 
DIAGNOSTICO: Serologia - Teste de Sabin-Fieldman (Ac 
IgG e IgM), Imagiologia Rx do craneo, Ecografia 
Transfontanela, TAC, Culturas - isolamento do 
agente(dificil) 
TRATAMENTO 
Pirimetamina – 1mg/kg/dia de 12/12 horas oral 
Sulfadiazina – 100mg/kg/dia de 6/6 horas oral 
Ac Folinico – 5 mg de 3/3 dias ou 1 mg/dia 
Prednisolona – 2 mg/kg/dia oral se LCR anormal- 
duracao do tt 21 dias 
Prevenção e Tratamento da Apneia do Prematuro 
Aminofilina 
Dose de ataque: 6-8mg/Kg EV em 30 minutos. 
Dose de manutenção: 8h após a dministração da dose 
de ataque, continuar com 1.5- 3mg/Kg a cada 12 horas. 
Efeitos colaterais: taquicárdia, hiperglicémia, 
intolerância alimentar, irritabilidade, lesão renal. 
Sinais de toxicidade: taquicárdia, vómito, tremores, 
hiperreflexia e convulsões. 
Tratamento da Persistência do Canal Arterial (PCA) 
 Indometacina: 
 Indicação: 
RN com PCA com idade < 2 semanas 
Creatinina < 1.8mg/dl 
Plaquetas > 50.000/ mm3. 
Idade 
para a 
1dose 
1dose(
mg/kg) 
2dose(
mg/kg) 
3dos
e(mg
/kg) 
«48h 0.2 0.1 0.1 
2-7dias 0.2 0.2 0.2 
»7dias 0.2 0.25 0.25 
Deve-se monitorar o hemograma, creatinina, 
electrólitos. 
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Jejum 3h antes e 3h após a administração da 
indometacina. 
Vigiar os sinais de intolerância alimentar, sangramento, 
enterocolite necrosante. 
Não administrar a indometacina com glicose em 
concentração superior a 5%, nutrição parenteral, 
gluconato cálcio, dobutamina, dopamina ou 
gentamicina. 
Ibuprofeno: Pode substituir a indometacina. Tem 
menos efeitos colaterais ao nível da circulação cerebral, 
renal, mesentérica.Dose de ataque: 10 mg/Kg/ dose (10 
dia) ,Dose de manutenção: 5mg/Kg/dose (20 e 30 dia), a 
cada 24h. Via oral 
EV na dose acima citada, durante 30 minutos, com 
intervalos de 24h entre as doses. Efeitos colaterais: 
hipertensão pulmonar. 
Tratamento de anemia no prematuro 
Concentrado de Glóbulos (CG)Dosagem: 10-15ml/kg. 
Dose única diária (15ml/Kg) ou 12/12h horas (10ml/kg). 
Administração: velocidade não superior a 5ml/kg/h. 
 ANEXO 
BERÇÁRIO: 
História Clínica: 
Data: __/__/__ Parto:_____Local:______Dia:__/__/__ 
Hora: __:__ 
Hora:__ :__ Sexo: 
____Peso:_______APGAR:_______________ 
Idade mãe: ___ G__P__A__FV___HIV___ 
MI:____________________________________________
________ 
EO 
IG: 
Coloração: 
Dispneia: 
FA: ______Sucçao:_______ 
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Tonus:______Reactividade:_________ 
LM/A:___________ 
FR:____cpm AP:________________ ATB: 
FC:____bpm AC:________________ Vit 
K:___________ 
Abdom:________________________ 
Cordão umbilical:_________________ 
Genitais:fenotipo típico ___________ 
Membros:_______________________ 
Ânus:__________________________ 
Coluna:________________________ 
Diagnóstico:_____________________ 
MEDICAMENTOS 
Ampicilina: 100 mg/Kg/dia 12/12hrs/ Inj 500 mg/ Susp 
oral 250mg/5 ml 
Gentamicina: 4-5 mg/Kg/dia 12/12 hrs/Inj. 80mg/2ml/Inj 
20mg/2ml/Colirio 0,3% - fr 10 ml 
P cristalina: 100-200 000 UI/Kg/dia 12/12 hrs/Inj 5 000 
000 - 10 000 000 UI-fr 
Cefotaxima: 100 mg/Kg/dia 12/12 hrs/Inj 500 mg 
Ceftriaxona: 100 mg/Kg/dia 12/12 hrs/Inj 1gr/4 ml 
Leite: 3/3 hrs- 1º dia: 70 ml/Kg/dia- 2º dia: 90 ml/Kg/dia- 
3º dia: 110 ml/Kg/dia-4º dia: 130 ml/Kg/dia- 5º dia: 150 
ml/Kg/dia vai-se aumentando até 200 ml/Kg/dia 
Vitamina K: 1 mg im > 2500 gr se <2500 gr 0,5 mg im 
HIPOGLICÉMIA: 
1º dia: Glc 10% (bolos): 5 ml/Kg Manutenção: 70-100 
ml/Kg/dia 
2º dia: Glc 10 % oral: 50-80 ml/Kg/dia ou Glc 5% oral: 100 
ml/Kg/d 
Se persistir: 
Prednislona: 1 mg/Kg de 12/12 hrs ou Hidrocortisona 5 
mg/Kg 12/12 hrs 
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RECÉM-NASCIDOS < 34 SEMANAS: 
Aminofilina: 5 mg/Kg im 1,2-2 mg/Kg/dose oral 12/12 
hr 
 SOROS DE HIDRATAÇAO 
Peso 1500 
gr 
1500-
2000 
gr 
>2000 
gr 
Dext 
5% 
70 ml 100 
ml 
200 
ml 
Dext 
30% 
75 ml 150 
ml 
300 
ml 
HCO3 
8,4% 
5 ml 5 ml 10 ml 
 
HCO3 
4,2% 
10 ml 10 ml 20 ml 
 Soro manutenção: 24 hrs – 100 ml/Kg/dia 
SF: Dex 5%:, NaCl: Na x 3/3.4, KCl 10%: K x 2/ 1,34 
ICTERICIA NEONATAL: Fototerapia 
Dext 5% ou 10%: dose leite em gastroclise 24 hrs. 
 
Pré-termo: < 38 semanas 
Termo: 38-42 semanas 
Pós-termo: > 42 semanas 
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 LACTENTES/UCIP 
 Diarreia 
O número de dejecções diárias varia de acordo com a 
idade. De forma geral, a diarrreia é definida pela 
ocorrência de três ou mais dejecções de fezes moles ou 
aquosas, num período de 24 horas. 
Foram definidos três tipos de diarreia: 
Aguda 
 Disenteria 
 
Diarreia persistente 
1.Aguda: Dura menos de 14 dias e envolve dejecções de 
fezes aquosas, sem sangue visível. Pode ocorrer vómitos 
e haver febre. 
Causas mais importantes de diarreia aguda: o Rotavirus, 
a Escheria coli enterotoxigenica, Shigella, Campylobacter 
jejuni e Crytosporidium 
 
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Página 34 
Em alguma áreas são causas também importantes Vibrio 
cholera 01, Salmonella e E.coli enteropatogenica. 
 Disenteria: é a diarreia com sangue visível nas fezes.A 
causa principal de disenteria é a Shigella; Campylobacter 
jejuni e, com menos frequência, a E.coli enteroinvasiva ou 
Salmonella. 
Diarreia persistente:Esta diarreia inicia-se de forma aguda, 
presumivelmente infecciosa, mas é de uma duração longa 
(mais de 14 dias).Não há uma única causa microbiana de 
diarreia persistente: a E. coli enteroagregativa, Shigella e 
Cryptosporidium. 
Tratamento 
Diarreia aquosa requer a substituição de fluidos e electrólitos 
Deve-se continuar com a alimentação 
Não se deve usar por rotina os antibióticos e 
antiparasitários. As excepções são: disenteria, suspeita de 
cólera com desidratação grave 
Diarreia persistente, com trofozoítos ou quistos de 
Giardia ou trofozoítos de E. histolytica são vistos nas 
fezes ou no fluido intestinal 
 
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Sinais Ligeira 3-5 % Moderada 6-10 % Grave 10-15 % 
Estado Geral Alerta/irritável Agitado/irritável Letárgico/com
a 
F.A. Lig. Deprimida Deprimida Muito 
deprimida 
Olhos Normais Encovados Muito 
encovados 
Lágrimas Normais Ausentes Ausentes 
Mucosas Ligeir. Secas Secas Muito 
secas 
Boca/Língua Húmida Seca Muito seca 
Sede N./sedento Beb avidament pouco/incapaz 
de beber 
Pulsos Cheio Finos Impalpáve
l 
P. 
Cutânea 
Ausente D. lentamente Muio lenta 
T.A. Normal Baixa Muito 
baixa 
Diurese N ( > 1ml/kg/h) Oligúria (entre 0.5 a 
1ml/kg/h) 
Oligoanúria (< 
0.5ml/kg/h) 
P.C. < 3s 3-5 s > 5s 
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 Classificação 
 Diarreia secretora 
é causada pela secreção anormal de 
água e electrólitos no intestino 
delgado, Isto ocorre quando a absorção 
de sódio pelas vilosidades está 
diminuída enquanto que a secreção de 
cloro nas células das criptas continua 
ou aumenta, O resultado nítido é a 
secreção de fluido- isto causa 
desidratação. 
 Diarreia osmótica: a mucosa do 
intestino delgado é um epitélio poroso 
através do qual a água e os electrólitos 
movem-se rapidamente para manter o 
balanço osmótico entre o conteúdo do 
intestino e do FEC, Ocorre a diarreia 
quando uma substânci osmoticamente 
activa mas fracamente absorvida é 
ingerida 
Desidratação leve 
 Plano A. Tratar a diarreia em casa 
1. Dar fluidos adicionais 
Amamentar com frequência e durante mais tempo 
Aleitamento materno exclusivo (oferecer SRO) 
Para as crianças que já comem, oferecer SRO, alimentos ricos 
em potássio e água potável 
 SRO(soro de rehidratação oral) 
Até 2 anos: 50-100ml após cada dejecção 
≥2: 100-200ml 
Instruir a mãe a dar pequenos goles com frequência por um 
copo; se a criança vomitar, aguardar 10 min depois continuar 
a dar; continuar a dar líquidos extras até a diarreia passar 
Desidratacao noderada- 
Plano B 
Défice de água é 50-100ml/Kg de peso 
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A quantidade de solução SRO requerida para rehidratação 
pode ser estimada como défice aprox. usando 75ml/Kg 
O volume de SRO aprox.(ml) pode ser calculado 
multiplicando o peso (em gramas) por 0,075. Assim, uma 
criança com 8Kg necessitará cerca (8000x0.075)= 600 ml de 
solução de SRO. 
Nota: usamos a idade quando não temos disponível o peso. 
Quando temos o peso multiplicamos por 0.75. 
Após 4 horas reavaliar a criança e classificar a desidratação, 
escolher o plano de tratamento adequado, iniciar a 
alimentação no hospital. 
Explicar as 4 regras de tratamento em casa. 
Todas as crianças com diarreia deverão receber 
suplementação de Zinco: 
Crianças com menos de 6 meses na dose de 10mg/dia, 
durante 10 dias 
Crianças com mais de 6 meses na dose de 20mg/dia, 
durante 10 dias. 
 SRO 
 Gramas/litro 
Cloreto de sódio- 2,6 
Citrato trissódico diidratado- 2,9 
Cloreto de potássio- 1,5 
Glicose, anidro- 13,5 
Total 20,5 
 
Idade até 4 
meses 
4-12 meses 12-24 
meses 
2-5anos 
Peso < 6kg 6 < 10kg 10 < 12kg 12-19kg 
Em ml 200-
400 ml 
400-700ml 700-900 ml 900-
1400 ml 
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 mMol/litro de 
água 
Sódio 75 
Cloreto 65 
Glicose 75 
Citrato 10 
Potássio 20 
Osmolaridade T 245 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Desidratacao grave- 
plano C 
Critérios para Terapia endovenosa 
Lactente ˂ 2 meses 
Desidratação moderada x vómitos persistentes(˃4) 
Desidratação grave (todos os casos) 
Outros: Choque de qualquer causa 
Estado séptico 
Vómitos incoercíveis 
Perdas fecais mais de 10ml/Kg/hora 
Íleo paralítico, alter. da consciência, impossib de TRO 
1- Fase de expansão (rápida) OMS 
 
 
Lactato de Ringer ou Soro fisiológico 0,9% e Soro glicosado 
5% em partes iguais- 100ml/Kg
Idade Primeiro dar 
30ml/Kg em: 
Depoisdar 
70ml/Kg 
Bebés 
(menor de 
12 meses) 
1 hora 5 horas 
Mais velhos 30 minutos 2 ½ horas 
2- Fase de Manutenção e Reposição 
A fase de manutenção é para cobrir as perdas normais (ou necessidades 
hídricas diárias) e a fase de reposição deve compensar as perdas anormais 
decorrentes da diarreia e vómitos. 
O volume a ser administado nesta fase é o resultado da soma dos volumes da 
manutenção e reposição. 
A quantidade administrada por via endovenosa deverá ser reduzida 
progressivamente à medida que for aumentando a ingestão de alimento e SRO. 
Utiliza-se uma solução de 1:4, o que significa que para cada 100ml de líquido: 
Soro glicosado 5%- 80ml 
Soro fisiológico 0,9%- 20ml 
KCl a 10% - 2ml 
 
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Quanto à reposição, a primeira prescrição admitirá perdas 
de 50ml/Kg/dia. A solução a ser reposta deve conter uma 
parte de soro fisiológico 0,9% e uma parte de soro 
glicosado a 5%. 
Para se calcular o gotejo da solução usar a 
fórmula: 
 No de gotas/min = Volume a administrar na fase 
 3 x h 
 h= Tempo previsto para infusão 3= constante 
 Monitorização: Clínica, Laboratorial- 
ionograma, Função renal, Gasometria- 
Bicarbonato e ECG-alterações específicas 
 
Rehidratacao e correção do DHE 
Entradas – exógenas e endógenas 
Necessidades Hidricas Diarias (NHD) 
 
 
 
Superfície corporal 
 
 mEq/kg N K Ca Mg P (mmol/kg) 
Prematuros 2-8 1-4 1-2,5 0,25-1 1-3 
RN termo 1-4 2-4 0,5- 1 
Lactentes 2-4 0,5-1 0,5 1-1,5 
Crianças 
Adolescentes 2-3 2-3 0,25-0,5 0,5-1 
Peso NHD 
Ate 10 kg 100ml/Kg 
11-20 kg 1000ml + 50ml por cada kg acima de 10 kg 
21-30 kg 1500 + 20 ml por cada kg acima de 20 kg 
Holiday 
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Segundo as perdas Saidas=? Diurese diaria+ perdas 
insensiveis de agua 
 Necessidades electroliticas diarias 
Diurese – 2-4 ml/kg/h 
Fezes – 5-10 ml/kcal 
Suor – 0-25 ml/100 Kcal 
Respiração – 10-20ml/kcal 
Perdas patológicas – variáveis 
 
 Desidratação 
 surge como consequência de perda excessiva de liquidos 
e/ou ingestão insuficiente dos mesmos. Pode ser 
classificada segundo : 
- gravidade: leve < 5% do peso corporal 
SF (9gr NaCl/l) Conteúdo electrolítico mmol/l Glic(g/l 
 Solução Na K Cl lactato 
A Preferida 
 LR (s. Hartmann) 130 5,4 111 27 0 
B Aceitável 
 154 0 154 0 0 
 Darrow a metade 
com Glic 5% 
61 17 52 27 50 
 SF a metad (4,5 gr 
NaCl/l) 
77 0 77 0 0 
 Glicoringer 65 2,7 56 14 50 
C Não aceitável 
 (dextrose) 0 0 0 0 50 
Fluidos disponiveis 
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 moderada 5-9% do peso corporal 
 grave >10% do peso corporal 
- nivel sérico de Na : isotónica- Na 130-150 mEq/l; 
 hipotónica-Na< 130mEq/l 
 hipertónica-Na>150mEq/ 
Desidratação Isotónica Moderada 
1ª Fase 
 - 75ml/kg em 4 a 6 hrs 8 
Usa-se preferencialmente lactato de ringer 
2ª Fase 
Se mantiver as perdas, usar soro com glicose e electrólitos 
por 24 h segundo a fórmula: 
 NHD + perdas (20-50ml/kg) 
 *Se tiver febre adicionar 12% de líquido por cada grau 
centígrado de febre 
Se melhoria dos sinais de desidratação e ausência de 
perdas passa-se a terapia oral com SRO e dieta geral 
 
Desidratação Isotónica Grave 
1ª Fase – Expansão 
Bolus de 20ml/kg em 30 min até um máximo de 60ml/kg 
Usa-se preferencialmente lactato de ringer /S. fisiologico 
Repete-se 2 a 3 vezes se persistência de sinais de má 
perfusão 
2ª Fase –Manutenção 
Primeiras 8 h - ⅓ NHD + ½ do défice - vol da 1ª Fase 
 Restantes 16 h - ⅔ NHD + ½ do défice 
Para calcular Defice: 
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Defice (litros)= pesoX 10% 
Depois converter em ml 
Usa-se de preferência solução de Darrow ou glicorringer. 
3ªFase –Manutenção 
NHD + Perdas (50ml/kg) 
Usar Soro polielectrolítico em 24 horas 
 
Hiponatramia 
3.2. Na < 120 mEq/l 
 
 
 
O aumento de sódio não deve ser brusco, deve 
ser de 0,5 à 1 meq/l/hora e não se deve elevar o 
Na acima de 12-15mEq/dia pelo risco de 
desmielinização pontina. 
 100ml de Nacl 3% = 85ml de Detrose a 5% + 
15ml de Nacl a 20% ou 
 = 89 ml de NaCl 0,9% + 11 ml de Nacl a 
20% ou 
 = 87 ml L.Ringer + 13 ml NaCl 20% 
 1ml de Nacl 3% contém 0,5meq de Na+ 
Hipernatrémia 
Concentração de sódio > que 150 mEq/l 
 Aumento da osmolaridade → movimento de 
água do espaço intracelular para o extracelular 
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→ desidratação celular -neurónio - hemorragias 
intracraneanas/ hematomas subdurais que 
podem levar a morte 
. Hipernatrémia com Hipovolémia 
1.1 Choque hipovolémico: 
- Expansão do EEC com cristalóide 
1.2 Sem Choque 
1.2.1 Na <160 mEq/l 
 
 
 Correcção durante 4horas por via oral 
 
1. Hipernatrémia com Hipovolémia 
(continuação) 1.2.2. Na > 160 mEq/l 
 
 Volume total =Déficit de água livre (4 x peso x meq 
de sódio acima de 150meq) + NHD 
Administrar 20 mEq/l de Na para cada 1000 ml de 
volume total 
 Volume total =Déficit de água livre (4 x peso x meq 
de sódio acima de 150meq) + NHD 
Volume de NaCl 0,9% (1000 ml→154 mEq /l) ou 
NaCl 20% (1ml → 3.4 mEq/l) 
Volume de DX5% = volume total – volume de 
Nacl 
 
 
Tempo de Correcção 
- A correcção deve ser lenta para não alterar a 
osmolaridade presente e correr-se o risco de evoluir para 
o edema intracelular (cerebral). 
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Exemplo :peseo de 7Kg- Na-175 
1. NHD= 100Xpeso 
= 7000ml 
2. Défice de H20=7x4(175-150) 
 = 700ml 
3.volume total =défice+ NHD 
700ml+700ml =1400ml 
4.1000voltotal----------20meq/l de Na+ 
1400m-------------------------X 
X=28meq Na+ 
5.1mlNaCl0,9%----------0,154meq/l 
X--------------------------28meq/l 
X=182ml de NaCl0,9% 
6.VolDext5%=voltotal –volNaCl = 1218m 
 1218ml de Dext5% 
 182ml NaCl0,9% 
 Fluxo -17ml 
 
 
 
 
6ml/h 
 
 
 
Exemplo1 Soro de manutenção criança de 8kg. 
NHD: 8 x 100ml = 800 ml 
KCl10%: 2 x8/ 1,34meq= 11,9ml 
NaCl 0,9% 3X8/0,154=155,8ml 
 Cálcio: 0,5x 8/2 = 2ml Gluconato cálcio 10% 
 Dext5%= volume total-NaCl0,9%+KCl10%+ Glu calcio10% 
= 800-169,7 Dext5%= 630mlFluxo24h 
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Hiponatrémia: 
Criança 8 kg, Na – 117, 
Défice de Na= 0,6xpeso (Na desejaado- Na actual) 
= 0,6X8(150-117) 
=115,2meq 
1mlNaCl0,3%--------0,5MeqNa+ 
X-------------------115,2meq 
X=230,4ml 
100ml Nacl0,3----------85mlDext5% 
230,4ml-----------------------X 
X=195,8ml de Dext5% 
100mlNaCl0,3%----------15mlNaCl20% 
230,4---------------------------X 
X=34,5ml de NaCl20% 
 
 Dext5%= 196ml 
 NaCl20%= 35ml 
 Fluxo_65ml/h 
 
Hipocaliémia – Tratamento1. 
1. Leve (K entre 3-3,5 mEq/l) 
Aumentar o aporte na dieta. 
Se for recém-nascido pré-termo a administracao deve 
ser feita por via endovenosa 1-2 mEq/kg em 4 horas e 
adicionar ao soro de manutenção. 
2. Moderada (K entre 2,5 -3,0 mEq/l) 
-Asssintomática: - KCl 10% em xarope (900 mg /15ml) ou 
 -Solução oral de KCl (OMS) - 4 ml/kg/dia/8/8h. 
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-Sintomática: - KCl 2 mEq/kg em 4 a 6 horas EV ou 
 adicionar no soro de manutenção 
>3mEq/kg/dia 
Grave ( K menorde 2,5 mEq/l) 
 Sempre sintomática, e corrige-se sempre por via 
endovenosa: 
 Défice em Potássio = 0,6 x peso x (K+ ideal – K+ real) 
 Volume de KCl a 10% (1ml → 1,34 mEq K) ou a 7,5% 
(1ml → 1mEq K) 
 Volume de soro fisiologico (1000 ml → 80mEq) 
 Ritmo de infusão (RI =0,3- 0,5 mEq x peso/h) 
 Tempo de infusão (TI = mEq de KCl: RI) 
 Fluxo ( Fluxo = liquido total : TI) 
Nota : Para prevenir lesão das células endoteliais a 
perfusão não deve ultrapassar: veia periférica -80 mEq de 
K/l, veia central - 120 mEq de K/l,v eia umbilical -150 mEq 
de K/l 
 
Hipercaliémia 
Leve (5,5-6,5 mEq/l) e moderada (6,5-7,5mEq/l) - 
assintomática/ sintomas inespecificos; 
Severa (>7,5 mEq/l) 
- altera o potêncial de repouso da membrana 
celular, tornando-a incapaz de se repolarizar, 
criando alterações neuromusculares: parestesias, 
fraqueza e fadiga muscular, caimbrãs, paralisia, 
diarreia, desorientação, palpitações, arritmias e 
paragem cardiaca. 
1.Sem alteração do ECG - suspender o aporte 
dietético ou endovenoso de K e prevenir todas as 
situações que possam gerar hipercatabolismo 
2. Com alteração do ECG 
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salbutamol (aerossol- 0,03 ml/ kg + 3-4 ml NaCl 
0,9%) 
resinas trocadoras de K por Na ( Kayexalato 
1g/kg/dose a cada 2 ou 4 hrs -enemas). 
 - Insulina e Dextrose em bolus (2ml/kg de Dx 
10% + 0,05 UI/kg de insulina) ou em infusão (2-4 
ml/kg/h de DX 10% +10 UI de insulina / 100ml de 
Dx 10%) 
bicarbonato (1-2 mEq/kg em 5 min) 
- gluconato de cálcio 10% (0,5-1 ml/kg diluido na 
mesma quantidade de SF 0,9% 
10 a 20 min EV) 
 - diálise 
Hipocalcémia 
Tratamento: 
Emergente: 
Gluconato cálcio 10% - 0,5-1 ml/Kg/dose (máx 20ml/dose, 
ritmo máx 5ml/min, risco de bradicardia, hipotensão, 
necrose tecidual) 
Se hipomagnesémia, corrigir primeiro Mg: 
Sulfato magnésio 50% - 25-50mg/Kg/dose (0,05-
0,1ml/Kg/dose), 15 min 
Não emergente: 
Gluconato cálcio 10% - 5ml/Kg/dia 
Hipercalcémia – Tratamento 
Leve (9,8-12 mg/dl) 
Moderado (12-15 mg/dl) 
Correcção hídrica, dieta pobre em Ca e restrição de 
Vitamin D 
 ↓Sem resposta 
NaCl 0,9% 200-250 ml/kg/dia, Furosemida 
1mg/kg 6h EV , calcitonina 1-5UI/kg/dia 
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Grave (>15 mg/dl ou 3,74 mmol/l) 
Correcção hídrica, dieta pobre em Ca e restrição 
de VitaminD 
Bloqueadores dos canais de cálcio se arritmias ou 
HTA 
Corticóides – Hidrortisona /prednisolona ( EV)----
- ↓reabsorção intestinal e ↑ reabsorção óssea 
Bifosfonatos – Etidronato , Pamidronato, 
Clodronato 
Sais de Fósforo ( fosfato monossódico ou 
monopotássico) 
 - Calcitonina , Hemodiálise, Paratiroidectomia 
de emergência (hipertiroidismo) 
 
Hipofosfatémia - Tratamento 
1. Ligeira (0,61-0,77 mmol/l) 
– Asssintomática, não se trata 
2. Moderada (0,46-0,60 mmol/l) 
Aporte nutricional de fósforo 
Folato 2-3g VO/dia 
3. Grave (˂0,46 mmol/l) 
- Fosfato monossódio (1ml=1mmol de P=31mg) diluido 
em NaCl 0,9% 
 Ataque - P˂0,5 mg/dl /grave – 0,15-0,36 mmol/Kg 
perfusão EV /6h 
 P 0,5- 1 mg/dl – 0,08-0,24 mmol/Kg perfusão EV /6h 
 Manutenção – 0.44-1,4 mmol/dia (EV) ou 0,9-2,8 
mmol/kg/dia (VO) até alcançar valores ˃2-2,5 mg/dl 
 *Riscos: Hipotensão, hipocalcémia, Calcificações 
metastáticas, hipercaliémia (se uso de fosfato potássico) 
e diurese osmótica com desidratação. 
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Hiperfosfatémia - Tratamento 
Tratar a causa se possivel 
Tratar os transtornos hidrelectroliticos e hipocalcémia 
associados 
Diminuir o aporte nutricional de fósforo 
Acetazolamida (15-25 mg/kg/dia/8/8h/Vo)- ↑excrecção 
Hidróxido de Aluminio 81mg/kg/6/6h/Vo) - ↓ absorção 
Insulina + Glicose – mobiliza fosfato para o liquido 
intracelular 
Hemodiálise 
Hipomagnesémia - Tratamento 
 Quando sintomático/Grave: 
Sulfato de Mg 
Ataque -25-50 mg/Kg/dose em 30-60 min (máx 2g/dose) , 
repetir 1 a 2 vezes em intervalos de 6h em crianças e de 
8/12 h em recém-nascidos. 
Manutenção – 0,2-0,5 mEq/Kg/dia , pode levar 2-3 dias 
para normalizar 
 Hipermagnesémia 
 Incidência insignificante 
Mg˃2,4 mg/dl (1,1mmol/l) 
Etiologia 
Neonatal (tratamento materno com sulfato de Mg) 
Frequentes – insuficiência renal, administração excessiva 
parenteral, antiácidos e enemas (iatrogénica) 
Raras- Doença de Adisson, hiperparatiroidismo, 
intoxicação por litio, hipoaldosteronismo 
Quadro Clínico 
 Quando Mg˃ 4mg/dl 
Consequência do bloqueio neuromuscular : hiporreflexia, 
hipotonia, depressão respiratória, bradicardia, hipotensão 
e coma. 
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Cetoacidose Diabetica 
Causas: baixo nivelda insulina 
 Aumento dos Hormonios 
contrareguladores 
Que cursa com: - hiperglicemia- ˃ 11mmol/l e 
glicosuria 
 - cetonuria e cetonemia 
 Acidose- PH˂7,3 e Bicarbonato 
˂15mmol/l 
Q. clinico da diabetes: poliuria, 
polidipsia,plofagia, emagrecimento, historia 
familiar. 
Quadro clinico da cetoacidose: letargia, 
hiperventilacao,desidratacao, odor cetonico, 
febre/hipotermia, instabilidade hemodinamica 
Objectivos do tratamento: 
-correcção do defice de fluidos e disturbios 
electroliticos , 
 - interrupcao da produção de cetonas, 
- cetoacidose e resolução da glicémia com uso da 
insulina. 
 -correcção da acidose metabolica através da hidratação 
e insulinoterapia. 
- avaliacao e tratamento do factor desencadeante. 
Monitorização rigorosa e tratamento das potenciais 
complicações. 
 
