Buscar

revisão av1 - Teoria da Personalidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

8. Jung propõe a ideia de inconsciente coletivo. Discorra sobre o conceito em questão destacando os pontos que o diferenciam do inconsciente pessoal proposto por Freud. 
O inconsciente coletivo para Jung possui raízes no passado ancestral de toda a espécie. Para ele os conteúdos físicos do inconsciente coletivo são herdados e transmitidos de uma geração para a seguinte como potencial psíquico. Os conteúdos do inconsciente coletivo de Jung são mais ou menos os mesmos para todas as culturas. A noção de Freud de herança filogenética é bastante semelhante a ideia de Jung de um inconsciente coletivo. Entretanto, a diferença entre os dois conceitos é que enquanto Jung colocava ênfase no inconsciente coletivo, Freud se baseava na noção de disposições herdadas somente como último recurso. Isto é, quando as explicações construídas sobre as experiências individuais não eram adequadas, Freud se voltava para a ideia de experiências coletivamente herdadas para preencher as lacunas deixadas pelas experiências individuais.
9. O que significa a ideia de complexos na teoria junguiana? 
Um complexo é uma reunião de imagens e ideias, conglomeradas em torno de um núcleo derivado de um ou mais arquétipos, e caracterizadas por uma tonalidade emocional comum. Quando entram em ação (tornam-se “constelados”), os complexos contribuem para o comportamento e são marcados pelo AFETO, quer uma pessoa esteja ou não consciente deles. São particularmente úteis na análise de sintomas neuróticos.
10. Estabeleça uma relação entre as produções pictóricas de Adelina (paciente de Nise da Silveira) estudada no documentário imagens do inconsciente parte II e o conceito de arquétipo proposto por Jung. 
Arquétipos são imagens antigas ou arcaicas que derivam do inconsciente coletivo. Elas são similares aos complexos, uma vez que são coleções de imagens associadas carregadas de emoção. Mas, enquanto os complexos são componentes individualizados do inconsciente pessoal, os arquétipos são generalizados e derivam dos conteúdos do inconsciente coletivo. A paciente Adelina tinha esquizofrenia, estava em um hospital psiquiátrico e começou a melhorar por meio da arteterapia, que ajudou com que fosse organizado o EU e foram sendo criadas imagens do seu inconsciente coletivo.
11. Discorra sobre os seguintes arquétipos: sombra, self e velho sábio. 
Sombra: é o arquétipo da escuridão e da repressão, representa aquelas qualidades que não desejamos reconhecer e tentamos esconder de nós mesmos e dos outros. A sombra consiste em tendências moralmente censuráveis, além de inúmeras qualidades construtivas e criativas que, no entanto, somos relutantes em enfrentar.
Velho sábio: é o arquétipo da sabedoria e do significado, simboliza o conhecimento preexistente dos humanos em relação aos mistérios da vida. Esse significado arquetípico, no entanto, é inconsciente e não pode ser diretamente experimentado por um único indivíduo. Políticos e outros que falam de modo autoritário – mas não de modo autêntico – com frequência soam sensíveis e sábios para outros que estão dispostos a ser enganados por seus próprios arquétipos de velho sábio.
Self: Jung acreditava que cada pessoa possui uma tendência herdada para avançar em direção ao crescimento, à perfeição e à completude, e ele denominou essa disposição inata de self. O mais abrangente de todos os arquétipos, o self é o arquétipo dos arquétipos, porque reúne os outros arquétipos e os une no processo de autorrealização. Assim como os demais arquétipos, ele possui componentes conscientes e inconscientes pessoais, porém é formado com mais frequência por imagens inconscientes coletivas. Como arquétipo, o self é simbolizado pelas ideias de perfeição, completude e plenitude de uma pessoa, mas seu símbolo final é a mandala, a qual é descrita como um círculo dentro de um quadrado, um quadrado dentro de um círculo ou qualquer outra figura concêntrica. Ela representa os esforços do inconsciente coletivo pela unidade, pelo equilíbrio e pela plenitude.
12. Em sua opinião enquanto estudante do curso de psicologia os arquétipos animus e anima descritos por Jung transparecem o machismo e o patriarcalismo da época? 
Sim, pois o animus que é o arquétipo masculino nas mulheres é simbólico do pensamento e do raciocínio, como se as mulheres não conseguissem pensar e/ou raciocinar tão bem quanto um homem.
13. De acordo com os postulados Kleinianos explique a ideia de posição esquizoparanoide e posição depressiva. 
