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INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO TEXTUAL
Língua portuguesa
                                                                                          Luiz Antonio de Assis Brasil   
 Algo muito perturbador está acontecendo com nossa educação básica, que não habilita os brasileiros a expressarem-se no idioma nacional.
         Sabe-se o quanto somos criativos. Nos meios acadêmicos lusitanos é louvada nossa capacidade de acrescentar à língua comum uma torrente incessante de neologismos. Tais alterações idiomáticas são necessárias à atualização da cultura. Por obra dessa criatividade, acontecem os vocábulos da moda, que vivem por um semestre e logo são substituídos. Em contrapartida, há os que se cristalizam nos dicionários, daí resultando um belo acervo de palavras, capaz de dar conta dos mais sofisticados pensamentos. As mutações linguísticas, portanto, não constituem problema.
         O real problema está no aumento do número de pessoas que não conseguem organizar uma ideia. É constrangedor, nas reportagens das tevês e rádios, a indigência vocabular e sintática dos nossos concidadãos. As declarações dadas aos repórteres são incoerentes e obtusas e, quando não, completamente incompreensíveis. Abusamos dos adjetivos genéricos, do tipo “maravilhoso”, “sensacional”, “fantástico” etc, que, por sua amplitude, não dizem nada, e dos hiperbólicos verbos “odiar” ou “adorar” que pasteurizam e nivelam complexas gradações dos sentimentos humanos.
         Já quanto à língua que escrevemos – bem, aqui penetramos no terreno da catástrofe. Não me refiro à enxurrada dos equívocos ortográficos. (A propósito, entre os lamentáveis desastres que acontecem nas estradas gaúchas estão as placas de sinalização do trânsito.)
         Assustam, mais que os tropeços da ortografia, os desacertos elementares de estruturação da frase, as impropriedades semânticas e os desvios de regência que resultam em truncamento do sentido. Aí estamos num domínio sério, pois diz respeito à vida social, que, como se sabe, expressa-se em palavras – e delas depende para subsistir.
 Tais enganos poderiam decorrer apenas da crônica impossibilidade de acesso aos estudos regulares, causada pelas circunstâncias desfavoráveis da nossa distribuição de renda: o povo cuja maioria está preocupada em comer no dia seguinte, esse povo não pode pensar na colocação de um pronome. A questão realmente perturbadora é que mesmo entre diplomados o problema persiste. Falem os juízes que leem certas petições iniciais, falem os avaliadores de provas dos concursos. Quando certos oradores levantam-se e puxam um papel, eu tremo à raiz dos cabelos. São pessoas a quem não falta a universidade, mas o curso primário.
         Algo deve ser feito antes que retornemos à futura e previsível fase dos grunhidos e dos desenhos rupestres. Essa tarefa, além de cruzar pelo necessário incremento de nosso nível de vida, tramita pela sala de aula, pelo giz e pelo quadro-negro. E, óbvio, por professores públicos remunerados com justiça.
         Aí sim, nossa louvada criatividade poderá dar resultados valiosos. Antes, é essa calamidade que se lê e se escuta por aí, a que chamamos com a maior naturalidade e sem pudor algum de língua portuguesa.
                                                                                      (Zero Hora, 18/04/2009) 
QUESTÕES:  
1. Determine a tese defendida por Assis Brasil no texto acima.
	R: O autor fala sobre a sua preocupação, com a forma que os brasileiros vem fazendo uso da língua portuguesa, a educação esta cada vez mais precária e em consequência do povo cada vez mais ignorantes.
2. No 2º parágrafo, o escritor descarta um argumento que poderia justificar/explicar a raiz do problema.  Que argumento é esse?  
	R: O argumento usado pelo autor seria as mutações linguísticas, a nossa capacidade de acrescentar à língua comum uma torrente incessante de neologismos.
3. No 3º parágrafo, Assis Brasil afirma que o real problema está no número de pessoas que não conseguem organizar uma ideia.
a)  No que ele se baseia para afirmar isso?
	R :O autor baseia-se na forma com que as pessoas se expressão e escreve, baseia nos argumentos dado na incoerência em dar uma simples reportagem , a tevês rádios, as pessoas tem dificuldade em fazer- se entende .
b)  Que tipo de argumento é esse?
	R: No texto os argumentos usados foram as palavras curtas com as diversas confecções como “maravilhoso”, “sensacional”, “fantástico” etc.
4. Nos 2º e 3º parágrafos, o escritor relaciona os problemas na língua oral. Nos 4º e 5º parágrafos, ele começa a enumerar os problemas na língua escrita. Evidencie quais são eles.
R: Nos erros ortográficos ,na estruturação das frases ,na troca do sentidos das palavras .
5. No 6º parágrafo, o escritor levanta uma hipótese, uma razão que poderia ser a causa de todas as dificuldades observadas no uso do idioma nacional.
a)  Qual é ela?
	R:Pela dificuldade do acesso ao estudo básico por conta das condições financeira ,pois muitos abandono os estudos para trabalhar para obter seu sustento e da família .
b)  Esse argumento se mantém? Justifique sua resposta.
	R:Não pois ao decorrer do texto cita que ate mesmo aos diplomados o problema persiste ,que o problema não esta apenas na falta de conhecimento e sim na educação básica e na falta de cultura das próprias pessoas .

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