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Sistemas de Informação em Saúde em Vigilância epidemiológica resumo


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Sistemas de Informação em Saúde em Vigilância epidemiológica
Definição
A Organização Mundial da Saúde define Sistema de Informação em Saúde –SIS como um mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde. Considera-se que a transformação de um dado em informação exige, além da análise, a divulgação, e inclusive recomendações para a ação.
Termos e significados
Agravo: qualquer dano à integridade física, mental e social dos indivíduos provocado por circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas e lesões auto ou heteroinfligidas. 
Caso: pessoa ou animal infectado ou doente apresentando características clínicas, laboratoriais e/ou epidemiológicas específicas. 
Caso autóctone: caso contraído pelo enfermo na zona de sua residência. 
Caso esporádico: caso que, segundo informações disponíveis, não se apresenta epidemiologicamente relacionado a outros já conhecidos. 
Caso-índice: primeiro entre vários casos de natureza similar e epidemiologicamente relacionados. O caso-índice é muitas vezes identificado como fonte de contaminação ou infecção. 
Caso importado: caso contraído fora da zona onde se fez o diagnóstico. O emprego dessa expressão dá a ideia de que é possível situar, com certeza, a origem da infecção em uma zona conhecida.
Caso secundário: caso novo de uma doença transmissível, surgido a partir do contato com um caso-índice. 
Doença: uma enfermidade ou estado clínico, independentemente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos. 
Endemia: é a presença contínua de uma enfermidade ou de um agente infeccioso em uma zona geográfica determinada. 
Epidemia: denominação utilizada em situações em que a doença envolve grande número de pessoas e atinge uma larga área geográfica. 
Evento: manifestação de doença ou uma ocorrência que apresente potencial para causar doença.
Evento de Saúde Pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínico-epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes. 
Surto ou evento inusitado em saúde pública: situação em que há aumento acima do esperado na ocorrência de casos de evento ou doença em uma área ou entre um grupo específico de pessoas, em determinado período. Ressalta-se que, para doenças raras, um único caso pode representar um surto.
Pandemia: A pandemia, em uma escala de gravidade, é o pior dos cenários. Ela acontece quando uma epidemia se estende a níveis mundiais, ou seja, se espalha por diversas regiões do planeta.  
Prevalência: mede a proporção de indivíduos em uma população que estão acometidos da doença em um determinado momento. 
Incidência: número de eventos ou casos novos que ocorrem em uma população de indivíduos em risco durante um determinado período de tempo.  
Morbidade: refere-se ao conjunto de indivíduos que adquiriram doenças em dado intervalo de tempo; comportamento das doenças e dos agravos à saúde de uma população exposta.  
Mortalidade: é a taxa de portadores de determinada doença em relação à população total estudada, em determinado local e em determinado momento.
Sinan – Sistema de Informação de Agravos de Notificação
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014 ), mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região, como varicela no estado de Minas Gerais ou difilobotríase no município de São Paulo. 
Portaria GM/MS Nº 201, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2010 Parâmetros para monitoramento da regularidade na alimentação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), para fins de manutenção do repasse de recursos do Componente de Vigilância e Promoção da Saúde do Bloco de Vigilância em Saúde. 
Portaria GM/MS Nº 1.378, DE 9 DE JULHO DE 2013 Regulamenta as responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. 
Epidemiologia nos serviços de saúde
Notificação compulsória de casos
· Uma das principais fontes de vigilância epidemiológica;
· Desencadeia o processo: informação decisão ação.
Investigação Epidemiológica
Investigação epidemiológica é um trabalho de campo, realizado a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou suspeitos) e seus contatos, que tem como principais objetivos: identificar fonte de infecção e modo de transmissão; identificar grupos expostos a maior risco e fatores de risco; confirmar o diagnóstico; e determinar as principais características epidemiológicas. O seu propósito final é orientar medidas de controle para impedir a ocorrência de novos casos.
Uma investigação epidemiológica envolve também o exame do doente e de seus contatos, com detalhamento da história clínica e de dados epidemiológicos, além da coleta de amostras para laboratório quando indicada, busca de casos adicionais, identificação do agente infeccioso, quando se tratar de doença transmissível, determinação de seu modo de transmissão ou de ação, busca de locais contaminados ou de vetores e identificação de fatores que tenham contribuído para a ocorrência do casos.
A INVESTIGAÇÃO DE SURTOS ACOMPANHA 3 EIXOS PRINCIPAIS:
1. A investigação epidemiológica propriamente dita, onde são utilizados formulários com entrevistas aos envolvidos no surto (doentes e não doentes) para detecção do veículo/fonte de transmissão e identificação do provável agente etiológico, sob a responsabilidade da vigilância epidemiológica;
2. A investigação laboratorial, com a coleta de amostras clínicas de pacientes, alimentos, utensílios e água para confirmação do agente etiológico, que complementa a investigação epidemiológica;
3. A investigação ambiental, com a realização de investigação do local de ocorrência/ambiente, sob a responsabilidade da Vigilância Sanitária. Estas ações são necessárias para a investigação da cadeia de produção de alimentos (desde a matéria-prima, seu transporte, manipulação/preparo/fabricação) até chegar ao consumidor, para se detectar os fatores contribuintes que possibilitaram o surgimento do surto. Assim, aspectos estruturais e de procedimentos (contaminação cruzada, modo de preparo, tempo/temperatura, manipuladores, conservação dos alimentos, exposição, higiene precária, etc..) devem ser observados cuidadosamente para que as medidas de correção sejam tomadas.
