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Padrão de Identidade e Qualidade de Alimentos Proteicos – Leites Disciplina de Bromatologia Professora Emília Akil emilia.akil@estacio.br Iremos estudar padrões de identidade e qualidade de: oCarnes, Pescados e ovos o Leite e derivados Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Mas antes... O que são proteínas? Componentes de alto peso molecular formados por encadeamento de aminoácidos ligados entre si através de ligações peptídicas Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia PROTEÍNAS: Classificação Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Função Dinâmica Estrutural Composição Simples Conjugada Número de cadeias Monoméricas Oligoméricas Forma Fibrosas Globulares PROTEÍNAS: Desnaturação Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia • Primária • Sequência linear de aminoácidos, ligadas por ligações peptídicas (covalentes) • Secundária • alfa-hélice ou beta-pregueada, conformação mantida por pontos de hidrogênio • Terciária • arranjo espacial da proteína, interações hidrofóbicas, eletrostáticas, forças de Van Der Waals e pontes de H • Quaternária • Configuração espacial de várias cadeias peptídicas diferentes, relação proteína-proteína PROTEÍNAS: Desnaturação Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia PROTEÍNAS: Desnaturação Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia • Quebra das ligações das estruturas das proteínas • Perda da estrutura tridimensional • Interações fracas e facilmente quebradas • Quando são expostas a: calor, ácidos, sais ou álcool LEITE Leite LEITE “Produto oriundo da ordenha completa, ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O leite de outros animais deve denominar-se segundo a espécie de que proceda”. Leite com colostro (elevado teor de vitamina A – coloração amarela) PROIBIDO A COMERCIALIZAÇÃO. Exemplo: Leite de cabra, leite de ovelha. REGULAMENTO DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL (RIISPOA) Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia CLASSIFICAÇÃO DO LEITE DE ACORDO COM: - PRODUÇÃO - TEOR DE GORDURA Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Classificação do leite INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 51 DE 18 DE SETEMBRO DE 2002 Classificava os leites em tipo A, B e C Leite tipo A – leite produzido, pasteurizado e envasado em GRANJA LEITEIRA, que pode também fabricar produtos derivados. Leite tipo B – leite produzido e refrigerado em ESTÁBULO LEITEIRO. Leite tipo C – leite produzido na FAZENDA LEITEIRA. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A PRODUÇÃO Classificação do leite INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 62 DE 29 DE DEZEMBRO DE 2011 Leite Pasteurizado tipo A – leite produzido, pasteurizado (tratamento térmico) e envasado em GRANJA LEITEIRA, que pode também fabricar produtos derivados. Leite Cru Refrigerado– leite produzido e refrigerado e transportado para um estabelecimento industrial adequado para que seja beneficiado. Extinguiu os tipos B e C e criou o “leite cru refrigerado” CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A PRODUÇÃO Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Classificação do leite CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O TEOR DE GORDURA Leite Pasteurizado tipo A SEMIDESNATADO – leite com retirada parcial de gordura 0,6 a 2,9% de gordura Leite Pasteurizado tipo A INTEGRAL– mínimo 3% de gordura Leite Pasteurizado tipo A DESNATADO – leite com retirada total de gordura máximo de 0,5% de gordura Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Composição química do leite CASEÍNA o Representa 80% das proteínas está em suspensão (formato de micelas) no leite, ligado ao cálcio. o Em média de 24-28 mg/mL; o Fabricação de queijos coagulação o Composição -caseína (45 – 56%) -caseína (08 – 15%) -caseína (25 – 35%) PROTEÍNAS Composição química do leite PROTEÍNAS DO SORO DO LEITE o Estão solubilizadas em água o Representa 20% das proteínas o Responsáveis pelo desenvolvimento do sistema imunológico do recém nascido, apresentando alto teor de imunoglobulina no colosto. o Por serem muito nutritivas, são isoladas nas indústrias o Composição Principais: -lactoalbumina (45 – 56%) -lactoblobulina (08 – 15%) PROTEÍNAS Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Composição química do leite CARBOIDRATOS LACTOSE = GALACTOSE + GLICOSE o Elaboração de produtos fermentados e queijos o Auxilia na absorção de cálcio no organismos Queijos e leites fermentados