eBook da Unidade 2 - Pensamento Científico - FAEL

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Pensamento 
Científico
ANDRÉ DE FARIA THOMÁZ
THALYTA MABEL NOBRE BARBOSA
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
EDUARDO NASCIMENTO DE ARRUDA
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
ANDRÉ DE FARIA THOMÁZ
Olá. Meu nome é André de Faria Thomáz. Sou Bacharel em 
Ciências Contábeis pela Faculdade de Minas - Faminas (2006), Pós-
Graduando em Docência Superior pela Universidade Gama Filho (2009), 
Pós Graduado em MBA Executivo em Administração de Empresas 
(2009-2012), Mestre pela Pontifícia Universidade Católica (2011) em 
Administração e Doutor pela Pontifícia Universidade Católica (2018) em 
Administração prática nas funções de Contador. Também sou professor 
universitário, conteudista e curador. Sou apaixonado pelo que faço e 
adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando 
em suas profissões. Por isso fui convidado pela Editora Telesapiens a 
integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em 
poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
Os Autores
THALYTA MABEL NOBRE BARBOSA
Olá. Meu nome é Thalyta Mabel e sou Mestre em Serviço Social pela 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), tendo como objeto 
de estudo o Serviço Social na Previdência Social e Graduada em Serviço 
Social também pela mesma instituição de ensino. Possuo experiência 
como docente, na graduação em e na pós-graduação, tanto em instituições 
públicas quanto privadas, na área de Serviço Social e Metodologia Científica. 
Atuo como autora, designer educacional e consultora educacional na 
elaboração, gestão e implementação de materiais didáticos para a EaD. 
Fui convidada mais uma vez pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco 
de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você a 
conhecer o mundo maravilhoso da pesquisa científica e contribuir para o 
seu aprendizado nesta fase. Conte comigo!
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimen-
to de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram 
que ser prioriza-
das para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e inda-
gações lúdicas sobre 
o tema em estudo, 
se forem necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para aprofun-
damento do seu 
conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoapren-
dizagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo pro-
jeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de 
aprendizagem toda vez que:
SUMÁRIO
A leitura do texto teórico 10
A importância da leitura no nível superior 10
Finalidades e importância da leitura 12
Aspectos para uma leitura proveitosa 17
Resumo 20
Conceito e tipos de Resumo 21
Fichamento 25
Conceito e tipos de Fichamento 25
Resenha 30
Conceito e importância de Resenha 30
Pensamento Científico 7Psicofarmacologia Clínica 7
UNIDADE
02
Estudo de textos teóricos: leitura, resumo, fichamento e resenha
Pensamento Científico8
A partir do momento em que você ingressa no ensino superior 
obtém contato com diversas formas de conhecimento. Esse contato 
é possibilitado por meio das aulas, dos seminários, das pesquisas, dos 
eventos científicos e outros. Para que tenha um maior proveito das 
informações adquiridas no universo acadêmico é essencial que você 
desenvolva habilidades que facilitem seu estudo. Grande parte das 
informações a qual terá acesso será orienta dos textos teóricos. Nesse 
sentido, a proposta deste capítulo é disponibilizar a você elementos 
que facilitem o estudo dos textos teóricos. A apreensão do conteúdo 
ministrado em cada disciplina que você cursar implica uma dedicação 
que pode ser mais bem sistematizada se você tiver mecanismos que 
simplifiquem as suas tarefas. O acesso ao conteúdo recebido em uma aula 
encontra na leitura uma grande aliada. Torna-se, assim, fundamental o 
conhecimento de técnicas que auxiliem na compreensão do material que 
você precisa ler. Então, diante desse contexto iremos abordar técnicas de 
leitura e análise de texto como também Resumo, Fichamento e Resenha. 
Saiba que uma boa leitura possibilita a apropriação do conteúdo nas 
suas várias possibilidades. As atividades de leitura são extremamente 
necessárias tanto na sua vida acadêmica como na vida profissional. 
Através da leitura você enriquece a memória, estimula o senso crítico, 
amplia seus conhecimentos e aprofunda seus estudos, permitindo melhor 
entendimento do conteúdo lido.
INTRODUÇÃO
Pensamento Científico 9
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
1. Aplicar as técnicas de leitura no estudo de textos teóricos. 
2. Elaborar Resumos acadêmicos. 
3. Identificar os tipos de fichamentos existentes. 
4. Elaborar uma Resenha.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conheci-
mento? Ao trabalho!
OBJETIVOS
Pensamento Científico10
A leitura do texto teórico 
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz aplicar as 
técnicas de leitura no estudo de textos teóricos. Estas 
técnicas serão fundamentais para que sua escrita tenha 
um desenvolvimento prático e coeso. Ressalto que 
algumas técnicas irão lhe ajudar em vários trabalhos 
acadêmicos, escritas profissionais e para aplicabilidade do 
conhecimento. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
A importância da leitura no nível superior 
Ao darmos início um curso em nível superior adentramos em um 
outro universo repleto de conhecimento e novas habilidades a serem 
desenvolvidas. Essas exigências são apresentadas ao aluno de forma 
que de forma gradativa vão sendo internalizadas por eles. Exemplos de 
exigências e novas habilidades podemos citar a utilização de programas 
de editor de texto, a saber navegar pela internet para a realização das 
pesquisas acadêmicas e em base de dados, a utilização de planilhas de 
cálculo e como elaborar apresentação de slides. Além delas podemos 
citar leitura e a produção e apresentação do texto acadêmico. 
