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depreciação Avaliação para desapropriamento e mitigação em área de risco

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Resumo estudos Depreciação, Avaliação para Desapropriação e Mitigação em Áreas de Risco
Os riscos em três categorias principais:
 » riscos naturais;
 » riscos tecnológicos;
 » riscos de degradação ambiental.	
Os riscos naturais são provenientes dos fenômenos da natureza que tenham possibilidade de resultar em danos. Estes riscos são classificados a partir da sua origem, podendo ser geológicos, hidrometeorológicos ou biológicos.
 Os riscos geológicos são relacionados às atividades de movimentação de massa, podendo ser endógenas ou exógenas. Exemplos destes riscos são os deslizamentos, as erupções vulcânicas, os maremotos e os terremotos.
 Os riscos hidrometeorológicos podem ser fenômenos atmosféricos, pluviais ou oceânicos. Alguns exemplos são as chuvas, as tempestades, as inundações, as avalanches de neve, o processo de desertificação, as secas, os incêndios florestais, entre outros.
 O último dos riscos naturais é classificado como biológicos e têm procedência orgânica, como exposição a patologias ou toxinas. Alguns exemplos são as epidemias, as infestações e o contágio. 
Os riscos tecnológicos são todos os perigos associados a acidentes e falhas que causam perdas e danos à sociedade e ao ambiente, como poluição, radioatividade, acidentes de transportes, incêndios, explosões, acidentes em obras civis, dentre outros.
 Por fim, os riscos de degradação ambiental, às vezes confundidos com os riscos naturais, são frutos da ação destrutiva do homem, como desflorestamento, mudanças climáticas, extinção da biodiversidade, depleção do ozônio, entre outros.
Para contemplar a prevenção e a preparação, a ONU propôs um modelo que consta de cinco etapas passíveis de ajustes para atendimento das especificidades e necessidades de quaisquer municípios ou comunidades sob risco:
 » identificação dos riscos; análise dos riscos; 
» estabelecimento de medidas de prevenção; 
» planejamento de emergências; difusão de informações e treinamento.
- Tarefas envolvidas no processo de análise deste risco, temos: 
» zoneamento ou setorização das áreas; 
» quantificação relativa e/ou absoluta do risco;
 » cadastramento de risco;
 » hierarquização de risco;
 » previsão de possíveis cenários para acidentes.
Por isso, ações de emergência devem ser definidas. Estas ações devem contemplar tarefas de execução em curto, médio e longo prazo, como:
 » demarcação das áreas circunvizinhas ao desastre;
 » delineação das áreas de evasão popular;
 » provisão de abrigo para a população remanejada;
 » operação das brigadas de resgate;
 » execução de obras emergenciais;
 » monitoramento constante da área afetada; 
» cuidados para o regresso da população.
Definição de Defesa Civil no Brasil : Política Nacional de Proteção e Defesa Civil como “o conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e reconstrutivas, destinadas a evitar ou minimizar os desastres, preservar o moral da população e restabelecer a normalidade social”.
Dentre os objetivos da PNPDEC se destacam:
 » redução dos riscos inerentes aos desastres socioambientais;
 » prestação de socorro e assistência às populações atingidas;
 » recuperação das áreas afetadas;
 » incorporação das medidas de redução à gestão territorial;
 » promoção da continuidade das ações protetivas; 
» estímulo ao desenvolvimento urbano das cidades e comunidades afetadas;
 » identificação e avaliação das vulnerabilidades e redução de suas ocorrências;
 » monitoramento dos eventos ambientais e sociais passíveis de desastres;
 » difusão de informações antecipadamente à ocorrência de desastres naturais;
 » estímulo à ocupação ordenada do solo;
 » combate à ocupação e realocação dos habitantes de áreas vulneráveis;
 » desenvolvimento da consciência nacional acerca dos riscos de desastre;
 » orientação das comunidades à autoproteção; 
» integração sistemática das informações para controle das ocorrências.
 A PNPDEC define competências exclusivas da União, dos estados e dos municípios, além das competências comuns às três entidades. Quanto às competências da União, destacam-se:
 » expedição de normas auxiliares à política nacional; 
» coordenação do SINPDEC;
 » promoção de estudos relacionados aos desastres, suas causas e consequências;
 » apoio às demais entidades públicas nos seus estudos e ações;
 » instituição e manutenção do sistema de informações e monitoramento;
 » instituição e manutenção do cadastro de municípios e áreas suscetíveis;
 » estabelecimento de critérios e classificações para declaração de emergências;
GERENCIAMENTO E PREVENÇÃO DE ÁREAS DE RISCO 
» instituição e manutenção do sistema de reconhecimento de emergências;
 » declaração de situação de emergência e estado de calamidade pública;
 » instituição do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (contendo, no mínimo, a identificação dos riscos e as áreas respectivas, além de diretrizes de ação);
 » realização do monitoramento dos eventos ambientais e sociais;
 » fomento à pesquisa científica com centros de educação multidisciplinares destinados à atividades de proteção e defesa civil;
 » Apoio à comunidade docente no desenvolvimento de material didático-pedagógico.
