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DOENÇAS OCUPACIONAIS 1 ............................................................. 2 Aula 4: Agentes gerando doenças profissionais ............................................................................................................................. 2 Introdução ................................................................................................................................ 3 Conteúdo Doenças comuns X doenças ocupacionais .................................................................. 3 Classificação de Schilling e de acidentes de trabalho ................................................ 3 Agentes ou fatores de risco de natureza ocupacional ............................................... 3 Acidente de trabalho .............................................................................................................. 4 Riscos biológicos ............................................................................................................. 19 NR-32 ................................................................................................................................. 20 Práticas laborais e exposição de alguns agentes ....................................................... 21 ....................................................................................................................... 22 Aprenda Mais ........................................................................................................................... 23 Referências ......................................................................................................... 25 Exercícios de fixação Notas ........................................................................................................................................... 29 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 29 DOENÇAS OCUPACIONAIS 2 Introdução Nesta aula faremos a abordagem aos agentes e fatores de risco diversos que podem contribuir ou gerar diretamente doenças no âmbito do trabalho. Vamos apresentar o quadro já conhecido das causas e das patologias relacionadas, entendendo as diferenças entre aquelas chamadas de doenças profissionais e doenças do trabalho, exemplificando-as segundo sistemas de classificação adotados. Objetivo: 1. Descrever os agentes e fatores de risco reconhecidos pelas áreas da saúde, previdência social e trabalho, como os vinculados à causa de doenças relacionadas ao trabalho. DOENÇAS OCUPACIONAIS 3 Conteúdo Doenças comuns X doenças ocupacionais A distinção das doenças comuns das doenças relacionadas ao trabalho pode ser uma tarefa difícil e exige a identificação do nexo de causalidade que comprova a relação entre o trabalho e a patogênese da doença. Quando tratamos de Doenças Ocupacionais (MENDES, 2003), como já vimos, consideramos aquelas que têm como causa única o trabalho (tecnopatias ou doenças profissionais) e as que são adquiridas em condições específicas em que o trabalho se desenvolve (mesopatias ou doenças do trabalho). Classificação de Schilling e de acidentes de trabalho O Ministério da Saúde adota em 1999 a classificação de Schilling (1984) e define os grupos de doenças que afetam os trabalhadores e são consideradas no contexto legal brasileiro como doenças relacionadas com o trabalho. Relembrando, veja a Classificação das doenças segundo sua relação com o trabalho, a seguir. Na Lei Federal nº 8.213/91 que trata entre outros da Previdência Social estabelece que ambas as doenças mencionadas anteriormente sejam de fato consideradas Acidentes de Trabalho, vejamos: Artigo 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: Agentes ou fatores de risco de natureza ocupacional Assim, tendo como base a LISTA A de Doenças relacionadas ao Trabalho, a ser adotada como referência dos agravos originados do trabalho no Sistema Único de Saúde, para uso clínico e epidemiológico, foram sistematizados pela Portaria MS GM nº 1.339/99 (Decreto nº 3.048/99), os agentes ou fatores de risco DOENÇAS OCUPACIONAIS 4 de natureza ocupacional relacionados com a etiologia de Doenças Profissionais e de Outras Doenças Relacionadas com o Trabalho. São listados 27 grupos de agentes ou fatores de risco de natureza ocupacional associados com as doenças em geral a ele relacionadas, codificadas segundo o CID-10. Acidente de trabalho São listados 27 grupos de agentes ou fatores de risco de natureza ocupacional associados com as doenças em geral a ele relacionadas, codificadas segundo o CID – 10. Vejamos: AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL DOENÇAS CAUSALMENTE RELACIONADAS COM OS RESPECTIVOS AGENTES OU FATORES DE RISCO (DENOMINADAS E CODIFICADAS SEGUNDO A CID-10) 1) Arsênio e seus compostos arsenicais Angiossarcoma do fígado (C22.3) Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão (C34.-) Outras neoplasias malignas da pele (C44.-) Polineuropatia devida a outras agentes tóxicos (G52.2) Encefalopatia Tóxica Aguda (G92.1) Blefarite (H01.0) Conjuntivite (H10) Queratite e Queratoconjuntivite (H16) Arritmias cardíacas (I49.-) Rinite Crônica (J31.0) Ulceração ou Necrose do Septo Nasal (J34.0) Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica (J68.4) Estomatite Ulcerativa Crônica (K12.1) Gastroenterite e Colites tóxicas (K52.