Ao chegar à pós-graduação muitas das dificuldades já foram 
superadas. No entanto, a leitura e a utilização da informática são exigên-
cias e habilidades que perpassam qualquer que seja o seu estágio de 
formação acadêmica. 
É fundamental que você, como aluno de um curso a distância que 
utiliza de forma frequente o ambiente virtual de aprendizagem perceba 
que a leitura é uma atividade que deve integrar a sua rotina de estudos. 
Primeiramente é importante lhe dizer que se você não possui um 
hábito de leitura frequente é importante desenvolvê-lo.
Podemos definir o ato de ler como ato de significar o mundo. 
Perceba que cada vez que damos significado ao mundo que nos cerca, 
estamos realizando uma leitura. Nesse sentido, estamos constantemente 
lendo: fatos, acontecimentos, paisagens, livros entre outros.
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Pensamento Científico 11
Figura 1 – Leitura através da tecnologia 
Fonte: pixabay
Na universidade, também realizamos várias leituras, mas desta-
camos nesse processo a leitura do texto teórico, considerando que 
é preciso que nos apropriemos da produção que a humanidade jádisponibilizou para avançarmos na busca de novas possibilidades. 
Figura 2 – Leitura como ato de significar o mundo
Fonte: pixabay
Mas qual a importância da leitura para sua vida acadêmica? 
Você já se questionou a esse respeito? A leitura viabiliza aprimorar o 
vocabulário, a interpretar a realidade e a reflexão de forma crítica. 
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Pensamento Científico12
Sobre a leitura Alves (1999, p.64) nos diz que: 
[...] a leitura é igual à música. Para que a leitura dê prazer, é 
preciso que quem leia domine a técnica de ler. A leitura não dá 
prazer quando o leitor é igual ao pianeiro: sabem juntar as letras, 
dizer o que significam – mas não têm o domínio da técnica.
Com base na citação anterior podemos inferir que a leitura nos 
coloca diante do mundo do conhecimento. Para uma perfeita com-
preensão do texto, você deverá atuar não só como um decodificador da 
palavra, mas deverá dialogar com o texto, recriar sentidos implícitos e 
estabelecer relações. 
Após a afirmação anterior sigamos com alguns questionamentos 
a você. Vamos lá! 
REFLITA:
Como é o seu processo de seleção de material para leitura? 
Quais as principais fontes que você tem contato para 
obtenção de informação?
Finalidades e importância da leitura
É importante que você saiba que, ao encontrar um determinado 
material para leitura, é fundamental realizarmos uma varredura de 
reconhecimento no mesmo. Isso se dá por verificação da capa, autor, 
sumário, referências indicadas pelo próprio autor, introdução, prefácio 
no caso dos livros, para depois iniciarmos a leitura. Isso chama-se 
de análise textual que é a visão panorâmica do texto que objetiva a 
preparação para a leitura. 
Agora você precisa saber que de uma maneira geral a leitura é 
feita com as seguintes finalidades. 
 � informativa – é a leitura que está direcionada à aquisição 
de uma cultura geral; como exemplo, temos a leitura dos clássicos da 
literatura, de revistas culturais, de arte etc.;
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Pensamento Científico 13
 � formativa – relacionada com a aquisição e ampliação de 
conhecimentos; por exemplo, é a leitura de textos científicos, técnicos, 
de revistas científicas etc.;
Figura 3 – Exemplo de texto científico 
Fonte: freepik
 � entretenimento – voltada a possibilitar distração ao leitor; aqui 
nos reportamos à leitura de jornais, revistas de moda, de curiosidades, 
revistas em quadrinhos etc.
A leitura de estudo é classificada por muitos autores, entre eles 
Cervo e Bervian (1983), como leitura formativa.
A partir de então é necessário que você ao ter algo para ler 
estabeleça a finalidade da leitura daquele texto. Dessa forma, a sua 
leitura será bem mais proveitosa. 
Quais as leituras que você realiza em seu cotidiano? Você consegue 
classificá-las de acordo com as finalidades que viu anteriormente?
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Pensamento Científico14
Figura 4 – Leitura de jornal
Fonte: freepik
No contexto acadêmico, que é a nossa realidade em questão, o 
texto teórico destaca-se como ferramenta que servirá de suporte ao seu 
aprendizado, seja o texto científico, técnico ou filosófico. A leitura que se 
desenvolve desses textos é chamada de leitura analítica, uma vez que 
procede a uma análise do texto.
Esses processos anteriormente citados são parte integrantes de 
uma abordagem exploratória do tema, com intuito de fornecer subsídios 
das validades de se ler o documento ou não. Dessa maneira, será 
possível para você identificar se é importante a leitura para alcançar o 
objetivo proposto no estudo que está sendo realizado. 
Uma dica que pode ser usada quando da realização de uma 
pesquisa: sempre que estiver lendo, faça anotações dos pontos principais 
do documento em fichas de leitura, bem como a fonte em que a 
informação foi consultada. Armazene esses dados e forma acessível 
para que você possa retornar a eles quando necessário. Isso é o que 
chamamos de leitura temática e leitura interpretativa. Nesse momento 
você irá decifrar a mensagem do autor, estabelecer as ideias centrais e 
secundárias e realizar o diálogo com o autor posicionando-se frente às 
ideias apresentadas. É quando você desenvolve a crítica do texto lido. 
