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04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 1/43 SISTEMA DE SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADEGESTÃO DE QUALIDADE Me. Karina Gomes Rodrigues IN IC IAR 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 2/43 introdução Introdução Iniciamos este conteúdo destacando que a gestão da qualidade é, certamente, um dos temas mais importante no mundo dos negócios. A relevância de seu estudo está no fato de que todo negócio (produto ou serviço) precisa ter qualidade. Começaremos apresentando a história da qualidade, quando e como surgiram os primeiros conceitos relacionados à qualidade em produtos e serviços. Em seguida, serão apresentadas algumas abordagens acerca da qualidade, pois, como veremos, existem discordância entre percepções e visões sobre o entendimento e conceito de qualidade, analisados no ambiente corporativo. Mais adiante, discutiremos a evolução do conceito e foco da qualidade, bem como as características das “eras da qualidade”, assim chamadas as fases que marcam esse período de evolução. As oito dimensões da qualidade que embasam os sistemas de gestão da qualidade serão apresentadas e, brevemente, comentadas. Outro tópico de suma importância que será discutido, nesta unidade, é a qualidade e o foco no negócio, a�nal, a sustentabilidade e o sucesso de qualquer negócio estão ligados ao desempenho do sistema da qualidade. Para encerrarmos, trataremos dos níveis hierárquicos e as estratégias de qualidade aplicáveis a cada nível. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 3/43 Enquanto conceito, temos a qualidade presente em nosso cotidiano há milênios. Mais recentemente, até o código de Hamurabi (Mesopotâmia século XVIII) já previa e indicava que um construtor de casas podia ser condenado à morte se as casas que construía não tivessem a devida qualidade e ruíssem, matando seus moradores. Durante os séculos XVIII e XIX, qualidade era tão somente a adequação de algum produto às necessidades dos clientes, mas como era feito de maneira única, pelo fato de ser confeccionado por artesãos para um cliente que de�nia de “per si” seus desejos, o produto era sempre carregado de vícios do fabricante e dos clientes. Com o início da Revolução Industrial, que fomentava a produção em escala e padronizada, surgiu a necessidade de inspecionar os produtos no intuito de garantir a uniformidade, mas ainda assim, os lotes de produtos eram feitos em pequenas quantidades pois eram ajustados para a venda, por artesãos e mestres de ofício. A partir da base histórica da simples inspeção, a evolução se deu e tem seu norte como ferramenta para o gerenciamento estratégico. Nota-se que a História e Evolução daHistória e Evolução da QualidadeQualidade 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 4/43 evolução se deu em fases muito distintas, as quais são denominadas de eras, e podem ser divididas em quatro. 1ª A Era da Inspeção A inspeção dos produtos de maneira sistêmica, só passou a ser realizada com o advento da produção seriada e o desenvolvimento de peças que podiam ser utilizadas de modo intercambiável. Com a Primeira Guerra Mundial (1914- 1918) �cou muito evidente que defeitos recorrentes em armamentos podiam ser evitados fazendo-se uso de gabaritos, padrões mecânicos e de projetos com um nível melhorado de detalhamento, gerando a possibilidade de terminações mais exatas e menos falíveis. Algumas empresas passaram a utilizar esta metodologia, sendo que as que mais se bene�ciaram dela foram as que fabricavam armamentos, maquinário agrícola e as que produziam máquinas de costura. Durante este período, o sistema de produção norte- americano muito evoluiu e a qualidade, enquanto atividade independente, ganhou notoriedade ao ser incluída como uma das oito che�as necessárias para bem gerenciar uma fábrica segundo Frederick W. Taylor (Pai da Administração Cientí�ca): O inspetor é responsável pela qualidade do trabalho, e tanto os operários quanto os mestres (que providenciam o uso das ferramentas de corte apropriados, que veri�cam se o trabalho está no rumo certo e se os cortes estão sendo feitos na parte certa da peça) têm que cuidar para que o trabalho seja acabado de maneira a satisfazê-lo. É claro que ele pode trabalhar melhor se for um mestre na arte de acabar o trabalho bem e depressa (TAYLOR, 1919, p. 101 apud GARVIN, 2002, p. 5). Os produtos só eram veri�cados ao �nal do processo, e se buscava tão somente identi�car os produtos bons daqueles com defeito; os produtos com defeito eram descartados e gerava perdas materiais e perdas com os recursos humanos e de outros insumos. Em Mello (2011, p. 9) podemos encontrar algumas características da era da inspeção da qualidade: 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 5/43 Se a inspeção é realizada no produto acabado, ela nada pode fazer pela qualidade desse produto, apenas pode descartá-lo, dar-lhe outro �m, ou na melhor das hipóteses, corrigi-lo até que �que bom. Essa prática seguramente evita que o produto defeituoso chegue às mãos do consumidor, mas em nada contribui para melhorar a produtividade da indústria, pois não investiga o processo que levou ao defeito e não previne o aparecimento de outros produtos defeituosos. Ou seja, gera desperdício. Essa foi a primeira manifestação de preocupação com a qualidade. Esse procedimento de inspeção em 100% da produção (produto a produto) já era realizado pelos artesãos, antes mesmo dos processos industrializados. Outra característica dessa fase foi o surgimento da �gura do inspetor, o responsável pela qualidade dos produtos. O foco era o produto �nal. Porém, faltava um embasamento estatístico a esta evolução do conceito qualidade, e a busca era tão somente pela conformidade, a busca era apenas da uniformidade em atenção às especi�cações de�nidas, e faziam-se apenas atividades de contagem de produtos sem defeitos e com defeitos, sua classi�cação com base nos defeitos apresentados e os reparos para devolver o produto à comercialização. 2ª A Era do Controle Estatístico da Qualidade Durante os dez anos seguintes, foram desenvolvidas pesquisas de metodologias que gravitavam em torno da estatística aplicada ao controle de qualidade graças, principalmente, a “Bell Telephone Laboratories” que reuniu nomes como Walter Shewhart, Harold Dodge, Harry Romig e um pouco mais tarde Joseph Duran. Estes desenvolveram a disciplina Controle Estatístico da Qualidade (CEQ), aplicada por amostragem para atestar a qualidade de produtos e de processos produtivos, usada inicialmente durante a Segunda Guerra Mundial, por obra da necessidade de aumento de escala da produção e que atestava para um lote, ou uma determinada produção sua qualidade, com os agravos do “Controle Estatístico de Processo – CEP” e, do ciclo “PDCA (do inglês Plan - Do - Check - Act)”. