Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE MEDICINA BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA OS MUAPALA’S INTEGRAÇÃO EM PEDIATRIA Helhodoro Miguel Félix P. Muapala, Estudante da Faculdade de Medicina-UEM Conteúdo: Resumo de quadro clínico, diagnóstico e conduta das patologias pediátricas. MAPUTO, 2015 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 5 Í NDÍCE FICHA TÉCNICA .................................................................. 11 NEONATOLOGIA .................................................... 12 História clínica-neonatologia ............................................. 12 ASFIXIA PERINATAL ........................................................... 17 Hipoglicemia ..................................................................... 18 Ictericia Neonatal .............................................................. 20 Sepses neonal ................................................................... 22 Meningite Bacteriana ........................................................ 23 Resumo dos medicamentos em neonatologia(rotina) ....... 23 Convulsões ........................................................................ 24 Diarreia .............................................................................. 24 FLUIDOTERAPIA ................................................................. 24 INFECÇÕES CONGENITAS ................................................... 28 ANEXO ............................................................................... 30 LACTENTES/UCIP ..................................................33 Diarreia .............................................................................. 33 Disenteria .......................................................................... 33 Desidratação leve ......................................................... 36 Plano A. Tratar a diarreia em casa .............................. 36 Desidratacao noderada .................................................... 36 Desidratacao grave ...................................................... 39 Rehidratacao e correção do DHE...................................... 40 Necessidades Hidricas Diarias (NHD ................................. 40 Desidratação ...................................................................... 41 Hiponatramia ..................................................................... 43 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 6 Hipernatrémia ................................................................... 43 Hipocaliémia – Tratamento1 ............................................. 46 Hipercaliémia .................................................................... 47 Hipocalcémia ..................................................................... 48 Hipercalcémia – Tratamento ............................................. 48 Hipofosfatémia - Tratamento ........................................... 49 Hiperfosfatémia - Tratamento .......................................... 50 Hipomagnesémia - Tratamento ......................................... 50 Hipermagnesémia ............................................................. 50 Cetoacidose Diabetica ....................................................... 51 HIPOGLICEMIA .................................................................. 53 Queimadura ...................................................................... 53 MANEJO ............................................................................ 55 Intoxicação em pediatria ................................................... 58 Convulsões na urgência...................................................... 62 Anexo ................................................................................ 64 Escama de coma de Glasgow ........................................... 64 Desidratação Isotónica ..................................................... 65 Hipernatrémia com Hipovolémia ..................................... 66 Hipernatrémia com Hipervolémia .................................... 67 Hipocaliémia ..................................................................... 68 Hipercaliémia.................................................................... 69 Hipocalcémia .................................................................... 69 Hipercalcémia ................................................................... 70 Hipofosfatémia ................................................................. 71 Hiperfosfatémia ................................................................ 71 Hipomagnesémia .............................................................. 72 Medicamentos mais usados na UCIP .................................. 72 antiviral ............................................................................. 73 Diureticos ......................................................................... 73 Anticonvulsivantes ........................................................... 73 Antiinflamatorios .............................................................. 73 Broncodilatodores ............................................................ 74 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 7 Inotropico ......................................................................... 74 Analgesicos ....................................................................... 74 Antieméticos ..................................................................... 74 DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS ................. 75 Hospital dia pediátrico ...................................................... 75 Sequencia de criança seguida no HDP .............................. 75 Critérios para iniciar TARV em Moçambique .................... 77 Dosagens de formulações pediátricos .............................. 77 Razões para mudança de terapia ..................................... 78 Toxicidade ou intolerância aos ARV .................................. 79 Indicação clinica para mudança de TARV por intolerância/toxicidade ..................................................... 79 NOVAS NORMAS DO TARV ............................................... 80 Avaliação da eficácia do tratamento ................................ 83 Estadios da OM ................................................................. 84 MEDICAMENTOS:.............................................................. 85 ESQUEMA RÁPIDO DE TARV: ............................................ 88 Doenças oportunistas ........................................................ 88 PNEUMONIA BACTERIANA: ............................................... 88 PNEUMONIA POR PNEUMOCUTIS JIROVECI: ................... 88 PNEUMONIA INTERSTICIAL LINFOIDE: ................................ 89 MAC: COMPLEXO DE MICOBACTERIAS ATIPICAS:............... 89 Toxoplasmose ................................................................... 89 CITOMEGALOVIRUS- ......................................................... 90 CRIPTOCOCOSE ................................................................. 90 TUBERCULOSE .................................................................. 90 CANDIDIASE ...................................................................... 91 VARICELA .......................................................................... 91 HERPES ZOSTER ................................................................ 91 MENINGITE BACTERIANA ................................................. 92 Diagnostico: LCR ..........................................................93 Contra Indicações para P.Lombar ................................ 93 TRATAMENTO ANTIMICROBIANO- HCM ...................... 95 MALÁRIA ........................................................................... 96 HEPATITE ......................................................................... 100 Tetano ............................................................................. 104 Enterobíase: ..................................................................... 105 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 8 Ascaridíase ...................................................................... 105 Teniase ............................................................................ 106 DISENTERIA, DIARREIA PERSISTENTE, DIARREIA CRÓNICA E COLERA ........................................................................... 107 DIARREIA PERSISTENTE ................................................... 107 DIARREIA CRÓNICA ......................................................... 108 COLERA: .......................................................................... 108 PNEUMOLOGIA PEDIATRICA ......................... 110 Modelo de Historia HCM ................................................. 110 ASMA .............................................................................. 111 TUBERCULOSE: ................................................................ 113 Tratamento tuberculose infantil em Moçambique ........ 115 Pneumonia ...................................................................... 116 DOENÇAS GERAIS ............................................... 120 Introdução ....................................................................... 120 Resumo dos pontos importantes da história clínica ......... 120 FEBRE REUMATICA ........................................................... 124 Sindrome nefrótico .......................................................... 126 GLOMERULONEFRITE AGUDA .......................................... 130 INFECÇÃO URINÁRIA ........................................................ 132 Insuficiencia Renal ........................................................... 136 Tratamento das complicações ....................................... 138 HEMATOLOGIA .................................................... 141 ANEMIA NA INFANCIA ..................................................... 141 Classificação de anemia segundo OMS .......................... 142 LEUCEMIAS ...................................................................... 144 Linfomas .......................................................................... 146 A)Linfomas (doença) de Hodgkin ................................... 147 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 9 B)Linfomas não hodgkin (LNH) ....................................... 149 Retinoblastoma ............................................................... 151 Insuficiencia cardiaca ...................................................... 153 NEUROLOGIA PEDIÁTRICA ............................. 156 Parasilisia cerebral infantil .............................................. 156 Epilepsia .......................................................................... 158 MALNUTRIÇÃO.................................................... 159 Desnutrição ..................................................................... 159 Segundo o manual de reabilitação nutricional do MISAU ........................................................................................ 159 Tratamento da Desnutrição no Internamento ............... 160 Tratamento da Desnutricao em Ambulatório................. 161 Tabela para ver o volume de F75 a dar em cada refeição na Fase 1. ........................................................................ 164 Nutrientes tipo 1 e tipo 2................................................ 169 Marasmo ......................................................................... 170 Kwashiorkor ..................................................................... 171 Séptico Choque .............................................................. 171 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 10 À Bela, Meu factor intrinseco... BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 11 FICHA TÉCNICA Titulo: BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA Compilado e editado por : Helhodoro Miguel Félix P. Muapala, Estudante da UEM- Faculdade de Medicina Aranjo Gráfico: Helhodoro Muapala com apoio da Carla Monjane Local: Cidade de Maputo Data: Fevereiro- Dezembro de 2015 Fonte: Aulas de pediatria (slides de Docentes de Pediatria da FACMED-UEM) & Brochura de fármacos (sem bibliografia), apanhados, protocolos do MISAU e dos diferentes serviços BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 12 NEONATOLOGIA História clínica-neonatologia Identificação Gravidez actual Trabalho de parto Historia Familiar Historia Materna Gestações anteriores Motivo de internamento Exame Físico RN A TERMO >37 sem. gestação <42 sem. gestação PESO Médio ± 3.500 gr. Normal 2.500 gr. < 4.500 gr. BAIXO PESO AO NASCER PESO < 2500 GR Perda de peso fisiológica na 1ª semana de vida, até ± 10% - recupera pelo fim da 2ª semana COMPRIMENTO – Médio 50 cm (vértex ao calcanhar) Normal – 45 – 55 cm TAMANHO: (Perímetro Craniano) Média a Termo – 35cm Normal – 33 a 37 cm Aumento médio durante o 1° mês – 2 cm Exame Neurológico (detalhado, incluindo os reflexos primitivos: MONRO Obtém-se por extensão brusca da cabeça Abertura súbita dos braços e mãos, extensão dos MI seguido de lento retorno à posição inicial. Verificar assimetria ou ausência. Reflexos de Sucção, Deglutição e Engasgar BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 13 Presentes geralmente a partir das 32 sem. de gestação, são vitais para a sobrevivência do RN. O R. de Sucção permanece intacto mesmo na ausência do prosencéfalo.A sua ausência depois das 32 SG pode significar lesão neurológica severa Reflexo de busca ou R. dos pontos cardeais Quando se tocam as comissuras labiais ► desvio da boca e cabeça para o lado respectivo. Quando se tocam os lábios superior ou inferior, desencadeia abertura da boca na busca do mamilo Respostas dos nervos craneanos Reacção pupilar à luz - presente às 30 sem. de gestação. Exige abertura dos olhos e uso dum foco de luz.Rotação da cabeça e olhos em direcção a uma fonte de luz, mais fácil de observar a partir de 2 semanas após o nascimento Respostas dos nervos cranianos Reflexo da Glabela – Presente às 32-34 sem. de gestação. Um leve toque brusco logo acima da ponte do nariz, entre as sobrancelhas ► encerramento das pálpebras de ambos os lados Reflexo de Preensão palmar e plantar Presente às12 sem. de gestação. Surge quando se toca a palma das mãos ou planta dos pés ► flexão dos dedos -cReflexo tónico-cervical-assimétrico cervical assimétric Predomina entre as 30-36 sem. de gest., depois , e aumenta de novo entre as 4-6 semanas póstermo. Virando a cabeça para um lado, estendem-se o braço e perna desse lado e flectem-se os membros do lado oposto (posição de esgrima). Resposta à tracção Consiste numa resistência à extensão dos cotovelos qd. se puxa lentamente o RN para a posição sentado, segurando-o pelas mãos e punhos. Presente a partir das 35-37 Sem. Gest Respostas de “progressão R. de extensão cruzada – Estimulação da plantado pé retirada da mm perna → flexão da perna oposta BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 14 seguida de forte extensão e adução R. da marcha automática – Qd. se segura o RN na posição erecta com a planta do pé assente numa superfície dura tende a simular movimentos de marcha. Presente às 34 sem. de gestação. R. do degrau – Na posição erecta, qd. se toca com o dorso do pé numa superfície dura, tende a simular a subida dum degrau Resumo da historia (apenas achados positivos da historia clinica). Exames complementares de Diagnostico Diagnostico definitivo CÍNDICE DE APGAR Forma quantitativa de avaliação do estado geral do bebé imediatamente após o nascimento É geralmente feito ao 1° minuto, 5° minuto e 10° minuto Serve como orientação para a necessidade e tipo de manobras de reanimação RECÉM-NASCIDO COM ÍNDICE DE APGAR INFERIOR A 7 AO 1° MINUTO NECESSITA DE MANOBRAS DE REANIMAÇÃO SINAL 0 1 2 BATIMENT CARDÍACOS Ausente <100/min >100/min RESPIRAÇÃ Ausente Fraca/Irregular Forte/Grita TÓNUS MUSCULAR Hipotonia marcada Ligeira flexão dos membros Movim. Activo Bem flectidos RESPOSTA A ESTÍMULOS Nula Movim. fracos Caretas Choro forte CÔR Completame nte cianosado ou pálido Corpo rosado Extremid.cianos. Completa/te rosado BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 15 APGAR 1° MIN. – Indica sobretudo o RN que necessita atenção imediata APGAR 5° MIN. – Mais relacionado com a mortalidade e morbilidade neonatais APGAR 10° MIN. – Mais relacionado com a gravidade da Asfixia e possíveis sequelas neurológicas NÃO ASPIRAR POR ROTINA TODOS OS RN NA SALA DE PARTOS – Aspirar se: - Líquido Amniótico com mecónio espesso - Não inicia respiração conduta Aspirar delicadamente 1° a boca, depois as narinas. Com visão directa da laringe se mecónio espesso ENXUGAR O CORPO – Rápida e cuidadosamente com panos secos, limpos e se possível aquecidos para prevenção da hipotermia DETERMINAR O ÍNDICE DE APGAR (1°, 5° e 10° min.) IDENTIFICAR O RN (pulseira com o nome da mãe, sexo, data de nascimento, hora do nasc., peso do nasc.) VITAMINA K – 1 mg IM (profilaxia da Doença Hemorrágica do RN) PESAR O RN TETRACICLINA OFTÁLMICA POMADA -(profilaxia da Conjuntivite gonocócica) ALEITAMENTO MATERNO Imediato ou pelo menos nas primeiras 2 horas de vida Idade gestacional segundo metodo de BALLARD BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 16 Caluculo de IG- forma simples 1. Posição lateral do RN- < 29 SG 2. Reacção a luz-29 SG 3. Reflexo da glabela-31-34 SG 4. Sucção- 33-34 5. Tracção- 35 SG 6. Nódulo mamário de 5mm ou mais-36 SG 7. Prega no terço anterior da planta do pé- 36SG 8. Pregas em todo o pe- > 36 SG BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 17 ASFIXIA PERINATAL Estadiamento de Sarnat e Sarnat As manifestações clínicas da encefalopatia hipóxica isquémica, podem ser divididas em 3 estadios (I, II e III).Este classificação é aplicavél aos RNs IG> 36 semanas Estadio I (Ligeiro) Hiperalerta, irritável, tonus muscular normal Reflexo de sucção fraco Midríase bilateral Respiração espontânea, taquicárdia, secreções salivares Não tem Convulsões: raras, Frequência cardíaca instável, Secreções salivares e bronquiais abudantes e espessas, sintomas podem durar horas até semanas, O prognóstico é geralmente mau. Os sobreviventes têm sequelas neurológicas severasconvulsõe. Os sintomas duram menos de 24h .Bom prognóstico. Estadio II (Moderado) Letárgico, ↓ dos movimentos espontâneos e hipotonia ligeira Hipereactivos ou com mioclonus Reflexos:Sucção ↓ ou ausente Moro fraco ou incompleto oculovestibular hiperactivo Tónico do pescoço forte Pupilas mióticas Respiração espontânea, por vezes com apnéia Frequência cardíaca instável (bradicárdia ou taquicárdia) Secreções salivares e brónquicas profusas Convulsões focais ou multifocais (6 a 24horas após o nascimento) Os sintomas duram entre 2 a 14 dias Pequena parte tem mau prognóstico Estadio III (Severo) Grave comprometimento do nível de consciência (coma) com sinais de descerebração.Os movimentos espontâneos abolidos Flacidez muscular Reflexos Sucção ausente Moro ausente Tónico do pescoço ausenteOculovestibular↓ ou ausente Pupilas assimétricas e com fraca reacção à luz Respiração irregular e períodos de apnéiaConduta BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 18 Reanimação neonatal na sala de partos Control térmico (temperatura entre 35- 36ºc) Sinais vitais, monitorar a SaO2 Evitar manipulação excessiva Dieta zero Soro de manutenção Ventilação adequada Restrição hídrica: 60 ml/kg/dia em RNs em RNs com Asfixia grave. Correção da hipoglicémia se < 2.2 mmol/L (40mg/dl) Correção dos desiquilíbrios hidroelectróliticos ECN : Iniciar a alimentação entre 5-7 dias, ou após a normalização da motilidade intestinal e ausência de sangue nas fezes. CID: Plasma fresco congelado e/ou concentrado de glóbulos. Hipoglicemia Glicémia < 40mg/dl (2.2mmol/L) em qualquer RN deve ser tratada: Glicémia< 2.2 mmol/L (40mg/dl): Administrar um bolus de dextrose a 10% 2ml/Kg em 3-10 minutos. Continuar com 3.6 – 4.8ml/kg/h de dextrose a 10% , mantendo os níveis de glicémia a volta de 45mg/dl (2.5mmol/l) e iniciar a alimentação enteral logo que for possível. Repetir a glicémia após 20min, posteriormente 1-2 horas até a estabilização. Após a estabilização a glicémia deve ser medida a cada 6 horas. Correcção da Acidose: Bicarbonato de sódio a 8.4%, 2- 4ml/Kg EV, lento (+ de 20 min). Atenção:O bicarbonato de sódio pode causar alteração da função cardíaca, hipernatrémia, edema cerebral e hemorragia intracraniana. →utilização ponderada. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 19 Hipotensão: Soro fisiológico ou Lactato de Ringer, 10ml/Kg EV em 5-10 min.Se os expansores de volume em bolus não forem eficazes → administrar inotrópicos (Dopamina e Dobutamina). Classificação: Subtis, Clónicas, Tónicas ,Mioclónicas e Apnéia do RN Medidas básicas: Vias aérias permeáveis, Posição decúbito lateral, Evitar broncoaspiração, Aspirar secreções, Sinais vitais , Dieta zero e Soro de Manutenção onduta. Fenobarbital: É o fármaco de eleição pois tem efeito neuroprotector. Dose de ataque: 15-20mg/Kg, EV lento em 20min (diluir o fenobarbital em 2-5ml de soro fisiológico). Se necessário, administrar doses adicionas de 5mg/kg a cada 10 min, não excedendo a dose máxima de 40 mg/Kg/dia. Manutenção: 3-5mg/kg/dia, EV, 12 horas após a dose de ataque, 1 vez por dia até que as convulsões cessem. Fenitonina: Dose de ataque: 15-20 mg/Kg, EV; manutenção 4-8 mg/Kg/dia EV 12/12h. Atenção:- A fenitoína deve ser diluída em água destilada ou dextrose e nunca em soro fisiológico. - Durante e após a administração da fenitoína é importante vigiar os sinais de depressão do centro respiratório. Tratamento das Convulsõ/ patologia de base Midazolam(Dormicum: ampolas de 3ml=15mg; 1 ml=5 mg) .Diluição: 1 ml de Midazolam+ 9 ml de soro fisiológico. 1 ml da preparação diluída contém 0.5mg de Midazolam. Dose de ataque: 0.2-0.4 mg/kg/dose, lento em 2-3 minutos Manutenção: 0.1-0.2 mg/kg/hora em infusão contínua (0.2-0.4 ml/kg/hora). BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 20 Ictericia Neonatal classificacao Icterícia Fisiológica e Ictericia Patológica I.fisiologica: É comum no RN.Inicia-se após 48h de vida;Pico entre 3º e 5º dias de vida em RNT e entre 5º e 7º dias de vida em prematuros;Duração média de 7 dias em RNT e de 14 dias em prematuros. A icterícia é visivel ao 3º dia e comeca a desaparecer a partir de 5º a 7º dia Não é muito marcada (cabeca e tronco) .Desaparece sem tratamento. Causada pela destruição rápida dos Gv contendo Hgb fetal e imaturidade do fígado à nascença Patologica. Se presente ao nascimento ou no 1º dia de vida. da conc. da bilirrubina plasmática > 5mg/dl em 24h Conc. de bilirrubina directa >2mg/dl Prolonga-se por mais de 1 semana no RNT e mais desemanas no prematuro Ictericia nas 1ª 24h: Eritroblastose fetal,(Dça hemolitica do RN), hemorragias localizadas,infecçoes congenitas,sepsis Ictericia no 3º e 4º dia: Ictericia fisiologica Ictericia depois da 1ª semana: Ictericia do leite materno, sepsis, atresia das vias biliares, hepatite, inf.congenita e por medicamentos,defeitos do eritrócito,enzimopatias Kernicterus: Sind .neurológico resultante da deposição da bilirrubina não conjugada nas células do cérebro RN termo- níveis 18-20mg/dl RN pré-termo- valores mais baixos (8-10mg/dl) quando associado a outros fatores(hipoxia,hipoglicemia Tratamento Tipos de tratamento:Fototerapia, Exsanguíneotransfusão; Tratamento de suporte – hidratação, aporte calórico, manutenção da temperatura corporalFototerapia: Contínua ou intermitente (2- 12 horas) Usada luz branca ou azul Deve-se aumentar o aporte hídrico em + 25 % das necessidades. Proteger os olhos e região genital, Distância da fonte luminosa 40–80 cm. Niveis de bilir. para fototerapia:Rntermo- 17.5mg/dl e Rnpretemo - 12mg/dl BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 21 1mg/dl = 17mmol/l Indicações para fototerapia peso Doença hemolitica ou facotes de risco Sem dça hemolítica/FR < 1000gr Zona I Zona I 1000- 1499gr Zona I-II Zona I-II 1500- 1999gr Zona II-III Zona III 2000- 2499g Zona III Zona III-IV >2500gr Zona IV Zona IV 2.Exsanguineotransfusão:Remoção de hemácias hemolizadas e Ac livres/ remoção da bilirrubina plasmática/ correção da anemia. Deve-se usar sangue fresco. Usa-se a técnica de infusão/remoção. 