Pensamento Científico 15
Atualmente fazemos a leitura de arquivos digitalizados por meio 
do nosso computador ou tablete, por exemplo. É importante que você 
insira comentários e neles coloque as suas observações referentes ao 
texto. Um outro aspecto que merece a sua atenção é que você organize 
os seus textos em seu computador pessoal sejam separados por áreas 
e subáreas do conhecimento. Além disso, o link que remeta a ele e a 
data que você teve acesso são informações fundamentais caso seja 
necessário inseri-los nas Referências de algum trabalho acadêmico 
elaborado por você. 
Figura 5 – Leitura digital
Fonte: pixabay
Recomendamos que crie uma planilha com as informações 
do título da obra, resumo, link e data do acesso. Dessa forma, você 
organizará a sua biblioteca digital particular. Que tal aplicar isso em seu 
cotidiano acadêmico? 
O que dissemos anteriormente é muito importante, para questões 
de organização e de sistematização do conhecimento. Não perca essas 
informações, pois sem elas, essas não poderão ser utilizadas dentro do 
trabalho. 
EXPLICANDO MELHOR:
A ideia central é identificada quando você identifica a mensa-
gem que o autor quer transmitir, a tese que ele defende.
As ideias secundárias são os argumentos utilizados pelo 
autor para justificar sua ideia central para defender sua tese.
Pensamento Científico16
Podemos compreender que a leitura de um material tem como 
principal missão memorizar aquele conteúdo, aprender algo e desen-
volver uma visão crítica sobre determinado ponto. 
Para que possamos aplicar um método em nosso cotidiano, 
assim como já citado da importância desses aos processos do dia a dia, 
existem algumas regras básicas que facilitam a aprendizagem. 
Primeiramente a atenção ao que está sendo feito. Parece ser uma 
etapa desnecessária e que deveria implicitamente ser realizada por todos, 
sem necessidade de ser citada como parte do método. Porém, não é bem 
assim que acontece. É necessário esclarecer que a atenção é a capacidade 
de estar concentrado com o foco único, direcionado a uma só atividade. 
Levando em consideração que se a atenção for aplicada durante um 
período para determinada leitura, deve haver obrigatoriamente um outro 
momento de repouso. Sendo o assunto de interesse do leitor(a), têm-se 
uma maior facilidade de manter a mesma fixa. 
Em segundo lugar temos a memória, que nada mais é do que o 
processo de retenção daquilo que foi lido e estudado. Não é sinônimo 
de decorar alguma coisa. A memória citada tem relação com a execução 
de um bom método de leitura, composto por uma atenção coerente, 
interesse, e relação entre o que está sendo lido e outros conteúdos já 
observados anteriormente. Isso se dá pela construção das bases comuns 
do conhecimento. 
ACESSE:
Indicamos a você a acessar a Scielo por meio do site www.
scielo.com.br. A Scielo é uma biblioteca eletrônica brasileira 
que abrange uma coleção selecionada de periódicos 
científicos das mais diversas áreas.
Finalmente chegamos à etapa do indivíduo associar ideias de 
maneira a extrapolar fatos e acontecimentos. É muito evidente quando 
existe uma correlação entre o que está sendo apresentado e as 
experiências anteriores dos autores. Isso se dá naturalmente por trocas 
de palavras na conversa. Para um aprendizado adequado, é passível a 
utilização de tal técnica para associar o conteúdo. Então, para se adequar 
o hábito de leitura ao melhor possível, é necessário que o tempo para ler 
Pensamento Científico 17
seja selecionado e reservado diariamente, com local e material adequado. 
Que tal iniciar com as suas leituras? 
Aspectos para uma leitura proveitosa
Vivemos hoje em uma era tecnológica e é fácil perceber que 
a informação é transmitida demaneira muito rápida. Apesar de tudo 
isso, é necessário que possamos entender a importância da leitura 
como fonte principal e melhor forma para aquisição do conhecimento. 
Ainda que possamos ouvir por outros meios de comunicação, a leitura 
também desenvolve e aprimora capacidades cognitivas relevantes ao 
ser humano. 
Por meio da leitura podemos aumentar nosso próprio vocabulário, 
nos comunicar melhor e ainda expor nossas ideias de maneira mais 
eficiente. Para que a leitura se desenvolva da melhor maneira existem 
técnicas que colaboram com o processo. 
Em primeiro lugar deve-se realizar uma pré-leitura para 
reconhecimento do que se tem nas mãos. Nesses momentos devemos 
ler o começo e o final do documento, de maneira genérica. Se for um 
livro, o início e o fim, se for um capítulo, primeiro e último parágrafos. 
Se estivermos lendo jornal ou revista, de maneira geral o título e 
chamadas estão definindo bem o conteúdo. Tenha em mente que os 
primeiros parágrafos, que é o que foi comentado, normalmente trazem 
as informações mais importantes para prender a atenção e fazem 
referência direta com o que será apresentado. 
Após isso precisamos pensar que a leitura deve ser seletiva, 
de modo a descartar o que é irrelevante ou desinteressante ao foco 
abordado. Mas para essa etapa, é necessário que esteja claro qual é o 
objetivo do trabalho, ou seja, saber os critérios que serão usados para 
abordar de maneira correta. O problema da pesquisa precisa estar muito 
bem definido para que o material seja corretamente aproveitado. 
