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O processo de enfermagem PE é o instrumento metodológico específico da enfermagem, que possibilita verificar o raciocínio clínico e monitorar as ações implementadas única e exclusivamente pelo enfermeiro, profissional a quem é incumbida a liderança na execução e avaliação do PE. O formato de investigação empregado pelos enfermeiros deve ser capaz de direcionar a coleta de dados para as respostas humanas, que variam da condição da pele e da função urinária até a saúde espiritual e a capacidade de autocuidado. A investigação (anamnese e exame físico) é a primeira fase do processo de enfermagem, ou seja, é o primeiro passo para a determinação do estado de saúde do paciente. Essa fase consiste na coleta de informações referentes ao estado de saúde do indivíduo, da família e da comunidade (definidos de acordo com a teoria de enfermagem utilizada como marco conceitual), com o propósito de identificar as necessidades, os problemas, as preocupações e as reações humanas destes. Portanto, torna-se imprescindível que as informações coletadas sejam o mais precisas e fidedignas possível, para que seja estabelecido o perfil de saúde ou de necessidades do paciente. Os dados referentes ao estado de saúde do paciente são investigados de maneira direta ou indireta. Os dados diretos são aqueles coletados diretamente do paciente, por meio da anamnese e do exame físico. Os dados indiretos são aqueles obtidos por meio de outras fontes como, por exemplo, familiares ou amigos, prontuários de saúde, registros de outros profissionais da equipe multiprofissional, resultados de exames laboratoriais, entre outras. • Dados objetivos (Sinais): Referem-se ao que é observável, os dados objetivos oferecem suporte aos dados subjetivos. Sinal vem do latim “signalis”, que significa manifestação, indício ou vestígio. Os sinais são manifestações clínicas visíveis e perceptíveis pelo profissional, através de seus sentidos naturais. • Dados subjetivos (Sintomas): Referem-se ao que os indivíduos afirmam. Sintoma origina-se do grego “sympitien”, que significa acontecer. São manifestações subjetivas percebidas pelo paciente e relatadas ao profissional. O termo anamnese vem do grego “anamnésis”, que significa recordação, reminiscência e indica tudo o que se refere à manifestação dos sintomas da doença, desde suas manifestações prodrômicas (do início da doença) até o momento do exame. • Anamnese livre • Anamnese dirigida A identificação do paciente pode ser realizada tanto pelo profissional, como por pessoal auxiliar. É recomendado, sempre que possível, que os elementos de identificação sejam tomados por um auxiliar antes que o paciente entre em contato com o profissional. Tal prática permite que se tenha uma primeira noção de quem atenderá, facilitando entabular aquela conversa inicial tão importante para o relacionamento profissional/paciente. • Nome: o nome completo do paciente, além de permitir o arquivamento do prontuário, estabelece uma relação afetiva e de confiança do paciente para com o examinador. • Endereço: o endereço completo, inclusive com o telefone, é uma necessidade para garantir comunicação imediata com o paciente, em casos de complementação de informações, mudança de horário de consulta, cancelamento ou qualquer outro tipo de contato urgente. • Idade: é importante o conhecimento da idade, pois existem certas doenças que incidem com maior frequência em determinadas faixas etárias. Por exemplo, a ocorrência de cárie dentária é mais frequente na infância e puberdade, ao passo que a doença periodontal é característica da idade adulta. • Estado Civil: deve ser referido com veracidade o solteiro, o casado, o viúvo, o desquitado e o divorciado, principalmente no que diz respeito a problemática psicológica que poderá intervir conforme o estado civil. "Indivíduos de ambos os sexos, conforme o estado civil", poderão apresentar conflitos emocionais decorrentes de vida instintiva sexual ou erótica, e também, as decorrentes da vida intelectual em seus múltiplos aspectos: ideal, vocação, econômico financeiro, relação com o meio familiar, social e profissional “Vieira Romeiro, J. – Semiologia médica ". • Sexo: existe predileção de certas doenças por um dos sexos. O sexo feminino é mais predisposto à ulceração aftosa recorrente e ao hiperparatireoidismo; a paracocidioidomicose, ao contrário, predomina intensamente no sexo masculino. • Cor: há determinadas afecções mais comuns de acordo com a raça. Carcinomas de pele são mais frequentes em indivíduos de cor clara. As displasias fibrosas são mais comuns em negros. • Profissão: Certas profissões podem predispor o indivíduo a determinadas doenças. Assim, os