180 ml/kg de sangue lig. aquecido (36/37˚c) Indicações para exsanguineotransfusão Aumento de Bilirrubina > 1mg/dl/hora;Bilirrubina total> 5mg nas prim. 6 horas de vida;B.T. >10 mg/dl no prim. dia de vida;B.T > 15 mg/dl no 2º dia de vida;B.T > 20 mg/dl – sempre!Outros tratamentos. Fenobarbital – 1 dose diária; Indutores da UDPGT;Imunoglobulina EV zona Localizacao anatomica Nivel serico de BRB(mg/dl) I Cabeça e pescoço 5.0- de 4.3 a 7.8 II Até umbico 8.9- de 5.4 a 12.2 III Até joelhos e cotovelos 11.8 – de 8.1 a 16.5 IV Até tornpzelos e punhos 15 – de 11.1 a 18.8 V Mãos e pés > 15 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 22 Sepses neonal Infecção Bacteriana severa caracterizada por uma bacteriemia Aspectos comuns da Sepsis Neonatal idade de inicio Sepse precoce Sepse tardia « 7dias »7dias Factor de risco perinatal elevado moderado patogeno Trato genital Meio ambiente Progressão da infec fulminante insidioso Meningite associa Possivel Alta/ possivel CONDUTA: Suspeita– sinais clinicos / historia materna /factores de risco Pedir: hemograma/cultura / Rx do torax Iniciar tratamento ATB empirico Hemocultura/urocultura + ATB 10-14 dias L.C.R. + ATB 21 dias Cultura negativa- suspeita mantem-se ATB 10-14 dias - melhoria,sem suspeita parar ATB antibiotico Dose Hora ampicilina 200mg/kg/dia 12/12 ou 8/8h Gentamicina 5mg/kg/dia 12/12h cefotaxima 100- 200mg/kg/dia 12/12h ceftriaxone 100mg/kg/dia 24/24h p. cristalina 100- 200.000U/kg/dia 12/12 ou 8/8h amicacina 15mg/kg/dia 12/12h CLIOXACILINA 100mg/kg/dia 12/12h Logo que se tenha a cultura e o antibiograma,escolher o ATB consoante a sensibilidade. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 23 TERAPIA DE SUPORTE: Dieta 0, SNG, Oxigenio, Ventilacao SOS, Corrigir shock, Corrigir desiquilibrio, hidroelectrolitico, Drogas vasoactivas (Dopamina,Dobutamina) Meningite Bacteriana DIAGNOSTICO: Puncao lombar: L.C.R. turvo ou opaslecente, Proteinas elevadas ( >170 mg/dl), Glicose baixa (<50% da glicemia) G.brancos aumentados (>30/ml) Cultura do LCR e Antibiograma TRATAMENTO: Ampicilina 400mg/kg/dia ev de 6/6 h + Gentamicina 5 mg/kg/dia ev de 12/12 h ou Ampicilina + Cefotaxime 200 mg/kg/dia ev de 6/6 h ou Penicilina Cristalina 200.000 U /kg/dia ev de 6/6 h + Gentamicina ou Ampicilina + Ceftriaxona 100mg/kg/dia ev de 12/12h Tratamento de suporte = ao da Sepsis SIHAD- Restricao de liquidos (60ml/kg/dia) Resumo dos medicamentos em neonatologia(rotina) 1.Vitamina K profilaxia de sangramento: RN < OU = 2,5Kg-0,5mg/kg-DU,IM RN >2,5kg-1mg/kg DU, IM 2. Tetraciclina oftalmica-profilaxia de conjuntivite Aplicar 1xdia 3. antibioticos em caso de sepses neonatal a) 1 linha: Ampicilina 50mg/kg dose maxima 150mg/kg/dia se RN <=7dias-12/12h se RN > 7dias-8/8h + Gentamicina Se RNPT-1,5mg/kg-12/12h(Dose maxima diaria 3mg/kg) Se RNT-2,5mg/kg-12/12h(Dose maxima diaria 5mg/kg) b) 2 linha: Ceftriaxona 40-50mg/kg-2x/dia ou 80-100mkg/dia 1x/dia Se meningite usar dose 100-200mg/kg/dia Se sepse + ictericia esta contraindicada o uso de ceftriaxona (lig. com albumina)- risco de Kernitus, neste caso usar cefitaxima 40- 50mg/kg-12/12h. c) 3 linha: Vancomicina 15-20mg/kg + SF ou Dext5%(30ml) em 1 hora (fluxo- 0,5ml/min).nao se pode associar com aminoglicosidios Strep. B hemolitico B ampicilina 360mg/kg/dia BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 24 Aminofilina- estimula o centro respiratorio DA-6-8mg/kg + Dxt5%(10ml- lentamente) 8horas depois- DM- 1-2mg/kg+SF OU Dext5% 12/12h EC: taquicardia,hipoglicemia, convulsoes Convulsões Diazepam – 0,3 mg/kg ev ou rectal Fenitoina – ataque 10-15 mg/kg - manut. 5 mg/kg/dia de 12/12 h Fenobarbital – ataque 20 mg/kg ev manut. 5 mg/kg/dia de 12/12 h Diarreia PERDA DE PESO > A 10% NA 1a SEMANA Erros de pesagem, Calculo incorrecto das necessidades hidricas, Diarreia e vomitos, Edemas a nascenca. Mau funcionamento das incubadoras. DIAGNOSTICO: Historia clinica/exame fisico. Meios auxiliares:Coprocultura/urocultura/hemocultura, Hemograma Bioquimica (ionograma/ureia/creatinina/glicemia TRATAMENTO Isolar o RN Leite materno (suspender se vomitos/dist.abdominal) Fluidoterapia – hidratação Antibioticos = a Sepsis Controle de peso diario FLUIDOTERAPIA 1- Sem sinais de desidratação SRO a 50% - 50-100 ml/kg/dia. 2- Com desidratação lig/mod BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 25 SRO a 50% 100 ml/kg/dia, dar por SNG se RN tiver < 2500grs Hidratação ev se: Vómitos repetidos, Distinção abdominal Dispneia/polipneia, Resíduo gástrico superior a 4 mlMau estado geral Perda de peso brusca > 10% SOROS EV (100 ml/kg a correr em 6 horas) 1. Soro fisiologico- 1 parte Dextrosea 5% - 4 partes Bic de Sodio a 8.4% - 2,5ml por 100 ml de soro KCl 10% -1-2ml por 100 ml de soro 2. Dextrose a 5% - 2 partes S.R.P.(Half S.D.)- 1 parte KCl a 10% -1,5 ml por 100ml de soro 3. Dextrose a 5% - 2 partes Lact.de Ringer – 1 parte KCl 10% - 1,5 ml por 100ml de soro NÃO JUNTAR KCL SE A CRIANCA NÃO URINA. Protocolos 1.Plano de administração de liquidos Em RN deveser efectuado de acordo com idade gestacional, peso, idadepos natal, estado geral, uso de incubadorea, aquecedor radiante ou tratamentocom fototerapia. NHD ml/kg/dia NHD 1 dia 2 dia >3dia <1000g 90-120 Dex5% 120- 130Dx5% 120- 150Dx5% 1000-1499g 80-100 Dx10% 100-120 Dx10% 100-140 Dx10% 1500-2499g 70-90 Dx 10% 90-110 Dx10% 100-140 Dx10% BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 26 Deve se atribuir a faixa mais baixa das NHD nos seguintes casos: a) Sinais de distres respiratorio(adejo nasal, gemidos, retracao intercostal e /ou subcostal, etc. b) Suspeita de cardiopatia ou cardiopatia confirmada com ou sem insuficiencia cardiaca). Deve sefazer restricao hidrica (60-70ml/kg/dia) nos seguintes casos: a) Asfixia grave nas primeiras 24-48h de vida b) Edema cerebral c) Convulsoes d) Hemorragia intracraneana Atenção a restrição exagerada pode agravar isquemia,precipitar a ocorrência de choque hipovolemico, em contrapartida, o excesso de liquidos pode causar convulsoes, edema cerebral e/ou hemorragia intracraniana Perda de peso a) Nos casos em que a perda de peso é superior a 2% é importante aumentar as NHD em 10-20ml/kg/dia. b) Os RN com perda de peso > 10% durante uma semana de vida devem receber os liquidos para suprir as NHD e mais um suplemento dos liquidos correspondentes a perda. Plano de administração de electrolitos 1. Dextrose: o soro de manutencao deve conter Dxt10% (RN termo) ou Dxt5% RN pre termo. 2. Calcio:desde p primeiro dia de vida os RNs graves sem alimentação por via oral devem receber um soro de manutencao (de acordo com as NHD). O soro deve ter gluconato de calcio a10% 3-4ml/kg. Se o RN apresentar sinais sugestivos de hipocalcemia , deve se medir a glicemia(se possivel) e senecessario seguir o protocolode tratamento de hipocalcemia. 3. Sodio: as necessidades fisiologicas de sodio devem ser adicionadasao soro apartir do segundo de vida. 4. Potassio: as necessidades fiosiologicas de potassio devem ser adicionados ao soro apartir do terceiro dia. Em caso de necessidades, as correções devem ser efectuadas de acordo com resultado da bioquimica, se disponivel. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 27 Necessidades Diarias do RN de sodio, potassio e calcio. 1dia 2 dia 3 dia Apos 3dia sodio ------ 1mEq/kg/dia 1- 2mEq/kg/dia 2- 3mEq/kg/dia potassio ------ ------- 1mEq/kg/dia 2- 3mEq/kg/dia Gluc de calcio 3-4ml/kg 1-2ml/kg/dia 1- 2ml/kg/dia 1-2ml/kg/dia Conversão de Sodio, potassio e de calcio Nacl 20% 1ml=3,4mEq Nacl 0,9% (SF) 1ml=0,15meq Gluc de Calcio10% 1ml=45mEq=9,3mg de Ca elementar Kcl 10% 1ml=1,34mEq Peso ao nascimen t Nr de refeicoes/d 1 dia (ml/kg) 2dia (ml/kg) 3 dia (ml/kg) 1000 4 1 1-15 2 1250 6 15 2 2.2 1500 8 12 15 17 1750 8 14 18 20 Peso ao nascimen to Nr.ref /d 4 dia (ml/kg) 5 dia (ml/kg) 6-13 dia (ml/kg) 14 dia ml/kg 1000 4 2.2 2.5 2.5-4 4 1250 6 2.5 3 3.5-4.5 4.5 1500 8 19 22 23-33 35 1750 8 22 24 26-42 45 Quantidade aproximada de leite materno por refeicoespor idade ao nascimento BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 28 INFECÇÕES CONGENITAS T Toxoplasmose O Outras => HIV, Hepatite B, Varicela, Malaria R Rubeola C Citomegalovirus H Herpes S Sifilis Sifilis congenita: Lesoes cutaneas, Rinite, mucopurulenta ou serohematica, Hepatoesplenomegalia, Anemia /Ictericia, Edema (lesao hepatica/renal) Lesoes osseas osteocondrite,periostite (pseudoparalisia de Parrot), Falencia de crescimento DIAGNOSTICO VDRL ( titulos > 1/32), RPR, Rx dos ossos longos (periostite,osteocondrite), Hemograma (anemia,trombocitopenia), LCR (GB e Prot↑,VDRL TRATAMENTO: Penicilina Cristalina 100.000 U I /kg/dia( im ou ev ) de 12/12 horas ou Penicilina c/ Procaina 50.000 U I /kg/dia durante 10 dias Se LCR for anormal Penicilina Cristalina 100.000/150.000 UI /kg/dia (ev) de 12/12 ou 8/8 horas durante 21 dias SEGUIMENTO E CONTROLE Apos a alta VDRL aos 3,6 e 12 meses Se o LCR foi anormal fazer PL aos 3,6 meses Toxoplasmose QUADRO CLINICO BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 29 Corioretinite, Calcificacoes intracranianas Hepatoesplenomegalia, Ictericia, Anemia. DIAGNOSTICO: Serologia - Teste de Sabin-Fieldman (Ac IgG e IgM), Imagiologia Rx do craneo, Ecografia Transfontanela, TAC, Culturas - isolamento do agente(dificil) TRATAMENTO Pirimetamina – 1mg/kg/dia de 12/12 horas oral Sulfadiazina – 100mg/kg/dia de 6/6 horas oral Ac Folinico – 5 mg de 3/3 dias ou 1 mg/dia Prednisolona – 2 mg/kg/dia oral se LCR anormal- duracao do tt 21 dias Prevenção e Tratamento da Apneia do Prematuro Aminofilina Dose de ataque: 6-8mg/Kg EV em 30 minutos. Dose de manutenção: 8h após a dministração da dose de ataque, continuar com 1.5- 3mg/Kg a cada 12 horas. Efeitos colaterais: taquicárdia, hiperglicémia, intolerância alimentar, irritabilidade, lesão renal. Sinais de toxicidade: taquicárdia, vómito, tremores, hiperreflexia e convulsões. Tratamento da Persistência do Canal Arterial (PCA) Indometacina: Indicação: RN com PCA com idade < 2 semanas Creatinina < 1.8mg/dl Plaquetas > 50.000/ mm3. Idade para a 1dose 1dose( mg/kg) 2dose( mg/kg) 3dos e(mg /kg) «48h 0.2 0.1 0.1 2-7dias 0.2 0.2 0.2 »7dias 0.2 0.25 0.25 Deve-se monitorar o hemograma, creatinina, electrólitos. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 30 Jejum 3h antes e 3h após a administração da indometacina. Vigiar os sinais de intolerância alimentar, sangramento, enterocolite necrosante. Não administrar a indometacina com glicose em concentração superior a 5%, nutrição parenteral, gluconato cálcio, dobutamina, dopamina ou gentamicina. Ibuprofeno: Pode substituir a indometacina. Tem menos efeitos colaterais ao nível da circulação cerebral, renal, mesentérica.Dose de ataque: 10 mg/Kg/ dose (10 dia) ,Dose de manutenção: 5mg/Kg/dose (20 e 30 dia), a cada 24h. Via oral EV na dose acima citada, durante 30 minutos, com intervalos de 24h entre as doses. Efeitos colaterais: hipertensão pulmonar. Tratamento de anemia no prematuro Concentrado de Glóbulos (CG)Dosagem: 10-15ml/kg. Dose única diária (15ml/Kg) ou 12/12h horas (10ml/kg). Administração: velocidade não superior a 5ml/kg/h. ANEXO BERÇÁRIO: História Clínica: Data: __/__/__ Parto:_____Local:______Dia:__/__/__ Hora: __:__ Hora:__ :__ Sexo: ____Peso:_______APGAR:_______________ Idade mãe: ___ G__P__A__FV___HIV___ MI:____________________________________________ ________ EO IG: Coloração: Dispneia: FA: ______Sucçao:_______ BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 31 Tonus:______Reactividade:_________ LM/A:___________ FR:____cpm AP:________________ ATB: FC:____bpm AC:________________ Vit K:___________ Abdom:________________________ Cordão umbilical:_________________ Genitais:fenotipo típico ___________ Membros:_______________________ Ânus:__________________________ Coluna:________________________ Diagnóstico:_____________________ MEDICAMENTOS Ampicilina: 100 mg/Kg/dia 12/12hrs/ Inj 500 mg/ Susp oral 250mg/5 ml Gentamicina: 4-5 mg/Kg/dia 12/12 hrs/Inj. 80mg/2ml/Inj 20mg/2ml/Colirio 0,3% - fr 10 ml P cristalina: 100-200 000 UI/Kg/dia 12/12 hrs/Inj 5 000 000 - 10 000 000 UI-fr Cefotaxima: 100 mg/Kg/dia 12/12 hrs/Inj 500 mg Ceftriaxona: 100 mg/Kg/dia 12/12 hrs/Inj 1gr/4 ml Leite: 3/3 hrs- 1º dia: 70 ml/Kg/dia- 2º dia: 90 ml/Kg/dia- 3º dia: 110 ml/Kg/dia-4º dia: 130 ml/Kg/dia- 5º dia: 150 ml/Kg/dia vai-se aumentando até 200 ml/Kg/dia Vitamina K: 1 mg im > 2500 gr se <2500 gr 0,5 mg im HIPOGLICÉMIA: 1º dia: Glc 10% (bolos): 5 ml/Kg Manutenção: 70-100 ml/Kg/dia 2º dia: Glc 10 % oral: 50-80 ml/Kg/dia ou Glc 5% oral: 100 ml/Kg/d Se persistir: Prednislona: 1 mg/Kg de 12/12 hrs ou Hidrocortisona 5 mg/Kg 12/12 hrs BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 32 RECÉM-NASCIDOS < 34 SEMANAS: Aminofilina: 5 mg/Kg im 1,2-2 mg/Kg/dose oral 12/12 hr SOROS DE HIDRATAÇAO Peso 1500 gr 1500- 2000 gr >2000 gr Dext 5% 70 ml 100 ml 200 ml Dext 30% 75 ml 150 ml 300 ml HCO3 8,4% 5 ml 5 ml 10 ml HCO3 4,2% 10 ml 10 ml 20 ml Soro manutenção: 24 hrs – 100 ml/Kg/dia SF: Dex 5%:, NaCl: Na x 3/3.4, KCl 10%: K x 2/ 1,34 ICTERICIA NEONATAL: Fototerapia Dext 5% ou 10%: dose leite em gastroclise 24 hrs. Pré-termo: < 38 semanas Termo: 38-42 semanas Pós-termo: > 42 semanas BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 33 LACTENTES/UCIP Diarreia O número de dejecções diárias varia de acordo com a idade. De forma geral, a diarrreia é definida pela ocorrência de três ou mais dejecções de fezes moles ou aquosas, num período de 24 horas. Foram definidos três tipos de diarreia: Aguda Disenteria Diarreia persistente 1.Aguda: Dura menos de 14 dias e envolve dejecções de fezes aquosas, sem sangue visível. Pode ocorrer vómitos e haver febre. Causas mais importantes de diarreia aguda: o Rotavirus, a Escheria coli enterotoxigenica, Shigella, Campylobacter jejuni e Crytosporidium BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 34 Em alguma áreas são causas também importantes Vibrio cholera 01, Salmonella e E.coli enteropatogenica. Disenteria: é a diarreia com sangue visível nas fezes.A causa principal de disenteria é a Shigella; Campylobacter jejuni e, com menos frequência, a E.coli enteroinvasiva ou Salmonella. Diarreia persistente:Esta diarreia inicia-se de forma aguda, presumivelmente infecciosa, mas é de uma duração longa (mais de 14 dias).Não há uma única causa microbiana de diarreia persistente: a E. coli enteroagregativa, Shigella e Cryptosporidium. Tratamento Diarreia aquosa requer a substituição de fluidos e electrólitos Deve-se continuar com a alimentação Não se deve usar por rotina os antibióticos e antiparasitários. As excepções são: disenteria, suspeita de cólera com desidratação grave Diarreia persistente, com trofozoítos ou quistos de Giardia ou trofozoítos de E. histolytica são vistos nas fezes ou no fluido intestinal BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 35 Sinais Ligeira 3-5 % Moderada 6-10 % Grave 10-15 % Estado Geral Alerta/irritável Agitado/irritável Letárgico/com a F.A. Lig. Deprimida Deprimida Muito deprimida Olhos Normais Encovados Muito encovados Lágrimas Normais Ausentes Ausentes Mucosas Ligeir. Secas Secas Muito secas Boca/Língua Húmida Seca Muito seca Sede N./sedento Beb avidament pouco/incapaz de beber Pulsos Cheio Finos Impalpáve l P. Cutânea Ausente D. lentamente Muio lenta T.A. Normal Baixa Muito baixa Diurese N ( > 1ml/kg/h) Oligúria (entre 0.5 a 1ml/kg/h) Oligoanúria (< 0.5ml/kg/h) P.C. < 3s 3-5 s > 5s BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 36 Classificação Diarreia secretora é causada pela secreção anormal de água e electrólitos no intestino delgado, Isto ocorre quando a absorção de sódio pelas vilosidades está diminuída enquanto que a secreção de cloro nas células das criptas continua ou aumenta, O resultado nítido é a secreção de fluido- isto causa desidratação. Diarreia osmótica: a mucosa do intestino delgado é um epitélio poroso através do qual a água e os electrólitos movem-se rapidamente para manter o balanço osmótico entre o conteúdo do intestino e do FEC, Ocorre a diarreia quando uma substânci osmoticamente activa mas fracamente absorvida é ingerida Desidratação leve Plano A. Tratar a diarreia em casa 1. Dar fluidos adicionais Amamentar com frequência e durante mais tempo Aleitamento materno exclusivo (oferecer SRO) Para as crianças que já comem, oferecer SRO, alimentos ricos em potássio e água potável SRO(soro de rehidratação oral) Até 2 anos: 50-100ml após cada dejecção ≥2: 100-200ml Instruir a mãe a dar pequenos goles com frequência por um copo; se a criança vomitar, aguardar 10 min depois continuar a dar; continuar a dar líquidos extras até a diarreia passar Desidratacao noderada- Plano B Défice de água é 50-100ml/Kg de peso BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 37 A quantidade de solução SRO requerida para rehidratação pode ser estimada como défice aprox. usando 75ml/Kg O volume de SRO aprox.(ml) pode ser calculado multiplicando o peso (em gramas) por 0,075. Assim, uma criança com 8Kg necessitará cerca (8000x0.075)= 600 ml de solução de SRO. Nota: usamos a idade quando não temos disponível o peso. Quando temos o peso multiplicamos por 0.75. Após 4 horas reavaliar a criança e classificar a desidratação, escolher o plano de tratamento adequado, iniciar a alimentação no hospital. Explicar as 4 regras de tratamento em casa. Todas as crianças com diarreia deverão receber suplementação de Zinco: Crianças com menos de 6 meses na dose de 10mg/dia, durante 10 dias Crianças com mais de 6 meses na dose de 20mg/dia, durante 10 dias. SRO Gramas/litro Cloreto de sódio- 2,6 Citrato trissódico diidratado- 2,9 Cloreto de potássio- 1,5 Glicose, anidro- 13,5 Total 20,5 Idade até 4 meses 4-12 meses 12-24 meses 2-5anos Peso < 6kg 6 < 10kg 10 < 12kg 12-19kg Em ml 200- 400 ml 400-700ml 700-900 ml 900- 1400 ml BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 38 mMol/litro de água Sódio 75 Cloreto 65 Glicose 75 Citrato 10 Potássio 20 Osmolaridade T 245 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 39 Desidratacao grave- plano C Critérios para Terapia endovenosa Lactente ˂ 2 meses Desidratação moderada x vómitos persistentes(˃4) Desidratação grave (todos os casos) Outros: Choque de qualquer causa Estado séptico Vómitos incoercíveis Perdas fecais mais de 10ml/Kg/hora Íleo paralítico, alter. da consciência, impossib de TRO 1- Fase de expansão (rápida) OMS Lactato de Ringer ou Soro fisiológico 0,9% e Soro glicosado 5% em partes iguais- 100ml/Kg Idade Primeiro dar 30ml/Kg em: Depoisdar 70ml/Kg Bebés (menor de 12 meses) 1 hora 5 horas Mais velhos 30 minutos 2 ½ horas 2- Fase de Manutenção e Reposição A fase de manutenção é para cobrir as perdas normais (ou necessidades hídricas diárias) e a fase de reposição deve compensar as perdas anormais decorrentes da diarreia e vómitos. O volume a ser administado nesta fase é o resultado da soma dos volumes da manutenção e reposição. A quantidade administrada por via endovenosa deverá ser reduzida progressivamente à medida que for aumentando a ingestão de alimento e SRO. Utiliza-se uma solução de 1:4, o que significa que para cada 100ml de líquido: Soro glicosado 5%- 80ml Soro fisiológico 0,9%- 20ml KCl a 10% - 2ml BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 40 Quanto à reposição, a primeira prescrição admitirá perdas de 50ml/Kg/dia. A solução a ser reposta deve conter uma parte de soro fisiológico 0,9% e uma parte de soro glicosado a 5%. Para se calcular o gotejo da solução usar a fórmula: No de gotas/min = Volume a administrar na fase 3 x h h= Tempo previsto para infusão 3= constante Monitorização: Clínica, Laboratorial- ionograma, Função renal, Gasometria- Bicarbonato e ECG-alterações específicas Rehidratacao e correção do DHE Entradas – exógenas e endógenas Necessidades Hidricas Diarias (NHD) Superfície corporal mEq/kg N K Ca Mg P (mmol/kg) Prematuros 2-8 1-4 1-2,5 0,25-1 1-3 RN termo 1-4 2-4 0,5- 1 Lactentes 2-4 0,5-1 0,5 1-1,5 Crianças Adolescentes 2-3 2-3 0,25-0,5 0,5-1 Peso NHD Ate 10 kg 100ml/Kg 11-20 kg 1000ml + 50ml por cada kg acima de 10 kg 21-30 kg 1500 + 20 ml por cada kg acima de 20 kg Holiday BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 41 Segundo as perdas Saidas=? Diurese diaria+ perdas insensiveis de agua Necessidades electroliticas diarias Diurese – 2-4 ml/kg/h Fezes – 5-10 ml/kcal Suor – 0-25 ml/100 Kcal Respiração – 10-20ml/kcal Perdas patológicas – variáveis Desidratação surge como consequência de perda excessiva de liquidos e/ou ingestão insuficiente dos mesmos. Pode ser classificada segundo : - gravidade: leve < 5% do peso corporal SF (9gr NaCl/l) Conteúdo electrolítico mmol/l Glic(g/l Solução Na K Cl lactato A Preferida LR (s. Hartmann) 130 5,4 111 27 0 B Aceitável 154 0 154 0 0 Darrow a metade com Glic 5% 61 17 52 27 50 SF a metad (4,5 gr NaCl/l) 77 0 77 0 0 Glicoringer 65 2,7 56 14 50 C Não aceitável (dextrose) 0 0 0 0 50 Fluidos disponiveis BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 42 moderada 5-9% do peso corporal grave >10% do peso corporal - nivel sérico de Na : isotónica- Na 130-150 mEq/l; hipotónica-Na< 130mEq/l hipertónica-Na>150mEq/ Desidratação Isotónica Moderada 1ª Fase - 75ml/kg em 4 a 6 hrs 8 Usa-se preferencialmente lactato de ringer 2ª Fase Se mantiver as perdas, usar soro com glicose e electrólitos por 24 h segundo a fórmula: NHD + perdas (20-50ml/kg) *Se tiver febre adicionar 12% de líquido por cada grau centígrado de febre Se melhoria dos sinais de desidratação e ausência de perdas passa-se a terapia oral com SRO e dieta geral Desidratação Isotónica Grave 1ª Fase – Expansão Bolus de 20ml/kg em 30 min até um máximo de 60ml/kg Usa-se preferencialmente lactato de ringer /S. fisiologico Repete-se 2 a 3 vezes se persistência de sinais de má perfusão 2ª Fase –Manutenção Primeiras 8 h - ⅓ NHD + ½ do défice - vol da 1ª Fase Restantes 16 h - ⅔ NHD + ½ do défice Para calcular Defice: BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 43 Defice (litros)= pesoX 10% Depois converter em ml Usa-se de preferência solução de Darrow ou glicorringer. 3ªFase –Manutenção NHD + Perdas (50ml/kg) Usar Soro polielectrolítico em 24 horas Hiponatramia 3.2. Na < 120 mEq/l O aumento de sódio não deve ser brusco, deve ser de 0,5 à 1 meq/l/hora e não se deve elevar o Na acima de 12-15mEq/dia pelo risco de desmielinização pontina. 