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Paper- Êmily, Ana, Juliana

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Infância e Suas Linguagens
 Anna Beatriz da Silva
 Êmily Caroline Venâncio dos Santos
 Juliana Maria de Lemos Silva
 Josiane Maria Pontes da siva
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo analisar e relatar a infância e suas linguagens na educação infantil as diferentes aprendizagens que se dão por meio sucessivos nas reorganizações do conhecimento, e este processo e protagonizado pelas crianças. Para compreender tal questão proposta neste artigo, faz-se necessário uma análise dos documentos relacionados ao direito das crianças e seu atendimento na educação infantil, que garantem a qualidade de atendimento e educação para as crianças, por meio das múltiplas linguagens, de forma que estes são sempre revistos e renovados, de acordo com as necessidades sociais, que estão sempre em mudança e obtendo novos conhecimentos à respeito das crianças, bem como seu desenvolvimento da educação infantil e ainda as várias formas de expressões dos mesmos. A metodologia utilizada na realização da pesquisa em primeiro momento através da revisão de Literaturas, releitura de textos e matérias já estudadas e aprofundamento dos conhecimentos teóricos. Utilizou-se também a pesquisa bibliográfica: através de pesquisas realizadas via internet, revistas e livros. Por vezes quando falamos em linguagem é comum remetermos à linguagem verbal e escrita, igualmente fundamental para o desenvolvimento infantil, no entanto, algumas professoras acabam priorizando essas duas formas de linguagem na educação das crianças, em detrimento de outras, privando-as de novas vivências, novas experiências que ampliem seus conhecimentos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Desde o momento do seu nascimento a criança é envolvida por um universo de linguagens, dentre as quais está fundamentalmente a linguagem verbal. Essa questão pode ser verificada a partir de palavras usadas a princípio com o objetivo de mostrar o sentimento de carinho sentido pela mãe, pai, tias, avós, e por todos aqueles que usam as palavras para se comunicar com a criança. Nesse ambiente de falantes, a criança logo procura recursos que a façam ser também compreendida pelos seus interlocutores. 
 Vigotski (2000) a comunicação representa a função primordial da fala, o que nos leva a acreditar em pesquisas que apontam crianças com poucos meses de nascimento já sentirem a necessidade de fazerem uso de recursos comunicativos. Portanto, ao passo que a criança vai conseguindo emitir sons, cada vez mais, é bombardeada de estímulos sonoros, no caso, a fala das pessoas que a cerca, impulsionando-a a repetir as palavras ouvidas e conseguindo fazer uso da fala, aos poucos a criança vai utilizar as palavras como instrumento para a comunicação.
  Nesse processo de aquisição da linguagem verbal, vai se exigindo mais da criança, à medida que as palavras são pronunciadas por ela para designar objetos que nem sempre corresponde ao significado da palavra. É nesse clima de descoberta que as palavras passam a fazer parte do vocabulário infantil em um permanente movimento, como ressalta Vygotsky:  (2000, p. 91)  “Se seguirmos a história de uma palavra em qualquer idioma, veremos, por mais surpreendente que possa parecer à primeira vista, que os seus significados se transformam, exatamente como acontece com o pensamento infantil”. Quando a criança começa a falar, as palavras aprendida como signo para representar o animal cachorro, no início do uso da fala, essas palavras são usadas também, como signo a todo objeto compreendido na lógica da criança como correspondente a esse termo. 
 Para isso, ela precisa contar com as interações comunicativas com pares mais experientes, adultos do convívio diário, bem como, crianças com capacidades cognitivas superiores as suas forma, para que possamos discorrer sobre o processo mental da criança no uso das palavras na infância, levando em consideração a necessidade sentida por ela de se comunicar, optamos como referência nesse trabalho a corrente sócio histórica, representada pelas ideias de Vygotsky. 
 Para Vygotsky (2000) o estudo do desenvolvimento humano parte do princípio de que todos os fenômenos mentais devem ser estudados de forma unitária, isto é, compreendido em um sistema dialético do pensamento e das atividades realizadas, uma vez que nenhum aspecto mental deve ser analisado isoladamente. 
 Na compreensão de Vygotsky toda situação exercida pela criança, seja no ato de brincar, de dançar, de cantar e de conversar, são desencadeados concomitantemente vários processos mentais. Entendimento compartilhado por Machado (2004) quando enfatiza que é através de variadas interações social, em situações comunicativas, que a criança desenvolve seus processos psicológicos. 
