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SEJA
BEM-VINDO!
Para oferecer o melhor conteúdo 
cervejeiro a você, desenvolvemos 
este guia prático com as principais 
informações sobre o nosso líquido 
sagrado.
Você vai aprender mais sobre a 
degustação da cerveja, algumas 
dicas sobre harmonização, os copos 
indicados para cada estilo, a função 
das escolas cervejeiras na história da 
cerveja e, claro, entender do que se 
trata a cerveja artesanal: suas 
peculiaridades, o que a cerveja 
precisa ter para ser considerada 
artesanal e muito mais.
Então pega sua caneta 
marca-texto e venha descobrir com a 
gente as complexidades, curiosidades 
e particularidades de uma das 
bebidas mais antigas do mundo, que 
vem se inovando cada vez mais e 
conquistando o coração e o paladar 
de todos por onde passa. Não é à toa 
que é a bebida número 1 do mundo.
Cheers!
O QUE É CERVEJA ARTESANAL?O QUE É CERVEJA ARTESANAL?
Essa é uma dúvida muito recorrente, pois cada vez mais cervejas artesanais estão 
ocupando as prateleiras dos supermercados, ocasionando muita confusão com o 
conceito de “cervejas de massa”.
O termo cerveja artesanal surgiu para 
podermos diferenciar a produção de 
cervejas focadas na experiência 
sensorial (aromas e sabores) da 
fabricação das famosas American 
Standard Lager — que nada mais são do 
que aquelas cervejas mais baratas, que 
costumamos levar para festas, beber em 
grande quantidade e não se atentar às 
características sensoriais delas, até 
porque não existe nada muito 
intensificado nelas.
Uma característica das cervejas 
especiais é a menor adoção de 
componentes químicos. Não podemos 
dizer que as cervejas consideradas 
especiais não recebam esse tipo de 
ingrediente, pois eles colaboram para o 
prazo maior de validade ou para ajustes 
durante o processo produtivo, por 
exemplo. Mas elas tendem a ter menos 
desses aditivos.
Outro fator relevante é o respeito aos 
períodos de fermentação e maturação 
que cada estilo pede, algo que em 
produções em grande escala de 
cervejas de varejo pode ser suprimido 
para aumentar a produção.
Mas aquilo que faz a maior diferença é 
o uso de insumos melhor selecionados, 
mais frescos e variados. Toda essa 
combinação entrega um produto final 
com aspectos sensoriais mais 
agradáveis, com aromas e sabores 
diversos. 
E essa percepção é o maior 
delimitador entre cerveja artesanal e 
"cerveja de massa". Contudo, não 
podemos afirmar que apenas perceber 
gostos diferentes é sinal de qualidade. 
As cervejas entendidas como 
industrializadas têm o seu estilo, sua 
finalidade e seu público.
Se uma bebida produzida em larga 
escala e com baixo custo atende às 
características para as quais foi criada, 
ela é sim uma boa cerveja. Pode 
não ser a mais saborosa, mas 
tem qualidade dentro da 
sua proposta.
Agora que o mistério foi 
desvendado, é hora 
de você encher o 
copo e conferir 
mais informações!
DEGUSTAÇÃODEGUSTAÇÃO
As cervejas artesanais são trabalhadas para oferecer as 
mais diferentes experiências sensoriais. Então é fundamental 
entendermos como podemos extrair todas essas 
características. Agora é a hora de pegar a sua cerveja na 
geladeira, aguçar os seus 5 sentidos e acompanhar a gente.
O primeiro sentido a ser ativado é a audição. Preste 
atenção no som ao abrir a garrafa, isso indica como está a 
carbonatação da cerveja, permitindo avaliar se aquele rótulo 
está dentro do seu estilo nesse quesito.
Em seguida, vamos ativar nossa visão. Ao servir a 
cerveja, se atente na cor da bebida e na formação, retenção 
e cor da espuma. A transparência da cerveja também é 
legal de se notar, assim fica mais fácil de entender se ela é 
filtrada ou não.
Hora do aroma, ou seja, é o momento de usar o seu nariz! 
