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INFANCIA E SUA LINGUAGEM

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INFANCIA E SUA LINGUAGEM
 A criança desde o momento do seu nascimento é envolvida por um universo de linguagens, dentre as quais está fundamentalmente a linguagem verbal. Essa questão pode ser verificada a partir de palavras usadas a princípio com o objetivo de mostrar o sentimento de carinho sentido pela mãe, pai, tias, avós, e por todos aqueles que usam as palavras para se comunicar com a criança.
 Nesse processo de aquisição da linguagem verbal, vai se exigindo mais da criança, à medida que as palavras são pronunciadas por ela para designar objetos que nem sempre corresponde ao significado da palavra. Quando a criança começa a falar, por exemplo, as palavras au-au, aprendida como signo para representar o animal cachorro, no início do uso da fala, essas palavras são usadas também, como signo a todo objeto compreendido na lógica da criança como correspondente a esse termo. No entanto, com sucessivos problemas enfrentados pela criança com relação ao significado, a compreensão dessas palavras vai se modificando à medida que as funções mentais da criança estão cada vez mais desenvolvidas.
 Para Vigotski (2000) o estudo do desenvolvimento humano parte do princípio de que todos os fenômenos mentais devem ser estudados de forma unitária, isto é, compreendido em um sistema dialético do pensamento e das atividades realizadas, uma vez que nenhum aspecto mental deve ser analisado isoladamente.
 O pensamento na infância
 Para Vigotski (2000, p. 66-67) “[...] o conceito não é uma formação isolada, fossilizada e imutável, mas sim uma parte ativa do processo intelectual, constantemente a serviço da comunicação, do entendimento e da solução de problemas”. Embora o processo aconteça desde a infância, o conceito é uma função psicológica superior que só apresenta condições para ser real a partir da adolescência, já que nesse período inúmeras outras funções mentais estão desenvolvidas. Em relação ao pensamento por complexo, Vigotski (2000) ressalta que nesse estágio, a criança não mais faz generalizações incoerentes, ela começa a articular seguindo uma certa relação objetiva entre os objetos, as coisas, as pessoas. O que marca nesse tipo de pensamento é a formação de grupos a partir de contrastes, sobretudo de diferenças. Nesse sentido, durante a formação do pensamento existem duas fases: a de abstração e a de conceitos potenciais. Vigotski, na passagem a seguir, esclarece que a fase de abstração aparece nas primeiras formas de pensamento da criança.
 A comunicação da criança no espaço escolar
A criança no espaço escolar, certamente, vivenciará questões bem mais desafiadoras do que se estivesse fora dele. Isso acontece, porque a escola é o local formal, social e culturalmente destinado ao desenvolvimento de todas as dimensões da criança, seja em âmbito intelectual, social, afetivo e emocional, pois a ação educativa das crianças na escola confere ao professor a responsabilidade de ensiná-las a adquirir novos conhecimentos. O aprendizado escolar induz o tipo de percepção generalizante, desempenhando assim um papel decisivo na conscientização da criança dos seus próprios processos mentais.
 Segundo Luria apud Facci (2004) a comunicação exige da linguagem falada pela criança uma reorganização de seu pensamento, isto é, das suas funções mentais, conduzindo-a progressivamente a organização psicológica da criança. Enfatizamos a contribuição da comunicação em todos os ambientes, pois para a criança que desde tenra idade enfrenta situações comunicativas, o importante para sua formação e desenvolvimento será a possibilidade de se deparar com tais situações linguísticas Por isso, seja qual for o tempo e o espaço de comunicação, está sempre estará a serviço da formação intelectual da criança.
 Referências 
FACCI, M. G. D. Valorização ou esvaziamento do trabalho do professor? Um estudo crítico-comparativo da teoria do professor reflexivo, do construtivismo e da psicologia vigotskiana. Autores associados: Campinas-SP, 2004.
VIG http://www.brasilescola.comOTSKI, L. S. Pensamento e linguagem. Martins Fontes: São Paulo, 2000.

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