-) Hipertensão Portal (K76.6) Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) DOENÇAS OCUPACIONAIS 5 Outras formas de hiperpigmentação pela melanina: “Melanodermia” (L81.4) Leucodermia, não classificada em outra parte (Inclui “Vitiligo Ocupacional”) (L81.5) Ceratose Palmar e Plantar Adquirida (L85.1) Efeitos Tóxicos Agudos (T57.0) 2) Asbesto ou Amianto Neoplasia maligna do estômago (C16.-) Neoplasia maligna da laringe (C32.-) Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão (C34.-) Mesotelioma da pleura (C45.0) Mesotelioma do peritônio (C45.1) Mesotelioma do pericárdio (C45.2) Placas epicárdicas ou pericárdicas (I34.8) Asbestose (J60.-) Derrame Pleural (J90.-) Placas Pleurais (J92.-) 3) Benzeno e seus homólogos tóxicos Leucemias (C91-C95.-) Síndromes Mielodisplásicas (D46.-) Anemia Aplástica devida a outros agentes externos (D61.2) Hipoplasia Medular (D61.9) Púrpura e outras manifestações hemorrágicas (D69.-) Agranulocitose (Neutropenia tóxica) (D70) Outros transtornos especificados dos glóbulos brancos: Leucocitose, Reação Leucemóide (D72.8) Outros transtornos mentais decorrentes de lesão e disfunção cerebrais e de doença física (F06.-) (Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos) Transtornos de personalidade e de comportamento decorrentes de doença, lesão e de disfunção de personalidade (F07.-) (Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos) Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático não especificado (F09.-) (Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos) DOENÇAS OCUPACIONAIS 6 Episódios depressivos (F32.-) (Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos) Neurastenia (Inclui “Síndrome de Fadiga”) (F48.0) (Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos) Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2) Hipoacusia Ototóxica (H91.0) (Tolueno e Xileno) Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) Efeitos Tóxicos Agudos(T52.1 e T52.2) 4) Berílio e seus compostos tóxicos Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão (C34.-) Conjuntivite (H10) Beriliose (J63.2) Bronquite e Pneumonite devida a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Bronquite Química Aguda”) (J68.0) Edema Pulmonar Agudo devido a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Edema Pulmonar Químico”) (J68.1) Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica (J68.4) Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) Efeitos Tóxicos Agudos (T56.7) 5) Bromo Faringite Aguda (“Angina Aguda”, “Dor de Garganta”) (J02.9) Laringotraqueíte Aguda (J04.2) Faringite Crônica (J31.2) Sinusite Crônica (J32.-) Laringotraqueíte Crônica (J37.1) Bronquite e Pneumonite devida a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Bronquite Química Aguda”) (J68.0) Edema Pulmonar Agudo devido a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Edema Pulmonar Químico”) (J68.1) Síndrome de Disfunção Reativa das Vias Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3) Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica (J68.4) DOENÇAS OCUPACIONAIS 7 Estomatite Ulcerativa Crônica (K12.1) Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) Efeitos Tóxicos Agudos (T57.8.) 6) Cádmio ou seus compostos Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão (C34.-) Transtornos do nervo olfatório (Inclui “Anosmia”) (G52.0) Bronquite e Pneumonite devida a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Bronquite Química Aguda”) (J68.0) Edema Pulmonar Agudo devido a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Edema Pulmonar Químico”) (J68.1) Síndrome de Disfunção Reativa das Vias Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3) Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica (J68.4) Enfisema intersticial (J98,2) Alterações pós-eruptivas da cor dos tecidos duros dos dentes (K03.7) Gastroenterite e Colites tóxicas (K52.-) Osteomalácia do Adulto Induzida por Drogas (M83.5) Nefropatia Túbulo-Intersticial induzida por metais pesados (N14.3) Efeitos Tóxicos Agudos (T56.3) 7) Carbonetos metálicos de Tungstênio sinterizados Outras Rinites Alérgicas (J30.3) Asma (J45.-) Pneumoconiose devida a outras poeiras inorgânicas especificadas (J63.8) 8) Chumbo ou seus compostos tóxicos Outras anemias devidas a transtornos enzimáticos (D55.8) Anemia Sideroblástica secundária a toxinas (D64.2) Hipotireoidismo devido a substâncias exógenas (E03.-) Outros transtornos mentais decorrentes de lesão e disfunção cerebrais e de doença física (F06.-) Polineuropatia devida a outras agentes tóxicos (G52.2) Encefalopatia Tóxica Aguda (G92.1) DOENÇAS OCUPACIONAIS 8 Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2) Hipertensão Arterial (I10.-) Arritmias Cardíacas (I49.-) “Cólica da Chumbo” (K59.8) Gota Induzida pelo Chumbo (M10.1) Nefropatia Túbulo-Intersticial induzida por metais pesados (N14.3) Insuficiência Renal Crônica (N17) Infertilidade Masculina (N46) Efeitos Tóxicos Agudos(T56.0) 9) Cloro Rinite Crônica (J31.0) Outras Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (Inclui “Asma Obstrutiva”, “Bronquite Crônica”, “Bronquite Obstrutiva Crônica”) (J44.-) Bronquite e Pneumonite devida a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Bronquite Química Aguda”) (J68.0) Edema Pulmonar Agudo devido a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Edema Pulmonar Químico”) (J68.1) Síndrome de Disfunção Reativa das Vias Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3) Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica (J68.4) Efeitos Tóxicos Agudos (T59.4) 10) Cromo ou seus compostos tóxicos Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão (C34.