Para a sequência, a maneira que deve se realizar a leitura de 
forma crítica, assim é tida como principal abordagem a capacidade de 
selecionar as ideias principais e separar tudo aquilo que é secundário 
ao material.
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Pensamento Científico18
Figura 6 – Grupo de jovens realizando a leitura
Fonte: freepik
Verificando qual é o cenário da pesquisa, o aluno precisa analisar e 
comparar as informações, no intuito de julgar e levantar as semelhanças 
para construir sua visão do assunto. Nesse ponto é imprescindível que 
se tenha uma visão sistêmica do todo, para que se possa passar para 
uma análise do contexto para uma síntese. 
Passamos então para a fase de leitura interpretativa do que foi 
observado. O pesquisador procurar entender e formar uma opinião sobre 
as informações colocadas pelo autor. Nesse momento é de extrema 
importância a integração entre os dados que foram descobertos na 
execução da leitura. 
Podemos seguir esses procedimentos citados acima aliados a 
algumas práticas que também podem ser utilizadas em conjunto; pode-
se citar dessas as seguintes: 
 � Não ler um material sem ter definido qual é o foco ou necessi-
dade dessa leitura; 
 � atentar para assimilação correta do conteúdo lendo mais de uma 
vez se necessário; 
 � ser sempre crítico em relação ao texto. Isso pode parecer genérico 
ou vago, mas quando a leitura for realizada, é importante se questionar a 
ideia principal do texto, o argumento que está sendo defendido e se vale a 
pena continuar com a leitura;
Pensamento Científico 19
 � verifique a ordem lógica do texto e a coerência entre elas; 
 � realizar a leitura de reconhecimento antes da final é uma etapa 
importante; 
 � verificar a veracidade das informações a partir da fonte que ela 
está sendo consultada; 
 � finalmente, tente entender o porquê o autor escreveu aquilo. Isso 
também pode ser definido como justificativa do trabalho. Essencialmente 
se você tiver entendido a motivação da construção do trabalho, a leitura 
ficará mais fácil. 
Assim, aqui já é possível entender os resultados que se esperam 
de uma boa leitura. Agora vamos para a fase de como organizar a 
pesquisa, em outras palavras, a documentação. 
Figura 7 – Organização da Pesquisa
Fonte: freepik
Para que a pesquisa obtenha êxito, precisamos entender que não 
basta ler exaustivamente todo o material encontrado sobre determinado 
tema. É importante que haja compreensão e que o conteúdo seja 
corretamente assimilado. Para que você possa se organizar e obter o 
melhor rendimento possível dos seus estudos, existe uma prática que, 
se adotada, irá lhe auxiliar positivamente. A documentação correta 
das suas leituras é algo efetivo e tem como intuito facilitar o processo. 
Existem basicamente dois tipos de documentação: 
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Ondulado
Pensamento Científico20
A documentação geral consiste na organização do que foi encon-
trado em caixas ou até mesmo em pastas. Esses podem ser apostilas, 
jornais ou textos consultados e lidos. Eles ficam geralmente apenas organi-
zados por temas, o que pode ocasionar uma demora quando na busca de 
alguma fonte. 
Já a documentação bibliográfica tem como foco uma separação 
do conteúdo de diversas maneiras, sendo que as principais são por: 
comentários das leituras, resumos, ou ainda, citações. Essas podem ser 
realizadas por meio do fichamento, que torna mais fácil para ocasião de 
se realizar a referência de determinada obra. Para que possamos elaborar 
uma referência de uma determinada fonte, seja ela um livro, revista, site 
ou periódicos em geral, é necessário que façamos utilização das normas 
ABNT. Essas normas serão explicadas adiante de maneira mais detalhada. 
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir o que vimos. Você deve ter aprendido sobre 
as técnicas de leitura no estudo de textos teóricos. Viu as 
suas finalidades e a importância. Por fim, compreendeu os 
aspectos para se ter uma leitura proveitosa.
Resumo
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de elaborar os 
resumos acadêmicos. Saiba que a principal função deles 
se constituem em um processo de filtragem das principais 
ideias de uma obra, importante você entender como 
funciona cada uma dessas fases. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
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Destacar
Pensamento Científico 21
Conceito e tipos de Resumo 
A leitura analítica mencionada no capítulo anterior deve garantir 
ao leitor apreender aquilo que realmente é essencial. Essa apreensão 
pode ser bem melhor possibilitada com a elaboração do resumo da 
leitura efetuada. Mas o que seria resumir? 
Todas as vezes que falamos sobre resumo, a primeira ideia que 
temos é que trata de textos curtos e objetivos, não é verdade: Porém 
resumir e bem mais que isso. Esse formato é também compreendido 
como uma condensação do texto, mas sempre com o cuidado de fazer 
com que permaneça a intenção e opinião do autor. 
Figura 8 – O ato de resumir
Fonte: pixabay
O formato de resumo não aceita avaliação, julgamento de 
opinião ou comentários sobre o documento original. Resumir não é 
simplesmente recortar e reproduzir partes do texto original. É necessário 
que seja expressa, a partir das palavras próprias, a ideia central do texto.
