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Caso Clinico Discopatia - Cópia

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CASO CLÍNICO
Grupo B
• Ana Clara Lima
• Bianca Santos
• Juliary Correia
• Kelvin Sueyzy
• Laíse Barros
• Lavínia Anjos
CARACTERIZAÇÃO DO PACIENTE
• Bug
• Canino
• Bulldog Frânces
• 3 anos 
• 13,6 KG
• Não castrado
• Animal resgatado de antigo canil.
• Histórico de dermatopatia e hemoparasitose.
HISTÓRICO DO ANIMAL
• Consulta Inicial 24.07.2020
 Queixa Principal:
 Perda de movimento dos MPs após corrida na praia. Dificuldade respiratória.
 Quadro de êmese no dia anterior.
 Espasmos musculares e otite.
 Sinais Clínicos:
 Mídriase, dor intensa e aparente (manipulação).
 Incapacidade de apoio dos MPs.
 Exame Físico:
 Alerta, SC 8/9, Taquipneico, 39.8ºC 
 Ausculta e linfonodos sem alterações
 Mucosas Normocoradas, Normohidratado e TC> 2s
 Pulso forte e abdômen tenso.
HISTÓRICO DO ANIMAL
• Consulta Inicial dia 24.07.2020:
 Exames Complementares Solicitados:
 RX de MPE: Articulação de Joelho ML e CC
 RX de coluna toracolombar e lombossacra VD e LL
 RX de quadril VD e LL
 Terapêutica:
 Diacereína 27mg, 1 dose BID, 30 dias.
 Gabapentina 140mg, 1 dose BID, 15 dias.
 Condroton 1000mg, 1 comprimido SID, contínuo.
Vonau 4mg, ½ comprimido TID, caso êmese.
 Metadona 10mg/MI, 04ml IM
HISTÓRICO DO ANIMAL
• Consulta Inicial dia 24.07.2020:
Suspeita Clínica:
 Luxação Patelar
 Displasia Coxofemoral
 Luxação Coxofemoral
 Discopatia
HISTÓRICO DO ANIMAL
• Retorno dia 03.08.2020:
 Anamnese do retorno: 
 Melhora na êmese e diarreia 
 Sem espasmos musculares
 Controle da micção 
 Ausência do reflexo de propriocepção 
Bilateral 
Pélvico 
 Suspensão da gabapentina
 Indicação do uso da Diaceréina 27MG--------------- 60 doses. Fornecer a cada 12h – 30 
dias 
HISTÓRICO DO ANIMAL 
• Resultado do Raio X
 VD - LLD
 Incongruência nas articulações coxofemorais
Alteração morfológica em cabeças femorais
 Desvio medial em ambas patelas – Artefato 
posicional
HISTÓRICO DO ANIMAL
• Resultado do raio x:
 Alteração morfológica em T6, T7, T8 
acompanhada de espondilose ventral –
HEMIVERTEBRAS;
 Redução do espaço intervertebral em T13-L1;
 Opacificação de espaço intervertebral entre 
T12-T13
Mineralização de disco
Formação de imagem – sobreposição
 Conteúdo gasoso em cavidade gátrica
HISTÓRICO DO ANIMAL
• Consulta com Especialista 06.08.2020: 
 Queixa Principal:
 Diagnosticado com hemivertebras e redução de espaço intervertebral. Melhorou a 
locomoção, já consegue apoiar os 4 membros.
 Exame Físico Neurológico:
 Dor a palpação em região toracolombar.
 Reflexos:
 Propriocepção: ausente MPs e reduzido em MTs
 Patelar/Tibial Cranial/ Ciático e Gastrocnêmico: MPE ausentes e MPD reduzido a ausente
 Tônus muscular preservado. Leve atrofia muscular (deformidade).
 Movimentação da cabeça:
- Hiperflexão e Hiperextensão = Normais
- Lateralização = DOR (lesão cervical).
HISTÓRICO DO ANIMAL
• Consulta com Especialista 06.08.2020:
 Exames Solicitados:
 Painel Geral Canino: Hemograma, ALT e FA, Ureia e Creatinina, Proteínas totais e Frações, 
Glicose e Sumário de Urina.