Complicações 
Edema cerebral-raro mas muito grave 
Hipolicemia e coma hipoglicemico 
DHE(hipokaliemia) 
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Insulinoterapia 
Glicemia˃ 17mmol/l e PH˂7,3 
-iniciar infusao de insulina-0,1U/kg/hr- na 
segunda hora de fluidoterapia 
- praparar 500ml de SF 0,9% + 50U de insulina 
regular e correr na velocidade do peso da criança 
. 
Monitorar a glicemia de 1h a 1h . 
Se menor de 5 anos iniciar 0,05u/kg/hr ate obter 
decrescimo da glicemia plasmatica entre 2-
5mmol/l. 
Se decrescimo menor de 2mmol/l aumentar 
perfusao de insulina para 0,15-0,2U/kg/hr 
Manter perfusao de insulina ate que a glicemia 
esteja entre 14-17mmol/l e cetonuria menos de 
+++ nesta altura fazer gasometria. 
Se PH˃ 7,3 
Iniciar insulina semilenta a dese de 0,2-
05U/kg/dia (⅔) manha e ⅓ a noite. 
Iniciar dieta ½hora depois com leite, cha(sem acuçar ou 
sumo natural). 
Suspender a perfusao de insulina ½ hora depois. 
Se PH ˂7,3 
- substituir o soro de manutencao por 50% de SF + 50% , 
Dext 10% 
Manter insulina a 0,1 u/kg/h 
Iniciar esquema de insulina simples (rapida sbcutanea) 
segundo os resultados do DX feito 4/4h por 24h: 
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Se DX˃8mmol/l e ˂14mmol/l=0,14U/kg 
Se Dx˃ 14,1mmol/l e ˂17mmol/l= 0,15U/kg 
Se Dx˃17mmol/l= 0,2U/kg. 
 
HIPOGLICEMIA 
Dextroses disponiveis 
Dext 5%/ Dext10%/ DExt25%/ Dext30% 
O ideal e mais fácil de usar e Dext 10% com 5ml/kg para 
dar em bolus. 
Caso não tenha Dext10%, pode se preparar da seguinte 
maneira: 
1/5 Dxt30% + 4/5Dext 5% ou 
¼ Dext 25% + 4/5 Dext 5% 
 
 
 Queimadura 
Clasisificacao segundo: 
Profundidade 
1grau - so epitelio 
2 grau- destroi ep.e parte do corion 
3 grau – destroi toda a espessura da derme 
Extensão 
Percentagem da área queimada 
 Queimadura grave 
No adulto: 2o grau> 25% 3o grau > 10% 
Na criança: 2o grau > 20% 3o grau > 10% 
No adulto e na criança: a/ qualquer que atinja 
mãos, face, pés ou perineo. b/ todas as lesões 
eléctricas 
Queimadura complicada por: a/ inalação de 
fumo. b/ traumatismos graves. c/ doenças pré-
existentes. 
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Queimadura moderada 
No adulto: 2o grau 10-25% 3o grau 3-10% 
Queimadura ligeira 
No adulto: 2o grau < 10% 3o grau < 3% 
Na criança: 2o grau < 10% 3o grau < 3% Na criança: 
2o grau 10-20% 3o grau 3-10% 
Formas de Classificao Regra dos 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gravidade da queimadura 
 1 Extensão da queimadura 
 2 Profundidade da queimadur, 3 Localização da 
queimadura, 4 Tipo de queimadura, 5 Idade do 
paciente, 6 Lesão associada, 7 Doença pré-existente 
Criterios de internamento 
1. Percentagem de s.c. queimada 
 a) < 1 ano: > 5% 
 b) > 1ano: 10-15 % 
 2. 3o grau > 5% 
 3. Localizacao, 4. Queimadura química, 5. Inalação de 
fumo 6. Traumatismos graves associado, 7. Doença pré-
existente 
 RN 3A 6A > 12A 
Cabeça 18 % 15 % 12 % 6 % 
Tronco 40 % 40 % 40 % 38 
Braços 16 % 16 % 16 % 18 % 
Pernas 26 % 29 % 32 % 38 % 
 
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MANEJO 
Primeiras 24 horas 
A- Cuidados pré-hospitalares 
1.refrigeração dos tecídos queima dos com água ~ 
20˚ C 
nunca usar Gelo 
2. retirar as roupas a arder, quentes ou queimadas 
3- cobrir as áreas queimadas co pensos esterilizados 
ou roupa limpa (lençol) 
Queimadura 
Conduta de emergencia 
, Avaliacao da 
extensao da queimadura, 
gastrico 
Reposicao da volemia, Algaliar, Limpeza das feridas, 
Medicação, Monit. fluidos,electrolitos e proteinas 
Vias aéreas e respiração 
(Sinais de complicações respiratórias 
Dificuldade em eliminar as secreções brônquicas ou 
expectoração, Partículas carbonizadas nas secreções 
brônquicas,Rouquidão, Dificuldade na deglutição e na 
ventilação, Queimadura da língua, Flictenas de 
queimadura em torno da boca e do nariz 
Tratamento: oxigénio; entubação endotraqueal S.O.S. 
Fluidoterapia 
Na crianca: 
Risco > de perda de calor 
Grande troca de liquidos em relacao a agua corporal 
Nec de > vol. de urina para depuracao 
Perdas insensiveis aumentadas 
 ►calculo das necessidades com base na superficie 
corporal 
Fluidos nas 1as 24 h 
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 Se choque → administrar 10-20 ml de s.fisiol ou Lact. 
de Ringer em 10-20 mins (1-3 bolus de acordo com a 
evolucao) 
Calculo do volume 
Formula de Parkland:4ml x S.Q.x peso + manutencao 
(NHD 
 
Administração 
½ de Parkland +1/3 das NHD nas 1as 8 horas (contar a 
partir do momento da queimadura) 
½ de Parkland + 2/3 das NHD nas restantes 16 horas 
 
Apos as 1as 24 horas 
Solucao : ½ lact. de Ringer + ½ Dext 5% 
Volume diario : 75% do vol.(Parkland + manutencao) 
Coloides:plasma fresco (10-15 ml/kg) ou albumina 
humana(1 gr/kg) 
Ajustar sempre o volume total a resposta do doente 
Manter a diurese 1,5-2,0 ml/kg/hora 
Monitorizar FC,TA. 
Iniciar pequenas quantidades de leite 
Reduzir progressivamente liquidos e.v 
Liquidos a administrar 
Proteinas-12,5 gr de albumina/litro nas 1as 24h 
Na 130-135mEq/l 
Bic. ou Lact.- 20-30mEq/l 
Mantem a osmolaridade e os electrolitos nos limites 
normais e previne a acidose 
Nao dar potassio nas 1as 24h 
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Depois 20-30 mEq/l de solucao dependendo do debito 
urinario e dos valores da ureia 
 Monitorização 
Deb.urinario (30ml/h/m2),Estado de consciencia, 
Pulso,T.A, Preenchimento capilar, Peso, 
Hematocrito,Ureia, Electrolitos. 
Dieta 0 nas 1as 24h, Toxoide Tetanico (prevencao do 
Tetano),Antibioticos,Sedativos,Transfusoes de CG 
10ml/kg de 3/3 dias, Plasma,Albumina Humana, 
Nec.caloricas (1800 kcal/m2/dia + 2200kcal/m2 de area 
queimada) e uso protectores gástricos. 
Tratamento da ferida 
remoção dos tecidos necrosados e corpos estranhos as 
grandes bolhas intactas podem ficar durante 48 hs 
(prevenção da hipotermia) 
queimadura química: a diluição dos agentes químicos é 
prioridade absoluta! - irrigação com água durante 60 min 
não se recomenda o uso de 
antídotos para químicos:a reacção química pode produzir 
calor. 
Agente antimicrobiano tópico 
agente espectro Penetracao Toxicidade 
Local geral 
dor 
mafenida largo excelente media acidose sim 
Sulfadiazina 
de prata 
largo boa baixa leucopeni min 
Gentamicina largo fraca baixa nefro min 
Betadina largo fraca baixa nefro sim 
Nitrato de 
prata 
largo Ø Ø argiria Ø 
 
 
 
Método de “líquido salino” 
Líquido salino 0.5% (uma colher de chá de sal para um 
litro de água) 
Início do tratamento: depois da recuperação do choque 
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Cobrir as feridas com compressas secas e pôr as áreas no 
líquido salino por 20 minutos 
Depois retirar as compressas 
Repetir de 12 - 12 horas 
 
Intoxicação em pediatria 
Produtos mais frequentes 
Produtoscaseiros(petroleo,lixivia,raticidas,Insecticidas,be
bidas alcoolicas,desfrizantes), Medicamentos (sal 
ferroso,aspirina), Produtos agricolas (adubos,insecticidas) 
Produtos industriais (Tintas,vernizes), Plantas 
(galamaluco,cogumelos,mandioca. 
 
Manifestações clinicas 
Cianose,Dispneia,Bradipneia,Resp.de Kussmall, 
Diarreia,Vomitos(as x com sg),Secura da pele e 
muc.,Queim. e ulceras na mucosa, Sudorese↑, 
Hipertermia, Midriase/Miose, Diplopia, Obnubilacao, 
Taquicardia/Bradicardia, Hipertensao, Paralisia muscular, 
S.extrapiramidais, Convulsoes.Coma. 
Conduta 
CRIANÇA EM COMA 
Decubito lateral, Aspiracao de secrecoes e vomito,SNG – 
aspirar o conteudo gastrico,O2 se necessario 
Fluidoterapia (shock,perfusao tissular,equilibrio 
hidroelectrolitico), Monitorizar (pulso,TA,FR,diurese), 
Evitar hipotermia 
HISTORIA 
Tipo de toxico – 
antidoto,lavagem?vomito?/Idade/sexo/Toxico – 
nome/quantidade/Tempo decorrido dp da 
ingestao/Refeicoes,vomito/Primeiros cuidados 
recebidos/Progressao dos sintomas = SUSPEITA => evitar 
tt intensivos e invasivos se a cr. esta bem 
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Remoção do toxico= Emese, Lavagem gastrica, Acelerar a 
excrecao(Carvao activado,CatarticoDiuretico,Dialise 
peritoneal/hemodialise, Neutralizar o toxico, Antidotos). 
REMOÇÃO DO TOXICO 
Emese(provocar o vomito) 
Metodo manual 
Xarope de Ipeca 15 -20 ml=>+ 2 copos de agua 
Apomorfina 0,05-0,1mg/kg sc 
CONTRA INDICACAO DA EMESE 
Intoxicacao por petroleo e derivados,Convulsoes e 
coma,Hematemeses,Menores de 6 mese. 
LAVAGEM GASTRICA 
Indicado: 
Falência da emese/Criança com < 6 meses/Convulsões e 
coma. 
Contra indicado:Ingestao de corrosivos/Ingestão de 
petróleo 
ACELERAR A EXCREÇÃO 
Carvão activado: (1 gr/kg/dose) oral/Purgante 
salino/Sulfato de sódio (300mg/kg/dose) oral 
Forçar a diurese: Furosemida (1-2mg/kg/dose)e.v., Soro 
glicosado 5%(50-100ml/kg/24h), Manitol 10%(30ml/kg ) 
e.v. 
Dialise peritoneal/Hemodialise: 
Intox. por salicilatos,barbituricos 
Coma,apneias,ologo-anuria 
ANTIDOTOS 
 Neutralizantes especificos do toxico 
Organofosforados – ATROPINA 
Metoclopramida – DIFENIDRAMINA 
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Opiáceos – NALOXONE 
Cianetos – NITRITO DE AMILO 
Monóxido de Carbono – O2 a 100%. 
Anexo 
Síndrome Anticolinérgicos 
Sintomas: hipossecreçãogl exócrina, sede, pele 
ruborizada, midríase, hipertermia, retenção urinária, 
delírio, alucinações, taquicardia, disfunção respiratória 
Causas: Atropina , anti-histamínicos, amitriptilina, 
escopolamina. 
Tratamento: difenidramina 5 mg/Kg/d de 8/8 hrs 
Sindrome colinergico 
Sintomas:hipersecreçao gl exócrinas, miccao, náuseas, 
vómitos, diarreia, fasciculaçoes ms, paralisia, convulsões, 
miose, broncospasmo, taquicardia/bradicardia 
causas: organosfofosrados, tabaco, picada aranha 
tratamento: atropina 0,05 mg/Kg de 15-15' até 
atropinizaçao (secura pele, e mucosas, midriase, 
taquicardia, hipertermia) 
Sindrome extrapiramidal 
Sintomas:tremor, rigidez, opistotonus, torcicolo, disfonia, 
crise oculogira. 
Causas: fenotizaidas,haloperidol,metoclopramida 
Tratamento: difenidramina 
Sindrome hipermetabolico 
Sintomas: febre, taquicardia, hiperpneia, inquietude, 
convulsões, acidose metabólica. 
Causas: salicilatos , herbicidas 
Sindrome narcotico 
Sintomas: depressão SNc, hipotermia, hipotensão, 
hipoventilacao, miose. 
Causas: narcóticos, heroína,propoxifeno 
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Página 61 
Tratamento: nalaxona: 0,01 mg/Kg 
Sindrome simpaticomimetico 
Sintomas:excitação, psicose, convulsoes, hipertensão, 
taquipneia, hipertermia, midriase 
Causas: anfetaminas,cocaína, teofilina, cafeina 
Outras intoxicaçoes 
Paracetamol 
Antitodo: Acetilcisteína 
Dose: DA: 150 mg/Kg + 200 ml Dex5% em 15' 
DDM: 50 mg/Kg + 500 ml Dext5% de 4/4 hrs 
Efeitos colaterais: nauseas, vomitos, cuidados com 
asmaticos, vigiar K 
Sulfamidas 
Antidoto: Azul de metileno 0,1-0,2 ml/Kg (1-2 mg/Kg) por 
5 ' ev. Pode repetir-se 60 min dps 
EC: náuseas, vómitos, cefaleia, tonturas 
 
Ferro 
Antidoto: Desderoxamida 1 gr seguido de 2 doses de 0,5 g 
espaçadas de 4 hrs 
EC: hipotensão, reacção alérgica 
Metanol 
Antidoto: Etanol 5% ou 10% DA: 740 mg/Kg 
DM: infusão de 80-15 mg/Kg/hr 
EC: sedação, náuseas, vómitos 
Benzodiazepinas 
Antidoto: Flumazenil 0,2 mg diluído em Sf ou Dex5%. 
Repetir de min a min até dte despertar 
EC: Sd abstinência 
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Convulsões na urgência 
Classificação: Convulsões febrís/ Crise única não 
provocada/ Crises recorrentes 
1. Convulsões febrís 
Forma típica:- Ocorre entre os 9m e 5anos de idade, 
Aumento rápido da temperatura até 39°C, Menos de 10 
min de duração, 
 Crise única 
- Tipo tônico-clónico generalizada 
- Pós ictal é breve e com sonolência 
Forma Atípica: Crises repetidas no mesmo dia, Mais de 
15 min de duração, Tipo focal, Pós- ictal com sinais focais 
(hemiparésia, anisocória, paralisia do facial) 
Sinais que predispõe o desenvolvimento de epilepsia 
futura: 
- Crises e/ou período pós- ictal atípicos, Antecedentes 
familiares de epilepsia, Primeira crise antes dos 9 meses 
Surgimento de sinais de retardo/regressão do DPM 
depois da crise, Alterações neurológicas pré-existentes 
2. Crise única não provocada 
Características semelhantes as das convulsões febris 
3 Crises recorrentes 
Dif: Duas crises não provocadas com mais de 24h de 
intervalo entre si sugere distúrbio epiléptico cerebral e 
que pode levar a recorrências. Podem ser 
 - Parciais simples/complexas 
- Generalizadas/Crise de Ausência/Crise tônico-clonicas 
generalizada/ Forma mioclônica da infância/Espasmos 
infantís/ Sdr de Landau-Kleffner (autismo) 
Tratamento de urgência: 
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Criança com febre, já sem convulsão: Despir, observar, 
temperatura, Tranquilizar, ambiente calmo, Se 
 
Observar 4-6 horas. Detectar causa da febre. Avaliar, 
Exames complementares, hidratar, Tratar a causa da 
febre 
 Explicar aos pais o sucedido e o futuro. Abordagem: 
Diazepam: 0,3-0,5 mg/Kg. Ampola-10mg/2ml 
 via rectal no momento da crise: 0,5mg/kg (seringa de 
tuberculina) 
via Ev usar a dose de 0,3mg/kg 
Em caso de não ter o peso 
Idade Peso Dose ev Dose rectal 
0-2 meses <4 Kg 0,1-0,2 ml 0,3 ml 
2-3 meses 4-5,9 Kg 0,3 ml 0,5 ml 
4-11 meses 6-9,9 Kg 0,5 ml 1 ml 
1-3 anos 10-13,9 Kg 0,8 ml 1,25 ml 
3-5 anos 14-18,9 Kg 1ml 1,5 ml 
Repetir se necessário após 15-20 minutos até 4 vezes 
(com cuidado perigo de paragem cardio-respiratória) 
Evitar a hipoxia: aspirar secreções, oxigenar, decúbito 
lateral. 
 
Se as convulsões não cedem ou se repetem: 
Fenitoina: DA-15-20mg/kg ampola de 20mg/5ml. DM: 
8mg/kg-12/12h 
 Fenobarbital 15 mg/Kg ev + 30 ml de Dextrose 5% ou im. 
8-12 horas depois continuar 3-5 mg/Kg/dose oral ou por 
SNG em 2 tomas. 
 No caso de doença aguda, o fenobarbital será suspenso 
após 24 horas sem convulsões e com hipotonia. 
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Se as convulsões não respondem com fenobarbital 
. Midalozam: amp 15 mg/3ml. Dose:0,1-0,2 mg/Kg 
lentamente. 
. Tiopental: 
 Gluconato de cálcio 10% 2 ml/Kg ev. lentamente com 
controle da frequência cardíaca ou 
 Clonazepan ev 0,2 mg/Kg ou 
 Sulfato de magnésio 50% im 0,25 mg/Kg. 
 
 Anexo 
Escama de coma de Glasgow 
normal Modificada para 
lactentes 
 
 Abertura ocular 
espontânea 4 espontânea 4 
Estimulo vocal 3 Est. vocal 3 
Est. doloroso 2 Est. doloroso 2 
Sem resposta 1 Sem resposta 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Normal lactentes 
 Resposta verbal 
orientado 5 balbucia 5 
confuso 4 irritado 4 
Palavras inapropriadas 3 Chora a dor 3 
Palavr. inespecíficos 2 Geme a dor 2 
Sem resposta 1 Sem resposta 1 
 
 
 Resposta motora 
Normal lactentes 
Obedece o comando 6 Espontânea N 6 
Localiza a dor 5 Reage ao toque 5 
Reage a dor 4 Reage a dor 4 
Flexão dos membros 3 Flexão anormal 3 
 Extensão dos memb 2 Extensão anormal 2 
Sem resposta 1 Sem resposta 1 
 
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Página 65 
Desidratação Isotónica 
Ligeira 
SRO (sais de rehidratação oral) - 50-75 ml/kg de peso por 
4 h. 
Reavaliação 
- Melhoria / sem perdas - alta com SRO em ambulatório e 
tratamento da doença de base 
- Desidratado e com perdas – hidratação endovenosa 
Critérios para hidratação venosa 
Lactente < 2 meses 
Desidratação moderada com vómitos persistentes (>de 4 
vezes) 
Desidratação grave ( todos casos) 
Choque de qualquer causa 
Vômitos incoercíveis 
Perdas fecais mais de 10 dejecções por dia 
Íleo paralítico 
Alterações do nivel de consciência 
Impossibilidade de rehidratação ora 
Desidratação Isotónica 
Moderada 
1ª Fase - 75ml/kg em 4 a 6 hrs (veja anex 3o ) 
2ª Fase - Se mantiver as perdas, usar soro com glicose e 
electrólitos por 24 h segundo a fórmula: 
*Se tiver febre adicionar 12% de líquido por cada grau 
centígrado de febre 
- Se melhoria dos sinais de desidratação e ausência de 
perdas passa-se a terapia oral com 
SRO e dieta geral 
NHD(veja anexo 2) + perdas (20-50ml/kg) 
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Página 66 
Desidratação Isotónica Grave 
1ª Fase – Expansão 
- Bolus de 20ml/kg em 30 min até um máximo de 
60ml/kg 
- Usa-se preferencialmente lactato de ringer 
- Repete-se 2 a 3 vezes se persistência de sinais de má 
perfusão 
2ª Fase –Manutenção 
- Primeiras 8 h - ⅓ NHD + ½ do défice do peso - vol da 1ª 
Fase 
- Restantes 16 h - ⅔ NHD + ½ do défice do peso 
- Usa-se de preferência glicorringer. 
3ªFase –Manutenção 
- NHD + Perdas (50ml/kg) 
- Usar Soro polielectrolítico em 24 hora 
 
Hipernatrémia 
Hipernatrémia com Hipovolémia 
Na > 160 mEq/lDéficit de água livre (ml)= 4 x P x (Na real- Na desejado) 
-Volume total=Déficit de água livre + NHD 
- Administrar 20 mEq/l de Na para cada 1000 ml de 
volume total 
- Volume de NaCl 0,9% (1000 ml→154 mEq /l) ou 
NaCl 20% (1ml → 3.4 mEq/l) 
- Volume de DX5% = volume total – volume de Nacl 
* A correcção deve ser lenta (↓ no máximo 10-
15mEq/dia de Na) para não 
alterar a osmolaridade presente e correr-se o risco de 
evoluir para o 
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Página 67 
edema intracelular (cerebral). 
Sódio (mmol/L) Tempo de correcção (h) 
160-165 -----24h 
166-179 ------ 48h 
> 180 ---------72 -96h 
Hipernatrémia com Hipervolémia - Restrição 
hidrica, Diurético da Ansa (furosemida 1mg/Kg/dose), 
Diálise 
Hipernatrémia com Euvolémia - Com Diabetes insipida 
administrar vasopressina ou ADH (0,025mcg/kg em 10 
min) 
Hiponatrémia 
Sintomatica edema cerebral com convulsoes 
- Correcção Rápida com NaCl3% - 1 a 2 ml/Kg em 1 h 
Se choque hipovolémico siga - NaCl0,9% 10 a 20 ml /kg 
em 10-20 min ver protocolo choque hipovol 
assintomatica 
Na > 120 mEq/l 
Na < 120 mEq/l 
- NaCl0,9% 10 a 20 ml /kg 
- Défice de Na = (Na desejado – Na actual) x 0,6 x peso 
- 1ml de NaCl3% --------- 0,5mEq de Na 
OU 
- Vol de Nacl 3% = (Na desejado – Na actual) x 1,2 x peso 
-Se não houver a solução de NaCl 3% já preparada veja a 
baixo : 
Composição da solução de NaCl 3% 
100ml de Nacl 3% = 85ml de Detrose a 5% + 15ml de Nacl 
a 20% ou 
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Página 68 
= 89 ml de NaCl 0,9% + 11 ml de Nacl a 20% ou 
= 87 ml L.Ringer + 13 ml NaCl 20% 
1ml de Nacl 3% contém 0,5meq de Na+ 
Nota: O aumento de Na deve ser lento de 0,5 à 1 
meq/l/hora e o no máximode 12 mEq/l/dia pelo risco de 
desmielinização pontina. 
 
