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Governo de Dom Pedro II e Revoltas Liberais

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REGÊNCIA e REVOLTAS LIBERAIS 
 A ÉPOCA DA REGÊNCIA foi uma das mais conturbadas de toda a história nacional. Diversos movimentos 
(Cabanagem, Farrapos, Sabinada, Balaiada, Guerras Platinas) demonstraram a insatisfação contra o sentido 
aristocrático e antidemocrático da política executada pelos detentores do poder. 
 
 O PARTIDO BRASILEIRO que se manteve coeso durante a independência, dividiu-se em três: 
1. PARTIDO LIBERAL EXALTADO: defendiam a República, o nacionalismo e algumas melhorias sociais ao povo. 
2. PARTIDO LIBERAL MODERADO: defensores dos interesses da aristocracia rural. 
3. PARTIDO RESTAURADOR: defendia a volta de D. Pedro I. 
 
 O GOLPE DA MAIORIDADE 
Os partidos Liberal e Conservador eram os que disputavam o poder político ao final da Regência. Sem 
apresentar coesão interna, lutando com todas as armas pelo poder, aceitavam e defendiam a estrutura oligárquica 
brasileira. Eram diferentes apenas na forma de como mantê-la. 
Os Liberais, então, iniciaram o movimento pela Maioridade de D. Pedro de Alcântara, 3 anos antes. 
Obtiveram o apoio da aristocracia rural, pois acreditavam que o retorno da figura do monarca poria fim a 
instabilidade do país. 
Houve quem defendeu o Golpe: 
 “ Queremos D. Pedro II / Embora não tenha idade / A nação dispensa lei / Viva a maioridade” Eram versos 
dos jornais liberais) e quem se opunha ao mesmo ( “ Por subir Pedrinho ao trono / Não fique o povo contente / Não 
pode ser boa coisa / Servindo pra mesma gente” eram as palavras das quadrinhas populares. 
Por terem sido os apoiadores do golpe, que aconteceu em 23 de julho de 1840, os liberai foram chamados 
para compor o ministério que assessoraria o imperador. Houve o fim da Guerra de Farrapos e da Balaiada, mas 
surgiram outros movimentos de oposição: A Revolta liberal de 1842 e a Revolta Praieira. 
 
REVOLTA LIBERAL DE 1842 
 
Decorre da disputa de poder político entre os partidos liberal e conservador. Considerando que os liberais 
eram maioria no primeiro ministério de D. Pedro II, vencendo a eleição da câmara em 1842, o Partido Conservador 
alegou que tal eleição não teria sido legítima. Para solucionar o questionamento, o Poder Moderador substituiu o 
ministério liberal pelo conservador. Em São Paulo, a revolta dos liberais contra essa substituição foi liderada pelo 
brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar e em Minas Gerais, pelo brigadeiro Teófilo Otoni. Ambas as revoltas foram 
abatidas pelas forças imperiais. 
 
A REVOLUÇÃO PRAIEIRA (PERNAMBUCO – 1848/ 1850) 
 Tinha um programa definido, com participação popular de dois mil homens em armas e com perspectiva de 
mudança social contrária ao poder da camada latifundiária. Em Pernambuco, os proprietários rurais possuíam 
muito poder e, tanto as terras boas para produção e o comercia encontravam-se concentrados nas mãos de 
famílias tradicionais do açúcar e dos portugueses, respectivamente. 
Dessa forma, sem ter como se manter, porque não tinha terra nem conseguia emprego no comércio, os 
pernambucanos/brasileiros/ praieiros, apresentaram o MANISFESTO AO MUNDO ( pedia o voto universal, 
liberdade de imprensa, nacionalização do comércio e extinção do poder moderador). A nomeação de um 
conservador (Pedro Ivo) para o governo de Pernambuco fomentou tal postura. Ele comandava as forças militares 
contra os rebeldes, compostos por pequenos arrendatários, boiadeiros, mascates, mulatos e negros. Outro 
governador conservador foi nomeado e mais uma vez quem saiu ganhando foi a elite política conservadora do 
Brasil. 
 
PARLAMENTARISMO ÀS AVESSA 
A manutenção da unidade brasileira depois da independência é um caso a parte na história do continente sul 
americano. A justificativa não é pacífica, sendo defendido por alguns historiadores que a unidade aconteceu devido 
a necessidade de coesão frente as pressões externas (ingleses e platinas) e outros, que tal união decorre das 
pressões internas ( divisionismo político e insurgência popular). Certo é que a unidade se deu pelo Estado 
monárquico, em parceria com as elites dirigentes e os grupos dominantes, com seus interesses nas grandes 
propriedades e exploração do trabalho escravo. 
Ainda que houvesse unidade, era necessário que o Governo Central se articulasse com os Governos 
Provinciais e Municipais, por meio de negociações políticas e interesses partidários. Para por fim a esse quadro, foi 
criado o cardo de presidente do Conselho de Ministros, encarregado de organizar o Gabinete do Governo, ou seja, 
escolher os demais membros do ministério. Visava tornar o imperador um figura mais isenta. A criação desse cargo 
é a introdução do parlamentarismo no Império. Na hipótese de confrontação política entre o gabinete e a Câmara 
dos Deputados, cabia a D. Pedro II, titular do Poder Moderador, demitir o gabinete ou dissolver a câmara, 
convocando novas eleições. Devido a existência do Poder Moderador controlando o parlamento brasileiro é que o 
mesmo é denominado de às avessas. Na Inglaterra, nação que primeiro adotou o parlamentarismo monárquico, 
dizia-se que o rei reina, mas não governa e que no Brasil, o rei reina, ri e rói: sobre o Estado, do parlamento e o 
povo, respectivamente. 
 Esse parlamentarismo permitia a solução pacífica: o imperador simplesmente demitia o Primeiro Ministro 
Conservador e nomeava um Liberal. 
 