-) Outras Rinites Alérgicas (J30.3) Rinite Crônica (J31.0) Ulceração ou Necrose do Septo Nsal (J34.0) Asma (J45.-) “Dermatoses Pápulo-Pustulosas e suas complicações infecciosas” (L08.9) Dermatite Alérgica de Contato (L23.-) Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) DOENÇAS OCUPACIONAIS 9 Úlcera Crônica da Pele, não classificada em outra parte (L98.4) Efeitos Tóxicos Agudos (T56.2) 11) Flúor ou seus compostos tóxicos Conjuntivite (H10) Rinite Crônica (J31.0) Bronquite e Pneumonite devida a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Bronquite Química Aguda”) (J68.0) Edema Pulmonar Agudo devido a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Edema Pulmonar Químico”) (J68.1) Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica (J68.4) Erosão Dentária (K03.2) Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) Fluorose do Esqueleto (M85.1) Intoxicação Aguda (T59.5) 12) Fósforo ou seus compostos tóxicos Polineuropatia devida a outras agentes tóxicos (G52.2) Arritmias cardíacas (I49.-) (Agrotóxicos organofosforados e carbamatos) Dermatite Alérgica de Contato (L23.-) Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) Osteomalácia do Adulto Induzida por Drogas (M83.5) Osteonecrose (M87.-): Osteonecrose Devida a Drogas (M87.1); Outras Osteonecroses Secundárias (M87.3) Intoxicação Aguda (T57.1) (Intoxicação Aguda por Agrotóxicos Organofosforados:T60.0) 13) Hidrocarbonetos alifáticos ou aromáticos (seus derivados halogenados tóxicos) Angiossarcoma do fígado (C22.3) Neoplasia maligna do pâncreas (C25.-) Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão (C34.-) Púrpura e outras manifestações hemorrágicas (D69.-) Hipotireoidismo devido a substâncias exógenas (E03.-) Outras porfirias (E80.2) Delirium, não sobreposto à demência, como descrita (F05.0) (Brometo de Metila) DOENÇAS OCUPACIONAIS 10 Outros transtornos mentais decorrentes de lesão e disfunção cerebrais e de doença física (F06.-) Transtornos de personalidade e de comportamento decorrentes de doença, lesão e de disfunção de personalidade (F07.-) Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático não especificado (F09.-) Episódios Depressivos (F32.-) Neurastenia (Inclui “Síndrome de Fadiga”) (F48.0) Outras formas especificadas de tremor (G25.2) Transtorno extrapiramidal do movimento não especificado (G25.9) Transtornos do nervo trigêmio (G50.-) Polineuropatia devida a outros agentes tóxicos (G52.2) (n- Hexano) Encefalopatia Tóxica Aguda (G92.1) Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2) Conjuntivite (H10) Neurite Óptica (H46) Distúrbios visuais subjetivos (H53.-) Outras vertigens periféricas (H81.3) Labirintite (H83.0) Hipoacusia ototóxica (H91.0) Parada Cardíaca (I46.-) Arritmias cardíacas (I49.-) Síndrome de Raynaud (I73.0) (Cloreto de Vinila) Acrocianose e Acroparestesia (I73.8) (Cloreto de Vinila) Bronquite e Pneumonite devida a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Bronquite Química Aguda”) (J68.0) Edema Pulmonar Agudo devido a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Edema Pulmonar Químico”) (J68.1) Síndrome de Disfunção Reativa das Vias Aéreas (SDVA/RADS) DOENÇAS OCUPACIONAIS 11 (J68.3) Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica (J68.4) Doença Tóxica do Fígado (K71.-): Doença Tóxica do Fígado, com Necrose Hepática (K71.1); Doença Tóxica do Fígado, com Hepatite Aguda (K71.2); Doença Tóxica do Fígado com Hepatite Crônica Persistente (K71.3); Doença Tóxica do Fígado com Outros TranstornosHepáticos (K71.8) Hipertensão Portal (K76.6) (Cloreto de Vinila) “Dermatoses Pápulo-Pustulosas e suas complicações infecciosas” (L08.9) Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) “Cloracne” (L70.8) Outras formas de hiperpigmentação pela melanina: “Melanodermia” (L81.4) Outros transtornos especificados de pigmentação: “Porfiria Cutânea Tardia” (L81.8) Geladura (Frostbite) Superficial: Eritema Pérnio (T33) (Anestésicos clorados locais) Geladura (Frostbite) com Necrose de Tecidos (T34) (Anestésicos clorados locais) Osteólise (M89.5) (de falanges distais de quirodáctilos) (Cloreto de Vinila) Síndrome Nefrítica Aguda (N00.-) Insuficiência Renal Aguda (N17) Efeitos Tóxicos Agudos (T53.-) 14) Iodo Conjuntivite (H10) Faringite Aguda (“Angina Aguda”, “Dor de Garganta”) (J02.9) Laringotraqueíte Aguda (J04.2) Sinusite Crônica (J32.-) Bronquite e Pneumonite devida a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Bronquite Química Aguda”) DOENÇAS OCUPACIONAIS 12 Edema Pulmonar Agudo devido a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Edema Pulmonar Químico”) (J68.1) Síndrome de Disfunção Reativa das Vias Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3) Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica (J68.4) Dermatite Alérgica de Contato (L23.-) Efeitos Tóxicos Agudos (T57.8) 15) Manganês e seus compostos tóxicos Demência em outras doenças específicas classificadas em outros locais (F02.8) Outros transtornos mentais decorrentes de lesão e disfunção cerebrais e de doença física (F06.-) Transtornos de personalidade e de comportamento decorrentes de doença, lesão e de disfunção de personalidade (F07.-) Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático não especificado (F09.-) Episódios Depressivos (F32.