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 6/43 Com o aumento da demanda e modernização dos processos produtivos em massa, �cou inviável a inspeção produto a produto, em função do tempo para essa atividade. O foco das inspeções passa a ser o processo. Vejamos outras características dessa fase, destacadas por Mello (2011, p. 10): Permanecia-se, no entanto, no âmbito da inspeção de produtos prontos, apontando e quanti�cando os defeitos, sem investigar as causas. Além disso, o surgimento dos setores especializados em controle de qualidade teve um efeito colateral, a qualidade passou a ser responsabilidade apenas de um setor, isolando-se dos demais agentes do processo produtivo. Ao focar o processo, englobava-se todoo ciclo produtivo, do projeto ao acabamento. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a indústria bélica norte- americana foi instigada a produzir mais e melhor e, o uso do controle estatístico da qualidade foi amplamente utilizado. 3ª A Era da Qualidade Total Apesar dos ganhos de produtividade e qualidade durante a guerra, as metodologias de qualidade não foram de todo aceitas na indústria americana, e como o Japão subjugado pela derrota deveriam e poderiam ser explorados, optou-se por utilizar este país como laboratório prático no uso destas metodologias. Como o povo japonês, historicamente, era determinado a bem fazer, obedientes a hierarquia e com um nível de escolaridade superior ao dos americanos (a população japonesa já nesta época possuía pelo menos o nível médio) além de serem extremamente disciplinados, com muita facilidade foi desenvolvido e aplicado as técnicas de qualidade. Os japoneses, pelo fato de depender das exportações de manufaturados para comprar todas as suas necessidades e ainda pagarem as dívidas de guerra, utilizaram as técnicas para poder vender mais e com qualidade a preços menores. No pós-guerra, os EUA tinham sucesso em todas as áreas de produção, e um Japão derrotado que se apegou a �loso�as desenvolvidas por Edwards Deming e Joseph Juran para desenvolver uma nova forma de produzir com qualidade, não só para as tecnicidades relacionadas ao produto, mas também para as relações com o cliente �nal na busca de sua satisfação e a adequação 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 7/43 do produto no tocante a sua utilização. Esta nova visão fez repensar os produtos desde sua concepção e projeto, até o pós-venda e, principalmente, torna responsável pela qualidade e pelas atividades de melhoria da qualidade de vida de todos os funcionários da empresa. O foco é na prevenção dos defeitos. Os estudiosos da época entram em cena não apenas para quanti�car defeitos, mas para identi�car e eliminar suas causas, com o desenvolvimento e a utilização das chamadas “ferramentas da qualidade”, repercutindo em eliminação de desperdícios, melhoria da produtividade, redução de custos. Destacaram-se Crosby com seu programa defeito zero, Juran, com estudos sobre custos da qualidade, Feigenbaum com sua concepção de controle total da qualidade (ou total quality control – TQC), também Kaoru Ishikawa e Taguchi que relacionou qualidade a variabilidade dos processos industriais. A partir dos anos 70, tanto Japão como os EUA aprimoraram seus processos de controle de qualidade, e os difundiram para o mundo, uma vez que a comunidade internacional se tornou mais e mais exigente na busca da qualidade. Houveram discrepâncias nas metodologias, pois o Japão optou pela busca de um meio de produzir excluindo qualquer coisa que não agregasse valor ao produto, assim, as trocas de ferramentas, desperdício de tempo ou materiais, lotes de produção, entre outros itens, foram equacionados e eliminados da produção que pretendiam fosse enxuta, o método buscava evitar defeitos antes de sua ocorrência, muito colaboraram para isso W. E. Deming, Shewhart, Kaoru Ishikawa, Armand Feigenbaum e Joseph M. Duran. Ato contínuo, a partir de 1987, com a criação da norma de gestão da qualidade ISO 9000 (trata-se da norma que certi�ca os Sistemas de Gestão da Qualidade e de�ne os requisitos para a implantação do sistema), os sistemas de garantia da qualidade foram largamente difundidos, os padrões de qualidade foram adotados e a busca pelo defeito-zero ganhou clamor mundial. 4ª A Era da Gestão Estratégica da Qualidade A ênfase passa do controle do produto para o controle sobre os processos produtivos, de modo que toda a empresa esteja envolvida e comprometida com os objetivos da qualidade, em especí�co os da organização, em geral. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 8/43 Neto Shigunov e Campos (2016, p. 41) destacam que dessa forma a responsabilidade não é mais de um único setor sob a direção de um grupo de pessoas, mas sim de todos os setores e funcionários. Atualmente, em face da visão de que o quesito qualidade atesta vantagens em relação à concorrência, a gestão passa a objetivar a melhoria contínua dos processos, dos serviços e produtos e toda a estrutura organizacional é chamada a ação fazendo qualidade e procurando melhoria contínua. O foco é na gestão. Mello (2011, p. 12) destaca que: A gestão da qualidade total exige um desempenho organizacional que vá além das expectativas dos clientes. Superando o entendimento da qualidade como conformidade do produto a um padrão, é preciso olhar para a conformidade do produto às expectativas dos clientes. Para que a qualidade e, consequentemente, a competitividade organizacional seja duradoura, é necessário que a empresa otimize seu desempenho de forma a não apenas em um ou outro setor. Com base em tudo que discutimos, nota-se que houve uma clara evolução do conceito de qualidade como resume o Quadro 1.1 a seguir. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 9/43 Quadro 1.1 - Evolução do conceito de qualidade no âmbito organizacional Fonte: Adaptado de Mello (2011, p. 13). Atualmente, entretanto, não basta apenas que a organização disponha de sistemas de controle da qualidade e padrões de�nidos para seus processos (tanto aqueles relacionados à produção de bens tangíveis, quanto às operações de serviços), nem que vá ao encontro dos desejos e das necessidades dos clientes. Segundo Neto Shigunov e Campos (2016, p. 43), “a 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 10/43 qualidade deve ser representativa em sua comunidade, satisfazendo a toda a rede de contatos (fornecedores, governo, acionistas, investidores etc.) e buscando a excelência organizacional por meio da Qualidade Total”. Neste sentido, a qualidade torna-se uma preocupação de caráter estratégico, sua visão foi ampliada e atualmente é considerada uma estratégia que a organização dispõe para obter vantagem competitiva face aos concorrentes. A gestão estratégica da qualidade é uma abordagem que objetiva a melhoria contínua de seus processos, produtos e serviços, que envolve todo o meio organizacional. Os projetos de melhoramento contínuo adotados pela organização buscam maximizar a produtividade e fortalecer a rentabilidade da organização, reduzindo os custos, eliminando os desperdícios, gargalos, reclamações e devoluções nos processos e em atividades que agreguem valor ao cliente, objetivando fornecer produtos e serviços com excelência que proporcionem satisfação e/ou superem às necessidades e expectativas dos clientes interno e externo. A partir daqui, o foco passa a ser o cliente e as necessidades e expectativas dele, projetando o papel de destaque da a área da qualidade nas empresas, Atualmente, já não basta assegurar a conformidade do produto com o planejado. É preciso garantir a conformidade de acordo com o que o cliente almeja. Por isso, a qualidade torna-se estratégica. praticarVamos Praticar Para Neto Shigunov e Campos (2016, p. 45), “a qualidade como modelo de gestão administrativa transformou-se ao longo da recente história da ciência 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 11/43 administrativa, adequando-se dessa forma as exigências do mercado”. NETO SHIGUNOV, A.; CAMPOS, L. M. F. Introdução à Gestão da Qualidade e Produtividade: conceitos, história e ferramentas. Curitiba: Intersaberes, 2016. Considerando as informações apresentadas no texto a respeito da evolução histórica da qualidade, avalie as a�rmações a seguir. I. Na era da inspeção, o principal foco estava na detecção de eventuais defeitosde fabricação, sem haver metodologia preestabelecida para executá-la. II. Na era do controle estatístico em função do crescimento da demanda por produtos manufaturados, a técnica de inspeção por amostragem passou a ser utilizada. III. Na era da qualidade total, a ênfase passa a ser no cliente, tornando-se o centro das atenções das organizações que dirigem esforços para satisfazer suas necessidades. IV. Na era da gestão estratégica da qualidade, o setor da qualidade é responsável por identi�car os defeitos, porém não se responsabiliza em produzir qualidade. É correto o que se a�rma em: I e II, apenas. II e III, apenas. III e IV, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III, e IV. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 12/43 Qualidade é um termo que utilizamos no nosso cotidiano, porém, se perguntarmos a pessoas diferentes, cada uma terá a sua de�nição de qualidade, isso se dá, porque a qualidade é um conceito subjetivo e percebida de maneira diferente para cada um. Neste sentido, por ser extremamente dinâmico, tanto em termos de conteúdo, quanto em alcance, a palavra qualidade apresenta características que implicam di�culdades para uma de�nição única. Na literatura encontramos diferentes de�nições de qualidade. Vejamos a versão de Shigunov Neto e Campos (2016, p. 46): Qualidade é uma �loso�a de gestão empresarial ou um modelo de gestão administrativa que visa atingir permanentemente a melhoria de produtos ou serviços oferecidos, por meio da mudança dos processos produtivos, da redução de custos, de uma transformação cultural e do envolvimento e do comprometimento dos trabalhadores. Conceitos e AbordagensConceitos e Abordagens da Qualidadeda Qualidade 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 13/43 Para Mello (2011, p. 4), o conceito de qualidade está diretamente ligado a três fatores. Vejamos na Figura 1.1. O que signi�ca fazer melhor, com menor custo, entregando ao cliente produtos que correspondam a suas expectativas ou as supere. Qualidade, apesar de ser foco de interesse de muitos gerentes e gestores, continua sendo de�nida de muitas maneiras, quase todas de modo parcial, incompleto. A depender da ótica, qualidade pode ser e ter muitas formas. Para Mello (2011, p. 4): O consumidor ao adquirir um produto ou serviço, tem em mente a relação costumeira referida como “custo-benefício”. Quando ele pensa em benefício, pensa no desempenho do produto, ou seja, em características como durabilidade, estética, rendimento, segurança e facilidade de uso etc., que para ele, agregam valor ao produto. Quando pensa em custo, não se refere ao custo de produção de algo, mas sim ao preço que paga por este algo, este, sim, diretamente ligado ao custo de produção. Há também que se 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 14/43 considerar as expectativas que o cliente tem com relação a tal produto. Embora o foco no “cliente” seja um aspecto comum entre todas as abordagens, Garvin (2002) reconheceu que esta discordância entre percepções e visões sobre o conceito de qualidade era um empecilho ao entendimento do termo e então propôs uma visão ampla e inclusiva. Garvin (2002), após pesquisar diversas de�nições de qualidade investigando o ambiente corporativo e por meio de revisão bibliográ�ca, classi�cou em cinco as abordagens distintas da qualidade. 1. Transcendente: qualidade é interpretada como não sendo algo concreto, mas também não apenas uma ideia, depende das experiências sensoriais e de vida do cliente, e é reconhecida por meio do contato com o produto. Como exemplo, observamos que é bastante comum apreciarmos um �no artesanato, a despeito de pequenas imperfeições e termos certa rejeição ao fruto de produção em massa, ainda que não apresente falhas visíveis. 2. Baseada no Produto: é necessário, para dar distinção de qualidade baseada no produto, que aqueles que a classi�caram o façam pelo mesmo critério que usariam em outros produtos similares, com foco nas características do produto, mas com quantidade de atributos diferentes. Por exemplo, tapetes �nos são classi�cados pelo número de nós por centímetro quadrado, dada a di�culdade de sua execução e pela terminação mais uniforme e suave ao toque. 3. Baseada no Valor: qualidade é de�nida e mensurada em valores e pelo índice de custos. Esta maneira de ver qualidade tem ganhado bastante destaque e está dominando as pesquisas, porque as pessoas não mais conseguem crer que um produto de valor muito superior, mas que tem função básica similar a outros de preços mais baixos, possa dar mais em termos de satisfação. Um tênis que é vendido por R$ 1.000 não consegue ser visto como algo de qualidade 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 15/43 superior se sua função básica (correr, caminhada) pode ser satisfeita por um outro de valor mais baixo. 