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TCC -MARCELA DUNCE TAVARES - SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO DE ESCADAS

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PÓS GRADUAÇÃO – ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
MARCELA DUNCE TAVARES 
 
 
 
SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO DE ESCADADAS DE EMERGÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salvador – BA 
2019 
1 
 
MARCELA DUNCE TAVARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO DE ESCADAS DE EMERGÊNCIA 
 
Trabalho de conclusão de curso de Engenharia de 
Segurança do Trabalho da Universidade Salvador 
para obtenção do título de pós-graduada. 
Orientador: Professor Carlos Ornellas. 
 
 
 
 
Salvador – BA 
2019 
2 
 
RESUMO 
Sistema de pressurização de escada de emergência utilizado como solução para 
evitar a entrada de fumaça e gases tóxicos na rota de fuga durante situações de 
emergência envolvendo incêndios. Elementos básicos do sistema: sistema de 
detecção e alarme de incêndio, captação e insuflamento de ar por conjunto de 
ventiladores com fonte de energia independente. Dutos de pressurização constituídos 
de material resistente ao fogo, de alvenaria, gesso acartonado ou chapa metálica, com 
grelhas para passagem de ar e dampers de sobre pressão para controle de pressão 
interna. Exemplo de seleção de ventiladores pelo programa da Projelmec, com a folha 
de dados do ventilador e sua curva de operação. Segundo o corpo de bombeiros, sabe 
que o primeiro problema é o não conhecimento dos profissionais de engenharia 
contratados para esta instalação, das normas da ABNT NBT 14880 ou o IT-13. 
Palavras-chave: pressurização de escadas; saída de emergência; ventiladores de 
pressurização. 
 
ABSTRACT 
Emergency ladder pressurization system used as a solution to prevent smoke and 
toxic gases from entering the escape route during emergency situations involving fire. 
Basic system elements: fire detection and alarm system, air intake and supply by fan 
assembly, with independent power source. Pressurization ducts made of fire-resistant 
material, of masonry, plasterboard or sheet metal, with air vents and overpressure 
dampers for internal pressure control. Example of fan selection by the Projelmec 
program, with the fan data sheet and its operating curve. According to the fire 
department, it knows that the first problem is the lack of knowledge of the engineering 
professionals hired for this installation, the ABNT NBT 14880 standards or the IT-13. 
Key words: pressurization of stairs; Emergency Exit; pressurization fans. 
 
 
3 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4 
2. METODOLOGIA ................................................................................................... 4 
3. NORMATIZAÇÃO ................................................................................................ 5 
4. CONCEITOS ........................................................................................................ 6 
4.1. PRESSURIZAÇÃO EM ESCADAS ................................................................... 6 
4.2. DIMENSIONAMENTO DE ESCADA DE EMERGENCIA ................................. 7 
4.3. ELEMENTOS BÁSICOS DO SISTEMA ............................................................ 7 
4.3.1. SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO ................................ 9 
4.3.2. DUTOS DE VENTILAÇÃO .......................................................................... 10 
4.3.3. VENTILADOR DE PRESSURIZAÇÃO ........................................................ 12 
4.3.3.1. Exemplo de solicitação de projeto ........................................................ 13 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 15 
6. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 18 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
Escada à prova de fumaça pressurizada (PFP), é definida pela NBR 9077 como 
“escada à prova de fumaça, cuja condição de estanqueidade à fumaça é obtida por 
método de pressurização”. O sistema de ventilação mecânica para pressurização da 
escada do edifício tem o objetivo de evitar a infiltração de fumaça e gases tóxicos na 
eventualidade de incêndio na rota de fuga. 
Na busca constante de modernização das construções e economia dos espaços 
horizontais, são construídas edificações cada vez mais altas. Contudo, na visão da 
prevenção, destaca-se alguns problemas que podem transformar essas edificações 
em armadilhas em situações de emergências, como no caso de incêndios, 
principalmente por conta da emissão da fumaça e gases tóxicos, responsáveis por 
cerca de 80% das mortes nesses casos. 
Este trabalho tem a finalidade de caracterizar o sistema de pressurização de escadas 
de emergência, apresentando o que é abordado nas principais normas aplicáveis 
sobre o sistema, reunindo definições e recomendações de Normas Brasileiras e 
Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros. 
2. METODOLOGIA 
Estre trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas efetuadas entre os 
meses de julho e novembro de 2019, com foco nas Normas Brasileiras, da ABNT, e 
Instruções técnicas do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, é uma entidade privada sem fins 
lucrativos que estabelece normas visando a padronização dos processos produtivos. 
É a representante oficial da ISO (International Organization for Standardization – 
Organização Internacional de Padronização) no Brasil. Essas normas brasileiras ou 
NBRs, são normas técnicas estabelecidas de acordo com um consenso entre 
pesquisadores e profissionais da área e aprovada pelo organismo responsável, a 
ABNT, e estabelecem regras, diretrizes, características ou orientações sobre 
determinado material, produto, processo ou serviço. Seus objetivos são aumentar a 
produtividade da empresa, a qualidade do produto final e a competitividade do produto 
no mercado. 
5 
 