Hipocaliémia 
Leve 
(K entre 3-3,5 mEq/l) 
- Aumentar o aporte na dieta. 
- Se for recém-nascido pré-termo a administracao deve 
ser feita por via endovenosa 
1-2 mEq/kg em 4 horas e adicionar ao soro de 
manutenção. 
Moderada 
(K entre 2,5 -3,0 mEq/l) 
-Asssintomática: - KCl 10% em xarope (900 mg /15ml) ou 
-Solução oral de KCl (OMS) - 4 ml/kg/dia/8/8h. 
-Sintomática: - KCl 2 mEq/kg em 4 a 6 horas EV 
ouadicionar no soro de 
manutenção 2,5 mEq/ml 
Grave 
( K menor de 2,5 mEq/l) 
- Bolus – 0,5-1 mEq/ Kg diluido em NaCl 0,9% em 1 a 2 h 
- Perfusão 
- Défice em Potássio = 0,6 x peso x (K+ ideal – K+ real) 
- Volume de KCl a 10% (1ml → 1,34 mEq K) ou a 7,5% 
(1ml → 1mEq K) 
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- Volume deNaCl 0,9%(1000 ml NaCl 0,9%→ 80mEq) 
- Tempo de infusão (TI = mEq de KCl: 0,5 mEq x peso ) 
- Fluxo ( Fluxo = liquido total : TI) 
Nota : Para prevenir lesão das células endoteliais a 
perfusão não deve ultrapassar: 
veia periférica -80 mEq de K/l, veia central - 120 mEq de 
K/l,v eia umbilical -150 
mEq de K/l 
 
Hipercaliémia 
Sem alteração do ECG 
- suspender o aporte dietético ou endovenoso de K e 
prevenir todas as situações que possam 
gerar hipercatabolismo 
Com alteração do ECG 
- salbutamol (aerossol- 0,03 ml/ kg + 3-4 ml NaCl 0,9%) 
- resinas trocadoras de K por Na ( Kayexalato 1g/kg/dose 
a cada 2 ou 4 hrs -enemas). 
- Insulina e Dextrose em bolus (2ml/kg de Dx 10% + 0,05 
UI/kg de insulina) ou em infusão 
(2-4 ml/kg/h de DX 10% +10 UI de insulina / 100ml de Dx 
10%) 
- bicarbonato (1-2 mEq/kg em 5 min) 
- Diálise 
 
 
Hipocalcémia 
1-Hipocalcémia aguda 
(sintomática) 
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- Gluconato de cálcio 10% (9 mg de cálcio elementar/ml) 
- 1ml/kg bolus EV 
diluido em NaCl 0,9% ( 1ml de gluconato de Ca 10% --- 2 
ml de NaCl 0,9%) em 
10 min e a manutenção 2 a 6 ml/kg/dia perfusão EV 
-Cloreto de cálcio a 10% (27 mg de cálcio elementar/ml) - 
2,5- 5 ml/kg. 
* corrigir os distúrbios associados, como hipomagnesémia 
e hiperfosfatemia 
Hipocalcémia crónica - Gluconato de Cálcio a 10% , 
Carbonato de Cálcio e da vitamina D (VO) 
- tratar a doença de base 
Nota: Durante a administração endovenosa do cálcio não 
se deve associar bicarbonato de sodio, nem drogas 
vasoactivas, porque podem precipitar; deve-se também 
evitar o extravasamento do cálcio para a pele e tecido 
celular subcutâneo e a administração arterial e 
intramuscular porque provoca necrose dos mesmos. 
Hipercalcémia 
Leve (>2,74 mmol/l) 
Assintomática., não tratar 
Moderado (2,75- 3,73 mmol) 
- Correcção hídrica, dieta pobre em Ca e restrição de 
Vitamina D 
↓Sem resposta 
- NaCl 0,9% 200-250 ml/kg/dia, Furosemida 1mg/kg 6h 
EV , calcitonina 1-5UI/kg/dia 
Grave (>3,74 mmol/l) – 
 Correcção hídrica, dieta pobre em Ca e restrição de 
Vitamina D 
- Bloqueadores dos canais de cálcio se arritmias ou HTA 
- Corticóides –Hidrortisona /prednisolona ( EV) 
- Bifosfonatos – Etidronato , Pamidronato, Clodronato 
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Página 71 
- Sais de Fósforo ( fosfato monossódico ou 
monopotássico) 
- Calcitonina 
- Hemodiálise, Paratiroidectomia de emergência 
Hipofosfatémia 
Ligeira (0,61-0,77 mmol/l) - Asssintomática, não tratar 
Moderada (0,46-0,60 mmol/l) - Aporte nutricional de 
fósforo 
- Folato 2-3g VO/dia 
Grave (˂0,46 mmol/l) Fosfato monossódio (1ml=1mmol 
de P=31mg) diluido em NaCl 0,9% 
Ataque - P˂0,5 mg/dl /grave – 0,15-0,36 mmol/Kg 
perfusão EV /6h 
P 0,5- 1 mg/dl – 0,08-0,24 mmol/Kg perfusão EV /6h 
Manutenção – 0.44-1,4 mmol/dia (EV) ou 0,9-2,8 
mmol/kg/dia (VO) até alcançar valores ˃2-2,5 mg/dl 
*Riscos: Hipotensão, hipocalcémia, Calcificaçõs 
matastáticas, hipercaliémia (se uso de fosfato potássico) 
e diurese osmótica com desidratação 
Hiperfosfatémia 
 Tratar a causa se possivel 
ctroliticos e hipocalcémia 
associados 
 
- ↓ absorção 
-25 mg/kg/dia/8/8h/Vo)- 
↑excrecção 
– mobiliza fosfato para o liquido 
intracelular 
 
 
 
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Página 72 
Hipomagnesémia 
Quando sintomático/Grave:Sulfato de Mg 
Ataque -25-50 mg/Kg/dose em 30-60 min (máx 2g/dose) , 
repetir 1 a 2 vezes em intervalos de 6h em crianças e 
de 8/12 h em recém-nascidos. 
Manutenção – 0,2-0,5 mEq/Kg/dia , pode levar 2-3 dias 
para normalizar 
Hipermagnesémia 
Hipermagnesémia leve a moderada - Interromper aporte 
de Mg 
- Aumentar hidratação e diurese com NaCl 0,9% 
Hipermagnesémia Grave - Forçar a diurese com 
furosemida e NaCl 0,9% 
- Gluconato de Cálcio 10%(1ml/Kg diluido em 10-15 min) 
- Diálise 
 
Medicamentos mais usados na UCIP 
1.Antibioticos 
 1.P. cristalina 100-500.000 UI/kg 
2.Ampicilina 100mg/kg/dia- Ev.50mg/1,5ml-12/12h 
3.Gentamicina 5mg/kg/dia- Ev. 20mg/5ml-1x/dia 
4.Ceftriaxona 100mg/kg/dia- Inj.1g/4ml-12/12h 
5.Azitromicina 10mg/kg- Ev. 250mg/5ml-DU 
 6.Eritromicina 50mg/kg/dia-250mg/5mg-6/6h 
7Fflucloxacilina 50mg/kg/dose-500mg/5ml-6/6h 
8.Vancomicina 6mg/kg/dia-500mg/5ml-6/6h 
9.Metronidazol 10mg/kg-Inj.500mg/100ml e Oral-
500mg/5ml-8/8h 
10. Amoxicilina 50mg/kg/dia- vo.- 250mg/5ml-8/8h 
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Página 73 
11.Cefotaxima 100mg/kg/dia Ev. 
11.Ciprolfoxacina 15mg/kg/dia-Inj.2mg/ml-2x/dia-
3dias 
antiviral 
Aciclovir 10mg/kg/dose- 25mg/ml-8/8h 
Diureticos 
1.Manitol 20%- 0,25-1mg/kg- Ev. 20/100ml 4/4h 
2.furosomida 1-4mg/kg/dose- 20mg/2ml 
3.espironolactona 1-3mg/kg/dia-cp 25mg 
4.acetazolamida 50mg/kg/dia-ev,.500mg/10ml-
12/12h 
Anticonvulsivantes 
1.diazepan-0,3-0,5mg/kg/dose- 10mg/2ml cia rectal 
e Ev. 
2. fenitoina- Ataque-20mg/kg+10mlSF OU Dxt. 
Mant. 5mg/kg-8/8h- 250mg/5ml 
3.Fenobarbital-ataq-15-20mg/kg 
Manut. -3-5mg/kg+ 10ml SF 12/12h 
4. Midazolan15mg/3ml-0,1-0,2mg/kg/dose 
5.Tiopental dose de carga 3mg/kg 
Perfu-1-6mg/kg-24h 
Antiinflamatorios 
1.Ibuprofeno 10mg/kg/dose-100mg/5ml 
2.Prednisolona 1mg/kg/dose- Cp 5/20mg- 
3. Hidrocortizona 5mg/kg/dose- Inj-100mg/2ml 
4.Dexametasona 0,15mg/kg/dose-6/6h -4dias ou 
0,4mg/kg-12/12h 
Protetores gastricos 
1. Omeprazol 0,8-1mg/kg/dose- 4mg/ml-1x/dia 
2. Ranitidiona 2-4mg/kg/dia ev.12/12h 
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Página 74 
Broncodilatodores 
1Salbutal aerossol 0,03mg/kg+ 3ml SF 4/4h 
2. Aminofilina 5-10 mg/kg/dia 
Ataque-6mg/kg-20 a 30min 
Mant-5mg/kg 
240mg/10ml-8/8h 
Inotropico 
 Dopamina 5-10microgramas/kg+SF- 200mg/5ml 
 
Analgesicos 
Paracetamol-15mg/kg-susp 120mg/5ml 
Inj.1gm/100ml 
Morfina 0,05-0,2mg/kg/dose.SC 
Petidina 0,5-2mg/Kg/dose EV 
 Antieméticos 
Prometaziana 0,5mg/kg/dose 
Metoclopramida 0,1mg/kg/dose-10mg/5ml 
Alergia aguda por exemplo por transfusão de 
CGV 
Difenidramina 2mg/kg- amp.50mg/5ml 
 
 
 
 
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Página 75 
Doenças infecto-
contagiosas 
Hospital dia pediátrico 
Sequencia de criança seguida no HDP 
-Peso e estatura 
-EEP(evolução estaturo-ponderal ) comentário breve 
DPM(Desenvolvimento psico motor)comentário breve-
idade, aproveitamento pedagógico. 
PAV-se completo par a idade 
TARV- se e regular se não tem falhas nas tomas, registar 
presença ou ausência de efeitos secundários 
Se é a primeira consulta pôr a positividade dos pais se 
estão ou em TARV. Se e órfão com quem vive (família, 
vizinhos, instituições, etc). 
Queixas.(doenças agudas, internamentos no espaço entre 
a ultima consulta e a presente). 
EO: boca, AP, hepatoesplenomegalia e linfadenopatias. 
Para o doente em TARV: hemograma, Bioquímica e CD4 
no primeiro Mês pós TARV e depois de 3/3 Meses. 
Para o filho de mãe seropositiva 
Consulta ao 1˚, 3˚, 6˚,9˚,12˚,15˚ e 18˚ Meses de vida. 
Assinalar o tipo de parto, peso a nascença, tipo de 
aleitamento. 
Assinalar o esquema de PTV (drogas da Mãe, drogas 
dadas ao filho) 
Análises de rotina na primeira consulta 
PCR DNA HIV depois no Primeiro Mês ou em qualquer 
altura antes dos 9Meses, se tiver sintomatologia suspeita 
de infecção por HIV, teste de HIV a partir do 9 Mês. 
Criança Exposta ao HIV De 4 semanas a 9 Meses de idade. 
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Página 76 
fazer PCR DNA 
Primeiro: Negativo= deve se fazer seguimento clinico na 
CCR 
a) Sem sintomas= teste rápido >ou = 9Meses 
- se negativo= seguimento na CCR, fazer o teste rápido 
aos 18 Meses ou 2 meses apos o desmame. 
-se positivo-Alta de CCR e referir ao serviço de TARV para 
CD4-TARTV e seguimento e repetir o teste aos 18 Meses. 
b) com sintomas = repetir o PCR e referir ao clinico para 
avaliação clinica e CD4 
- se negativo- discutir o caso 
-se positivo- Alta de CCR e referir ao serviço de 
TARV para CD4-TARTV e seguimento e repetir 
o teste aos 18 Meses 
Segundo: positivo= Alta de CCR e referir ao serviço de 
TARV para CD4-TARTV e seguimento e repetir o teste 
aos 18 Meses 
 
Profilaxia ARV para PTV: Mãe e RN 
CD4 Estado clinico 
Estadio 1 Estadio 2 Estadio 
3 
Estadio 
4 
˂ ou 
=250 
TARV TARV TARV TARV 
>250 Profilaxia 
ARV 
Profilaxia 
ARV 
TARV TARV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Mãe RN 
esqu
ema 
Durant a 
gravidez 
Trabalho de 
parto 
Pos parto Pos parto 
TAR
V 
TARV Cont.c/ 
TARV 
Cont.c/ TARV AZTxp 
durant 4sm 
 
 
 
NVP
+AZT
+3TC 
Inicia AZT>= 
28 smns de IG 
entraga d 
NVP 
Inicia 
Douvir( 
AZT+3TC) 
+NVP 
Conti. 
Duvir(AZT+3TC
) ate 7dias 
 
 
 
 
 
NVP+AZT xp 
durante 4 
semns 
nada Inicia Duovir 
AZT+3TC+N
VP 
Conti. 
Duvir(AZT+3TC
) ate 7dias 
nada nada Conti. 
Duvir(AZT+3TC
) ate 7dias 
nada nada Conti. 
Duvir(AZT+3TC
) ate 7dias 
NVP Entrega NVP Toma NVP Nada 
 
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Página 77 
 
 
 
 
 Mãe RN 
 Durante 
a 
gravidez 
Trabalho 
de parto 
Pós 
parto 
Pós 
parto 
NVP Entrega 
de NVP 
1cp 
28sem 
de Gest 
p tomar 
no TP 
200mg 
DU dada 
em 
menos de 
2hr antes 
da fase 
expulsiva 
nada 2mg/kg 
DU 
AZT 300mg 
de 
12/12h 
nada nada 4mg/kg 
12/12h 
AZT+3TC(Duovir) nada Dar 1cp 
12/12h 
Dar 
1cp 
12/12h 
------ 
 AZT: só deve ser usada em casos onde a HGB>= 8g/d 
Critérios para iniciar TARV em Moçambique 
Marcador 
imunitario 
 Idade 
 ˂12meses 1-3anos 3-14anos 
CD4% ˂20% ˂15% 
CD4 abs. 
Cels/mm³ 
Tratar a 
TODOS 
˂750 ˂350 
LT(Cels/ 
mm³) 
˂ 3000 ˂2000 
Primeira linha de TARV: Criança que tenham 
feito PTV com NVP devem usar 
preferencialmente Lopinar/r na primeira linha se 
for usado Lopinar/r na primeira linha na 
mudança para segunda linha usa- se NVP/EFV. 
Dosagens de formulações pediátricos 
Peso
(Kg) 
dose dose 
Todas D4T,AZT e ABC D4T+3TC+NVP/AZT+3TC+NVP 
3 5,9 1 1 
6 9,9 1,5 1,5 
10 13,9 2 2 
14 16,9 1 0,5 
17 24,9 1 0,5 
25 29,9 1 1 
NB: o esquema profiláctico para o RN deve ser feito 
nas primeiras 72horas apos o parto. NVP 
(monoterapia) só deve ser usada em casos onde 
ainda não e possível fazer a triterapia intraparto. 
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Página 78 
 
Lamivudina/ stavudina/ Nevirapina ou 
Lamivudina/zidovudina/Nevirapina 
Peso (Kg) 
 
 
Fase de indução Fase de 
manutenção 
 Lamivir S 
Baby+tromune Baby 
Douvir Baby+douvir N 
Baby 
Triomune 
Baby ou 
Duovir N bab 
 Manha 
 
noite Manhã 
noite 
3 5,9 1 1 
6 9,9 1,5 1,5 
10 13,9 2 2 
14 16,9 T30 1 C301/2 1 0,5 
14 24,9 T30 1 Couviro 30 
1/2 
1 0,5 
2529,9 T30 Couviro30 1 1 
 
Crianças que estão a fazer tratamento da TB e o TARV 
em ambulatório devem fazer as seguintes linhas: 
˂10 kg e ˂ de 3 anos D4T/AZT+3TC+ABC 
˃ 10 kg e ˃de 3 anos D4T/AZT+3TC+EFV 
Lpinavir/Ritonavir 
Peso(Kg) Dose solução 
pediatria 
Dose de cp 
crianças 
Dose de cp p 
adultos 
 LPV/r80/20mg LPV/r100/25mg LPV/r200/50mg 
 Mnha noite Mnha noite 
3 5,9 1,5ml 1,5ml 
6 9,9 1,5ml 1,5ml 
10 13,9 2 1 
14 16,9 2 2 
17 24,9 3 2 
25 29,9 2 1 
˃30 2 2 
 
Razões para mudança de terapia 
- Fracasso do regime actual com progressão da 
doença: 
Falência imunológica; 
Falência clinica 
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Página 79 
Falência virológica- persistência de replicação vira- 
 
Toxicidade ou intolerância aos ARV 
- Novos dados sobre terapia mais eficaz 
Para mudanças de linha usamos os critérios 
imunológicos e clínicos, devemos ter em conta 
ao evento novo ou recorrente que ocorre no 
doente em tratamento. 
Evento novo ou 
recorrente 
Manejo 
Estádio I Não há mudança 
Estádio II e III Avaliações clinicas e de CD4 
mensais se observar descida de 
CD4. 
Considerar mudança de linha se 
2medidas de CD4 em 
imunossupressão grave 
Estádio IV Mudança de linha necessária e a 
considerar mesmo se CD4 não 
estiver em imunossupressão 
grave 
Indicação clinica para mudança de TARV por 
intolerância/toxicidade: 
Náuseas, vómitos, diarreia que leva a hipotensão 
e haja necessidade de correcção 
hidroelectrolitica. 
Febre˃ 39˚C por mais de 1 semana 
Cefaleias intensas apos início de TARV, Rash 
graus 3-4, levando ao sind. De Steven Johson(ex. 
NVP). 
Alergia-angioderma/anafilaxia por abacavir 
Neuropatia periférica, desconforto severo, perda 
de 2-3 reflexos e perda de sensibilidade 2-3 
dermatomos por estavudina (D4T). 
No caso dealterações laboratoriais tais como: 
HGB˂7,0gr/dl 
Neutrofilos˂250mm³ 
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Página 80 
Alanina aminotransferase mais de 5x do valor 
normal 
Amílase mais de 3x do valor normal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVAS NORMAS DO TARV 
NUNCA é urgente, Preparar convenientemente a criança 
e a família, Antecipar as dificuldades e o desconforto 
ligados ao tratamento, Suporte oral e escrito da 
prescrição, Integração na vida quotidiana, Evocar as 
possíveis toxicidades. 
Criança menor de 12 meses com PCR –DNA p/ HIV 
positivo, iniciar TARVSe a criança fez NVP no PTV deve 
fazer LPV/r no TARV Deve - se iniciar TARV neste grupo 
sem esperar os resultados de CD4. 
Uso Clínico dos ARV 
 O tratamento anti-retroviral é uma combinação de 3 
fármacos. As possíveis combinações incluem: 
2 ITRN + 1 ITRNN 
Marcador 
imunitario 
IDADE 
 < 12 
meses 
1-3 anos 3 – 14 anos 
CD4 ( %) Tratar 
TODOS 
c/ PCR -
DNA 
positivo 
< 20 % < 15 % 
CD4 abs. 
(cels/ 
mm³) 
< 750 < 350 
LT 
(cels/mm³) 
< 3000 < 2000 
 
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Página 81 
2 ITRN + 1 IP 
3 ITRN 
1ª Linha de Tratamento 
Combinação de 3 fármacos, geralmente com: 
2 análogos nucleosidos (ITRN) 
Estavudina (d4T) 
Zidovudina (AZT) 
Lamivudina (3TC) 
1 análogo não nucleosido (ITRNN) 
Nevirapina (NVP) 
Efavirenz (EFV – a partir dos 3 anos de idade ou 
peso superior a 10Kg) 
ABC e EFV - Tuberculose 
Crianças que tenham feito PTV com NVP, infectadas < 1 
ano: Usar preferencialmente Lopinavir/ Ritonavir na 1 
linha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regime 1linha Regime 2linha 
d4T ou AZT ABC 
ABC AZT 
+ 3TC + ddI 
+ NNRTI : 
NVP ou EFV 
+ IP : 
LPV/r 
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Página 82 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Criança do PTV, infectada < 1 ano 
Se foi usado Lopinavir /r na 1a linha, na mudança 
para 2a linha usa-se nevirapina/efavirenz 
A NVP – DU a mãe e a criança,devido a sua baixa 
barreira genética a resistência,uma única 
mutação na transcriptase reversa (K103n,y181C 
ou 190A),confere alto nível de resistência a NVP 
a mãe e a criança 
Persistência da resistência por + de 1 ano e 
ausente depois de 3 anos 
(Flys,2005.Uganda,ilippa Musoke 
 
 
 
 
 
 
 
 
REGIME COMENTÁRIOS 
d4T ou AZT 
+ 3TC 
+ NNRTI : NVP 
ou EFV 
 <3 anos ou <10Kgs 
Nevirapina 
>=3anos ou >=10kg 
Efavirenz / Nevirapina 
 
 2ª linha TARV = 2 ITR + 1 IP 
1ª linha TARV em 
falência 
2ª linha TARV 
ITR ( NITR / NNITR ) 
 
 
 
+ 
IP 
2 NITR + 1 NNITR 
Com AZT ou d4T 
ddI + ABC LPV / r 
Com ABC ddI + AZT 
3 NRTI ddI + EFV ou NVP 
 
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Página 83 
 Profilaxia de infecções oportunistas 
Faz se a profilaxia tendo em conta: 
-estado imunologico da crianca 
-presenca e gravidade das infeccoes 
intercorrentes 
A profilaxia pode ser primária ou a secundária 
Profilaxia com CTZ é administrada a: 
FMSP,Criancas HIV positivas 
Suspender o CTZ no caso de: 
PCR\DNA negativo 
Crianca maior de 9Meses se teste de HIV for 
negativo 
Crianca com CD4> 20% sem intercorrencias. 
O CTZ e usado para: profilaxia para infeccoes 
bacterianas e PPJ, para Toxoplasmose na dose de 
5mg/kg 1x/dia VO 
 
Avaliação da eficácia do tratamento 
Peso, estatura e sua evolução , bem estar, 
actividades fisicas e intelectuais 
Laboratorialmente: CD4, carga viral,hemograma, 
perfil hepatico, perfil renal que tambem servem 
para avaliar atoxicidade medicamentosa. 
 