confeiteiros, em virtude da impregnação do ambiente por poeiras amiláceas, estão sujeitos a surtos de cáries atípicas que se instalam em regiões do dente relativamente imunes ao processo (cárie de confeiteiro). A queilite actínica e os carcinomas da pele da face são freqüentes em lavradores, marinheiros e pescadores, particularmente nos portadores de tez clara. • Queixa Principal ( QP) • História da Doença Atual ( HDA) • História Patológica Pregressa ( HPP) • História Fisiológica ( Hfis) • História Familiar (HF) • História Social (HS) É a denominação que se dá à análise global do doente; é , também , chamada de ectoscopia (visão do que está por fora). • Avaliar o estado de consciência • Peso • Altura • Biotipo • Atitude ( ortopneica, cócoras, genutopeitoral) • Marcha ( atáxica, parética, cerebelar) • Fala • Movimentos involuntários • Pele • Avaliar o estado de consciência • Avaliar a Via Aérea • Avaliar a Ventilação • Avaliar a Circulação • Estabelecer prioridades por pacientes QUAL OBJETIVO? ABC ou CAB? • SINAIS VITAIS • SAMPLER • OPQRST • EXAME FÍSICO DETALHADO O enfermeiro deverá comprovar se os dados coletados estão corretos, comparando-os com valores normais ou com valores padrões, ou seja, verificar se a informação coletada é factual e completa, no intuito de evitar erros na identificação dos problemas ou deixar de coletar dados importantes, não fazer presunções, entre outros aspectos. • Os dados da situação de saúde do paciente devem ser agrupados em conjuntos de informações relacionadas, mantendo-se o enfoque de enfermagem e aproximando-se os padrões de resposta e funcionamento humanos. • O agrupamento de dados é um princípio do pensamento crítico que exige do enfermeiro a realização de julgamentos com base em evidências e que favorece sua capacidade de ter uma visão clara da situação de saúde. A capacidade do enfermeiro para detectar os indicadores significativos, que são os dados subjetivos e objetivos identificados, e para fazer inferências corretas é influenciada por sua capacidade de observação, seus conhecimentos de enfermagem e sua experiência clínica. Seus valores e suas crenças também afetam o modo como ele interpreta alguns indicadores. • A partir dos dados listados e de suas inferências, o enfermeiro deverá identificar as impressões iniciais dos padrões de funcionamento humano e decidir o que é relevante, direcionando a investigação para a aquisição de mais informações, ou seja, procurar os fatores que contribuem para a criação do padrão. • Para enfocar sua investigação na validação dos dados e definir as peças-chave que informam os padrões de saúde ou de doença, o enfermeiro precisa ter em mente os seguintes princípios de pensamento crítico: determinar o que é e o que não é relevante, e descobrir como e por que o padrão se criou (ou seja, deve buscar os fatores causais). • Os dados significativos (ou anormais) devem ser registrados e comunicados, assegurando-se com isso queos outros membros da equipe interdisciplinar tenham conhecimento da situação do paciente e garantindo a detecção precoce dos problemas. • O registro dos dados promove a continuidade da assistência, a exatidão das anotações e o pensamento crítico, uma vez que o enfermeiro poderá fazer uma avaliação do registro de suas informações e, assim, analisar os dados coletados e aprofundar seus conhecimentos. • AVALIAÇÃO DO PACIENTE • DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM (NANDA I) • PLANEJAMENTO • RESULTADOS (NOC) • INTERVENÇÃO (NIC) • REAVALIAÇÃO • RESPIRAÇÃO • TERMORREGULAÇÃO • ELIMINAÇÃO • CONFORTO FÍSICO • AUTOCUIDADO • INTEGRIDADE DA PELE Um homem de 57 anos queixa- se de dor de garganta. Internado no leito 2 da clínica médica. Com aparência emagrecido, olhos fundos e elimina escarro constantemente pelo canto da boca. Com a voz abafada explica que tem dois dias que está assim. Sua história inclui diabetes tipo 2 e hipertensão. Os sinais vitais iniciais incluem PA 104/72mmHg, FC 124bpm, FR 20 irm, T- 39,4ºC. Ansioso e inquieto. Ruído agudo na inspiração. Uma mulher de 37 anos queixa-se de dispnéia e dor torácica. Sente-se doente há cerca de uma semana e vomitou duas vezes hoje. Apresenta rubor e a frequência cardíaca está aumentada. Relata fumar dois maços de cigarros por dia. Seus únicos medicamentos são anticoncepcional, dorflex e insulina. Paciente homem de 54 anos de idade cuja queixa principal de internação consiste em desconforto e mal estar. Ao exame percebe aumento da FR, palidez pele fria e úmida. História clinica inclui enfisema e IAM há 2 anos. Sons respiratórios diminuídos em bases, com alguns roncos. A PA 86/68 mmHg, FC 130bpm, FR 22 irm, SPO2 92%.
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