As Instruções Técnicas dos Bombeiros, também chamadas de IT´s, são instruções 
criadas pelo Corpo de Bombeiro junto a Polícia Militar e, contém informações 
necessárias para assegurar a segurança contra incêndio. Seguindo cada instrução 
técnica à risca o estabelecimento terá todo o embasamento para implantar projetos 
que garanta a segurança contra incêndio. Toda empresa é obrigada a implantar as 
instruções técnicas para obter o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), 
documento emitido pelo Corpo de Bombeiro certificando que a empresa cumpre todas 
as condições de segurança contra incêndio. 
Os principais objetivos das Instruções Técnicas dos bombeiros são proteger a vida 
dos ocupantes das edificações, em caso de incêndio; dificultar a propagação do 
incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimônio; proporcionar meios de 
controle e extinção do incêndio; e dar condições de acesso para as operações do 
Corpo de Bombeiros. 
3. NORMATIZAÇÃO 
A Tabela 1 a seguir relaciona algumas das Normas Brasileiras e Instruções Técnicas 
do Corpo de Bombeiros cujas abordagens se referem ao Sistema de Pressurização 
de Escadas de Emergência que foram utilizadas como referência para este trabalho. 
Definições teóricas, dimensionamentos, aspectos construtivos, componentes do 
sistema, procedimentos, entre outros. 
Tabela 1 - Normatização 
NORMA TITULO ABORDAGEM 
ABNT NBR 
9077:2001 
Saída de emergência em 
edifícios 
Definições teóricas, 
dimensionamentos, aspectos 
construtivos. 
ABNT NBR 
14880:2014 
Saídas de Emergência em 
Edifícios – Escada de Segurança 
– Controle de fumaça por 
pressurização 
Aspectos construtivos, relação do 
sistema com as demais instalações, 
requisitos para equipamentos e 
componentes da instalação, 
procedimentos de manutenção. 
6 
 
ABNT NBR 
17240:2010 
Sistemas de detecção e alarme 
de incêndio – Projeto, instalação, 
comissionamento e manutenção 
de sistemas de detecção e 
alarme de incêndio – Requisitos 
Definição dos objetivos da detecção 
e alarmede incêndio e implicações 
básicas para segurança de pessoas. 
Tipos de sistemas, de detectores, 
acionadores e instalação do sistema. 
Instrução 
Técnica nº 
13:2011 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO 
DE SÃO PAULO - Corpo de 
Bombeiros - Pressurização de 
escada de segurança 
Definições, elementos básicos do 
sistema, aspectos construtivos, 
dimensionamento do sistema. 
Instrução 
Técnica nº 
19:2018 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO 
DE SÃO PAULO - Corpo de 
Bombeiros - Sistema de detecção 
e alarme de incêndio 
Requisitos mínimos para o 
dimensionamento dos sistemas de 
detecção e alarme de incêndio 
Fonte: Autoria Própria 
4. CONCEITOS 
4.1. PRESSURIZAÇÃO EM ESCADAS 
O conceito geral da pressurização, segundo a ABNT NBR 14880:2014, é um espaço 
que será pressurizado enquanto receber um suprimento contínuo de ar que possibilite 
manter um diferencial de pressão entre este espaço e os adjacentes, preservando-se 
um fluxo de ar através de uma ou várias trajetórias de escape, que conduzirão o ar 
para o exterior da edificação. Para esta Norma, o diferencial de pressão deve ser 
mantido em nível adequado para impedir a entrada de fumaça no interior da escada. 
Em uma escada de emergência do tipo pressurizada, o ar é insuflado por ventiladores 
na caixa de escadas por meio de dutos em grelhas de insuflamento distribuídas nos 
pavimentos, alcançando uma pressão de 40 a 60 Pascal (Pa), com principal objetivo 
de manter o local livre de fumaça e gases tóxicos, devido ao diferencial de pressão, 
facilitando a saída das pessoas que se encontram no edifício e evitando intoxicações 
que podem até levar à morte por asfixia. Esse sistema ainda permite que os militares 
do Corpo de Bombeiro tenham fácil acesso para combater o fogo. 
7 
 