 
 
 
 
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Página 84 
Estadios da OMS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estadio III 
 MN moderada inexplicada 
Diarreia persistente inexplicada > 14 d 
Febre persistente inexplicada >1 mês 
Candidiase oral persistente 
Leucoplasia oral pilosa 
Gengivite/periodontite ulcerativa 
necrotizante aguda 
TB ganglionar/pulmonar 
PN bacteriana grave de repitiçao (2 ou 
+ episodio ns últimos 6 meses) 
LIP 
Dça pulmonar crónica incluindo 
bronquiectasias 
Anemia < 8 g/dl; neutropenia < 
500/mm³; trombocitopenia < 
50000/mm³ 
Estadio IV 
Caquexia 
Pneumocistose pulmonar 
PN grave recorrente 
Herps simplex (orolabial, genital 
ou anoretal) + 1mes 
Cadidiase esofágica 
TB extrapulmonar 
SK 
Toxoplasmose cerebral 
Encefalopatia pelo HIV 
CMV 
Criptotocos pulmonar 
Micose dessiminada 
Criptosporidiose crónica 
Micobactérias não tB 
dessimunada 
Fistula retovaginal associada ao 
HIV 
Linfoma não Hodgkin 
Leucoencefalopatia multifocal 
disseminada 
Nefropatia associada ao HIV 
Classificação das categorias imunológicas (CD4) relacionadas com a idade 
(Grupo do CDC HIV/SIDA pediátrico, 1994 
Estadio I 
Assintomática 
Linfadenopatia generalizada persistente (>1 cm em 2 ou 
mais cadeias não continuas, excluída cadeia inguinal 
 
Estadio II 
Perda peso < 10% 
HEM persistente inexplicada 
Prurigo 
Infecção viral extensão verrucosa 
Molusco contagioso extenso 
Inf respiratória recorrentes (sinusite, bronquite, otite 
média, faringite, IVRS) 
Herpes zoster 
Ulcerações orais recorrentes 
↑ das parótidas inexplicado 
Eritema gengival linear 
Infecções fúngicas ungueias 
 
 
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Categoria 
imune 
Idade da criança 
< 12 
meses 
1-5 anos > 6 anos 
Alteração 
imune 
n.o/uL(%) 
1 (ausente) ≥ 1500 (≥ 
25%) 
≥ 1000 (≥ 
25%) 
≥ 500 (≥ 
25%) 
2 
(moderada) 
750 –1499 
(15-24%) 
500 – 999 
(15-24%) 
200 – 499 
(15-24%) 
3 (grave) < 750 
(<15%) 
< 500 
(<15%) 
< 200 
(<15%) 
 
MEDICAMENTOS: 
1º Linha: d4t ou AZT + 3TC + NVP ou EFV 
2º Linha: ABC + DDI + LPV/r 
3º Linha: TDF+3TC+EFV 
ARVs:Estavudina (D4T): sol oral 1mg/ml; casp 30 
mg e 40 mg 
 <30 Kg: 1 mg/Kg 2x/d 
30-50 Kg: 30 mg 2x/d 
>50 Kg: 40 mg 2x/d 
Efeitos 2º: anestesia, ardor, formigueiro mãos e 
pés; dor abdominal; diarreia, vómitos, 
pancreatite aguda 
Lamivudina (3TC): susp oral 10 mg/ml fr 240 ml; 
cp 150 mg 
3 mese-16 anos: 4 mg/Kg 2x/d 
efeitos 2º: náuseas, vómitos 
Zidovudina (AZT): susp oral 50 mg/5ml fr 240 ml; 
cap 100 mg e 300 mg 
RN termo: 2 mg/Kg 6/6 hrs 
semanas – 2 mg/Kg 
Dose terapêutica: 180 mg/m² 
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Efeitos 2º:cefaleias, dor estômago, vómitos, 
fraqueza, cansaço, citopenias 
(anemia/leucopenia), insónias, hiperpigmentaçao 
cutânea, ungueal e mucosas 
Abacavir (ABC): cp 300 mg; susp oral 20 mg/ml; 
cp 50 mg e 300 mg 
3 meses-16 anos: 8 mg/Kg 2x/d 
efeitos 2º: reacçao de hipersensibilidade com 
sintomas sistémicos, respiratórios e/ou GI, em 
geral com febre e sem acometimento de 
mucosas. 
Didanosina (DDI): cp 50 mg; caps 250 mg; susp 
oral 10 mg/ml 
<3 meses : 50 mg/m² 12/12 hrs 
Medicamentos 
3 meses -13 anos: 90-120 mg/m² 12/12 hrs 
Efeitos 2º: dor abdominal, diarreia, vómitos, 
ardor, formigueiro mão e pés, pancreatite 
Nevirapina (NVP): susp oral 50 mg/5ml, cp 200 
mg 
Indução; 4 mg/Kg 1x/dia por 15 dias 
Manutenção: 
> 2 meses – 8 anos: 7 mg/Kg/Dia 2x/d 
>8 anos: 4 mg/Kg/dia 2x/d 
Efeitos 2º:alergia cutânea/exantema (manchas 
– Sd Stevens Jonhson, dor 
estômago, cefaleias, febres, dor ósseas, mialgias, 
elevação transaminases 
Efavirenz (EFV): cp 50 mg; caps 200 mg e 600 mg 
> de 3 anos ou > 10 Kg 
1014Kg 15-19Kg 20-24Kg 25-33Kg 34-40Kg >40Kg 
200mg/
d 
250mg/d 300mg/d 350mg/d 400mg/d 600mg/d 
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Efeitos 2º:cefaleias, alucinações,pesadelos, 
insónias, tonturas, vertigens, erupção pele, 
irritabilidade, depressão, euforia, dificuldade de 
concentração, ↑ transaminases, 
dislipidemia,hiperglicemia, teratogenico 
Lopinovir/Ritonavir (Lpv/r): 
Aluvia: cp Lopinovir (LPV/r) 200 mg + Ritonavir (RTV) 50 
mg 
Kaletra: susp oral Lopinovir 80 mg + Ritonavir 20 mg 
6 meses-12 anos: 230 mg de Lpv/m² de 12/12hrs 
Efeitos 2º:diarreia, náuseas, vómitos, parestesias (perioral 
e extremidades), ↑ sangramento, ↑ transaminases, 
dislipidemia, lipodistrofia, hiperglicemia e diabetes 
Trimune 5: D4T 5 mg + 3TC 20 mg + NVP 35 mg - Até aos 
12 Kg 
Trimune 30: D4T 30 mg + 3TC 150 mg + NVP 200 mg 
Duovir: AZT 300 mg + 3TC 150 mg 
Coviro 30: d4T 30 mg + 3TC 150 mg 
OUTROS MEDICAMENTOS: 
Mebendazol: cp 100 mg 2x/dia por 3 dias 
Clorfeniramina: cp 4 mg; xarope 2mg/5 ml fr 100 ml 
Cotrimoxazol: 5 mg TMP/Kg/dia – susp oral 200 
mg SMX x 40 mg TMP/5ml 
<6 meses < 5Kg 2,5 ml ¼ cp 
6 meses - 
5 a 
5-15 Kg 5 ml ½ cp 
6-14anos 15-30 Kg 10 ml 1 cp 
> 14 anos > 30 Kg - 2 cp 
Multivitaminas: cp; xrp (400 UIde Vit D/5 ml) 
Gentamicina: colírio 0,3% - fr10 ml 
Tetraciclina: pomada oftálmica 1% - 4 gr 
Prednisolona: colírio 1%/5m 
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 ESQUEMA RÁPIDO DE TARV: 
 <12 Kg 12-
15,9Kg 
16–24,9 
Kg 
>25 Kg 
Induç
ã14 d 
AZT 2 x/d 
3TC 2x/d 
NVP 1x/d 
Cov 30 
½ + ½ 
NVP ½ 
Cov30 ½ 
+ 1 
NVP 1 
Cov30 1 
+ 1 
NVP 1 
Manut
enção 
T5 2x/d T30 ½ + 
½ 
T30 ½ + 1 T30 1 + 
1 
 
Doenças oportunistas 
PNEUMONIA BACTERIANA: 
Etiologia: 
0-2 m: bacilos gram negativos, Streptococcus 
d grupo B, S. aureus 
2m-5 A: S. pneumoniae, H. influenzae,S. 
aureus 
>5ª: S. pneumniae, S. aureus. 
Clínicas: febre, tosse, dispneia com ou sem 
tiragem, expansibilidade ↓, macicez, mv ↓, 
fervores crepitantes, sopro tubárico. 
Lab: hemograma,hemocultura, lavado 
broncoalveolar (baciloscopia e cultura), Rx 
torax 
Tto: 
0-2m: P cristalina 100 000UI/Kg/dia 6-6 hrs 
ou Ampicilina 100 mg/Kg/dia 6/6 hrs + 
gentamicina 5 mg/Kg/dia 12/12 hrs por 10-14 
dias. 
>2 m: P. procaina 50 000UI/Kg/dia 12/12 hrs 
ou amoxacilina 50 mg/Kg/dia 8/8 hrs ou CAF 
100 mg/Kg/dia 4/4 hrs ou eritromicina 50 
mg/Kg/dia 6/6 hrs ou ceftriaxona 100 
mg/Kg/dia 12/12 hrs por 14 dias. 
 
 
PNEUMONIA POR PNEUMOCUTIS JIROVECI: 
Clínica: súbitos, febre moderada (<38ºc), 
tosse seca ou produtiva, taquipneia e/ou 
dispneia grave, cianose, apneia (latentes), AP 
normal 
Lab:Rx tórax, LDH ↑ (320-2000UI), PaO2 < 70 
mmHg, Cultura (lavado gástrico, 
expectoração, aspirado traqual ou 
broncoalveolar), biopsia pulmonar 
TTo: CTZ 20 mg/Kg TMP(80mg/5ml/dia 6/6 
hrs por 14-21 dias + O2 se Sat 02 < 92% 
Tto alternativo: 
Dapsona 1 mg/Kg/dia + TNP 20 mg/Kg/dia 
4x/d por 21 d 
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Pentamidina 4 mg/Kg/d 1x/d por 3 semanas 
Prednisolona associada (casos graves): D1 a 
D5 – 1 mg/Kg/d 12/12 hrs; D6-D10: 0,5 
mg/Kg/d de 12/12 hrs; D10-D21: 0,25 
mg/Kg/d 1x/d 
Quimioprofilaxia: CTZ 5 mg (TMP)/Kg/dia 
 
PNEUMONIA INTERSTICIAL LINFOIDE: 
Etiologia: infiltração linfocitária 
Clínica: tosse crónica, hipocratismo digital, 
cianose periférica. Associado a parotidite 
crónica, linfadenopatia generalizada, HEM, 
faencia de crescimento. 
Tto: 
 
MAC: COMPLEXO DE MICOBACTERIAS 
ATIPICAS: 
Agente: My avium + My intracellulare 
Clínica: frebre prolongada, sudorese nocturna, 
perda de peso ou dificuldade em ganhar peso, 
sintomas GI, linfadenopatias, HEM, anemia 
Lab: leucopenia, fosfatase alcalina ↑, cultura 
de sangue, aspirado da medula – isolamento 
do MAC, biopsia hepática, intestino e gânglio. 
Tto: claritromicina 15 mg/Kg/dia 2x/d + 
Rifabutina- 5mg/kg/dia VO 1×dia 
 
Toxoplasmose 
1. Congenita 
Clinica:Febre, Rash 
maculopapular,HEM,Icterícia,Microcefalia 
Calcificação intracraneana 
2. Adquirida 
Clinica: Febre, Cefaleias,HEM, 
Corioretinite,Lesões no cérebro 
Linfadenopatia. 
Radiológico 
 Rx do crâneo com calcificações dispersas 
 TAC com lesões nodulares. 
 Laboratório:serológico IgG+ ,IgM ⇑ na 
fase aguda ELISA.Imunoflorescência 
indirecta 
 LCR xantocrómico com eosinofilia 
Tto:Pirimetamina 2 mg/kg/d 1xd nos 1°s 
2 dias a seguir 1mg/kg/d 
 Ácido fólico 5mg/kg/d,1xd a cada 3 dias 
Sulfadiazina 85 -100mg/kg/d 2 a 4x dia 
 4 - 6 SEMANAS DE TRATAMENTO 
 
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CITOMEGALOVIRUS- 
Sinal de evolução severa e precoce e Sinal de 
mau prognóstico 
Clinica: Olho-corioretinite 
Trato gastrointestinal-
Anorexia,Epigastralgias, Ulceras 
GD,rectorragias, Lesões no esófago, 
estomago, trato biliar,figado e colon. 
 Pulmões: Febre,Tosse,Dispneia 
SNC:Encefalite,Mielite,Neuropatia periférica 
Diagnostico:Clínico 
Laboratório e serologia 
 Fundoscopia;exsudato branco – 
amarelado,hemorragia,áreas necróticas, 
descolamento da retina 
 Biópsia do TGI e cultura 
 LBA e isolamento de virus 
 Testes serológicos 
Tto: Indução: Ganciclovir 5mg/kg/dose EV 
2×dia ,14-21 dias (infusão >1 hora) 
 -Foscarnet 60 mg /kg /dia EV de 8/8 horas 
(alternativo). 
Manutenção:Ganciclovir 6mg/kg/dia EV 1×dia 
5 dias por semana, diluido em S.fisiológico 
em 1 hora 
 -Foscarnet 90-120 mg/kg/dia EV 1×dia 
 
CRIPTOCOCOSE: clínica: Febre, Astenia, 
Alterações do estado mental, Sinais meningeos, 
Cefaleia, Convulsões,Fotofobia, Tosse e dispneia. 
Diagnostico: 
Clinica, exame directo com tinta da china, Cultura 
LCR 
TAC (não especifico. 
Tto: Anfotericina B- 0.7-1.0 mg /kg/dia EV 4-8 
semanas 
 Fluconazol- (2mg/ml)-3-6 mg /kg/dia 1×dia ,6-10 
semanas-Fr100ml 
 
TUBERCULOSE 
Clinica:Tosse seca ou produtiva, febre, sudorese 
noturna, dispneia, perda de peso, anorexia, c/ 
evolução de 3 a 4 semanas. 
Diagnóstico: historia de contacto, Pesquisa de BK, 
cultura de BK, PCR p/ BK, no aspirado 
broncoalveolar ou lavado gástrico, hemocultura, 
biópsia. 
Rx: Variável (infiltrado difuso perihilar, 
condensações, cavernas, adenopatias,etc) 
Mantoux: geralmente negativo, >=5mm (+) 
Tto: 2 RHZ / 4 R3H 
 
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 CANDIDIASE 
Clinica: candidiase atrofica: Mucosa oral muito 
hiperemiada. Perda de papilas da lingua 
esofagite: Disfagia, Anorexia, Perda de peso 
 Diagnóstico:Clínico,Endoscopia, Esofagoscopia 
Laboratorial 
 Microscopia directa, Cultura, Biópsia da mucosa 
 Tto:Candidiase oral 
 Nistatina 100.000UI 6/6 horas 10-14 dias 
Candidiase oral e esofágica: Ketoconazol 
 7 a 10 mg/kg /dia VO 10-28 dias 
 
Fluconazol- 3 a 6 mg/kg/dia VO 1×dia 10-28 dias 
 Anfotericina B -1mg/kg/dia IV infusão 4 a 6 horas 
casos graves resistente a drogas anteriores. 
VARICELA 
Agente- Virus Varicela zoster 
Clínica:Lesões vesiculares, maculares, pruriginosas 
depois crostosas,acompanhada de febre,prostração 
Pode haver sobreinfeçcãoComplicações- Encefalite, 
pneumonia, hepatite,GNA. 
Diagnóstico- clínico, pesquisa do vírus nas 
vesículas,líquor e urina, orofaringe,Biopsia, 
Serologia 
Tratamento- Aciclovir- inj.25mg/ml. Susp 80mg/ml 
 30mg/kg/dia 8/8h ,7 a 10 dias ev - 
Desinfeçcão das lesões 
HERPES ZOSTER 
Reativação do vírus da varicel 
Clínica- lesões vesiculares ao longo de 1 ou mais 
dermatomos, dor local, febre 
complicações- disseminação para SNC, rins, figado 
Tratamento- Aciclovir 20mg/kg/dose 6/6h 7 dias 
 Desinfeçcão das lesões 
 Analgésico 
 Quimioprofilaxia: 
Idade CD4 Medicamento 
< 1ano 750 cel/mm Claritromicina 
7,5 mg/Kg 
2x/d ou 
Azitromicina 
20 mg/Kg/dia 
1x/semana 
1-2 anos 500 cel/mm 
3-5 anos 75 cel/mm 
6-13 anos 50 cel/mmBROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
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 MENINGITE BACTERIANA 
Etiologia das meningites Bacterianas de acordo a faixa 
etaria 
 
˂2 Meses 
Streptococos B (70%) 
Bacilos entéricos Gr.neg, E.coli 
principalmente 
Listeria monocitogeneses 
Klebsiela, 
 
2 Meses a 3 
anos 
H.Influenzae 
Streptococos pneumoniae 
Meningococo 
Listeria monocitogenese 
˃3Anos Meningococo (59%) 
Streptococo pneumoniea 
 
Quadro clinico: 
Náuseas,Vómitos,Irritabilidade,Anorexia,Cefaleias, 
FA tensa e diástase das suturas (aumento da PIC), 
Confusão,Dor lombar,Rigidez da nuca (60 a 80% na 
avaliação inicial 
Kernig e Brudzinski +, Hiperestesia, Fotofobia, Febre 
Papiledema (achado incomum) 
Hidrocefalia obstrutiva, Paralisia transitória ou 
permanente dos nervos craneanos, Surdez ou 
distúrbios vestibulares, Torcicolo, Obnubilação, 
estupor, coma e sinais neurológicos focais, Ataxia, 
Convulsões, Alteração de comportamento (em 
adolescentes confunde com abuso de drogas) 
Paraparésia espástica, Artralgia e mialgia, Artrites 
transitórias (por invasão directa das articulações 
pelo meningococo), Lesões petequias ou purpúricas, 
Púrpura, choque e hipotermia (mau prognóstico), 
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Celulite facial, PN, Epiglotite, Endoftalmia e outras 
manifestações supurativas 
 
Diagnostico: LCR 
 
 
 
 
 
 
 
 
História clínica e exame físico, P.L (citoquímico e cultura), 
Teste de aglutinação do latex, PCR do LCR (distinção entre 
infeção bacteriana e viral), Cultura das lesões petequiais. 
 Contra Indicações para P.Lombar 
Obstrução da vias aéreas; Insuficiência respiratória/ 
bradipnéia/Apneias; Instabilidade Hemodinâmica;Diátese 
Hemorrágica; Suspeita de HT Intracraneana, Infecção no 
local de punção. Sinais neurológicos focais, papiledema, 
anisocória, bradicardia, hipertensão arterial 
Atenção: No líquor traumático, descontar 1 leucócito 
para cada 500 hemácias. Para cada 1000 hemácias, 
descontar 1mg/dl de proteínas 
Diagnostico2:Estudos radioisótopos, E.E.G,TAC, 
Ressonância magnética, Electroforese do LCR,Hemograma 
com diferencial, Hemocultura , Electrólitos, Volume 
urinário e gravidade específica 
 
 
Cact./ELEMENT LCR Norml M. BACTERIANA 
Aspecto Límpido/ 
claro 
Turvo/ purulento 
Pressão 
(mmH2O) 
50-80 Elevada, 300 
Nº Cel/mm³ < 5, >= 75% 
linfócitos 
100-10.000, predom. 
PMN 
Prot. Total 
(mg/dl) 
20-45 100-500, ocasion.>1000 
Glicose (mg/dl) >50/ 75% da 
glicémia 
<40% da glicémia 
 
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 TRATAMENTO ANTIMICROBIANO 
 
Enterobacter, Klebsiela, E.coli, Listeria 
Ampicilina – 300 mg/kg/dia em 6 doses+ Gentamicina – 
7,5 mg/kg/dia em 3 doses 
Ampicilina + Ceftriaxona – 100 mg/kg/dia em 2 doses 
Cefotaxime – 200 mg/kg/dia em 4 doses 
Amikacina – 15 mg/kg/dia em 3 doses 
Ticarcilina – 300 mg/kg/dia em 4 doses 
Haemophilus influenzae 
 Ceftriaxona – 100 mg/kg/dia em 1 ou 2 doses 
 Cloranfenicol – 100 mg/kg/dia em 4 doses + Ampicilina – 
300 mg/kg/dia em 6 doses 
 Cefotaxime – 200 mg/kg/dia em 4 doses 
 Meropenem - 120 mg/kg/dia em 3 doses 
IDADE AGENTE ANTIBIÓTICO 
RN S.agalactiae, E. coli, K. 
pneumoniae, Lysteria 
Ampicilina+ 
cefotaxima 
1-2 M S.agalactiae, E. coli, K. 
pneumoniae, Listéria+ S. 
pneumoniae, N. 
meningitidis, 
H. influenzae B 
Ampicilina+ 
Cefotaxima ou 
Ceftriaxona 
3M-5A S. pneumoniae, N. 
meningitidis,H.influenzae 
B 
Ampicilina+ 
Cloranfenicol ou 
Ceftriaxona 
> 5A S. pneumoniae, N. 
meningitidis 
Penicilina G ou 
Ampicilina 
 Tratamento (TRATAMENTO EMPÍRICO Essencial, precoce e 
apropriado 
 
 
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Neisseria meningitidis 
Penicilina G – 200.000-400.000 UI/kg/dia em 6 doses 
Ampicilina – 200-400 mg/kg/dia, em 4 ou 6 doses 
Ceftriaxona – 100 mg/kg/dia, 1 ou 2 doses + Cloranfenicol 
– 60-100mg/kg/dia, em 4 doses 
Streptococcus pneumoniae 
Ceftriaxona– 100 mg/kg/dia em 1 ou 2 doses 
Penicilina G– 300.000 UI/kg/dia em 6 doses + 
Vancomicina – 60mg/kg/dia ou 2g/dia, em 4 doses 
Cloranfenicol – 100 mg/kg/dia em 4 doses + 
Cefotaxime – 225-300 mg/kg/dia em 3 ou 4 doses+ 
Rifampicina – 20 mg/kg/dia em 2 doses 
TRATAMENTO ANTIMICROBIANO- HCM 
< 2 meses :Ampicilina + Gentamicina OU 
Ampicilina+Cefotaxime 
2 meses a 3 anos: Ampicilina + Cloranfenicol 
> 3 anos :Penicilina Cristalina + Cloranfenicol 
Cefotaxime 
Ceftriaxona 
Nos casos especiais (shunt, pôs punção, infecção de 
válvula) tentamos isolar o agente e geralmente fazemos 
cobertura com vancomicina e ceftriaxona ou ceftazidima 
na dose de 200 mg/kg/dia nos casos de Pseudomonas. 
TRATAMENTO ADJUVANTE 
Agentes anti-inflamatórios 
Corticoesteroides: Dexametasona 
Crianças > 6 semanas 
Não usar na meningite asséptica ou não bacteriana 
Dose 0,15mg/kg/dose EV, 6/6h, não mais de 4 dias 
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Ou 0,4 mg/kg/dose 12/12h 
Efeitos colaterais: hemorragia GI, hipertensão, 
hiperglicémia, leucocitose e febre. 
Manitol (0,5-1g/kg) em infusão durante 30 min 
Convulsões: 
Manutenção das vias aéreas 
Administração de anticonvulsivantes 
Fenobarbital (10-15mg/kg) ataque/ manutenção 
(5mg/kg/dia) em 2 doses 
Diazepan ( 0,2 a 0,5mg/kg) 
Lorazepan ( 0,05mg/kg/dose) 
Fenitoína (5mg/kg/dia) em 2 doses 
 
MALÁRIA 
 Partindo do pressuposto de que o quadro clinico da 
malaria não pode servir para diagnostico aqui não vou 
sitar para não tratar malaria clinicamente somente dizer 
que na criança vai desde uma simples febre, fraqueza, 
anemia leve, anorexia, ate anemia grave, prostração e 
coma acompanhado ou não de convulsões, este ultimo 
quadro tem sido malaria complicada como a malaria 
cerebral e/ ou malaria complicada com convulsões 
comcriterio para internamento na UCIP. 
Os exames para diangostico são simples: TDR a famosa a 
pica do dedinho que é muito especifico sendo raro falso 
negativo de tal forma que mesmo após o tratamento 
pode persistir positividade e o exame microspcopico 
(Hematozoario-HTZ) a famosa contagem de cruzes este 
tem sido o exame de controle de prognostico 
principalmente para anemia e para alta que deve ser 
feito se TDR for positivo e após 3 doses de 
artesunato numa malaria grave. (Muapala,2015). 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
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TESTE DE DIAGNÓSTICO RAPIDO (TDR) 
 
Gota Espessa: Faz diagnóstico do género 
• Plasmodium sp Positivo 
• Plasmodium sp Negativo 
Só em condição muito especial (observador muito 
experimentado) pode-se pode fazer diagnóstico da 
espécie 
Esfregaço: 
Identifica a espécie 
Identifica a morfologia do parasita 
 TTo GERAL E DAS COMPLICAÇÕES 
Controlo da febre,Tratar as alterações hidroelectrolíticas, 
Controlo da glicémia, Controlo das convulsões, Corrigir a 
anemia, Controlo do sangramento,Suporte vitamínico, 
Suporte alimentar 
Tratamento das infecções associadas !!! 
Tratamento específico 
1ª Linha – Malária não-complicada 
Medicamento de eleição – Artemeter 
20mg+Lumefantrina120mg 
Medicamentos alternativos - Artesunato + Amodiaquina 
 Quinino (oral) 
2ª Linha – Malária Grave/Complicada 
Medicamento de eleição - Artesunato (EV) 
Medicamento alternativo – Quinino (EV) 
Tratamento pré-referência: Supositórios de artesunato 
Protocolo completa: 
VANTAGENS DOS TDR DESVANTAGENS DOS TDR 
Simples de realizar e 
interpretar não necessitam de 
pessoal qualificado 
Permanecem positivos até 4 semanas após 
o tratamento o quedificulta o diagnóstico 
de re-infecção 
Fornecem o resultado 
rapidamente (15 minutos) 
Não indicam a densidade parasitária e nem 
as espécies 
Reforça a confiança do doente 
no diagnóstico e no serviço de 
saúde em geral 
Sensibilidade baixa para parasitémias 
inferiores a 100 parasitas/µl 
Sensibilidade imprevisível, alteram 
facilmente com calor e humidade 
Detecta antígenos ´´histidine-rich protein-2´´ (HRP2) – P. 
falciparum“lactate dehydrogenase´´ (pLDH) – P. falciparum e outras 
espécies 
 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
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DAR ARTESUNATO PARA MALÁRIA GRAVE 
 O risco de morte por malária grave é mais elevado nas 
primeiras 24 horas. O tempo entre a transferência e a 
chegada à unidade sanitária de referência é geralmente 
longo, atrasando o início do tratamento correcto da 
malária. Neste período, o doente pode agravar ou até 
mesmo morrer. 
 Recomenda-se, portanto como medida pré-referência: 
Artesunato EV ou IM 
 Artesunato rectal (supositório) em crianças 
 A ampola contendo 60 mg ácido artesúnico anídrico (pó) 
adicionar 1ml de solução de bicarbonato de sódio (agitar 
muito bem 2-3´min para boa diluição). 
- adicionar 2ml de Dx5% ou NaCl 
0,9% para obter uma concentração final de 60 mg/3ml 
(20mg/ml) 
 Para administração EV - adicionar 5ml de Dx5% ou NaCl 
0,9% para obter uma concentração final 
de 60 mg/6ml (10mg/ml) 
do doente Para a via endovenosa dividir o resultado do 
passo por 10 para obter a dose em ml Para a via 
intramuscular dividir o resultado por 20 para obeter a 
dose em ml. 
 ARTESUNATO RETAL (se Artesunato parenteral não 
disponível): 
Peso Idade Artesunato 
em mg 
Nº total de 
supositórios 
5-8.9 kg 0-12 M 50 1 
 
