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Estudo de caso Estamira


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ESTUDO DE CASO
1 – Identificação
Nome: Estamira Gomes de Souza
Data de nascimento: 07 de Abril de 1941
Idade no documentário: 60 anos
Falecida: 28 de Julho de 2011
Estado civil: Solteira
Natural: Jaraguá, Goiás
Observações:
Documentário assistido dia 16 de Setembro de 2014.
Acadêmico responsável: Jéssica Martins de Assumpção, RA: 310547776.
Professor Responsável: Profª. Ana Nóbrega.
Finalidade: Avaliação Psicológica para procedimento psicoterapêutico de acordo com a abordagem Analítico Comportamental.
2 – Descrições da Demanda apresentada no Documentário: Psicose Evolutiva crônica, composta por alucinações auditivas, ideias de influência, ideação de grandeza e discurso místico.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, o DSM-IV-TR (APA, 2000/2002), descreve a esquizofrenia como Transtorno Psicótico pela presença de sintomas positivos como delírios, alucinações, falas desorganizadas, comportamento amplamente desordenado ou catatônico e sintomas negativos como diminuição da afetividade, alogia e abulia.
3 – Métodos e Técnicas no Documentário: A paciente faz uso medicamentoso e realiza tratamento psiquiátrico continuado no CAPS.
4 – Análise
Através das verbalizações de Estamira no seu ambiente do lixão verificam-se comportamentos desorganizados, bem como delírios e alucinações de grandeza.
O comportamento da pessoa com o diagnóstico de esquizofrenia, ao contrário do que algumas abordagens pressupõem, não seria autônomo e independente, tampouco considerado sintoma de transtorno psicótico, mas produto das contingências nas quais seus comportamentos se inserem, Estamira conviveu em um meio ambiente muito promissor ao desenvolvimento de comportamentos desordenados, e estes foram produtos dos eventos antecedentes e presentes na sua vida, suas contingências ambientais eram compostas por sérias punições e reforçadores, onde ela tornou-se aversiva a Deus, atribuindo a Ele as fatalidades de sua vida.
O comportamento de Estamira de alucinar e delirar trata-se de um comportamento operante e não sintomas de esquizofrenia, devido as contingências vivenciadas por ela modelaram uma resposta no organismo, como uma fuga e esquiva da realidade, sendo mais pratico delirar e alucinar do que assumir e lembrar de um passado de sofrimento, onde todas suas respostas foram reforçadas negativamente, como o abuso sexual sofrido pelo avô, o abandono em um prostíbulo, traições do esposo, fome e miséria, violência, etc.
Diante das contingências ambientais de Estamira, podemos compreender como o as respostas emitidas por ela, (vida, ou vc esqueceu de escrever alguma coisa no final da frase, ou então, ficou sem conexão com a continuação do texto) é elucidado a questão de sua mãe já haver tido doença mental, as explicações biológicas não se fazem na abordagem funcional, uma vez em que não se negue que essas variáveis sejam consideráveis, porém, caso hajam fatores biológicos relacionados à esquizofrenia esses fatos não os tornariam causa, mas conseqüências. A abordagem funcional procura ao invés de supostas causas biológicas, uma intervenção congruente ao caso, buscando os eventos ambientais que antecedem e mantêm os comportamentos que consistem nos critérios dos diagnósticos.
Para identificar as relações ambientais com o comportamento emitido pelo individuo os analistas do comportamento analisam funcionalmente cada passo, deixando a visão de complexidade dos processos internalistas, oferecendo propostas simples e manipuláveis para os devidos estudos e modificações de comportamentos característicos do esquizofrênico.
5- Possíveis intervenções realizadas com participantes esquizofrênicos
A fim de reduzir os comportamentos inapropriados e promover os apropriados, os analistas do comportamento desenvolvem estratégias de intervenções operantes, baseando-se nas funções do comportamento controlado por suas consequências, menos com influencias de eventos antecedentes. Alguns exemplos de intervenções são:
Instalação de comportamento desejado através do condicionamento por fuga e esquiva;
Aumentar o comportamento verbal apropriado através de reforço positivo e extinção;
Eliminar comportamentos repetitivos de um esquizofrênico por manipulações das contingencias de reforço;
Restabelecer o comportamento verbal por meio de modelagem;
Para diminuição de comportamento verbal inapropriado utilização de reforço diferencial de comportamento alternativo (DRA);
Emparelhamento de instrumentos como modelagem, extinção e esvanecimento para controlar déficits comportamentais;
Podemos observar que as falas inapropriadas, assim como falas bizarras de Estamira, são mantidas pela atenção social que ela recebe, os familiares e amigos a escutam e não a contrariam, aumentando suas ocorrências.
Diante da verbalização: A minha missão, além de Estamira é revelar a verdade, somente a verdade.” (vida, aqui vc ‘fechou’ aspas, mas não ‘abriu’ elas.. Acha onde elas deveriam estar, e coloca! =D) Essa fala funciona como estímulo discriminativo que evocaria comportamentos de delírio, como o de parar o vento, falar com estímulos não existentes (alucinações), comparando sua vida com à de Jesus, diante das situações vivenciadas de sofrimento e a fala que tem uma missão, elimina a dor de seu sofrimento antecedente, tais quais são lembranças aversivas, além de justificando tudo que ocorreu.
Podemos verificar uma relação funcional das verbalizações de Estamira com suas repostas negativas nas quais ela vivenciou, como o tratamento médico, onde não há um atendimento voltado a atenção ao paciente, é apenas prescrito o medicamento, e ela afirma que eles são copiadores, existindo elementos verbais verdadeiros contidos nas palavras ditas por ela, realizando essa ligação é possível analisar os elementos que reforçam a emissão de seus comportamentos.
Através dos diversos estudos é possível concluir que o analista do comportamento mostrou sua eficiência por meio de técnicas, contribuindo com as modificações comportamentais, frisando a importância do tratamento multifuncional com uso de medicamentos, para que o individuo possa ver visado de uma maneira geral.
Referências
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-IV-TR). Tradução organizada por C. Dornelles. Porto Alegre: ARTMED. (Trabalho original publicado em 2000).
Britto, I. A. G. S. (2004). Sobre delírios e alucinações. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 6(1), 61-71.
Britto, I. A. G. S. (2005). Esquizofrenia: desafios para a ciência do comportamento. Em: H. J. Guilhardi & N. C. Aguirre (Orgs.), Sobre Comportamento e Cognição. Expondo a variabilidade (Vol. 16, pp. 38-44). Santo André, SP: ESETec.
Britto, I. A. G. S. (2009). Esquizofrenia: intervenções operantes. Em: R. C. Wielenska (Org.), Sobre Comportamento e Cognição: desafios, soluções e questionamentos (Vol. 23, pp. 393-401). Santo André, SP: ESETec.