4.2. DIMENSIONAMENTO DE ESCADA DE EMERGENCIA 
Na Tabela 2 a seguir foi relacionado os itens das normas da ABNT, a NBR 9077:2001 
e a NBR 14880:2014, onde são encontradas as classificações dos edifícios, cálculos 
de dimensionamento das escadas e saídas de emergência, aspectos construtivos de 
uma escada pressurizada e cálculos de dimensionamento para suprimento de ar. 
Tabela 2 - Dimensionamento de Escada de Emergência 
 
4.3. ELEMENTOS BÁSICOS DO SISTEMA 
Para pressurizar a escada de emergência para situações de incêndio, alguns 
elementos são importantes, tais como: sistema de acionamento pelo SDAI (sistema 
de detecção e alarme de incêndio), captação do ar externo e insuflamento de ar por 
ventiladores com fonte de energia independente, dutos e grelhas de insuflamento. 
O sistema de detecção e alarme de incêndio é composto, basicamente, de detectores 
de fumaça e temperatura, sinalizadores e extintores. Esses equipamentos funcionam 
Classificação das edificações quanto ocupação, 
altura, dimensões de planta e características 
construtivas. 
Item 4.1 e 4.4 da NBR 
9077:2001 e tabelas 1, 2, 3 e 4 
do Anexo. 
Dimensionamento das saídas de emergências de 
acordo com a população da edificação, calculado 
pelo seu coeficiente. 
Item 4.3 da NBR 9077:2001 e 
Tabela 1 e 5 do Anexo. 
Dimensionamento das escadas de emergência 
do edifício; definições gerais de escadas 
enclausuradas à prova de fumaça 
(pressurizadas) 
Itens 4.7.1 ao 4.7.4, 4.7.11 e 
4.7.15 da NBR 9077:2001, 
Calculo de suprimentos de ar para obtenção do 
diferencia de pressão, considerando as áreas de 
escape, vazamentos e retiradas de ar. 
Itens 4.5 e 4.6 da NBR 
14880:2014. 
Aspectos gerais da construção das edificações 
com saídas de emergências em escadas 
pressurizadas 
Item 5 da NBR 14880:2014 
Fonte: Autoria Própria 
8 
 
integrados a uma central de detecção, que recebe esses alertas acionando os alarmes 
e outros acessórios do sistema. 
A captação do ar externo é feita por um conjunto de ventiladores, instalado em 
compartimento isolado e acionados por sistema manual ou automático (através do 
SDAI), que captam o ar externo através de duto com venezianas contendo filtros de 
partículas e insuflam o ar no duto de descarga, numa pressão de 40 a 60Pa, com 
grelhas de insuflamento em todos os pavimentos da escada. A Figura 1 a seguir ilustra 
como a pressão do ar proveniente desses ventiladores mantém o diferencial de 
pressão das escadas de emergência em relação aos ambientes adjacentes, 
protegendo a rota de fuga da entrada de fumaça e gases tóxicos. 
Figura 1 – Esquema do sistema de pressurização de escada 
 
Fonte: Flue 8 - pressurização de escadas de emergência. 
Conforme norma da ABNT, a NBR 14880:2014, devem ser previstos conjuntos de 
ventiladores em duplicata, sendo um operante e um de reserva, para atuarem 
especificamente na situação de emergência. Os equipamentos de reserva não são 
exigidos quando são edifícios residenciais, de escritório e de escola, com alturas de 
construção de até 60, 45 e 9 metros, respectivamente. 
9 
 