9-19 kg 13-42 M 100 1 
 
20-29 kg 43 – 60 
meses 
200 2 (de100 mg 
cada) 
 
30-39 kg 6-13 anos 300 3 (de 100mg 
cada) 
 
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 No caso do supositório de artesunato ser expelido até 
30 minutos após a inserção, um 2º supositório deve ser 
inserido e especialmente nas criançinhas, as nádegas 
devem ser mantidas juntas durante 10 minutos para 
assegurar a retenção da dose rectal de artesunato. 
DAR QUININO PARA MALÁRIA GRAVE 
for contra-indicado, o QUININO parenteral é uma 
alternativa aceitável ao tratamento da malária grave. 
transferir 
URGENTEMENTE para o hospital 
SE NÃO FOR POSSÍVEL TRANSFERIR: 
 
rante 1 
hora 
em condições de tomar um antimalárico oral. Não 
continuar a administrar injecções de quinino por mais de 
1 semana 
No caso de ampola de 300 mg/1 ml adicionar 4 ml de 
água destilada para fazer uma concentração final de 300 
mg/ 5ml (60 mg/ml). No caso de ampola de 600 mg/2 ml 
adicionar 8 ml de água destilada para fazer uma 
concentração final de 600 mg/ 10ml (60 mg/ml) 
IDADE 
 
PESO Quinino IM 
(60 mg/ml) 
 
Quinino oral 
(200 mg 
2-3 Meses 4-6 Kg 1 ml --------- 
4-12 Meses 6- < 10Kg 1,5 ml 1/3 
 
1-2 Anos 10-12 Kg 2 ml 1/2 
 
2-3 Anos 12-14 Kg 2,5 ml 3/4 
 
3-5 Anos 14-19 Kg 3 ml 
 
1 
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Em caso de malaria cerebral associado ou não com 
convulsões, deve ser fazer o tratamento adjuvante como 
na meningite : 
Tratar o edema com manitol, as convulsões com 
anticonvulsivantes (fenitoina, carbamazepina, etc) e 
reduzir o processo inflamatório com esteróides 
(prednisolona ou dexametasona). 
 Uma das grandes complicações e a hipoglicemia por isso 
deve se considerar dextrose e transfusão em casosde 
anemia grave. 
REGIMES DE QUIMIOPROFILAXIA 
De acordo com as especificidades de cada caso e local 
Doxiciclina: crianças > 8 anos: 1,5 mg/kg/dia – iniciar 1 dia 
antes da viajem, tomar diariamente e continuar até 4 
semanas depois de regressar 
Mefloquina – iniciar 2 semanas antes da viajem, tomar 
semanalmente e continuar até 4 semanas depois de 
regressar (<5 kg - 5 mg/Kg; 5-9 Kg- 1/8 comp; 10 -19 Kg- ¼ 
com; 20 -29 Kg -1/2 comp; 30-45 Kg - ¾ comp; >45 Kg – 1 
comp) 
Atovaquona-proguanil - Iniciar 1 dia antes da viajem, 
tomar diariamente e continuar até 4 semanas depois de 
regressar (11-20 Kg – ¼ comp;21 – 30 Kg – ½ comp; 31 – 
40 Kg – ¾ comp; > 40 Kg -1 comp) 
 
HEPATITE 
Clínica: Fase pré-icterica, Febre e mal estar, Vómitos e 
Anorexia, Enfartamento pós prandial, Ligeira perda de 
peso, Dor no hipocôndrio direito 
Fase ictérica: Urina escura (colúria),Fezes claras 
(acolia),Icterícia 
Fase pós ictérica: Desaparece a icterícia, colúria e acolia, 
Hepatomegalia ligeira persiste por semanas 
Diagnostico: Hemograma: GB – 3000 – 4000/mm³, 
linfocitose atípica 
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Página 101 
Transaminases : 500 UI/l , > 1000 UI/l (lesões agudas 
virais e tóxicas) 
Fosfatase alcalina e Υ-glutamil transpeptidase - ↑ 
LDH - ↑, Bilirrubinas - ↑, Amonia - hepatite fulminante e 
encefalopatia hepática, Exame de fezes e urina 
Depuração de drogas e farmácos nos casos de hepatite 
medicamentosa 
 
 
 
 
 
 
 
Virus Genoma Transmissão Incubaçã
o 
Dias 
Marcadores Evolução 
A ARN Orofecal 15-45 
(25) 
Anti-HAV Autolimitad
a 
B ADN Parenteral, 
sexual, 
 vertical 
30-180 
(75) 
Anti-HBs, 
 Anti-HBc, 
 Anti-HBe 
Cronica, 
cirrose 
Carcinoma 
hepatocelu 
C ARN Parenteral 15-150 
(50) 
Anti-HCV Cronicidade
- 80% 
D ARN Parenteral, 
Sexual 
30-150 Anti-HDV Cronicidade 
E ARN Orofecal 30-60 Anti-HEV 
G ARN Parenteral 
Sexual e 
vertical 
desconhe
cido 
HGV-RNA e 
PCR 
 
 
 
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 Diagnóstico serológico 
 
 
 
Detecção do anti-HAV - no início dos sintomas 
 IgM anti-HAV- inicio sintomas até 4 meses IgG 
anti-HAV 
 Elevações ALT, AST, bilirrubina , ALP , 5’- 
 nucleotidase e GGT 
 TAP(activ. protrombina se prolongado exige 
hospitalização 
 
 
HEP B 
HBsAg - 1º marcador serológico, início dos sintomas 
 HBeAg – Fase aguda indica o estado altamente 
infeccioso 
 Anti-HbcAg - presente do início e persite por um 
período mais longo mesmo depois HBsAg 
desaparecer 
 
 
HEP C 
Detecção de anticorpos contra HCV 
 (anti-HCV) 
 PCR RNA HCV 
 
HEP D 
Detecção de anticorpos IgM contra o 
 HDV – 2-4 semanas após a co-infecção 
 
HEP E 
Anticorpo IgM contra o antígeno viral 
 –1 semana depois da doença Pode se 
detectar RNA viral nas fezes e no soro por PCR 
 
 Tratamento 
 Medidas gerais : Repouso na fase ictérica 
“absoluto ’’nas formas graves 
Dieta depende do apetite e tolerância da criança 
na fase inicial pode - se recomendar restrição 
proteica e de gorduras 
Se TP prolongado - Vit K 2.5 mg oral, nos casos 
de hemorragia grave 5 mg parenteral por dia. 
Tto: Neomicina 100mg /kg no 1º dia e 
50mg/kg no 2º dia ou colemicina 15 mg/kg 
dia 
 
 
 
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Página 103 
Tipo Tratamento 
HEP A Não existe terapia específica 
HEP B Interferom-α: 5-10Mu 3vezes por 
semana – 6 meses 
 Agentes anti-virais (lamivudina 
,famciclovir) 
 Transplante hepático 
HEP C Interferonα : 3 Mu 3x semana -12 
meses com ou sem Ribavirina 
 
Tratamento: 
Interferon e Ribavirina(genótipo 2 e 3) – 6 
Interferon e Ribavirina(genótipo 1 e 4 com 
cirrose) – 12 meses 
Cura de 40 – 60% dos pacientes tratados 
 Tratamento da Hepatite fulminante 
Internar nos cuidados intensivos 
Hidratação , Oxigenoterapia, 
Multivitaminas, Esterilização do 
intestino(neomicina ou colemicina), 
Amoniemia –clisteres de limpeza c 
lactulose(10-50 ml oral /SNG a 2-4 h) 
Antibióticosde largo espectro ev 
Tratar edema cerebral 
Cimetidina 30 mg/kg/dia ev 
Tranfusão de plasma fresco ou sangue 
para corrigir as deficiências de factores 
de coagulação 
Ex-sanguineo-tranfusão e dialíse 
peritoneal parecem não melhorar o 
prognóstico, Transplante do 
fígado(indicado se há diminuição 
persistente do factor V). 
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Página 104 
Tetano 
 Clostridium Tetani, Microorganismo gram positivo, 
Anaeróbio obrigatório, Sobrevive no solo durante vários 
anos, Produz duas exotoxinas – a tetanospasmina e a 
tetanolisina 
Período de incubação: 3 a 21 dias 
Nos casos de infecção grave é de 1 dia 
MODO DE TRANSMISSÃO: Instrumentos contaminados, 
Poeiras, Fezes de animais 
QUADRO CLÍNICO:Dor, Espásmos musculares(músculos da 
mandibula, pescoço e respiratórios), Irritabilidade, Rigidez 
da nuca,Dificuldade em abrir a boca, Febre. 
FORMAS CLINICAS: Tétano generalizado/Tétano 
cefálico/Tétano neonatal. 
DIAGNÓSTICO: Clinico-história cuidadosa e exame físico, 
Laboratórial 
 
COMPLICAÇÕES: Fracturas dos membros, Embolia 
pulmonar, Coma, Morte por asfixia(espasmos músculos 
respiratórios+ laringe). 
Tratamento: No tétano neonatal, Diazepam 5mg rectal à 
entrada, depois pela SNG de 3-3h 
SAT 5000 U IM 
Penicilina cristalina 50.000U/kg EV de 12/12h, durante 5 
dias 
SNG para alimentação 
Aspirar secreções 
Manter a criança calma- penumbra 
Mudar de posição de 3-3horas 
Limpeza do umbigo com violeta de genciana 
 Fisioterapia 
Tétano na criança: Diazepam 10 mg rectal à 
entrada,depois 10-20mg pela SNG de 3-3horas 
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Página 105 
Clopromazina 1mg/kg, EV ou SNG 3-3h 
SAT 10.000U IM 
Penicilina procaina 50.000U IM de 12/12h durante 10 dias 
SNG para alimentação, Aspirar secreções, 
Manter a criança calma- penumbra, Mudar de 
posição de 2-2h, Limpeza da ferida, Fisioterapia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parasitoses 
Enterobíase: 
Clinica: Prurido anal intenso (mais nocturno). Escoriações 
na pele.Pontos hemorrágicos na mucosa do recto.Prurido 
vulvar nas mulheres.Prurido nasal.Pertubacões nervosas, 
irritabilidade e insónia. 
Tto: Administração VO e repetir após 14 dias. 
Mebendazol 100 mg (5 ml) em dose única. 
Albendazol 400 mg (10 ml) em dose única (em crianças 
acima de 2 anos). 
Pamoato ou Emboato de Pirantel 10 mg/kg em dose 
única. 
Pamoato de Pirvínio 10 mg/kg em dose única em jejum. 
Piperazina 50mg/kg dose diária. 
Ascaridíase 
Clinica: Dor periumbilical. 
 FERIDA LIMPA F. PEQUEN F.CONTAMIND 
História 
vacinal 
VAT SAT VAT SAT 
Incerta/ 
incomple
ta 
SIM NÃO SIM SIM 
completa <10 anos - 
NÃO 
>10 anos - 
SIM 
NÃO <5anos NÃO 
>5anos SIM 
 
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Página 106 
perda de peso, anorexia. diarréia, vômitos (podendo 
ocorrer eliminação de vermes adultos nas fezes e nos 
vômitos). Quadros de obstrução intestinal podem ocorrer 
em infestações maciças (bolo de áscaris), além de 
apendicite ou inflamação da qualquer parte do trato 
biliar. A migração pulmonar obrigatória dos vermes pode 
gerar pneumonia eosinofílica (síndrome de Löffler 
Tto: Sempre VO, repetir depois de 2 semanas. 
Albendazol 400mg (10 ml) em dose única. 
Mebendazol 100 mg (5 ml) de 12 / 12 horas por 3 dias ou 
500 mg dose única. 
Pamoato de Pirantel 10 mg/kg em dose única. 
Vitamina A. 
Levamisole – droga de escolha se há apenas ascaridíase 
como diagnóstico. Utiliza-se em dose única: 
Menores de 2 anos: 20 a 40 mg. Entre 2 e 8 anos: 40 
a 80 mg. Maiores de 8 anos: 80 a 150 mg. 
Teniase 
Clinica: Alteração do apetite, Cefaleia. Desconforto 
abdominal, Diarréia, Fadiga.Vertigem, Prurido anal, 
Náuseas, Obstipação. 
Tto: Praziquantel 5 a 10mg/kg VO em dose única. 
Albendazol 400 mg VO em dose única. 
Mebendazol 200mg/kg 2x/dia por 3 dias ou 300mg/kg 
2x/dia 4 dias. 
Schistosomíase S. haematobium , S. mansoni e 
S.japonicum 
Clinica: Fase aguda: Prurido e pápulas eritematosas 
seguidos a penetração de cercárias.Febre, mal estar, dor 
abdominal e diarréia 
Febre de Katayama- irregular, remitente, podendo chegar 
a 40 graus com calafrios e suor acompanhado de cefaléia, 
prostração, anorexia e por vezes tosse. 
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Página 107 
Diarréia líquida ou pastosa, precedida ou não de cólicas, 
com ou sem muco e manchas de sangue. 
 
Fase crónica 
Forma intestinal – perda de peso, perda de apetite, 
dispepsia. Diarréia ou mesmo desinteria com cólicas 
intestinais, tenesmo rectal, astenia e emagrecimento 
Forma hepatointestinal – sintomas acentuados. Ao exame 
físico palpa-se o fígado com borda fina ou romba, nódulos 
que correspondem a áreas de fibrose decorrentes da 
granulomatose periportal ou fibrose de Symmers. 
Forma hepatoesplênica –hepatoesplenomegalia 
 Forma cardiopulmunar - tosse seca com secrecão viscosa, 
com laivos de sangue, febre, sinais de bronquite ou 
broncopneumonia 
Tto. Praziquantel 40mg/kg dose única. Oxamniquine 
20 mg/kg em 2 doses, intervalos de 4 a 6 horas 
DISENTERIA, DIARREIA PERSISTENTE, 
DIARREIA CRÓNICA E COLERA 
1.Disenteria: 
 é uma diarreia com sangue visível nas fezes. causa mais 
importante e a mais frequente é a Shigella, esp/. a 
S.dysenteriae tipo 1. Outras causas incluem 
Campylobacter jejuni, Salmonella, Escherichia coli. 
Tto:- Ciprofloxacina,15mg/kg-2 vezes por dia, durante 3 
dias, comprimidos de 250 mg 
Fluidos ,Alimentação 
DIARREIA PERSISTENTE: A diarreia persistente é 
um episódio diarreico de início abrupto, de etiologia 
presumivelmente infecciosa, com duração superior a 14 
dias e que repercute negativamente sobre o estado 
nutricional. 
Etiologia: Shigella, Salmonella, E.coli enteroagregativa, 
Cryptosporidium. 
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Página 108 
DIARREIA CRÓNICA 
Fala-se de diarreia crónica (DC), em caso de alteração do 
número e consistência de fezes, de longa evolução, em 
regra de mais de 2-3 semanas de evolução. 
Há 2 grandes tipos de diarreia crónica: com ou sem 
malnutrição. Os casos sem malnutrição- peso, estatura e 
velocidade de crescimento normais e sem sinais de 
carência- são pouco frequentes entre nós. 
O tratamento é Metronidazol (15 mg/Kg/dia dividido em 
3 tomas) durante 5 dias. 
COLERA: 
 ETIOLOGIA: Vibrio cholerae – bastonete curvo(1,5 -
2x0,5m),Gram(-) móvel. Existem estirpes patógenicas e 
não patogénicas, o Vibrio c/ antígenos 01 e 0139 são 
responsáveis por epidemias. Há 2 biótipos do Vibrio 
cholerae El Tor e Clássico, possuem antígenos diferentes 
O(Ogawa) e Inaba 
PATOGENIA(1) 
O Vibrio cholerae é patogénico do intestino delgado. A 
toxina colérica estimula a secreção excessiva de 
electrólitos e líquidos pelas criptas de Lieberkuhn, no íleo 
distal e cólon , Líquidos secretados podem atingir 12 
litros/dia e em geral, o cólon absorve 6 L o máximo 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS (1) 
Maioria é assintomático, ¼ doença leve, 2 – 5% doença 
grave, Diarreia aquosa, profusa, por perda massiva de 
fluidos e electrólitos,O volume de cada dejecção é maior 
que em qualquer diarreia s/ dor, aspecto: água branca ou 
tipo água de arroz, odor de peixe, Pode ter vómitos. 
Alterações do SN- sonolência, letargia 
Hipoglicémia comum nas crianças – no Centro de 
Bangladesh, a mortalidade em crianças c/ cólera + 
hipoglicémia era de 15% 
Hipoglicémia por exaustão de glicogénio e problemas na 
gliconeogénese.Acidose – perda de Bicarbonato pelas 
fezes, acumulação de Lactato e Hiperfosfatémia 
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DIAGNÓSTICO:Clinico, Laboratorial:Perda de electrólitos 
ex: K, Na estão diminuídos, Acidose, Hematócrito 
aumentado, V.S aumenta, Bicarbonato <15mmol/l, Ureia 
e Creatinina aumentados. 
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: Cultura do V. 
cholerae,Biotipagem do V. cholerae, PCR , Investigação 
epidemiológica. 
TRATAMENTO 
Objectivo: Repor fluidos e electrólitos,Terapia de 
rehidratação oral ou Ev consoante o caso, Monitorizar o 
doente, Fluidoterapia: Lactato de Ringer 
Soluções EV contendo Na+, CL-,k+, HCO 
 Fluidoterapia 
TRATAMENTO 
 Antibióticos: Encurtam a duração da doença, o período 
de excreção e reduz as necessidades em fluidos EV 
 
 
 
Desidrat. Tipo de liquidos - 
reposição 
Tipo de liquidos - 
manutenção 
severa EV 
 100-200ml/kg 
 2 -4h 
EV ou ORAL 
Depende da 
qtidade de perdas 
moderad 60 – 80 ml/kg 2 
– 4h 
EV ou ORAL 
Leve - --------- ORAL 
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Agente Dose unica Doses multiplas 
Doxiciclina 7mg/kg, dose 
max 300mg 
6mg/kg – dose unica. 
Tetraciclina 25mg/kg, 
max 1g 
50mg/kg/dia 4 tomas –2 a 3 
dias 
Furozolidona 7mg/kg, dose 
max 300mg 
5mg/kg/dia 4 tomas – 3 dias 
Ciprofloxacina 30mg/kg,max 
1g 
30 mg/kg/dia 2 tomas – 3 
dias 
Cotrimoxazol não 8-10 mg/kg/dia de TRIM, 2 
tomas 
SMTX 50mg/kg/dia– 3 dias 
Ampicilina não 100mg/kg/dia 4 tomas – 3 
dias 
Eritromicina não 40mg/kg/dia 4 tomas – 3 
dias 
 
 
PNEUMOLOGIA 
PEDIATRICA 
Modelo de Historia HCM 
História Clínica: 
Nome (acompanhante) 
Data de nascimento 
Nº telef: 
 Peso: 
Kg: 
Bairro: 
 P/I: P/A 
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Página 111 
MI/ HDA/ HPP: Kg nascença, parto, patologia neonatal, 
internamentos anteriores (data/ano, idade, diagnóstico, 
local), Dças foro respiratório e Tto em ambulatório 
HF:Pai/mãe (atopia), irmãos (idade, atopias), contacto 
com TB, dças atópicas (dermatite atópica, rinite, asma) 
HÁ: animais, tapetes, peluches, tabaco 
Otoscopia, Orofaringe 
TA, FR, dispneia, cianose, hipocratismo digital 
Nota de alta: 
Criança de __meses/Sexo/Raça, peso __ Kg, 
internado de __/__/__ a __/__/__ na enfermaria de 
pneumologia pediátrica com o diagnóstico de 
___________________. Fez análises de ______ no 
dia __/__/__ com resultado ____. Fez tratamento 
com ____________ (por __ dias). Tem alta, 
melhorada, com ________ por ___ dias. Vai ao 
controle na consulta/enfermaria de ___________ 
daqui a ____ dias. 
Frequências respiratórias: 
Crs < 2 meses: < 60 cpm 
Crs 2-11 meses: < 50 cpm Crs > 12 meses: < 40 cpm 
 
ASMA 
Doença inflamatória crónica das vias aéreas. 
Indivíduos predispostos a inflamação provoca: Sintomas 
geralmente associados a obstrução das vias aéreas 
importante mas variável que pode ser reversível quer 
espontaneamente quer sob Tto. É uma hiperactividade 
das vias aéreas a múltiplos estímulos. Como consequência 
No músculo liso sofre inflamação da mucosa -ESPASMO 
Asma na criança, manifestações clínicas 
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1 – crise de asma Inflamação progressiva fim do dia, é 
prodromos (rinorreia tosse seca e quentosa), Dispneia 
silenciosa – ruidosa, sibilante Expiração, Tosse, pode ser 
hemetisante, produtiva, WHEEZING tórax distendido, 
Auscultação roncos, sibilos expiratórios TE aumentada 
2 – asma aguda grave (estado de mal asmático) 
 É uma crise que resiste ao Tto brocodilatador inicial bem 
feito Surge em gral em asmáticos graves, Os adolescentes 
são um grupo de risco, A mortalidade é variável por 
quadro de asfixia progressiva, raramente brutal 
 
3 - Equivalentes de asma: Tosse e traqueíte 
espasmódica,Broncospasmo induzido pelo exercício, 
Bronquites de repetição. 
Considera se crise asmática quando uma crinça apresenta 
se com o quadro de dificuldade respitaroria associada 
com sibilância que necessita de tratamento com um b 
bloqueador (salbutamol ) ou esteroide (prednisolona) ou 
outro fármaco broncodilatador mais de 2 vezes. O 3º 
episodio de sibilância e crise asmática. 
TRATAMENTO 
Leve: ↑FR, sem uso ms acessórios, wheezes moderados 
no fim expiratório, pulso <100 bpm, sem pulso paradoxal, 
PaO2 N, PaCO2< 42 mmHg, SaO2 >95%. 
Tto: butoasma + becloasma 
Moderada: agitado, choro curto, difícil alimentação, ↑FR, 
uso ms acessórios, wheezwes fortes na expiração, pulso 
100-120 bpm, pulso paradoxal 10-25 mmHg, PaO2 >60 
mmHg, PaCO2 <42 mmHg. SaO2 91-95%. 
TTo: aerossol salbutamol 0,5-1 ml + 2-3 ml SF. S não 
melhorar repetir 30'-30'. 
Grave: recusa alimentar, ↑FR uso ms acessórios, wheezes 
na inspiração e expiração, pulso >120 mmHg, pulso 
paradoxal 20-40 mmHg, PaO2< 60 mmHg, PaCO2 >42 
mmHg, SaO2<91%. 
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Tto: aerossol salbutamol + hidrocortisona 10-20 
mg/Kg/dia 6/6 hrs ou prednisolona 1-2 mg/Kg/dia. Senão 
melhorar. Aminofilina 7 mg/Kg (DA) lento em ½ hr e DM 5 
mg/Kg 3x/d ou adrenalina 0,01ml/Kg/dose sc. 
Estas crinças têm maoir risco de desenvolver uma sobre 
infecção (pneumonia) por isso deve se fazer cobertura 
com antibióticos. (P.cristalina 200 000UI/kg). 
A duração do internamento depende da: Melhoria da 
difilcudade respiratória e Sibilância na ascultacao 
Ascultapulmonar. 
Alta com Amoxicilina e prednisolona 1mg/kg/ dia 
 
TUBERCULOSE: 
Transmissão inter-humana 
 Disseminação pelos adultos: 100 BK/campo nas cavernas 
 A contaminação ocorre dentro da família 
 A criança excepcionalmente é contagiosa 
 BCG protege parcialmente contra TP, a protecção 
contra a meningite e a miliar é de 64-86% 
 25% Das crianças expostas ficarão contaminadas 
 10-40% Desenvolverão tuberculose doença 
 Na criança, o isolamento do BK é inconstante ou 
tardia (40%) 
 A detecção do adulto contaminado é capital 
 Para interromper a disseminação, é necessário 
tratar o adulto e examinar todas as crianças contacto 
Definições: 
Tuberculose infecção = PIT latente 
Tuberculose doença = PIT patente 
Tuberculose infecção: 
Viragem simples das reacções tuberculinicas: Rx T normal, 
Pesquisas de BK suco gástrico negativas 
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Evolução: Cura em 90% dos casos e Tuberculose doença 
em 10% 
 Contacto 
Viragem IDR em 6-8 semanas 
5% de reactivação 
Doença nos 2 anos seguintes 
Criança: 5-10 % Criança/ < 2 anos 40% 
Latente: 
 10% de reactivação/ano= Imunodepressão 
Formas clínicas: Tuberculose pulmonar, Tuberculose 
extra-pulmonar: Meningite tuberculosa, Tuberculose 
pleural, pericárdio, Tuberculose ganglionar, Tuberculose 
óssea, Tuberculose intestinal e Tuberculose renal, genital. 
Sintomas inespecíficos: Sintomas gerais: astenia, 
anorexia, emagrecimento, febre prolongada, suores 
nocturnos. Sintomas pulmonares inespecíficos: tosse, 
hemoptises, febre, sinais de compressão (dispneia, dor 
torácica, derrame). 
Quando pensar em TP? 
Contacto com BK+ 
 Sintomas broncopulmonares crónicas resistentes ao 
antibi óticos 
 IDR (Mantoux) positivo 
 Rx sugestivo 
Exames: Rx tórax PA (RP) 
IDR = mantoux(induração ˃=5mm se HIV +, malnutrição 
grave. Induracao ˃= 10mm em crinças sadias) 
 Pesquisa de BK (exame directo e cultura(20-
100colonias = +) ): BK expectoração, BK suco gástrico, LBA 
 PCR 
 Pesquisa de contacto 
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 Declaração obrigatória ,Serologia HIV 
Tratamento tuberculose infantil em 
Moçambique 
 Regime12HRZ/4H3R3 
 Regime2 2SHRZ/4H3R3 
 Formas graves: miliar, pleurite bilateral, 
pericardite, peritonite e tuberculose vertebral 
 
 Regime 3 2SHRZ/6HR 
 Só menigite e tuberculose vertebral 
 Corticoesteroides (prednisolona 1-2mg/Kg/dia 4-
6 semanas) 
Meningite, pericardite, peritonite e dispneia devido a 
derrame pleural, TBC ganglionar intratoracica, miliar 
 Retratamento: 2SHRZE/1RHZE/5H3R3E3 
Doses(segundo aula da Dra Sandra) 
 rifanpicina 15mg/kg(10-20mg)-limite(100-200) 
isoniazida 10mg/kg(10-15mg)-limite(100-150) 
pirazinamida 35mg/kg(30-40mg)- limite(300-400) 
Etambutol 20mg/kg(15-25mg)-limite(150-250) 
1ª linha(segundo protocolo da UCIP) 
Medicamento Dose 
recomendada 
intervalo Dose max 
Rifampicina 15mg/kg 10-20 600 
Isoniazida 10mg/kg 7-15 300 
Pirazinamida 35mg/kg 30-40 
Etambutol 20mg/kg 15-25 
 
 
 
 
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 Definição Fa intensiva F. manutenção 
 
I 
Suspeita ou confirmada de TB P, 
Gang., todas as formas de TB extr. 
Pul com excep da meningea e 
osteoarctic 
 
2HRZE 
 
4HR 
II TB meningea e osteorticular 2HRZE 10HR 
Formulações para tratamento de TB em MZ: 
 2DFC- pediatrico-R-60mg+H-30mg 
3DFC-pediatrico-R-60mg+H-30mg+Z-150mg 
Etambutol-E-100mg 
4DFC-adulto- R-60mg+H-30mg+Z-150mg+E-275mg 
Segundo o peso 
 intensiva manutençã 
Kg RHZ(60/30/150) E100 RH(60/30) 
4-6,9 1 1 1 
7-10,9 2 2 2 
11-14,9 3 2 3 
15-19,9 4 3 4 
20-24,9 5 1 de E200 5 
 
Corticoesteroides : Devem ser usadas nas formas 
complicadas de TB 
Ex: TB meningea, pericardica. 
Prednisolona 2mg/kg/dia, nos casos graves aumentar ate 
4mg/kg/diacom dose maxima de 60mg/dia, 4 semanas 
reduzir gradualmente durante 1-2semanas. 
 