100ml de Nacl 3% = 85ml de Detrose a 5% + 15ml de Nacl a 20% ou = 89 ml de NaCl 0,9% + 11 ml de Nacl a 20% ou = 87 ml L.Ringer + 13 ml NaCl 20% 1ml de Nacl 3% contém 0,5meq de Na+ Hipernatrémia Concentração de sódio > que 150 mEq/l Aumento da osmolaridade → movimento de água do espaço intracelular para o extracelular BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 44 → desidratação celular -neurónio - hemorragias intracraneanas/ hematomas subdurais que podem levar a morte . Hipernatrémia com Hipovolémia 1.1 Choque hipovolémico: - Expansão do EEC com cristalóide 1.2 Sem Choque 1.2.1 Na <160 mEq/l Correcção durante 4horas por via oral 1. Hipernatrémia com Hipovolémia (continuação) 1.2.2. Na > 160 mEq/l Volume total =Déficit de água livre (4 x peso x meq de sódio acima de 150meq) + NHD Administrar 20 mEq/l de Na para cada 1000 ml de volume total Volume total =Déficit de água livre (4 x peso x meq de sódio acima de 150meq) + NHD Volume de NaCl 0,9% (1000 ml→154 mEq /l) ou NaCl 20% (1ml → 3.4 mEq/l) Volume de DX5% = volume total – volume de Nacl Tempo de Correcção - A correcção deve ser lenta para não alterar a osmolaridade presente e correr-se o risco de evoluir para o edema intracelular (cerebral). BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 45 Exemplo :peseo de 7Kg- Na-175 1. NHD= 100Xpeso = 7000ml 2. Défice de H20=7x4(175-150) = 700ml 3.volume total =défice+ NHD 700ml+700ml =1400ml 4.1000voltotal----------20meq/l de Na+ 1400m-------------------------X X=28meq Na+ 5.1mlNaCl0,9%----------0,154meq/l X--------------------------28meq/l X=182ml de NaCl0,9% 6.VolDext5%=voltotal –volNaCl = 1218m 1218ml de Dext5% 182ml NaCl0,9% Fluxo -17ml 6ml/h Exemplo1 Soro de manutenção criança de 8kg. NHD: 8 x 100ml = 800 ml KCl10%: 2 x8/ 1,34meq= 11,9ml NaCl 0,9% 3X8/0,154=155,8ml Cálcio: 0,5x 8/2 = 2ml Gluconato cálcio 10% Dext5%= volume total-NaCl0,9%+KCl10%+ Glu calcio10% = 800-169,7 Dext5%= 630mlFluxo24h BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 46 Hiponatrémia: Criança 8 kg, Na – 117, Défice de Na= 0,6xpeso (Na desejaado- Na actual) = 0,6X8(150-117) =115,2meq 1mlNaCl0,3%--------0,5MeqNa+ X-------------------115,2meq X=230,4ml 100ml Nacl0,3----------85mlDext5% 230,4ml-----------------------X X=195,8ml de Dext5% 100mlNaCl0,3%----------15mlNaCl20% 230,4---------------------------X X=34,5ml de NaCl20% Dext5%= 196ml NaCl20%= 35ml Fluxo_65ml/h Hipocaliémia – Tratamento1. 1. Leve (K entre 3-3,5 mEq/l) Aumentar o aporte na dieta. Se for recém-nascido pré-termo a administracao deve ser feita por via endovenosa 1-2 mEq/kg em 4 horas e adicionar ao soro de manutenção. 2. Moderada (K entre 2,5 -3,0 mEq/l) -Asssintomática: - KCl 10% em xarope (900 mg /15ml) ou -Solução oral de KCl (OMS) - 4 ml/kg/dia/8/8h. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 47 -Sintomática: - KCl 2 mEq/kg em 4 a 6 horas EV ou adicionar no soro de manutenção >3mEq/kg/dia Grave ( K menorde 2,5 mEq/l) Sempre sintomática, e corrige-se sempre por via endovenosa: Défice em Potássio = 0,6 x peso x (K+ ideal – K+ real) Volume de KCl a 10% (1ml → 1,34 mEq K) ou a 7,5% (1ml → 1mEq K) Volume de soro fisiologico (1000 ml → 80mEq) Ritmo de infusão (RI =0,3- 0,5 mEq x peso/h) Tempo de infusão (TI = mEq de KCl: RI) Fluxo ( Fluxo = liquido total : TI) Nota : Para prevenir lesão das células endoteliais a perfusão não deve ultrapassar: veia periférica -80 mEq de K/l, veia central - 120 mEq de K/l,v eia umbilical -150 mEq de K/l Hipercaliémia Leve (5,5-6,5 mEq/l) e moderada (6,5-7,5mEq/l) - assintomática/ sintomas inespecificos; Severa (>7,5 mEq/l) - altera o potêncial de repouso da membrana celular, tornando-a incapaz de se repolarizar, criando alterações neuromusculares: parestesias, fraqueza e fadiga muscular, caimbrãs, paralisia, diarreia, desorientação, palpitações, arritmias e paragem cardiaca. 1.Sem alteração do ECG - suspender o aporte dietético ou endovenoso de K e prevenir todas as situações que possam gerar hipercatabolismo 2. Com alteração do ECG BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 48 salbutamol (aerossol- 0,03 ml/ kg + 3-4 ml NaCl 0,9%) resinas trocadoras de K por Na ( Kayexalato 1g/kg/dose a cada 2 ou 4 hrs -enemas). - Insulina e Dextrose em bolus (2ml/kg de Dx 10% + 0,05 UI/kg de insulina) ou em infusão (2-4 ml/kg/h de DX 10% +10 UI de insulina / 100ml de Dx 10%) bicarbonato (1-2 mEq/kg em 5 min) - gluconato de cálcio 10% (0,5-1 ml/kg diluido na mesma quantidade de SF 0,9% 10 a 20 min EV) - diálise Hipocalcémia Tratamento: Emergente: Gluconato cálcio 10% - 0,5-1 ml/Kg/dose (máx 20ml/dose, ritmo máx 5ml/min, risco de bradicardia, hipotensão, necrose tecidual) Se hipomagnesémia, corrigir primeiro Mg: Sulfato magnésio 50% - 25-50mg/Kg/dose (0,05- 0,1ml/Kg/dose), 15 min Não emergente: Gluconato cálcio 10% - 5ml/Kg/dia Hipercalcémia – Tratamento Leve (9,8-12 mg/dl) Moderado (12-15 mg/dl) Correcção hídrica, dieta pobre em Ca e restrição de Vitamin D ↓Sem resposta NaCl 0,9% 200-250 ml/kg/dia, Furosemida 1mg/kg 6h EV , calcitonina 1-5UI/kg/dia BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 49 Grave (>15 mg/dl ou 3,74 mmol/l) Correcção hídrica, dieta pobre em Ca e restrição de VitaminD Bloqueadores dos canais de cálcio se arritmias ou HTA Corticóides – Hidrortisona /prednisolona ( EV)---- - ↓reabsorção intestinal e ↑ reabsorção óssea Bifosfonatos – Etidronato , Pamidronato, Clodronato Sais de Fósforo ( fosfato monossódico ou monopotássico) - Calcitonina , Hemodiálise, Paratiroidectomia de emergência (hipertiroidismo) Hipofosfatémia - Tratamento 1. Ligeira (0,61-0,77 mmol/l) – Asssintomática, não se trata 2. Moderada (0,46-0,60 mmol/l) Aporte nutricional de fósforo Folato 2-3g VO/dia 3. Grave (˂0,46 mmol/l) - Fosfato monossódio (1ml=1mmol de P=31mg) diluido em NaCl 0,9% Ataque - P˂0,5 mg/dl /grave – 0,15-0,36 mmol/Kg perfusão EV /6h P 0,5- 1 mg/dl – 0,08-0,24 mmol/Kg perfusão EV /6h Manutenção – 0.44-1,4 mmol/dia (EV) ou 0,9-2,8 mmol/kg/dia (VO) até alcançar valores ˃2-2,5 mg/dl *Riscos: Hipotensão, hipocalcémia, Calcificações metastáticas, hipercaliémia (se uso de fosfato potássico) e diurese osmótica com desidratação. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 50 Hiperfosfatémia - Tratamento Tratar a causa se possivel Tratar os transtornos hidrelectroliticos e hipocalcémia associados Diminuir o aporte nutricional de fósforo Acetazolamida (15-25 mg/kg/dia/8/8h/Vo)- ↑excrecção Hidróxido de Aluminio 81mg/kg/6/6h/Vo) - ↓ absorção Insulina + Glicose – mobiliza fosfato para o liquido intracelular Hemodiálise Hipomagnesémia - Tratamento Quando sintomático/Grave: Sulfato de Mg Ataque -25-50 mg/Kg/dose em 30-60 min (máx 2g/dose) , repetir 1 a 2 vezes em intervalos de 6h em crianças e de 8/12 h em recém-nascidos. Manutenção – 0,2-0,5 mEq/Kg/dia , pode levar 2-3 dias para normalizar Hipermagnesémia Incidência insignificante Mg˃2,4 mg/dl (1,1mmol/l) Etiologia Neonatal (tratamento materno com sulfato de Mg) Frequentes – insuficiência renal, administração excessiva parenteral, antiácidos e enemas (iatrogénica) Raras- Doença de Adisson, hiperparatiroidismo, intoxicação por litio, hipoaldosteronismo Quadro Clínico Quando Mg˃ 4mg/dl Consequência do bloqueio neuromuscular : hiporreflexia, hipotonia, depressão respiratória, bradicardia, hipotensão e coma. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 51 Cetoacidose Diabetica Causas: baixo nivelda insulina Aumento dos Hormonios contrareguladores Que cursa com: - hiperglicemia- ˃ 11mmol/l e glicosuria - cetonuria e cetonemia Acidose- PH˂7,3 e Bicarbonato ˂15mmol/l Q. clinico da diabetes: poliuria, polidipsia,plofagia, emagrecimento, historia familiar. Quadro clinico da cetoacidose: letargia, hiperventilacao,desidratacao, odor cetonico, febre/hipotermia, instabilidade hemodinamica Objectivos do tratamento: -correcção do defice de fluidos e disturbios electroliticos , - interrupcao da produção de cetonas, - cetoacidose e resolução da glicémia com uso da insulina. -correcção da acidose metabolica através da hidratação e insulinoterapia. - avaliacao e tratamento do factor desencadeante. Monitorização rigorosa e tratamento das potenciais complicações. Complicações Edema cerebral-raro mas muito grave Hipolicemia e coma hipoglicemico DHE(hipokaliemia) BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 52 Insulinoterapia Glicemia˃ 17mmol/l e PH˂7,3 -iniciar infusao de insulina-0,1U/kg/hr- na segunda hora de fluidoterapia - praparar 500ml de SF 0,9% + 50U de insulina regular e correr na velocidade do peso da criança . Monitorar a glicemia de 1h a 1h . Se menor de 5 anos iniciar 0,05u/kg/hr ate obter decrescimo da glicemia plasmatica entre 2- 5mmol/l. Se decrescimo menor de 2mmol/l aumentar perfusao de insulina para 0,15-0,2U/kg/hr Manter perfusao de insulina ate que a glicemia esteja entre 14-17mmol/l e cetonuria menos de +++ nesta altura fazer gasometria. Se PH˃ 7,3 Iniciar insulina semilenta a dese de 0,2- 05U/kg/dia (⅔) manha e ⅓ a noite. Iniciar dieta ½hora depois com leite, cha(sem acuçar ou sumo natural). Suspender a perfusao de insulina ½ hora depois. Se PH ˂7,3 - substituir o soro de manutencao por 50% de SF + 50% , Dext 10% Manter insulina a 0,1 u/kg/h Iniciar esquema de insulina simples (rapida sbcutanea) segundo os resultados do DX feito 4/4h por 24h: BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 53 Se DX˃8mmol/l e ˂14mmol/l=0,14U/kg Se Dx˃ 14,1mmol/l e ˂17mmol/l= 0,15U/kg Se Dx˃17mmol/l= 0,2U/kg. HIPOGLICEMIA Dextroses disponiveis Dext 5%/ Dext10%/ DExt25%/ Dext30% O ideal e mais fácil de usar e Dext 10% com 5ml/kg para dar em bolus. Caso não tenha Dext10%, pode se preparar da seguinte maneira: 1/5 Dxt30% + 4/5Dext 5% ou ¼ Dext 25% + 4/5 Dext 5% Queimadura Clasisificacao segundo: Profundidade 1grau - so epitelio 2 grau- destroi ep.e parte do corion 3 grau – destroi toda a espessura da derme Extensão Percentagem da área queimada Queimadura grave No adulto: 2o grau> 25% 3o grau > 10% Na criança: 2o grau > 20% 3o grau > 10% No adulto e na criança: a/ qualquer que atinja mãos, face, pés ou perineo. b/ todas as lesões eléctricas Queimadura complicada por: a/ inalação de fumo. b/ traumatismos graves. c/ doenças pré- existentes. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 54 Queimadura moderada No adulto: 2o grau 10-25% 3o grau 3-10% Queimadura ligeira No adulto: 2o grau < 10% 3o grau < 3% Na criança: 2o grau < 10% 3o grau < 3% Na criança: 2o grau 10-20% 3o grau 3-10% Formas de Classificao Regra dos 9 Gravidade da queimadura 1 Extensão da queimadura 2 Profundidade da queimadur, 3 Localização da queimadura, 4 Tipo de queimadura, 5 Idade do paciente, 6 Lesão associada, 7 Doença pré-existente Criterios de internamento 1. Percentagem de s.c. queimada a) < 1 ano: > 5% b) > 1ano: 10-15 % 2. 3o grau > 5% 3. Localizacao, 4. Queimadura química, 5. Inalação de fumo 6. Traumatismos graves associado, 7. Doença pré- existente RN 3A 6A > 12A Cabeça 18 % 15 % 12 % 6 % Tronco 40 % 40 % 40 % 38 Braços 16 % 16 % 16 % 18 % Pernas 26 % 29 % 32 % 38 % BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 55 MANEJO Primeiras 24 horas A- Cuidados pré-hospitalares 1.refrigeração dos tecídos queima dos com água ~ 20˚ C nunca usar Gelo 2. retirar as roupas a arder, quentes ou queimadas 3- cobrir as áreas queimadas co pensos esterilizados ou roupa limpa (lençol) Queimadura Conduta de emergencia , Avaliacao da extensao da queimadura, gastrico Reposicao da volemia, Algaliar, Limpeza das feridas, Medicação, Monit. fluidos,electrolitos e proteinas Vias aéreas e respiração (Sinais de complicações respiratórias Dificuldade em eliminar as secreções brônquicas ou expectoração, Partículas carbonizadas nas secreções brônquicas,Rouquidão, Dificuldade na deglutição e na ventilação, Queimadura da língua, Flictenas de queimadura em torno da boca e do nariz Tratamento: oxigénio; entubação endotraqueal S.O.S. Fluidoterapia Na crianca: Risco > de perda de calor Grande troca de liquidos em relacao a agua corporal Nec de > vol. de urina para depuracao Perdas insensiveis aumentadas ►calculo das necessidades com base na superficie corporal Fluidos nas 1as 24 h BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 56 Se choque → administrar 10-20 ml de s.fisiol ou Lact. de Ringer em 10-20 mins (1-3 bolus de acordo com a evolucao) Calculo do volume Formula de Parkland:4ml x S.Q.x peso + manutencao (NHD Administração ½ de Parkland +1/3 das NHD nas 1as 8 horas (contar a partir do momento da queimadura) ½ de Parkland + 2/3 das NHD nas restantes 16 horas Apos as 1as 24 horas Solucao : ½ lact. de Ringer + ½ Dext 5% Volume diario : 75% do vol.(Parkland + manutencao) Coloides:plasma fresco (10-15 ml/kg) ou albumina humana(1 gr/kg) Ajustar sempre o volume total a resposta do doente Manter a diurese 1,5-2,0 ml/kg/hora Monitorizar FC,TA. Iniciar pequenas quantidades de leite Reduzir progressivamente liquidos e.v Liquidos a administrar Proteinas-12,5 gr de albumina/litro nas 1as 24h Na 130-135mEq/l Bic. ou Lact.- 20-30mEq/l Mantem a osmolaridade e os electrolitos nos limites normais e previne a acidose Nao dar potassio nas 1as 24h BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 57 Depois 20-30 mEq/l de solucao dependendo do debito urinario e dos valores da ureia Monitorização Deb.urinario (30ml/h/m2),Estado de consciencia, Pulso,T.A, Preenchimento capilar, Peso, Hematocrito,Ureia, Electrolitos. Dieta 0 nas 1as 24h, Toxoide Tetanico (prevencao do Tetano),Antibioticos,Sedativos,Transfusoes de CG 10ml/kg de 3/3 dias, Plasma,Albumina Humana, Nec.caloricas (1800 kcal/m2/dia + 2200kcal/m2 de area queimada) e uso protectores gástricos. Tratamento da ferida remoção dos tecidos necrosados e corpos estranhos as grandes bolhas intactas podem ficar durante 48 hs (prevenção da hipotermia) queimadura química: a diluição dos agentes químicos é prioridade absoluta! - irrigação com água durante 60 min não se recomenda o uso de antídotos para químicos:a reacção química pode produzir calor. Agente antimicrobiano tópico agente espectro Penetracao Toxicidade Local geral dor mafenida largo excelente media acidose sim Sulfadiazina de prata largo boa baixa leucopeni min Gentamicina largo fraca baixa nefro min Betadina largo fraca baixa nefro sim Nitrato de prata largo Ø Ø argiria Ø Método de “líquido salino” Líquido salino 0.5% (uma colher de chá de sal para um litro de água) Início do tratamento: depois da recuperação do choque BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 58 Cobrir as feridas com compressas secas e pôr as áreas no líquido salino por 20 minutos Depois retirar as compressas Repetir de 12 - 12 horas Intoxicação em pediatria Produtos mais frequentes Produtoscaseiros(petroleo,lixivia,raticidas,Insecticidas,be bidas alcoolicas,desfrizantes), Medicamentos (sal ferroso,aspirina), Produtos agricolas (adubos,insecticidas) Produtos industriais (Tintas,vernizes), Plantas (galamaluco,cogumelos,mandioca. Manifestações clinicas Cianose,Dispneia,Bradipneia,Resp.de Kussmall, Diarreia,Vomitos(as x com sg),Secura da pele e muc.,Queim. e ulceras na mucosa, Sudorese↑, Hipertermia, Midriase/Miose, Diplopia, Obnubilacao, Taquicardia/Bradicardia, Hipertensao, Paralisia muscular, S.extrapiramidais, Convulsoes.Coma. Conduta CRIANÇA EM COMA Decubito lateral, Aspiracao de secrecoes e vomito,SNG – aspirar o conteudo gastrico,O2 se necessario Fluidoterapia (shock,perfusao tissular,equilibrio hidroelectrolitico), Monitorizar (pulso,TA,FR,diurese), Evitar hipotermia HISTORIA Tipo de toxico – antidoto,lavagem?vomito?/Idade/sexo/Toxico – nome/quantidade/Tempo decorrido dp da ingestao/Refeicoes,vomito/Primeiros cuidados recebidos/Progressao dos sintomas = SUSPEITA => evitar tt intensivos e invasivos se a cr. esta bem BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 59 Remoção do toxico= Emese, Lavagem gastrica, Acelerar a excrecao(Carvao activado,CatarticoDiuretico,Dialise peritoneal/hemodialise, Neutralizar o toxico, Antidotos). REMOÇÃO DO TOXICO Emese(provocar o vomito) Metodo manual Xarope de Ipeca 15 -20 ml=>+ 2 copos de agua Apomorfina 0,05-0,1mg/kg sc CONTRA INDICACAO DA EMESE Intoxicacao por petroleo e derivados,Convulsoes e coma,Hematemeses,Menores de 6 mese. LAVAGEM GASTRICA Indicado: Falência da emese/Criança com < 6 meses/Convulsões e coma. Contra indicado:Ingestao de corrosivos/Ingestão de petróleo ACELERAR A EXCREÇÃO Carvão activado: (1 gr/kg/dose) oral/Purgante salino/Sulfato de sódio (300mg/kg/dose) oral Forçar a diurese: Furosemida (1-2mg/kg/dose)e.v., Soro glicosado 5%(50-100ml/kg/24h), Manitol 10%(30ml/kg ) e.v. Dialise peritoneal/Hemodialise: Intox. por salicilatos,barbituricos Coma,apneias,ologo-anuria ANTIDOTOS Neutralizantes especificos do toxico Organofosforados – ATROPINA Metoclopramida – DIFENIDRAMINA BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 60 Opiáceos – NALOXONE Cianetos – NITRITO DE AMILO Monóxido de Carbono – O2 a 100%. Anexo Síndrome Anticolinérgicos Sintomas: hipossecreçãogl exócrina, sede, pele ruborizada, midríase, hipertermia, retenção urinária, delírio, alucinações, taquicardia, disfunção respiratória Causas: Atropina , anti-histamínicos, amitriptilina, escopolamina. Tratamento: difenidramina 5 mg/Kg/d de 8/8 hrs Sindrome colinergico Sintomas:hipersecreçao gl exócrinas, miccao, náuseas, vómitos, diarreia, fasciculaçoes ms, paralisia, convulsões, miose, broncospasmo, taquicardia/bradicardia causas: organosfofosrados, tabaco, picada aranha tratamento: atropina 0,05 mg/Kg de 15-15' até atropinizaçao (secura pele, e mucosas, midriase, taquicardia, hipertermia) Sindrome extrapiramidal Sintomas:tremor, rigidez, opistotonus, torcicolo, disfonia, crise oculogira. Causas: fenotizaidas,haloperidol,metoclopramida Tratamento: difenidramina Sindrome hipermetabolico Sintomas: febre, taquicardia, hiperpneia, inquietude, convulsões, acidose metabólica. Causas: salicilatos , herbicidas Sindrome narcotico Sintomas: depressão SNc, hipotermia, hipotensão, hipoventilacao, miose. Causas: narcóticos, heroína,propoxifeno BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 61 Tratamento: nalaxona: 0,01 mg/Kg Sindrome simpaticomimetico Sintomas:excitação, psicose, convulsoes, hipertensão, taquipneia, hipertermia, midriase Causas: anfetaminas,cocaína, teofilina, cafeina Outras intoxicaçoes Paracetamol Antitodo: Acetilcisteína Dose: DA: 150 mg/Kg + 200 ml Dex5% em 15' DDM: 50 mg/Kg + 500 ml Dext5% de 4/4 hrs Efeitos colaterais: nauseas, vomitos, cuidados com asmaticos, vigiar K Sulfamidas Antidoto: Azul de metileno 0,1-0,2 ml/Kg (1-2 mg/Kg) por 5 ' ev. Pode repetir-se 60 min dps EC: náuseas, vómitos, cefaleia, tonturas Ferro Antidoto: Desderoxamida 1 gr seguido de 2 doses de 0,5 g espaçadas de 4 hrs EC: hipotensão, reacção alérgica Metanol Antidoto: Etanol 5% ou 10% DA: 740 mg/Kg DM: infusão de 80-15 mg/Kg/hr EC: sedação, náuseas, vómitos Benzodiazepinas Antidoto: Flumazenil 0,2 mg diluído em Sf ou Dex5%. Repetir de min a min até dte despertar EC: Sd abstinência BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 62 Convulsões na urgência Classificação: Convulsões febrís/ Crise única não provocada/ Crises recorrentes 1. Convulsões febrís Forma típica:- Ocorre entre os 9m e 5anos de idade, Aumento rápido da temperatura até 39°C, Menos de 10 min de duração, Crise única - Tipo tônico-clónico generalizada - Pós ictal é breve e com sonolência Forma Atípica: Crises repetidas no mesmo dia, Mais de 15 min de duração, Tipo focal, Pós- ictal com sinais focais (hemiparésia, anisocória, paralisia do facial) Sinais que predispõe o desenvolvimento de epilepsia futura: - Crises e/ou período pós- ictal atípicos, Antecedentes familiares de epilepsia, Primeira crise antes dos 9 meses Surgimento de sinais de retardo/regressão do DPM depois da crise, Alterações neurológicas pré-existentes 2. Crise única não provocada Características semelhantes as das convulsões febris 3 Crises recorrentes Dif: Duas crises não provocadas com mais de 24h de intervalo entre si sugere distúrbio epiléptico cerebral e que pode levar a recorrências. Podem ser - Parciais simples/complexas - Generalizadas/Crise de Ausência/Crise tônico-clonicas generalizada/ Forma mioclônica da infância/Espasmos infantís/ Sdr de Landau-Kleffner (autismo) Tratamento de urgência: BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 63 Criança com febre, já sem convulsão: Despir, observar, temperatura, Tranquilizar, ambiente calmo, Se Observar 4-6 horas. Detectar causa da febre. Avaliar, Exames complementares, hidratar, Tratar a causa da febre Explicar aos pais o sucedido e o futuro. Abordagem: Diazepam: 0,3-0,5 mg/Kg. Ampola-10mg/2ml via rectal no momento da crise: 0,5mg/kg (seringa de tuberculina) via Ev usar a dose de 0,3mg/kg Em caso de não ter o peso Idade Peso Dose ev Dose rectal 0-2 meses <4 Kg 0,1-0,2 ml 0,3 ml 2-3 meses 4-5,9 Kg 0,3 ml 0,5 ml 4-11 meses 6-9,9 Kg 0,5 ml 1 ml 1-3 anos 10-13,9 Kg 0,8 ml 1,25 ml 3-5 anos 14-18,9 Kg 1ml 1,5 ml Repetir se necessário após 15-20 minutos até 4 vezes (com cuidado perigo de paragem cardio-respiratória) Evitar a hipoxia: aspirar secreções, oxigenar, decúbito lateral. Se as convulsões não cedem ou se repetem: Fenitoina: DA-15-20mg/kg ampola de 20mg/5ml. DM: 8mg/kg-12/12h Fenobarbital 15 mg/Kg ev + 30 ml de Dextrose 5% ou im. 8-12 horas depois continuar 3-5 mg/Kg/dose oral ou por SNG em 2 tomas. No caso de doença aguda, o fenobarbital será suspenso após 24 horas sem convulsões e com hipotonia. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 64 Se as convulsões não respondem com fenobarbital . Midalozam: amp 15 mg/3ml. Dose:0,1-0,2 mg/Kg lentamente. . Tiopental: Gluconato de cálcio 10% 2 ml/Kg ev. lentamente com controle da frequência cardíaca ou Clonazepan ev 0,2 mg/Kg ou Sulfato de magnésio 50% im 0,25 mg/Kg. Anexo Escama de coma de Glasgow normal Modificada para lactentes Abertura ocular espontânea 4 espontânea 4 Estimulo vocal 3 Est. vocal 3 Est. doloroso 2 Est. doloroso 2 Sem resposta 1 Sem resposta 1 Normal lactentes Resposta verbal orientado 5 balbucia 5 confuso 4 irritado 4 Palavras inapropriadas 3 Chora a dor 3 Palavr. inespecíficos 2 Geme a dor 2 Sem resposta 1 Sem resposta 1 Resposta motora Normal lactentes Obedece o comando 6 Espontânea N 6 Localiza a dor 5 Reage ao toque 5 Reage a dor 4 Reage a dor 4 Flexão dos membros 3 Flexão anormal 3 Extensão dos memb 2 Extensão anormal 2 Sem resposta 1 Sem resposta 1 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 65 Desidratação Isotónica Ligeira SRO (sais de rehidratação oral) - 50-75 ml/kg de peso por 4 h. Reavaliação - Melhoria / sem perdas - alta com SRO em ambulatório e tratamento da doença de base - Desidratado e com perdas – hidratação endovenosa Critérios para hidratação venosa Lactente < 2 meses Desidratação moderada com vómitos persistentes (>de 4 vezes) Desidratação grave ( todos casos) Choque de qualquer causa Vômitos incoercíveis Perdas fecais mais de 10 dejecções por dia Íleo paralítico Alterações do nivel de consciência Impossibilidade de rehidratação ora Desidratação Isotónica Moderada 1ª Fase - 75ml/kg em 4 a 6 hrs (veja anex 3o ) 2ª Fase - Se mantiver as perdas, usar soro com glicose e electrólitos por 24 h segundo a fórmula: *Se tiver febre adicionar 12% de líquido por cada grau centígrado de febre - Se melhoria dos sinais de desidratação e ausência de perdas passa-se a terapia oral com SRO e dieta geral NHD(veja anexo 2) + perdas (20-50ml/kg) BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 66 Desidratação Isotónica Grave 1ª Fase – Expansão - Bolus de 20ml/kg em 30 min até um máximo de 60ml/kg - Usa-se preferencialmente lactato de ringer - Repete-se 2 a 3 vezes se persistência de sinais de má perfusão 2ª Fase –Manutenção - Primeiras 8 h - ⅓ NHD + ½ do défice do peso - vol da 1ª Fase - Restantes 16 h - ⅔ NHD + ½ do défice do peso - Usa-se de preferência glicorringer. 