A pressurização da escada pode ser dividida em dois tipos, de acordo com os 
diferenciai de pressão da norma NBR 18440:2014: 
• Um estágio: aquele que opera somente em situação de emergência, com 
diferencial de pressão de até 60 Pa. 
• Dois estágios: é aquele que opera em um nível baixo de pressurização para 
funcionamento contínuo, com diferencial de pressão de até 15 Pa, e em 
situações de emergência, que opera em um nível maior de pressurização de 
até 60 Pa. Este é o tipo de sistema mais recomendável, pois mantes condições 
mínimas de proteção em operação permanente, além de propiciar renovação 
de ar no volume da escada. 
A fonte de energia para o acionamento do sistema de pressurização deverá ser 
independente da rede de alimentação do prédio, para que funcione mesmo quando a 
alimentação comum for cortada durante a situação de emergência. Os ventiladores 
podem ser alimentados por eletricidade ou por motor a combustível. É recomendado 
que o ventilador sobresselente seja de motor a combustível. 
Segundo Abaid (2005), alguns critérios que devem ser obedecidos para garantir o 
funcionamento do sistema: 
• As escadas devem ter suas caixas enclausuradas construídas com paredes 
resistentes ao fogo por 4 horas; 
• Ser dotada de porta corta-fogo; 
• Ser dotada de dois ventiladores (sistema de dois estágios); 
• Tomada de ar dos insufladores devem ficar em local protegido contra eventuais 
incêndios e longe da fumaça; 
• O sistema deve possuir fonte alimentadora própria, capaz de assegurar o 
funcionamento mínimo de 4 horas, para quando ocorrer falta de energia na rede 
pública. 
4.3.1. SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO 
Trata-se de um sistema inteligente de detecção e alarme, com dispositivos integrados 
a uma central de alarmes, instalados estrategicamente em todo o estabelecimento, 
que permitem detectar rapidamente qualquer ameaça de incêndio e acionar medidas 
preventivas automaticamente. Composto por uma série de recursos, como detectores 
10 
 
de fumaça, de temperatura, de chama, acionadores manuais, sinalizadores sonoros e 
visuais, indicadores de rotas de fuga, hidrantes, extintores de incêndio, sprinklers, 
entre outros. 
O SDAI pode ser de modo convencional, analógico ou programado a partir de 
endereços, configurados a pedido do cliente, para que os sinais sejam enviados para 
locais específicos. A central de alarmes deverá estar localizada em locais de acesso 
fácil e imediato pelas equipes de bombeiros, para que identifiquem o local que o 
sistema foi acionado. 
Os dispositivos presentes em todos os ambientes dos estabelecimentos, podem ser 
facilmente identificados, como a sirene audiovisual, o detector de fumaça e o 
sinalizador de saída representados na Figura 2. 
Figura 2 – Sirene audiovisual, detector de fumaça, sinalizador de saída. 
 
Fonte: Autoria própria 
4.3.2. DUTOS DE VENTILAÇÃO 
Para sistema de controle de fumaça por pressurização, os dutos presentes nas 
escadas da saída de emergência devem ser construídos em materiais incombustíveis 
e ter resistência interna à fumaça e gases quentes de 60minutos, ter resistência 
externa a fogo por 60 minutos, apresentar estanqueidade do ar, ser dimensionado 
para uma velocidade máxima de 10 metros por segundo (m/s) quando for construído 
em alvenaria ou gesso acartonado ou para uma velocidade máxima de 15 m/s quando 
for construído em chapa metálica. 
As grelhas de insuflamento, Figura 3 a seguir, fixadas em cada pavimento das 
escadas será por onde ocorrerá a passagem de ar do duto para o ambiente a ser 
 
