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O Preconceito Linguístico é aquele gerado pelas diferenças linguísticas existentes dentre de um mesmo idioma.
De tal maneira, está associado as diferenças regionais desde dialetos, regionalismo, gírias e sotaques, os quais são desenvolvidos ao longo do tempo e que envolvem os aspectos históricos, sociais e culturais de determinado grupo.
O preconceito linguístico é um dos tipos de preconceito mais empregados na atualidade e pode ser um importante propulsor da exclusão social.
Segundo Marcos Bagno, professor linguista e filólogo, na obra “Preconceito Linguístico não existe uma forma “certa” ou “errada” dos usos da língua e que o preconceito linguístico, gerado pela ideia de que existe uma única língua correta (baseada na gramática normativa), colabora com a prática da exclusão social.
No entanto, devemos lembrar que a língua é mutável e vai se adaptando ao longo do tempo de acordo com ações dos falantes.
Além disso, as regras da língua, determinada pela gramática normativa, não inclui expressões populares e variações linguísticas, por exemplo as gírias, regionalismos, dialetos, dentre outros.
· Preconceito socioeconômico
Entre todas as causas, talvez seja a mais comum e a que traga consequências mais graves. Isso se deve ao fato de membros das classes mais pobres, pelo acesso limitado à educação e cultura, geralmente, dominarem apenas as variedades linguísticas mais informais e de menor prestígio.
· Preconceito regional
Junto ao socioeconômico, é uma das principais causas do preconceito linguístico. São comuns casos de indivíduos que ocupam as regiões mais ricas do país manifestarem algum tipo de aversão ao sotaque ou aos regionalismos típicos de áreas mais pobres.
· Preconceito cultural
No Brasil, há uma forte aversão por parte da elite intelectual à cultura de massa e às variedades linguísticas por ela usadas. Isso fica evidente, por exemplo, na música.
Por muito tempo, o sertanejo e o rap foram segregados no cenário cultural por serem oriundos de classes menos favorecidas (muitas vezes, sem acesso à educação formal) e que se utilizam de uma linguagem bastante informal (a fala do “caipira” ou de um membro de uma comunidade em um grande centro.
Ambos são estilos musicais extremamente ricos e são parte importantíssima da identidade cultural de milhões de pessoas.
· Racismo
No Brasil, elementos da cultura negra ainda são segregados por uma parcela da população. Isso se reflete na linguagem, por exemplo, no significado de palavras de origem africana, como “macumba”, que, no Brasil, é ligada a satanismo ou feitiçaria, mas, na verdade, é um instrumento de percussão usado em cerimônias religiosas de origem africana.
· Homofobia
É comum que gírias ou expressões sejam rotuladas como específicas da comunidade LGBT e, consequentemente, repudiadas por aqueles que possuem aversão a esse grupo social. Basta se lembrar da polêmica em torno de uma questão da prova do Enem de 2018 que versava sobre o pajubá (provenientes de línguas africanas ocidentais, muito usado pelo chamado povo do santo, praticantes de religiões afro-brasileiras como candomblé, e também pela comunidade LGBT.).
Fontes: https://www.todamateria.com.br/preconceito-linguistico/https://pt.wikipedia.org/wiki/Pajub%C3%A1https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/preconceito-linguisticohttp://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/preconceito-linguisticohttps://www.todoestudo.com.br/portugues/preconceito-linguisticohttps://brasilescola.uol.com.br/portugues/preconceito-linguistico.htm

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