são produzir a partir da adição de bactérias lácticas que vão fermentar a lactose e produzir ácido lático pH irá desnaturar as micelas de caseína formando o coalho ocasionando a precipitação da caseína (coalhada) CONTROLE DE QUALIDADE DO LEITE LEITE Elevado teor de água pH próximo à neutralidade Riqueza em nutrientes Excelente substrato para o crescimento de MO Fraudes mais comuns: Uso excessivo de antibióticos mastites Tratamento térmico inadequado presença de mo e toxinas; Fraude por adição de água; Fraude por adição de amido; Fraudes por adição de conservantes; Fraude por remoção de gordura. Contaminação e fraudes Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA BROMATOLÓGICAS - PROCEDIMENTOS DE ROTINA NA PLATAFORMA DE RECEPÇÃO - UTILIZA-SE UMA SÉRIE DE ANÁLISES QUE, EM CONJUNTO, DIFINEM OS ATRIBUTOS DE QUALIDADE DO LEITE Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Instrução Normativa nº 62, de 29 de dezembro de 2011 Métodos Analíticos Oficiais Físico-Químicos, para Controle de Leite P ro va s fí si co -q u ím ic as Acidez Densidade Gordura Crioscopia Fosfatase Peroxidase Acidez Dornic Prova de Alizarol Prova do álcool Recepção do leite na usina de beneficiamento ACIDEZ DORNIC E POR PROVA DE ALIZAROL o A acidez do leite está relacionado com a fermentação da lactose com a produção de ácido lático devido a contaminação microbiana pH do leite 1 ºD = 0,01 g de ácido lático em 100 mL de leite LEGISLAÇÃO: 0,14 A 0,18 g(%) ácido lático em 100 mL leite 14 a 18 ºD LEITE NORMAL: pH 6,6 – 6,8 LEITE ÁCIDO: Marrom claro/amarelo LEITE ALCALINO: Lilás violeta TESTE DE ALIZAROL - Mede rápido a acidez - Não mede o valor exato de acidez Análises no leite PROVA DO ÁLCOOL o Não mede exatamente o grau de acidez, mas é um teste rápido. o Mistura o leite com álcool. Reação negativa (esquerda) e positiva ao teste do álcool. Leite muito coagulado acidez acima de 22ºD; Coagulação fina acidez entre 19 e 20ºD; Sem coagulação leite normal. Positividade na prova do álcool: contaminação microbiológica leite com fermentação enzimática. Análises no leite Fraude por adição de água, farinha, amido e remoção de gordura. Técnicas para análise: crioscopia, densidade e análise de gordura. o Densidade específica do leite: 1,028 – 1,034 g/mL. o O leite deve estar a 15 ºC se não tiver, fazer a correção em tabela padronizada. DENSIDADE Análises no leite o É analisado a temperatura de congelamento do leite. o Esta temperatura é mais baixa que a da água, devido ao fato do leite apresentar sólidos presentes lactose, proteínas, etc. o Fraude por adição de água: ocorre um aumento da temperatura de congelamento. LEGISLAÇÃO: máximo de - 0,512 ºC Obs.: água é 0 ºC Análises no leite ÍNDICE DE CRIOSCOPIA o Butirometro de Gerber o Ácido sulfúrico digere a proteína (caseína) sem atacar a matéria gordurosa, separando por centrifugação. o Fraude por remoção da gordura do leite: gordura utilizada para produção de manteiga, biscoitos, etc. Butirômetro. Adição de ácido, leite e álcool. DETERMINAÇÃO DA GORDURA – MÉTODO DE GERBER Análises no leite Centrífuga de Gerber DETERMINAÇÃO DA GORDURA – MÉTODO DE GERBER Análises no leite Análises no leite DETERMINAÇÃODA GORDURA – MÉTODO DE GERBER o A fosfatase alcalina é uma enzima termosensível, devendo estar AUSENTE NO LEITE PASTEURIZADO. o Ou seja, mede se o tratamento térmico do leite (pasteurização) FOI realizado de forma eficaz. o Ocorre a adição de um composto químico (femil fosfato dossódico) e se houver a presença da enzima fosfatase ficará na cor azul. Análises no leite ANÁLISE DE FOSFATASE ALCALINA Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Interpretação do resultado: a) cor amarela: reação negativa fosfatase INATIVADA pela pasteurização; b) cor azul: reação positiva fosfatase PRESENTE, indicando pasteurização inadequada ou leite cru. Análises no leite ANÁLISE DE FOSFATASE ALCALINA o Também irá avaliar se o tratamento térmico do leite foi eficaz ou não. o A enzima peroxidade é resistente a temperatura de pasteurização (até 75 ºC). Análises no leite ANÁLISE DE PEROXIDADE Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia o Então é avaliado o tratamento térmico do leite através da pesquisa da enzima peroxidase com solução alcóolica de guaiacol e peróxido de hidrogênio. o Interpretação: Cor salmão: positivo leite pasteurizado corretamente. Cor branca: negativo leite pasteurizado acima da temperatura correta. Peroxidase (+) Análises no leite ANÁLISE DE PEROXIDADE
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