 Quanto às competências dos estados, sobressaem: » execução da política nacional em seu território;
 » coordenação estadual do SINPDEC;
 » instituição do Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil (contendo, no mínimo, identificação das bacias hidrográficas suscetíveis e diretrizes de ação);
 » identificação e mapeamento das áreas de risco; 
» declaração de situação de emergência e estado de calamidade pública; » realização do monitoramento dos eventos ambientais e sociais;
 » apoio aos municípios na elaboração dos Planos de Contingência de Proteção e Defesa Civil. Em termos quantitativos, de acordo com a redação da lei em estudo, os municípios têm mais atribuições que os outros órgãos, com destaque para:
 » execução da política nacional em seu território;
 » coordenação municipal do SINPDEC;
 » incorporação das ações de proteção no planejamento municipal;
 » identificação e mapeamento das áreas de risco;
 » fiscalização das áreas de risco e manutenção da desocupação das mesmas; 
GERENCIAMENTO E PREVENÇÃO DE ÁREAS DE RISCO 
» declaração de situação de emergência e estado de calamidade pública;
 » vistoria de edificações, intervenção preventiva e evacuação da população das áreas de risco; » organização e administração de abrigos provisórios;
 » divulgação das informações pertinentes e dos protocolos de prevenção e de ação;
 » mobilização e capacitação de radioamadores;
 » realização de treinamento e simulados de acordo com o Plano de Contingência;
 » promoção da coleta, distribuição e controle de suprimentos;
 » avaliação de perdas e danos;
 » atualização das informações referentes ao desastre às entidades estaduais e federais;
 » captação de voluntários, associações, ONGs e entidades privadas para atuação conjunta;
 » provimento de moradias temporárias às famílias atingidas.
 Além de todas estas competências, somam-se ainda as atribuições conjuntas, a constituírem dever da União, dos estados e dos municípios: » desenvolvimento da cultura nacional de prevenção de desastres;
 » estímulo ao comportamento preventivo e redutivo de ocorrência;
 » estímulo à reestruturação socioeconômica das áreas atingidas;
 » estabelecimento de medidas preventivas de segurança em ambientes públicos situados em áreas de risco;
 » capacitação de recursos humanos para as ações protetivas e defensivas;
 » fornecimento de dados e informações para o sistema nacional.
Talude
Classificação dos taludes Segundo Caputo (1973), sob o nome genérico de taludes, compreendem-se quaisquer superfícies inclinadas que limitam um maciço de terra, de rocha ou de terra e rocha. 
Podem ser naturais, casos das encostas, ou artificiais, como os taludes de cortes e aterros. 
Aterro ou reaterro é a colocação ou recolocação de solo em uma área determinada, para que ocorra o nivelamento da mesma, tudo adequado com o projeto apresentado.
 No corte, temos a escavação, a carga do material retirado do terreno e seu transporte e descarga.Para qualquer tipo de terreno, sendo realizado corte ou aterro, existem os primeiros trabalhos a serem feitos, começando com o desmatamento, destocamento, limpeza, remoção da camada de vegetação, estudo do tipo de solo.
Podem-se classificar os principais tipos de movimentos de encostas (ou taludes) em três grandes grupos. 
» Desprendimento de terra ou rocha: é uma porção de um maciço terroso ou de fragmentos de rocha que se destaca do resto do maciço, caindo livre e rapidamente, acumulando-se onde estaciona.
 » Escorregamento: deslocamento rápido de uma massa de solo ou de rocha que, rompendo-se do maciço, desliza para baixo e para o lado, ao longo de uma superfície de deslizamento.
 » Rastejo (subsidência ou creep): deslocamento lento e contínuo de camadas superficiais sobre camadas mais profundas, com ou sem limite definido entre a massa de terreno que se desloca e a que permanece estacionária. A velocidade de rastejo é de cerca de 30 cm por decênio, enquanto que a velocidade média de avanço de um escorregamento é da ordem de 30 cm por hora. A curvatura dos troncos de árvores, inclinação de postes e fendas no solo são algumas das indicações do rastejo. 