 Nesse sentido, a fim de compreender os processos psicológicos da criança quanto a necessidade desta se fazer entendida, que discorreremos um pouco mais sobre a teoria da formação de conceitos nas seções posteriores deste texto. Para Vygotsky (2000, p. 66-67) “[...] o conceito não é uma formação isolada, fossilizada e imutável, mas sim uma parte ativa do processo intelectual, constantemente a serviço da comunicação, do entendimento e da solução de problemas”.
Com base nessa afirmativa, devemos mencionar que o conceito se trata de um processo mental que tem suas origens na infância, nesse caso, desde tenra idade a criança começa o seu processo de construção de conceitos. Embora o processo aconteça desde a infância, o conceito é uma função psicológica superior que só apresenta condições para ser real a partir da adolescência, já que nesse período inúmeras outras funções mentais estão desenvolvidas. Mas, enquanto a criança se encaminha para essa etapa da vida, a linguagem verbal será a principal mediadora para a formação dos conceitos na infância.
 Portanto, a formação dos conceitos acontece de forma evolutiva e gradual, apresentando-se nessa trajetória, com traços bem específicos, caracterizados pelo pensamento sincrético, pensamento por complexos, depois desencadeando para os conceitos científicos. No momento em que 
“[...] a criança tende a misturar os mais diferentes elementos em uma imagem desarticulada, por força de alguma impressão ocasional” (VYGOTSKY 2000, p. 74) está manifestando um pensamento sincrético. 
 Desse pensamento os primeiros problemas enfrentados pela criança para se fazer entendida na linguagem verbal, em parte, são solucionados, pois, em algumas situações, tanto adultos como criança fazem uso de mesmas palavras para designar um objeto, embora com compreensões diferenciadas formadas sobre esse objeto. Para elas, alguns objetos podem, de pronto, denotar outros, substituindo-os e tornando-se seus signos 
[...] O mais importante é a utilização de alguns objetos como brinquedo e a possibilidade de executar, com eles, um gesto representativo. Essa é a chave para toda a função simbólica do brinquedo nas crianças [...] (VYGOSTKY, 1998, p. 143). 
 Craidy; Kaercher (2001) apontam que as atividades artísticas realizadas pelas crianças devem ter a mediação do professor: O professor deve apresentar os mais variados tipos de suportes planos para os trabalhos bidimensionais: papéis e folhas de plástico, pedaços de lixas, tecidos, etc. Mesmo que o trabalho seja desenho ou pintura, podemos explorar superfícies de objetos tridimensionais como: balões, caixas de ovos, caixas diversas, objetos industriais.
 [...] (CRAIDY; KAERCHER, 2001, p. 111). Para uma utilização adequada por parte dos alunos, o professor deve fazer um bom uso dos materiais disponíveis, variando os objetos que serão utilizados para que suas atividades não se tornem cansativas, tanto para si próprias, quanto para os alunos. Deve começar a explorarvariações de todos os tipos, não apenas em relação ao material, mas principalmente ao espaço. 
 O desenvolvimento da linguagem escrita, segundo Vygotsky (1998) se dá pelo deslocamento do desenho de coisas, para o desenho de palavras. Na verdade, o segredo do ensino da linguagem escrita é preparar para organizar adequadamente essa transição de maneira natural. Após ser alcançado esse processo, a criança passa a dominar o princípio da linguagem escrita, desta forma, é necessário aperfeiçoá-la. Portanto, para ser alfabetizada, a criança precisa querer aprender a ler e escrever, no entanto, é indispensável ressaltar que é o professor quem deve mediar esse processo, e não abrir mão disso, sendo preciso competência e responsabilidade.
 Enfim, é a própria criança que abre a porta para a alfabetização e para que isto aconteça é fundamental que a mesma perceba sua utilização no seu cotidiano. No entanto, o professor deve ser o mediador desse processo. 
Vygostky (1998) afirma que “A linguagem escrita é constituída por um sistema de signos que designam os sons e as palavras da linguagem falada, os quais, por sua vez, são signos das relações e entidades reais [...]”. Assim, o domínio de um complexo sistema de símbolo não pode ser alcançado de forma externa e mecânica. Ele ainda ressalta que esse domínio é o maior ponto do processo de desenvolvimento das funções comportamentais complexa.