COMO INVESTIGAR OS CASOS DE UMA DOENÇA: todo paciente que apresenta quadro compatível com doença incluída na lista de notificação compulsória, necessita de atenção tanto da rede de assistência à saúde, quanto dos serviços de vigilância epidemiológica, o mais rápido possível.
PROCEDIMENTOS:
1. Assistência médica ao paciente - dependendo da magnitude do evento, a equipe de VE deve buscar articulação com os responsáveis pela rede de assistência à saúde (UBS, laboratórios, hospital).
2. Qualidade da Assistência: verificar onde e como os casos estão sendo atendidos. Precisa garantir capacidade para prestar assistência adequada e oportuna, de acordo com as características da doença.
3. Proteção Individual: quando necessário, adotar medidas de isoladamente.
4. Proteção da População: logo após a suspeita diagnóstica, adotar as medidas de controle coletivas específicas para cada tipo de doença. 
Roteiro de investigação de epidemias/surtos
O principal objetivo da investigação de uma epidemia ou surto de determinada doençainfecciosa é identificar formas de interromper a transmissão e prevenir a ocorrência de novos casos.
Etapa 1- Facilita a identificação e extensão do problema e grupos mais atingidos. Identifica o agente etiológico. (vírus, bactéria, protozoário).
Etapa 2- é feita com base na comparação do coeficiente de Incidência (casos novos) da doença no momento do evento investigado, com os usualmente verificados na mesma população.
Etapa 3- Tempo: duração do efeito/período provável da exposição 
Lugar: qual a distribuição geográfica: bairro, escola, vila, indústria ....
Pessoas: grupos etários mais atingidos, sexo, idade, que outras características distinguem os indivíduos afetados.
Etapa 4- identificar fontes e modo de transmissão – (tempo, lugar, pessoas). Taxa de ataque para os expostos é maior para os não expostos.
Etapa 5- Avaliar magnitude e gravidade (diárias, semanal, mensal) no caso do coronavirus está sendo diária. A partir desses dados, avaliar as medidas de controle e ver se necessário adotar outras.
Etapa 6- busca investigar casos similares no espaço geográfico – onde há suspeitas de contatos e/ou fontes de contágio ativo.
Etapa 7 – visando esclarecer/fortalecer as hipóteses
Etapa 8 – os dados são consolidados em mapas, gráficos, tabelas de acordo com as variáveis – tempo, espaço, pessoas. Onde? Quando? Quem? E a relação causa (por que?) Podem ser comparadas com anos ou tempos anteriores.
Etapa 9- Após identificação das fontes de infecção e modo de transmissão, bem com toda população exposta, devem ser recomendadas as medidas de controle. Quando se conhece a fonte do surto/epidemia, as medidas de controle são imediatamente implementadas, ou seja, direcionada a qualquer elo da cadeia epidemiológica.
Etapa10 – Discussão do evento utilizando o material da etapa 8.
Etapa 11- Divulgação dos dados consolidados.
Alguns cálculos são úteis e necessários para Investigação de Surtos:
1. Período de Incubação: é o tempo decorrido entre a exposição de um animal a um organismo patogénico e a manifestação dos primeiros sintomas da doença. Neste período não há doença e o hospedeiro não manifesta sintomas, pois todo o processo está acontecendo no âmbito celular.
Calcula-se usualmente o período de incubação de um surto, através da Mediana. Mediana é uma medida de tendência central. É o meio de um conjunto de observações quando esse número é ímpar ou a média dos pares do meio quando o número de observações é par.
· Para amostras de número N ímpar: a mediana será o valor da variável que ocupa o posto de ordem N + 1 / 2.
· Para amostras de número N par: a mediana será a média aritmética dos valores que ocupam os postos de ordem N e N + 2 / 2.
Este dado aliado ao quadro clínico, ajuda no raciocínio sobre os possíveis agentes etiológicos e servem para orientar o diagnóstico.
2- Taxa de Ataque: é a incidência da doença calculada para cada fator de risco provável/causa, isto é, por fator suspeito. Nos casos de doenças ou agravos de natureza aguda que coloquem em risco a população exposta por um período limitado em área restrito, a incidência é chamada de taxa de ataque. É aplicada aos surtos epidêmicos, ou seja, epidemias restritas. Refletem a descrição deste tipo particular de epidemia os eventos localizados de curta duração.
· Taxa de ataque = Pode ser calculada como o número de pessoas afetadas dividido pelo número de pessoas expostas.
Exemplo: 86 pessoas comeram salada de frango em uma festa. Destes, apenas 34 ficaram doentes A taxa de ataque me diz que 39,5% das pessoas adoeceram.
3- Risco relativo = Incidência entre expostos a determinado fator Incidência entre não expostos a determinado fator. É a relação de probabilidade ( risco) de um evento ocorrer no grupo tratado, contra o grupo controle ou placebo.
Exemplo: Evolução de pacientes esquizofrênicos em uso de clorpromazina e de placebo. 
Apresentaram piora dos sintomas: 416 pacientes que usam a medicação: 37 apresentaram piora. 379 não apresentaram piora. Sendo: 37/416 = 8.85%
212 cientes que usaram placebo: 70 apresentaram piora, 142 não apresentaram piora dos sintomas. 70/212= 33%
4 – Risco Atribuível: É a diferença de riscos. 
Fórmula = Incidência entre os expostos - Incidência os não expostos.
COMUNIDADE
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IMPRENSA
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NÍVEL NACIONAL
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