Ao cheirar a cerveja, vamos identificar se ela é lupulada, pois 
sentiremos aromas que podem ser cítricos, frutados, 
herbais. Ou se é mais maltada, lembrando caramelo, grãos e 
cereais. O aroma é um ótimo convite para o sabor.
Chegamos na melhor parte de todo esse processo, a 
degustação propriamente dita. Aqui você vai usar tanto o 
palato quanto o tato para também identificar os lúpulos, 
maltes e especiarias ou ingredientes especiais adicionados.
Dê aquele primeiro gole e deixe a cerveja passar por 
todos os cantos da boca. Vamos utilizar a língua como o 
tato, para entender se é uma cerveja carbonatada, como é 
seu corpo e se possui alguma adstringência.
Se sentimos aquele “calorzinho” ao tomar, é porque 
temos um exemplar mais alcoólico ou mais picante. Usando 
esses sentidos podemos ainda perceber o corpo da cerveja, 
se ela “preenche” a boca, deixa ela com aspecto untuosa ou 
traz uma finalização seca. E claro: não podemos esquecer 
do retrogosto ou aftertaste, que é aquele sabor 
remanescente após engolir a cerveja e que também vai nos 
trazer mais características da bebida.
Uma boa dica é usar sua “memória sensorial” para 
associar tudo o que você sente na cerveja com sensações 
experimentadas previamente. Seja um aroma frutado numa 
IPA ou um gosto de cravo em cervejas de trigo, é muito 
interessante relacionar as experiências cervejeiras com 
lembranças sensoriais que você já criou com certas 
situações, ingredientes, lugares e diferentes alimentos.
Preencheu seu caderno com as características? É muito 
legal termos essas anotações para fazer comparações com 
vários rótulos do mesmo estilo. É muita informação, muitos 
detalhes para serem reparados, e não existe 
nada melhor do que a prática para ir 
evoluindo na percepção de todas 
essas nuances da cerveja!
você
sabia
Sabe aquelas siglas que aparecem nas garrafas de cerveja artesanal? Veja o que elas significam:
Este é o indicador de Álcool por Volume. É a 
porcentagem de álcool etílico presente em 
cada 100 ml de cerveja (medida a 20 ºC). 
Geralmente varia de 0% a 30% de álcool. Sim, 
30% é muita coisa, né?
ABV
Alcohol by Volume
A IBU é a escala da Unidade Internacional de 
Amargor. Geralmente um baixo indicador de 
IBU, como 15, significa que a cerveja é bem 
menos amarga do que uma com 60 de IBU, 
por exemplo. Mas é claro que a sensação de 
amargor depende da receita, dos sabores 
combinados e do paladar de cada pessoa.
IBU
International Bitterness Unit
COPOSCOPOS
Tudo começa pela escolha do copo ideal. Você sabia que o copo tem uma grande influência 
na hora de experimentar sua cerveja? Cada tipo de copo foi desenvolvido para melhor 
explorar as características dos diferentes estilos de cerveja.
Os copos possuem quatro características que desempenham funções muito importantes para 
você degustar a cerveja da melhor forma possível:
Vai dizer que não é bonito tomar cerveja naquele copão que destaca a 
espuma e a cor do líquido sagrado? Sim, o “caneco” serve para deixar 
sua cerveja mais bonita também;
- estética -
Diferentes estilos de cerveja devem ser consumidos em temperaturas 
distintas. Alguns copos ajudam a evitar o contato da mão e o 
aquecimento indesejado do líquido, enquanto outros visam o oposto: 
“esquentar” a cerva para que ela libere ainda mais aromas, por exemplo;
- temperatura -
- aroma -
O formato do recipiente pode ainda influenciar na maneira como o 
aroma é dispersado. Os copos com a boca mais larga são feitos para 
cervejas mais aromáticas e complexas. A abertura faz com que a gente 
consiga extrair bem mais dessas propriedades.
formação
- e retenção -
de espuma
O popular “colarinho” serve como um escudo para a cerveja (o que vai 
colaborar com os dois próximos itens deste tópico). Assim, cada tipo de 
copo foi pensado para manter a espuma conforme o estilo pede;
A taça tulipa, por exemplo, vai muito 
bem para cervejas belgas; seu 
formato ajuda a manter a espuma 
intacta e a pegarmos o líquido que 
está no fundo da taça. Até a forma 
como sua mão vai segurar o copo 
influencia na degustação da cerveja.