De acordo com as Normas da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT), NBR 6028 (2003), um resumo é a apresentação concisa 
dos pontos relevantes de um texto. 
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Riscar
Pensamento Científico22
Podemos considerar que os resumos se constituem em um 
processo de filtragem das principais ideias de uma obra, sem perder a 
origem e contexto que o autor nos transmite. 
Neste aspecto o resumo comporta maior espaço para o registro 
de observações e comentários da obra do autor, ou seja, com mais 
detalhes e com maior importância do tema e suas primícias centrais.
Lembre-se que as observações quanto os comentários devem 
manter coerência, esse e fator primordial para que o resumo atinja seu 
objetivo centro que é nos fornecer informações sem perder a natureza 
das mesmas, com as ideias contidas na obra que se está resumindo, onde 
respeitar o contexto central deve ser amplo e total controle das informações.
Podemos assim descrever que o ato de resumirum texto exige 
muita atenção e fidelidade aos pensamentos do autor, principalmente 
quando se trata de equilibrar algumas informações. 
Desta forma o resumo não comporta críticas que se oponham às 
ideias originais apresentadas, como por exemplo, gostei, concordo, não 
considero válido etc., trata-se de uma síntese dos principais elementos 
constitutivos da obra e de sua comunicação conosco.
Assim poderemos dar início ao resumo com o registro do tema 
e do problema de pesquisa do autor e de sua síntese. Se se tratar de 
um livro com muitos capítulos, pode-se realizar o registro por capítulos. 
Além disso, o resumo deve conter os principais argumentos utilizados 
pelo autor e algumas citações diretas ou indiretas (sendo essas últimas 
as mais utilizadas nesse tipo de esquema). 
Você precisa, antes de fazer um resumo, compreender o material 
que será resumido. Você sabe o que é resumir e para que serve um resumo? 
Pode parecer redundante falando agora, mas um dos erros mais comuns 
é de se realizar um resumo ao mesmo tempo em que se lê o texto pela 
primeira vez. Ou seja, a primeira leitura deve ser realizada de maneira direta 
e sem interrupções. A partir da segunda leitura é possível compreender as 
ideias e separar as partes principais para construção do resumo. 
Um resumo pode seguir alguns passos importantes para sua boa 
execução, tais como: 
 � Expor inicialmente a ideia mais importante do texto, referen-
ciando de onde ele é e onde foi publicado: 
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Pensamento Científico 23
 � as articulações de ideias são necessariamente reflexo das 
ideias dadas pelo autor: 
 � as conclusões do autor original são foco do resumo; 
 � fazer menção ao autor sempre comentando em terceira pessoa; 
 � não usar frases de maneira integral; 
 � não fazer juízo ou realizar crítica a respeito da obra original; 
 � o resumo deve ser facilmente compreensível de maneira natural 
sem a necessidade de consulta ao original. Porém, devido à falta de nível 
de detalhe, o resumo deve despertar o interesse pela obra original caso 
necessário; 
 � evitar o uso de sentenças longas fazendo menção ao que foi 
escrito no trabalho original. 
Existem resumos caracterizados em três tipos: 
 � Resumo Informativo é normalmente o tipo de documento 
que seria isento de opinião, apenas representando o texto que foi lido 
em uma forma curta e direta. Esse apresenta as ideias principais do 
autor, respeita sua posição e, se for necessária alguma citação integral, 
colocamos entre aspas. 
 � Resumo crítico é dado por um formato onde quem elabora o 
resumo escreve normalmente a síntese de um documento lido e após 
essa é onde expressa sua opinião em razão do que foi exposto, ou seja, 
uma crítica. 
 � Resumo acadêmico científico pode ser definido como um 
texto muito curto, mas que representa todas etapas de um trabalho 
científico. Sua utilização vai desde monografias e artigos (geralmente 250 
palavras) para teses e dissertações (geralmente 500 palavras), onde em 
sua sequência se encontram as palavras-chave, responsáveis por localizar 
e exemplificar do que o documento se trata. A norma que fala sobre isso é 
a ABNT NBR 6028:2003, onde se coloca os limites para cada tipo. 
Vejamos, a seguir, o Resumo, da Dissertação de Mestrado, do 
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, da UFRN, intitulada 
O Serviço Social na Previdência Social: a afirmação do seu espaço na 
materialização dos direitos, de autoria de Rozendo (2010).