11 
 
pressurizado, com dimensões que dependem da vazão de ar necessária e sua 
velocidade máxima, normalmente fabricadas de material de alumínio, com ou sem 
registro e de simples ou dupla deflexão. 
Damper de sobre pressão (Figura 4) é um dispositivo que controla a pressão interna 
da escada, deve ser instalado na parede do ambiente pressurizado em contato com o 
ambiente externo, normalmente instalado no ultimo pavimento, e é através deste 
dispositivo que ocorre o escape de ar para o exterior quando a pressão interna da 
escada ultrapassar o previsto para o sistema e regulado no registro do dispositivo, ao 
mesmo tempo que impede a entrada de ar não filtrado pelos ventiladores. Ou seja, 
único sentido do fluxo de ar permitido é o de dentro para fora. 
Figura 3 - Grelha de insuflamento 
 
Fonte: Trox Brasil 
Figura 4 - Damper de sobre pressão 
 
Fonte: Trox Brasil
Dampers corta-fogo, Figura 5 a seguir, são elementos que garantem, primordialmente, 
a compartimentação dos ambientes, e normalmente são posicionados em dutos que 
atravessam áreas de risco diferentes. Podem ser motorizados, acionados pelo SDAI, 
ou com fusível. Quando acionados, fecham-se, garantindo que a chama nem o calor 
ultrapasse de um ambiente para outro. Para se garantir a compartimentação, são três 
os conceitos importantes sobre o elemento: estabilidade, integridade e isolamento 
térmico. Os dampers corta-fogo deverão possuir garantia de que estes conceitos 
sejam atendidos. 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwi7yque7LDkAhVeLLkGHbVSBCcQjRx6BAgBEAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.troxbrasil.com.br%2Fdownloads%2Fbc2b876dd0924db4%2Fc1001_ah_vat.pdf%3Ftype%3Dproduct_info&psig=AOvVaw12UewISajQOdj4JwcRE-uk&ust=1567469262998341
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.troxbrasil.com.br%2Fdownloads%2Ffb6dc1358a1e9cb0%2Fc3_004.pdf%3Ftype%3Dproduct_info&psig=AOvVaw2lLxbEn_mqehjzxErjNwSA&ust=1572954258003000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCKjhy7e90OUCFQAAAAAdAAAAABAD
12 
 
Figura 5 - Damper corta-fogo motorizado 
 
Fonte: TROX Brasil 
4.3.3. VENTILADOR DE PRESSURIZAÇÃO 
Os ventiladores de pressurização utilizados para o sistema devem ser localizados em 
casas de máquinas isoladas, com fonte de energia independente, para que seja 
acionado mesmo que tenha corte de fonte de energia no estabelecimento. Seus 
motores podem ser elétricos ou movidos a combustíveis. O mais usual é que o 
equipamento reserva, caso seja solicitado, seja movido a combustível. 
Esses ventiladores são os responsáveis pelo fornecimento de energia ao ar. A função 
básica do ventilador é mover uma dada quantidade de ar por um sistema de ventilação 
a ele conectado, gerando uma pressão estática suficiente para vencer as perdas do 
sistema e uma pressão cinética para manter o movimento. 
Existem dois tipos de ventiladores, o axial e o centrifugo. Ventiladores do tipo axial 
consiste numa hélice montada numa armação, projetado para que o fluxo de ar 
percorra através do equipamento, na direção axial, alcançando pressões não muito 
elevadas. 
Ventiladores do tipo centrífugos consistem em rotor, carcaça de conversão de pressão 
e motor. O ar entra no centro do rotor em movimento na abertura para aspiração, onde 
é acelerado pelas palhetas e impulsionado para a abertura de descarga. Podem ser 
customizados às mais variadas aplicações como grandes capacidades de volume de 
ar e/ou pressões estáticas, trabalho em ambientes agressivos, de alta temperatura e 
que necessite um projeto de construção específico a qualquer aplicação. 
13 
 