HARMONIZAÇÃOHARMONIZAÇÃO
Harmonizar é polêmico SIM! Podemos dizer que cada pessoa harmoniza da melhor forma para o 
seu paladar, ou seja, é algo bastante individual que não podemos forçar garganta abaixo.
A carbonatação da cerveja é responsável por ajudarna limpeza do paladar: as “bolhas” reforçam 
a sensação de frescor, aumentam a percepção do amargo, ácido e picante, e favorecem os 
aromas da cerveja, que é sem dúvida o principal sentido utilizado na hora de comer.
Mas afinal, como harmonizar?
Existem três formas de se buscar a harmonização perfeita:
O conceito de juntar a comida e a bebida pode ser algo surpreendente, que amplia a 
riqueza do prato e da bebida, realçando ajustes finos e balanceados entre ambos. A 
cerveja, além de ser um ótimo componente para harmonizar, também pode ser utilizada 
como um ingrediente na hora de cozinhar. Ela se comporta como o ingrediente perfeito 
em muitos pratos para garantir ainda mais sabor.
corte
Quando alguns elementos da 
cerveja como a carbonatação, 
amargor ou álcool “quebram” os 
sabores e gorduras do prato, 
limpando o paladar para uma nova 
porção.
contraste
Quando as características da 
cerveja e do prato se equilibram 
pela diferença, ou seja, você 
consegue sentir e valorizar cada 
um individualmente, porém juntos 
criam um “terceiro sabor”, que 
deixa o conjunto ainda melhor.
semelhança
Quando sabores do prato e da 
cerveja se misturam, acentuando 
algo comum a ambos, e os 
elementos são parecidos ou 
comuns entre a bebida e o prato.
algumas das cervejas brasileiras mais premiadas em 2019
colorado ithaca
Australian International Beer Awards
International Beer Challenge 2019
World Beer Awards
carvoeira pimenta lohn bier 
South Beer Cup
Copa Cerveja Brasil
World Beer Awards
paulistânia marco zero 
World Beer Awards
South Beer Cup
Copa Cervezas de América
bohemia alba
Australian International 
Beer Awards
World Beer Awards
bierbaum dunkel
South Beer Cup
Copa Cerveja Brasil
stannis scarlett
Australian International Beer Awards
South Beer Cup
World Beer Awards
königs bier rauchbier
South Beer Cup
Copa Cerveja Brasil
World Beer Awards
barba ruiva/
manobier rauchbock
Copa Cervezas de América
World Beer Awards
ESCOLAS CERVEJEIRASESCOLAS CERVEJEIRAS
Afinal, o que são Escolas Cervejeiras? As escolas cervejeiras são regiões que 
produzem cervejas há muitos anos, seguindo alguns critérios e parâmetros. 
São grandes nações que influenciaram a cerveja produzida no mundo todo e 
também responsáveis pela criação da grande maioria dos estilos.
A Escola Alemã é possivelmente a mais 
tradicional de todas. Foi por lá que surgiu a 
Reinheitsgebot, a Lei da Pureza, que em 1516 
determinou que a cerveja fosse feita somente 
com água, malte e lúpulo — na época a levedura 
ainda não era conhecida, sendo incorporada tempos 
depois. Foi na Alemanha também que surgiu a 
Lager, família de cerveja mais consumida no mundo 
atualmente. Na Alemanha, praticamente cada 
cidade, vila ou bairro possui sua cervejaria regional. 
Vale lembrar que a Áustria e República Tcheca 
fazem parte da escola alemã.