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Pensamento Científico24
Quadro 1 - Exemplo de resumo: O Serviço Social na Previdência Social
RESUMO
O trabalho profissional do/a assistente social na política previdenciária, vê-se envolto 
numa conjuntura adversa à consolidação do projeto ético-político profissional, 
marcada pela materialização da política de cunho neoliberal que promove 
essencialmente a redução dos direitos sociais historicamente conquistados pela 
luta da classe trabalhadora. Neste sentido, com o objetivo de analisar a afirmação 
do trabalho do Assistente Social na Previdência Social, suas lutas e desafios para a 
materialização de direitos, frente à conjuntura atual é que se processa a base teórica 
das discussões a serem travadas. Para tanto, realizamos como procedimentos 
metodológicos uma pesquisa bibliográfica e documental no detalhamento das 
nossas categorias analíticas, a fim de fundamentarmos o debate sobre a política 
previdenciária. A pesquisa realizada teve como área de abrangência a Gerências 
Executivas da Previdência Social de Mossoró e Natal-RN, correspondendo um 
total de 07 (sete) Assistentes Sociais pesquisadas, que trabalham no Setor de 
Serviço Social. Assim, a pesquisa, permitiu-se uma aproximação com o trabalho 
das Assistentes Sociais e com isso possibilitou-nos chegar a algumas conclusões:
Primeiro, ao fato de que a Previdência Social não garante, em sua totalidade, as 
condições necessárias para o trabalho do(a) Assistente Social, tendo em vista a 
falta de recursos materiais e humanos para a sua efetivação, bem como da quase 
inexistência de sigilo profissional; segundo, que as Assistentes Sociais pesquisadas 
afirmam o Projeto Ético-Político do Serviço Social, no seu exercício profissional, a 
partir do engajamento em projetos e movimentos sociais relacionados à defesa 
dos direitos sociais e as classe trabalhadora; terceiro, que a afirmação deste projeto 
profissional, contribui para a formação de um novo fazer profissional, calcado 
numa análise de totalidade e de uma ação mais interventiva, crítica e propositiva, 
capaz de se relacionar com os interesses dos(as) usuários que procuram os seus 
serviços, na consolidação e socialização dos direitos sociais. Assim, os rumos do 
trabalho profissional do/a assistente social com respaldo no amadurecimento 
teórico-metodológico adquirido nos últimos anos e na competência ético-política 
cotidiana consolida o seu espaço na instituição previdenciária afirmando, os 
direitos arduamente combatidos numa conjuntura calcada na desestruturação 
das lutas sociais.
Palavras-chaves: Política social. Previdência Social. Serviço Social. Trabalho Profissional. 
Direitos sociais.
Fonte: Adaptado de Rozendo (2010).
Pensamento Científico 25
Perceba que o exemplo anterior se trata de um resumo como já 
foi dito e ele consta de Introdução, Objetivos, Metodologia, Resultados 
e Conclusão. Ele é originário de uma pesquisa científica e é um meio de 
divulgar a produção acadêmica. 
Por fim, o resumo deve ser uma prática usual durante toda sua 
formação, uma vez que a cada nova disciplina aumenta a carga de leitura 
solicitada. 
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir o que vimos. Você deve ter aprendido a 
como elaborar resumos acadêmicos. Viu os seus tipos e 
finalidades. Além de ter percebido a importância de se ter 
uma prática usual e rotineira do mesmo para obter êxito nos 
estudos acadêmicos.
Fichamento
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de identificar os 
diversos tipos de fichamentos existentes. Isto será funda-
mental para o aprendizado em sua trajetória acadêmica. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então vamos lá. Avante!
Conceito e tipos de Fichamento 
Apesar do homem, a cada dia, avançar no conhecimento de novas 
possibilidades para melhorar sua existência, ele ainda não consegue 
usar toda sua capacidade intelectiva. Nós não somos computadores que 
armazenam um número infinito de informações. Por exemplo, no início 
de um curso sempre entramos em contato com disciplinas interessantes, 
cujo conteúdo se dilui durante o curso. Muitas vezes é um conteúdo que 
fundamenta novos conhecimentos, mas não conseguimos armazenar e 
esse conteúdo se perde porque não é devidamente arquivado. 
Pensamento Científico26
O processo do fichamentoé usado para que haja ordem na 
organização dos dados consultados quando feita a pesquisa dos 
documentos relevantes ao tema. A finalidade é reunir as informações 
principais feitas e contribuir para identificar a obra que foi estudada. 
Até alguns anos atrás, quando um professor nos solicitava um 
fichamento, o aluno para confeccioná-lo ia até uma livraria para comprar 
uma ficha de cartolina com tamanhos padronizados. Hoje, o avanço 
da informática permite que você faça seu fichamento em qualquer 
programa de banco de dados de um computador, abrindo pastas para 
as diversas disciplinas.
Pelo fato de ser início de estudos, você pode estar subestimando 
a validade ou a importância do fichamento. Pode estar pensando como 
um retrabalho ou uma atividade desnecessária quando se está realizando 
uma pesquisa. Porém, esse tipo de recurso constitui um dos mais 
importantes durante a execução da pesquisa. É necessário se fazer uso 
das normas ABNT para o fichamento, o que nos traz uma padronização 
do conteúdo consultado de forma a ter disponível as informações 
necessárias no momento de se escrever sobre determinado assunto. 
O fichamento, ou no caso, o conjunto de fichas de identificação que 
você elaborar pode estar armazenado no computador a fim de facilitar o 
acesso das informações. Porém, aos conservadores de plantão, é possível 
que essas fichas sejam feitas de maneira manual. A vantagem é a de 
garantir uma maior dificuldade de perder os dados devido a um problema 
de sistema. Outra forma é armazenar no computador, mas deixar o backup 
direcionado para a “nuvem”, que nada mais é do que deixar o arquivo salvo 
em algum servidor online. A composição padrão de um fichamento é: 
a. Primeiramente o cabeçalho é o que se pode dividir em título 
geral e título específico do trabalho. 
b. Logo em seguida temos a referência, contém o autor, o título, 
o local em que foi publicado, a editor e o ano de publicação. 
c. Após tem-se o corpo ou texto de fichamento/ficha, que 
também pode ser traduzido como o conteúdo do que está sendo 
arquivado. Isso pode se constituir de um resumo geral ou até mesmo 
uma citação. Esse corpo pode mudar de maneira específica dependendo 
do tipo de fichamento que estiver sendo realizado. 