3ªFase –Manutenção - NHD + Perdas (50ml/kg) - Usar Soro polielectrolítico em 24 hora Hipernatrémia Hipernatrémia com Hipovolémia Na > 160 mEq/lDéficit de água livre (ml)= 4 x P x (Na real- Na desejado) -Volume total=Déficit de água livre + NHD - Administrar 20 mEq/l de Na para cada 1000 ml de volume total - Volume de NaCl 0,9% (1000 ml→154 mEq /l) ou NaCl 20% (1ml → 3.4 mEq/l) - Volume de DX5% = volume total – volume de Nacl * A correcção deve ser lenta (↓ no máximo 10- 15mEq/dia de Na) para não alterar a osmolaridade presente e correr-se o risco de evoluir para o BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 67 edema intracelular (cerebral). Sódio (mmol/L) Tempo de correcção (h) 160-165 -----24h 166-179 ------ 48h > 180 ---------72 -96h Hipernatrémia com Hipervolémia - Restrição hidrica, Diurético da Ansa (furosemida 1mg/Kg/dose), Diálise Hipernatrémia com Euvolémia - Com Diabetes insipida administrar vasopressina ou ADH (0,025mcg/kg em 10 min) Hiponatrémia Sintomatica edema cerebral com convulsoes - Correcção Rápida com NaCl3% - 1 a 2 ml/Kg em 1 h Se choque hipovolémico siga - NaCl0,9% 10 a 20 ml /kg em 10-20 min ver protocolo choque hipovol assintomatica Na > 120 mEq/l Na < 120 mEq/l - NaCl0,9% 10 a 20 ml /kg - Défice de Na = (Na desejado – Na actual) x 0,6 x peso - 1ml de NaCl3% --------- 0,5mEq de Na OU - Vol de Nacl 3% = (Na desejado – Na actual) x 1,2 x peso -Se não houver a solução de NaCl 3% já preparada veja a baixo : Composição da solução de NaCl 3% 100ml de Nacl 3% = 85ml de Detrose a 5% + 15ml de Nacl a 20% ou BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 68 = 89 ml de NaCl 0,9% + 11 ml de Nacl a 20% ou = 87 ml L.Ringer + 13 ml NaCl 20% 1ml de Nacl 3% contém 0,5meq de Na+ Nota: O aumento de Na deve ser lento de 0,5 à 1 meq/l/hora e o no máximode 12 mEq/l/dia pelo risco de desmielinização pontina. Hipocaliémia Leve (K entre 3-3,5 mEq/l) - Aumentar o aporte na dieta. - Se for recém-nascido pré-termo a administracao deve ser feita por via endovenosa 1-2 mEq/kg em 4 horas e adicionar ao soro de manutenção. Moderada (K entre 2,5 -3,0 mEq/l) -Asssintomática: - KCl 10% em xarope (900 mg /15ml) ou -Solução oral de KCl (OMS) - 4 ml/kg/dia/8/8h. -Sintomática: - KCl 2 mEq/kg em 4 a 6 horas EV ouadicionar no soro de manutenção 2,5 mEq/ml Grave ( K menor de 2,5 mEq/l) - Bolus – 0,5-1 mEq/ Kg diluido em NaCl 0,9% em 1 a 2 h - Perfusão - Défice em Potássio = 0,6 x peso x (K+ ideal – K+ real) - Volume de KCl a 10% (1ml → 1,34 mEq K) ou a 7,5% (1ml → 1mEq K) BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 69 - Volume deNaCl 0,9%(1000 ml NaCl 0,9%→ 80mEq) - Tempo de infusão (TI = mEq de KCl: 0,5 mEq x peso ) - Fluxo ( Fluxo = liquido total : TI) Nota : Para prevenir lesão das células endoteliais a perfusão não deve ultrapassar: veia periférica -80 mEq de K/l, veia central - 120 mEq de K/l,v eia umbilical -150 mEq de K/l Hipercaliémia Sem alteração do ECG - suspender o aporte dietético ou endovenoso de K e prevenir todas as situações que possam gerar hipercatabolismo Com alteração do ECG - salbutamol (aerossol- 0,03 ml/ kg + 3-4 ml NaCl 0,9%) - resinas trocadoras de K por Na ( Kayexalato 1g/kg/dose a cada 2 ou 4 hrs -enemas). - Insulina e Dextrose em bolus (2ml/kg de Dx 10% + 0,05 UI/kg de insulina) ou em infusão (2-4 ml/kg/h de DX 10% +10 UI de insulina / 100ml de Dx 10%) - bicarbonato (1-2 mEq/kg em 5 min) - Diálise Hipocalcémia 1-Hipocalcémia aguda (sintomática) BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 70 - Gluconato de cálcio 10% (9 mg de cálcio elementar/ml) - 1ml/kg bolus EV diluido em NaCl 0,9% ( 1ml de gluconato de Ca 10% --- 2 ml de NaCl 0,9%) em 10 min e a manutenção 2 a 6 ml/kg/dia perfusão EV -Cloreto de cálcio a 10% (27 mg de cálcio elementar/ml) - 2,5- 5 ml/kg. * corrigir os distúrbios associados, como hipomagnesémia e hiperfosfatemia Hipocalcémia crónica - Gluconato de Cálcio a 10% , Carbonato de Cálcio e da vitamina D (VO) - tratar a doença de base Nota: Durante a administração endovenosa do cálcio não se deve associar bicarbonato de sodio, nem drogas vasoactivas, porque podem precipitar; deve-se também evitar o extravasamento do cálcio para a pele e tecido celular subcutâneo e a administração arterial e intramuscular porque provoca necrose dos mesmos. Hipercalcémia Leve (>2,74 mmol/l) Assintomática., não tratar Moderado (2,75- 3,73 mmol) - Correcção hídrica, dieta pobre em Ca e restrição de Vitamina D ↓Sem resposta - NaCl 0,9% 200-250 ml/kg/dia, Furosemida 1mg/kg 6h EV , calcitonina 1-5UI/kg/dia Grave (>3,74 mmol/l) – Correcção hídrica, dieta pobre em Ca e restrição de Vitamina D - Bloqueadores dos canais de cálcio se arritmias ou HTA - Corticóides –Hidrortisona /prednisolona ( EV) - Bifosfonatos – Etidronato , Pamidronato, Clodronato BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 71 - Sais de Fósforo ( fosfato monossódico ou monopotássico) - Calcitonina - Hemodiálise, Paratiroidectomia de emergência Hipofosfatémia Ligeira (0,61-0,77 mmol/l) - Asssintomática, não tratar Moderada (0,46-0,60 mmol/l) - Aporte nutricional de fósforo - Folato 2-3g VO/dia Grave (˂0,46 mmol/l) Fosfato monossódio (1ml=1mmol de P=31mg) diluido em NaCl 0,9% Ataque - P˂0,5 mg/dl /grave – 0,15-0,36 mmol/Kg perfusão EV /6h P 0,5- 1 mg/dl – 0,08-0,24 mmol/Kg perfusão EV /6h Manutenção – 0.44-1,4 mmol/dia (EV) ou 0,9-2,8 mmol/kg/dia (VO) até alcançar valores ˃2-2,5 mg/dl *Riscos: Hipotensão, hipocalcémia, Calcificaçõs matastáticas, hipercaliémia (se uso de fosfato potássico) e diurese osmótica com desidratação Hiperfosfatémia Tratar a causa se possivel ctroliticos e hipocalcémia associados - ↓ absorção -25 mg/kg/dia/8/8h/Vo)- ↑excrecção – mobiliza fosfato para o liquido intracelular BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 72 Hipomagnesémia Quando sintomático/Grave:Sulfato de Mg Ataque -25-50 mg/Kg/dose em 30-60 min (máx 2g/dose) , repetir 1 a 2 vezes em intervalos de 6h em crianças e de 8/12 h em recém-nascidos. Manutenção – 0,2-0,5 mEq/Kg/dia , pode levar 2-3 dias para normalizar Hipermagnesémia Hipermagnesémia leve a moderada - Interromper aporte de Mg - Aumentar hidratação e diurese com NaCl 0,9% Hipermagnesémia Grave - Forçar a diurese com furosemida e NaCl 0,9% - Gluconato de Cálcio 10%(1ml/Kg diluido em 10-15 min) - Diálise Medicamentos mais usados na UCIP 1.Antibioticos 1.P. cristalina 100-500.000 UI/kg 2.Ampicilina 100mg/kg/dia- Ev.50mg/1,5ml-12/12h 3.Gentamicina 5mg/kg/dia- Ev. 20mg/5ml-1x/dia 4.Ceftriaxona 100mg/kg/dia- Inj.1g/4ml-12/12h 5.Azitromicina 10mg/kg- Ev. 250mg/5ml-DU 6.Eritromicina 50mg/kg/dia-250mg/5mg-6/6h 7Fflucloxacilina 50mg/kg/dose-500mg/5ml-6/6h 8.Vancomicina 6mg/kg/dia-500mg/5ml-6/6h 9.Metronidazol 10mg/kg-Inj.500mg/100ml e Oral- 500mg/5ml-8/8h 10. Amoxicilina 50mg/kg/dia- vo.- 250mg/5ml-8/8h BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 73 11.Cefotaxima 100mg/kg/dia Ev. 11.Ciprolfoxacina 15mg/kg/dia-Inj.2mg/ml-2x/dia- 3dias antiviral Aciclovir 10mg/kg/dose- 25mg/ml-8/8h Diureticos 1.Manitol 20%- 0,25-1mg/kg- Ev. 20/100ml 4/4h 2.furosomida 1-4mg/kg/dose- 20mg/2ml 3.espironolactona 1-3mg/kg/dia-cp 25mg 4.acetazolamida 50mg/kg/dia-ev,.500mg/10ml- 12/12h Anticonvulsivantes 1.diazepan-0,3-0,5mg/kg/dose- 10mg/2ml cia rectal e Ev. 2. fenitoina- Ataque-20mg/kg+10mlSF OU Dxt. Mant. 5mg/kg-8/8h- 250mg/5ml 3.Fenobarbital-ataq-15-20mg/kg Manut. -3-5mg/kg+ 10ml SF 12/12h 4. Midazolan15mg/3ml-0,1-0,2mg/kg/dose 5.Tiopental dose de carga 3mg/kg Perfu-1-6mg/kg-24h Antiinflamatorios 1.Ibuprofeno 10mg/kg/dose-100mg/5ml 2.Prednisolona 1mg/kg/dose- Cp 5/20mg- 3. Hidrocortizona 5mg/kg/dose- Inj-100mg/2ml 4.Dexametasona 0,15mg/kg/dose-6/6h -4dias ou 0,4mg/kg-12/12h Protetores gastricos 1. Omeprazol 0,8-1mg/kg/dose- 4mg/ml-1x/dia 2. Ranitidiona 2-4mg/kg/dia ev.12/12h BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 74 Broncodilatodores 1Salbutal aerossol 0,03mg/kg+ 3ml SF 4/4h 2. Aminofilina 5-10 mg/kg/dia Ataque-6mg/kg-20 a 30min Mant-5mg/kg 240mg/10ml-8/8h Inotropico Dopamina 5-10microgramas/kg+SF- 200mg/5ml Analgesicos Paracetamol-15mg/kg-susp 120mg/5ml Inj.1gm/100ml Morfina 0,05-0,2mg/kg/dose.SC Petidina 0,5-2mg/Kg/dose EV Antieméticos Prometaziana 0,5mg/kg/dose Metoclopramida 0,1mg/kg/dose-10mg/5ml Alergia aguda por exemplo por transfusão de CGV Difenidramina 2mg/kg- amp.50mg/5ml BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 75 Doenças infecto- contagiosas Hospital dia pediátrico Sequencia de criança seguida no HDP -Peso e estatura -EEP(evolução estaturo-ponderal ) comentário breve DPM(Desenvolvimento psico motor)comentário breve- idade, aproveitamento pedagógico. PAV-se completo par a idade TARV- se e regular se não tem falhas nas tomas, registar presença ou ausência de efeitos secundários Se é a primeira consulta pôr a positividade dos pais se estão ou em TARV. Se e órfão com quem vive (família, vizinhos, instituições, etc). Queixas.(doenças agudas, internamentos no espaço entre a ultima consulta e a presente). EO: boca, AP, hepatoesplenomegalia e linfadenopatias. Para o doente em TARV: hemograma, Bioquímica e CD4 no primeiro Mês pós TARV e depois de 3/3 Meses. Para o filho de mãe seropositiva Consulta ao 1˚, 3˚, 6˚,9˚,12˚,15˚ e 18˚ Meses de vida. Assinalar o tipo de parto, peso a nascença, tipo de aleitamento. Assinalar o esquema de PTV (drogas da Mãe, drogas dadas ao filho) Análises de rotina na primeira consulta PCR DNA HIV depois no Primeiro Mês ou em qualquer altura antes dos 9Meses, se tiver sintomatologia suspeita de infecção por HIV, teste de HIV a partir do 9 Mês. Criança Exposta ao HIV De 4 semanas a 9 Meses de idade. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 76 fazer PCR DNA Primeiro: Negativo= deve se fazer seguimento clinico na CCR a) Sem sintomas= teste rápido >ou = 9Meses - se negativo= seguimento na CCR, fazer o teste rápido aos 18 Meses ou 2 meses apos o desmame. -se positivo-Alta de CCR e referir ao serviço de TARV para CD4-TARTV e seguimento e repetir o teste aos 18 Meses. b) com sintomas = repetir o PCR e referir ao clinico para avaliação clinica e CD4 - se negativo- discutir o caso -se positivo- Alta de CCR e referir ao serviço de TARV para CD4-TARTV e seguimento e repetir o teste aos 18 Meses Segundo: positivo= Alta de CCR e referir ao serviço de TARV para CD4-TARTV e seguimento e repetir o teste aos 18 Meses Profilaxia ARV para PTV: Mãe e RN CD4 Estado clinico Estadio 1 Estadio 2 Estadio 3 Estadio 4 ˂ ou =250 TARV TARV TARV TARV >250 Profilaxia ARV Profilaxia ARV TARV TARV Mãe RN esqu ema Durant a gravidez Trabalho de parto Pos parto Pos parto TAR V TARV Cont.c/ TARV Cont.c/ TARV AZTxp durant 4sm NVP +AZT +3TC Inicia AZT>= 28 smns de IG entraga d NVP Inicia Douvir( AZT+3TC) +NVP Conti. Duvir(AZT+3TC ) ate 7dias NVP+AZT xp durante 4 semns nada Inicia Duovir AZT+3TC+N VP Conti. Duvir(AZT+3TC ) ate 7dias nada nada Conti. Duvir(AZT+3TC ) ate 7dias nada nada Conti. Duvir(AZT+3TC ) ate 7dias NVP Entrega NVP Toma NVP Nada BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 77 Mãe RN Durante a gravidez Trabalho de parto Pós parto Pós parto NVP Entrega de NVP 1cp 28sem de Gest p tomar no TP 200mg DU dada em menos de 2hr antes da fase expulsiva nada 2mg/kg DU AZT 300mg de 12/12h nada nada 4mg/kg 12/12h AZT+3TC(Duovir) nada Dar 1cp 12/12h Dar 1cp 12/12h ------ AZT: só deve ser usada em casos onde a HGB>= 8g/d Critérios para iniciar TARV em Moçambique Marcador imunitario Idade ˂12meses 1-3anos 3-14anos CD4% ˂20% ˂15% CD4 abs. Cels/mm³ Tratar a TODOS ˂750 ˂350 LT(Cels/ mm³) ˂ 3000 ˂2000 Primeira linha de TARV: Criança que tenham feito PTV com NVP devem usar preferencialmente Lopinar/r na primeira linha se for usado Lopinar/r na primeira linha na mudança para segunda linha usa- se NVP/EFV. Dosagens de formulações pediátricos Peso (Kg) dose dose Todas D4T,AZT e ABC D4T+3TC+NVP/AZT+3TC+NVP 3 5,9 1 1 6 9,9 1,5 1,5 10 13,9 2 2 14 16,9 1 0,5 17 24,9 1 0,5 25 29,9 1 1 NB: o esquema profiláctico para o RN deve ser feito nas primeiras 72horas apos o parto. NVP (monoterapia) só deve ser usada em casos onde ainda não e possível fazer a triterapia intraparto. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 78 Lamivudina/ stavudina/ Nevirapina ou Lamivudina/zidovudina/Nevirapina Peso (Kg) Fase de indução Fase de manutenção Lamivir S Baby+tromune Baby Douvir Baby+douvir N Baby Triomune Baby ou Duovir N bab Manha noite Manhã noite 3 5,9 1 1 6 9,9 1,5 1,5 10 13,9 2 2 14 16,9 T30 1 C301/2 1 0,5 14 24,9 T30 1 Couviro 30 1/2 1 0,5 2529,9 T30 Couviro30 1 1 Crianças que estão a fazer tratamento da TB e o TARV em ambulatório devem fazer as seguintes linhas: ˂10 kg e ˂ de 3 anos D4T/AZT+3TC+ABC ˃ 10 kg e ˃de 3 anos D4T/AZT+3TC+EFV Lpinavir/Ritonavir Peso(Kg) Dose solução pediatria Dose de cp crianças Dose de cp p adultos LPV/r80/20mg LPV/r100/25mg LPV/r200/50mg Mnha noite Mnha noite 3 5,9 1,5ml 1,5ml 6 9,9 1,5ml 1,5ml 10 13,9 2 1 14 16,9 2 2 17 24,9 3 2 25 29,9 2 1 ˃30 2 2 Razões para mudança de terapia - Fracasso do regime actual com progressão da doença: Falência imunológica; Falência clinica BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 79 Falência virológica- persistência de replicação vira- Toxicidade ou intolerância aos ARV - Novos dados sobre terapia mais eficaz Para mudanças de linha usamos os critérios imunológicos e clínicos, devemos ter em conta ao evento novo ou recorrente que ocorre no doente em tratamento. Evento novo ou recorrente Manejo Estádio I Não há mudança Estádio II e III Avaliações clinicas e de CD4 mensais se observar descida de CD4. Considerar mudança de linha se 2medidas de CD4 em imunossupressão grave Estádio IV Mudança de linha necessária e a considerar mesmo se CD4 não estiver em imunossupressão grave Indicação clinica para mudança de TARV por intolerância/toxicidade: Náuseas, vómitos, diarreia que leva a hipotensão e haja necessidade de correcção hidroelectrolitica. Febre˃ 39˚C por mais de 1 semana Cefaleias intensas apos início de TARV, Rash graus 3-4, levando ao sind. De Steven Johson(ex. NVP). Alergia-angioderma/anafilaxia por abacavir Neuropatia periférica, desconforto severo, perda de 2-3 reflexos e perda de sensibilidade 2-3 dermatomos por estavudina (D4T). No caso dealterações laboratoriais tais como: HGB˂7,0gr/dl Neutrofilos˂250mm³ BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 80 Alanina aminotransferase mais de 5x do valor normal Amílase mais de 3x do valor normal NOVAS NORMAS DO TARV NUNCA é urgente, Preparar convenientemente a criança e a família, Antecipar as dificuldades e o desconforto ligados ao tratamento, Suporte oral e escrito da prescrição, Integração na vida quotidiana, Evocar as possíveis toxicidades. Criança menor de 12 meses com PCR –DNA p/ HIV positivo, iniciar TARVSe a criança fez NVP no PTV deve fazer LPV/r no TARV Deve - se iniciar TARV neste grupo sem esperar os resultados de CD4. Uso Clínico dos ARV O tratamento anti-retroviral é uma combinação de 3 fármacos. As possíveis combinações incluem: 2 ITRN + 1 ITRNN Marcador imunitario IDADE < 12 meses 1-3 anos 3 – 14 anos CD4 ( %) Tratar TODOS c/ PCR - DNA positivo < 20 % < 15 % CD4 abs. (cels/ mm³) < 750 < 350 LT (cels/mm³) < 3000 < 2000 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 81 2 ITRN + 1 IP 3 ITRN 1ª Linha de Tratamento Combinação de 3 fármacos, geralmente com: 2 análogos nucleosidos (ITRN) Estavudina (d4T) Zidovudina (AZT) Lamivudina (3TC) 1 análogo não nucleosido (ITRNN) Nevirapina (NVP) Efavirenz (EFV – a partir dos 3 anos de idade ou peso superior a 10Kg) ABC e EFV - Tuberculose Crianças que tenham feito PTV com NVP, infectadas < 1 ano: Usar preferencialmente Lopinavir/ Ritonavir na 1 linha Regime 1linha Regime 2linha d4T ou AZT ABC ABC AZT + 3TC + ddI + NNRTI : NVP ou EFV + IP : LPV/r BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 82 Criança do PTV, infectada < 1 ano Se foi usado Lopinavir /r na 1a linha, na mudança para 2a linha usa-se nevirapina/efavirenz A NVP – DU a mãe e a criança,devido a sua baixa barreira genética a resistência,uma única mutação na transcriptase reversa (K103n,y181C ou 190A),confere alto nível de resistência a NVP a mãe e a criança Persistência da resistência por + de 1 ano e ausente depois de 3 anos (Flys,2005.Uganda,ilippa Musoke REGIME COMENTÁRIOS d4T ou AZT + 3TC + NNRTI : NVP ou EFV <3 anos ou <10Kgs Nevirapina >=3anos ou >=10kg Efavirenz / Nevirapina 2ª linha TARV = 2 ITR + 1 IP 1ª linha TARV em falência 2ª linha TARV ITR ( NITR / NNITR ) + IP 2 NITR + 1 NNITR Com AZT ou d4T ddI + ABC LPV / r Com ABC ddI + AZT 3 NRTI ddI + EFV ou NVP BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 83 Profilaxia de infecções oportunistas Faz se a profilaxia tendo em conta: -estado imunologico da crianca -presenca e gravidade das infeccoes intercorrentes A profilaxia pode ser primária ou a secundária Profilaxia com CTZ é administrada a: FMSP,Criancas HIV positivas Suspender o CTZ no caso de: PCR\DNA negativo Crianca maior de 9Meses se teste de HIV for negativo Crianca com CD4> 20% sem intercorrencias. O CTZ e usado para: profilaxia para infeccoes bacterianas e PPJ, para Toxoplasmose na dose de 5mg/kg 1x/dia VO Avaliação da eficácia do tratamento Peso, estatura e sua evolução , bem estar, actividades fisicas e intelectuais Laboratorialmente: CD4, carga viral,hemograma, perfil hepatico, perfil renal que tambem servem para avaliar atoxicidade medicamentosa. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 84 Estadios da OMS Estadio III MN moderada inexplicada Diarreia persistente inexplicada > 14 d Febre persistente inexplicada >1 mês Candidiase oral persistente Leucoplasia oral pilosa Gengivite/periodontite ulcerativa necrotizante aguda TB ganglionar/pulmonar PN bacteriana grave de repitiçao (2 ou + episodio ns últimos 6 meses) LIP Dça pulmonar crónica incluindo bronquiectasias Anemia < 8 g/dl; neutropenia < 500/mm³; trombocitopenia < 50000/mm³ Estadio IV Caquexia Pneumocistose pulmonar PN grave recorrente Herps simplex (orolabial, genital ou anoretal) + 1mes Cadidiase esofágica TB extrapulmonar SK Toxoplasmose cerebral Encefalopatia pelo HIV CMV Criptotocos pulmonar Micose dessiminada Criptosporidiose crónica Micobactérias não tB dessimunada Fistula retovaginal associada ao HIV Linfoma não Hodgkin Leucoencefalopatia multifocal disseminada Nefropatia associada ao HIV Classificação das categorias imunológicas (CD4) relacionadas com a idade (Grupo do CDC HIV/SIDA pediátrico, 1994 Estadio I Assintomática Linfadenopatia generalizada persistente (>1 cm em 2 ou mais cadeias não continuas, excluída cadeia inguinal Estadio II Perda peso < 10% HEM persistente inexplicada Prurigo Infecção viral extensão verrucosa Molusco contagioso extenso Inf respiratória recorrentes (sinusite, bronquite, otite média, faringite, IVRS) Herpes zoster Ulcerações orais recorrentes ↑ das parótidas inexplicado Eritema gengival linear Infecções fúngicas ungueias BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 85 Categoria imune Idade da criança < 12 meses 1-5 anos > 6 anos Alteração imune n.o/uL(%) 1 (ausente) ≥ 1500 (≥ 25%) ≥ 1000 (≥ 25%) ≥ 500 (≥ 25%) 2 (moderada) 750 –1499 (15-24%) 500 – 999 (15-24%) 200 – 499 (15-24%) 3 (grave) < 750 (<15%) < 500 (<15%) < 200 (<15%) MEDICAMENTOS: 1º Linha: d4t ou AZT + 3TC + NVP ou EFV 2º Linha: ABC + DDI + LPV/r 3º Linha: TDF+3TC+EFV ARVs:Estavudina (D4T): sol oral 1mg/ml; casp 30 mg e 40 mg <30 Kg: 1 mg/Kg 2x/d 30-50 Kg: 30 mg 2x/d >50 Kg: 40 mg 2x/d Efeitos 2º: anestesia, ardor, formigueiro mãos e pés; dor abdominal; diarreia, vómitos, pancreatite aguda Lamivudina (3TC): susp oral 10 mg/ml fr 240 ml; cp 150 mg 3 mese-16 anos: 4 mg/Kg 2x/d efeitos 2º: náuseas, vómitos Zidovudina (AZT): susp oral 50 mg/5ml fr 240 ml; cap 100 mg e 300 mg RN termo: 2 mg/Kg 6/6 hrs semanas – 2 mg/Kg Dose terapêutica: 180 mg/m² BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 86 Efeitos 2º:cefaleias, dor estômago, vómitos, fraqueza, cansaço, citopenias (anemia/leucopenia), insónias, hiperpigmentaçao cutânea, ungueal e mucosas Abacavir (ABC): cp 300 mg; susp oral 20 mg/ml; cp 50 mg e 300 mg 3 meses-16 anos: 8 mg/Kg 2x/d efeitos 2º: reacçao de hipersensibilidade com sintomas sistémicos, respiratórios e/ou GI, em geral com febre e sem acometimento de mucosas. Didanosina (DDI): cp 50 mg; caps 250 mg; susp oral 10 mg/ml <3 meses : 50 mg/m² 12/12 hrs Medicamentos 3 meses -13 anos: 90-120 mg/m² 12/12 hrs Efeitos 2º: dor abdominal, diarreia, vómitos, ardor, formigueiro mão e pés, pancreatite Nevirapina (NVP): susp oral 50 mg/5ml, cp 200 mg Indução; 4 mg/Kg 1x/dia por 15 dias Manutenção: > 2 meses – 8 anos: 7 mg/Kg/Dia 2x/d >8 anos: 4 mg/Kg/dia 2x/d Efeitos 2º:alergia cutânea/exantema (manchas – Sd Stevens Jonhson, dor estômago, cefaleias, febres, dor ósseas, mialgias, elevação transaminases Efavirenz (EFV): cp 50 mg; caps 200 mg e 600 mg > de 3 anos ou > 10 Kg 1014Kg 15-19Kg 20-24Kg 25-33Kg 34-40Kg >40Kg 200mg/ d 250mg/d 300mg/d 350mg/d 400mg/d 600mg/d BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 87 Efeitos 2º:cefaleias, alucinações,pesadelos, insónias, tonturas, vertigens, erupção pele, irritabilidade, depressão, euforia, dificuldade de concentração, ↑ transaminases, dislipidemia,hiperglicemia, teratogenico Lopinovir/Ritonavir (Lpv/r): Aluvia: cp Lopinovir (LPV/r) 200 mg + Ritonavir (RTV) 50 mg Kaletra: susp oral Lopinovir 80 mg + Ritonavir 20 mg 6 meses-12 anos: 230 mg de Lpv/m² de 12/12hrs Efeitos 2º:diarreia, náuseas, vómitos, parestesias (perioral e extremidades), ↑ sangramento, ↑ transaminases, dislipidemia, lipodistrofia, hiperglicemia e diabetes Trimune 5: D4T 5 mg + 3TC 20 mg + NVP 35 mg - Até aos 12 Kg Trimune 30: D4T 30 mg + 3TC 150 mg + NVP 200 mg Duovir: AZT 300 mg + 3TC 150 mg Coviro 30: d4T 30 mg + 3TC 150 mg OUTROS MEDICAMENTOS: Mebendazol: cp 100 mg 2x/dia por 3 dias Clorfeniramina: cp 4 mg; xarope 2mg/5 ml fr 100 ml Cotrimoxazol: 5 mg TMP/Kg/dia – susp oral 200 mg SMX x 40 mg TMP/5ml <6 meses < 5Kg 2,5 ml ¼ cp 6 meses - 5 a 5-15 Kg 5 ml ½ cp 6-14anos 15-30 Kg 10 ml 1 cp > 14 anos > 30 Kg - 2 cp Multivitaminas: cp; xrp (400 UIde Vit D/5 ml) Gentamicina: colírio 0,3% - fr10 ml Tetraciclina: pomada oftálmica 1% - 4 gr Prednisolona: colírio 1%/5m BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 88 ESQUEMA RÁPIDO DE TARV: <12 Kg 12- 15,9Kg 16–24,9 Kg >25 Kg Induç ã14 d AZT 2 x/d 3TC 2x/d NVP 1x/d Cov 30 ½ + ½ NVP ½ Cov30 ½ + 1 NVP 1 Cov30 1 + 1 NVP 1 Manut enção T5 2x/d T30 ½ + ½ T30 ½ + 1 T30 1 + 1 Doenças oportunistas PNEUMONIA BACTERIANA: Etiologia: 0-2 m: bacilos gram negativos, Streptococcus d grupo B, S. aureus 2m-5 A: S. pneumoniae, H. influenzae,S. aureus >5ª: S. pneumniae, S. aureus. Clínicas: febre, tosse, dispneia com ou sem tiragem, expansibilidade ↓, macicez, mv ↓, fervores crepitantes, sopro tubárico. Lab: hemograma,hemocultura, lavado broncoalveolar (baciloscopia e cultura), Rx torax Tto: 0-2m: P cristalina 100 