A Escola Belga traz criações cervejeiras 
mais ousadas e se destaca pela criatividade 
e sabores complexos. Mesmo em um 
território tão pequeno, a Bélgica possui mais de 
200 cervejarias, quase 1000 marcas e dezenas de 
estilos próprios. Com suas Ales bastante complexas, a 
cerveja especial belga é produzida com uso de vários 
tipos de ingredientes. Também se destacam por 
produzirem, de maneira geral, cervejas mais 
alcoólicas, com teor passando de 10% de álcool. Outra 
característica da cerveja especial belga são seus 
aromas e sabores que vão do ácido, condimentado e 
frutado ao adocicado e alcoólico, tudo isso graças ao 
uso da levedura belga. É na Bélgica também que 
estão 6 dos 12 mosteiros trapistas.
A Escola Inglesa possui todas essas 
características: cervejas equilibradas com 
sabores pontuais e produzidas visando à 
perfeição. Ingleses são tão dedicados no preparo 
da cerveja, levando tão a sério essa tradição, que 
existe a CAMRA (Campaign for Real Ale ou 
Campanha pela Ale Verdadeira em tradução livre). É 
também de origem britânica a queridinha IPA. O 
nome India Pale Ale veio do seu destino e não do 
local de fabricação. Alguns estilos clássicos de 
cerveja inglesa incluem Bitter e suas variedades (Best 
Bitter, Special Bitter e Extra Special Bitter), Old Ale, 
Pale Ale, India Pale Ale e Porter.
Apesar da Escola Americana ter ficado 
muito tempo “abandonada” devido à Lei 
Seca e ao domínio das grandes cervejarias, 
as Craft Beers ressurgiram fortemente devido à 
necessidade de novos estilos de cerveja. Essa escola 
também tem a versatilidade de criação da escola 
belga. Então a releitura de receitas tradicionais, de 
outras escolas cervejeiras, é feita de maneira criativa. 
Os insumos americanos também são marcantes, 
principalmente os lúpulos que por lá são produzidos. 
Alguns dos principais estilos dessa escola são: 
American Lager, American Pale Ale, American IPA, 
Pumpkin Ale, American Porter, American Strong Ale e 
American Barleywine. Inicialmente, nos Estados 
Unidos, as cervejas eram produzidas pelos imigrantes 
europeus e até 1840 eram bastante influenciadas pela 
cultura inglesa. São mais amargas, mais encorpadas e 
mais alcoólicas, resultando em cervejas complexas e 
extremas. É uma escola bastante criativa e inovadora.
01
pilsen
copo sugerido: pokal ou lager
Também chamado de Pilsner, o estilo surgiu na cidade de Pilsen, região 
da Bohemia, na República Tcheca, com a criação da cerveja Pilsner 
Urquell. As cervejas Pilsen são caracterizadas por um lúpulo acentuado 
no aroma e sabor, geralmente da variedade Saaz, e por sua cor dourada 
brilhante. Podem aparecer em dois estilos diferentes: Bohemian Pilsner, 
representada pelas tchecas Pilsner Urquell e Czechvar e German Pilsner, 
com a Bitburger, Warsteiner e Konig Pilsener. 
02
munich helles
copo sugerido: lager ou tulipa
Esse estilo foi criado na Alemanha, em 1895, com o objetivo de concorrer 
com o crescente mercado da Pilsen da Bohemia. É um estilo bem 
maltado, de cor dourada e com amargor sutil e equilibrado revelado pelo 
lúpulo. Tem corpo e carbonatação medianos, espuma branca e cremosa e 
retrogosto de malte. Marcas conhecidas são Hofbräu Original e Paulaner 
Original Munchner Hell.
03
vienna lager
copo sugerido: pokal, lager ou tulipa
Este estilo, que teve origem em Viena, na Áustria, apresenta uma cerveja 
com cor variando do vermelho-claro ao cobre, corpo médio e um sabor 
suave e adocicado de malte levemente tostado que se equilibra com o 
amargor do lúpulo. Sua graduação alcoólica varia entre 4,7% e 5,5%. 
Algumas principais marcas disponíveis são Brooklyn Lager, Samuel 
Adams Boston Lager e Bierland Vienna. 