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Pensamento Científico 27
Figura 9 – Modelo de ficha catalográfica 
Título Geral Título Específico Nº da ficha →
Cabeçalho
Referência Bibliográfica de acordo com a ABNT →
→ Corpo ou texto da ficha
(biblioteca X) → Local onde a obra se encontra
Fonte: Os autores (2020) 
Para exemplificar e dividir em casos diferentes, traremos uma 
ficha de citação e a ficha de resumo. Fazendo diferença entre elas: 
A ficha de citação é constituída utilizando partes das obras, ou 
ainda capítulos do que foi estudado. A transcrição faz menção aos textos 
que foram consultados e estudados, de forma a obter-se citações diretas 
e essas passagens, quando são escritas, deverão seguir as normas 
ABNT. As transcrições são classificadas como: 
 � citações diretas, com todo o texto da maneira que foi escrita 
pelo autor; 
 � citações com omissão de parte do texto que não tem interesse 
ao momento da citação, essa é indicada com três pontos e colchetes 
[...]; dessa forma, quando se transcreve no texto da ficha em questão, é 
necessário observar todas normas cabíveis para citações. Nesse caso, 
seguir as seguintes premissas: bloco, letra 10, espaço simples, citações 
acima de três linhas; texto direto e entre aspas duplas (“ ”) se a citação for 
de até três linhas, não se esquecendo de citar a página no final da citação. 
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Pensamento Científico28
Figura 10 – Exemplo de ficha de citação 
Fundamentos de 
Metodologia
01
FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. São 
Paulo: Atlas, 1993.
“O tamanho-padrão das fichas é 7,5 cm por 12,5 cm; ou 
12,5 cm por 20,0 cm. O pesquisador poderá optar por 
outro tamanho que atenda a seus propósitos (p. 108)”.
(biblioteca particular)
Fonte: Os autores (2020)
É importante lembrar que quando estiver realizando o fichamento, 
não é necessário o autor e nem o ano, pois esses dados já foram inseridos 
no cabeçalho da própria ficha. 
No momento em que você estiver estudando as normas ABNT, 
tenha atenção para compreender o que deve ser levado em consideração 
para construção do fichamento. 
d. Chegamos então à ficha de resumo. As suas características e 
explicações gerais se encontram logo na sequência. 
A ficha de resumo é uma síntese das ideias que são exploradas 
de maneira central na obra consultada. Ou seja, aqui o foco é um grupo 
de informações que possa sintetizar uma obra que foi lida, no intuito 
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Pensamento Científico 29
de facilitar na necessidade de se buscar certa informação na fonte. 
Esse recurso é um dos mais comuns quando se realiza uma pesquisa 
bibliográfica. Vejamos na Figura 11 a seguir um exemplo. 
Figura 11 – Ficha de Resumo
Fundamentos de 
Metodologia
01
FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. São 
Paulo: Atlas, 1993.
A autora inicia sua obra situando a importância do 
conhecimento na vida do homem e os principais 
tipos de conhecimento. Destacando a ciência, situa o 
método como característica desse conhecimento. A 
seguir, discute a pesquisa como recurso necessário ao 
desenvolvimento da ciência. Nesse sentido, traça as 
etapas de um projeto de pesquisa e define a estrutura 
básica de um trabalho científico.
(biblioteca particular)
Fonte: Os autores (2020)
É possível também optar por uma ficha mista, aonde você pode 
facilmente resumir as ideias do autor e também incluir algumas citações 
longas e curtas. É você que escolhe qual é o tipo de ficha mais interessante.
Veja que apesar de estarmos em um mundo cada vez mais 
tecnológico no qual praticamente se extinguiu a escrita à mão você 
pode realizar o Fichamento de uma outra forma. Isso quer dizer que, ao 
invés de ter as fichas impressas pode realizar essa atividade diretamente 
em seu computador e armazenar todas as fichas lá. 
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Pensamento Científico30
Resenha 
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir o que vimos. Você deve ter aprendido sobre 
os diversos tipos de fichamento e as suas características. 
Também aprendeu sobre a importância de se utilizar 
essa técnica de estudo em sua vida acadêmica e as 
possibilidades que ela oferece.
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de elaborar uma 
resenha e compreender quais são suas vantagens quando 
bem elaborada, inclusive para a troca do conhecimento e 
divulgação científica. E então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Então vamos lá. Avante!
Conceito e importância de Resenha 
A Resenha é o mais completo tipo de resumo, requer de quem 
faz a resenha um conhecimento da temática objeto de sua análise. Além 
da crítica ao texto lido, deve conter comparações com obras da mesma 
área e avaliação da relevância da obra com relação às outras do mesmo 
gênero. É um recurso bastante utilizado quando é lançado um livro de 
determinada área no comércio. A resenha possibilita sua divulgação. 
Bem, nosso foco agora passa a ser como estruturar uma resenha, 
que na verdade não é nada além de um resumo crítico, onde as ideias 
centrais devem ser postas de forma mais claras e objetivas, por se tratar 
de um resumo, deve guardar semelhança no seu ato constitutivo, ou 
seja sem perder a origem básica da comunicação inicial. 