-) Neurastenia (Inclui “Síndrome de Fadiga”) (F48.0) Parkisonismo Secundário (G21.2) Inflamação Coriorretiniana (H30) Bronquite e Pneumonite devida a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Bronquite Química Aguda”) (J68.0) Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica (J68.4) Efeitos Tóxicos Agudos (T57.2) 16) Mercúrio e seus compostos tóxicos Outros transtornos mentais decorrentes de lesão e disfunção cerebrais e de doença física (F06.-) Transtornos de personalidade e de comportamento decorrentes de doença, lesão e de disfunção de personalidade (F07.-) Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático não especificado DOENÇAS OCUPACIONAIS 13 (F09.-) Episódios Depressivos (F32.-) Neurastenia (Inclui “Síndrome de Fadiga”) (F48.0) Ataxia Cerebelosa (G11.1) Outras formas especificadas de tremor (G25.2) Transtorno extrapiramidal do movimento não especificado (G25.9) Encefalopatia Tóxica Aguda (G92.1) Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2) Arritmias cardíacas) (I49.-) Gengivite Crônica (K05.1) Estomatite Ulcerativa Crônica (K12.1) Dermatite Alérgica de Contato (L23.-) Doença Glomerular Crônica (N03.-) Nefropatia Túbulo-Intersticial induzida por metais pesados (N14.3) Efeitos Tóxicos Agudos (T57.1) 17) Substâncias asfixiantes: Monóxido de Carbono, Cianeto de Hidrogênio ou seus derivados tóxicos, Sulfeto de Hidrogênio (Ácido Sulfídrico) Demência em outras doenças específicas classificadas em outros locais (F02.8) Transtornos do nervo olfatório (Inclui “Anosmia”) (G52.0) (H2S) Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2) (Seqüela) Conjuntivite (H10) (H2S) Queratite e Queratoconjuntivite (H16) Angina Pectoris (I20.-) (CO) Infarto Agudo do Miocárdio (I21.-) (CO) Parada Cardíaca (I46.-) (CO) Arritmias cardíacas (I49.-) (CO) Bronquite e Pneumonite devida a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Bronquite Química Aguda”) (HCN) Edema Pulmonar Agudo devido a produtos químicos, gases, fumaças e vapores (“Edema Pulmonar Químico”) (J68.1) (HCN) DOENÇAS OCUPACIONAIS 14 Síndrome de Disfunção Reativa das Vias Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3) (HCN) Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica (J68.4) (HCN; H2S) Efeitos Tóxicos Agudos (T57.3; T58; T59.6) 18) Sílica Livre Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão (C34.-) Cor Pulmonale (I27.9) Outras Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (Inclui “Asma Obstrutiva”, “Bronquite Crônica”, “Bronquite Obstrutiva Crônica”) (J44.-) Silicose (J62.8) Pneumoconiose associada com Tuberculose (“Sílico- Tuberculose”) (J63.8) Síndrome de Caplan (J99.1; M05.3) 19) Sulfeto de Carbono ou Dissulfeto de Carbono Demência em outras doenças específicas classificadas em outros locais (F02.8) Outros transtornos mentais decorrentes de lesão e disfunção cerebrais e de doença física (F06.-) Transtornos de personalidade e de comportamento decorrentes de doença, lesão e de disfunção de personalidade (F07.-) Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático não especificado (F09.-) Episódios Depressivos (F32.-) Neurastenia (Inclui “Síndrome de Fadiga”) (F48.0) Polineuropatia devida a outras agentes tóxicos (G52.2) Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2) Neurite Óptica (H46) Angina Pectoris (I20.-) Infarto Agudo do Miocárdio (I21.-) Ateroesclerose (I70.-) e Doença Ateroesclerótica do Coração (I25.1) DOENÇAS OCUPACIONAIS 15 Efeitos Tóxicos Agudos (T52.8) 20) Alcatrão, Breu, Betume, Hulha Mineral, Parafina e produtos ou resíduos dessas substâncias, causadores de epiteliomas primitivos da pele Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão (C34.-) Outras neoplasias malignas da pele (C44.-) Neoplasia maligna da bexiga (C67.-) Dermatite Alérgica de Contato (L23.-) Outras formas de hiperpigmentação pela melanina: “Melanodermia” (L81.4) 21) Ruído e afecção auditiva Perda da Audição Provocada pelo Ruído (H83.3) Outras percepções auditivas anormais: Alteração Temporária do Limiar Auditivo, Comprometimento da Discriminação Auditiva e Hiperacusia (H93.2) Hipertensão Arterial (I10.-) Ruptura Traumática do Tímpano (pelo ruído) (S09.2) 22) Vibrações (afecções dos músculos, tendões, ossos, articulações, vasos sangüíneos periféricos ou dos nervos periféricos) Síndrome de Raynaud (I73.0) Acrocianose e Acroparestesia (I73.8) Outros transtornos articulares não classificados em outra parte: Dor Articular (M25.5) Síndrome Cervicobraquial (M53.1) Fibromatose da Fascia Palmar: “Contratura ou Moléstia de Dupuytren” (M72.0) Lesões do Ombro (M75.-): Capsulite Adesiva do Ombro (Ombro Congelado, Periartrite do Ombro) (M75.0); Síndrome do Manguito Rotatório ou Síndrome do Supraespinhoso (M75.1); Tendinite Bicipital (M75.2); Tendinite Calcificante do Ombro (M75.3); Bursite do Ombro (M75.5); Outras Lesões do Ombro (M75.8); Lesões do Ombro, não especificadas (M75.9) Outras entesopatias (M77.-): Epicondilite Medial (M77.0); Epicondilite lateral (“Cotovelo de Tenista”); Mialgia (M79.1) Outros transtornos especificados dos tecidos moles (M79.8) Osteonecrose (M87.-): Osteonecrose Devida a Drogas (M87.1); Outras Osteonecroses Secundárias (M87.3) DOENÇAS OCUPACIONAIS 16 Doença de Kienböck do Adulto (Osteo-condrose do Adulto do Semilunar do Carpo) (M93.1) e outras Osteocondro-patias especificadas (M93.8) 23) Ar Comprimido Otite Média não supurativa (H65.9) Perfuração da Membrama do Tímpano (H72 ou S09.2) Labirintite(H83.0) Otalgia e Secreção Auditiva (H92.