ESTILOS CERVEJEIROSESTILOS CERVEJEIROS
Estima-se que hoje há mais de 150 estilos de cervejas fabricadas e comercializadas no mundo. As cervejas são 
categorizadas dentro de três principais famílias: Lager, de fermentação de fundo (baixa), Ale, de fermentação de 
superfície (alta) e Sour, que inclui as cervejas ácidas. Os estilos podem se diferenciar pelo método de produção utilizado, 
cor, aroma, teor alcoólico, região de origem, etc. 
Reunimos aqui mais de 30 dos principais estilos de cervejas, apresentando um breve relato de suas características, 
baseadas na classificação do Beer Judge Certification Program Inc. (BJCP). O BJCP organização sem fins lucrativos, 
criada para certificar críticos e avaliadores e que desenvolveu um Guia de Estilos, reconhecido e utilizado em praticamente 
todo o mundo.
04
oktoberfest (märzen)
copo sugerido: mug (caneca) ou pint
Também conhecido como Märzen, este estilo é produzido na região da 
Baviera durante o mês de março (März), especialmente para as celebrações 
da Oktoberfest. Inspirado no estilo Vienna Lager, apresenta aroma suave 
de malte tostado. Sua cor varia do âmbar-alaranjado a cobre-avermelhado 
profundo. De corpo médio, com dulçor de malte no início e final 
moderadamente seco. Algumas referências desse estilo são: Paulaner 
Oktoberfest, Hacker-Pschorr Original Oktoberfest e Hofbrau Oktoberfest.
05
schwarzbier
copo sugerido: lager ou tulipa
A palavra Schwarzbier é a tradução literal de “cerveja preta em alemão”, 
emborasua cor seja marrom-escura. Uma Lager alemã escura, que 
apresenta uma cerveja suave, balanceando os sabores torrados, mas 
suaves de malte, com um moderado amargor do lúpulo. Tem aroma de 
malte torrado que remete ao café ou chocolate. Se comparada as Porter 
ou Stout, é uma cerveja mais leve e refrescante, com sabor menos 
torrado e menos amargor. 
07
kölsch
copo sugerido: stange
Pela regra geral, o nome Kölsch só pode ser usado por aproximadamente 
20 cervejarias da cidade de Köln (Colônia), na Alemanha. Entretanto, 
existem várias cervejarias pelo mundo que produzem sua versão. É uma 
cerveja delicada, de coloração clara e brilhante. Produz uma espuma 
branca de baixa persistência. No aroma revela um tom frutado, produzido 
pelo efeito característico da fermentação empregada nesse estilo. 
06
bock
copo sugerido: snifter ou stem
O estilo de cerveja Bock teve origem na cidade de Einbeck, na Alemanha. 
São cervejas mais robustas que outras Lagers, possuem maior presença de 
malte e são mais escuras, podendo chegar a tonalidades castanhas. Com 
graduação alcoólica alta, normalmente as Bock tradicionais possuem até 6% 
de teor alcoólico, 10% nas Doppelbock e 14% nas Eisbock. Outra variação do 
estilo Bock é a Maibock, também chamada de Helles Bock, uma Bock clara, 
porém mais amarga, com até 7,4% de álcool. Todas são cervejas ricamente 
maltadas e requerem um período mais longo de maturação. 
08
altbier
copo sugerido: stange
O estilo Altbier é originário da cidade de Dussenldorf, na Alemanha, e 
caracteriza-se por usar leveduras do tipo Ale em temperaturas mais 
baixas, como as usadas na produção das Lagers. Seu aroma apresenta 
intensas notas de malte granulado e lúpulo condimentado. No sabor, 
possui um assertivo amargor do lúpulo bem equilibrado por um caráter 
de malte intenso. 
09
english pale ale
copo sugerido: shaker ou pint
Um dos mais antigos estilos de cerveja, a expressão Pale Ale significa 
cerveja clara de alta fermentação. A English Pale Ale é também chamada 
na Inglaterra de English Bitter, por ser uma cerveja perceptivelmente mais 
amarga. As denominações variam em: Ordinary Bitter, de 3,2% a 3,8% de 
álcool; Best Bitter, ABV de 3,8% a 4,6%; e Extra Strong Bitter (ESB) com 
teor alcoólico entre 4,6% e 6,2%. Em razão da baixa carbonatação, uma 
característica típica desse estilo é a pouca formação de espuma.
