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Síndrome de Má Absorção

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PROVA 3 CLÍNICA GASTRO 
Maria Eduarda Valgas 1	
SÍNDROME DE MÁ ABSORÇÃO 
DEFINIÇÃO 
© Incapacidade do trato gastrointestinal em utilizar os nutrientes dietéticos, seja por distúrbios nos 
processos de digestão (doenças do fígado/pâncreas), seja por distúrbios nos processos de absorção 
(doenças da mucosa). 
 
LOCAIS DE ABSORÇÃO: 
Uma parte sadia do intestino delgado 
compensa uma parte doente com 
facilidade. 
Absorção exclusiva no íleo terminal à 
vitamina B12, sais biliares ** 
A doença celíaca começa nas partes 
mais proximais do intestino e acomete 
progressivamente as partes mais distais 
(então tudo que tem absorção principal 
no delgado proximal, vai dar mais 
deficiência no início da doença celíaca – ex: ferro) 
 
FISIOPATOLOGIA 
© Causas pré-epiteliais 
ó Doenças pancreáticas/hepáticas à processos de má digestão 
© Causas epiteliais 
ó Doenças da mucosa 
© Causas pós-epiteliais 
ó Obstrução do linfático – ex: grande tumor abdominal que comprime os vasos linfáticos) 
 
ETIOLOGIA 
Doenças do delgado 
© Esteatorréia moderada à é o que marca a absorção 
ó Mais intensa nas doenças de insuficiência pancreática 
ó Nas doenças hepáticas é mais discreto isso 
© Perda associada de proteína (Albumina baixa) 
© Deficiência de vitaminas lipossolúveis 
© Deficiência de B12 – Íleo terminal 
© Deficiência de ácido fólico, Hipocalcemia e hipomagnesemia 
 
Doenças hepáticas ou do trato biliar 
 
Insuficiência pancreática exócrina (> 90% lesão pancreática) 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
© Perda de peso com apetite mantido 
© Distensão abdominal e cólicas à As bactérias 
fazem fermentações 
© Aumento no número das evacuações e perda 
de consistência 
© Flatulência 
© Fezes malcheirosas, difícil descarga 
© Esteatorréia visível 
© Glossite e estomatite: Ferro 
© Anemia microcítica: Ferro 
© Anemia macrocítica: Folato e B12 
© Sangramento: Vitamina K 
© Osteopenia e tetania - Deficiência de vitamina 
D e Cálcio 
© Anemia - deficiência de ferro 
© Púrpura: Vit K 
© Edema: proteínas 
© Cegueira noturna - deficiência de vitamina A 
© Neuropatia periférica: B12 e tiamina 
© Amenorreia, impotência, infertilidade: Má 
nutrição 
© Dermatite: Vit A e Zinco. 
 
 
 
 
 
Nutriente Principal local de absorção 
Gorduras Delgado proximal 
Proteínas Delgado médio 
Carboidratos Delgado proximal e médio 
Ferro Delgado proximal 
Cálcio Delgado proximal 
Ácido fólico Delgado proximal e médio 
Vitamina B12 Ileo distal (Exclusivo)** 
Sais biliares Íleo distal (exclusivo)** 
Agua e eletrólitos Delgado e cólon 
PROVA 3 CLÍNICA GASTRO 
Maria Eduarda Valgas 2	
TESTE PARA DIAGNÓSTICO (PROVA) à pesquisa de gordura nas fezes 
 Característica Uso clínico 
Pesquisa de gordura nas 
fezes 
Qualitativa (não usado) 
Quantitativa 
Estudo microscópico simples. Análise 
durante coleta de 72h 
Não define etiologia 
Excelente teste de screening. 
Mais importante para identificar 
má-digestão e má-absorção 
Quantitativo X Qualitativo 
Teste da D-xylose Avalia a função intestinal através da 
dosagem urinária após ingestão oral. 
Necessita somente de mucosa intefra 
para ser abnsorvido 
Não é tão sensível quanto 
pesquisa de gordura. Define 
doença na mucosa 
Biópsia de delgado (EDA) Pesquisa alterações histológicas do 
delgado. Alterações características 
ocorrem em algumas doenças 
Avaliação histológica da mucosa 
 