4. Baseada na Produção: basicamente, se procura a conformidade com especi�cações ditadas pelo projeto e engenharia, sendo que as preferências do consumidor são irrelevantes. Qualidade, neste modo de ver, se resume em alcançar a execução correta na primeira vez, não importando o nível de so�sticação. Um “fusca” bem feito tem o mesmo índice de qualidade que uma BMW, igualmente bem feito. 5. Baseada no Usuário: neste ponto, qualidade é de�nida por aquilo que o cliente deseja de modo muito próprio, particular, e por ser tão própria é também subjetiva. Comprar apenas livros que estão na lista dos mais vendidos é um exemplo disso, em que não há garantia de satisfação, mas o cliente intui que sim. O autor entende que, ao invés do uso de uma abordagem em detrimento da outra, é fundamental a interação dessas diferentes concepções para garantir o sucesso dos produtos. Se uma das abordagens predomina sobre as demais, iria certamente ignorar as expectativas e anseios do cliente. Ao contrário, a interação e coexistência entre essas múltiplas abordagens possibilita uma melhor percepção da qualidade ao longo do ciclo de vida do produto. Um exemplo é o próprio processo de lançamento de um novo produto, no qual os requisitos que de�nem o que é qualidade devem ser identi�cados pelo cliente por meio do entendimento de suas expectativas. Essa é uma visão centrada no produto, pois, o início do processo produtivo é focado no produto especí�co. Isso permitirá à empresa de�nição de variáveis que serão controladas ao longo do processo produtivo (centrada na fabricação). As oito Dimensões da Qualidade Quando o assunto é qualidade, vários autores acrescentaram algumas variáveis às dimensões originalmente propostas por Garvin (2002), de forma a re�etir os desa�os e possibilidades dos desempenhos da qualidade percebida 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 16/43 e apresentados aos fabricantes. Tendo em vista a subjetividade do conceito de qualidade, ela pode ser representada considerando as oito dimensões que podem ser percebidas pelo cliente como atributo de qualidade. Garvin (2002, p. 60) destaca que: Cada categoria é estanque e distinta, pois um produto ou serviço pode ser bem cotado em uma dimensão, mas mal classi�cado na outra. Contudo, em muitos casos as dimensões são inter- relacionadas. Às vezes, uma melhora de uma só pode ser conseguida às custas de outra; outras vezes, duas dimensões como con�abilidade e conformidade podem andar juntas. Vejamos, a seguir, as oito dimensões da qualidade. 1. Desempenho: está relacionado às características operacionais básicas de um produto. Quando adquirimos um produto, criamos expectativas quanto ao seu desempenho, podendo ser expectativas subjetivas ou mais especí�cas, no que tange, aoquão bem o produto realiza sua função, pois, a depender da utilidade o mesmo produto pode apresentar desempenho diferente. Exemplo: ao adquirir eletrônico, espera-se que funcione adequadamente, no caso de um carro, requisitos como e�ciência, conforto, estabilidade, aceleração, frenagem, consumo de combustível, dizem respeito ao desempenho esperado. Todos esses requisitos podem ser mensuráveis. Podemos acrescentar critérios de desempenho ao produto/serviço, tais como: rapidez, durabilidade, resistência, aderência, volatilidade, entre outros. 2. Con�abilidade: sempre existe a probabilidade de mal funcionamento de um produto ou mesmo da ocorrência de uma falha. Esta característica foi muito trabalhada pela indústria japonesa com o conceito de defeitos zero, ao desenvolver produtos com baixo índice de falhas, ou seja, conferiu-se ao produto um reconhecimento 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 17/43 pelo cliente, da elevada con�abilidade (de equipamentos eletrônicos a automóveis), as pessoas con�am em comprar os produtos japoneses. Um produto é considerado con�ável quando a probabilidade de dar defeito durante o seu ciclo de vida é baixa. Indicadores de desempenho como tempo médio entre falhas, taxa de falhas por unidade de tempo, são recomendados para a análise da con�abilidade nos sistemas, na busca pela melhoria contínua, essas medidas podem destacar falhas no sistema, e a partir desta constatação é possível identi�car as causas, diminuir o seu impacto e ajustar o sistema para prevenção contra reincidência. Con�abilidade pode ser quanti�cável quando relacionada à: • disponibilidade (availability); • reparabilidade (maintainability); • segurança contra acidentes (safety); • segurança contra acesso não autorizado (security). 3. Conformidade: refere-se ao grau em que o projeto e as condições operacionais de um produto atendem as especi�cações ou padrões �rmados no escopo do projeto, ou seja, se o resultado está conforme os padrões indicados. Podemos dizer que tanto a con�abilidade quanto à conformidade repercute da qualidade na produção, relacionada à redução de falhas internas e externas e percebida pelo cliente. Exemplo: uma compra via e-commerce e o cliente recebe a quantidade correta, na cor certa, no tamanho escolhido etc. Porém, quando um fato resulta em uma ação não desejada, dizemos que ocorreu uma não conformidade. 4. Durabilidade: atributo que mede a vida útil do produto. Possui duas subdimensões: a técnica e econômica. Tecnicamente, Garvin (2002, p. 67) de�ne durabilidade como “o uso proporcionado por um produto até ele se deteriorar �sicamente”. Do ponto de vista econômico, o 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 18/43 produto deve durar pelos menos para pagar o investimento que foi feito em sua aquisição, mesmo que deixe de funcionar e não tenha mais reparo. 5. Atendimento: essa dimensão diz respeito ao valor agregado percebido quando se é atendido com rapidez, cordialidade, a custo considerado razoável, com pontualidade. É imprescindível que o fabricante se preocupe em atender os seus clientes não apenas na venda do produto, mas também, em situações de emergências, por exemplo, o serviço de assistência técnica e quem sabe implantar um CRM (Customer Relationship Management) para a gestão do relacionamento com o cliente. Na medida em que se necessita de um atendimento, seja para um reparo ou manutenção preventiva de um produto, esta dimensão, com caráter fortemente subjetivo, in�uenciará a visão do cliente em outras dimensões no futuro. O consumidor atualmente está mais informado e exigente, isto se deve, principalmente, pelo acesso facilitado à informação e à concorrência que oferta uma grande gama de produtos e serviços similares em condições de atender uma mesma necessidade. 