Os equipamentos mais utilizados para o sistema de pressurização de escadas são os 
ventiladores do tipo centrífugos, de modelos Plenum Fan ou Limit Load, de simples 
ou dupla aspiração. São selecionados de acordo com a vazão solicitada em projeto, 
além da disponibilidade de espaço na casa de máquina. 
Os ventiladores de modelo Plenum Fan são construídos com as pás voltadas para 
frente, não possuem a carcaça, ocupando menos espaço na casa de máquina, 
dispensando montagem de duto de ligação para o duto de distribuição. Já os Limit 
Load, são mais robustos, pois possuem a carcaça, e há a necessidade de montagem 
de dutos para ligação com o duto de distribuição, porém possui maior pressão e 
velocidade na pressurização. 
4.3.3.1. Exemplo de solicitação de projeto 
Conjunto moto ventilador constituído por ventiladores centrífugos com rotor de pás 
voltadas para trás (Limit Load) de simples aspiração, de chapa de aço galvanizado 
(classe I), acionados através de motor elétrico trifásico de alto rendimento. 
Vazão necessária de 30.000 m³/h, velocidade máxima de descarga do ar nas 
venezianas será de 12 m/s, presença de filtros na tomada de ar externo, pressão 
operante de 70 milímetros de coluna d’água (mmCa), pressão a ser atingida na escada 
durante a situação de emergência de 60 pascal (Pa). 
Para este exemplo foi consultado a Projelmec, fabricante de ventiladores do sul do 
Brasil, e através de programa de seleção disponibilizado por eles, os ventiladores para 
a situação descrita foram escolhidos e detalhados. 
A folha de dados do ventilador escolhido, fornecido pelo programa de seleção da 
Projelmec, Figura 6, contém os dados característicos do ventilador solicitados pelo 
projetista, e dados para as instalações complementares, como dimensão, rendimento, 
pressão sonora e potência do motor. 
14 
 
Figura 6 – Folha de Dados dos Ventiladores selecionado 
 
Fonte: seleção Projelmec. 
A figura 7 representa um conjunto de moto ventiladores instalados na casa de 
maquinas, um atuante e um reserva, modelo Limit Load, de simples aspiração, 
conforme solicitado pelo projetista do exemplo, já acoplados ao duto de distribuição, 
de material de aço galvanizado. A figura 8 a seguir é a curva de operação do ventilador 
selecionado, onde apresenta seu rendimento, pressão estática e vazão. 
Figura 7 - Ventilador Limit Load 
 
Fonte: https://www.tnacengenharia.com/pressurizao-de-escadas 
15 
 
Figura 8 - Curva de operação 
 
Fonte: Seleção Projelmec. 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Desde projetos mais antigos e até atuais, as construtoras tem utilizado o sistema de 
escada enclausurada para rotas de fuga em casos de incêndio. O problema é que os 
projetos de escada enclausurada exigem Antecâmara (área que antecede ao acesso 
da escada) desperdiçando espaço em cada andar, o que poderia ser aproveitado para 
construção de novos apartamentos. A Escada Pressurizada dispensa antecâmaras, 
pois o sistema consiste em gerar pressão interna, o que impossibilita a entrada de 
fumaça ou outros gases nocivos à saúde, criando uma rota livre e segura para a fuga. 
O sistema de pressurização de escadas de emergência é vital em casos de incêndio. 
Isso porque os riscos a integridade física das pessoas presentes no edifício, vão além 
16 
 