11
amber/red ale
copo sugerido: thistle
O Amber Ale, também chamado de Red Ale, é um estilo muito 
semelhante ao American Pale Ale, porém com mais corpo e presença 
marcante de caramelo proveniente do malte. Normalmente são cervejas 
bem carbonatadas, com boa formação de espuma, de coloração cobre a 
vermelha e duração persistente. 
10
english brown ale
copo sugerido: shaker
As cervejas do estilo English Brown Ale são típicas da Inglaterra, com 
algumas variações regionais: as do norte (Northern English Brown Ale) e as 
do sul (Southern English Brown Ale). As Northern English Brown Ale são as 
mais conhecidas. Um estilo que evidencia o sabor e o aroma do malte. É 
uma cerveja seca, com caráter mais próximo ao de nozes. A Southern 
English Brown Ale, conhecida também como London Style, é o estilo 
característico de Londres. São cervejas mais fortes, maltadas e escuras.
12
india pale ale
copo sugerido: ipa glass ou pint
India Pale Ale ou simplesmente IPA. Uma cerveja do século XVIII, fabricada 
especialmente para os oficiais do Exército Britânico residentes na Índia. 
Originalmente, surgiu como uma variação mais lupulada e alcoólica da 
English Pale Ale. Para ajudar a suportar a longa viagem da Inglaterra para a 
Índia, a bebida era produzida com bastante lúpulo, o que lhe conferia 
muito mais amargor, com aroma e sabor fortemente frutado. É uma cerveja 
que varia na intensidade de amargor e percentual alcoólico, de acordo com 
as variedades do estilo, como as English IPA, American IPA e Imperial IPA.
13
english ipa
copo sugerido: ipa glass ou pint
A English IPA surgiu como uma versão mais amarga e alcoólica da 
English Pale Ale. O aroma de lúpulo de perfil herbal e floral aparece logo 
ao servir. No paladar é encorpada, com um final seco e amargor presente. 
O malte e o amargor do lúpulo estão normalmente em equilíbrio e são 
mutuamente complementares, podendo o lúpulo ter destaque no sabor. É 
menos amarga que sua versão americana.
15
imperial ipa
copo sugerido: snifter
Para agradar aos mais apaixonados por lúpulo e amargor, o estilo 
Imperial IPA surgiu há pouco tempo nos Estados Unidos. Trata-se de uma 
variação do estilo IPA com uma carga maior de lúpulo. Seu índice de IBU 
pode chegar a 120. Também tem como característica um alto teor 
alcoólico, podendo chegar a até 10% de ABV. É apresentada como uma 
cerveja complexa, clara e com espuma persistente. 
14
american ipa
copo sugerido: ipa glass ou pint
As American IPAs foram criadas como uma versão americana da English IPA 
utilizando ingredientes do continente americano. O caráter de malte e, 
principalmente, os lúpulos utilizados diferenciam as IPAs americanas das 
inglesas. As American IPAs apresentam sabor de lúpulo que varia de médio 
alto a alto. Os lúpulos americanos oferecem à cerveja qualidades cítricas, 
frutadas e resinosas. As cervejas americanas são mais secas e menos 
maltadas do que as inglesas, e com isso a percepção de amargor aumenta.
16
new england ipa
copo sugerido: Snifter ou ipa glass
As cervejas New England IPA são parte de um novo estilo, ou subestilo, que 
deriva das famosas IPAs americanas. A principal característica é a aparência 
turva e nublada. Muito comum em alguns estilos, como as Hefeweizen, mas, até 
então, indesejável em uma IPA. Ao sentir o aroma cria-se a expectativa de um 
sabor bem amargo, mas, ao contrário, encontra-se um sabor frutado, cítrico e 
mais suave do que uma tradicional West Coast IPA. O objetivo não é atingir 
altos níveis de amargor, mas sim enaltecer o sabor. Estas cervejas não são 
filtradas e nem pasteurizadas.
17
porter
copo sugerido: pint
Criado no século XVII, na Inglaterra, como a cerveja para trabalhadores 
portuários ingleses e irlandeses, o estilo Porter é hoje um dos mais populares 
do mundo. Trata-se de uma cerveja escura, produzida com malte torrado. 