6. Características: geralmente associada a algo que foi acrescentado ao produto ou serviço, além de seus requisitos básicos. Garvin (2002, p. 62) diz que “características são adereços dos produtos, são características secundárias que suplementam o funcionamento básico do produto”. Neste caso, também assume um caráter subjetivo. 7. Estética: juntamente com qualidade percebida, a estética é uma das duas dimensões de maior apelo subjetivo. Para Garvin (2002, p. 62), “a aparência de um produto, o que se sente com ele, qual o seu som, sabor ou cheiro, é uma questão de julgamento pessoal e re�exo das preferências individuais. Refere-se ao julgamento pessoal e ao re�exo das preferências individuais”. Exemplo: um perfume com aroma amadeirado agrada a muitos, mas 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 19/43 a outras pessoas não agrada tanto, isso também ocorre com sabores (fortes, suaves, cítricos etc.), ou mesmo com a aparência, uma tendência de moda, ou seja, atributos que satisfaçam o cliente em sua subjetividade. 8. Qualidade Percebida: relacionada, na maioria das vezes, à reputação que uma marca, produto ou serviço adquiriu no passado e que pode ser comparado a outros produtos ou serviços atualmente. Exemplo: modelo e marca de veículo que passa por um recall. Certamente, os consumidores associam o defeito à marca, o que impacta em sua negatividade. A situação inversa também é verdadeira, a marca de que pouco ouvimos falar mal é considerado uma marca de qualidade, onde seus produtos apresentam poucos defeitos (associado à dimensão de durabilidade). Refere-se à qualidade percebida pelo cliente, se ele concebe qualidade àquele produto, então o produto e/ou serviço tem qualidade. Da indústria automobilística aos comércios eletrônicos, atualmente, qualquer empresa que possua um sistema de qualidade trabalha com uma ferramenta que mede e avalia a satisfação de seus clientes. Seja qual for o método, �loso�a ou ferramenta utilizada para coleta e tratamento de dados, a preocupação é a mesma, “satisfazer o cliente”. Faz-se necessário que as empresas percebam a complexidade que diz respeito à qualidade e aprendam a gerenciar os atributos percebidos pelos clientes inerentes à abordagem da qualidade, acompanhando as mudanças conforme supera-se a fase de projeto para a fase de produção ou à operação, e desta para a fase de oferta ao mercado e consumo. Deste modo, assegurando a possibilidade de que estas de�nições congreguem e possibilitem um importante campo de análise e discussão sobre o signi�cado de qualidade em cada etapa. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 20/43 Por exemplo, um fabricante pode alterar o sabor de sucos e refrigerantes para adequá-los às diferentes regiões do país. Isso é adequação ao uso, um dos vários atributos associados ao conceito de qualidade. Evidencia-se, assim, que o conceito de qualidade envolve vários aspectos, atributos e elemento, com diferentes níveis de importância. Logo, focar a atenção exacerbada em algum deles ou deixar de considerar outros, certamente não atenderá o cliente em sua totalidade e abrirá lacunas potenciais para ação de concorrentes, fragilizando o negócio. praticarVamos Praticar “Qualidade é uma variável subjetiva. Produtos de melhor qualidade atendem melhor aos desejos do consumidor”. Essa é a descrição de uma das abordagens apresentadas por Garvin. Avalie as alternativas, a seguir, e escolha a correta. Baseada no Valor. Baseado na Produção. Baseada no Usuário. Baseado no Produto. Transcendental. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 21/43 As exigências do mercado mudaram bastante nos últimos anos. Enquanto a praticidade e preço eram os atributos que orientavam os negócios no século XX, as duas últimas décadas acompanhamos a evoluçãodo conceito de qualidade e os negócios foram orientados pelo desejo cada vez maior por experiências em uma relação mais subjetiva e peculiar entre público e marca. Ou seja, a qualidade de produtos e serviços passa a ser algo percebido pelo cliente por outros aspectos (con�abilidade, segurança, participação no processo de construção etc.) que se tornaram tão relevantes para o sucesso quanto características mais óbvias de mercado. Neste cenário, uma boa gestão de qualidade faz-se necessária, signi�cando sucesso. E, se essa melhora tem um foco em qualidade continuada e aprimoramento contínuo, a organização que investe nessa estratégia certamente está no caminho certo. Conforme Carpinetti (2017, p. 32), “a gestão da qualidade como estratégia competitiva parte do princípio de que a conquista de mercados depende de foco no cliente, para se identi�carem requisitos e expectativas que oferecem valor no mercado”. Para isso, é primordial um planejamento e envolvimento com a produtividade da empresa e capacidade de inovar, na busca constante Qualidade e Foco noQualidade e Foco no NegócioNegócio 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 22/43 por surpreender seu público que torna a organização uma referência frente a concorrência. Outro conceito fundamental destacado pelo autor diz respeito a liderança, onde destaca que comprometimento e envolvimento de todos em busca da melhoria da e�ciência e da e�cácia da estratégia competitiva requer o esforço da liderança da organização. Para nosso estudo, vamos tratar sobre oito tópicos da qualidade com foco no negócio para facilitar e expor os princípios de forma mais abrangente. Os oito tópicos ou princípios, resumidamente orientam as organizações, para comprovadamente atingirem resultados objetivos na implementação da gestão da qualidade. Foco no Cliente: o cliente é a base e razão da existência das empresas, sem o cliente não há sustentação �nanceira que permita a uma empresa existir, logo, a atenção ao cliente é básica e importantíssima. Os gestores não podem apenas procurar saciar as necessidades atuais dos consumidores, têm de antever as necessidades futuras e procurar atendê-las de antemão, a antecipação é o melhor caminho a �delização do cliente a marca ou ao produto. Liderança: um líder completo é aquele que motiva sua equipe, que entende as necessidades da empresa, que elabora os objetivos da organização e que por opção deseja que a empresa cresça e, por conseguinte, possibilita crescimento a ele, líder, e a outros. As empresas que pretendem receber a alcunha de inovadoras necessitam de líderes proativos e desenvoltos, que sejam exemplo vivo para seus colaboradores a �m de inspirá-los a também serem colaborativos, com o objetivo de alcançar metas por meio de estratégias. Envolvimento das Pessoas: para poder envolver pessoas e torná-las participantes nas soluções das problemáticas cotidianas das empresas, é preciso utilizar de forma