- Outros transtornos especificados do ouvido (H93.8) Osteonecrose no “Mal dos Caixões” (M90.3) Otite Barotraumática (T70.0) Sinusite Barotraumática (IT70.1) “Mal dos Caixões” (Doença da Descompressão) (T70.4) Síndrome devida ao deslocamento de ar de uma explosão (T70.8) 24) Radiações Ionizantes Neoplasia maligna da cavidade nasal e dos seios paranasais (C30-C31.-) Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão (C34.-) Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros (Inclui “Sarcoma Ósseo”) Outras neoplasias malignas da pele (C44.-) Leucemias (C91-C95.-) Síndromes Mielodisplásicas (D46.-) Anemia Aplástica devida a outros agentes externos (D61.2) Hipoplasia Medular (D61.9) Púrpura e outras manifestações hemorrágicas (D69.-) Agranulocitose (Neutropenia tóxica) (D70) Outros transtornos especificados dos glóbulos brancos: Leucocitose, Reação Leucemóide (D72.8) Polineuropatia induzida pela radiação (G62.8) Blefarite (H01.0) Conjuntivite (H10) Queratite e Queratoconjuntivite (H16) DOENÇAS OCUPACIONAIS 17 Catarata (H28) Pneumonite por radiação (J70.0 e J70.1) Gastroenterite e Colites tóxicas (K52.-) Radiodermatite (L58.-): Radiodermatite Aguda (L58.0); Radiodermatite Crônica (L58.1); Radiodermatite, não especificada (L58.9); Afecções da pele e do tecido conjuntivo relacionadas com a radiação, não especificadas (L59.9) Osteonecrose (M87.-): Osteonecrose Devida a Drogas (M87.1); Outras Osteonecroses Secundárias (M87.3) Infertilidade Masculina (N46) Efeitos Agudos (não especificados) da Radiação (T66) 25) Microorganismos e parasitas infecciosos vivos e seus produtos tóxicos (Exposição ocupacional ao agente e/ou transmissor da doença, em profissões e/ou condições de trabalho especificadas) Tuberculose (A15-A19.-) Carbúnculo (A22.-) Brucelose (A23.-) Leptospirose (A27.-) Tétano (A35.-) Psitacose, Ornitose, Doença dos Tratadores de Aves (A70.-) Dengue (A90.-) Febre Amarela (A95.-) Hepatites Virais (B15-B19.-) Doença pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) (B20- B24-) Dermatofitose (B35.-) e Outras Micoses Superficiais (B36.-) Paracoccidiomicose (Blastomicose Sul Americana, Blastomicose Brasileira, Doença de Lutz) (B41.-) Malária (B50-B54.-) Leishmaniose Cutânea (B55.1) ou Leishmaniose Cutâneo- Mucosa (B55.2) Pneumonite por Hipersensibilidade a Poeira Orgânica (J67.-): Pulmão do Granjeiro (ou Pulmão do Fazendeiro) (J67.0); Bagaçose (J67.1); Pulmão dos Criadores de Pássaros (J67.2);Suberose (J67.3);Pulmão dos Trabalhadores de Malte (J67.4); Pulmão dos DOENÇAS OCUPACIONAIS 18 que Trabalham com Cogumelos (J67.5); Doença Pulmonar Devida a Sistemas de Ar Condicionado e de Umidificação do Ar (J67.7); Pneumonites de Hipersensibilidade Devidas a Outras Poeiras Orgânicas (J67.8); Pneumonite de Hipersensibilidade Devida a Poeira Orgânica não especificada (Alveolite Alérgica Extrínseca SOE; Pneumonite de Hipersensibilidade SOE (J67.0) “Dermatoses Pápulo-Pustulosas e suas complicações infecciosas” (L08.9) 26) Algodão, Linho, Cânhamo, Sisal Outras Rinites Alérgicas (J30.3) Outras Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (Inclui “Asma Obstrutiva”, “Bronquite Crônica”, “Bronquite Obstrutiva Crônica”) (J44.-) Asma (J45.-) Bissinose (J66.0) 27) Agentes físicos, químicos ou biológicos, que afetam a pele, não considerados em outras rubricas “Dermatoses Pápulo-Pustulosas e suas complicações infecciosas” (L08.9) Dermatite Alérgica de Contato (L23.-) Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) Urticária Alérgica (L50.0) “Urticária Física” (devida ao calor e ao frio) (L50.2) Urticária de Contato (L50.6) Queimadura Solar (L55) Outras Alterações Agudas da Pele devidas a Radiação Ultravioleta (L56.-): Dermatite por Fotocontato (Dermatite de Berloque) (L56.2); Urticária Solar (L56.3); Outras Alterações Agudas Especificadas da Pele devidas a Radiação Ultravioleta (L56.8); Outras Alterações Agudas da Pele devidas a Radiação Ultravioleta, sem outra especificação (L56.9); Alterações da Pele devidas a Exposição Crônica a Radiação Não Ionizante (L57.-) : Ceratose Actínica (L57.0); Outras Alterações: Dermatite Solar, “Pele de Fazendeiro”, “Pele de Marinheiro” (L57.8) DOENÇAS OCUPACIONAIS 19 “Cloracne” (L70.8) “Elaioconiose” ou “Dermatite Folicular” (L72.8) Outras formas de hiperpigmentação pela melanina: “Melanodermia” (L81.4) Leucodermia, não classificada em outra parte (Inclui “Vitiligo Ocupacional”) (L81.5) Úlcera Crônica da Pele, não classificada em outra parte (L98.4) Geladura (Frostbite) Superficial: Eritema Pérnio (T33) (Frio) Geladura (Frostbite) com Necrose de Tecidos (T34) (Frio) A importância de conhecermos os agentes e riscos ocupacionais específicos demonstrados na listagem é está na atuação preventiva e informativa juntos aos empregadores e empregados, além da necessidade de viabilizar o atendimento de todas as Normas Regulamentadoras – NR, relativas à Segurança e Saúde dos trabalhadores (Portaria N. 3.214/78). Riscos biológicos Falando mais sobre um grupo em especial, os Riscos biológicos. A Organização Mundial de Saúde estimou em 2011 que ocorrem aproximadamente: Cerca de 170.000 ao HIV. por ano entre trabalhadores da área da saúde em todo o mundo. Cerca de 900.000 ao HCV por ano entre trabalhadores da área da saúde em todo o mundo. Cerca de dois milhões com exposição ao HBV por ano entre trabalhadores da área da saúde em todo o mundo. Três milhões de acidentes percutâneos com agulhas contaminadas por material biológico por