000UI/Kg/dia 6-6 hrs ou Ampicilina 100 mg/Kg/dia 6/6 hrs + gentamicina 5 mg/Kg/dia 12/12 hrs por 10-14 dias. >2 m: P. procaina 50 000UI/Kg/dia 12/12 hrs ou amoxacilina 50 mg/Kg/dia 8/8 hrs ou CAF 100 mg/Kg/dia 4/4 hrs ou eritromicina 50 mg/Kg/dia 6/6 hrs ou ceftriaxona 100 mg/Kg/dia 12/12 hrs por 14 dias. PNEUMONIA POR PNEUMOCUTIS JIROVECI: Clínica: súbitos, febre moderada (<38ºc), tosse seca ou produtiva, taquipneia e/ou dispneia grave, cianose, apneia (latentes), AP normal Lab:Rx tórax, LDH ↑ (320-2000UI), PaO2 < 70 mmHg, Cultura (lavado gástrico, expectoração, aspirado traqual ou broncoalveolar), biopsia pulmonar TTo: CTZ 20 mg/Kg TMP(80mg/5ml/dia 6/6 hrs por 14-21 dias + O2 se Sat 02 < 92% Tto alternativo: Dapsona 1 mg/Kg/dia + TNP 20 mg/Kg/dia 4x/d por 21 d BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 89 Pentamidina 4 mg/Kg/d 1x/d por 3 semanas Prednisolona associada (casos graves): D1 a D5 – 1 mg/Kg/d 12/12 hrs; D6-D10: 0,5 mg/Kg/d de 12/12 hrs; D10-D21: 0,25 mg/Kg/d 1x/d Quimioprofilaxia: CTZ 5 mg (TMP)/Kg/dia PNEUMONIA INTERSTICIAL LINFOIDE: Etiologia: infiltração linfocitária Clínica: tosse crónica, hipocratismo digital, cianose periférica. Associado a parotidite crónica, linfadenopatia generalizada, HEM, faencia de crescimento. Tto: MAC: COMPLEXO DE MICOBACTERIAS ATIPICAS: Agente: My avium + My intracellulare Clínica: frebre prolongada, sudorese nocturna, perda de peso ou dificuldade em ganhar peso, sintomas GI, linfadenopatias, HEM, anemia Lab: leucopenia, fosfatase alcalina ↑, cultura de sangue, aspirado da medula – isolamento do MAC, biopsia hepática, intestino e gânglio. Tto: claritromicina 15 mg/Kg/dia 2x/d + Rifabutina- 5mg/kg/dia VO 1×dia Toxoplasmose 1. Congenita Clinica:Febre, Rash maculopapular,HEM,Icterícia,Microcefalia Calcificação intracraneana 2. Adquirida Clinica: Febre, Cefaleias,HEM, Corioretinite,Lesões no cérebro Linfadenopatia. Radiológico Rx do crâneo com calcificações dispersas TAC com lesões nodulares. Laboratório:serológico IgG+ ,IgM ⇑ na fase aguda ELISA.Imunoflorescência indirecta LCR xantocrómico com eosinofilia Tto:Pirimetamina 2 mg/kg/d 1xd nos 1°s 2 dias a seguir 1mg/kg/d Ácido fólico 5mg/kg/d,1xd a cada 3 dias Sulfadiazina 85 -100mg/kg/d 2 a 4x dia 4 - 6 SEMANAS DE TRATAMENTO BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 90 CITOMEGALOVIRUS- Sinal de evolução severa e precoce e Sinal de mau prognóstico Clinica: Olho-corioretinite Trato gastrointestinal- Anorexia,Epigastralgias, Ulceras GD,rectorragias, Lesões no esófago, estomago, trato biliar,figado e colon. Pulmões: Febre,Tosse,Dispneia SNC:Encefalite,Mielite,Neuropatia periférica Diagnostico:Clínico Laboratório e serologia Fundoscopia;exsudato branco – amarelado,hemorragia,áreas necróticas, descolamento da retina Biópsia do TGI e cultura LBA e isolamento de virus Testes serológicos Tto: Indução: Ganciclovir 5mg/kg/dose EV 2×dia ,14-21 dias (infusão >1 hora) -Foscarnet 60 mg /kg /dia EV de 8/8 horas (alternativo). Manutenção:Ganciclovir 6mg/kg/dia EV 1×dia 5 dias por semana, diluido em S.fisiológico em 1 hora -Foscarnet 90-120 mg/kg/dia EV 1×dia CRIPTOCOCOSE: clínica: Febre, Astenia, Alterações do estado mental, Sinais meningeos, Cefaleia, Convulsões,Fotofobia, Tosse e dispneia. Diagnostico: Clinica, exame directo com tinta da china, Cultura LCR TAC (não especifico. Tto: Anfotericina B- 0.7-1.0 mg /kg/dia EV 4-8 semanas Fluconazol- (2mg/ml)-3-6 mg /kg/dia 1×dia ,6-10 semanas-Fr100ml TUBERCULOSE Clinica:Tosse seca ou produtiva, febre, sudorese noturna, dispneia, perda de peso, anorexia, c/ evolução de 3 a 4 semanas. Diagnóstico: historia de contacto, Pesquisa de BK, cultura de BK, PCR p/ BK, no aspirado broncoalveolar ou lavado gástrico, hemocultura, biópsia. Rx: Variável (infiltrado difuso perihilar, condensações, cavernas, adenopatias,etc) Mantoux: geralmente negativo, >=5mm (+) Tto: 2 RHZ / 4 R3H BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 91 CANDIDIASE Clinica: candidiase atrofica: Mucosa oral muito hiperemiada. Perda de papilas da lingua esofagite: Disfagia, Anorexia, Perda de peso Diagnóstico:Clínico,Endoscopia, Esofagoscopia Laboratorial Microscopia directa, Cultura, Biópsia da mucosa Tto:Candidiase oral Nistatina 100.000UI 6/6 horas 10-14 dias Candidiase oral e esofágica: Ketoconazol 7 a 10 mg/kg /dia VO 10-28 dias Fluconazol- 3 a 6 mg/kg/dia VO 1×dia 10-28 dias Anfotericina B -1mg/kg/dia IV infusão 4 a 6 horas casos graves resistente a drogas anteriores. VARICELA Agente- Virus Varicela zoster Clínica:Lesões vesiculares, maculares, pruriginosas depois crostosas,acompanhada de febre,prostração Pode haver sobreinfeçcãoComplicações- Encefalite, pneumonia, hepatite,GNA. Diagnóstico- clínico, pesquisa do vírus nas vesículas,líquor e urina, orofaringe,Biopsia, Serologia Tratamento- Aciclovir- inj.25mg/ml. Susp 80mg/ml 30mg/kg/dia 8/8h ,7 a 10 dias ev - Desinfeçcão das lesões HERPES ZOSTER Reativação do vírus da varicel Clínica- lesões vesiculares ao longo de 1 ou mais dermatomos, dor local, febre complicações- disseminação para SNC, rins, figado Tratamento- Aciclovir 20mg/kg/dose 6/6h 7 dias Desinfeçcão das lesões Analgésico Quimioprofilaxia: Idade CD4 Medicamento < 1ano 750 cel/mm Claritromicina 7,5 mg/Kg 2x/d ou Azitromicina 20 mg/Kg/dia 1x/semana 1-2 anos 500 cel/mm 3-5 anos 75 cel/mm 6-13 anos 50 cel/mmBROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 92 MENINGITE BACTERIANA Etiologia das meningites Bacterianas de acordo a faixa etaria ˂2 Meses Streptococos B (70%) Bacilos entéricos Gr.neg, E.coli principalmente Listeria monocitogeneses Klebsiela, 2 Meses a 3 anos H.Influenzae Streptococos pneumoniae Meningococo Listeria monocitogenese ˃3Anos Meningococo (59%) Streptococo pneumoniea Quadro clinico: Náuseas,Vómitos,Irritabilidade,Anorexia,Cefaleias, FA tensa e diástase das suturas (aumento da PIC), Confusão,Dor lombar,Rigidez da nuca (60 a 80% na avaliação inicial Kernig e Brudzinski +, Hiperestesia, Fotofobia, Febre Papiledema (achado incomum) Hidrocefalia obstrutiva, Paralisia transitória ou permanente dos nervos craneanos, Surdez ou distúrbios vestibulares, Torcicolo, Obnubilação, estupor, coma e sinais neurológicos focais, Ataxia, Convulsões, Alteração de comportamento (em adolescentes confunde com abuso de drogas) Paraparésia espástica, Artralgia e mialgia, Artrites transitórias (por invasão directa das articulações pelo meningococo), Lesões petequias ou purpúricas, Púrpura, choque e hipotermia (mau prognóstico), BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 93 Celulite facial, PN, Epiglotite, Endoftalmia e outras manifestações supurativas Diagnostico: LCR História clínica e exame físico, P.L (citoquímico e cultura), Teste de aglutinação do latex, PCR do LCR (distinção entre infeção bacteriana e viral), Cultura das lesões petequiais. Contra Indicações para P.Lombar Obstrução da vias aéreas; Insuficiência respiratória/ bradipnéia/Apneias; Instabilidade Hemodinâmica;Diátese Hemorrágica; Suspeita de HT Intracraneana, Infecção no local de punção. Sinais neurológicos focais, papiledema, anisocória, bradicardia, hipertensão arterial Atenção: No líquor traumático, descontar 1 leucócito para cada 500 hemácias. Para cada 1000 hemácias, descontar 1mg/dl de proteínas Diagnostico2:Estudos radioisótopos, E.E.G,TAC, Ressonância magnética, Electroforese do LCR,Hemograma com diferencial, Hemocultura , Electrólitos, Volume urinário e gravidade específica Cact./ELEMENT LCR Norml M. BACTERIANA Aspecto Límpido/ claro Turvo/ purulento Pressão (mmH2O) 50-80 Elevada, 300 Nº Cel/mm³ < 5, >= 75% linfócitos 100-10.000, predom. PMN Prot. Total (mg/dl) 20-45 100-500, ocasion.>1000 Glicose (mg/dl) >50/ 75% da glicémia <40% da glicémia BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 94 TRATAMENTO ANTIMICROBIANO Enterobacter, Klebsiela, E.coli, Listeria Ampicilina – 300 mg/kg/dia em 6 doses+ Gentamicina – 7,5 mg/kg/dia em 3 doses Ampicilina + Ceftriaxona – 100 mg/kg/dia em 2 doses Cefotaxime – 200 mg/kg/dia em 4 doses Amikacina – 15 mg/kg/dia em 3 doses Ticarcilina – 300 mg/kg/dia em 4 doses Haemophilus influenzae Ceftriaxona – 100 mg/kg/dia em 1 ou 2 doses Cloranfenicol – 100 mg/kg/dia em 4 doses + Ampicilina – 300 mg/kg/dia em 6 doses Cefotaxime – 200 mg/kg/dia em 4 doses Meropenem - 120 mg/kg/dia em 3 doses IDADE AGENTE ANTIBIÓTICO RN S.agalactiae, E. coli, K. pneumoniae, Lysteria Ampicilina+ cefotaxima 1-2 M S.agalactiae, E. coli, K. pneumoniae, Listéria+ S. pneumoniae, N. meningitidis, H. influenzae B Ampicilina+ Cefotaxima ou Ceftriaxona 3M-5A S. pneumoniae, N. meningitidis,H.influenzae B Ampicilina+ Cloranfenicol ou Ceftriaxona > 5A S. pneumoniae, N. meningitidis Penicilina G ou Ampicilina Tratamento (TRATAMENTO EMPÍRICO Essencial, precoce e apropriado BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 95 Neisseria meningitidis Penicilina G – 200.000-400.000 UI/kg/dia em 6 doses Ampicilina – 200-400 mg/kg/dia, em 4 ou 6 doses Ceftriaxona – 100 mg/kg/dia, 1 ou 2 doses + Cloranfenicol – 60-100mg/kg/dia, em 4 doses Streptococcus pneumoniae Ceftriaxona– 100 mg/kg/dia em 1 ou 2 doses Penicilina G– 300.000 UI/kg/dia em 6 doses + Vancomicina – 60mg/kg/dia ou 2g/dia, em 4 doses Cloranfenicol – 100 mg/kg/dia em 4 doses + Cefotaxime – 225-300 mg/kg/dia em 3 ou 4 doses+ Rifampicina – 20 mg/kg/dia em 2 doses TRATAMENTO ANTIMICROBIANO- HCM < 2 meses :Ampicilina + Gentamicina OU Ampicilina+Cefotaxime 2 meses a 3 anos: Ampicilina + Cloranfenicol > 3 anos :Penicilina Cristalina + Cloranfenicol Cefotaxime Ceftriaxona Nos casos especiais (shunt, pôs punção, infecção de válvula) tentamos isolar o agente e geralmente fazemos cobertura com vancomicina e ceftriaxona ou ceftazidima na dose de 200 mg/kg/dia nos casos de Pseudomonas. TRATAMENTO ADJUVANTE Agentes anti-inflamatórios Corticoesteroides: Dexametasona Crianças > 6 semanas Não usar na meningite asséptica ou não bacteriana Dose 0,15mg/kg/dose EV, 6/6h, não mais de 4 dias BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 96 Ou 0,4 mg/kg/dose 12/12h Efeitos colaterais: hemorragia GI, hipertensão, hiperglicémia, leucocitose e febre. Manitol (0,5-1g/kg) em infusão durante 30 min Convulsões: Manutenção das vias aéreas Administração de anticonvulsivantes Fenobarbital (10-15mg/kg) ataque/ manutenção (5mg/kg/dia) em 2 doses Diazepan ( 0,2 a 0,5mg/kg) Lorazepan ( 0,05mg/kg/dose) Fenitoína (5mg/kg/dia) em 2 doses MALÁRIA Partindo do pressuposto de que o quadro clinico da malaria não pode servir para diagnostico aqui não vou sitar para não tratar malaria clinicamente somente dizer que na criança vai desde uma simples febre, fraqueza, anemia leve, anorexia, ate anemia grave, prostração e coma acompanhado ou não de convulsões, este ultimo quadro tem sido malaria complicada como a malaria cerebral e/ ou malaria complicada com convulsões comcriterio para internamento na UCIP. Os exames para diangostico são simples: TDR a famosa a pica do dedinho que é muito especifico sendo raro falso negativo de tal forma que mesmo após o tratamento pode persistir positividade e o exame microspcopico (Hematozoario-HTZ) a famosa contagem de cruzes este tem sido o exame de controle de prognostico principalmente para anemia e para alta que deve ser feito se TDR for positivo e após 3 doses de artesunato numa malaria grave. (Muapala,2015). BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 97 TESTE DE DIAGNÓSTICO RAPIDO (TDR) Gota Espessa: Faz diagnóstico do género • Plasmodium sp Positivo • Plasmodium sp Negativo Só em condição muito especial (observador muito experimentado) pode-se pode fazer diagnóstico da espécie Esfregaço: Identifica a espécie Identifica a morfologia do parasita TTo GERAL E DAS COMPLICAÇÕES Controlo da febre,Tratar as alterações hidroelectrolíticas, Controlo da glicémia, Controlo das convulsões, Corrigir a anemia, Controlo do sangramento,Suporte vitamínico, Suporte alimentar Tratamento das infecções associadas !!! Tratamento específico 1ª Linha – Malária não-complicada Medicamento de eleição – Artemeter 20mg+Lumefantrina120mg Medicamentos alternativos - Artesunato + Amodiaquina Quinino (oral) 2ª Linha – Malária Grave/Complicada Medicamento de eleição - Artesunato (EV) Medicamento alternativo – Quinino (EV) Tratamento pré-referência: Supositórios de artesunato Protocolo completa: VANTAGENS DOS TDR DESVANTAGENS DOS TDR Simples de realizar e interpretar não necessitam de pessoal qualificado Permanecem positivos até 4 semanas após o tratamento o quedificulta o diagnóstico de re-infecção Fornecem o resultado rapidamente (15 minutos) Não indicam a densidade parasitária e nem as espécies Reforça a confiança do doente no diagnóstico e no serviço de saúde em geral Sensibilidade baixa para parasitémias inferiores a 100 parasitas/µl Sensibilidade imprevisível, alteram facilmente com calor e humidade Detecta antígenos ´´histidine-rich protein-2´´ (HRP2) – P. falciparum“lactate dehydrogenase´´ (pLDH) – P. falciparum e outras espécies BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 98 DAR ARTESUNATO PARA MALÁRIA GRAVE O risco de morte por malária grave é mais elevado nas primeiras 24 horas. O tempo entre a transferência e a chegada à unidade sanitária de referência é geralmente longo, atrasando o início do tratamento correcto da malária. Neste período, o doente pode agravar ou até mesmo morrer. Recomenda-se, portanto como medida pré-referência: Artesunato EV ou IM Artesunato rectal (supositório) em crianças A ampola contendo 60 mg ácido artesúnico anídrico (pó) adicionar 1ml de solução de bicarbonato de sódio (agitar muito bem 2-3´min para boa diluição). - adicionar 2ml de Dx5% ou NaCl 0,9% para obter uma concentração final de 60 mg/3ml (20mg/ml) Para administração EV - adicionar 5ml de Dx5% ou NaCl 0,9% para obter uma concentração final de 60 mg/6ml (10mg/ml) do doente Para a via endovenosa dividir o resultado do passo por 10 para obter a dose em ml Para a via intramuscular dividir o resultado por 20 para obeter a dose em ml. ARTESUNATO RETAL (se Artesunato parenteral não disponível): Peso Idade Artesunato em mg Nº total de supositórios 5-8.9 kg 0-12 M 50 1 9-19 kg 13-42 M 100 1 20-29 kg 43 – 60 meses 200 2 (de100 mg cada) 30-39 kg 6-13 anos 300 3 (de 100mg cada) BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 99 No caso do supositório de artesunato ser expelido até 30 minutos após a inserção, um 2º supositório deve ser inserido e especialmente nas criançinhas, as nádegas devem ser mantidas juntas durante 10 minutos para assegurar a retenção da dose rectal de artesunato. DAR QUININO PARA MALÁRIA GRAVE for contra-indicado, o QUININO parenteral é uma alternativa aceitável ao tratamento da malária grave. transferir URGENTEMENTE para o hospital SE NÃO FOR POSSÍVEL TRANSFERIR: rante 1 hora em condições de tomar um antimalárico oral. Não continuar a administrar injecções de quinino por mais de 1 semana No caso de ampola de 300 mg/1 ml adicionar 4 ml de água destilada para fazer uma concentração final de 300 mg/ 5ml (60 mg/ml). No caso de ampola de 600 mg/2 ml adicionar 8 ml de água destilada para fazer uma concentração final de 600 mg/ 10ml (60 mg/ml) IDADE PESO Quinino IM (60 mg/ml) Quinino oral (200 mg 2-3 Meses 4-6 Kg 1 ml --------- 4-12 Meses 6- < 10Kg 1,5 ml 1/3 1-2 Anos 10-12 Kg 2 ml 1/2 2-3 Anos 12-14 Kg 2,5 ml 3/4 3-5 Anos 14-19 Kg 3 ml 1 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 100 Em caso de malaria cerebral associado ou não com convulsões, deve ser fazer o tratamento adjuvante como na meningite : Tratar o edema com manitol, as convulsões com anticonvulsivantes (fenitoina, carbamazepina, etc) e reduzir o processo inflamatório com esteróides (prednisolona ou dexametasona). Uma das grandes complicações e a hipoglicemia por isso deve se considerar dextrose e transfusão em casosde anemia grave. REGIMES DE QUIMIOPROFILAXIA De acordo com as especificidades de cada caso e local Doxiciclina: crianças > 8 anos: 1,5 mg/kg/dia – iniciar 1 dia antes da viajem, tomar diariamente e continuar até 4 semanas depois de regressar Mefloquina – iniciar 2 semanas antes da viajem, tomar semanalmente e continuar até 4 semanas depois de regressar (<5 kg - 5 mg/Kg; 5-9 Kg- 1/8 comp; 10 -19 Kg- ¼ com; 20 -29 Kg -1/2 comp; 30-45 Kg - ¾ comp; >45 Kg – 1 comp) Atovaquona-proguanil - Iniciar 1 dia antes da viajem, tomar diariamente e continuar até 4 semanas depois de regressar (11-20 Kg – ¼ comp;21 – 30 Kg – ½ comp; 31 – 40 Kg – ¾ comp; > 40 Kg -1 comp) HEPATITE Clínica: Fase pré-icterica, Febre e mal estar, Vómitos e Anorexia, Enfartamento pós prandial, Ligeira perda de peso, Dor no hipocôndrio direito Fase ictérica: Urina escura (colúria),Fezes claras (acolia),Icterícia Fase pós ictérica: Desaparece a icterícia, colúria e acolia, Hepatomegalia ligeira persiste por semanas Diagnostico: Hemograma: GB – 3000 – 4000/mm³, linfocitose atípica BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 101 Transaminases : 500 UI/l , > 1000 UI/l (lesões agudas virais e tóxicas) Fosfatase alcalina e Υ-glutamil transpeptidase - ↑ LDH - ↑, Bilirrubinas - ↑, Amonia - hepatite fulminante e encefalopatia hepática, Exame de fezes e urina Depuração de drogas e farmácos nos casos de hepatite medicamentosa Virus Genoma Transmissão Incubaçã o Dias Marcadores Evolução A ARN Orofecal 15-45 (25) Anti-HAV Autolimitad a B ADN Parenteral, sexual, vertical 30-180 (75) Anti-HBs, Anti-HBc, Anti-HBe Cronica, cirrose Carcinoma hepatocelu C ARN Parenteral 15-150 (50) Anti-HCV Cronicidade - 80% D ARN Parenteral, Sexual 30-150 Anti-HDV Cronicidade E ARN Orofecal 30-60 Anti-HEV G ARN Parenteral Sexual e vertical desconhe cido HGV-RNA e PCR BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 102 Diagnóstico serológico Detecção do anti-HAV - no início dos sintomas IgM anti-HAV- inicio sintomas até 4 meses IgG anti-HAV Elevações ALT, AST, bilirrubina , ALP , 5’- nucleotidase e GGT TAP(activ. protrombina se prolongado exige hospitalização HEP B HBsAg - 1º marcador serológico, início dos sintomas HBeAg – Fase aguda indica o estado altamente infeccioso Anti-HbcAg - presente do início e persite por um período mais longo mesmo depois HBsAg desaparecer HEP C Detecção de anticorpos contra HCV (anti-HCV) PCR RNA HCV HEP D Detecção de anticorpos IgM contra o HDV – 2-4 semanas após a co-infecção HEP E Anticorpo IgM contra o antígeno viral –1 semana depois da doença Pode se detectar RNA viral nas fezes e no soro por PCR Tratamento Medidas gerais : Repouso na fase ictérica “absoluto ’’nas formas graves Dieta depende do apetite e tolerância da criança na fase inicial pode - se recomendar restrição proteica e de gorduras Se TP prolongado - Vit K 2.5 mg oral, nos casos de hemorragia grave 5 mg parenteral por dia. Tto: Neomicina 100mg /kg no 1º dia e 50mg/kg no 2º dia ou colemicina 15 mg/kg dia BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 103 Tipo Tratamento HEP A Não existe terapia específica HEP B Interferom-α: 5-10Mu 3vezes por semana – 6 meses Agentes anti-virais (lamivudina ,famciclovir) Transplante hepático HEP C Interferonα : 3 Mu 3x semana -12 meses com ou sem Ribavirina Tratamento: Interferon e Ribavirina(genótipo 2 e 3) – 6 Interferon e Ribavirina(genótipo 1 e 4 com cirrose) – 12 meses Cura de 40 – 60% dos pacientes tratados Tratamento da Hepatite fulminante Internar nos cuidados intensivos Hidratação , Oxigenoterapia, Multivitaminas, Esterilização do intestino(neomicina ou colemicina), Amoniemia –clisteres de limpeza c lactulose(10-50 ml oral /SNG a 2-4 h) Antibióticosde largo espectro ev Tratar edema cerebral Cimetidina 30 mg/kg/dia ev Tranfusão de plasma fresco ou sangue para corrigir as deficiências de factores de coagulação Ex-sanguineo-tranfusão e dialíse peritoneal parecem não melhorar o prognóstico, Transplante do fígado(indicado se há diminuição persistente do factor V). BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 104 Tetano Clostridium Tetani, Microorganismo gram positivo, Anaeróbio obrigatório, Sobrevive no solo durante vários anos, Produz duas exotoxinas – a tetanospasmina e a tetanolisina Período de incubação: 3 a 21 dias Nos casos de infecção grave é de 1 dia MODO DE TRANSMISSÃO: Instrumentos contaminados, Poeiras, Fezes de animais QUADRO CLÍNICO:Dor, Espásmos musculares(músculos da mandibula, pescoço e respiratórios), Irritabilidade, Rigidez da nuca,Dificuldade em abrir a boca, Febre. FORMAS CLINICAS: Tétano generalizado/Tétano cefálico/Tétano neonatal. DIAGNÓSTICO: Clinico-história cuidadosa e exame físico, Laboratórial COMPLICAÇÕES: Fracturas dos membros, Embolia pulmonar, Coma, Morte por asfixia(espasmos músculos respiratórios+ laringe). Tratamento: No tétano neonatal, Diazepam 5mg rectal à entrada, depois pela SNG de 3-3h SAT 5000 U IM Penicilina cristalina 50.000U/kg EV de 12/12h, durante 5 dias SNG para alimentação Aspirar secreções Manter a criança calma- penumbra Mudar de posição de 3-3horas Limpeza do umbigo com violeta de genciana Fisioterapia Tétano na criança: Diazepam 10 mg rectal à entrada,depois 10-20mg pela SNG de 3-3horas BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 105 Clopromazina 1mg/kg, EV ou SNG 3-3h SAT 10.000U IM Penicilina procaina 50.000U IM de 12/12h durante 10 dias SNG para alimentação, Aspirar secreções, Manter a criança calma- penumbra, Mudar de posição de 2-2h, Limpeza da ferida, Fisioterapia. Parasitoses Enterobíase: Clinica: Prurido anal intenso (mais nocturno). Escoriações na pele.Pontos hemorrágicos na mucosa do recto.Prurido vulvar nas mulheres.Prurido nasal.Pertubacões nervosas, irritabilidade e insónia. Tto: Administração VO e repetir após 14 dias. Mebendazol 100 mg (5 ml) em dose única. Albendazol 400 mg (10 ml) em dose única (em crianças acima de 2 anos). Pamoato ou Emboato de Pirantel 10 mg/kg em dose única. Pamoato de Pirvínio 10 mg/kg em dose única em jejum. Piperazina 50mg/kg dose diária. Ascaridíase Clinica: Dor periumbilical. FERIDA LIMPA F. PEQUEN F.CONTAMIND História vacinal VAT SAT VAT SAT Incerta/ incomple ta SIM NÃO SIM SIM completa <10 anos - NÃO >10 anos - SIM NÃO <5anos NÃO >5anos SIM BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 106 perda de peso, anorexia. diarréia, vômitos (podendo ocorrer eliminação de vermes adultos nas fezes e nos vômitos). Quadros de obstrução intestinal podem ocorrer em infestações maciças (bolo de áscaris), além de apendicite ou inflamação da qualquer parte do trato biliar. A migração pulmonar obrigatória dos vermes pode gerar pneumonia eosinofílica (síndrome de Löffler Tto: Sempre VO, repetir depois de 2 semanas. Albendazol 400mg (10 ml) em dose única. Mebendazol 100 mg (5 ml) de 12 / 12 horas por 3 dias ou 500 mg dose única. Pamoato de Pirantel 10 mg/kg em dose única. Vitamina A. Levamisole – droga de escolha se há apenas ascaridíase como diagnóstico. Utiliza-se em dose única: Menores de 2 anos: 20 a 40 mg. Entre 2 e 8 anos: 40 a 80 mg. Maiores de 8 anos: 80 a 150 mg. Teniase Clinica: Alteração do apetite, Cefaleia. Desconforto abdominal, Diarréia, Fadiga.Vertigem, Prurido anal, Náuseas, Obstipação. Tto: Praziquantel 5 a 10mg/kg VO em dose única. Albendazol 400 mg VO em dose única. Mebendazol 200mg/kg 2x/dia por 3 dias ou 300mg/kg 2x/dia 4 dias. Schistosomíase S. haematobium , S. mansoni e S.japonicum Clinica: Fase aguda: Prurido e pápulas eritematosas seguidos a penetração de cercárias.Febre, mal estar, dor abdominal e diarréia Febre de Katayama- irregular, remitente, podendo chegar a 40 graus com calafrios e suor acompanhado de cefaléia, prostração, anorexia e por vezes tosse. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 107 Diarréia líquida ou pastosa, precedida ou não de cólicas, com ou sem muco e manchas de sangue. Fase crónica Forma intestinal – perda de peso, perda de apetite, dispepsia. Diarréia ou mesmo desinteria com cólicas intestinais, tenesmo rectal, astenia e emagrecimento Forma hepatointestinal – sintomas acentuados. Ao exame físico palpa-se o fígado com borda fina ou romba, nódulos que correspondem a áreas de fibrose decorrentes da granulomatose periportal ou fibrose de Symmers. Forma hepatoesplênica –hepatoesplenomegalia Forma cardiopulmunar - tosse seca com secrecão viscosa, com laivos de sangue, febre, sinais de bronquite ou broncopneumonia Tto. Praziquantel 40mg/kg dose única. Oxamniquine 20 mg/kg em 2 doses, intervalos de 4 a 6 horas DISENTERIA, DIARREIA PERSISTENTE, DIARREIA CRÓNICA E COLERA 1.Disenteria: é uma diarreia com sangue visível nas fezes. causa mais importante e a mais frequente é a Shigella, esp/. a S.dysenteriae tipo 1. Outras causas incluem Campylobacter jejuni, Salmonella, Escherichia coli. Tto:- Ciprofloxacina,15mg/kg-2 vezes por dia, durante 3 dias, comprimidos de 250 mg Fluidos ,Alimentação DIARREIA PERSISTENTE: A diarreia persistente é um episódio diarreico de início abrupto, de etiologia presumivelmente infecciosa, com duração superior a 14 dias e que repercute negativamente sobre o estado nutricional. Etiologia: Shigella, Salmonella, E.coli enteroagregativa, Cryptosporidium. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 108 DIARREIA CRÓNICA Fala-se de diarreia crónica (DC), em caso de alteração do número e consistência de fezes, de longa evolução, em regra de mais de 2-3 semanas de evolução. Há 2 grandes tipos de diarreia crónica: com ou sem malnutrição. Os casos sem malnutrição- peso, estatura e velocidade de crescimento normais e sem sinais de carência- são pouco frequentes entre nós. O tratamento é Metronidazol (15 mg/Kg/dia dividido em 3 tomas) durante 5 dias. COLERA: ETIOLOGIA: Vibrio cholerae – bastonete curvo(1,5 - 2x0,5m),Gram(-) móvel. Existem estirpes patógenicas e não patogénicas, o Vibrio c/ antígenos 01 e 0139 são responsáveis por epidemias. Há 2 biótipos do Vibrio cholerae El Tor e Clássico, possuem antígenos diferentes O(Ogawa) e Inaba PATOGENIA(1) O Vibrio cholerae é patogénico do intestino delgado. A toxina colérica estimula a secreção excessiva de electrólitos e líquidos pelas criptas de Lieberkuhn, no íleo distal e cólon , Líquidos secretados podem atingir 12 litros/dia e em geral, o cólon absorve 6 L o máximo MANIFESTAÇÕES CLINICAS (1) Maioria é assintomático, ¼ doença leve, 2 – 5% doença grave, Diarreia aquosa, profusa, por perda massiva de fluidos e electrólitos,O volume de cada dejecção é maior que em qualquer diarreia s/ dor, aspecto: água branca ou tipo água de arroz, odor de peixe, Pode ter vómitos. Alterações do SN- sonolência, letargia Hipoglicémia comum nas crianças – no Centro de Bangladesh, a mortalidade em crianças c/ cólera + hipoglicémia era de 15% Hipoglicémia por exaustão de glicogénio e problemas na gliconeogénese.Acidose – perda de Bicarbonato pelas fezes, acumulação de Lactato e Hiperfosfatémia BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página109 DIAGNÓSTICO:Clinico, Laboratorial:Perda de electrólitos ex: K, Na estão diminuídos, Acidose, Hematócrito aumentado, V.S aumenta, Bicarbonato <15mmol/l, Ureia e Creatinina aumentados. DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: Cultura do V. cholerae,Biotipagem do V. cholerae, PCR , Investigação epidemiológica. TRATAMENTO Objectivo: Repor fluidos e electrólitos,Terapia de rehidratação oral ou Ev consoante o caso, Monitorizar o doente, Fluidoterapia: Lactato de Ringer Soluções EV contendo Na+, CL-,k+, HCO Fluidoterapia TRATAMENTO Antibióticos: Encurtam a duração da doença, o período de excreção e reduz as necessidades em fluidos EV Desidrat. Tipo de liquidos - reposição Tipo de liquidos - manutenção severa EV 100-200ml/kg 2 -4h EV ou ORAL Depende da qtidade de perdas moderad 60 – 80 ml/kg 2 – 4h EV ou ORAL Leve - --------- ORAL BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 110 Agente Dose unica Doses multiplas Doxiciclina 7mg/kg, dose max 300mg 6mg/kg – dose unica. Tetraciclina 25mg/kg, max 1g 50mg/kg/dia 4 tomas –2 a 3 dias Furozolidona 7mg/kg, dose max 300mg 5mg/kg/dia 4 tomas – 3 dias Ciprofloxacina 30mg/kg,max 1g 30 mg/kg/dia 2 tomas – 3 dias Cotrimoxazol não 8-10 mg/kg/dia de TRIM, 2 tomas SMTX 50mg/kg/dia– 3 dias Ampicilina não 100mg/kg/dia 4 tomas – 3 dias Eritromicina não 40mg/kg/dia 4 tomas – 3 dias PNEUMOLOGIA PEDIATRICA Modelo de Historia HCM História Clínica: Nome (acompanhante) Data de nascimento Nº telef: Peso: Kg: Bairro: P/I: P/A BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 111 MI/ HDA/ HPP: Kg nascença, parto, patologia neonatal, internamentos anteriores (data/ano, idade, diagnóstico, local), Dças foro respiratório e Tto em ambulatório HF:Pai/mãe (atopia), irmãos (idade, atopias), contacto com TB, dças atópicas (dermatite atópica, rinite, asma) HÁ: animais, tapetes, peluches, tabaco Otoscopia, Orofaringe TA, FR, dispneia, cianose, hipocratismo digital Nota de alta: Criança de __meses/Sexo/Raça, peso __ Kg, internado de __/__/__ a __/__/__ na enfermaria de pneumologia pediátrica com o diagnóstico de ___________________. Fez análises de ______ no dia __/__/__ com resultado ____. Fez tratamento com ____________ (por __ dias). Tem alta, melhorada, com ________ por ___ dias. Vai ao controle na consulta/enfermaria de ___________ daqui a ____ dias. Frequências respiratórias: Crs < 2 meses: < 60 cpm Crs 2-11 meses: < 50 cpm Crs > 12 meses: < 40 cpm ASMA Doença inflamatória crónica das vias aéreas. Indivíduos predispostos a inflamação provoca: Sintomas geralmente associados a obstrução das vias aéreas importante mas variável que pode ser reversível quer espontaneamente quer sob Tto. É uma hiperactividade das vias aéreas a múltiplos estímulos. Como consequência No músculo liso sofre inflamação da mucosa -ESPASMO Asma na criança, manifestações clínicas BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 112 1 – crise de asma Inflamação progressiva fim do dia, é prodromos (rinorreia tosse seca e quentosa), Dispneia silenciosa – ruidosa, sibilante Expiração, Tosse, pode ser hemetisante, produtiva, WHEEZING tórax distendido, Auscultação roncos, sibilos expiratórios TE aumentada 2 – asma aguda grave (estado de mal asmático) É uma crise que resiste ao Tto brocodilatador inicial bem feito Surge em gral em asmáticos graves, Os adolescentes são um grupo de risco, A mortalidade é variável por quadro de asfixia progressiva, raramente brutal 3 - Equivalentes de asma: Tosse e traqueíte espasmódica,Broncospasmo induzido pelo exercício, Bronquites de repetição. Considera se crise asmática quando uma crinça apresenta se com o quadro de dificuldade respitaroria associada com sibilância que necessita de tratamento com um b bloqueador (salbutamol ) ou esteroide (prednisolona) ou outro fármaco broncodilatador mais de 2 vezes. O 3º episodio de sibilância e crise asmática. TRATAMENTO Leve: ↑FR, sem uso ms acessórios, wheezes moderados no fim expiratório, pulso <100 bpm, sem pulso paradoxal, PaO2 N, PaCO2< 42 mmHg, SaO2 >95%. Tto: butoasma + becloasma Moderada: agitado, choro curto, difícil alimentação, ↑FR, uso ms acessórios, wheezwes fortes na expiração, pulso 100-120 bpm, pulso paradoxal 10-25 mmHg, PaO2 >60 mmHg, PaCO2 <42 mmHg. SaO2 91-95%. TTo: aerossol salbutamol 0,5-1 ml + 2-3 ml SF. S não melhorar repetir 30'-30'. Grave: recusa alimentar, ↑FR uso ms acessórios, wheezes na inspiração e expiração, pulso >120 mmHg, pulso paradoxal 20-40 mmHg, PaO2< 60 mmHg, PaCO2 >42 mmHg, SaO2<91%. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 113 Tto: aerossol salbutamol + hidrocortisona 10-20 mg/Kg/dia 6/6 hrs ou prednisolona 1-2 mg/Kg/dia. Senão melhorar. Aminofilina 7 mg/Kg (DA) lento em ½ hr e DM 5 mg/Kg 3x/d ou adrenalina 0,01ml/Kg/dose sc. Estas crinças têm maoir risco de desenvolver uma sobre infecção (pneumonia) por isso deve se fazer cobertura com antibióticos. (P.cristalina 200 000UI/kg). A duração do internamento depende da: Melhoria da difilcudade respiratória e Sibilância na ascultacao Ascultapulmonar. Alta com Amoxicilina e prednisolona 1mg/kg/ dia TUBERCULOSE: Transmissão inter-humana Disseminação pelos adultos: 100 BK/campo nas cavernas A contaminação ocorre dentro da família A criança excepcionalmente é contagiosa BCG protege parcialmente contra TP, a protecção contra a meningite e a miliar é de 64-86% 25% Das crianças expostas ficarão contaminadas 10-40% Desenvolverão tuberculose doença Na criança, o isolamento do BK é inconstante ou tardia (40%) A detecção do adulto contaminado é capital Para interromper a disseminação, é necessário tratar o adulto e examinar todas as crianças contacto Definições: Tuberculose infecção = PIT latente Tuberculose doença = PIT patente Tuberculose infecção: Viragem simples das reacções tuberculinicas: Rx T normal, Pesquisas de BK suco gástrico negativas BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 114 Evolução: Cura em 90% dos casos e Tuberculose doença em 10% Contacto Viragem IDR em 6-8 semanas 5% de reactivação Doença nos 2 anos seguintes Criança: 5-10 % Criança/ < 2 anos 40% Latente: 10% de reactivação/ano= Imunodepressão Formas clínicas: Tuberculose pulmonar, Tuberculose extra-pulmonar: Meningite tuberculosa, Tuberculose pleural, pericárdio, Tuberculose ganglionar, Tuberculose óssea, Tuberculose intestinal e Tuberculose renal, genital. Sintomas inespecíficos: Sintomas gerais: astenia, anorexia, emagrecimento, febre prolongada, suores nocturnos. Sintomas pulmonares inespecíficos: tosse, hemoptises, febre, sinais de compressão (dispneia, dor torácica, derrame). Quando pensar em TP? Contacto com BK+ Sintomas broncopulmonares crónicas resistentes ao antibi óticos IDR (Mantoux) positivo Rx sugestivo Exames: Rx tórax PA (RP) IDR = mantoux(induração ˃=5mm se HIV +, malnutrição grave. Induracao ˃= 10mm em crinças sadias) Pesquisa de BK (exame directo e cultura(20- 100colonias = +) ): BK expectoração, BK suco gástrico, LBA PCR Pesquisa de contacto BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 115 Declaração obrigatória ,Serologia HIV Tratamento tuberculose infantil em Moçambique Regime12HRZ/4H3R3 Regime2 2SHRZ/4H3R3 Formas graves: miliar, pleurite bilateral, pericardite, peritonite e tuberculose vertebral Regime 3 2SHRZ/6HR Só menigite e tuberculose vertebral Corticoesteroides (prednisolona 1-2mg/Kg/dia 4- 6 semanas) Meningite, pericardite, peritonite e dispneia devido a derrame pleural, TBC ganglionar intratoracica, miliar Retratamento: 2SHRZE/1RHZE/5H3R3E3 Doses(segundo aula da Dra Sandra) rifanpicina 15mg/kg(10-20mg)-limite(100-200) isoniazida 10mg/kg(10-15mg)-limite(100-150) pirazinamida 35mg/kg(30-40mg)- limite(300-400) Etambutol 20mg/kg(15-25mg)-limite(150-250) 1ª linha(segundo protocolo da UCIP) Medicamento Dose recomendada intervalo Dose max Rifampicina 15mg/kg 10-20 600 Isoniazida 10mg/kg 7-15 300 Pirazinamida 35mg/kg 30-40 Etambutol 20mg/kg 15-25 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 116 Definição Fa intensiva F. manutenção I Suspeita ou confirmada de TB P, Gang., todas as formas de TB extr. Pul com excep da meningea e osteoarctic 2HRZE 4HR II TB meningea e osteorticular 2HRZE 10HR Formulações para tratamento de TB em MZ: 2DFC- pediatrico-R-60mg+H-30mg 3DFC-pediatrico-R-60mg+H-30mg+Z-150mg Etambutol-E-100mg 4DFC-adulto- R-60mg+H-30mg+Z-150mg+E-275mg Segundo o peso intensiva manutençã Kg RHZ(60/30/150) E100 RH(60/30) 4-6,9 1 1 1 7-10,9 2 2 2 11-14,9 3 2 3 15-19,9 4 3 4 20-24,9 5 1 de E200 5 Corticoesteroides : Devem ser usadas nas formas complicadas de TB Ex: TB meningea, pericardica. Prednisolona 2mg/kg/dia, nos casos graves aumentar ate 4mg/kg/diacom dose maxima de 60mg/dia, 4 semanas reduzir gradualmente durante 1-2semanas. Pneumonia Classificação 1.Não infecciosa: Aspirativa, Reacção de hipersensibilidade, Induzida por drogas ou radiações 2.Ifecciosa: A. segundo o local de contagio i. Pneumonia adquirida na comunidade Todo tipo de PN adquirido fora do ambiente hospitalar. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 117 ii. Pneumonia Nosocomial Aquelas que desenvolvem os sintomas 48h depois da hospitalização .B. Segundo o agente i. Atípica: Mycoplasma, PCP, Legionella, Clamidia, tosse convulsa. ii. Típica :Viral:>RSV, Adenovirus, parainfluenza, influenza Bacteriana: Pneumococica, estafilococica, estreptococica, H. Influenzae 3. Anatomo-radiológica A)Broncopneumonia B)Lobar, segmentar ou nodular C) intersticial 3. Evolução :A) aguda- menos de 3 semanas B) Crónica- mais de 3 semanas Idade Bactérias Vírus Outros Neonato Strepto Grupo B, Gram Negativos e S. aureus VSR e Herpes simplex,Citome galo Ureaplasma 1-3 M Strepto pneumoniae e Haemophilus B VSR e Adenovírus C trachomatis 4 M - 5 A S. pneumoniae Haemophilus B VSR, Adenovírus,Para influenza 1 e 3, Influenza A e B >5A Strepto pneumoniae Mycoplasma e Chlamydia Critérios de internamento FR>70cpm no lactente; BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 118 FR>50 em > de 2anos; Dispnéia intensa; Derrame pleural, pneumotórax ou abscesso pulmonar; < de 3 meses; Comorbidade grave (cardiopatia, pneumopatia crónica); Pneumonia extensa à radiografia; Necessidade de antibiótico venoso; Desidratação que exija hidratação venosa; Desnutrição grave ou imunodeficiência; Piora rápida do esforço e dificuldade respiratória; Falha do tratamento ambulatorial; Incapacidade de mamar ou beber; Cianose ou precisar de oxigénio para manter a saturação > 92; Tiragem subcostal intensa ou estridor em repouso; Prostração, toxémia intensa, sépsis ou choque. Oxigenoterapia se: Tiragem subcostal grave, Taquipenia, Gemidos, Cianose central,Dispneia com dificuldade em deglutir, Sat 02<92%, Hidratacao, Controle da temperatura,Sat 02, FR. Tratamento impirico idade Tto recomendado alternativo < 3 Mese Ampicilina+Gentamicina Cefotaxima, Ampicilina+ cefalo 3G 3-5Anos Amoxicilia(ambulatorio) p. Cristalina (Hospitalar) amoxi+Clav/Esfuro Ampi/CAF/Cefalosor 3G >5 anos Amoxi(ambulatorio) p. Cristalina Ampicilia/CAF/cefalos 3G (eftriaxona) BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 119 Pneumonia viral Amantadina oral Ribaverina em aerossol (crianças de alto risco). NB: O tratamento somente é benéfico se instituído dentro de 36 a 48h Penicilina Cristalina 100.000-200.000 UI/kg/dia EV 6/6h por 10-14 dias. PN Pneumococo Em casos de resistência Cefalosporina de 3ª geração Cefotaxima, 150mg/kg/dia, ou Ceftriaxona 75mg/kg/dia. Vancomicina (40mg/kg/24h Estreptocócica Penicilina Cristalina 100.000-200.000 UI/kg/dia EV 6/6h, 14-21 dias Estafilococica Oxacilina 200mg/kg/dia EV 6/6h Clindamicina 40mg/kg/dia Vancomicina 60mg/kg/dia EV 6/6h – 21 dias Drenagem de colecção purulenta oxigenoterapia H. Influenzae Ampicilina 100mg/kg/dia 10 a 14 dias Criterios de alta: Eupneico; Condicoes socio economicas adequadas; Medicacao oral; Sem febre durante 48h. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 120 DOENÇAS GERAIS Introdução Nas doencas gerais é preciso uma história clínica completa e exame físico muito detalhado porque as patologias gerais dão quadros que não permitem um diagnóstico etiológico logo ao primeiro contacto , estes doente sempre entram com diagnóstico sindromático para estudo, so para dar exemplo convulsões para estudo, lactente Hipotónico, sindrome febril, anemia para estudo, sangramentos anormais, hidrocefalia, paraplegia para estudo, sindrome nefrótico, sinfrome nefritico, ICC, etc. Resumo dos pontos importantes da história clínica Não falaremos de história clínica mas sitaremos alguns dados importantes no exame físico: Idades Primeira infancia: 0 a 2 anos RN- 0-28 dias Lactentes: 29 dias a 2 anos Segunda infancia: 2 a 10 anos Pre-escolar: 2 a 5(7) anos Escolar: 5(7)-10 anos Terceira infancia: 10 aos 20 anos incompletos(19 anos 11 meses e 29 dias) Pre-pubere: ausencia de sinais puberais(Tanner 1) Pubere: Tanner 2 em diante (tanner 2 a 5) Adolescente tardia: 16 a 20 anos Sinais vitais 1.Temperatura Normotermia: 36-37°C BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 121 Hipotermia:a baixo de 36°C Temperatura subfebril: 37-37,5°C Febre baixa: 37,5-38,5°C Febre moderada: 38,5-39,5°C Febre alta 39,5-40,5°C Hiperpirexia: > 40,5°C 2.Frequencia respiratoria e cardiaca(valores normais) Idade F.R(cpm) FC(bpm) RN 30-60 120-160 Lactente 24-40 90-140 Pre escolar 22-40 80-110 Escolar 18-30 75-100 Adolescente 12-16 60-90 3.pressão arterial idadde P.sistolica (mmHg) P. Distolic(mmHg) P50 P.95 P50 P95 < 6M 70 110 45 60 3anos 95 112 64 80 5 anos 97 115 65 84 10 anos 110 130 70 92 15 anos 160 138 75 95 Calculo PA sistolica PA diastolica Maculino (2x idade)/10+9 (Sistolica/2)+1 Feminino (2x idade)/10+8 (Sistolica/2)+1 Avaliação nutricional Peso: nascimento- acima de 3000gr(peso adequado) Primeira semana de vida perda de cerca de 3-10% (perda fisiologica) com recuperação em 8-10 dias. Ganho cerca de 25-35gr/dia BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 122 Primeiro ano: primeiro trimestre-700g/mes peso de nascimento segundo trimestre:600gr/Mes terceiro trimestre: 500gr/mes quarto trimestre-400gr/mes Segundo ano: primeiro semestre:200gr/mes segundo semestre: 180g/mes maiores de 2anos-2kg/ano ate 8anos Peso =2 n+9. (n idade em anos)Peso de nascimento: Duplica aos 5 Meses Triplica aos 12 meses Quadruplica aos 2 e 2½ anos Estatura de nascimento : ±50 cm Primeiro ano: 25cm Primeiro trimestre: 10cm Segundo trimestre-7cm Terceiro trimestre-5cm Quarto trimestre-3cm 1 a 2anos: 12-13 cm/ano 2 a 3anos: 8 cm/ano 3-4anos:7cm/ano Maiores de 4anos:4-6cm/ano(pre-puberes-tanner 1) Estatura=n x 5+90 (n idade em anos) BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 123 Perimetro cefalico: nascimento=34 cm Primeiro ano: 12cm Primeiro trimestre: 2cm/Mês Segundo trimestre: 1cm/Mês Terceiro trimestre: 0,5cm/Mês 2 anos = 47,5cm 3anos =49cm Perimetro cefalico (PC) Normal: valores localizados entre os percentis 2,5-97,5. Anormal: com deficiencia- valores abixo do percentil 2,5. Com excesso: Macrocefalia-valores acima do percentil 97,5. situações de vigilancia: para microfefalia=percentis 10-2,5 para mcrocefalia=percentis 90 e 97,5 Perimetro toracico (PT) e abdominal (PA) Nascimento ate 3meses: PC>PT em 1-2cm 3meses-PC=PT 6Mes-PC< PT ate aos 2anos: aproximadamente: PC=PT=PA avaliação antropometrica(cont.) (P/I)= Peso encontrado X 100 Peso ideal para idade(P50) E/I=Estatura encontrada X 100 Estatura ideal para a idade( P50) P/E=Peso encontrado X100 peso ideal para estatura encontrada Fórmula p/ Cálculo aproximado de Peso médio BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 124 IDADE PESO (kg) 03 a 12 meses idade(m) +9 2 01ano a 6 anos idade(a)x2+8 07anos a 12 anos idade(a)x7-5 2 FEBRE REUMATICA É uma doença inflamatória de origem autoimune em resposta do organismo a infecçoões faríngea pelo estreptococus β hemolítico do grupo A de Lancifild. Quadro clinico Critérios major: Poliatrite, Cardite, Coreia, Eritema marginatum e Nódulos subcutâneos. Critérios minor:Febre, Artralgia, ↑ proteínas C reativa na fase aguda, Intervalo PR prolongado no ECG. Diagnostico 1º episódio: 2 major ou 1 major + 2 minor + evidência de antecedente de infecção por streptococcus. FR recorrente em paciente sem doença cardíaca: 2 major ou1 major + 2 minor evidência de antecedente de infecção por streptococcus. FR recorrente em paciente com doença cardíaca: 2 minor + evidência de antecedente de infecção por streptococcus. Coreia ou cardite assintomática: Não necessita de critérios. Laboratorial: Cultura de orofaringe Dosagem de anticorpos antiestreptocócicos ASTO: pico 3 a 6 sem após a infecção < 5 anos: Normal: <250 U e Anormal: >333 U BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 125 > 5 anos: Anormal: > 500 U Antidesoxirribonuclease (anti-DNAse): pico 06 a 08 semanas. Anti-hialuronidase, estreptozima Hemograma: leucocitose discreta, neutrofilia, anemia hipocrômica normocítica VS: elevação precoce,Proteína C Reativa (PCR): ↑ 100% dos casos até 2 semanas. Tratamento Artrite Aspirina 90-100mg/kg/dia -2semans com reducao gradual em 4semnas dose maxima 3-4g/dia cardite prednisolona 1-2mg/kg VO (nao ultrapassar 60mg) 6/6h durante 10-14 dias (melhora clinica).passar para dose unica pela manha e iniciar a reducao ate a retirada completa em 8-12 semanas. coreia Haloperidol Iniciar com 2mg/kg VO/ dia 12/12h ate 72 horas se nao houver melhoria, aumentar 1mg/dia ate 4- 6mg/dia. Atencao sinais de impregnacao Acido valproico 20-40mg/kg/dia VO de 6/6h ou 8/8h Cloropromazina 1-3mg/kg/dia VO de 6/6h ou 8/8h Fenobarbital 5-7mg/kg/dia de 6/6h ou8/8h Tempo terapeutico Aproximadamente 3 meses BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 126 Tratamento das manifestações cardite Profilaxia de endocardite Sindrome nefrótico Quadro clinico BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 127 Edema peri-orbitário matinal, vespertino nos membros inferiores; Edema mole, frio, gravitacional Edemas genitais (casos mais graves); Edemas na região dorsal e sagrada (nos acamados); Anasarca; Estrias brancas nas unhas (hipoproteinemia); Estrias na pele (em especial nos membros inferiores); Ascite e derrame pleural, Hepatomegália; Xantomas (hiperlipidemia) Laboratório Proteinúria maciça: >3,5 gr/dia Se houver dificuldade na coleta de urina de 24 horas, usar amostra isolada de urina e calcular a relação entre a concentração de proteína/creatinina urinárias (mg/dL) Proteína/creatinina urinárias Proteinúria < 0,2 Normal 0,2 a 0,5 Mínima 0,5 a 2 Moderada > 2 Nefrótica Outras alterações laboratorais no síndrome nefrótico Hipoalbuminemia Hiperlipidemia Colesterol total e colesterol LDL elevados Colesterol VLDL e trigliceridos elevados Alfa 1 glob e gamaglobulina diminuidas Lipiduria Fibrinogéneo aumentado Factores V, VII, X aumentados BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 128 Antitrombina III baixa Anemia microcítica hipocrómica Níveis plasmáticos de ferro, cobre , calcio e zinco baixos Deficiência de vitamina D Hormona tiroideia e estrogéneos baixos Sedimento urinário Proteínas Cilindros hialinos e granulosos TRATAMENTO Objectivo: remissão completa, minimizando complicações, efeitos secundarios e toxicidade. Tratamento geral: Dieta (hiposodica, evitar o excesso de liquidos mas nao restringir os liquidos. Dieta livre quando a diurese e o edema melhorarem) Diureticos Albumina Antibioticos Tratamento especifico: Corticoides Outros tratamentos :Citostaticos Diuréticos: o uso deve ser criterioso !!! se houver edema generalizado e intenso (ex: com desconforto respiratório e/ou gastrintestinal, grandes anasarcas, dificuldade em abrir os olhos, etc). Hidroclotiazida 2-5 mg/kg/dia ou furosemida 2-4 mg/kg/dia. Contra-indicacoes: hipotensão, aumento agudo de ureia e creatinina séricas, hematócrito > 40%, hipovolemia, diarreia e/ou vômitos. Vigiar a depleção de potássio. Pode-se usar concomitantemente cloreto de potássio ou espironolactona. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 129 Albumina: se hipoalbuminemia grave (<1,6 g/dl) ou hipovolemia grave 0,5-1 g/Kg/dose – correr em 30 -120 minutos Pode ser administrada junto com furosemida (1-2 mg/Kg/dose) Contra indicacoes: hipervolemia Corticoides : Prednisolona - 2mg/Kg/dia ou 60mg/m²/24 h: 3- 4 doses (dose máxima diária de 80 mg) - por 4 -6 semanas Depois:Reduzir a dose e fazer em dias alternados por 4 semanas. Desmame durante 2 meses (reducao semanal da dose) Resposta : se a crianca fica 2 semanas sem proteinúria Quando a criança mantém proteinúria nefrótica após 4 a 6 semanas, ela é considerada corticorresistente e deve ser submetida à biópsia renal Casos sem boa resposta (corticoresistente e dependentes) Ciclofosfamida: 2,5 mg/kg/dia (dose total máxima: 200 mg), 1x/dia, pela manhã por 60 a 90 dias, associada a corticoide alternado em doses regressivas por 1 ano. Metilprednisolona (pulsoterapia): 30/mg/kg EV diluída em 100 mL de soro glicosado a 5%, em dias alternados, 3 a 6 doses/dia. Nos casos em que ocorrer remissão completa, utiliza-se o corticoide VO como complementação terapêutica, em esquema alternado em doses regressivas, por 1 ano Clorambucil: pacientes recidivantes frequentesna dose de 0,15 a 0,2 mg/kg/dia, VO, por 8 a 12 semanas, (com dose máxima de 12 mg/kg). Levamisol: imunomodulador e anti-helmíntico. Dose de 2,5 mg/kg, em dias alternados por 6 a 30 meses. É utilizado inicialmente associado à prednisona em esquema alternado e, após a remissão, diminui-se BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 130 gradativamente a dose desta até sua retirada total. Ciclosporina. GLOMERULONEFRITE AGUDA Processo inflamatório agudo de origem imunológica mediado por imunocomplexos com consumo do complemento, que acomete todos os glomérulos de ambos os rins. Diagnostico Aparecimento súbito de edema; Urina vermelha e escassa; Hipertensão em pré-/escolar; Antecedente de estreptococia cutânea ou de IVRS. Queixas vagas de indisposicao, cefaleia, edema periorbitario Outras queixas: febre, vomitos etc Alterações Características: Edema = + ou ++/4+, isolado, antecede a hematúria. Hematúria = 2/3 dos casos, acompanhada de oligúria, a urina é freq. comparada a coca-cola. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 131 HTA = 90% dos casos, moderada, relação c/ alimento ricos em Na+. Quadro Laboratorial Exame da urina: Densidade = 1015-1020. Hematúria macro e/ou microscopica Leucocitúria (não é obrigado) Cilindrúria = hemáticos (patognomônicos), hialinos, leucocitários e granulosos Proteinúria não seletiva = <3g/24h Complemento Sérico = hipocomplementenemia em 90% dos casos ASLO = aumentado c/ exceção nas estreptococias cutâneas. Eletroforese = albumina normal ou levemente diminuída. éia. Pode haver alteracoes hidoeletroliticas e acido-base (ex: hipercalemia, acidose metabolica) Tratamento Repouso (enquanto houver HTA, edema e complicacoes associadas) 2. Medidas Dietéticas 3. TTO da Infecção 4. TTO das Complicações Medidas Dietéticas Principalmente na fase de hipervolemia e oliguria Restrição Hídrica – fase inicial BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 132 Volume da Diurese + 20ml/kg/dia Restrição de Na+ - Restrição Protéica – glomerular) Restrição de K+ - oliguria importante (2-3 dias Tratamento farmacologico Penicilina Benzatina = dose única (para eliminar o estreptococos) OU Eritromicina – 30 mg/Kg /dia (se houver alergia a Penicilina) Diureticos: furosemida – 4mg/Kg/dia Permanganato de Potássio (1:10.000) Banhos p/ lesões cutâneas ativas. solicitar biópsia se: Hematúria Macroscópica > 3 sem. Aumento da Uréia > 3 sem. Aumento de HA > 3 sem. Hipocomplementemia > 2 meses Oligoanúria > 48-72h + S. Nefrótica > 4 semanas INFECÇÃO URINÁRIA Manifestações clínicas Quadro clinico pode variar desde uma bacteriúria assintomática até um quadro grave de pielonefrite associada a sépsis Manifestações clínicas de acordo com a localizacao da infeccao urinaria BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 133 Alta - Pielonefrite Dor abdominal ou no flanco Febre, Mal-estar,Náuseas, Vómitos Icterícia em RNs, Diarreia (ocasionalmente Baixa - Cistite Comprometimento vesical e inclui disúria, urgência, polaquiúria, dor suprapúbica, incontinência e urina fétida; Não causa febre e não produz lesão renal Manifestações clínicas de acordo com a idade Quanto mais nova a criança mais inespecificos e variados podem ser as manifestações de uma IU. Assim, na criança mais jovem o sinal mais frequente de IU é a febre < 2 Anos: Febre ,Fraco ganho ponderal, Atraso no crescimento, Vómitos, Irritabilidade, Anorexia ,Dor abdominal,Choro ao urinar Idade pré-escolar: Disúria,Polaquiúria, Incontinência, Urgência miccional, Enurese secundária, Febre alta, Dor no flanco, Desconforto supra-púbico. Diagnóstico O “gold-standard” para a colheita de urina na criança é a punção suprapúbica. No entanto, tratando-se de um método invasivo, é na prática reservada para os recém- nascidos e lactentes pequenos. A colheita por algaliação é o segundo melhor método. Na criança maior, com controlo esfíncteriano estabelecido, a colheita é feita por jacto médio. A colheita por saco colector é uma escolha para as crianças sem controlo de esfíncteres. Baseia-se na contagem de bactérias na urina, colhida de forma asséptica: BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 134 → Colher a amostra após higiene dos genitais com H2O e sabão, jacto médio, em recipiente estéril e processar imediatamente - O saco colector deve ser retirado imediatamente após a micção e não deverá estar colocado mais de 30 minutos → Punção supra-púbica A contagem de bactérias na urina implica fazer uma Urocultura com contagem de colónias Testes rápidos de diagnóstico (Fitas) O exame sumário de urina (urina tipo II) é sugestivo se: leucócito esterase (LE) positivo (detecta as enzimas esterases libertadas pelos leucócitos destruídos) nitritos positivos, leucocitúria (valorizável para valores = 10 leu- cócitos/mm3) piúria. Podem ainda estar presentes hematúria e proteinúria. Urina recolhida no jacto ou no saco colector: Observação repetida de mais 100.000 bact/ml; Contagem entre 10.000 e 100.000 bact/ml é suspeita de contaminação e deve ser repetida. Contagem inferior a 10.000 bact/ml representa contaminação normal de urina por bactérias da uretra terminal; Urina obtida por punção da bexiga: Aparecimento duma só colónia indica a existência de IU; A presença de > 2 estirpes bacterianas diferentes na urina é, na maioria dos casos, sinal de contaminação; Leucocitúria (> 10 GB/campo) acompanha sempre uma IU. Critérios de internamento: Todos os RN e lactentes menores de 6 meses; Suspeita de malformação urológica; BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 135 Suspeita de nefropatia Alteração do estado geral (ex: aspecto séptico, desidratação); Se não há garantia de tolerância oral ao AB; Instabilidade socio-familiar e sem garantia do cumprimento da antibioterapia Medidas gerais: Administração abundante de líquidos → esvaziamento frequente da bexiga; TTTo sintomático da febre; Analgésicos; Antibioterapia empírica (antes da urocultura): a) RN: ampicilina + gentamicina b) lactente com menos de 3 meses e crianças com nefrouropatia conhecida: cefuroxime + gentamicina c) restantes crianças: opções via oral: CTZ, nitrofurantoina, acido nalidixico, cefalosporinas opções via parenteral: Ampicilina, cefalosporinas A duração total de tratamento deve ser de 7 a 10 dias, para cistite e PNA, respectivamente Alternativas mais usadas:(por pelo menos 6 meses para evitar recorrências) Nitrofurantoina 1-2 mg/kg/dia , dose única nocturna Cotrimoxazol 2 mg/Kg/dia de TMP numa única dose nocturna Cefalosporina 10 mg/kg – crianças com menos de 4 meses. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 136 Insuficiencia Renal Contudo, em certas ocasiões, o débito urinàrio pode ser quase normal ETIOLOGIA Pré-renal: Diminuição da perfusão renal- Hipovolémia,Hemorragia, perdas g/i, queimaduras, Hipotensão,Sepsis, CID, hipotermia, ins. Cardiaca, Hipoxia,Pneumonia, SDR, lig. Renal: Glomerulonefrite,Coagulação intravascular localizada, Necrose tubular aguda, Nefrite intersticial aguda,umores,Anomalias do desenvolvimento Pōs- renal: Uropatia obstrutiva, Refluxo vesico- ureteral,Adquirida. Manifestações clínicas Pode estar mascarada pelas manifestacoes da causa desencadeante. Sintomas Débito urinàrioreduzido(oliguria) Edema HTA/Insuficiencia cardiaca Palidez/Diateses hemorragica Nauseas/Vōmitos Letargia/Tremores/convulsoes/Coma. Diagnostico Historia clinica e exame fisico Laboratōrio (urina/hemograma/bioquimica/gasometria/ coagulacao) RX torax/abdomem, Ecografia renal, UIV BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 137 Biopsia rena Anamnese :Diarreia, vòmitos, febre (GEA) Infecção prévia pele / orofaringe (GNA) Exantema (LES) Exposição prévia a medicamentos e substâncias químicas Massas nos flancos Laboratōrio :Ureia/creat.↑, Anemia, Leucopenia,Trombocitopénia, Hiponatrémia, Hipercaliémia, Hiperfosfatemia, Hipocalcémia, Acidose metab. URINA: hematuria,proteinuria, cilindros Tratamento Se a diurese <1ml/kg/h Soro fisiologico 20-30 ml/kg a correr em 30 min. Repetir se nao houver resposta diuretica Avaliar débito urinàrio Paciente hidratado, mas anùrico : cateterismo vesical, pressão venosa central - Diuréticos: furosemida, manitol ou ambos (função tubular. ↑ débito urinàrio não està relacionada Melhoria função renal, Dça que precipitou a IRA, masS é importante para o tratamento da hipercaliémia e da sobrecarga hídrica Furosemida-2 -5 mg/kg ev Não hà resposta : 10 mg/kg ev(dose maxima) Não hà resposta – Não se dà mais furosemida Manitol – 0,5 g/kg, dose ùnica, associado ou não à furosemida Dopamina – 3-5 ug/kg/min, associada aos diuréticos Qd nao ha resposta aos diureticos. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 138 Oliguria/anuria com vol.iv normal→rest.hidrica 60 ml / kg / 24 horas, ou 400ml / m2/ 24 horas+ urina 24h Balanço cuidadoso entradas/saídas Solução glicosada 10% ( electrōlitos de acordo com ionograma) Tratamento das complicações Hipercaliémia : Atenção aos líquidos, alimentos e medicamentos ! Alterações ECG : K > 5,5 meq/l - aerossol de salbutamol - Na Bic 8.4% 2ml/kg K > 7 meq/l - Gluconato Ca 10% - 0,5ml/kg ev, em 10 ‘, atenção FC ! Glicose 30%, 1ml/kg, com insulina regular 1 UI / 5 gr Gilcose ev , durante 1 hora ( Atenção à hipoglicémia ) Diàlise peritoneal ou hemodiàlise Acidose metabōlica : pH < 7,15 , HCO3 < 8 mmol/l mEq NaHCO3 necessàrios = 0,3 x peso x (12 – HCO3 sérico ) Hipocalcémia: Trata-se reduzindo o P serico Administração oral de um anti-àcido (Hidroxido de Aluminio) até o P cair a valores normais. Gliconato de Ca 10% 0,5 ml/kg em infusao lenta Hiponatrémia : Na < 120 meq/l Corrigir com NaCl 3% BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 139 mEq NaCl necessàrios = 0,6 x peso x ( Na desejado – Na actual ) Associar restrição hídrica Hipertensão Restricao de agua e sal Hidralazina 0,1-0,8 mg/kg e.v. (4 doses/dia) Nifedipina 0,25 mg/kg ou 2,5-10 mg/dose (sub-lingual) Captopril 0,5-1 mg/kg/dia (max 6 mg/kg/dia) Convulsões : (Na↓,HTA,uremia),Diazepam,Fenobarbital, Fenitoína,Midazolam, Tiopental. Dieta Hipoproteica (0,1-1gr/kg/dia) Restrições de Na, K, àgua Alimentação parenteral/enteral (45-55 cal/kg/dia) 70% HC ,20% lip Indicações para Diàlise:Combinação dos seguintes factores- Acidose, hipercaliémia, alts SNC, HTA, sobrecarga hídrica, Insuficiência cardíaca congestiva BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 140 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 141 HEMATOLOGIA ANEMIA NA INFANCIA Valores normais para eritrócitos, hemoglobina, hematócrito Tipo de indivíduo Eritrócitos (x 10 6 /mm³) HGB (g/100ml) HCT (%) Recém nascidos (a termo) 4,0 - 5,6 13,5 - 19,6 44 - 62 Crianças (3 meses) 4,5 - 4,7 9,5 - 12,5 32 - 44 Crianças (1 ano) 4,0 - 4,7 11,0 - 13 36 - 44 Crianças (10 a 12 anos) 4,5 - 4,7 11,5 - 14,8 37 - 44 Mulheres (gestantes) 3,9 - 5,6 11,5 - 16,0 34 - 47 Mulheres 4,0 - 5,6 12 - 16,5 35 - 47 Homens 4,5 - 6,5 13,5 - 18 40 - 54 Valores normais para volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM) e concentração da hemoglobina corpuscular (CHbCM) Idade VCM (fl) HbCM (pg) CHbCM (%) Crianças (3 meses) 83 - 110 24 - 34 27 - 34 Crianças (1 ano) 77 - 101 23 - 31 28 - 33 Crianças (10 a 12 anos) 77 - 95 24 - 30 30 - 33 Mulheres 81 - 101 27 - 34 31,5 - 36 Homens 82 - 101 27 - 34 31,5 - 36 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 142 Hemograma: ↓ Hb, Ht, VCM, HCM, CHCM Esfregaço : microcitose e hipocromia, pode haver poiquilocitose e hemácias em alvo. Ferro Sérico ↓ : < 70µg/dl (VR:115 ± 50) Saturação da transferrina ↓ : < 15% Ferritina sérica ↓ : <10ng/ml Reticulócitos: normais ou levemente elevados Mielograma: hiperplasia eritróide; ↓ grânulos de Fe nos normoblastos; quase ausência de Fe corável ou ferritina. Classificação de anemia segundo OMS Anemia moderada- 6-59 Meses- (HGB-7-9,9g/dl) 5-14 anos (HGB-8-10,9g/dl) Anemia grave 6-59 Meses-(HGB< 7g/dl) 5-14 Anos-(<8g/dl) Manifestações clínicas: Palidez muco-cutânea: Hgb < 10g/dl. Irritabilidade, anorexia. Taquicárdia, dilatação cardíaca, sopro cardíaco. Baço palpável (10-15% dos casos). Pica. Alterações neurológicas e intelectuais: Dminuição da atenção, letargia, diminuição da capacidade de aprender. TRATAMENTO Correção da causa de espoliação do Fe. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 143 Adequação dietética (cereais e leites enriquecidos). Sais de Fe via oral : sulfato, gluconato, fumarato Sulfato ferroso (20% Fe elementar) – 6mg/Kg de Fe elementar 3x/dia, entre as refeições/ 50mg/5ml TRANSFUSÃO DE SANGUE: Indicações: 1.Hemorragia aguda; 2.Insuficiência cardíaca; 3.Anemia severa em associação com uma infecção grave (malária-IRA). Ao decidir por transfusão sanguínea ter em conta: Transmissão HIV e Hepatite B; Insuficiência cardíaca – hipervolémia. Dar concentrado de glóbulos e juntar um diurético – furosemida (1-2mg/kg/dose). Concentrado de glóbulos 10-15ml/kg (papa de glóbulos vermelhos) Geralmente não é necessário dar-se digitálicos. Reacções transfusionais: a)Suspender a transfusão; b)Dar difenidramina 2mg/kg-50mg/5ml c)Enviar o sangue ao laboratório para testes de compatibilidade. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 144 LEUCEMIAS Leucemias agudas: Leucemias crónicas: Totalidade de céls imaturas (blastos); Avanço rápido; Leucemias linfoides agudas (LLA) - + frequentes; Leucemias mieloides agudas(LMA). Há alguns blastos, mas tb há céls maduras. Avanço com lentidão. Leucemia mieloide crónica; Leucemia linfoide crónica. LLA É o 1o tumor maligno disseminado curável Há uma proliferação incontrolada de céls progenitoras linfoides imaturas que substituem e inibem o crescimento e maturação das outras céls hematopoiéticas. Anemia, trombocitopénia, leucopénia; Etiologia desconhecida Clínica Síndr febril prolongado, inexplicável; Início inespecífico: anorexia, cansaço, fraqueza e perda de peso. Síndr febril, febrícula intermitente; Dor óssea ou articular, às vezes com inflamação (dor retroesternal); História de quadro respiratório: 1-2 meses ants; Sinais e sintomas de insuficiência da medula óssea: Palidez, epistaxis, petéquias, equimoses; Adenopatias, esplenomegália, raramente hepatomegália; Raras vezes sinais de HIC com papiledema, paralisia depares cranianos. Tríade de cushing: HIC;Bradicárdia;Respiração irregular Diagnóstico: Sangue periférico: insuf da mo, anemia, trombocitopénia, leucopénia, linfoblastos na periferia; Medulograma e/ou biópsia da mo: linfoblastos, dim/ausencia de outras progenies celulares. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 145 Tratamento: Fase de indução da remissão (4-6semanas): vincristina, esteroides, asparginose; Profilaxia do SNC: metotrexato intratecal 2 doses. Remissão: presença de menos de 5% de blastos na medula e normalização da contagem de leucócitos e plaquetas na periferia. Fase de consolidação:O mesmo tto que o da fase de indução; Terapia do snc, Prevenção de recidivas; 2-3 anos Mecaptopuria diária ou metotrexato semanal Elementos de mau prognóstico: Idade <1ano e >10anos; Sexo masculino; Mais de 50 000 leucócitos; Afectação do snc (HIC) afinidade com linfoblastos; Imunofenótipo tt;Má resposta ao tto inicial.. LMA 11% de todos os casos de leucemias na infância. Classificada de acordo com os critérios morfológicos. Mais frequente em adultos que em crianças. Menos frequente que lla. Clínica:mais frequentes púrpuras, sindr hemorrágico. Aparecem nódulos subcutâneos, infiltrações das céls mieloblásticas no tecido celular subcutâneo, gengivas. Achados de cid e cloromas ou sarcomas granulocíticos. Menos adenopatias, hepatoesplenomegália. LMC 2-3% de todos os casos de leucemias. Raro em <10anos. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 146 99% têm uma translocação específica conhecida do cromossoma filadélfia. Fase crónica: Inicial com marcada leucocitose e imaturos.Às vezes assintomáticas; Febre, cansaço, perda de peso, anorexia, esplenomegália marcada. Anemia, trombocitose. Fase de crise blástica: Proliferação incontrolável de mieloblastos.Tem pior prognóstico que lma. Evolui depois de 3-4 anos a uma fase acelerada. Aumento dramático da contagem de céls sem resposta ao tto. Hiperuricémia, o sangue torna-se hiperviscoso e aparecem manifestações neurológicas (transtornos isquémicos e infarto cerebral). Tratamento: Fase I: indução da remissão. Fase II: consolidação. Transplante mo. Tto SNC e manutenção. Prognóstico:Mau, Cura em 60%. Linfomas Neoplasias malignas com proliferação de células nativas dos tecidos linfóides (linfocitos, histiócitos, seus precursores e derivados. 90% dos casos de doenças de Hodgkin tem origem nos gânglios linfáticos 60% dos casos de doença não Hodgkin tem origem nos gânglios linfáticos BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 147 A)Linfomas (doença) de Hodgkin Representa 5% dos cancros em <15 anos. -Barr. Mais homens (2:1) Patologia: Típica cél de Reed-Sternberg (cél gigantes 15- 45 m) e núcleos múltiplos ou multilobulados. Há 4 subtipos histológicos: Predominante em linfócitos 2-10%; Esclerosante nodular 40-80%; Celularidade mista 20-40%; Depletados em linfócitos. gânglios linfáticos regionais. óssea, cérebro. Imunidade celular Clínica Adenomegália não dolorosa, dura, supraclavicular, cervical + comum; raramente ocorre linfadenopatia generalizada. Massa mediastinal anterior;Obstrução respiratória; Derrame pleural/pericárdico; Disfunção hepatocelular; Manifestações GI: vomios, sangramento, obstipação, diarreia Manifestações ósseas: dores ósseas, fracturas patológicas (raras) Infiltração da medula óssea (anemia/neutropenia/trombocitopénia); Manifestaçoes neurológicas: compressão dos nervos cranianos e medulares, Síndr nefrótico (rara); BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 148 Sintomas sistémicos: Febre nexplicada e baixa;Perda de peso;Suores nocturnos,Anorexia, Prurido Pode complicar-se com tuberculose, infecções fúngicas, Manifestações cutâneas: prurido, herpes zoster, nódulos, dermatite exfoliativa Diagnóstico: Clínico Rx torax; cels Reed-sternberg Hemograma: anemia normocitica normocromica, reacção leucemóide, leucocitose, linfopenia VS, ferritina sérica, cobre sérico (c/ valor prognóstico); Função hepática; fosfatase alcalina, LDH TAC toráxico com contraste; TAC abdominal com contraste; Biópsia da medula óssea: infiltrado com cels Reed- sternberg Sistema de estadiamento da D. de Hodgkin Estadio I – envolvimento de uma única região linfática ou 1 único órgão ou local extra-linfático. Estadio II – envolvimento de 2 ou + regiões linfáticas no mesmo lado do diafragma; ou envolvimento localizado de 1 órgão ou local extra-linfático ou 1 ou + regiões linfáticas do mesmo lado do diafragma. Estadio III – envolvimento de regiões linfáticas em ambos os lados do diafragma, que pode ser acompanhado por envolvimento localizado de 1 região ou local extra- hepático ou envolvimento esplénico. Estadio IV – envolvimento difuso ou disseminado de 1 ou + órgãos ou tecidos extra-linfáticos, c/ ou s/ envolvimentos associados dos gânglios linfáticos. Tratamento BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 149 Baseado no estadiamento e idade do dte Quimioterapia (estadio I, II e IIIA) curas 90% MOPP – mostarda nitrogenada, vincristina, procarbazina, prednisolona; ABVD – adriamicina, bleomicina, vimblastina, dacarbazina. Quimioterapia (estadio IIIB e IV) curas 60-70% Mesmas associações terapêuticas; Radioterapia (opcional). Transplante de medula Radioterapia B)Linfomas não hodgkin (LNH) Resulta da proliferação clonal maligna de ly T, B ou de origem celular indeterminada. Representa 60% dos tumores da infância na África Equatorial (devido ao L. Burkitt). Nalgumas situações há similaridade c/ LLA: Dte com LNH linfoblástico c/ >25% linfoblastos na medula óssea – tto como LLA; Dte com LLA céls B – tto como L. Burkitt. Tem pior prognostico, altamente malignos. Mais comum em mulheres (3:1), 7-11 anos. Factores predisponentes: VEB, translocaçoes, telangiectasias, imunodefeciencias graves, SIDA, radiações, químicas. É possível detectar uma causa. Patologia Papel importante vírus E. barr (VEB) na patogênese do L. Burkitt (genoma EBV em 95% das céls tumorais); BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 150 Imunodeficiência preexistente (congénita/adquirida) predispõe para o LNH; A maioria dos casos em crianças são neoplasias difusas. Há 3 subtipos histológicos: Linfoblástico (céls T); Linfoma de céls grandes (origem T, B ou indeterminada); Linfoma de céls pequenas (origem B). Clínica:Varia com o local, extensão e sub-tipo histológico Laboratório Aumento do do ác úrico; Aumento da desidrogenase láctica. Diagnóstico: Idêntico ao L. de Hodgkin. Sistema de estadiamento do LNH: Estadio I – tumor único (extra-linf) ou área anatómica única (linfática), c/ exclusão do mediastino/abdomen. Estadio II: Tumor único (extra-linf) c/ envolvimento ganglionar regional;2/+ áreas linf do mesmo lado do diafragma; 2 tumores simples (extra-linfáticos) c/ ou s/ envolvimento ganglionar do mesmo lado do diafragma; Tumor GI 1rio, geralmente ileo-cecal, c/ ou s/ envolvimento dos gânglios mesentéricos, que devem ser ressecados. Estadio III: 2 tumores simples (extra-linf) nos lados opostos do diafragma; 2/+ áreas linfáticas acima e abaixo do diafragma; BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 151 Tumor intratorácico primario (mediastinal) pleural, tímico; Tumor abdominal 1rio extenso. Estadio IV: Qualquer acima, c/ envolvimento do SNC e/ou medula óssea na altura do diagnóstico. Tratamento: Excisão cirúrgica do tumor abdominal; Quimioterapia em todos os estadios. 4o estadio: CVMP – ciclofosfamida, vincristina, metotrexato, prednisolona (6 ciclos c/ 90% de cura). Estadios avançados: Diversos esquemas dependendo do subtipo histológico Retinoblastoma Definição: Tumor maligno originado na retina imatura. 2% dos tumores da infância. Sofre regressão espontânea Incidência diminui com a idade Risco de desenvolver outros tumores: Ca das pequena células do pulmão, Ca da bexiga, mama e prostata, osteossarcoma. Surge de uma célula neuroepitelial, ++ retina posterior Pode ser herdado ou resultar de mutação. 