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ANESTÉSICOS LOCAIS São fármacos paliativos -> prevenir a dor das intervenções (mais usados pela classe odontológica) Definição anestesia local: é a supressão temporária de todos os tipos de sensibilidade (são inespecíficos) de uma determinada área do organismo, sem perda da consciência Definição anestésicos locais: são substancias capazes de impedir, de modo reversível (não havendo neurotoxicidade/sequelas), a gênese e a condução de impulsos nervosos nas fibras nervosas sensitivas (deprimem a excitabilidade de qualquer célula excitável seja ela, neurônio, gânglio, músculos). Na odontologia temos um efeito misto de anestesia com paralisia. Histórico Cocaína: alcaloide (alcalino): ação vasoconstritora, psicodélica. Consequência: com os efeitos psicotrópicos iniciaram dependência dos pacientes pela droga Procaína e Tetracaína – em desuso Lidocaína (1943) “xilocaína” – usada até hoje (baixa toxicidade) Bupivacapina (1957) – causa depressão cardíaca o PROVA: o fato da bupivacaína ser um depressor cardíaco é uma surpresa ou esperado? É esperado, todo fármaco diminui a excitabilidade de qualquer célula e como ela é mais potente causa essa depressão (esse fármaco foi uma tentativa de melhorar a lidocaína) Prilocaína (1961) – efeitos adversos na obstetrícia (usado mais na veterinária) Articaína (1969) – proibida em vários países devido ao efeito hematotóxico importante causando hipersensibilidade Ropivacaína (1996) Levobupivacaína (2001) – uso em obstetrícia Futuro: os anestésicos precisam entrar no nervo para atuar mas o Ph do interstício é 7,4 no intracelular 7.0, e temos que fármacos básicos em ambientes básicos passam para forma não ionizada molecular lipossolúvel, passando para dentro do nervo. No caso de regiões inflamadas, o ph extracelular diminui para 6,5, então na presença do fármaco básico na região ácida o fármaco passa para forma não ionizada hidrossolúvel, impedindo sua passagem para dentro do nervo (não ocorrendo anestesia) o Espécies de peixes (Fugu, baiacu) e sapo dourado, tem toxinas (tetrodotoxina) que causam dormência dos lábios e língua. Ela não atua dentro do neurônio mas do lado de fora, bloqueando os canais de sódio, atuando independente do Ph. Química e Classificação Cocaína (benzoil-metil-ecgonina): dois radicais e uma ponte. Em ambiente aquoso o Nitrogênio presente em um dos radicais se liga a mais um Hidrogênio, formando um nitrogênio quaternário, e dessa forma, faz com que esse lado da molécula fique desbalanceado. o Radical apolar (liposs) + cadeia intermediária + radical polar (hidrossolúvel) o Dessa forma classificamos a partir da cadeia intermediária ÉSTER (derivados do PABA ácido p-amino-benzoíco) – exemplo: procaína AMIDAS (derivados do XILENO, TOLUENO e TIO-FENÓLICO) – exemplo: xilocaína (lidocaína) Funções das partes da molécula o Grupo amina: permite a molécula mover no meio aquoso o Grupo intermediário: separador físico entre as cabeças hidrofília e lipofílica, faz com que a molecula tenha uma estrutura quaternária que permite o acoplamento em algum neurônio Classificação o GRUPO ÉSTER Procaína Tetracaína – uso otorrino Benzocaína – muito lipossolúvel (anestesia em mucosa integra, podendo ser usado em forma de pastilha, enxaguante etc) o GRUPO AMIDA Derivados xilênicos Lidocaína Mepivacaína: tempo de ação maior porém bem mais caro Bupivacaína: efeito mais intenso e prolongado que a lidocaína, podendo ser usado em cirurgia mais extensas como implantes. Em obstetrícia é muito depressora cardíaca. o Mistura de dois isômeros - isomeria quirálica: foi descoberto que o isômero S(-) tem menor cardiotoxicidade e menor bloqueio motor criando a simocaína podendo ser usada em obstetrícia. Derivados toluênico Apenas uso odontológico (em obstetrícia as crianças nasciam azul) Derivado tiofênico Articaína Completar com SLIDE Mecanismos de ação Dentro do tubete predomina a forma iônica que é mais solúvel, depende do pka do fármaco e do meio Ao injetar no organismo, estará do meio fora do nervo PROVA: Onde existem mais formas iônicas, dentro ou fora do nervo? Se dentro é mais ácido que fora temos mais formas