completa o potencial e habilidades destes funcionários. Se faz necessário que a empresa se disponha a conhecer e a 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 23/43 saber trabalhar os limites de cada colaborador, buscando o aperfeiçoamento individual e no contexto de grupo. Abordagem de Processo: em uma organização, deter o conhecimento do processo, geri-lo de maneira correta e desenvolvê-lo como elo com todos os setores é básico e primordial. Estudar todas as entradas e saídas da empresa, buscando identi�car pontos gargalo e pontos desvio, torna a gestão mais e�ciente para atingir os objetivos da organização. Abordagem Sistêmica da Gestão: o gestor deve identi�car e entender os diversos processos existentes e a maneira como interagem dentro da organização para que possa gerenciá-los. Para cada processo existente e executado na organização, sempre haverá a transferência de parte dele, ou de consequências deste para outro processo, a abordagem sistêmica da gestão é justamente compreender e identi�car as ligações entre processos e fazer uma diagnose de onde se origina o potencial prejuízo e onde existe lucro. Melhoria Contínua: para que uma empresa seja sempre competitiva e ocupe seu espaço no mercado, a melhoria contínua signi�ca o aprimoramento não somente do produto ou serviço ofertado, mas também em melhorias no atendimento do pós-venda, em melhorias e aprimoramento no desempenho do gestor e de seus colaboradores etc. Abordagem Factual para Tomadas de Decisões: na tomada de decisões, um gestor precisa de informações �áveis e concisas, e jamais pode gerir na impulsividade. A análise lógica induz a decisões lógicas e, para tanto, o gestor tem de se cercar de dados, processá-los, analisá-los e só então tomar a decisão. Relações Mutuamente Bené�cas com Fornecedores: a relação com os fornecedores deve ser a mais próxima possível, e melhorias no relacionamento devem ser procuradas, a�nal existe uma interdependência entre as partes, e quanto mais estreita a relação mais bené�ca a ambas será. Essa simbiose se traduz em vantagens a ambos, pois garante demanda constante ao fornecedor, agrega valor aos produtos, os prazos de entrega 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 24/43 podem ser mais bem arranjados para ambos, os valores e lotes de produtos podem ser mais bem de�nidos e a previsão de produção melhor equacionada. Vantagens do Gerenciamento do Negócio com Foco na Qualidade A gestão de processos está centrada em administrar o negócio com foco total nos processos que o compõe. Isso signi�ca que a empresa deve conhecer detalhadamente cada processo, ação, ou seja, realizar um mapeamento de processos e fazer seu acompanhamento continuamente, de modo a obter informações do negócio sempre que requisitado. Esse gerenciamento é responsável por apoiar a tomada de decisão em geral. É crescente o número de empresas de diferentes tamanhos e áreas de atuações que adotam o gerenciamento da qualidade com foco na abordagem por processos em seus negócios, sua utilização se justi�ca por apresentar algumas vantagens importantes ao negócio. A seguir, você vai entender quais são esses benefícios. Maior controle sobre as atividades: esse tipo de foco no gerenciamento da qualidade tem como um dos benefícios principais a padronização dos processos. O fato é que este foco possibilita uma melhor visibilidade sobre as atividades desempenhadas. Isso ocorre porque a empresa “esmiúça” todos os processos, detalhando, mapeando, fazendo que haja um reconhecimento preciso de cada etapa que leva à execução da tarefa �nal. Outra vantagem é o aumento de conhecimento sobre cada etapa que possibilita ao gestor atuação de maneira mais efetiva. Promove a delegação de responsabilidades: no gerenciamento da qualidade é imprescindível conhecer as atividades e suas etapas, de modo a facilitar a delegação de responsabilidades sobre cada tarefa a ser executada. A gestão da qualidade zela pela qualidade de vida dos colaboradores da empresa, e sabemos que para uma gestão de sucesso, é indispensável que cada pessoa 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 25/43 compreenda a importância do papel que executa e por ele seja responsável na hora da cobrança de resultados. Gera aumento de produtividade e e�ciência: com a implantação de medidas voltadas à qualidade, os processos especí�cos passam a ser executados em conformidade com as especi�cações, isso reduz os desperdícios, sendo possível aumentar suas respectivas produtividade e e�ciência, levando não apenas ao aumento da produção, mas também a uma produção melhorada. Otimiza os esforços na busca de melhorias: por ser focado exatamente naquilo que interessa para o resultado �nal é que o gerenciamento dos negócios comfoco na qualidade otimiza os esforços e também os recursos. As melhorias são aplicadas no sentido preventivo e não reparatório, neste sentido, a empresa despende menos recursos para realizar os mesmos níveis de melhoria. Aumenta a robustez do negócio: como o foco da qualidade é atender as necessidades dos clientes, a empresa passa a observar as tendências, os cenários, objetivando mudanças estratégicas e com resposta rápida às necessidades de adaptações. Ser capaz de prever e de se antecipar a demandas e alterações do mercado possibilita um ganho importante relativo à robustez da empresa, já que ela consegue se adaptar melhor a condições, previstas ou não, do mercado. Em longo prazo, essa robustez signi�ca fortalecimento da marca, permanência da empresa no mercado, que se torna mais �exível para entender e atender às contínuas mudanças impostas pelo mercado. Como visto, o gerenciamento dos negócios que dá a devida importância à gestão da qualidade permite que a gestão não apenas tenha mais visibilidade sobre as etapas de cada processo, quem deve ser o responsável pelas ações, mas também bene�cia a produtividade e a e�ciência, permite a otimização o uso de recursos e esforços e, por consequência, aumenta a robustez do negócio. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 26/43 praticarVamos Praticar A gestão da melhoria, em particular a melhoria contínua, requer um esforço de análise da situação atual, visando ao planejamento e a implementação de melhorias. Daí a importância da tomada de decisões em dados e fatos (CARPINETTI, 2017). CARPINETTI, L. C. R. Gestão da Qualidade: conceito e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2017. Considerando os tópicos ou princípios que orientam as organizações, avalie as alternativas a seguir. I. Liderança: um líder completo é aquele que motiva sua equipe e entende as necessidades da empresa. II. Foco no Cliente: o cliente é a base e razão da existência das empresas. Objetivo: �delização do cliente. III. Abordagem de Processo: estudar apenas as saídas do processo é o su�ciente para o negócio. IV. Melhoria Contínua: está relacionada a melhoria contínua dos processos produtivos evitando desperdícios. É correto o que se a�rma em: I e II, apenas. II e III, apenas. III e IV, apenas. I, II e IV, apenas. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 27/43 I, II e III, apenas. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 28/43 A hierarquia existe desde a antiguidade, foi sempre presente nos exércitos e nas organizações religiosas. Nas empresas também existe hierarquia, e dentro da classi�cação (estratégico, tático e operacional) denominada de estratégia, que é onde se de�ne a visão, a missão e os valores da organização. Segundo Defeo e Juram (2015, p. 16): Atualmente, a maior parte das organizações globais administra a qualidade a partir da alta gerência, e não a partir do departamento da qualidade. A gestão da qualidade é de responsabilidade de toda a hierarquia de liderança e se tornou uma força motriz por trás de muitas estratégias de negócios. Os pro�ssionais que atuam nesta classe são orientados para a gestão da qualidade e fazem da análise dos fatores internos e externos da empresa seu “modus operandi”, e é por meio desta análise que de�nem e orientam os negócios corporativos. Vejamos na �gura a representação dos níveis hierárquicos e estratégias aplicáveis a cada nível. Níveis Hierárquicos deNíveis Hierárquicos de Estratégias AplicáveisEstratégias Aplicáveis 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 29/43 O planejamento das estratégias aplicáveis à qualidade é essencial para alcançar o sucesso, pois determina onde a empresa quer chegar e como ela fará para alcançar o seu objetivo. No sistema de gestão da qualidade, os métodos e as ferramentas da qualidade são fundamentais para percorrer esse caminho. Para que um planejamento dê certo, é preciso motivar e envolver pessoas de todos os níveis organizacionais, a comunicação deve ser clara, objetiva e efetiva, a �m de garantir que todos conheçam as diretrizes, os propósitos e os objetivos da empresa. Coordenar as atividades da organização não é tarefa fácil, exige análise de cenários e planejamento dos principais níveis de planejamento: estratégico, tático e operacional, que são responsáveis pelas diferentes estratégias em seus respectivos níveis hierárquicos envolvidos, e também responsáveis pelos impactos de suas ações no negócio. Perspectiva Estratégica da Qualidade A perspectiva estratégica da qualidade trata do posicionamento da qualidade em um contexto amplo, em geral de longo prazo. No nível estratégico, os projetos referentes a qualidade não são idealizados de forma isolada, mas 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 30/43 inseridos em um modelo em que se consideram os aspectos essenciais da sobrevivência da organização, e de como a qualidade os afeta e é por eles in�uenciada. Ao mesmo tempo, essa expressão chama a atenção para a visão de longo prazo, em que se analisam tanto os re�exos que uma gestão que prioriza a qualidade costuma trazer, como se de�nem as ações que podem garantir posições consolidadas da organização no mercado. Esta preocupação sempre existiu e tornou-se mais crucial em momentos de crise econômica. Paladini (2010) a�rma que Juran de�ne a Gestão da Qualidade Total como a extensão do planejamento dos negócios da empresa que inclui o planejamento da qualidade. Segundo ele, são atividades da Gestão da Qualidade Total: estabelecer objetivos abrangentes; determinar as ações necessárias para alcançá-los; atribuir responsabilidades bem de�nidas pelo cumprimento de tais ações; fornecer recursos necessários para o adequado cumprimento dessas responsabilidades; viabilizar o treinamento necessário para cada ação prevista; estabelecer meios para avaliar o desempenho do processo de implantação em face dos objetivos; estruturar um processo de análise periódica dos objetivos; criar um sistema de reconhecimento que analise o confronto entre os objetivos �xados e o desempenho das pessoas em face dele. Juran deixa claro que essa sequência de atividades é típica do planejamento estratégico dos negócios da empresa e a�rma que ela pode ser aplicada à administração para a qualidade. Segundo Paladini (2010, p. 37), Juran a�rma textualmente: “uma das maiores aplicações do conceito de planejamento da qualidade é o planejamento estratégico da qualidade, algumas vezes chamado de Gestão da Qualidade Total”. Como o planejamento estratégico ocorre no nível da alta administração é necessário o envolvimento dos líderes no esforço pela qualidade. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 31/43 Podemos destacar que para uma estratégia bem-sucedida tendo como base a qualidade, depende muito de uma liderança e�caz. Oakland (2007, p. 40) argumenta que “a liderança começa com a visão do executivo principal, que aproveita oportunidades de mercado ou de serviço, contínua por uma estratégia que dá vantagens competitivas à organização e �nalmente leva ao sucesso do negócio”. Na estratégia da qualidade há de se considerar as crenças, valores, os objetivos, metas e decisões, e se concentrar em ações e�cazes que agreguem valor. O desdobramento das metas da qualidade refere-se a subdivisão das metas para outros níveis da empresa, o que possibilita identi�car todas as ações a serem cumpridas até que o objetivo de cada meta seja alcançado. Assim, esse desdobramento permite que as metas da alta direção sejam conduzidas e alcançadasem cada unidade de negócio da empresa. Uma liderança e�caz, junto com o gerenciamento da qualidade total, possibilita à empresa ou organização fazer as coisas certas, de modo correto, na primeira vez. Oakland (2007, p. 40) destaca os cinco requisitos para uma liderança e�caz: Desenvolver e publicar as crenças e os objetivos da organização - sua meta; Desenvolvimento de estratégias claras e e�cazes e planos de apoio para realizar a missão e atingir os objetivos; Identi�cação dos fatores de sucesso e dos processos críticos; Revisão da estrutura gerencial; Delegação de autoridade. Carvalho e Paladini (2012) destacam que juntando as duas coisas – “perspectiva e estratégia”, podemos observar que há várias interpretações possíveis para essa expressão, por exemplo: Considerar a qualidade como fator de sobrevivência para as organizações. Elevar a qualidade à categoria de diferencial competitivo das organizações, seja em termos de produtos, serviços, método de 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 32/43 trabalho, processo produtivo etc. Tomar