GUERRA DO PARAGUAI 
 Financiada pelos ingleses, pois o desenvolvimento da colônia diminuía seu mercado consumidor. Paraguai pais 
mais livre do colonialismo; estatizou latifúndios, diversificou a economia, indústria e monopólio do comércio 
externo. 
 1864: Brasil invade Uruguai e coloca um colorado a força no poder com apoio da Argentina. A resposta foi um 
Blanco invadir o mato grosso e duas províncias argentinas. Maior conflito entre os países sul-americanos. TRIPLICE 
ALIANÇA(1865): BRASIL, URUGUAI E ARGENTINA - incorporação de terras paraguaias ao BR e AR. Apoio inglês. 
Guerra termina em 1870, com o Paraguai arrasado com grande morte de seus habitantes, terras tomadas por 
estrangeiros e proprietários tendo que pagar por elas. Inglaterra maior vencedora, pois manteve domínio 
econômico. BR e AR ganharam as terras, mas mantiveram dependência da Inglaterra. Queda da popularidade de 
Dom Pedro II. 
 
 
ATIVIDADES PRODUTIVAS 
Sai do nordeste e vai para a sudeste; deixa de ser cana de açúcar( concorrência da beterraba)/ algodão 
(norte-americano e oriental)/ tabaco ( fim do tráfico de escravos) e vira café ( vale do Paraíba RJ e SP - porto RJ; 
interior de SP Terra roxa - porto Santos; sudeste de Minas e Norte do Paraná). 
MUDANÇAS: sistema ferroviário de transporte; máquinas industriais na indústria de café e têxtil; 
aparecimento de cidades; comércio de importação exportação e sistema bancário; trabalhador livre assalariado 
(1850). 
 
CRESCIMENTO URBANO COM A MODERNIZAÇÃO DO BRASIL DECORRENTE DA ATIVIDADE CAFEEIRA. 
Lucro na balança comercial. Cidades mais diversificadas, ideias progressistas, vida cultural x Pequeno 
proprietário prejudicado com a LEI DE TERRAS (1850) que determinava que a aquisição de terras só por meio da 
compra, ficando proibido doar ou ocupar. No início da colonização a terra era do Rei e para ter era necessário pedir 
e se concedida dava grande prestígio social. Agora, era só pelo prestígio econômico. Preço alto para dificultar a 
compra pelos recém chegados imigrantes, que vinham substituir os escravos. 
 
MÃO DE OBRA 
Começou escrava, mas com a demanda aumentando e pressão inglesa para o fim do tráfico (consumidores e 
produção mais barata). LEIBILL ABERDEEN - navio inglês poderia apreender navios com escravos e o julgamento 
seria na Inglaterra. Não funcionou e aumentou o preço do escravo. 
 LEI EUSÉBIO DE QUEIRÓS - PÕE fim ao tráfico no Brasil e coincide com a expansão do café. Direciona 
o dinheiro para industrias e obras públicas. Incentivo a imigração europeia ( Nicolau Campos 
Vergueiro). Imigrante chegava individado e ficavaresponsável pelo plantio, cultivo e colheita do café 
e dividia os lucros e prejuízos anuais com os proprietários da terra. Imigrantes se revoltam por não 
conseguirem independência e fim do sistema de "parceria". 
 
 LEI DO VENTRE LIVRE (1871) - escravos livres após 8 anos, mediante o pagamento de indenização ou 
usa-lo como escravo até os 21 anos. 
 
 
 LEI DOS SEXAGENÁRIOS (1885) - liberdade aos escravos com mais de 65 anos. Mas ninguém chegava 
a essa idade. Retorno do apoio aos imigrantes como mão de obra. 
O HOMEM NEGRO 
LEI ÁUREA (1888) proíbe a mão de obra escrava, mas sem prestar qualquer assistência e apoio aos 
escravizados. Acontece devido a resistência dos negros por meio dos quilombos, fugas, tiroteios com capatazes, 
aborto. Questão humanitária e econômica, que permitiria o desenvolvimento e progresso do país. 
 O negro foi jogado a própria sorte, o que acabou reafirmando o ideia de inferioridade, discriminação, 
preconceito. Racismo, que tem reflexos até hoje, quando a população mais pobre, favelada e carcerária é negra e 
de origem negra. Dívida social do país para com os afrodescendentes..

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