- Pesquisa de gordura nas fezes à confirma a má-absorção à pedir D-xylose 
- Hoje em dia usamos mais a pesquisa qualitativa de fezes 
-D-xylose normal no sangue/urina (mucosa íntegra à provável problema no pâncreas/fígado à pedir TC) D-
xylose alterada à mucosa não íntegra à pedir biópsia de delgado 
- Cuidado com o Orlistat que é um medicamento que elimina a gordura nas fezes 
 
CAUSAS DE MÁ ABSORÇÃO 
Hipertireoidismo: Peristaltismo aumentado não tem 
tempo de absorver as coisas 
Sd zollinger Elisson: hiperacidez que provocam 
ulcera machucam a mucosa que não consegue 
absorver e a hiperacidez compromete a digestão 
 
EDA: num campo de visão, deve-se ter pelo menos 
3 pregas 
 
ENTEROPATIA POR MEDICAMENTOS 
AINEs: Droga sem prescrição mais usada que 
existe 
© Tira a defesa do intestino 
© Estenoses com formação de diafragmas, ulcerações, perfuração, diarréia e atrofia vilositária 
© Prevalência desconhecida 
© Patogênese multifatorial 
 
Olmesartan – antagonista da angiotensina II (Benicar Olmetec): 
© Diarréia crônica e Enteropatia 
© Atrofia vilositária (é um marcador de doença celíaca) 
© Deposição de colágeno 
 
ESPRU COLÁGENO 
© Doença do intestino delgado refratária a dieta sem glúten e caracterizada por atrofia vilositária associada 
com depósitos de colágeno no intestino delgado 
© Achados clínicos: 
ó Diarreia severa 
ó Perda de peso progressiva 
ó Má absorção severa 
ó Ocasionalmente dor abdominal quando associada com vasculite 
© Patogênese 
ó Aumento da síntese de colágeno tipo I em conjunção com inadequada fibrinólise 
© Diagnóstico: 
ó Atrofia vilositária com camada de colágeno subepitelial > 10um que se extende na lâmina própria 
ó Refratariedade a dieta sem glúten 
© Tratamento: 
ó Corticoides, imunossupressores e biológicos 
ó Transplante intestinal 
PROVA 3 CLÍNICA GASTRO 
Maria Eduarda Valgas 3	
ESPRU TROPICAL 
© Ocorre nas regiões tropicais e subtropicais principalmente no Caribe, sudeste e sudoeste da Asia. 
© Afeta índios e visitantes e podem ocorrer até após 10 anos do retorno. 
© Anemia megaloblástica, glosite, dermatite, neuropatia periférica, osteopenia e hipoalbuminemia nos casos 
severos 
© Deficiência de folato e B 12 – casos severos resultando em anemia megaloblástica. 
© Resposta a ATB e folato (tetraciclínna e ácido fólico) 
 
DOENÇA DE WHIPPLE 
© 1907 – George Hoyt Whipple 
© Doença infecciosa crônica multissistêmica 
© Tropheryma whipplei 
© Sistema digestivo (anorexia), articulações e SNC 
© Tríade de Whipple e macrófagos PAS (coloração) positivos na biópsia 
© Homens, 49 – 55 anos com exposição ocupacional ao solo ou animais. 
© Tratamento: Ceftriaxona, sulfa/trimetoprim. 
 
SOBRECRESCIMENTO BACTERIANO NO INTESTINO DELGADO 
© Alterações anatômicas ou motoras, medicamentos 
© A acidez do estomago mata aas bactérias, delgado faz peristaltismo, válvula ileocecal impede que o 
conteúdo do colo volte para o intestino delgado (impede que as bactérias voltem). Existe pouco resíduo 
alimentar que cai no colo. Esse pequeno resíduo é digerido no colon à fermentação à gases. 
© As bactérias do colon sobem para o intestino delgado e encontram quantidade de alimento muito grande, 
produzindo mais gases, estimulando mais peristalse (borborigmo), pode ter mais evacuação, diarreia. 
 