Suas principais características são notas que remetem a café, chocolate 
amargo, to�ee e biscoitos. O estilo possui três variações: Brown Porter (mais 
leve, adocicada e menos alcoólica), Robust Porter (mais densa, encorpada e 
amarga) e Baltic Porter (menos amargas, mais claras e com mais álcool).
19
weizenbier
copo sugerido: weizen ou mug (caneca)
Também chamado de Weissbier, Weiss ou simplesmente de cerveja de trigo, 
a Weizenbier é uma cerveja típica do sul da Alemanha, região da Baviera. 
Produzidas com, pelo menos, 50% de trigo, são cervejas claras e opacas, 
com espuma branca e abundante. Apresenta aromas e sabores frutados de 
banana e maçã e de especiarias, como cravo, além de notas florais. São 
bastante refrescantes e de moderada graduação alcoólica, tendo entre 5% e 
6% de álcool. Algumas variações do estilo Weizenbier são: Hefe-Weiss ou 
Hefe-weizen, Kristallweizen, Dunkelweizen, Weizenbock e Hop Weiss.
18
stout
copo sugerido: pint
O estilo de cerveja Stout surgiu como uma versão mais forte e mais 
escura da Porter. É caracterizado por sua coloração escura, aroma 
torrado e pelo perfil de leve chocolate ou cacau. É uma cerveja cremosa, 
amarga, seca e sua espuma pode ir do claro ao marrom. Fazem parte 
deste grupo seis estilos, que se destacam por serem de cervejas escuras 
e amargas. Cada uma das derivações do estilo de cerveja Stout possui 
características distintas de amargor, álcool, densidade e coloração.
20
witbier
copo sugerido: tumbler ou shaker
De origem belga, o estilo Witbier significa "cerveja branca", pois a 
cerveja possui aparência clara e, por não ser filtrada, é turva. Diferente 
da Weiss alemã, a cerveja Witbier é produzida com trigo não maltado e 
temperada com sementes de coentro e casca de laranja. Seu sabor traza refrescância cítrica da laranja, com um leve sabor picante de semente 
de coentro.
21
belgian pale ale
copo sugerido: bolleke ou snifter
As cervejas Belgian Pale Ale foram criadas na Bélgica, ainda no século 
XVIII. Caracterizam-se por serem maltadas, frutadas, com presença de um 
leve amargor, deixado pelo lúpulo, e sutilmente picantes. Sua cor varia do 
âmbar ao cobre. É uma cerveja de excelente drinkability e seu teor 
alcoólico está entre 4,8% e 5,5%.
23
sour 
copo sugerido: snifter ou bolleke
Também conhecidas como cervejas azedas, as Sour são cervejas ácidas, 
com significativo aroma e sabor de fermentação. É uma cerveja de acidez 
elevada intencionalmente. Todos os exemplares trazem essa característica 
tanto no aroma quanto no sabor, sendo alguns mais ou menos intensos. 
Essa categoria contém os tradicionais estilos de cervejas ácidas como 
Berliner Weiss, Flander Red Ale, Oud Bruin e as Lambics.
22
saison
copo sugerido: pokal ou lager
A Saison é uma cerveja originalmente criada na Valônia, a parte da 
Bélgica que faz fronteira com a França, como uma cerveja de temporada. 
Produzida no inverno para ser consumida no verão, é uma bebida 
complexa tanto no aroma quanto no paladar. É uma cerveja refrescante, 
altamente carbonatada, frutada e com um perfeito equilíbrio entre o 
dulçor do malte e o amargor do lúpulo.
24
lambic
copo sugerido: flute ou snifter
A Lambic é uma cerveja de fermentação espontânea, com leveduras selvagens, 
sem a adição controlada de fermento. Geralmente são maturadas em barricas 
de madeira. O estilo possui algumas variações: Straight/Unblended, que se 
refere à Lambic pura, sem misturas de frutas, açúcares ou misturas de diferentes 
barris; Fruit Lambic, que conta com adição de frutas; Gueuze, que é um “blend” 
de Lambics novas (1 ano) e antigas (2 a 3 anos), retirada de diferentes barris e 
engarrafadas para uma segunda fermentação; e Faro, com adição de candy 
sugar, açúcar mascavo ou melaço de cana.