ESQUIZOPARANOIDE: Durante os primeiros meses de vida, o bebê entra em contato com o seio bom e o seio mau. Essas experiências alternantes de gratificação e frustração ameaçam a própria existência de seu ego vulnerável. O bebê deseja controlar o seio devorando-o e abrigando-o. Ao mesmo tempo, os impulsos destrutivos inatos do bebê criam fantasias de dano ao seio mordendo-o, rasgando-o, aniquilando-o. Para tolerar tais sentimentos em relação ao mesmo objeto ao mesmo tempo, o ego se divide, retendo parte de seus instintos de vida e de morte enquanto desvia partes dos dois instintos para o seio. Agora, em vez de temer o próprio instinto de morte, o bebê teme o seio persecutório. Mas o bebê também tem uma relação com o seio ideal, que dá amor, conforto e gratificação. O bebê deseja manter o seio ideal dentro dele como uma proteção contra a aniquilação pelos perseguidores. Para controlar o seio bom e combater seus perseguidores, o bebê adota o que Klein (1946) denominou posição esquizoparanoide, uma forma de organizar as experiências que inclui os sentimentos paranoides de ser perseguido e uma divisão dos objetos internos e externos em bons e maus. De acordo com Klein, os bebês desenvolvem a posição esquizoparanoide durante os primeiros 3 a 4 meses de vida, durante os quais a percepção que o ego tem do mundo externo é subjetiva e fantástica, em vez de objetiva e real. Os bebês, é claro, não usam a linguagem para identificar o seio bom e o mau. Em vez disso, eles possuem uma predisposição biológica a vincularem um valor positivo à nutrição e ao instinto de vida e a atribuírem um valor negativo à fome e ao instinto de morte. Essa dissociação pré-verbal do mundo em bom e mau serve como protótipo para o posterior desenvolvimento de sentimentos ambivalentes em relação a uma única pessoa. A maioria das pessoas tem sentimentos positivos e negativos em relação aos entes queridos. 
DEPRESSIVA: Em torno dos 5 ou 6 meses, um bebê começa a ver os objetos externos como um todo e a entender que o bom e o mau podem existir na mesma pessoa. Nessa época, desenvolve uma imagem mais realista da mãe e reconhece que ela é uma pessoa independente que pode tanto ser boa quanto má. Além disso, o ego está começando a amadurecer até o ponto em que consegue tolerar alguns dos próprios sentimentos destrutivos, em vez de projetá-los. No entanto, o bebê também percebe que a mãe pode ir embora e ser perdida para sempre. Temendo essa possível perda, o bebê deseja proteger a mãe e mantê-la afastada dos perigos de suas próprias forças destrutivas, aqueles impulsos canibalísticos que anteriormente tinham sido projetados nela. Todavia, o ego do bebê é maduro o suficiente para perceber que ele não tem capacidade de proteger a mãe, e, assim, o bebê experimenta culpa por seus impulsos destrutivos anteriores em relação à mãe. Os sentimentos de ansiedade quanto à perda de um objeto amado associados a um sentimento de culpa por querer destruir aquele objeto constituem o que Klein denominou posição depressiva. As crianças na posição depressiva reconhecem que o objeto amado e o objeto odiado são, agora, um único objeto. Elas se censuram pelos impulsos destrutivos anteriores em relação à mãe e desejam fazer a reparação desses ataques. Como as crianças veem sua mãe como um todo e também como ameaçadas, elas são capazes de sentir empatia por ela, uma qualidade que será benéfica em suas relações interpessoais futuras. A posição depressiva é resolvida quando as crianças fantasiam que fizeram a reparação por suas transgressões anteriores e quando reconhecem que a mãe não irá emborapermanentemente, mas retornará depois de cada partida. Quando a posição depressiva é resolvida, as crianças encerram a dissociação entre a mãe boa e a mãe má. Elas são capazes não só de experimentar o amor da mãe, mas também de expressar seu amor por ela. Contudo, uma resolução incompleta da posição depressiva pode resultar em falta de confiança, luto patológico pela perda de uma pessoa amada e uma variedade de outros transtornos psíquicos.
14. Estabeleça uma relação entre a posição esquizoparanoide e a atualidade.
A ambivalência consciente, no entanto, não captura a essência da posição esquizoparanoide. Quando os adultos adotam tal posição, fazem isso de maneira primitiva e inconsciente. Conforme assinalado por Ogden (1990), eles podem se ver como um objeto passivo, em vez de um sujeito ativo. Provavelmente eles diriam: “Ele é perigoso”, em vez de dizer: “Estou consciente de que ele é perigoso para mim”. Outras pessoas podem projetar seus sentimentos paranoides inconscientes nos outros como um meio de evitar sua própria destruição pelo seio malévolo. Outros, ainda, podem projetar seus sentimentos positivos inconscientes em outra pessoa e ver essa pessoa como perfeita, enquanto veem a si mesmos como vazios ou sem valor.

Continue navegando