ano entre trabalhadores da área da saúde em todo o mundo. DOENÇAS OCUPACIONAIS 20 Atenção Assim, reconhecendo que se refere ao grupo de riscos mais frequentes e notadamente nocivos aos quais os profissionais de saúde estão diariamente expostos, o Ministério da Saúde no Brasil através de suas atribuições e a partir da criação em 2003 de uma Comissão de Biossegurança em Saúde - CBS pela Portaria nº 1.683/GM/MS, torna a implantação de ações de biossegurança nas instituições de ensino, pesquisa e de saúde essencial no âmbito da proteção ao trabalhador. A biossegurança, segundo MS (2010), compreende um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, mitigar ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente. Posteriormente, preocupados em identificar graus distintos de gravidade e necessidades diferentes de ações preventivas e terapêuticas eficazes, o MS, através da Portaria nº 1.914/11, define ainda a classificação dos agentes biológicos de acordo com: virulência, forma de transmissão, estabilidade, concentração e volume do agente, origem do material, disponibilidade de medidas profiláticas, disponibilidade de tratamento eficaz, dose infectante, e também fatores referentes ao trabalhador. NR-32 A NR-32 também trata dos agentes biológicos e seus riscos. Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Em seus anexos I e II apresenta os agentes de acordo com a classificação de risco segundo aos seguintes grupos: DOENÇASOCUPACIONAIS 21 Classe de risco 1 - Baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa probabilidade de causar doença ao ser humano. Classe de risco 2 - Risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Classe de risco 3 - Risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Classe de risco 4 - Risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Práticas laborais e exposição de alguns agentes Para exemplificar a importância de conhecermos esses agentes ou fatores de risco nos locais de trabalho assista ao vídeo e reflita sobre a realidade das práticas laborais e exposição a alguns agentes conhecidos. Veja os vídeos a seguir: Assista ao vídeo a seguir, que mostra a exposição à sílica e a prevalência da silicose no Brasil. https://www.youtube.com/watch?v=ZBcStXYwALI Assista ao vídeo a seguir, que mostra os benefícios da implementação das pausas durante a jornada de trabalho em frigoríficos avícolas. https://www.youtube.com/watch?v=BYHel1oZ62o DOENÇAS OCUPACIONAIS 22 Assista ao vídeo a seguir, que mostra os principais conceitos de biossegurança e saiba mais sobre os riscos presentes em laboratórios de saúde. https://www.youtube.com/watch?v=Of-Cn7jWNSc Aprenda Mais Material complementar Para saber mais sobre os agentes e riscos ocupacionais, leia os materiais: Classificação de Riscos dos Agentes Biológicos, Biossegurança em Saúde: Prioridades e Estratégias de Ação disponível em nossa biblioteca virtual. DOENÇAS OCUPACIONAIS 23 Referências BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho: Portaria N.1339/GM, de 18 de novembro de 1999. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_t rabalho_2ed_p1.pdf http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port99/GM/GM- 1339.html . Acesso em: 20 jan. 2015. BRASIL. Lei 8213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os planos de benefícios de previdência social e dá outras providencias. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.h. Acesso em: 19 jan. 2015. BRASIL. Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978. NR - 5. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. In: Segurança e Medicina do Trabalho. 29. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 489 p. (Manuais de legislação, 16). BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Classificação de risco dos agentes biológicos / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Ciência e Tecnologia. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006. 36 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/classificacaoderi scodosagentesbiologicos.pdf. Acesso em: 02 fev. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.914, de 11 de agosto de 2011. Aprova a Classificação de Risco dos Agentes Biológicos elaborada em 2010, pela Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS), do Ministério da Saúde. Disponível em: DOENÇAS OCUPACIONAIS 24 ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2011 /iels.ago.11/Iels151/U_PT-MS-GM-1914_110811.pdf. Acesso em: 02 fev. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Biossegurança em saúde: prioridades e estratégias de ação / Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 242 p.: il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/biosseguranca_saude_p rioridades_estrategicas_acao_p1.pdf. Acesso em: 02 fev. 2015. MENDES, René (Org.). Patologia do trabalho. Ed. atual. e ampl.). Rio de Janeiro: Atheneu, 2003. v. 1 e 2. OLIVEIRA, Patrícia Pereira Vasconcelos de. Fatores de risco para leptospirose como doença ocupacional em surto no interior do Ceará: estudo de caso controle. 