Pneumonia 
Classificação 
 1.Não infecciosa: Aspirativa, Reacção de 
hipersensibilidade, Induzida por drogas ou radiações 
2.Ifecciosa: 
A. segundo o local de contagio 
 i. Pneumonia adquirida na comunidade 
Todo tipo de PN adquirido fora do ambiente hospitalar. 
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ii. Pneumonia Nosocomial 
Aquelas que desenvolvem os sintomas 48h depois da 
hospitalização 
.B. Segundo o agente 
 i. Atípica: Mycoplasma, PCP, Legionella, Clamidia, tosse 
convulsa. 
ii. Típica :Viral:>RSV, Adenovirus, parainfluenza, influenza 
Bacteriana: Pneumococica, estafilococica, estreptococica, 
H. Influenzae 
3. Anatomo-radiológica 
A)Broncopneumonia 
B)Lobar, segmentar ou nodular 
C) intersticial 
3. Evolução :A) aguda- menos de 3 semanas 
B) Crónica- mais de 3 semanas 
 
 
 Idade Bactérias Vírus Outros 
Neonato Strepto Grupo 
B, Gram 
Negativos e S. 
aureus 
VSR e Herpes 
simplex,Citome
galo 
Ureaplasma 
1-3 M Strepto 
pneumoniae e 
Haemophilus 
B 
VSR e 
Adenovírus 
C trachomatis 
4 M - 5 A S. 
pneumoniae 
Haemophilus 
B 
VSR, 
Adenovírus,Para
influenza 1 e 3, 
Influenza A e B 
 
>5A Strepto 
pneumoniae 
 Mycoplasma e 
Chlamydia 
 
Critérios de internamento 
FR>70cpm no lactente; 
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FR>50 em > de 2anos; 
Dispnéia intensa; 
Derrame pleural, pneumotórax ou abscesso pulmonar; 
< de 3 meses; 
Comorbidade grave (cardiopatia, pneumopatia crónica); 
Pneumonia extensa à radiografia; 
Necessidade de antibiótico venoso; 
Desidratação que exija hidratação venosa; 
Desnutrição grave ou imunodeficiência; 
Piora rápida do esforço e dificuldade respiratória; 
Falha do tratamento ambulatorial; 
Incapacidade de mamar ou beber; 
Cianose ou precisar de oxigénio para manter a saturação 
> 92; 
Tiragem subcostal intensa ou estridor em repouso; 
Prostração, toxémia intensa, sépsis ou choque. 
Oxigenoterapia se: 
Tiragem subcostal grave, Taquipenia, Gemidos, Cianose 
central,Dispneia com dificuldade em deglutir, Sat 02<92%, 
Hidratacao, Controle da temperatura,Sat 02, FR. 
Tratamento impirico 
idade Tto recomendado alternativo 
< 3 Mese Ampicilina+Gentamicina Cefotaxima, Ampicilina+ cefalo 
3G 
3-5Anos Amoxicilia(ambulatorio) 
p. Cristalina (Hospitalar) 
amoxi+Clav/Esfuro 
Ampi/CAF/Cefalosor 3G 
>5 anos Amoxi(ambulatorio) 
p. Cristalina 
Ampicilia/CAF/cefalos 3G 
(eftriaxona) 
 
 
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Pneumonia viral 
Amantadina oral 
Ribaverina em aerossol (crianças de alto risco). 
NB: O tratamento somente é benéfico se instituído 
dentro de 36 a 48h 
Penicilina Cristalina 100.000-200.000 UI/kg/dia EV 6/6h 
por 10-14 dias. 
PN Pneumococo 
Em casos de resistência 
Cefalosporina de 3ª geração 
Cefotaxima, 150mg/kg/dia, ou Ceftriaxona 75mg/kg/dia. 
Vancomicina (40mg/kg/24h 
Estreptocócica 
Penicilina Cristalina 100.000-200.000 UI/kg/dia EV 6/6h, 
14-21 dias 
Estafilococica 
Oxacilina 200mg/kg/dia EV 6/6h 
Clindamicina 40mg/kg/dia 
Vancomicina 60mg/kg/dia EV 6/6h – 21 dias 
Drenagem de colecção purulenta 
oxigenoterapia 
H. Influenzae 
Ampicilina 100mg/kg/dia 10 a 14 dias 
 
Criterios de alta: Eupneico; 
Condicoes socio economicas adequadas; 
Medicacao oral; 
Sem febre durante 48h. 
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DOENÇAS GERAIS 
Introdução 
Nas doencas gerais é preciso uma história clínica 
completa e exame físico muito detalhado porque as 
patologias gerais dão quadros que não permitem um 
diagnóstico etiológico logo ao primeiro contacto , estes 
doente sempre entram com diagnóstico sindromático 
para estudo, so para dar exemplo convulsões para 
estudo, lactente Hipotónico, sindrome febril, anemia para 
estudo, sangramentos anormais, hidrocefalia, paraplegia 
para estudo, sindrome nefrótico, sinfrome nefritico, ICC, 
etc. 
Resumo dos pontos importantes da 
história clínica 
Não falaremos de história clínica mas sitaremos alguns 
dados importantes no exame físico: 
Idades 
Primeira infancia: 0 a 2 anos 
RN- 0-28 dias 
Lactentes: 29 dias a 2 anos 
Segunda infancia: 2 a 10 anos 
Pre-escolar: 2 a 5(7) anos 
Escolar: 5(7)-10 anos 
Terceira infancia: 10 aos 20 anos incompletos(19 anos 11 
meses e 29 dias) 
Pre-pubere: ausencia de sinais puberais(Tanner 1) 
Pubere: Tanner 2 em diante (tanner 2 a 5) 
Adolescente tardia: 16 a 20 anos 
Sinais vitais 
1.Temperatura 
Normotermia: 36-37°C 
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Hipotermia:a baixo de 36°C 
Temperatura subfebril: 37-37,5°C 
Febre baixa: 37,5-38,5°C 
Febre moderada: 38,5-39,5°C 
Febre alta 39,5-40,5°C 
Hiperpirexia: > 40,5°C 
2.Frequencia respiratoria e cardiaca(valores normais) 
Idade F.R(cpm) FC(bpm) 
RN 30-60 120-160 
Lactente 24-40 90-140 
Pre escolar 22-40 80-110 
Escolar 18-30 75-100 
Adolescente 12-16 60-90 
 
 
 
3.pressão arterial 
idadde P.sistolica (mmHg) P. Distolic(mmHg) 
 P50 P.95 P50 P95 
< 6M 70 110 45 60 
3anos 95 112 64 80 
5 anos 97 115 65 84 
10 anos 110 130 70 92 
15 anos 160 138 75 95 
Calculo 
 PA sistolica PA diastolica 
Maculino (2x idade)/10+9 (Sistolica/2)+1 
Feminino (2x idade)/10+8 (Sistolica/2)+1 
 
Avaliação nutricional 
Peso: nascimento- acima de 3000gr(peso adequado) 
Primeira semana de vida perda de cerca de 3-10% (perda 
fisiologica) com recuperação em 8-10 dias. 
Ganho cerca de 25-35gr/dia 
 
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Primeiro ano: 
primeiro trimestre-700g/mes peso de nascimento 
segundo trimestre:600gr/Mes 
terceiro trimestre: 500gr/mes 
quarto trimestre-400gr/mes 
 
Segundo ano: 
primeiro semestre:200gr/mes 
segundo semestre: 180g/mes 
maiores de 2anos-2kg/ano ate 8anos 
Peso =2 n+9. (n idade em anos)Peso de nascimento: 
 Duplica aos 5 Meses 
Triplica aos 12 meses 
Quadruplica aos 2 e 2½ anos 
Estatura de nascimento : ±50 cm 
Primeiro ano: 25cm 
Primeiro trimestre: 10cm 
Segundo trimestre-7cm 
Terceiro trimestre-5cm 
Quarto trimestre-3cm 
1 a 2anos: 12-13 cm/ano 
2 a 3anos: 8 cm/ano 
3-4anos:7cm/ano 
Maiores de 4anos:4-6cm/ano(pre-puberes-tanner 1) 
Estatura=n x 5+90 (n idade em anos) 
 
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Perimetro cefalico: nascimento=34 cm 
Primeiro ano: 12cm 
Primeiro trimestre: 2cm/Mês 
Segundo trimestre: 1cm/Mês 
Terceiro trimestre: 0,5cm/Mês 
2 anos = 47,5cm 
3anos =49cm 
Perimetro cefalico (PC) 
Normal: valores localizados entre os percentis 2,5-97,5. 
Anormal: com deficiencia- valores abixo do percentil 2,5. 
Com excesso: Macrocefalia-valores acima do percentil 
97,5. 
situações de vigilancia: 
para microfefalia=percentis 10-2,5 
para mcrocefalia=percentis 90 e 97,5 
Perimetro toracico (PT) e abdominal (PA) 
 Nascimento ate 3meses: PC>PT em 1-2cm 
3meses-PC=PT 
6Mes-PC< PT 
ate aos 2anos: aproximadamente: PC=PT=PA 
avaliação antropometrica(cont.) 
(P/I)= Peso encontrado X 100 
 Peso ideal para idade(P50) 
E/I=Estatura encontrada X 100 
 Estatura ideal para a idade( P50) 
P/E=Peso encontrado X100 
 peso ideal para estatura encontrada 
Fórmula p/ Cálculo aproximado de Peso médio 
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 IDADE PESO (kg) 
03 a 12 meses idade(m) +9 
 2 
01ano a 6 anos idade(a)x2+8 
 
07anos a 12 
anos 
 idade(a)x7-5 
 2 
 
 
FEBRE REUMATICA 
É uma doença inflamatória de origem autoimune em 
resposta do organismo a infecçoões faríngea pelo 
estreptococus β hemolítico do grupo A de Lancifild. 
Quadro clinico 
Critérios major: Poliatrite, Cardite, Coreia, Eritema 
marginatum e Nódulos subcutâneos. 
Critérios minor:Febre, Artralgia, ↑ proteínas C reativa na 
fase aguda, Intervalo PR prolongado no ECG. 
Diagnostico 
1º episódio: 2 major ou 1 major + 2 minor + evidência de 
antecedente de infecção por streptococcus. 
FR recorrente em paciente sem doença cardíaca: 
2 major ou1 major + 2 minor evidência de antecedente de 
infecção por streptococcus. 
FR recorrente em paciente com doença cardíaca: 
2 minor + evidência de antecedente de infecção por 
streptococcus. 
Coreia ou cardite assintomática: Não necessita de 
critérios. 
Laboratorial: Cultura de orofaringe 
Dosagem de anticorpos antiestreptocócicos 
ASTO: pico 3 a 6 sem após a infecção 
< 5 anos: Normal: <250 U e Anormal: >333 U 
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> 5 anos: Anormal: > 500 U 
Antidesoxirribonuclease (anti-DNAse): pico 06 a 08 
semanas. 
Anti-hialuronidase, estreptozima 
Hemograma: leucocitose discreta, neutrofilia, anemia 
hipocrômica normocítica 
VS: elevação precoce,Proteína C Reativa (PCR): ↑ 100% 
dos casos até 2 semanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 Tratamento 
Artrite Aspirina 90-100mg/kg/dia -2semans com reducao 
gradual em 4semnas dose maxima 3-4g/dia 
cardite prednisolona 1-2mg/kg VO (nao ultrapassar 
60mg) 6/6h durante 10-14 dias 
(melhora clinica).passar para dose 
unica pela manha e iniciar a 
reducao ate a retirada completa 
em 8-12 semanas. 
 
coreia 
Haloperidol Iniciar com 2mg/kg VO/ dia 12/12h 
ate 72 horas se nao houver 
melhoria, aumentar 1mg/dia ate 4-
6mg/dia. Atencao sinais de 
impregnacao 
Acido valproico 20-40mg/kg/dia VO de 6/6h ou 
8/8h 
Cloropromazina 1-3mg/kg/dia VO de 6/6h ou 8/8h 
Fenobarbital 5-7mg/kg/dia de 6/6h ou8/8h 
Tempo 
terapeutico 
Aproximadamente 3 meses 
 
 
 
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Página 126 
 
 Tratamento das manifestações 
 cardite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Profilaxia de endocardite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sindrome nefrótico 
Quadro clinico 
 
 
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Edema peri-orbitário matinal, vespertino nos membros 
inferiores; 
Edema mole, frio, gravitacional 
Edemas genitais (casos mais graves); 
Edemas na região dorsal e sagrada (nos acamados); 
Anasarca; 
Estrias brancas nas unhas (hipoproteinemia); 
Estrias na pele (em especial nos membros inferiores); 
Ascite e derrame pleural, 
Hepatomegália; 
Xantomas (hiperlipidemia) 
Laboratório 
Proteinúria maciça: >3,5 gr/dia 
Se houver dificuldade na coleta de urina de 24 horas, usar 
amostra isolada de urina e calcular a relação entre a 
concentração de proteína/creatinina urinárias (mg/dL) 
Proteína/creatinina 
urinárias 
Proteinúria 
< 0,2 Normal 
0,2 a 0,5 Mínima 
0,5 a 2 Moderada 
> 2 Nefrótica 
 
Outras alterações laboratorais no síndrome nefrótico 
Hipoalbuminemia 
Hiperlipidemia 
Colesterol total e colesterol LDL elevados 
Colesterol VLDL e trigliceridos elevados 
Alfa 1 glob e gamaglobulina diminuidas 
Lipiduria 
Fibrinogéneo aumentado 
Factores V, VII, X aumentados 
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Antitrombina III baixa 
Anemia microcítica hipocrómica 
Níveis plasmáticos de ferro, cobre , calcio e zinco baixos 
Deficiência de vitamina D 
Hormona tiroideia e estrogéneos baixos 
Sedimento urinário 
Proteínas 
Cilindros hialinos e granulosos 
TRATAMENTO 
Objectivo: remissão completa, minimizando 
complicações, efeitos secundarios e toxicidade. 
Tratamento geral: 
Dieta (hiposodica, evitar o excesso de liquidos mas nao 
restringir os liquidos. Dieta livre quando a diurese e o 
edema melhorarem) 
Diureticos 
Albumina 
Antibioticos 
Tratamento especifico: Corticoides 
Outros tratamentos :Citostaticos 
Diuréticos: o uso deve ser criterioso !!! se houver edema 
generalizado e intenso (ex: com desconforto respiratório 
e/ou gastrintestinal, grandes anasarcas, dificuldade em 
abrir os olhos, etc). 
Hidroclotiazida 2-5 mg/kg/dia ou furosemida 2-4 
mg/kg/dia. 
Contra-indicacoes: hipotensão, aumento agudo de ureia e 
creatinina séricas, hematócrito > 40%, hipovolemia, 
diarreia e/ou vômitos. 
Vigiar a depleção de potássio. Pode-se usar 
concomitantemente cloreto de potássio ou 
espironolactona. 
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Página 129 
Albumina: se hipoalbuminemia grave (<1,6 g/dl) ou 
hipovolemia grave 
0,5-1 g/Kg/dose – correr em 30 -120 minutos 
Pode ser administrada junto com furosemida (1-2 
mg/Kg/dose) 
Contra indicacoes: hipervolemia 
Corticoides : Prednisolona - 2mg/Kg/dia ou 60mg/m²/24 
h: 3- 4 doses (dose máxima diária de 80 mg) - por 4 -6 
semanas 
 Depois:Reduzir a dose e fazer em dias alternados por 4 
semanas. Desmame durante 2 meses (reducao semanal 
da dose) 
Resposta : se a crianca fica 2 semanas sem proteinúria 
Quando a criança mantém proteinúria nefrótica após 4 a 
6 semanas, ela é considerada corticorresistente e deve 
ser submetida à biópsia renal 
 
Casos sem boa resposta (corticoresistente e 
dependentes) 
Ciclofosfamida: 2,5 mg/kg/dia (dose total máxima: 200 
mg), 1x/dia, pela manhã por 60 a 90 dias, associada a 
corticoide alternado em doses regressivas por 1 ano. 
Metilprednisolona (pulsoterapia): 30/mg/kg EV diluída 
em 100 mL de soro glicosado a 5%, em dias alternados, 3 
a 6 doses/dia. 
Nos casos em que ocorrer remissão completa, utiliza-se o 
corticoide VO como complementação terapêutica, em 
esquema alternado em doses regressivas, por 1 ano 
Clorambucil: pacientes recidivantes frequentesna dose 
de 0,15 a 0,2 mg/kg/dia, VO, por 8 a 12 semanas, (com 
dose máxima de 12 mg/kg). 
Levamisol: imunomodulador e anti-helmíntico. Dose de 
2,5 mg/kg, em dias alternados por 6 a 30 meses. 
É utilizado inicialmente associado à prednisona em 
esquema alternado e, após a remissão, diminui-se 
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gradativamente a dose desta até sua retirada total. 
Ciclosporina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GLOMERULONEFRITE AGUDA 
 Processo inflamatório agudo de origem imunológica 
mediado por imunocomplexos com consumo do 
complemento, que acomete todos os glomérulos de 
ambos os rins. 
 
Diagnostico 
Aparecimento súbito de edema; 
Urina vermelha e escassa; 
Hipertensão em pré-/escolar; 
Antecedente de estreptococia cutânea 
ou de IVRS. 
Queixas vagas de indisposicao, cefaleia, 
edema periorbitario 
Outras queixas: febre, vomitos etc 
 
Alterações Características: 
Edema = + ou ++/4+, isolado, antecede a 
hematúria. 
Hematúria = 2/3 dos casos, 
acompanhada de oligúria, a urina é freq. 
comparada a coca-cola. 
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HTA = 90% dos casos, moderada, relação c/ alimento ricos 
em Na+. 
 
Quadro Laboratorial 
Exame da urina: 
Densidade = 1015-1020. 
Hematúria macro e/ou microscopica 
Leucocitúria (não é obrigado) 
Cilindrúria = hemáticos (patognomônicos), hialinos, 
leucocitários e granulosos 
Proteinúria não seletiva = <3g/24h 
Complemento Sérico = hipocomplementenemia em 90% 
dos casos 
ASLO = aumentado c/ exceção nas estreptococias 
cutâneas. 
Eletroforese = albumina normal ou levemente diminuída. 
 
éia. 
Pode haver alteracoes hidoeletroliticas e acido-base (ex: 
hipercalemia, acidose metabolica) 
Tratamento 
Repouso (enquanto houver HTA, edema e complicacoes 
associadas) 
2. Medidas Dietéticas 
3. TTO da Infecção 
4. TTO das Complicações 
Medidas Dietéticas 
Principalmente na fase de hipervolemia e oliguria 
Restrição Hídrica – fase inicial 
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Volume da Diurese + 20ml/kg/dia 
Restrição de Na+ - 
Restrição Protéica – 
glomerular) 
Restrição de K+ - oliguria importante (2-3 dias 
Tratamento farmacologico 
Penicilina Benzatina = dose única (para eliminar o 
estreptococos) 
 
 
OU Eritromicina – 30 mg/Kg /dia (se houver alergia a 
Penicilina) 
Diureticos: furosemida – 4mg/Kg/dia 
Permanganato de Potássio (1:10.000) 
Banhos p/ lesões cutâneas ativas. 
solicitar biópsia se: 
Hematúria Macroscópica > 3 sem. 
Aumento da Uréia > 3 sem. 
Aumento de HA > 3 sem. 
Hipocomplementemia > 2 meses 
Oligoanúria > 48-72h 
+ S. Nefrótica > 4 semanas 
 
INFECÇÃO URINÁRIA 
Manifestações clínicas 
Quadro clinico pode variar desde uma bacteriúria 
assintomática até um quadro grave de pielonefrite 
associada a sépsis 
Manifestações clínicas de acordo com a localizacao da 
infeccao urinaria 
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Alta - Pielonefrite 
Dor abdominal ou no flanco 
 Febre, Mal-estar,Náuseas, Vómitos 
 Icterícia em RNs, Diarreia (ocasionalmente 
Baixa - Cistite 
 Comprometimento vesical e inclui disúria, urgência, 
polaquiúria, dor suprapúbica, incontinência e urina fétida; 
Não causa febre e não produz lesão renal 
 
Manifestações clínicas de acordo com a idade 
Quanto mais nova a criança mais inespecificos e variados 
podem ser as manifestações de uma IU. Assim, na criança 
mais jovem o sinal mais frequente de IU é a febre 
< 2 Anos: Febre ,Fraco ganho ponderal, Atraso no 
crescimento, Vómitos, Irritabilidade, Anorexia ,Dor 
abdominal,Choro ao urinar 
Idade pré-escolar: Disúria,Polaquiúria, Incontinência, 
Urgência miccional, Enurese secundária, Febre alta, Dor 
no flanco, Desconforto supra-púbico. 
Diagnóstico 
O “gold-standard” para a colheita de urina na criança é a 
punção suprapúbica. No entanto, tratando-se de um 
método invasivo, é na prática reservada para os recém- 
nascidos e lactentes pequenos. 
A colheita por algaliação é o segundo melhor método. 
Na criança maior, com controlo esfíncteriano 
estabelecido, a colheita é feita por jacto médio. 
 