Geralmente, os tipos de escorregamentos podem ser divididos em cinco grandes grupos:
 » Quedas ou desprendimentos (falls): destacamento ou “descolamento” de solo ou rocha de um talude íngreme.
 » Desprendimento (topples): rotação de massa de solo ou rocha em um ponto ou eixo abaixo do centro de gravidade da massa deslizante. Pode levar ao movimento de queda ou escorregamento propriamente dito, dependendo da geometria do terreno.
 » Escorregamento (propriamente dito ou slide): movimento de descida de massa de solo ou rocha, tendo uma superfície de ruptura bem definida. Geralmente o centro de rotação está acima do centro de gravidade da massa deslizante. Quando ocorre lenta e progressivamente, pode receber também o nome de rastejo ou creep.
 » Espalhamento (spread): descreve movimentos relativamente rápidos de massas de argila, que podem ter estado estáveis por muito tempo, que se deslocam para frente por uma distância considerável. 
» Corridas de lama (mood flow): Movimentos muito rápidos de solo argiloso mole, que se move como se fosse um fluido viscoso. Movimentos de “fluxo” também podem acontecer com outros materiais, por exemplo, areia seca.
Os taludes podem ser ainda classificados quanto à sua forma geométrica:
Onde: L - linear; V - convexo; C - côncavo.
Importância dos projetos de estabilidade de taludes
 Na elaboração de projetos de estabilidade de taludes, deve ficar clara a unicidade de cada caso, pois dentro da natureza as coisas não se repetem. Então, a solução para um determinado terreno não será a mesma para outro. 
Segundo Gerscovich (2012), a função maior para um estudo detalhado da estabilidade do solo é que possa ser concebido um projeto que vá gerar o menor número de problema relacionado à estrutura.
Essa análise deve ser capaz de avaliar a possibilidade de acontecimentos como o escorregamento de massa em taludes naturais ou construídos. 
Usualmente, a análise é feita com o comparativo das tensões cisalhantes mobilizadas com a resistência ao cisalhamento. Essas informações definem um fator de segurança.
Importância do mapa de risco
Já sabemos que o mapa de risco é uma documentação cartográfica que elucida as áreas de risco e determina o grau de risco a partir de um sistema de cores. 
É por meio de documentos como o mapa de risco que o Plano Diretor e a Lei de Uso e Ocupação do Solo podem atuar no planejamento das diretrizes para o processo de reurbanização segura da população afetada.
O mapa de risco pode ser utilizado para: 
» auxiliar no processo de planejamento urbano; 
» definir as áreas de maior urgência para intervenção técnica; 
» definir o plano de tratamento através do conhecimento do risco atuante na área; 
» servir de documento de base legal para solicitação de financiamento para projetos;
 » servir de base técnica para elaboração de projetos e orçamentos para as obras de intervenção.
Análise probabilística
 A análise probabilística determina o risco pelo cálculo de probabilidade de acontecimento do risco em um tempo pré-determinado.
São exemplos dos dados necessários:
 » intensidade das chuvas; 
» causas do acidente;
 » volumes deslizados; 
» recorrência dos processos; 
» outras informações relevantes.
Procedimentos gerais para o trabalho de campo
1º passo: Definir os processos destrutivos
» elaborar um padrão de ocorrência para cada processo;
 » descrever o desenrolar do desastre e de suas consequências.
 2º passo: Realizar o trabalho de campo propriamente dito 
» fazer as investigações geológicas e geotécnicas da superfície; » identificar evidências de instabilidade;
» apontar os indícios de desenvolvimento do processo destrutivo; 
» verificar todos os aspectos relacionados a estes processos.
 3º passo: Registrar os resultados 
» preencher as fichas com as informações coletadas em campo; 
» interpretar os dados adquiridos.
 4º passo: Delimitar os setores de risco
 » fazer o mapeamento de risco;
 » atribuir grau de probabilidade de ocorrência de desastre para cada setor.
 5º passo: Localizar as áreas de risco 
» marcar, no mínimo, um ponto por setor lido pelo GPS; 
» representar os pontos lidos de cada setor no mapa; » identificar os pontos em mapas georreferenciados por fotografias aéreas ou oblíquas; » numerar ou codificar cada setor. 6º passo: Estimar as consequências potenciais dos processos destrutivos » avaliar as possíveis formas de desenvolvimento dos processos; » definir o número de moradias ameaçadas; » registrar a quantidade de residências para remoção; » indicar alternativas de intervenção em curto, médio e longo prazo