 Tomografia de coluna Toracolombar e Lombossacra.
 Analisar possível Tomografia de região cervical.
 Tratamento: 
 Gabapentina 10mg, BID, 15 dias.
 Prediderm 20mg (3/4 do comprimido), SID, 4 dias.
 Meloxican 2mg (3/4 do comprimido), SID, 4 dias. Após termino do Prediderm.
 Flogo-rosa para limpeza do pênis, BID, 15 dias.
 Orientações:
 Restrição de espaço e acompanhamento com fisioterapeuta veterinário.
HEMIVERTEBRA EM CÃES
O que é?
• Ocorre em qualquer vertebra;
• única ou múltiplas.
Predileção:
• Bulldogue;
• Pug;
• Boston terrier;
má formação 
do corpo 
vertebral
estágios tardios 
da 
condrificação
e ossificação
falhas de 
vascularização
HEMIVERTEBRA EM CÃES
Sinais Clínicos
Compressão progressiva e crônica 
Após traumas agudos;
• Raros;
• Graves;
• lesão neuromotor superior pélvico Propriocepção diminuída 
• Incoordenação;
• Reações posturais retardadas;
• Paralisia dos membros posterior;
• Incontinência urinária e fecal.
HEMIVERTEBRA EM CÃES
Diagnóstico:
• Teste do Panículo e prospecção e palpação da coluna.
• Rx – alteração na angulação .
• Ressonância – mais específico.
Tratamento:
• Conservativo – não há progressão;
• Cirúrgico – estabilização com/sem descompressão medular
ARTIGO SOBRE DISCOPATIA:
• Discos intervebrais (DIV)
Ficam entre os corpos vertebrais, exceto entre C1-C2 e vertebras sacrais.
Formados por um anel fibroso externo que circunda um núcleo pulposo.
C4-C5, C5-C6 e L2-L3 DIV mais largos, C2-C3 e L4-L5 DIV mais estreito.
Dachs-hunds possuem os DIV mais largos comparado a outras raças.
O anel fibroso é mais espesso ventralmente e mais estreito dorsalmente.
FISIOPATOLOGIA:
ANATOMIA DE DISCO INTERVERTEBRAL (DIV)
FISIOPATOLOGIA:
ANATOMIA DE DISCO INTERVERTEBRAL (DIV)
Fonte:https://4.bp.blogspot.com/-qhyxAsMCXoQ/WyoR5nboX5I/AAAAAAAAVr0/MsFxXnJDoYcl_0Y7HK-
Y0zMBYJrPu612ACLcBGAs/s1600/Dachshund-IVDD-Support-Australia-Spinal-Vertebrae-Graphic.png
Disponivel em 11/08/2020
Fonte: Thrall (2014)
Fonte:https://d3i71xaburhd42.cloudf
ront.net/9b4713b7979ce0c726e920
4989925a9cf67bc525/45-Figure2-
22-1.png
Disponivel em 11/08/2020
• Degeneração(DIV)
Processo natural com o envelhecimento.
Pode ser Condrodistrófica ou Não-Condrodistrófica.
Condrodistrófica: ↓Glicosaminoglicano ↑Colágeno ↓Água ↓Capacidade hidroelastica.
Transformação progressima do núcleo pulposo em cartilagem hialina.
Pode ocorrer em toda coluna vertebral, média de 2 – 3 DIV calcificado por cão.
A calcificação ocorre com mais frequência entre T10 e T13.
Não-Condrodistrófica: ↑Colágeno fibroso do núcleo pulposo ↑Degeneração do anel 
fibroso externo.
 Ligado a idade (≥ 7 anos) e independente da raça.
 Protrusão dorsal de DIV.
Afeta poucos discos, mineralização rara.
DEGENERAÇÃO DE DISCO INTERVERTEBRAL (DIV)
DEGENERAÇÃO DE DISCO INTERVERTEBRAL (DIV)
Fonte: https://europepmc.org/article/med/28570511
Disponível em: 11/08/2020
DEGENERAÇÃO DE DISCO INTERVERTEBRAL (DIV)
Fonte: BRISSON, B. A – 2010
Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20732594/
Acessado em: 11/08/2020
Fonte: BRISSON, B. A – 2010
Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20732594/
Acessado em: 11/08/2020
• Extrusão(DIV)
Herniação de material de núcleo pulposo através de todas camadas do anel fibroso no 
canal medular.