A colheita por saco colector é uma escolha para as 
crianças sem controlo de esfíncteres. 
Baseia-se na contagem de bactérias na urina, colhida de 
forma asséptica: 
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Página 134 
→ Colher a amostra após higiene dos genitais com H2O e 
sabão, jacto médio, em recipiente estéril e processar 
imediatamente - O saco colector deve ser retirado 
imediatamente após a micção e não deverá estar 
colocado mais de 30 minutos 
→ Punção supra-púbica 
A contagem de bactérias na urina implica fazer uma 
Urocultura com contagem de colónias 
Testes rápidos de diagnóstico (Fitas) 
O exame sumário de urina (urina tipo II) é sugestivo se: 
leucócito esterase (LE) positivo (detecta as enzimas 
esterases libertadas pelos leucócitos destruídos) 
nitritos positivos, 
leucocitúria (valorizável para valores = 10 leu- 
cócitos/mm3) 
piúria. Podem ainda estar presentes hematúria e 
proteinúria. 
Urina recolhida no jacto ou no saco colector: 
Observação repetida de mais 100.000 bact/ml; 
Contagem entre 10.000 e 100.000 bact/ml é suspeita de 
contaminação e deve ser repetida. 
Contagem inferior a 10.000 bact/ml representa 
contaminação normal de urina por bactérias da uretra 
terminal; 
Urina obtida por punção da bexiga: 
Aparecimento duma só colónia indica a existência de IU; 
A presença de > 2 estirpes bacterianas diferentes na urina 
é, na maioria dos casos, sinal de contaminação; 
Leucocitúria (> 10 GB/campo) acompanha sempre uma 
IU. 
Critérios de internamento: 
Todos os RN e lactentes menores de 6 meses; 
Suspeita de malformação urológica; 
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Suspeita de nefropatia 
Alteração do estado geral (ex: aspecto séptico, 
desidratação); 
Se não há garantia de tolerância oral ao AB; 
Instabilidade socio-familiar e sem garantia do 
cumprimento da antibioterapia 
Medidas gerais: 
Administração abundante de líquidos → esvaziamento 
frequente da bexiga; 
TTTo sintomático da febre; 
Analgésicos; 
 
 
Antibioterapia empírica (antes da urocultura): 
a) RN: ampicilina + gentamicina 
b) lactente com menos de 3 meses e crianças com 
nefrouropatia conhecida: cefuroxime + gentamicina 
c) restantes crianças: 
opções via oral: CTZ, nitrofurantoina, acido nalidixico, 
cefalosporinas 
opções via parenteral: Ampicilina, cefalosporinas 
A duração total de tratamento deve ser de 7 a 10 dias, 
para cistite e PNA, respectivamente 
Alternativas mais usadas:(por pelo menos 6 meses para 
evitar recorrências) 
Nitrofurantoina 1-2 mg/kg/dia , dose única nocturna 
Cotrimoxazol 2 mg/Kg/dia de TMP numa única dose 
nocturna 
Cefalosporina 10 mg/kg – crianças com menos de 4 
meses. 
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Insuficiencia Renal 
 
Contudo, em certas ocasiões, o débito urinàrio pode ser 
quase normal 
ETIOLOGIA 
Pré-renal: Diminuição da perfusão renal-
Hipovolémia,Hemorragia, perdas g/i, queimaduras, 
Hipotensão,Sepsis, CID, hipotermia, ins. Cardiaca, 
Hipoxia,Pneumonia, SDR, lig. 
Renal: Glomerulonefrite,Coagulação intravascular 
localizada, Necrose tubular aguda, Nefrite intersticial 
aguda,umores,Anomalias do desenvolvimento 
Pōs- renal: Uropatia obstrutiva, Refluxo vesico-
ureteral,Adquirida. 
Manifestações clínicas 
Pode estar mascarada pelas manifestacoes da causa 
desencadeante. 
Sintomas 
Débito urinàrioreduzido(oliguria) 
Edema 
HTA/Insuficiencia cardiaca 
Palidez/Diateses hemorragica 
Nauseas/Vōmitos 
Letargia/Tremores/convulsoes/Coma. 
Diagnostico 
 Historia clinica e exame fisico 
Laboratōrio 
(urina/hemograma/bioquimica/gasometria/ coagulacao) 
RX torax/abdomem, Ecografia renal, UIV 
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Biopsia rena 
Anamnese :Diarreia, vòmitos, febre (GEA) 
Infecção prévia pele / orofaringe (GNA) 
Exantema (LES) 
Exposição prévia a medicamentos e substâncias químicas 
Massas nos flancos 
Laboratōrio :Ureia/creat.↑, Anemia, 
Leucopenia,Trombocitopénia, Hiponatrémia, 
Hipercaliémia, Hiperfosfatemia, Hipocalcémia, Acidose 
metab. 
URINA: hematuria,proteinuria, cilindros 
Tratamento 
Se a diurese <1ml/kg/h 
Soro fisiologico 20-30 ml/kg a correr em 30 min. 
Repetir se nao houver resposta diuretica 
Avaliar débito urinàrio 
Paciente hidratado, mas anùrico : cateterismo vesical, 
pressão venosa central 
- Diuréticos: furosemida, manitol ou ambos (função 
tubular. 
↑ débito urinàrio não està relacionada 
Melhoria função renal, Dça que precipitou a IRA, masS é 
importante para o tratamento da hipercaliémia e da 
sobrecarga hídrica 
Furosemida-2 -5 mg/kg ev 
Não hà resposta : 10 mg/kg ev(dose maxima) 
Não hà resposta – Não se dà mais furosemida 
Manitol – 0,5 g/kg, dose ùnica, associado ou não à 
furosemida 
Dopamina – 3-5 ug/kg/min, associada aos diuréticos 
Qd nao ha resposta aos diureticos. 
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Oliguria/anuria com vol.iv normal→rest.hidrica 
60 ml / kg / 24 horas, ou 
400ml / m2/ 24 horas+ urina 24h 
Balanço cuidadoso entradas/saídas 
Solução glicosada 10% ( electrōlitos de acordo com 
ionograma) 
Tratamento das complicações 
Hipercaliémia : 
Atenção aos líquidos, alimentos e medicamentos ! 
Alterações ECG : K > 5,5 meq/l 
 - aerossol de salbutamol 
 - Na Bic 8.4% 2ml/kg 
K > 7 meq/l - Gluconato Ca 10% - 0,5ml/kg ev, em 10 ‘, 
atenção FC ! 
Glicose 30%, 1ml/kg, com insulina regular 1 UI / 5 gr 
Gilcose ev , durante 1 hora 
 ( Atenção à hipoglicémia ) 
Diàlise peritoneal ou hemodiàlise 
Acidose metabōlica : 
pH < 7,15 , HCO3 < 8 mmol/l 
mEq NaHCO3 necessàrios = 0,3 x peso x (12 – HCO3 
sérico ) 
Hipocalcémia: 
Trata-se reduzindo o P serico 
Administração oral de um anti-àcido (Hidroxido de 
Aluminio) até o P cair a valores normais. 
Gliconato de Ca 10% 0,5 ml/kg em infusao lenta 
Hiponatrémia : Na < 120 meq/l 
Corrigir com NaCl 3% 
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mEq NaCl necessàrios = 0,6 x peso x ( Na desejado – Na 
actual ) 
Associar restrição hídrica 
Hipertensão 
Restricao de agua e sal 
Hidralazina 0,1-0,8 mg/kg e.v. (4 doses/dia) 
Nifedipina 0,25 mg/kg ou 2,5-10 mg/dose (sub-lingual) 
Captopril 0,5-1 mg/kg/dia (max 6 mg/kg/dia) 
Convulsões : (Na↓,HTA,uremia),Diazepam,Fenobarbital, 
Fenitoína,Midazolam, Tiopental. 
Dieta Hipoproteica (0,1-1gr/kg/dia) 
Restrições de Na, K, àgua 
Alimentação parenteral/enteral (45-55 cal/kg/dia) 70% 
HC ,20% lip 
Indicações para Diàlise:Combinação dos seguintes 
factores- Acidose, hipercaliémia, alts SNC, HTA, 
sobrecarga hídrica, Insuficiência cardíaca congestiva 
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HEMATOLOGIA 
ANEMIA NA INFANCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Valores normais para eritrócitos, hemoglobina, hematócrito 
Tipo de indivíduo Eritrócitos 
(x 
10
6
/mm³) 
HGB (g/100ml) HCT (%) 
Recém nascidos (a 
termo) 
4,0 - 5,6 13,5 - 19,6 44 - 62 
Crianças (3 meses) 4,5 - 4,7 9,5 - 12,5 32 - 44 
Crianças (1 ano) 4,0 - 4,7 11,0 - 13 36 - 44 
Crianças (10 a 12 
anos) 
4,5 - 4,7 11,5 - 14,8 37 - 44 
Mulheres (gestantes) 3,9 - 5,6 11,5 - 16,0 34 - 47 
Mulheres 4,0 - 5,6 12 - 16,5 35 - 47 
Homens 4,5 - 6,5 13,5 - 18 40 - 54 
 
 
Valores normais para volume corpuscular médio (VCM), 
hemoglobina corpuscular média (HCM) e concentração 
da hemoglobina corpuscular (CHbCM) 
Idade VCM 
(fl) 
HbCM (pg) CHbCM (%) 
Crianças (3 
meses) 
83 - 110 24 - 34 27 - 34 
Crianças (1 
ano) 
77 - 101 23 - 31 28 - 33 
Crianças (10 a 
12 anos) 
77 - 95 24 - 30 30 - 33 
Mulheres 81 - 101 27 - 34 31,5 - 36 
Homens 82 - 101 27 - 34 31,5 - 36 
 
 
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Hemograma: 
 ↓ Hb, Ht, VCM, HCM, CHCM 
Esfregaço : microcitose e hipocromia, pode haver 
poiquilocitose e hemácias em alvo. 
Ferro Sérico ↓ : < 70µg/dl (VR:115 ± 50) 
 
Saturação da transferrina ↓ : < 15% 
Ferritina sérica ↓ : <10ng/ml 
Reticulócitos: normais ou levemente elevados 
Mielograma: hiperplasia eritróide; ↓ grânulos de Fe nos 
normoblastos; quase ausência de Fe corável ou ferritina. 
Classificação de anemia segundo OMS 
Anemia moderada- 
6-59 Meses- (HGB-7-9,9g/dl) 
5-14 anos (HGB-8-10,9g/dl) 
Anemia grave 
6-59 Meses-(HGB< 7g/dl) 
5-14 Anos-(<8g/dl) 
Manifestações clínicas: 
Palidez muco-cutânea: Hgb < 10g/dl. 
 Irritabilidade, anorexia. 
 Taquicárdia, dilatação cardíaca, sopro cardíaco. 
 Baço palpável (10-15% dos casos). 
 Pica. 
 Alterações neurológicas e intelectuais: 
Dminuição da atenção, letargia, diminuição da capacidade 
de aprender. 
TRATAMENTO 
Correção da causa de espoliação do Fe. 
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Adequação dietética (cereais e leites enriquecidos). 
Sais de Fe via oral : sulfato, gluconato, fumarato 
 Sulfato ferroso (20% Fe elementar) – 6mg/Kg de Fe 
elementar 3x/dia, entre as refeições/ 50mg/5ml 
TRANSFUSÃO DE SANGUE: 
Indicações: 
1.Hemorragia aguda; 
2.Insuficiência cardíaca; 
3.Anemia severa em associação com uma infecção grave 
(malária-IRA). 
Ao decidir por transfusão sanguínea ter em conta: 
 Transmissão HIV e Hepatite B; 
 Insuficiência cardíaca – hipervolémia. 
Dar concentrado de glóbulos e juntar um diurético – 
furosemida (1-2mg/kg/dose). 
Concentrado de glóbulos 10-15ml/kg (papa de glóbulos 
vermelhos) 
Geralmente não é necessário dar-se digitálicos. 
Reacções transfusionais: 
a)Suspender a transfusão; 
b)Dar difenidramina 2mg/kg-50mg/5ml 
c)Enviar o sangue ao laboratório para testes de 
compatibilidade. 
 
 
 
 
 
 
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Página 144 
 LEUCEMIAS 
Leucemias 
agudas: 
 Leucemias crónicas: 
Totalidade de 
céls imaturas 
(blastos); 
Avanço rápido; 
Leucemias 
linfoides 
agudas (LLA) - 
+ frequentes; 
Leucemias 
mieloides 
agudas(LMA). 
 Há alguns blastos, mas tb 
há céls maduras. 
Avanço com lentidão. 
Leucemia mieloide 
crónica; 
Leucemia linfoide crónica. 
 
LLA 
É o 1o tumor maligno disseminado curável 
 Há uma proliferação incontrolada de céls progenitoras 
linfoides imaturas que substituem e inibem o crescimento 
e maturação das outras céls hematopoiéticas. 
 Anemia, trombocitopénia, leucopénia; 
 Etiologia desconhecida 
Clínica 
Síndr febril prolongado, inexplicável; 
 Início inespecífico: anorexia, cansaço, fraqueza e perda 
de peso. Síndr febril, febrícula intermitente; 
Dor óssea ou articular, às vezes com inflamação (dor 
retroesternal); História de quadro respiratório: 1-2 meses 
ants; Sinais e sintomas de insuficiência da medula óssea: 
Palidez, epistaxis, petéquias, equimoses; 
 Adenopatias, esplenomegália, raramente hepatomegália; 
 Raras vezes sinais de HIC com papiledema, paralisia depares cranianos. 
 Tríade de cushing: HIC;Bradicárdia;Respiração irregular 
Diagnóstico: 
Sangue periférico: insuf da mo, anemia, trombocitopénia, 
leucopénia, linfoblastos na periferia; Medulograma e/ou 
biópsia da mo: linfoblastos, dim/ausencia de outras 
progenies celulares. 
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Página 145 
Tratamento: Fase de indução da remissão (4-6semanas): 
vincristina, esteroides, asparginose; 
Profilaxia do SNC: metotrexato intratecal 2 doses. 
 Remissão: presença de menos de 5% de blastos na 
medula e normalização da contagem de leucócitos e 
plaquetas na periferia. 
 Fase de consolidação:O mesmo tto que o da fase de 
indução; Terapia do snc, Prevenção de recidivas; 2-3 anos 
Mecaptopuria diária ou metotrexato semanal 
Elementos de mau prognóstico: 
 Idade <1ano e >10anos; 
 Sexo masculino; 
 Mais de 50 000 leucócitos; 
 Afectação do snc (HIC) afinidade com linfoblastos; 
 
Imunofenótipo tt;Má resposta ao tto inicial.. 
LMA 
11% de todos os casos de leucemias na infância. 
 Classificada de acordo com os critérios morfológicos. 
 Mais frequente em adultos que em crianças. 
 Menos frequente que lla. 
 Clínica:mais frequentes púrpuras, sindr hemorrágico. 
 Aparecem nódulos subcutâneos, infiltrações das céls 
mieloblásticas no tecido celular subcutâneo, gengivas. 
 Achados de cid e cloromas ou sarcomas granulocíticos. 
 Menos adenopatias, hepatoesplenomegália. 
LMC 
2-3% de todos os casos de leucemias. 
 Raro em <10anos. 
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 99% têm uma translocação específica conhecida do 
cromossoma filadélfia. 
Fase crónica: Inicial com marcada leucocitose e 
imaturos.Às vezes assintomáticas; Febre, cansaço, perda 
de peso, anorexia, esplenomegália marcada. 
Anemia, trombocitose. 
Fase de crise blástica: 
Proliferação incontrolável de mieloblastos.Tem pior 
prognóstico que lma. 
 Evolui depois de 3-4 anos a uma fase acelerada. 
 Aumento dramático da contagem de céls sem resposta 
ao tto. 
Hiperuricémia, o sangue torna-se hiperviscoso e 
aparecem manifestações neurológicas (transtornos 
isquémicos e infarto cerebral). 
Tratamento: 
 
 
 Fase I: indução da remissão. 
 Fase II: consolidação. 
 Transplante mo. 
 Tto SNC e manutenção. 
Prognóstico:Mau, Cura em 60%. 
 
Linfomas 
Neoplasias malignas com proliferação de células nativas 
dos tecidos linfóides (linfocitos, histiócitos, seus 
precursores e derivados. 
90% dos casos de doenças de Hodgkin tem origem nos 
gânglios linfáticos 
 60% dos casos de doença não Hodgkin tem origem nos 
gânglios linfáticos 
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A)Linfomas (doença) de Hodgkin 
Representa 5% dos cancros em <15 anos. 
 -Barr. 
 
 Mais homens (2:1) 
Patologia: Típica cél de Reed-Sternberg (cél gigantes 15-
45 m) e núcleos múltiplos ou multilobulados. 
Há 4 subtipos histológicos: 
Predominante em linfócitos 2-10%; 
Esclerosante nodular 40-80%; 
 Celularidade mista 20-40%; 
 Depletados em linfócitos. 
 gânglios linfáticos regionais. 
óssea, cérebro. 
Imunidade celular 
Clínica 
Adenomegália não dolorosa, dura, supraclavicular, 
cervical + comum; raramente ocorre linfadenopatia 
generalizada. 
 Massa mediastinal anterior;Obstrução respiratória; 
Derrame pleural/pericárdico; 
 Disfunção hepatocelular; 
 Manifestações GI: vomios, sangramento, obstipação, 
diarreia 
 Manifestações ósseas: dores ósseas, fracturas 
patológicas (raras) 
 Infiltração da medula óssea 
(anemia/neutropenia/trombocitopénia); 
 Manifestaçoes neurológicas: compressão dos nervos 
cranianos e medulares, Síndr nefrótico (rara); 
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 Sintomas sistémicos: Febre nexplicada e baixa;Perda de 
peso;Suores nocturnos,Anorexia, Prurido 
 Pode complicar-se com tuberculose, infecções fúngicas, 
 
 Manifestações cutâneas: prurido, herpes zoster, nódulos, 
dermatite exfoliativa 
Diagnóstico: 
 Clínico 
 Rx torax; 
 
cels Reed-sternberg 
 Hemograma: anemia normocitica normocromica, reacção 
leucemóide, leucocitose, linfopenia 
 VS, ferritina sérica, cobre sérico (c/ valor prognóstico); 
Função hepática; fosfatase alcalina, LDH 
 TAC toráxico com contraste; 
 TAC abdominal com contraste; 
 Biópsia da medula óssea: infiltrado com cels Reed-
sternberg 
Sistema de estadiamento da D. de Hodgkin 
Estadio I – envolvimento de uma única região linfática ou 
1 único órgão ou local extra-linfático. 
 Estadio II – envolvimento de 2 ou + regiões linfáticas no 
mesmo lado do diafragma; ou envolvimento localizado de 
1 órgão ou local extra-linfático ou 1 ou + regiões linfáticas 
do mesmo lado do diafragma. 
Estadio III – envolvimento de regiões linfáticas em ambos 
os lados do diafragma, que pode ser acompanhado por 
envolvimento localizado de 1 região ou local extra-
hepático ou envolvimento esplénico. 
Estadio IV – envolvimento difuso ou disseminado de 1 ou 
+ órgãos ou tecidos extra-linfáticos, c/ ou s/ 
envolvimentos associados dos gânglios linfáticos. 
Tratamento 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
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Baseado no estadiamento e idade do dte 
Quimioterapia (estadio I, II e IIIA) curas 90% 
 MOPP – mostarda nitrogenada, vincristina, procarbazina, 
prednisolona; 
 ABVD – adriamicina, bleomicina, vimblastina, 
dacarbazina. 
Quimioterapia (estadio IIIB e IV) curas 60-70% 
 Mesmas associações terapêuticas; 
 Radioterapia (opcional). 
Transplante de medula 
Radioterapia 
B)Linfomas não hodgkin (LNH) 
Resulta da proliferação clonal maligna de ly T, B ou de 
origem celular indeterminada. 
Representa 60% dos tumores da infância na África 
Equatorial (devido ao L. Burkitt). 
Nalgumas situações há similaridade c/ LLA: 
 Dte com LNH linfoblástico c/ >25% linfoblastos na medula 
óssea – tto como LLA; 
 Dte com LLA céls B – tto como L. Burkitt. 
Tem pior prognostico, altamente malignos. 
Mais comum em mulheres (3:1), 7-11 anos. 
Factores predisponentes: VEB, translocaçoes, 
telangiectasias, imunodefeciencias graves, SIDA, 
radiações, químicas. 
É possível detectar uma causa. 
Patologia 
 Papel importante vírus E. barr (VEB) na patogênese do L. 
Burkitt (genoma EBV em 95% das céls tumorais); 
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 Imunodeficiência preexistente (congénita/adquirida) 
predispõe para o LNH; 
 A maioria dos casos em crianças são neoplasias difusas. 
Há 3 subtipos histológicos: 
Linfoblástico (céls T); 
 Linfoma de céls grandes (origem T, B ou indeterminada); 
 Linfoma de céls pequenas (origem B). 
Clínica:Varia com o local, extensão e sub-tipo histológico 
Laboratório 
 Aumento do do ác úrico; 
 Aumento da desidrogenase láctica. 
Diagnóstico: Idêntico ao L. de Hodgkin. 
Sistema de estadiamento do LNH: 
Estadio I – tumor único (extra-linf) ou área anatómica 
única (linfática), c/ exclusão do mediastino/abdomen. 
Estadio II: 
Tumor único (extra-linf) c/ envolvimento ganglionar 
regional;2/+ áreas linf do mesmo lado do diafragma; 
2 tumores simples (extra-linfáticos) c/ ou s/ envolvimento 
ganglionar do mesmo lado do diafragma; 
Tumor GI 1rio, geralmente ileo-cecal, c/ ou s/ 
envolvimento dos gânglios mesentéricos, que devem ser 
ressecados. 
 
Estadio III: 
2 tumores simples (extra-linf) nos lados opostos do 
diafragma; 
2/+ áreas linfáticas acima e abaixo do diafragma; 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
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Tumor intratorácico primario (mediastinal) pleural, 
tímico; 
Tumor abdominal 1rio extenso. 
Estadio IV: Qualquer acima, c/ envolvimento do SNC e/ou 
medula óssea na altura do diagnóstico. 
Tratamento: 
Excisão cirúrgica do tumor abdominal; 
 Quimioterapia em todos os estadios. 
4o estadio: CVMP – ciclofosfamida, vincristina, 
metotrexato, prednisolona (6 ciclos c/ 90% de cura). 
Estadios avançados: Diversos esquemas dependendo do 
subtipo histológico 
 
Retinoblastoma 
Definição: Tumor maligno originado na retina imatura. 
2% dos tumores da infância. 
Sofre regressão espontânea 
 Incidência diminui com a idade 
 Risco de desenvolver outros tumores: Ca das pequena 
células do pulmão, Ca da bexiga, mama e prostata, 
osteossarcoma. 
 Surge de uma célula neuroepitelial, ++ retina posterior 
 Pode ser herdado ou resultar de mutação. 
10% - 
dominante); 
20-30% - 
25% - com delecção envolvendo os cromossomas 13-14. 
Diagnóstico: 
Geralmente aos 3-4 anos com reflexo branco da pupila. 
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(pupila olho-de-gato) ou estrabismo que se investiga com 
oftalmoscopia indirecta com pupilas dilatadas. 
 Elevações na retina, únicas ou múltiplas; 
 Tumores c/ calcificações. 
 Perda de visão 
 Dor ocular em casos avançados, Irregularidade pupilar, 
Linfedema, Paraptose,Aumento da PI craniana,Dor ossea 
Exames auxiliares: 
Rx cabeça: calcificações intra-oculares 
 TAC, Punção lombar, Rx ossos,Cintigrafia óssea 
Despiste:Informação aos familiares dos riscos e 
implicações genéticas; 
 Os familiares directos devem ser sujeitos ao ex 
oftalmoscópico p excluir retinoblastoma (nos novos) ou 
retinocitoma (nos velhos). 
 
 
Tratamento: 
Se diagnosticado quando o tumor intraocular – 90% de 
cura. 
1.Retinoblastoma unilateral – enucleação e maior 
remoção possível do nervo óptico. 
2.Retinoblastoma bilateral – visão preservada com a 
coagulação ou enucleação unilateral e fotocoagulação, 
crioterapia ou radioterapia do outro olho. 
3.Quimioterapia – carboplatina + ectoposido ou 
ciclofosfamida + vincristina. 
4.Controle oftalmológico de 2-2 ou 4-4 meses, se 
necessário com retratamento. 
5.Despiste de células neoplásicas no LCR e na medula 
óssea. 
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Todas as crianças a partir dos 6 meses de idade com 
nistagmo, estrabismo, exige fundoscopia para despiste 
precoce de retinoblastoma 
 
Insuficiencia cardiaca 
Síndrome clínico na qual há incapacidade do coração em 
manter perfusão tecidual adequada as exigencia 
metabólicas do organismo. 
 