2012 f. 58. Dissertação (Mestrado Profissional em Epidemiologia Aplicada ao Serviço de Saúde) – Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública, Brasília, 2012. DOENÇAS OCUPACIONAIS 25 Exercícios de fixação Questão 1 A exposição a agentes patogênicos e riscos ocupacionais é condição para a determinação de algumas doenças relacionadas ao trabalho. Está correta a alternativa abaixo que correlaciona o agente etiológico e a situação do ambiente ou processo de trabalho que proporciona a condição de exposição ocupacional: a) Serviços de saúde de emergência, utilização de Raio X industrial – Agente físico – Ruído. b) Fundição, fábrica de vidros, fornalhas, construção civil – Agente físico – Calor. c) Pirólise de plásticos – Agente químico – Ácido sulfídrico. d) Mineração de carvão – Agente químico – Asbesto. e) Solda elétrica, trabalhos ao sol, construção civil – Agente físico – Radiação ionizante. Questão 2 “O manejo do ambiente ocupacional em relação às medidas preventivas para minimizar ou evitar as exposições aos agentes etiológicos existentes nas diferentes ocupações deve considerar o controle desses agentes para evitar sua liberação ou propagação no ambiente, isolá-lo ou diluí-lo e, por fim, evitar as vias de entrada no organismo humano”. Sobre a sentença conclui-se: a) É falsa, pois não existe tecnologia disponível para promover as ações mencionadas para que sejam efetivas as medidas de controle propostas. b) É parcialmente falsa, pois nem todos os tipos de agentes nocivos ou riscos ocupacionais identificados nas atividades produtivas até o momento no Brasil podem ser alvo das medidas de controle enunciadas. c) É verdadeira, pois a finalidade principal das tecnologias de controle através de técnicas adequadas existentes é promover a minimização dos riscos aliada à proteção individual e coletiva dos trabalhadores. DOENÇAS OCUPACIONAIS 26 d) É verdadeira na medida em que a Ergonomia, área relacionada ao controle dos riscos ocupacionais, disponibiliza métodos de engenharia eficazes na promoção do isolamento ou minimização dos riscos de todos os tipos. e) É falsa, pois eliminar, reduzir ou prevenir a nocividade dos agentes e condições de risco ocupacionais não é possível quando tratamos das doenças do tipo tecnopatias. Questão 3 Ao observarmos o quadro relativo à LISTA A dos agentes etiológicos e/ou fatores de riscos ocupacionais apresentados nesta aula e a grande diversidade de doenças casualmente relacionadas a eles, podemos inferir que: a) A identificação dessas patologias associadas a cada agente já estabelece, por si só, mediante o diagnóstico médico, a relação com o processo produtivo desempenhado pelo trabalhador, lhe assegurando benefícios trabalhistas e previdenciários. b) Cada agente ou fator de risco enunciado só pode estar associado a cadauma das doenças listadas quando da ocorrência de longa duração do trabalho (seja relativo às jornadas laborais ou início da atuação do trabalhador na atividade). c) A multiplicidade de doenças causalmente relacionadas a cada agente demonstra que cada “causa” pode ocasionar múltiplos “efeitos”, denota a complexidade e importância da avaliação do nexo de causalidade e que ainda precisam ser lembrados os demais determinantes do processo saúde-doença. d) Os tipos de agentes com maior grau de nocividade ou periculosidade são os relacionados aos grupos de patologias do CID-10 relacionadas que sabidamente possuem maior letalidade entre os trabalhadores. e) Determinadas atividades ou ocupações podem ser mais arriscadas quando promove exposição, por maior tempo e quantidade. É o caso daquelas causadas por exposição aos agentes químicos. Questão 4 O programa de televisão semanal Fantástico, da rede Globo, transmitiu em 29 de janeiro de 2012 matéria sobre o uso de formol em salões de beleza para o DOENÇAS OCUPACIONAIS 27 alisamento dos cabelos. Na referida matéria, explicavam que a substância química tem a venda controlada e a liberação estipulada pela ANVISA com uma dosagem máxima de 0,2% do formol na composição dos produtos para tornar os fios mais lisos, funcionando nessa quantidade apenas como conservante e não causando danos à saúde. Essa medida é uma acao de proteção à saúde da população e dos profissionais de beleza que estão diariamente expostos à substância mencionada e os efeitos que causa. Está incorreto dizer que: a) Trata-se de um agente químico, o formaldeído é um gás, produzido e utilizado mundialmente em muitas atividades econômicas, porém não há comprovação de seus efeitos nocivos à saúde do trabalhador. b) Tem toxicidade elevada por ser solúvel em água e rapidamente absorvido no trato respiratório e gastrointestinal e metabolizado, e também causa doenças de pele apesar de ser mais difícil penetração pela derme. c) Pode causar danos e lesões celulares através da intoxicação, seja por exposição única ou repetida dependendo da concentração. d) Está entre os riscos ocupacionais da indústria de papel e produtos de madeira, assim como em atividades de analises histopatológicas. e) Também está vinculado a exposições não ocupacionais como, por exemplo, o caso do tabagismo. Questão 5 A Leptospirose (A27) doença transmitida através de bactérias do gênero Leptospira, pode estar associada a atividade laboral rural, principalmente àquelas relacionadas ao cultivo de grãos e cereais. Segundo estudo realizado por Oliveira (2012), em 2008 no município de Várzea Alegre/CE ocorreu um surto de leptospirose em agricultores envolvidos com o cultivo de arroz, com a notificação de 350 casos suspeitos de leptospirose em agricultores de arroz e uma investigação foi realizada para identificar os fatores de risco mostrando que estavam relacionados à atividade ocupacional e ao não uso de roupas de proteção individual e exposição prolongada ao ambiente de trabalho. No