A criança participa e é inserida na vida social à medida que aprende a comunicar-se, fazendo uso de diferentes linguagens para se expressar, nas mais diversas situações cotidianas. Por isso, na Escola Espaço Natural, oferecemos diversas experiências, pois, reconhecemos que as crianças, desde pequenas, devem ser instigadas a observar fenômenos, relatar acontecimentos, formular hipótese e compartilhar conhecimentos.
Na Educação Infantil, além de ser importante para a formação do sujeito, o trabalho com a linguagem é essencial para a interação das crianças, tanto na orientação das suas ações cotidianas como na construção de conhecimentos e no desenvolvimento do pensamento. É nessa fase que se consegue perceber o desenvolvimento das capacidades da criança de expressar-se e comunicar-se, utilizando a própria linguagem ou outra do meio em que vive. O trabalho com a linguagem oral na educação infantil deve ser desenvolvido visando tornar práticas recorrentes no espaço escolar com atividades de contar histórias, cantar, repetir canções ou parlendas, ensaiar para apresentações etc.
 Em vista disso, a Educação Infantil deve propiciar um ensino de linguagem escrita que a criança consiga” compreender não só o que a escrita representa, mas também de que forma ela representa graficamente a linguagem”.
http://escolaespaconatural.com.br/linguagem-na-educacao-infantil/
3. METODOLOGIA
Este trabalho tem por objetivo analisar e relatar a infância e suas linguagens na educação infantil as diferentes aprendizagens que se dão por meio sucessivos nas reorganizações do conhecimento, e este processo e protagonizado pelas crianças. Por vezes quando falamos em linguagem é comum remetermos à linguagem verbal e escrita, igualmente fundamental para o desenvolvimento infantil, no entanto, algumas professoras acabam priorizando essas duas formas de linguagem na educação das crianças, em detrimento de outras, privando-as de novas vivências, novas experiências que ampliem seus conhecimentos. A linguagem oral é um dos eixos norteadores da ação pedagógica com crianças. É por meio da linguagem que a criança se comunica e interage com o mundo ao seu redor constituindo-se e desenvolvendo-se. Sabemos que a criança é constituída de múltiplas linguagens, por isso, não focaremos essa discussão na linguagem oral, e sim nas possibilidades de desenvolvimento e ampliação dessa linguagem na criança. A linguagem oral faz parte do cotidiano das crianças e dos adultos, logo, está presente, na instituição de educação infantil e na vivência das crianças com suas famílias. As crianças falam umas com as outras, os adultos se comunicam entre si e com as crianças, transmitem ideias, vontades, sentimentos.
	 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Pensamos que todas as formas de linguagens são ricas e possíveis no trabalho com a educação infantil, possibilitam uma gama de novas vivências e de novas experiências que ampliam com veemência o repertório cultural das crianças, oportunizando diversas interações dela com as obras, com o material utilizado e com seus pares. Muitas vezes nós educadoras nos prendemos a rotina idealizada, com atividades propostas a crianças idealizadas, em um espaço idealizado, desconsiderando a realidade de nosso cotidiano e de nossas crianças. Não querendo ver o que é visível. Isso acarreta em projetar nas crianças aquilo que elas não são e desconstruir isso acaba sendo um caminho difícil, porém, necessário. A educação vem avançando e superando desafios no que tange o trabalho com as múltiplas linguagens presentes na educação das crianças. Esperamos num tempo não muito distante uma pedagogia que trabalhe no cotidiano das crianças por meio das brincadeiras e as múltiplas linguagens possíveis: musical, plástica, corporal, dramática, oral, proporcionando as crianças à construção de suas identidades da forma mais rica possível. A medida que o educador pensa em sua ação pedagógica, há uma preocupação também com os materiais a serem utilizados, bem como a realidade pela qual a instituição está inserida. Faz-se necessário que ao definir o espaço a ser utilizado, o educador pense na estratégia de utilização, e nas atividades que irá desenvolver habilidades afetivas, cognitiva e social.
REFERÊNCIAS
CRAIDY, Carmem Maria; KAERCHER, Gládis E. P. da Silva. Educação Infantil. Pra que te quero? Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
http://escolaespaconatural.com.br/linguagem-na-educacao-infantil/
MACHADO, M. L. A. Educação infantil e sócio-interacionismo. In: OLIVEIRA, Z.M.R. (Org.). Educação infantil: muitos olhares. São Paulo, 2004.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
Anna Beatriz da Silva/ Caroline Venâncio dos Santos/ Juliana Maria de Lemos Silva
Josiane Maria Pontes da Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (PED4391) – Prática do Módulo I - 15/06/2021

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