 
 
 
 
 
 
Cardiopatia adquirida 
 Miocardite viral comum em crianças > de 1 ano 
Cardite reumática aguda, a ICC na idade escolar 
Valvulopatia cardíaca reumática geralmente cursam com 
sobrecarga de volume como IM e IAo 
MCPD ocasiona ICC em qualquer idade 
Idiopática 
Infecciosa 
Transtornos metabólicos ou autoimune 
MCP por doxorrubicina meses ou anos após QT 
MCP por distrofia muscular de Duchene 
 
 
 
 CARDIOPATIAS CONGENITAS 
1ª semana 2ª sem-12 meses Pré-escolares/ 
Adulto 
PCA D-TGA CP reumática 
EP severa CP complexas Miocardiopatias 
Co Ao severa DVAPP 
 
Septicemia Miocardites 
 
DVATP CIV/DAP 
 
 
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DIAGNÓSTICO 
Baseia-se em dados clínicos 
Antecedentes 
Exame físico 
Rx de tórax (cardiomegalia é um sinal preliminar do 
diagnóstico) 
ECG ajuda a determinar tipo de CP, mas não é util na IC 
Ecocardiografía (confirma o diagnóstico, permite calcular 
a gravidade e identifica a causa da ICC) 
Tratamento 
Objectivo 
Aliviar os sintomas 
Melhorar a função contractil do miocardio 
Tratar causas desecandeantes ou contribuintes (pe. 
anemia, infecção, febre, arritmias) 
 Manifestações clÍnicas 
Congetão 
venosa 
sistém 
Congestão 
venosa 
pulm 
Acção 
adrenérg 
Baixo débito e 
Choque 
Hepatomeg Dispnéia Irritabilidade Apatia/ fadiga 
Edema Taquipnéia Palidez 
cutâneo 
Extremidades 
frias 
Ganho de 
peso 
Gemido 
expiratório 
Taquicárdia Cianose 
periférica 
PVJ + Pousa às 
mamadas 
Sudorese fria, 
pele húmida 
Pulsos finos e 
fracos 
Anasarca Crepitantes Ansiedade Hipot/oligúria 
 
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Controle da IC 
Tratamento da causa 
Tto cirúrgico das CP congénitas e das valvulopatias 
quando factível 
Na HTA tratar com anti hipertensivos 
BAV ou arritmias, tratar com anti arritmicos ou MCP 
cardíaco 
Hipertitoidismo tratar o transtorno 
Febre dar antipirético 
Transfundir se anemia 
Antibioterapia se infecçoes 
Tratamento farmacologico 
Aminas 
Acção rápida se empregam em situações criÍticas ou 
doença aguda, com IRA ou em CP operados 
Se associa diuréticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IECA: Diminuem a pós carga 
Aumentam o gasto cardiaco sem aumentar o consumo de 
O2 
Digoxina 
Idade Dose ataque 
mcg/kg 
Manutençao mcg/kg 
Pre termo 20 5 
Neonato 30 8 
Menor de 2 
Anos 
40-50 10-12 
Maior de 2 
Anos 
30-50 8-10 
1 micograma (mcg) = 0,001mg 
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1. Captopril 0.1- 0,4mg/kg/dose 1-2vezes/dia no 
RN 
 0,5-6mg/kg 1-4vezes/dia no lactente 
12,5mg/dose, 1-2 vezes por dia em crianças 
2. Enalapril 0,1mg/kg/dia 1-2 vezes/dia 
 
Diuréticos 
Diminuem pós carga e melhora sintomas congestivos, 
mas não melhora gasto cardiaco nem a contractilidade 
Furosemida oral: 1-3mg/kg/dia; máx 12mg/kg/dia 1 a 4 
tomas por dia 
Furosemida EV 0,5-1mg/kg/dose 
Espironalactona oral: 1-3mg/kg/dia; 1 a 3 tomas por dia 
Combinaçao de Inotrópico, vasodilatadores e diurético 
produz melhoria do estado inotrópico e sintomas 
congestivos (Digoxina+IECA+Furosemida 
 
NEUROLOGIA 
PEDIÁTRICA 
Parasilisia cerebral infantil 
 
 
 
 
 
 
 
 
Várias etiologias podem ser separadas em um período de 
tempo (momento em que ocorreram) 
 Paralisia cerebral infantil 
Capacidade motora grossa Idade média de 
desenvolvimento 
Anormal se 
não presente 
Elevação da cabeça, decúbito 
ventral 
1 mês 3 meses 
Suporta o tronco (ventral) 3 meses 4 meses 
Rola (ventral para dorsal) 4 meses 6 meses 
Sentar sem apoio 6 meses 9 meses 
Levanta 9 meses 12 meses 
Anda 12 meses 18 meses 
Sobe escadas 18 meses 24 meses 
Joga a bola 24 meses 30 meses 
Salta com os dois pés 30 meses 36 meses 
Permanece de pé com um pé 36 meses 42 meses 
 
 
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CAUSAS 
Pré-natais 
pré-natal e Neonatais estão principalmente relacionadas 
à prematuridade e problemas do parto, que levam a 
diferentes padrões de lesão. 
1.Prematuridade e hemorragias cerebrais 
2.hemorragia intraventricular 
3.hemorragia da matriz germinal 
4.hemorragia periventricular-intraventricular, que leva a 
Leucomalácia periventricular 
Neonatais 
1.Eventos Hipóxicos 
2.encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI). 
Pós-natais 
trauma pós-parto, infecções, encefalopatia metabólica e 
toxicidades 
Entre 10 e 25% casos dePCI têm uma causa pós-natal. 
Terminologia e Classificação 
Baseada no padrão anatómico de envolvimento. 
Classificação em: 
Monoplegia quando envolve um membro 
Hemiplegia, envolve uma metade do corpo 
Diplegia/ paraplegia, envolve primariamente as 
extremidades inferiores, com envolvimento ligeiro das 
extremidades superiores 
Quadriplegia / tetraplegia, envolve os 4 membros. 
Triplegia, hemiplegia+padrão diplégico 
Em geral, hemiplegia e diplegia -podem andar 
Quadriplegia - cadeira de rodas 
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Classificação em: 
 Espásticas ou piramidais 
Extrapiramidais: 
1.Atetóide (e Coreo-atetóide) 
2. Distónica 
Atáxicas 
 Mista 
Tratamento 
Prevenção 
Abordagem multidisciplinar 
Fisioterapia 
Imobilização das Fracturas 
Drogas específicas (FAE...) 
Drogas anti-espásticas 
Diazepam 
Baclofeno 
Lamotrigina 
Epilepsia 
Epilepsia é uma condição crónica caracterizada pela 
recorrência no tempo e de forma aparentemente 
espontânea de crises epilépticas (crises convulsivas 
convulsões recorrentes) 
Tratamento: 
Crises focais: Carbamazepina cp de 200mg (iniciar com 
10 mg/Kg/dia, aumentos graduais de acordo com a 
necessidade até 30mg/kg/dia) - 2-3X/dia 
 Valproato de Sódio cp de 200mg (iniciar com 10 
mg/Kg/dia, aumentos graduais de acordo com a 
necessidade até 50-60mg/kg/dia) - 3X/dia 
 Fenitoína (dose 5-7mg/kg/dia - 2X/dia) 
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 Crises generalizadas: 1.Fenobarbital (dose 3-8mg/kg/dia 
- 2X/dia) 2. Valproato de Sódio 
 Crises de ausencia: Valproato de Sódio 
 
 
Malnutrição 
Caro leitor aqui não abordaremos malnutrição como tal 
mas sim falaremos da desnutrição, e o que eu acho tem 
relevancia por enquanto no nosso pais. No que tange 
malnutrição por excesso como obesidade esta fora do 
meu eido. 
Desnutrição 
Segundo o manual de reabilitação nutricional 
do MISAU 
Desnutrição Aguda GRAVE com complicões médicas 
1.Edema bilateral(+) ou (++) ou (+++) 
2.P/E 6-59 meses: < -3 DP ou 
 IMC/Idade 5–15 anos: < -3 DP ou 
 PB 6-59 meses: < 11,5 cm 
 5–10 anos: < 13,0 cm 
11-15 anos: < 16,0 cm 
Um dos seguintes sinais e sintomas: 
• Convulsões• Inconsciência• Letargia, não alerta• 
Hipoglicemia• Hipotermia• Desidratação severa• 
Infecção respiratória baixa• Febre elevada• Anemia 
severa• Sinais de deficiência de Vitamina A• Vómito 
intratável• Anorexia ou sem apetite• Descamação da pele 
3.Crianças < 6 meses e crianças ≥ 6 meses com peso < 4 
kg: Edema bilateral ou Emagrecimento acentuado ou 
Crianças que correm maior risco de DAG devido à 
ingestão de alimentos inadequada 
Plano de Tratamento 
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Tratamento da Desnutrição no Internamento 
1. Dar leite terapêutico (ver adiante) 
2. Seguimento diario 
 Criterios 
Criancas > 6 meses: Passar para o Tratamento em 
Ambulatorio quando a crianca: 
. Tem apetite: Consome pelo menos 80% da racao diaria 
de ATPU (Alimento Terapêutico Pronto para Uso, mais 
conhecido por Plumpy´nut) 
. Não tem edema durante 7 dias 
. Esta alerta 
. Esta clinicamente bem 
Para criancas que fazem a reabilitacao em 
internamento,alta com ATPU, e seguimento continuo por 
3 meses na CCR quando a crianca: 
. Tem P/E . . 1 DP em 2 pesagens sucessivas 
. Nao tem edema bilateral durante 7 dias 
. Pode comer a comida da familia 
Criancas <6 meses: Alta e seguimento por 3 meses na CCR 
quando a crianca atinge os seguintes criterios: 
. Criancas com aleitamento materno: minimo de 20 g de 
ganho de peso/dia com o leite materno durante 5 dias 
. Criancas sem aleitamento materno: aumento de peso 
em 15% e pode consumir outros alimentos adequados 
para idade 
. Nao tem edema durante 2 semanas 
. Esta alerta 
. Esta clinicamente bem 
 
Desnutrição Aguda GRAVE sem complicações médicas 
P/E 6-59 meses: < -3 DP ou 
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 IMC/Idade 5–15 anos: < -3 DP ou 
PB 6-59 meses: < 11,5 cm 
 5–10 anos: < 13,0 cm 
11-15 anos: < 16,0 cm E 
• Sem edema 
• Tem apetite 
• Alerta 
• Clinicamente bem 
 
Tratamento da Desnutricao em Ambulatório 
 Dar ATPU 
 Seguimento cada 7 dias 
 Dar educacao nutricional com demonstracao culinaria 
Criterios de alta 
Alta com ATPU quando a criança: 
• Tem P/E ou IMC/Idade ≥ – 1 DP em 2 pesagens 
sucessivas 
•Tem apetite 
• Pode comer a comida da família 
Continuar seguimento, se a criança mantiver P/E ou IMC/ 
idade ≥ – 1 DP por 3 meses. 
 
Desnutrição Aguda MODERADA 
P/E 6-59 meses: ≥ –3 e < –2 DP ou 
 IMC/Idade 5–15 anos: ≥ –3 e < –2 DP ou 
 PB 6-59 meses: ≥ 11,5 e < 12,5 cm 
5–10 anos: ≥ 13,0 e < 14,5 cm 
11-15 anos: ≥ 16,0 e < 18,5 cm 
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• Sem edema 
• Tem apetite 
• Alerta 
• Clinicamente bem 
Suplementação Alimentar 
Critérios de alta 
Dar MAE (Mistura Alimentícia Enriquecida, mais 
conhecida por CSB Plus) ou ATPU 
Seguimento cada 15 dias 
Dar educação nutricional com demonstração culinária 
Alta com MAE ou ATPU quando a criança: 
• Tem P/E ou IMC/Idade ≥ – 1 DP em 2 pesagens 
sucessivas 
Continuar seguimento, se a criança mantiver P/E ou IMC/ 
idade ≥ – 1 DP por 3 meses 
2.Segundo curso de malnutrição (FACMED-UEM) 
 Desnutrição 
 É o resultado da ingestão inadequada de alimentos, 
podendo ser por: 
 Defeito → Subnutrição, ex: Baixo peso, Marasmo, 
Kwashiorkor e Kwashiorkor marasmático - Excesso → 
Hipernutrição, ex: obesidade. 
 Sinónimo: Malnutrição 
 Observação: Em virtude da maioria dos quadros de 
desnutrição (nos países em desenvolvimento como é o 
caso de Moçambique) ser por défice, o termo 
desnutrição/malnutrição tem sido habitualmente usado 
como Sinónimo de subnutrição 
Critérios para internamento 
As Crianças ≥ 6 meses até 18 anos de idade: 
P/A<70% ou 
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Página 163 
PMB <11cm para uma criança com um comprimento de 
≥75cm ou Edema bilateral 
Adultos : IMC <16 ou edema bilateral 
Tratamento 
Fase 1 (fase aguda) 
Complicações 
Fase de Transição 
Fase 2 (fase de recuperação) 
Os doentes de cada fase devem sempre ser tratados em 
conjunto, fisicamente separados dos doentes em outras 
fases, ou dos doentes com outras doenças”. 
Na fase 1, devemos: 
Alimentar o doente com F75, 8 vezes por dia, segundo as 
tabelas de quantidades; 
Dar os medicamentos de rotina 
Avaliar o doente 
Prevenir, diagnosticar e tratar:hipoglicémia, hipotermia, 
Insuficiência cardíaca, Anemia grave, Shock séptico, 
Desidratação e Infecções 
 
Fase 1: 8 refeições 
F75: 75kcal/100ml 
Tem menos sódio, proteínas, gordura, menor 
osmolaridade e 
carga de soluto renal do que F100; 
Tem menos densidade energética 
Quantidades: 100kcal/130ml/kg/d para crianças. 
 Mais para crianças mais pequenas e menos para as mais 
velhas e adultos – consulte a tabela 
Alimente com chávena e prato ou SNG (não use colher) 
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Página 164 
Utilíze uma SNG número - 8, quando: 
É aceite menos de 75% da dieta prescrita na fase 1 
Há pneumonia com alta frequência respiratória 
Há lesões dolorosas na boca 
Há fenda palatina ou outros defeitos físicos 
Em caso de alteração da consciência 
 
Tabela para ver o volume de F75 a dar em cada 
refeição na Fase 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fase 1: Medicamentosde Rotina 
Peso da pessoa kg Ml para cada refeicao 
(8 refeiçõs por dia) 
Total diario 
(ml) 
2,0-2,1 40 320 
2,2-2,4 45 360 
2,5-2,7 50 400 
2,8-2,9 55 440 
3,0-3,4 60 480 
3,5-3,9 65 520 
4,0-4,4 70 560 
4,5-4,9 80 640 
5,0-5,4 90 720 
5,5-5,9 100 800 
6,-6,9 110 880 
7,-7,9 125 1000 
8,0-8,9 140 1120 
9,0-9,9 155 1240 
10,0-10,9 170 1340 
11-11,9 190 1520 
12-12,9 205 1640 
13-13,9 230 1840 
14-14,9 250 2000 
15-19,9 260 2080 
20-24,9 290 2320 
25-29,9 300 2400 
30-39,9 320 2560 
40-60 350 2800 
 
BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
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Página 165 
Ácido Fólico; 5 mg dose única 
Dar 2 doses de Vitamina A, a todos os casos de: 
Sarampo e pós-Sarampo, 
Diarreias de repetição e infecções respiratórias e 
Nas crianças com Xeroftalmia dar uma terceira dose, um 
mês depois na consulta de controle 
NÃO DAR NOS CASOS DE KWASHIORKOR 
≤ 8 kg: 100.000 IU (ou 4 gotas/meia cápsula vermelha); 
≥ 8 kg: 200.000 IU (8 gotas/uma cápsula vermelha) 
Vacina contra o Sarampo; 
 Todas as crianças com idade > 9 meses não vacinadas 
 
 
 
ANTIBIÓTICOS 
À todos os doentes 
Devem ser prescritos de acordo com: 
 - Critérios de gravidade do doente; 
 -Padrões de resistência Bacteriana locais; 
 -Disponibilidade 
Durante toda a Fase 1 + 4 dias; 
Primeira linha 
 A)Amoxacilina, 
 B)Ampicilina, 
 C)Ampicilina+Gentamicina via parentérica 
Segunda linha: Cloranfenicol 
Terceira Linha: Depende da patología de base do caso 
 
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Critérios para passar da Fase 1 para o Fase de transição 
Pelo menos há início da perda dos edemas E 
 Recuperar o apetite E 
 Sem necessidade de SNG e soros E 
 Sem problemas médicos de gravidade 
 
A ÚNICA diferença é uma mudança no tipo de dieta – 
todo o resto é igual à Fase 1 
Monitorar o doente 
Alimentar o doente exactamente da mesma maneira que 
na Fase 1, excepto que se dá F100 (100kcal/100ml) em 
vez de F75. 
Dá-se o mesmo volume, de forma que o aporte 
energético aumenta em 30%, e a criança começa a 
 aumentar de peso. O aumento de peso esperado é de 
cerca de 6g/kg/d se não houver edema – ou troca do 
liquido do edema por tecido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela para ver o volume de F100 a dar em cada refeição na Fase de 
Transição 
Peso da pessoa 
kg 
Ml para cada refeicao (8 
refeiçõs por dia) 
Total diario 
(ml) 
Menos de 3kg 
 
Somente F100 diluido é usasdo para este peso 
3,0-3,4 60 480 
3,5-3,9 65 520 
4,0-4,4 70 560 
4,5-4,9 80 640 
5,0-5,4 90 720 
5,5-5,9 100 800 
6,-6,9 110 880 
7,-7,9 125 1000 
8,0-8,9 140 1120 
9,0-9,9 155 1240 
10,0-10,9 170 1340 
11-11,9 190 1520 
12-12,9 205 1640 
13-13,9 230 1840 
14-14,9 250 2000 
15-19,9 260 2080 
20-24,9 290 2320 
25-29,9 300 2400 
30-39,9 320 2560 
40-60 350 2800 
 
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Critérios para se voltar da Fase de Transição para Fase 1 
Ritmo de ganho de peso de mais de 10g/kg/d (significa 
que há excesso de acumulação de fluído – não há 
suficiente energia para permitir um aumento tão rápido 
de peso) 
Aumento do edema ou aparecimento de edema de 
realimentação 
Aumento rápido do tamanho do fígado ou dor à palpação 
do fígado 
Critérios para se voltar da Fase de Transição para Fase 1 
Observa-se sinais de sobrecarga hídrica, insuficiência 
cardíaca ou perturbação respiratória 
Ocorrência de distenção abdominal 
Se a diarreia de realimentação é suficiente para levar a 
perda de peso (podem normalmente observar-se fezes 
moles mas que não fazem baixar o peso) 
Se se verificar qualquer complicação que requer uso de 
medicamentos EV, ou terapêutica de rehidratação ou 
perda de apetite 
Critérios para progredir da Fase de Transição p/ Fase 2 
Para doentes emagrecidos, manter na fase de transição 
pelo menos 2 dias 
 Um bom apetite – Come toda a refeição sem grandes 
pausas 
Desaparecimento completo de edema 
Sem outro problema médico 
Fase 2 ou Fase de recuperação 
F100* 5 vezes por dia usando as tabelas de consulta mais 
uma papa para criança ≥ 8kg (papa = 300 a 350kcal) 
Medicamentos de rotina 
Monitorizar e estudar se houver alguma falta de resposta 
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Se houver algum sinal de doença, os doentes voltam à Fase 
1.“Existe alimento terapêutico pronto para usar – como 
PlumpyNut – para tratamento em casa ou para a noite. 
Tem quase a mesma fórmula que o F100). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela para ver o volume de F100 + Ferro a dar em cada refeição na Fase 2 
Peso da pessoa 
kg 
Ml para cada refeicao (8 refeiçõs 
por dia) 
Total diario 
(ml) 
Menos de 3kg 
 
Somente F100 diluido é usasdo para este peso 
3,0-3,4 130 650 
3,5-3,9 150 750 
4,5-4,9 180 900 
5,5-5,9 200 1000 
6,-6,9 250 1250 
7,-7,9 300 1500 
8,0-8,9 330 1650 
9,0-9,9 360 1800 
 
10-11,9 420 2100 
12-14,9 520 2600 
15-19,9 650 3250 
20-24,9 780 3900 
25-29,9 900 4500 
30-39,9 1000 5000 
40-60 1200 6000 
 
Tabela para “PlumpyNut” a dar em cada refeição na Fase 2: 
6 refeições/dia 
Peso da 
pessoa kg 
Kcal para 
cada 
refeição 
Saquetas de 
PlumpyNut para 
cada refeição 
Total saquetas de 
PlumpyNut para 
24 horas 
5,5-5,9 180 ⅓ saqueta 2 saquetas 
6,-6,9 210 ½saqueta 3 saquetas 
7,-7,9 240 ½saqueta 3 saquetas 
8,0-8,9 270 ½ saquta 3 saquetas 
9,0-9,9 300 ⅔saqueta 4 saquetas 
10-11,9 350 ⅔saqueta 4 saquetas 
12-14,9 450 1 saqueta 6 saquetas 
15-19,9 550 1 saqueta 6 saquetas 
20-24,9 650 1½ saqueta 9 saquetas 
25-29,9 750 1 ½saqueta 9 saquetas 
30-39,9 850 1⅔ saqueta 10 saquetas 
40-60 1000 2 saqueta 12 saquetas 
 
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Medicamentos de Rotina 
Junta-se sulfato ferroso à dieta (1 comp. sulfato ferroso 
para 2 litros de F100*) 
Não dar à criança Seropositiva que não está a receber 
TARV; 
Desparasitar: mebendazol ou albendazol no início de
 Fase 2 
Terceira dose de Vitamina A no dia 14 
O PlumpyNut já tem Ferro incorporado - não deve ser 
usado na Fase 1 ou em qualquer doente com edema, 
excepto numa emergência 
Critérios e procedimentos para alta 
P/A ≥ 85% e PMB ≥ 12cm (se o comprimento ≥ 75cm) 
ou IMC ≥ 17.5 E 
Sem edema por 10 dias 
Educação às mães efectuada 
Vacinação em dia 
Medidas de seguimento assegurado 
 
Nutrientes tipo 1 e tipo 2 
Tipo1: Nutrientes funcionais 
Têm reserva no corpo 
Reduzem em concentração com deficiência 
Existem sinais específicos de deficiência 
Falência de crescimento não é uma caracteristica 
Variáveis no leite materno 
 
Tipo2: Nutrientes de crescimento 
Não têm reserva no corpo 
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Estáveis na concentração dos tecidos 
Sem sinais específicos de deficiência 
Falência de crescimento é caracteristica dominante 
Estáveis no leite materno 
 
Tipo I 
Ferro.Iodo.Cobre.Cálcio.Manganésio.Selénio.Tiamina.Ribo
flavina.Piridoxina.Niacina.Àcido 
escórbico.Folato.Cobalamina.Vitaminas A, D, E,K 
Tipo II 
Nitrogénio.Aminoácidos essenciais 
.Potássio.Sódio.Magnésio.Fósforo.Enxofre.Zinco.Cloro 
 
 
Marasmo 
Peso/idade <60 do peso esperado 
Perda marcante de peso, emagrecimento evidente 
Atrofia muscular 
Perda de tecido subcutâneo 
Pele fina, atrófica, descaída em pregas 
Face de velho 
Proeminência das Costelas,das articulações e dos malares 
Motilidade intestinal esta reduzida, o tempo de trânsito 
no intestino delgado esta aumentado 
Diminuição da produção do suco gástrico, bilis e suco 
pancreático.BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM 
 
 
 
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Kwashiorkor 
Afecta crianças no 2º ano de vida 
Mais comum na criança desmamada, afastada do leite 
materno 
Clinica:Início súbito,Diarréia,Desinterrese pela comida 
Cabelo fino, dispigmentado, quebradiço e alteração da 
cor,Pestanas longas e recurvadas, Bochechas 
cheias,Apatia, irritabilidade, anorexia 
Outras manifestações clínicas: 
Edema bilateral 
Amígdalas atróficas 
Ginecomastia 
Pele: primeiro escura depois fina e hipo pigmentada 
Abdómen protuberante 
Hepatomegália 
Ossos: Aumento das junções costocondrais 
Curso de Desnutrição grave 
Séptico Choque 
Causas:Desidratação 
Sepsis 
Insuficiencia cardiaca 
Manifestações clínicas 
Pulso radial, braquial, femoral ou carotideo fraco 
Extremidades frias 
Alteração consciência 
Associado a hipotermia, hipoglicemia e febre 
Como diagnosticar o shock séptico 
Sinais de presença de shock 
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Pulso débil e rápido, extremidades frias, palidez, 
sonolência 
Sem história de afundamento recente dos olhos 
Sem história de grandes perda de líquidos 
Pálpebras movendo normalmente ou fechadas no 
sono/inconsciência: shock séptico 
Retracção das pálpebras ou abertura ligeira no 
sono/inconsciência: Shock séptico 
Com Hipoglicémia 
Nota: retracção da pálpebra sem shock 
 – tratar imediatamente como hipoglicémia 
Shock Séptico: 
1.Consciente 
F 75 pela boca ou SNG 
2.Inconsciente 
Perdendo a consciencia 
solução de Darrow, 
 ou 1/2 fisiológico & 5% glucose 
 ou lactato de Ringer & 5% glucose 
a 15ml/kg na 1a hora 
Reavaliar de 10 min em 10 min 
Se possível, hemotransfusão: 10ml/kg em 3 horas, sem 
receber mais nada 
- Se melhorar, F-75; 
- Se consciente, SNG: F75 
Tratamento 
Antibioterapia de largo espectro 
Manter os doentes aquecidos 
Glicose oral- F75 pela SNG 
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Página 173 
Hidratação com soros ev 
Transfusão sangue total ou concentrado de 
globulos(10ml/kg) 
Fluidoterapia 
15ml/kg em 1h 
Soluto de Darrow com dextrose 5% ou 
Lactato ringer com dextrose 5% ou 
Soro fisiologico a 0,45% com dextrose a 5% 
Monitorizar de 10/10 minutos para sinais agravamento 
Aumento FR 
Aparecimento de respiração ruidosa 
Aumento tamanho do figado 
Ingurgitamento venoso 
Logo que o doente esteja melhor deve-se parar todo o 
tratamento ev e continuar com a dieta F75 
Anemia grave 
Concentração de Hg menor 50g/l 
Ou hematocrito menor que 12%. 
Transfundir 10ml/kg de concentrado globulos ou sangue 
total em 3h. 
Como diagnosticar e tratar Anemia 
Investigar Hb à entrada se houver suspeita clínica de 
anemia 
1.- Hb >= 50g/l ou 
Hematócrito >=12% 
ou entre 2 e14 dias após admissão 
Não necessita tratamento urgente 
Dar ferro na fase 2 
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2.- Hb < 50g/l ou 
- Hematócrito <12% 
APENAS durante as primeiras 48 horas após admissão: 
Dar 10ml/kg sangue total ou papa de glóbulos em 3 horas 
– não dar alimentos durante 3-5 horas 
 
Febre 
Despir a criança 
Dar mais liquidos a beber 
Paracetamol dose 10-15mg/kg dose 
(não dar no kw) 
Arrefecimento corporal 
Ausência de ruidos intestinais/ dilatação gastrica com 
distensão abdominal 
Antibioterapia largo espectro 
Sulfato magnesio(2ml sol. 50%) 
Aspiração com SNG, irrigação com 50ml solução isotonica 
e aspirar todo conteudo 
Água açucarada 5ml/kg no estomago e deixar 1h, aspirar 
e medir o volume 
Metronidazol 10mg/kg 8/8h 
Se não há melhorias após 6h 
Considerar administração de soros, deve conter cloreto 
de potassio. A quantidade de liquido não deve ser mais 
que 2-4ml/kg/h.

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