25
belgian dubbel 
copo sugerido: trapist ou goblet
Criada pelo Mosteiro Trapista de Westmalle, na Idade Média, o nome surgiu 
para diferenciá-la da tradicional Ale da dieta dos monges, que era menos 
alcoólica. São cervejas com forte presença de malte, produzindo um sabor 
torrado de nozes e chocolate, e pouca presença de lúpulo, o que resulta 
em uma cerveja com baixo amargor. A coloração vai do cobre ao marrom. 
No aroma apresenta um toque de banana e frutas não cítricas. É uma 
cerveja que produz uma espuma cremosa e duradoura. 
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belgian blond ale
copo sugerido: trapist ou snifter
De produção relativamente recente, destinada como alternativa aos 
consumidores de Pils europeias. Trata-se de uma Ale dourada, de 
intensidade moderada, que tem uma complexidade sutilmente 
frutada-picante, com um pouco de sabor de malte doce e um final seco. 
Esse estilo apresenta cervejas complexas, perfumadas e cremosas, com 
presença de malte, lúpulo e álcool em equilíbrio. 
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belgian tripel
copo sugerido: trapist ou goblet
Também desenvolvido pelo Mosteiro Trapista de Westmalle, o estilo foi 
copiado no mundo todo. Se comparada com a Dubbel, as cervejas Tripel 
são mais claras, mais amargas, levemente frutadas e cítricas. São cervejas 
bem carbonatadas, que apresentam uma espuma cremosa e persistente. 
Trata-se de uma cerveja um pouco condimentada, seca e forte, com um 
agradável sabor arredondado de malte e um amargor firme. Possui 
drinkability surpreendente alta, considerado o alto nível de álcool.
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belgian golden strong ale
copo sugerido: trapist ou snifter
É um dos mais clássicos estilos de cerveja. Trata-se de uma cerveja forte, 
frutada, com muito lúpulo e de alto teor alcoólico, geralmente entre 7,5% 
e 10,5%. Os exemplares desse estilo são bebidas claras e efervescentes, 
com sensação seca e retrogosto levemente amargo. Um clássico desse 
estilo é a cerveja Duvel, produzida pela cervejaria Duvel Moortgat desde 
o fim da Primeira Guerra Mundial.
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english barley wine
copo sugerido: snifter ou goblet
É uma cerveja de origem inglesa, com alto teor alcoólico, entre 8% e 12%, 
de coloração cobre, bastante frutada e licorosa. É tradicionalmente 
maturada em barril de madeira usado para fabricação de outras bebidas. 
Trata-se de uma excelente cerveja de guarda, já que seu sabor melhora 
com o tempo. A sua versão americana, a American Barley Wine, utiliza 
ingredientes locais e carrega mais lúpulo à receita, o que resulta em mais 
toques florais e amargor à cerveja. 
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fruit beer
copo sugerido: flute
Diferente das Fruit Lambics, que são cervejas de fermentação 
espontânea com adição de frutas, as Fruit Beers são receitas com adição 
de frutas. Sua criação parte de um estilo base ao qual se acrescenta uma 
fruta, que lhe confere aroma e sabor com o objetivo de obter uma bebida 
diferente. Aqui a fruta não deve se sobrepor ao estilo original da cerveja, 
mas sim enriquecê-lo.
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rauchbier
copo sugerido: mug (caneca) ou pint
A cerveja Rauchbier é um estilo típico de Bamberg, região da Alemanha, 
sendo que Rauch significa fumaça em alemão. A cerveja ganhou esse 
nome por ser produzida a partir de maltes defumados. Ela pode ser 
produzida combinando vários estilos. Os mais usados são Marzen e 
Weizen, porém o uso de maltes defumados é obrigatório. Seus aromas e 
sabores variam muito de acordo com a intensidade do defumado, indo do 
levemente queimado ao tostado parecido com bacon. 
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