Material extrusado geralmente é irregular, granuloso e quebradiço.
 Extrusões crônicas: aderem fibrosamente a dura-máter ou pode ser reabsorvido.
Ocorrem mais comumente em raças condrodistróficas
• Protrusão (DIV)
 Ruptura do anel fibroso, extensão focal de anel fibroso e núcleo pulposo.
 Lisas, firmes, redondas e não aderidas.
Anel fibroso externo intacto e mineralização nuclear rara
Ocorre mais comumente em raças não condrodistróficas
EXTRUSÃO E PROTRUSÃO DE DISCO 
INTERVERTEBRAL(DIV)
EXTRUSÃO E PROTRUSÃO DE DISCO 
INTERVERTEBRAL(DIV)
Fonte: https://blogfisioterapia.com.br/wp-content/uploads/2017/10/tipos-de-hernias.jpg
Disponivel em: 11/08/2020
INCIDÊNCIA E PREDISPOSIÇÃO
• Prevalência geral: 2%
• Dachshund: 12,6
• Pequinês: 10,3
• Beagle: 6,4
• Cocker Spaniel: 2,6
Fonte: M.V Ana Carolina Dias. Disponível em: 
<https://mvanacarolinadias.com.br/9-perguntas-e-respostas-sobre-hernia-
de-disco-em-caes/>. Acesso em: 11 ago. 2020
Fonte: BRISSON, B. A; 2010
MÉTODOS DIAGNÓTICOS
• Radiografia lateral e ventrodorsal
 Mineralização e diminuição do espaço intervertebral; Estreitamento das 
facetas articulares, estreitamento ou aumento da opacidade do forame 
intervertebral.
• Mielografia
 Modalidade de imagem padrão. Precisão para localização da lesão: 72 a 97%
• Análise do líquido cefalorraquidiano
Pleocitose, aumento da concentração de proteína, linfocitose.
Fonte: BRISSON, B. A; 2010
MÉTODOS DIAGNÓTICOS
• Tomografia Computadorizada
 Imagens ósseas de alta qualidade
• Ressonância Magnética
Melhor método diagnóstico paradetecção de degeneração em disco e para 
imagens da medula espinhal, discos e estrutura associadas.
Fonte: BRISSON, B. A; 2010
TRATAMENTO
GRAU SINTOMATOLOGIA TRATAMENTO
I Dor, com ou sem danos 
neurológicos
Conservador
II Paraparesia capaz de 
andar
Conservador
III Paraparesia incapaz de 
andar
Cirúrgico
IV Plegia com sensibilidade 
profunda
Cirúrgico
V Plegia sem sensibilidade 
profunda
Cirúrgico
Fonte: KLESTY, A; FORTERRE, F; BOLLN, G; 2019.
TRATAMENTO CONSERVADOR
• Restrição de espaço
• Analgésicos, antiinflamatórios e relaxantes musculares
• Fisioterapia
• Acupuntura
Fonte: BRISSON, B. A; 2010
TRATAMENTO CIRÚRGICO
• A escolha do método cirúrgico, deve ser baseado nos exames de imagem, 
para cada paciente individualmente.
 Hemilaminectomia; Hemilaminectomia sem fenestração; Laminectomia; 
Microdiscectomia. 
Fonte: KLESTY, A; FORTERRE, F; BOLLN, G; 2019.
REFERÊNCIAS
BRISSON, B. A. Intervertebral Disc Disease in Dogs. Veterinary Clinical
Small Animals, n. 40, p. 829-858, 2010.
KLESTY, A; FORTERRE, F; BOLLN, G. Outcome of intervertebral disk 
disease surgery depending on dog breed, location and experience of 
the surgeon: 1113 cases. Tierarztl Prax Ausg K Kleintiere Heimtiere, N. 47, 
p. 233- 241, 2019.
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