do fogo, há também a inalação de fumaça e gases tóxicos que podem levar a morte. 
A inalação de fumaça pode causar lesões térmicas no trato respiratório, asfixia por 
inchaço nas vias aéreas, e em casos de gases tóxicos, impedimento de absorção de 
oxigênio, irritações, edemas e falência dos pulmões. Por isso cada vez mais edifícios 
estão optando pelo sistema de pressurização de escadas de emergências. 
Segundo a revista Techné (1998), como resultado da combustão de sólidos, a fumaça 
possui temperatura maior que a temperatura ambiente, o que diminui sua densidade, 
portanto, uma força de ascensãoque a faz propagar-se pelo edifício, com velocidade 
de propagação vertical (cerca de 3m/s) maior que a velocidade de propagação 
horizontal (cerca de 1m/s). Se propagando pelos corredores, a fumaça dificulta a 
visibilidade das pessoas no momento da evacuação principalmente em direção as 
escadas de emergências, e quanto maior a altura, maior a permanência das pessoas 
nessas rotas de fuga, maior a exposição aos gases. 
A preocupação com as saídas de emergência em edifícios altos no Brasil cresceu 
depois dos acidentes nos edifícios Andraus e Joelma na década de 70, que 
ocasionaram a morte de 195 pessoal devido a fumaça dos incêndios. Em 1974 foi 
publicado a primeira norma brasileira de saídas de emergências em edifícios altos, 
que hoje é a atual NBR 9077, com sua última atualização no ano de 2001. 
Existe alguns pontos considerados mais importantes a serem observados ao se 
projetar o sistema de pressurização de escadas, segundo o Corpo de Bombeiros. 
Sabe que o primeiro problema é o não conhecimento dos profissionais de engenharia 
contratados para esta instalação, das normas da ABNT NBT 14880 ou o IT-13 do 
Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. A segunda preocupação é a captação 
de ar, que deve ser do ambiente externo à edificação, sem risco de captação de 
fumaça, mesmo que os ventiladores estejam posicionados em casas de máquinas em 
subsolos. 
Como normalmente a casa de máquina dos ventiladores é nos pavimentos subsolo, e 
ocupam uma área considerável, a capacitação dos arquitetos e projetistas se torna 
um fator preponderante, pois é comum o conflito com espaços necessários para vagas 
de veículos, além das alturas disponíveis para o posicionamento dos dutos de 
distribuição ser bastante limitado. Assim como a capacitação do projetista de 
17 
 
considerar as vazões e as pressões nas portas corta fogo das escadas de emergência, 
pois muitos profissionais são considerados incompetentes pelo Corpo de Bombeiros, 
pois apresentam projeto de pressurização de escadas considerado somente os 
valores de vazão estabelecidos na IT-13. 
Nas rotas de fuga não pode existir material de acabamento e revestimento 
combustível, todos estes elementos devem garantir a não propagação do incêndio e 
da fumaça. As rotas de fuga são ambientes que devem possuir o conceito de 
compartimentação em relação às áreas de risco da edificação. Esta resistência varia 
de acordo com o risco da edificação, podendo variar de 30 minutos a 120 minutos. 
Os sistemas de pressurização de escadas e de controle de fumaça são os principais 
atores na proteção à vida nas situações de emergência envolvendo incêndio. O 
sistema de controle de fumaça além de garantir a sobrevivência da população usuária 
ajuda nas ações dos corpos de bombeiros, uma vez que garante a visibilidade do 
incêndio e, da mesma forma, garante a diminuição da temperatura do incêndio, 
controlando-o. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. REFERÊNCIAS 
ABAID, F. D. Interpretação das Normas de Saídas de Emergência em Edificações. 
Monografia de Especialização, UFSM. Santa Maria – RS. 2005. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9077: Saída de 
emergência em edifícios. Rio de Janeiro, 2001. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14880: Saídas 
de emergência em edifícios — Escada de segurança — Controle de fumaça por 
pressurização. Rio de Janeiro, 2014. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 17240: 
Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, 
comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio 
– Requisitos. Rio de Janeiro, 2010. 
Polícia Militar do Estado de São Paulo. Corpo de Bombeiros. INSTRUÇÃO TÉCNICA 
Nº 13: PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA. São Paulo, 2001. 
Polícia Militar do Estado de São Paulo. Corpo de Bombeiros. INSTRUÇÃO TÉCNICA 
Nº 19: SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO. São Paulo, 2001. 
Pressurização de Escadas de Emergência. FLUE8. Engenharia e Equipamentos. 
Disponível em: <www.flue8.com.br/pressurizacao-de-escadas/> acesso em: 20 de 
ago. de 2019 
Projelmec. Ventilação industrial. Disponível em <www.projelmec.com.br.> 
TÉCHNE. Revista de Tecnologia da Construção. Colaboração técnica do IPT 100 
anos do IPT. Editora PINI, edição nº 41, 1999. 
TROX Technik: The Art of Handling Air. Pagina de produtos. Disponível em: 
<www.troxbrasil.com.br/>. Acesso em: 19 de ago. de 2019. 
WAGNER, Felipe. Aprenda a pressurizar escadas de incêndio e conheça seus 
componentes. RW Engenharia. Realizando Soluções Energéticas. Disponível em: 
<http://www.rwengenharia.eng.br/pressurizar-escada-de-incendio/>. Acesso em 25 
de jul. de 2019

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