Brasil, as medidas de prevenção e controle em relação à profilaxia vêm sendo discutidas no âmbito do Programa Nacional de Controle da DOENÇAS OCUPACIONAIS 28 Leptospirose, como: uso de luvas, botas e outras vestimentas à prova de água, além do conhecimento a respeito dos riscos aumentados na presença de ferimentos na pele. O estudo concluiu que a maioria dos casos estava associada à exposição ocupacional. Assim, o autor afirma ser imprescindível investir na detecção precoce dos riscos, tratar oportunamente os acometidos e manter a vigilância em alerta nas fases de maior exposição, e ainda considerar a profilaxia laboral com vacina específica, não utilizada no cenário brasileiro. Podemos afirmar que este caso demonstra: a) Que o uso de EPIs nesse caso específico da atividade rural pouco oferece proteção aos trabalhadores. b) Que a atuação da segurança e saúde do trabalhador é importante, mas que a rede de atenção à saúde é a principal responsável em proteger o trabalhador acometido antes mesmo do momento do diagnóstico. c) Que a liberação da vacinação como medida protetora dos profissionais poderia ter evitado o surto notificado no município estudado, sendo a única medida segura e efetiva contra a exposição ocupacional relatada. d) A importância do conhecimento a respeito dos agentes etiológicos, condições de risco, características, condições e meios de execução do trabalho, além do papel essencial das notificações dos agravos para deflagrar as medidas de inspeção sanitária e investigação epidemiológica a princípio. e) A fragilidade dos dados do estudo comentados, pois 350 casos de notificação de Leptospirose no município podem caracterizar surto mas não podem ser associados à exposição ocupacional por não ser comprovado este agente biológico no processo de trabalho referido. DOENÇAS OCUPACIONAIS 29 Lei Federal nº 8.213/91: O Artigo 20: consideram-se acidentes do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: Aula 4 Exercícios de fixação Questão 1 - B Justificativa: Segundo MS, o calor como agente nocivo classificado como agente físico que causa risco a saúde dos trabalhadores que atuam, sobretudo, em processos produtivos de indústrias de fundição, fábricas de vidros, atividades em que se operam fornalhas e na construção civil. Questão 2 - C Justificativa: A higiene ocupacional, definida pela OIT em 1998 como “... a ciência da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de fatores de riscos que ocorrem no local de trabalho ou dele provém, e podem prejudicar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, também levando em consideração o possível impacto nas comunidades adjacentes e no meio ambiente em geral”, é a área que se ocupa desse campo através da atuação de profissionais especializados no estudo e no gerenciamento das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos, por meio de ações de antecipação, reconhecimento, avaliação e controle das condições e locais de trabalho. Questão 3 - C Justificativa: A determinação do nexo de causalidade é condição essencial para a conclusão da determinação do acidente de trabalho, na concepção mais abrangente das doenças ocupacionais. Consiste na vinculação entre a causa (execução do trabalho) e o efeito (acidente ou doença ocupacional), e na realidade a relação é bidirecional e múltipla entre fatores e agentes versus DOENÇAS OCUPACIONAIS 30 doenças ou agravos à saúde, sendo complexa, porém essencial, a diferenciação entre doenças comuns que afetam a população em geral, também os trabalhadores, e as ocupacionais ou relacionadas ao trabalho em si. Questão 4 - A Justificativa: A Anvisa, mediante RDC nº 162, de 11 de setembro de 2001, estabeleceu que o uso do formol é permitido apenas como conservante na concentração de 0,2% e como endurecedor de unhas na concentração de 5%. O uso do formol foi proibido em produtos de limpeza (detergentes, desinfetantes, alvejantes e demais materiais saneantes – RDC nº 35, de 03 de junho de 2008), baseados no artigo 5º da Resolução nº 184, de 22 de outubro de 2001, que proíbe o uso de substâncias carcinogênicas, terotogênicas e mutagênicas nas formulações de produtos saneantes. Sua venda também é proibida em drogarias, farmácias, supermercado, armazém e empório, loja de conveniência e drugstore. A infração das diversas resoluções referentes ao agente químico, como prevê a lei específica, configura infração sanitária. O limiar de exposição ocupacional diária permitido no Brasil é de 1,6 ppm (2mg/m³) até 48h/semanae o dos Estados Unidos, por exemplo, é de 0,75 ppm em 8h (1mg/m³). A finalidade dessa atuação da ANIVSA foi de restringir o acesso da população ao formol, coibindo o desvio de uso do formol como alisante capilar, protegendo a saúde de profissionais cabeleireiros e consumidores. Dados recebidos pela Anvisa mostram que as notificações de danos causados por produtos para alisamento capilar triplicaram no 1º semestre de 2009 em comparação com todo o ano de 2008, sendo que na maioria dos casos há suspeita do uso indevido de formol (e também de glutaraldeído) como substâncias alisantes. Questão 5 - D Justificativa: Grupo 25 da LISTA A, agentes como Microorganismos e parasitas infecciosos vivos e seus produtos tóxicos (Exposição ocupacional ao agente e/ou transmissor da doença, em profissões e/ou condições de trabalho especificadas) podem causar a Leptospirose (A27).
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