10% - dominante); 20-30% - 25% - com delecção envolvendo os cromossomas 13-14. Diagnóstico: Geralmente aos 3-4 anos com reflexo branco da pupila. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 152 (pupila olho-de-gato) ou estrabismo que se investiga com oftalmoscopia indirecta com pupilas dilatadas. Elevações na retina, únicas ou múltiplas; Tumores c/ calcificações. Perda de visão Dor ocular em casos avançados, Irregularidade pupilar, Linfedema, Paraptose,Aumento da PI craniana,Dor ossea Exames auxiliares: Rx cabeça: calcificações intra-oculares TAC, Punção lombar, Rx ossos,Cintigrafia óssea Despiste:Informação aos familiares dos riscos e implicações genéticas; Os familiares directos devem ser sujeitos ao ex oftalmoscópico p excluir retinoblastoma (nos novos) ou retinocitoma (nos velhos). Tratamento: Se diagnosticado quando o tumor intraocular – 90% de cura. 1.Retinoblastoma unilateral – enucleação e maior remoção possível do nervo óptico. 2.Retinoblastoma bilateral – visão preservada com a coagulação ou enucleação unilateral e fotocoagulação, crioterapia ou radioterapia do outro olho. 3.Quimioterapia – carboplatina + ectoposido ou ciclofosfamida + vincristina. 4.Controle oftalmológico de 2-2 ou 4-4 meses, se necessário com retratamento. 5.Despiste de células neoplásicas no LCR e na medula óssea. BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 153 Todas as crianças a partir dos 6 meses de idade com nistagmo, estrabismo, exige fundoscopia para despiste precoce de retinoblastoma Insuficiencia cardiaca Síndrome clínico na qual há incapacidade do coração em manter perfusão tecidual adequada as exigencia metabólicas do organismo. Cardiopatia adquirida Miocardite viral comum em crianças > de 1 ano Cardite reumática aguda, a ICC na idade escolar Valvulopatia cardíaca reumática geralmente cursam com sobrecarga de volume como IM e IAo MCPD ocasiona ICC em qualquer idade Idiopática Infecciosa Transtornos metabólicos ou autoimune MCP por doxorrubicina meses ou anos após QT MCP por distrofia muscular de Duchene CARDIOPATIAS CONGENITAS 1ª semana 2ª sem-12 meses Pré-escolares/ Adulto PCA D-TGA CP reumática EP severa CP complexas Miocardiopatias Co Ao severa DVAPP Septicemia Miocardites DVATP CIV/DAP BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 154 DIAGNÓSTICO Baseia-se em dados clínicos Antecedentes Exame físico Rx de tórax (cardiomegalia é um sinal preliminar do diagnóstico) ECG ajuda a determinar tipo de CP, mas não é util na IC Ecocardiografía (confirma o diagnóstico, permite calcular a gravidade e identifica a causa da ICC) Tratamento Objectivo Aliviar os sintomas Melhorar a função contractil do miocardio Tratar causas desecandeantes ou contribuintes (pe. anemia, infecção, febre, arritmias) Manifestações clÍnicas Congetão venosa sistém Congestão venosa pulm Acção adrenérg Baixo débito e Choque Hepatomeg Dispnéia Irritabilidade Apatia/ fadiga Edema Taquipnéia Palidez cutâneo Extremidades frias Ganho de peso Gemido expiratório Taquicárdia Cianose periférica PVJ + Pousa às mamadas Sudorese fria, pele húmida Pulsos finos e fracos Anasarca Crepitantes Ansiedade Hipot/oligúria BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 155 Controle da IC Tratamento da causa Tto cirúrgico das CP congénitas e das valvulopatias quando factível Na HTA tratar com anti hipertensivos BAV ou arritmias, tratar com anti arritmicos ou MCP cardíaco Hipertitoidismo tratar o transtorno Febre dar antipirético Transfundir se anemia Antibioterapia se infecçoes Tratamento farmacologico Aminas Acção rápida se empregam em situações criÍticas ou doença aguda, com IRA ou em CP operados Se associa diuréticos IECA: Diminuem a pós carga Aumentam o gasto cardiaco sem aumentar o consumo de O2 Digoxina Idade Dose ataque mcg/kg Manutençao mcg/kg Pre termo 20 5 Neonato 30 8 Menor de 2 Anos 40-50 10-12 Maior de 2 Anos 30-50 8-10 1 micograma (mcg) = 0,001mg BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 156 1. Captopril 0.1- 0,4mg/kg/dose 1-2vezes/dia no RN 0,5-6mg/kg 1-4vezes/dia no lactente 12,5mg/dose, 1-2 vezes por dia em crianças 2. Enalapril 0,1mg/kg/dia 1-2 vezes/dia Diuréticos Diminuem pós carga e melhora sintomas congestivos, mas não melhora gasto cardiaco nem a contractilidade Furosemida oral: 1-3mg/kg/dia; máx 12mg/kg/dia 1 a 4 tomas por dia Furosemida EV 0,5-1mg/kg/dose Espironalactona oral: 1-3mg/kg/dia; 1 a 3 tomas por dia Combinaçao de Inotrópico, vasodilatadores e diurético produz melhoria do estado inotrópico e sintomas congestivos (Digoxina+IECA+Furosemida NEUROLOGIA PEDIÁTRICA Parasilisia cerebral infantil Várias etiologias podem ser separadas em um período de tempo (momento em que ocorreram) Paralisia cerebral infantil Capacidade motora grossa Idade média de desenvolvimento Anormal se não presente Elevação da cabeça, decúbito ventral 1 mês 3 meses Suporta o tronco (ventral) 3 meses 4 meses Rola (ventral para dorsal) 4 meses 6 meses Sentar sem apoio 6 meses 9 meses Levanta 9 meses 12 meses Anda 12 meses 18 meses Sobe escadas 18 meses 24 meses Joga a bola 24 meses 30 meses Salta com os dois pés 30 meses 36 meses Permanece de pé com um pé 36 meses 42 meses BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 157 CAUSAS Pré-natais pré-natal e Neonatais estão principalmente relacionadas à prematuridade e problemas do parto, que levam a diferentes padrões de lesão. 1.Prematuridade e hemorragias cerebrais 2.hemorragia intraventricular 3.hemorragia da matriz germinal 4.hemorragia periventricular-intraventricular, que leva a Leucomalácia periventricular Neonatais 1.Eventos Hipóxicos 2.encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI). Pós-natais trauma pós-parto, infecções, encefalopatia metabólica e toxicidades Entre 10 e 25% casos dePCI têm uma causa pós-natal. Terminologia e Classificação Baseada no padrão anatómico de envolvimento. Classificação em: Monoplegia quando envolve um membro Hemiplegia, envolve uma metade do corpo Diplegia/ paraplegia, envolve primariamente as extremidades inferiores, com envolvimento ligeiro das extremidades superiores Quadriplegia / tetraplegia, envolve os 4 membros. Triplegia, hemiplegia+padrão diplégico Em geral, hemiplegia e diplegia -podem andar Quadriplegia - cadeira de rodas BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 158 Classificação em: Espásticas ou piramidais Extrapiramidais: 1.Atetóide (e Coreo-atetóide) 2. Distónica Atáxicas Mista Tratamento Prevenção Abordagem multidisciplinar Fisioterapia Imobilização das Fracturas Drogas específicas (FAE...) Drogas anti-espásticas Diazepam Baclofeno Lamotrigina Epilepsia Epilepsia é uma condição crónica caracterizada pela recorrência no tempo e de forma aparentemente espontânea de crises epilépticas (crises convulsivas convulsões recorrentes) Tratamento: Crises focais: Carbamazepina cp de 200mg (iniciar com 10 mg/Kg/dia, aumentos graduais de acordo com a necessidade até 30mg/kg/dia) - 2-3X/dia Valproato de Sódio cp de 200mg (iniciar com 10 mg/Kg/dia, aumentos graduais de acordo com a necessidade até 50-60mg/kg/dia) - 3X/dia Fenitoína (dose 5-7mg/kg/dia - 2X/dia) BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 159 Crises generalizadas: 1.Fenobarbital (dose 3-8mg/kg/dia - 2X/dia) 2. Valproato de Sódio Crises de ausencia: Valproato de Sódio Malnutrição Caro leitor aqui não abordaremos malnutrição como tal mas sim falaremos da desnutrição, e o que eu acho tem relevancia por enquanto no nosso pais. No que tange malnutrição por excesso como obesidade esta fora do meu eido. Desnutrição Segundo o manual de reabilitação nutricional do MISAU Desnutrição Aguda GRAVE com complicões médicas 1.Edema bilateral(+) ou (++) ou (+++) 2.P/E 6-59 meses: < -3 DP ou IMC/Idade 5–15 anos: < -3 DP ou PB 6-59 meses: < 11,5 cm 5–10 anos: < 13,0 cm 11-15 anos: < 16,0 cm Um dos seguintes sinais e sintomas: • Convulsões• Inconsciência• Letargia, não alerta• Hipoglicemia• Hipotermia• Desidratação severa• Infecção respiratória baixa• Febre elevada• Anemia severa• Sinais de deficiência de Vitamina A• Vómito intratável• Anorexia ou sem apetite• Descamação da pele 3.Crianças < 6 meses e crianças ≥ 6 meses com peso < 4 kg: Edema bilateral ou Emagrecimento acentuado ou Crianças que correm maior risco de DAG devido à ingestão de alimentos inadequada Plano de Tratamento BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 160 Tratamento da Desnutrição no Internamento 1. Dar leite terapêutico (ver adiante) 2. Seguimento diario Criterios Criancas > 6 meses: Passar para o Tratamento em Ambulatorio quando a crianca: . Tem apetite: Consome pelo menos 80% da racao diaria de ATPU (Alimento Terapêutico Pronto para Uso, mais conhecido por Plumpy´nut) . Não tem edema durante 7 dias . Esta alerta . Esta clinicamente bem Para criancas que fazem a reabilitacao em internamento,alta com ATPU, e seguimento continuo por 3 meses na CCR quando a crianca: . Tem P/E . . 1 DP em 2 pesagens sucessivas . Nao tem edema bilateral durante 7 dias . Pode comer a comida da familia Criancas <6 meses: Alta e seguimento por 3 meses na CCR quando a crianca atinge os seguintes criterios: . Criancas com aleitamento materno: minimo de 20 g de ganho de peso/dia com o leite materno durante 5 dias . Criancas sem aleitamento materno: aumento de peso em 15% e pode consumir outros alimentos adequados para idade . Nao tem edema durante 2 semanas . Esta alerta . Esta clinicamente bem Desnutrição Aguda GRAVE sem complicações médicas P/E 6-59 meses: < -3 DP ou BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 161 IMC/Idade 5–15 anos: < -3 DP ou PB 6-59 meses: < 11,5 cm 5–10 anos: < 13,0 cm 11-15 anos: < 16,0 cm E • Sem edema • Tem apetite • Alerta • Clinicamente bem Tratamento da Desnutricao em Ambulatório Dar ATPU Seguimento cada 7 dias Dar educacao nutricional com demonstracao culinaria Criterios de alta Alta com ATPU quando a criança: • Tem P/E ou IMC/Idade ≥ – 1 DP em 2 pesagens sucessivas •Tem apetite • Pode comer a comida da família Continuar seguimento, se a criança mantiver P/E ou IMC/ idade ≥ – 1 DP por 3 meses. Desnutrição Aguda MODERADA P/E 6-59 meses: ≥ –3 e < –2 DP ou IMC/Idade 5–15 anos: ≥ –3 e < –2 DP ou PB 6-59 meses: ≥ 11,5 e < 12,5 cm 5–10 anos: ≥ 13,0 e < 14,5 cm 11-15 anos: ≥ 16,0 e < 18,5 cm BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 162 • Sem edema • Tem apetite • Alerta • Clinicamente bem Suplementação Alimentar Critérios de alta Dar MAE (Mistura Alimentícia Enriquecida, mais conhecida por CSB Plus) ou ATPU Seguimento cada 15 dias Dar educação nutricional com demonstração culinária Alta com MAE ou ATPU quando a criança: • Tem P/E ou IMC/Idade ≥ – 1 DP em 2 pesagens sucessivas Continuar seguimento, se a criança mantiver P/E ou IMC/ idade ≥ – 1 DP por 3 meses 2.Segundo curso de malnutrição (FACMED-UEM) Desnutrição É o resultado da ingestão inadequada de alimentos, podendo ser por: Defeito → Subnutrição, ex: Baixo peso, Marasmo, Kwashiorkor e Kwashiorkor marasmático - Excesso → Hipernutrição, ex: obesidade. Sinónimo: Malnutrição Observação: Em virtude da maioria dos quadros de desnutrição (nos países em desenvolvimento como é o caso de Moçambique) ser por défice, o termo desnutrição/malnutrição tem sido habitualmente usado como Sinónimo de subnutrição Critérios para internamento As Crianças ≥ 6 meses até 18 anos de idade: P/A<70% ou BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 163 PMB <11cm para uma criança com um comprimento de ≥75cm ou Edema bilateral Adultos : IMC <16 ou edema bilateral Tratamento Fase 1 (fase aguda) Complicações Fase de Transição Fase 2 (fase de recuperação) Os doentes de cada fase devem sempre ser tratados em conjunto, fisicamente separados dos doentes em outras fases, ou dos doentes com outras doenças”. Na fase 1, devemos: Alimentar o doente com F75, 8 vezes por dia, segundo as tabelas de quantidades; Dar os medicamentos de rotina Avaliar o doente Prevenir, diagnosticar e tratar:hipoglicémia, hipotermia, Insuficiência cardíaca, Anemia grave, Shock séptico, Desidratação e Infecções Fase 1: 8 refeições F75: 75kcal/100ml Tem menos sódio, proteínas, gordura, menor osmolaridade e carga de soluto renal do que F100; Tem menos densidade energética Quantidades: 100kcal/130ml/kg/d para crianças. Mais para crianças mais pequenas e menos para as mais velhas e adultos – consulte a tabela Alimente com chávena e prato ou SNG (não use colher) BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 164 Utilíze uma SNG número - 8, quando: É aceite menos de 75% da dieta prescrita na fase 1 Há pneumonia com alta frequência respiratória Há lesões dolorosas na boca Há fenda palatina ou outros defeitos físicos Em caso de alteração da consciência Tabela para ver o volume de F75 a dar em cada refeição na Fase 1. Fase 1: Medicamentosde Rotina Peso da pessoa kg Ml para cada refeicao (8 refeiçõs por dia) Total diario (ml) 2,0-2,1 40 320 2,2-2,4 45 360 2,5-2,7 50 400 2,8-2,9 55 440 3,0-3,4 60 480 3,5-3,9 65 520 4,0-4,4 70 560 4,5-4,9 80 640 5,0-5,4 90 720 5,5-5,9 100 800 6,-6,9 110 880 7,-7,9 125 1000 8,0-8,9 140 1120 9,0-9,9 155 1240 10,0-10,9 170 1340 11-11,9 190 1520 12-12,9 205 1640 13-13,9 230 1840 14-14,9 250 2000 15-19,9 260 2080 20-24,9 290 2320 25-29,9 300 2400 30-39,9 320 2560 40-60 350 2800 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 165 Ácido Fólico; 5 mg dose única Dar 2 doses de Vitamina A, a todos os casos de: Sarampo e pós-Sarampo, Diarreias de repetição e infecções respiratórias e Nas crianças com Xeroftalmia dar uma terceira dose, um mês depois na consulta de controle NÃO DAR NOS CASOS DE KWASHIORKOR ≤ 8 kg: 100.000 IU (ou 4 gotas/meia cápsula vermelha); ≥ 8 kg: 200.000 IU (8 gotas/uma cápsula vermelha) Vacina contra o Sarampo; Todas as crianças com idade > 9 meses não vacinadas ANTIBIÓTICOS À todos os doentes Devem ser prescritos de acordo com: - Critérios de gravidade do doente; -Padrões de resistência Bacteriana locais; -Disponibilidade Durante toda a Fase 1 + 4 dias; Primeira linha A)Amoxacilina, B)Ampicilina, C)Ampicilina+Gentamicina via parentérica Segunda linha: Cloranfenicol Terceira Linha: Depende da patología de base do caso BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 166 Critérios para passar da Fase 1 para o Fase de transição Pelo menos há início da perda dos edemas E Recuperar o apetite E Sem necessidade de SNG e soros E Sem problemas médicos de gravidade A ÚNICA diferença é uma mudança no tipo de dieta – todo o resto é igual à Fase 1 Monitorar o doente Alimentar o doente exactamente da mesma maneira que na Fase 1, excepto que se dá F100 (100kcal/100ml) em vez de F75. Dá-se o mesmo volume, de forma que o aporte energético aumenta em 30%, e a criança começa a aumentar de peso. O aumento de peso esperado é de cerca de 6g/kg/d se não houver edema – ou troca do liquido do edema por tecido Tabela para ver o volume de F100 a dar em cada refeição na Fase de Transição Peso da pessoa kg Ml para cada refeicao (8 refeiçõs por dia) Total diario (ml) Menos de 3kg Somente F100 diluido é usasdo para este peso 3,0-3,4 60 480 3,5-3,9 65 520 4,0-4,4 70 560 4,5-4,9 80 640 5,0-5,4 90 720 5,5-5,9 100 800 6,-6,9 110 880 7,-7,9 125 1000 8,0-8,9 140 1120 9,0-9,9 155 1240 10,0-10,9 170 1340 11-11,9 190 1520 12-12,9 205 1640 13-13,9 230 1840 14-14,9 250 2000 15-19,9 260 2080 20-24,9 290 2320 25-29,9 300 2400 30-39,9 320 2560 40-60 350 2800 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 167 Critérios para se voltar da Fase de Transição para Fase 1 Ritmo de ganho de peso de mais de 10g/kg/d (significa que há excesso de acumulação de fluído – não há suficiente energia para permitir um aumento tão rápido de peso) Aumento do edema ou aparecimento de edema de realimentação Aumento rápido do tamanho do fígado ou dor à palpação do fígado Critérios para se voltar da Fase de Transição para Fase 1 Observa-se sinais de sobrecarga hídrica, insuficiência cardíaca ou perturbação respiratória Ocorrência de distenção abdominal Se a diarreia de realimentação é suficiente para levar a perda de peso (podem normalmente observar-se fezes moles mas que não fazem baixar o peso) Se se verificar qualquer complicação que requer uso de medicamentos EV, ou terapêutica de rehidratação ou perda de apetite Critérios para progredir da Fase de Transição p/ Fase 2 Para doentes emagrecidos, manter na fase de transição pelo menos 2 dias Um bom apetite – Come toda a refeição sem grandes pausas Desaparecimento completo de edema Sem outro problema médico Fase 2 ou Fase de recuperação F100* 5 vezes por dia usando as tabelas de consulta mais uma papa para criança ≥ 8kg (papa = 300 a 350kcal) Medicamentos de rotina Monitorizar e estudar se houver alguma falta de resposta BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 168 Se houver algum sinal de doença, os doentes voltam à Fase 1.“Existe alimento terapêutico pronto para usar – como PlumpyNut – para tratamento em casa ou para a noite. Tem quase a mesma fórmula que o F100). Tabela para ver o volume de F100 + Ferro a dar em cada refeição na Fase 2 Peso da pessoa kg Ml para cada refeicao (8 refeiçõs por dia) Total diario (ml) Menos de 3kg Somente F100 diluido é usasdo para este peso 3,0-3,4 130 650 3,5-3,9 150 750 4,5-4,9 180 900 5,5-5,9 200 1000 6,-6,9 250 1250 7,-7,9 300 1500 8,0-8,9 330 1650 9,0-9,9 360 1800 10-11,9 420 2100 12-14,9 520 2600 15-19,9 650 3250 20-24,9 780 3900 25-29,9 900 4500 30-39,9 1000 5000 40-60 1200 6000 Tabela para “PlumpyNut” a dar em cada refeição na Fase 2: 6 refeições/dia Peso da pessoa kg Kcal para cada refeição Saquetas de PlumpyNut para cada refeição Total saquetas de PlumpyNut para 24 horas 5,5-5,9 180 ⅓ saqueta 2 saquetas 6,-6,9 210 ½saqueta 3 saquetas 7,-7,9 240 ½saqueta 3 saquetas 8,0-8,9 270 ½ saquta 3 saquetas 9,0-9,9 300 ⅔saqueta 4 saquetas 10-11,9 350 ⅔saqueta 4 saquetas 12-14,9 450 1 saqueta 6 saquetas 15-19,9 550 1 saqueta 6 saquetas 20-24,9 650 1½ saqueta 9 saquetas 25-29,9 750 1 ½saqueta 9 saquetas 30-39,9 850 1⅔ saqueta 10 saquetas 40-60 1000 2 saqueta 12 saquetas BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 169 Medicamentos de Rotina Junta-se sulfato ferroso à dieta (1 comp. sulfato ferroso para 2 litros de F100*) Não dar à criança Seropositiva que não está a receber TARV; Desparasitar: mebendazol ou albendazol no início de Fase 2 Terceira dose de Vitamina A no dia 14 O PlumpyNut já tem Ferro incorporado - não deve ser usado na Fase 1 ou em qualquer doente com edema, excepto numa emergência Critérios e procedimentos para alta P/A ≥ 85% e PMB ≥ 12cm (se o comprimento ≥ 75cm) ou IMC ≥ 17.5 E Sem edema por 10 dias Educação às mães efectuada Vacinação em dia Medidas de seguimento assegurado Nutrientes tipo 1 e tipo 2 Tipo1: Nutrientes funcionais Têm reserva no corpo Reduzem em concentração com deficiência Existem sinais específicos de deficiência Falência de crescimento não é uma caracteristica Variáveis no leite materno Tipo2: Nutrientes de crescimento Não têm reserva no corpo BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 170 Estáveis na concentração dos tecidos Sem sinais específicos de deficiência Falência de crescimento é caracteristica dominante Estáveis no leite materno Tipo I Ferro.Iodo.Cobre.Cálcio.Manganésio.Selénio.Tiamina.Ribo flavina.Piridoxina.Niacina.Àcido escórbico.Folato.Cobalamina.Vitaminas A, D, E,K Tipo II Nitrogénio.Aminoácidos essenciais .Potássio.Sódio.Magnésio.Fósforo.Enxofre.Zinco.Cloro Marasmo Peso/idade <60 do peso esperado Perda marcante de peso, emagrecimento evidente Atrofia muscular Perda de tecido subcutâneo Pele fina, atrófica, descaída em pregas Face de velho Proeminência das Costelas,das articulações e dos malares Motilidade intestinal esta reduzida, o tempo de trânsito no intestino delgado esta aumentado Diminuição da produção do suco gástrico, bilis e suco pancreático.BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 171 Kwashiorkor Afecta crianças no 2º ano de vida Mais comum na criança desmamada, afastada do leite materno Clinica:Início súbito,Diarréia,Desinterrese pela comida Cabelo fino, dispigmentado, quebradiço e alteração da cor,Pestanas longas e recurvadas, Bochechas cheias,Apatia, irritabilidade, anorexia Outras manifestações clínicas: Edema bilateral Amígdalas atróficas Ginecomastia Pele: primeiro escura depois fina e hipo pigmentada Abdómen protuberante Hepatomegália Ossos: Aumento das junções costocondrais Curso de Desnutrição grave Séptico Choque Causas:Desidratação Sepsis Insuficiencia cardiaca Manifestações clínicas Pulso radial, braquial, femoral ou carotideo fraco Extremidades frias Alteração consciência Associado a hipotermia, hipoglicemia e febre Como diagnosticar o shock séptico Sinais de presença de shock BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 172 Pulso débil e rápido, extremidades frias, palidez, sonolência Sem história de afundamento recente dos olhos Sem história de grandes perda de líquidos Pálpebras movendo normalmente ou fechadas no sono/inconsciência: shock séptico Retracção das pálpebras ou abertura ligeira no sono/inconsciência: Shock séptico Com Hipoglicémia Nota: retracção da pálpebra sem shock – tratar imediatamente como hipoglicémia Shock Séptico: 1.Consciente F 75 pela boca ou SNG 2.Inconsciente Perdendo a consciencia solução de Darrow, ou 1/2 fisiológico & 5% glucose ou lactato de Ringer & 5% glucose a 15ml/kg na 1a hora Reavaliar de 10 min em 10 min Se possível, hemotransfusão: 10ml/kg em 3 horas, sem receber mais nada - Se melhorar, F-75; - Se consciente, SNG: F75 Tratamento Antibioterapia de largo espectro Manter os doentes aquecidos Glicose oral- F75 pela SNG BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 173 Hidratação com soros ev Transfusão sangue total ou concentrado de globulos(10ml/kg) Fluidoterapia 15ml/kg em 1h Soluto de Darrow com dextrose 5% ou Lactato ringer com dextrose 5% ou Soro fisiologico a 0,45% com dextrose a 5% Monitorizar de 10/10 minutos para sinais agravamento Aumento FR Aparecimento de respiração ruidosa Aumento tamanho do figado Ingurgitamento venoso Logo que o doente esteja melhor deve-se parar todo o tratamento ev e continuar com a dieta F75 Anemia grave Concentração de Hg menor 50g/l Ou hematocrito menor que 12%. Transfundir 10ml/kg de concentrado globulos ou sangue total em 3h. Como diagnosticar e tratar Anemia Investigar Hb à entrada se houver suspeita clínica de anemia 1.- Hb >= 50g/l ou Hematócrito >=12% ou entre 2 e14 dias após admissão Não necessita tratamento urgente Dar ferro na fase 2 BROCHURA DE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM PEDIATRIA UEM H ELHO DO RO M UAPA LA-FAC MED Página 174 2.- Hb < 50g/l ou - Hematócrito <12% APENAS durante as primeiras 48 horas após admissão: Dar 10ml/kg sangue total ou papa de glóbulos em 3 horas – não dar alimentos durante 3-5 horas Febre Despir a criança Dar mais liquidos a beber Paracetamol dose 10-15mg/kg dose (não dar no kw) Arrefecimento corporal Ausência de ruidos intestinais/ dilatação gastrica com distensão abdominal Antibioterapia largo espectro Sulfato magnesio(2ml sol. 50%) Aspiração com SNG, irrigação com 50ml solução isotonica e aspirar todo conteudo Água açucarada 5ml/kg no estomago e deixar 1h, aspirar e medir o volume Metronidazol 10mg/kg 8/8h Se não há melhorias após 6h Considerar administração de soros, deve conter cloreto de potassio. A quantidade de liquido não deve ser mais que 2-4ml/kg/h.