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Lista 1 - Teoria de Anéis - 2014 Professor: Marcelo M.S. Alves Data: 08/08/2014 1. Seja A um anel. Mostre que (a) a+ b = a+ c implica em b = c (b) 0 · a = 0, ∀a ∈ A (c) −(ab) = (−a)b = a(−b), ∀a, b ∈ A (d) (−a)(−b) = ab, ∀a, b ∈ A (e) a(b− c) = ab− ac, ∀a, b, c ∈ A (f) (a− b)c = ac− bc, ∀a, b, c ∈ A 2. Mostre que se a é um elemento de um anel A, então (a) −a = (−1)a (b) (−1)(−1) = 1 (c) (−1)(−a) = a 3. Seja A um anel comutativo com unidade. (a) Mostre que o conjunto T2(A) das matrizes triangulares superiores 2× 2 [ a b 0 c ] com a, b, c ∈ A é um subanel de M2(A). (b) Seja agora A = R. Mostre que o conjunto das matrizes triangulares superiores 2 × 2 da forma [ m b 0 m ] com m ∈ Z e b ∈ R é um subanel de T2(R). 4. Mostre que o conjunto K das matrizes triangulares superiores 2× 2 [ a 2b b a ] com a, b ∈ Q é um subanel de M2(Q). Mostre que, na verdade, K é um corpo. 5. Verifique que o conjunto das matrizes 2× 2 diagonais com entradas em R é um anel comutativo com unidade, e que não é um domı́nio de integridade. (recorde que para ser anel com unidade, basta ser subanel de M2(R)) 6. Seja A um domı́nio de integridade. Mostre que (a) a2 = 1 implica em a = 1 ou a = −1 (sugestão: produto notável...) (b) Mais geralmente, a2 = b2 implica em a = b ou a = −b. (c) Se a3 = a então a = 0, 1 ou −1. (d) Para ver que a hipótese de ser domı́nio é mesmo importante, procure contra-exemplos para as afirmações dos itens anteriores no anel do exerćıcio 5 (que não é um domı́nio). 7. Seja A um anel. Mostre que A é um domı́nio de integridade, ou seja, se ab = ac e 6= 0 então b = c se e somente se não possui divisores de zero, isto é, se ab = 0 então a = 0 ou b = 0. 8. Seja A um subanel de R. (a) Mostre que A contém Z. Sugestão: 1 ∈ A por definição, e já vimos que 0 também está em A. Por que 2 está em A? Continue por indução. (b) Mostre que se A é um subcorpo de R então A contém Q. 9. Seja A um anel. Definimos recursivamente potências (com expoente natural positivo) de ele- mentos de A pelas regras: a1 = a a(n+1) = ana de modo menos formal, an é o produto de a por si mesmo n vezes. Mostre que para todos m,n, naturais, m,n > 0, e todos a, b ∈ A, (a) am+n = aman (sugestão: fixe m e faça indução em n) (b) se ab = ba então (ab)m = ambm (note que isso não é verdade se A não é comutativo!) (c) (am)n = amn (d) se ab = ba então (a+b)n = an+bn+ ∑ n−1 k=1 ( n k ) akbn−k (sugestão: veja a prova para números reais). (e) Como fica (a + b)2 se A não é comutativo e, em particular, a e b não comutam (isto é, ab 6= ba)? E quanto a (a+ b)3, (a+ b)4 . . .? 10. Os conjuntos abaixo não são anéis. Justifique isso em cada item. (a) N com soma e multiplicação usuais. (b) A = {±2n;n ∈ N}, com soma e produto usuais. (c) O conjunto dos complexos imaginários puros I = {bi; b ∈ R}, com soma e produto de números complexos. (d) o conjunto A = {3a+ b √ 3; a, b ∈ Z, a é múltiplo de 3} 11. Seja m um número natural, m > 1, que não é o quadrado de outro natural. (a) Mostre que o conjunto Z[ √ m] = {a+ b√m; a, b ∈ Z} é um subanel de R. Conclua dáı que Z[ √ m] é um anel comutativo (com unidade) e, mais ainda, que é um domı́nio de integridade. (b) Uma pequena variação do anterior: considere Q[ √ 2] = {a + b √ 2; a, b,∈ Q}. Mostre que este conjunto é um anel (novamente, para fazer isso basta mostrar que é subanel de R . . .). Esse anel é um corpo? (c) Verifique que o conjunto A = {a + b 3 √ 2; a, b ∈ Z} não é subanel de R. Como você pode consertar este exemplo e obter um subanel de R, “bem pequeno”, que contém A?
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