Desta forma podemos dizer que a resenha é sim uma forma ou 
técnica de realizar um resumo mais crítico ou até mesmo mais analítico 
sobre um texto, onde temos a liberdade de ir acrescentando nossas opiniões 
pessoais sobre o texto, dando assim mais ênfase a uma comunicação 
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Pensamento Científico 31
com o texto e nossa interpretação, neste instante é importante partirmos 
deuma análise das ideias que realmente se encontram no texto, não 
podemos criar ou definir nada fora do contexto inicial.
Porém, em nossa resenha devemos dizer que a crítica deve ser 
dirigida aos argumentos que foram relacionados na obra, sem deixar de 
contemplar a ideia central do autor ou autores.
Sendo assim durante a confecção do resumo, o pesquisador 
fará a crítica, o julgamento da obra, e sobre os principais aspectos em 
torno deste. Para esse tipo de esquema, Santos e Candeloro (2006, p. 5) 
aconselham os seguintes passos:
a) Citação bibliográfica do texto lido de acordo com a ABNT 
[...], com inclusão do número de páginas do texto que está 
sendo resenhado.
b) Caso seja longo e estruturado em capítulos, o texto a ser 
resumido, descrever a organização dos capítulos e os temas 
abordados pelos mesmos. Em se tratando de um texto curto 
descrever apenas o tema abordado pelo autor.
c) Descrição clara do problema abordado pelo autor no texto.
d) Descrição das conclusões apresentadas pelo autor 
(ideiascentrais) e os argumentos por ele utilizados.
e) Julgamento crítico das ideias e da argumentação do autor 
(grifo nosso).
Observamos que ainda, que uma resenha pode prescindir do 
resumo se o texto já for muito difundido. Nesse caso, o autor da resenha 
pode expressar diretamente sua opinião crítica sobre o pensamento do 
autor. O modelo clássico, no entanto, principia pelo resumo como forma 
mais concreta de comunicação.
Pode-se dizer inicialmente que para todos os efeitos, a resenha 
é um tipo de resumo crítico. A essa altura você já compreende que isso 
significa a construção de um resumo aonde você coloca sua opinião. 
Porém aqui a liberdade é um pouquinho maior. É possível comparar 
com obras da mesma área, formar juízo de valor e também exige um 
conhecimento mais específico do assunto. 
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Ondulado
Pensamento Científico32
Em linhas gerais, a resenha precisa referenciar inicialmente a 
obra de maneira correta dando todas as informações e direções para 
encontrar a mesma. É necessário que se apresente o que foi abordado e 
executado na obra original. 
Mas a resenha ainda pode ser apenas descritiva, sem necessa-
riamente a inclusão da opinião de quem a elaborou. Porém, pode conter 
a crítica e ser uma resenha crítica naturalmente. Como um padrão já 
adota, a resenha deve ter no máximo quatro folhas, espaços duplos. 
Na construção de uma resenha, é necessário que seja observado 
um pequeno número de passos: 
 � Referência à obra original (NBR 6023:2002). 
 � Abordar de maneira geral o autor da obra. 
 � Sintetizar o conteúdo sobre tema e pontos principais. 
 � O que o autor original concluiu ou tirou de lição. 
 � Realizar a crítica sobre o que foi exposto. 
Para elaboração da quinta etapa, é necessário trabalhar com 
uma lógica que questiona o mérito da obra, a contribuição dada, se as 
ideias são originais, o texto é coerente e preciso, verificar qual o público 
destino para entender se está de acordo e se há certo equilíbrio no que 
foi passado. 
Em suma, a resenha tem uma proposta na qual você deva primei-
ramente dominar o tema que está sendo abordado com certa segurança, 
esquematizar o resumo e então elaborar uma crítica sobre determinada 
obra. 
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir o que vimos. Você deve ter aprendido 
sobre a importância da Resenha para o estudo dos 
textos teóricos. Viu que ela é de suma importância para 
a divulgação científica e a consequentemente a troca de 
conhecimentos. Também aprendeu como se elabora e as 
suas características.
Pensamento Científico 33
BIBLIOGRAFIA
ALVES, Rubem. Entre a ciência e a sapiência. O dilema da educação. 
São Paulo: Loyola, 1999.
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho 
científico. São Paulo: Atlas, 2001.
CARVALHO, Maria Cecília M de (org.). Construindo o saber. Campinas: 
Papirus, 2003.
CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A. Metodologia científica. São 
Paulo: Prentice Hall, 2003.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos 
de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2001. 
PLATÃO, F. S. & FIORIN, J. L. Para entender o texto: leitura e redação. 
2. ed. São Paulo: Ática, 1991.
SANTOS, V. dos; CANDELORO, R. J. Trabalhos acadêmicos: uma 
orientação para a pesquisa e norma técnica. Porto Alegre: AGE, 2006. 
Disponível em: https://bit.ly/2VyDeDl. Acesso: 07/03/2020.
Pensamento 
Científico
ANDRÉ DE FARIA THOMÁZ
THALYTA MABEL NOBRE BARBOSA
	A leitura do texto teórico 
	A importância da leitura no nível superior 
	Finalidades e importância da leitura
	Aspectos para uma leitura proveitosa
	Resumo
	Conceito e tipos de Resumo 
	Fichamento
	Conceito e tipos de Fichamento 
	Resenha 
	Conceito e importância de Resenha