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SACULECTOMIA PERIANAL

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Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária I 
 
 
 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
 
78
 
29) SACULECTOMIA PERIANAL 
 
# DEFINIÇÃO: 
 
 É a remoção cirúrgica completa de uma ou de ambas as glândulas perianais. 
 
# INDICAÇÕES: 
 
• impactação crônica; 
• saculites anais recorrentes; 
• fístulas perianais (Fig. 10); 
• adenocarcinoma dos sacos anais (Fig. 11). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
# CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS: 
 
1. antes da saculectomia ser realizada, deve-se tratar clinicamente o quadro de 
infecção e inflamação das glândulas, pois a realização da cirurgia durante o estágio 
inflamatório agudo pode gerar complicações pós-operatórias, como a formação de 
abscessos perianais, fístulas anais, etc.; 
2. jejum de sólidos por 12 horas; 
3. enema para limpeza do reto 6 horas antes da cirurgia; 
4. limpeza da região perineal e esvaziamento das glândulas momentos antes do 
procedimento cirúrgico; 
5. os sacos anais podem ser distendidos com o uso de gel (antibióticos) para facilitar a 
identificação dos mesmos, durante a cirurgia. 
Fig. 10 – Aspecto de uma fístula 
perianal crônica no pré-operatório 
imediato em um cão. 
Fig. 11 – Aspecto de 
um carcinoma das 
glândulas perianais em 
um cão. 
Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária I 
 
 
 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
 
79
 
# TRATAMENTO CIRÚRGICO: 
 
 Existem duas técnicas cirúrgicas básicas de saculectomia: a técnica fechada e a 
técnica aberta. 
 
1. saculectomia aberta: 
• vantagens – o epitélio glandular é visualizado durante a dissecação da 
glândula, facilitando a sua retirada por completo. O ducto e o orifício da 
glândula podem ser completamente removidos. O procedimento cirúrgico é 
mais rápido que na técnica fechada; 
• desvantagem – maior possibilidade de contaminação da ferida cirúrgica 
durante o trans-operatório; 
• técnica cirúrgica – os orifícios dos sacos anais localizados aproximadamente 
nas posições das quatro e oito horas, ao lado do ânus. Uma sonda deve ser 
introduzida profundamente na glândula e forçada contra a pele. Com um 
bisturi é feita uma incisão sobre a sonda, seccionando-se a pele, o músculo 
esfíncter anal externo e a cápsula da glândula. A mucosa, de cor 
acinzentada, da glândula é então exposta. Com uma tesoura de Metzenbaum, 
procede-se a dissecação da cápsula glandular, do músculo esfíncter anal 
externo, liberando e removendo por completo a glândula. A ferida é 
cuidadosamente lavada com solução salina, o músculo é suturado com 
pontos simples isolados (categute 3.0) e a pele é fechada com mononylon 
4.0 por meio de pontos isolados simples. 
 
2. Saculectomia fechada: 
• vantagem – diminui a possibilidade de contaminação da ferida cirúrgica no 
trans-operatório; 
• desvantagens – mais demorado e difícil o procedimento cirúrgico com relação 
à técnica aberta; 
• técnica cirúrgica – uma incisão de pele de 2-3 cm é feita sobre o saco anal 
distendido, expondo o músculo esfíncter anal externo. Este músculo é 
cuidadosamente dissecado de maneira romba com tesoura de Metzenbaum, 
para expor o saco anal, o qual é preso com uma pinça de Allis e é 
delicadamente tracionado para fora. Com muito cuidado o saco anal é 
dissecado dos tecidos adjacentes, evitando lesionar a parede retal, a artéria 
retal caudal e de puncionar do saco anal. O saco anal é então ligado ao nível 
do seu ducto (categute 3.0) e seccionado. A ferida é lavada e a síntese 
muscular é feita com pontos isolados simples (categute 3.0). A pele é 
suturada com mononylon 4.0, pontos isolados simples. 
 
 
 
Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária I 
 
 
 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
 
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# PÓS-OPERATÓRIO: 
 
• antibioticoterapia por cinco a sete dias; 
• evitar que o animal venha a lamber a ferida; 
• limpeza e curativo local diário; 
• remoção dos pontos de pele aos 10 dias de pós-operatório. 
 
# COMPLICAÇÕES DA CIRURGIA: 
 
• incontinência fecal; 
• fístulas crônicas; 
• constrição anal. 
 
SUGESTÃO DE LEITURA: 
 
BOJRAB, M. J. Cirurgia dos pequenos animais. 2 ed., São Paulo: Roca, 1986.

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