CAUSAS: 
© DM (defesa diminuída, peristaltismo alterado) à marcador da neuropatia: hipotensão postural 
© Mulher que foi operada várias vezes: 4 cesárias à aderências 
ó Fica sempre estufada à isso porque alterou o peristaltismo 
© Celíaca 
© SII 
© Esclerodermia 
© Diverticulose intestinal 
© Gastrectomia Billroth II à presença de uma alça cega que promove o crescimento bacteriano 
© Obstrução: estenoses, aderências ou câncer 
© Medicamentos: IBP (por ↓acidez) e opióides 
 
CLÍNICA: 
© Diarréia ou constipação 
© Distensão abdominal e flatulência 
© Dor abdominal 
© Perda de peso e anemia 
© Hipoalbuminemia – enteropatia perdedora de 
proteínas 
 
DIAGNÓSTICO: 
© Cultur de aspirado duodenal 
© Teste respiratório com glicose e lactulose 
ó A curva respiratória vai aumentando. O açúcar absorvido encontra bactéria onde não era para ter e 
produz hidrogênio (açúcar fermentado antes da hora à distensão abdominal e pode ter diarreia) 
 
TRATAMENTO 
© Causa base 
© Antibióticos: 
ó Rifaximina 
ó Doxiciclina 
Deficiência de B 12 – consumo bacteriano 
Ácido fólico elevado – produção bacteriana 
Na má absorção: A queda dos dois devem ser 
proporcionais (tem absorção exclusiva no íleo). 
SBID: B12 baixa e Acido fólico aumenta. Poisas bactérias produzem folato. 
PROVA 3 CLÍNICA GASTRO 
Maria Eduarda Valgas 4	
ó Clavulanato 
ó Ciprofloxacina 
ó Metronidazol + Cefalosporina 
 
OUTRAS CAUSAS 
© Enterite eosinofílica: aumento de eosinófilos na mucosa 
ó Sempre que tiver eosinófilo à lembrar de parasitose ou alergia alimentar (é rara nos adultos) 
© Enterite actínica (pós-radioterapia) – 
ó Raro difícil fazer lesão de delgado em radioterapia 
ó Proctite actínica é muito mais comum: ca de próstata ou útero. Colon é muito mais fixo do que o 
delgado (irradiação) 
© Mastocitose 
ó Dermatogradia e urticaria pigmentar, esplenomegalia e ulcera péptica 
ó Pensar quando o paciente tem diarreia junto com episódios de flushing e taquicardia 
© Amiloidose – 
ó Amiloidose secundária e amiloidose relacionada à diálise 
ó Artrite reumatoide, psoriática, tuberculose, infecções crônicas. 
ó Depósito anormal de proteína amiloide geralmente acompanhada de outras neoplasias 
© Linfangiectasias - dilatação à mucosa do delgado fica esbranquiçada mais comum – por linfomas 
 
HIPOGAMAGLUBULINEMIA 
© Biópsia normal 
© TGI – maior órgão linfático 
© Imunoglobulinas à IgA, IgG, IgM (imunodeficiência comum variável) 
© IgA à mais importante 
© Deficiência de IgA: infecções respiratórias de repetição e síndrome de má absorção principalmente por 
giardíase de repetição 
 
Tomar o leite materno que é rico em IgA, para não precisar repor endovenoso (carai que daora J) 
 
RESSECÇÕES INTESTINAIS 
© Biopsia normal 
© Depende da extensão da ressecção 
© Preservação da válvula reduz os sintomas (impede que as bactérias do colon subam para o delgado) 
© Íleo responde a ressecção jejunal com hiperplasia mais efetivamente do que o jejuno responde a 
ressecção ileal 
© Transportadores de sais biliares e vitamina B são exclusivos do íleo 
© Íleo substitui funcionalmente o jejuno exceto para absorção de ácido fólico, cálcio e ferro 
 
DEFEITOS MÚLTIPLOS COMBINADOS NA DIGESTÃO E ABSORÇÃO 
PÓS GASTRECTOMIA – GASTROJEJUNOSTOMIA 
© Desvia do duodeno e jejuno proximal – principais sítios de absorção de folato, cálcio e ferro 
© Esteatorréia pois o desvio do jejuno altera a ativação de hormônios, prejudicando a contração da vesícula 
e a secreção pancreática 
© Supercrescimento bacteriano na alça cega 
© Menor reservatório gástrico 
© Diminuição do fator intrínseco (diminuição da vitamina B12 – porque precisa desse fator para ser 
absorvida) e Hipocloridria – deficiência de vitamina B 
 
SÍNDROME DE ZOLLINGER ELLISON – GASTRINOMA: 
© Hipersecreção gástrica inativa a lipase. 
© Insuficiência pancreática secundária 
© Acidez faz precipitar os sais biliares 
© Impede a formação das micelas 
© Lesão da mucosa do delgado

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