iônicas dentro. Pela interação da forma iônica com a face interna da membrana do neurônio que impede sua saída devido ao ph, que nasce a ação anestésica. Local de ação: canal de sódio. Os canais são controlados em sua abertura por pequenas proteína móveis chamadas Gates (portas) o Gate de ativação e Gate de inativação possuem 3 estados o São sensíveis a variações do campo o Em estrutura sadia os Gates estão mais em estado de repouso ou aberto (então é mais fácil anestesiar o doente, que tem os Gates em estado inativado). Então em estado sadio é mais difícil a anestesia. o Quando os fármacos entram no neurônio e encontram os Gates na posição INATIVADO eles se ligam a esses Gates mantendo-os nessa posição, prolongando o período refratário nesse ne→rvo Fatores que interferem no efeitos de anestésicos locais Pka do fármaco e o PH do tecido – esses fatores não podemos modificar, depende da condição do paciente, podendo estar normal ou inflamado Tempo de difusão da ponta da agulha até nervo Tempo de difusão para fora da fibra o Uso de vasoconstritores (aumenta o tempo clínico útil) Influência do diâmetro da fibra o A mais fina é mais rápida anestesiada Influência da estimulação prévia o Quanto o tato tiver desaparecido a dor também terá, dessa forma testamos o tato para ver se o paciente já tem as fibras mais grossas e finas anestesiadas o Fibras finas = dor o Fibras grossas: tato, cinestesia, propriocepção o Pessoas sadias são mais difíceis de anestesiar que pessoas doentes Influência da concentração do fármaco Término do efeito o Remoção física das moléculas da região (sem metabolismo) o PROVA: Dois pacientes A e B um sadio e outro grave problema hepático, se apresentam para intervenção sob anestesia com lidocaína, que é metabolizada no fígado, como se da a recuperação anestésica nesses pacientes? Não há diferença na recuperação entre eles, pois o fim do efeito não depende do metabolismo, só depende do anestésico ser levado pelos vasos. Vias de administração A medula espinal na porção mais lombar se desfaz em fibras mais finas, de L1-L2 para baixo são dadas anestesias sem risco de lesar a medula, as fibras são bastante grossas e envoltas com uma estrutura escorregadia, sendo assim a agulha não consegue perfurar essas fibras. Anestesia epidural: sobre a duramater da coluna vertebral, compromete as raízes sensitivas e não motoras, muito usada em partos normais Anestesia Raqui: sobre o espaço subdural, diretamente no liquor (liquido cefalorraquidiano), estará perto dos nervos das raizes espinais. Muito usado para procedimentos em vísceras. Efeitos adversos Psicogênicos o Síncope o Hiperventilação o Náuseas, vômitos o Alterações FC ou Pa o Falsas reações alérgicas Hipersensibilidade o Ésteres (amidas: muito raro) o Metabissulfito: conservante da noradrenalina o Parabenos: cosméticos e medicamentos, é um conservante Coração o Diminuição das quatro propriedades: Força de contração, automatismo (FC), velocidade de condução pelas vias específicas do coração (condutibilidade) e excitabilidade. Por essa propriedade pode ser usado em vias intravenosas para intervir arritmias SNC o Fase I: excitação Inquietude, irritabilidade, aumento da FC, FR, PA, abalos musculares e SLIDE o Fase II: depressão Mecanismo de morte: depressão respiratória SN Periférico o Parestesias prolongadas: articaína e prilocaína Respiração o DEPRESSÃO Sangue (metahemoglobimia) crianças nasciam azul o Principal: prilocaína o Alguns relatos: articaína Vasos: vasodilatação o Necessidade de uso de vasoconstritores Pacientescom problemas cardíacos e grávidas, que querem anestesia sem vasoconstritores, USE COM VASOCONSTRITOR, pois os sem vasocontritor tem ação breve e necessitará de mais tubetes, com o uso consequente de vários tubetes, os tubetes subsequentes terão efeito anestésicos muitos rápidos devido a vasodilatação dos anteriores que levam o anestésico rapidamente Outros tópidos de interesse Hipertireoidismo o Sessões curtas e menos atraumáticas possíveis, e assegurar que o paciente esta tomando sua medicação Diabetes mellitus Cardiopatia/Hipertensao Gravidez
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