decisões acerca da qualidade, tendo em vista um cenário amplo de implicações, insumos e resultados. Adotar uma visão de futuro sobre a questão, considerando cenários prováveis para a organização, para o mercado e para a sociedade como um todo (CARVALHO; PALADINI, 2012, p. 27). É importante lembrar que devido às constantes mudanças no mundo dos negócios (ambiente externo) com ameaças e oportunidades, as ações de longo prazo do planejamento em nível estratégico devem ser revisadas e atualizadas constantemente. Como se percebe, esse conceito amplia bastante o que tradicionalmente se entende como qualidade. Além disso, aumenta sua importância e a responsabilidade pelas tomadas de decisão que dizem respeito às formas de planejar e desenvolver sua implementação conceitual e prática nas organizações. Perspectiva Operacional da Qualidade O conceito de qualidade nas indústrias se consolidaram, historicamente, na sua dimensão operacional. Esta concepção está fundamentada no fato de que a qualidade deve ser gerada a partir do processo produtivo. Este princípio básico fez com que sejam direcionados para o processo produtivo todos os investimentos e esforços relacionados à qualidade e determinou, por consequência, que a maioria das ferramentas historicamente utilizadas para esse �m fossem centradas em melhorias no processo produtivo. Antes que fosse centralizada a percepção de que a qualidade precisava ser gerada no processo produtivo, partindo do pressuposto segundo o qual a qualidade deve ser gerada a partir exatamente das operações do processo produtivo, onde o esforço dos especialistas na área estava centrado na qualidade do produto. Para tanto, foram desenvolvidos e utilizados instrumentos de avaliação do produto acabado, por meio de inspeção e análise de amostras. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 33/43 Carvalho e Paladini (2012, p. 37) destacam que “a ine�ciência desse procedimento foi percebida rapidamente: a inspeção de produto acabado não tem o poder de alterar a qualidade do próprio produto”. Contudo, as informações desta inspeção são valiosas para novas ações da fábrica. Ou seja: o processo da inspeção do produto acabado torna-se útil na medida em que transmite as informações obtidas na avaliação feita para o processo. A avaliação do produto, assim, torna-se fonte de análise para melhorias do processo produtivo. Como efeito, como o produto é o resultado do processo, prioriza-se ações voltadas para o processo produtivo, isto é, para as causas e não para os efeitos. A concepção operacional da qualidade, em sua forma mais ampla, dá origem à gestão da qualidade no processo. A gestão da qualidade no processo pode ser de�nida, de forma sucinta, como o direcionamento de todas as ações do processo produtivo para o pleno atendimento do cliente. A estratégica básica para tanto consiste, exatamente na melhor organização possível do processo, o que se viabiliza ao longo de três etapas: a eliminação da perda, a eliminação das causas, e a otimização do processo (PALADINI, 2012, p. 37). Ainda que tenha feito parte de um estágio inicial da história da qualidade, seu viés operacional não perdeu importância e nem deixou de despertar interesse. Carvalho e Paladini (2012, p. 37) destacam que “a concepção operacional da qualidade, assim, centra-se no empenho pela melhoria do processo produtivo”. Dois conjuntos de procedimentos são típicos nesse esforço: as ações de controle (que destacam os prejuízos causados pelas não conformidades, e a atenção para o dano à imagem da empresa no mercado) e as melhorias do processo de produção (passa-se a perceber a ideia de valor, e que o controle isolado não agrega valor à produção, concepção e aplicação das ferramentas da qualidade). Cada um deles gerou formas especí�cas de gerenciamento. Perspectiva Tática da Qualidade 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 34/43 O nível tático sempre foi entendido como um modelo intermediário de gerenciamento, algo que �casse no meio do caminho entre o ambiente operacional e o contexto estratégico. Na sua forma mais simples, a gestão tática é a que trata de decisões que viabilizem o direcionamento estratégico da organização. Para melhor entendimento, vejamos o Quadro 1.2 comparativo entre as concepções da qualidade em áreas típicas das organizações. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 35/43 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 36/43 Quadro 1.2 - Perspectivas da qualidade Fonte: Carvalho e Paladini (2012, p. 47). Carvalho e Paladini (2012, p. 47) destacam que dois fatos parecem ter sido particularmente relevantes para a transição do modelo operacional da qualidade para o cenário tático: “a generalização dos modelos de controle, com a substituição de mecanismos estatísticos por processos de avaliação baseados em indicadores, e os métodos de envolvimento de pessoas no esforço pela qualidade”. A perspectiva tática da qualidade é responsável por de�nir os meios por meio dos quais os objetivos e metas estabelecidos sejam alcançados, ou seja, transforma as decisões estratégicas em ações concretas dentro das unidades da empresa. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 37/43 praticarVamos Praticar 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 38/43 Os níveis hierárquicos referem-se às pessoas e às atividades realizadas sob o paradigma da autoridade dentro das organizações. Esses níveis classi�cam as funções e as tarefas a serem executadas pelos funcionários individualmente. SERTEK, P.; GUINDANI, R. A.; MARTINS, T. S. Administração e planejamento estratégico. Curitiba: Intersaberes, 2012. Analise as alternativas, a seguir, a respeito dos níveis hierárquicos e assinale a correta sobre as estratégias da qualidade aplicáveis a cada nível. Na gestão da qualidade, o nível tático é responsável pelo controle dos defeitos. O processo de inspeção do produto acabado ocorre em nível estratégico. As metas são estabelecidas em nível operacional. O nível tático controla os custos e os desperdícios em processo produtivo. Em nível tático são monitoradas a variabilidade do processo. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 39/43 indicações Material Complementar LIVRO Gerenciando a qualidade: a visão estratégicae competitiva David A. Garvin Editora: Qualitymark, 2002 ISBN: 9788585360146 Comentário: Um dos grandes escritores sobre a gestão da qualidade. O autor apresenta a visão estratégica da qualidade com foco nos negócios. Suas obras são muito estudadas e citadas. Garvin, em sua obra, aborda aspectos das dimensões da qualidade e apresenta por meio de cases um conjunto de atividades, teorias e táticas para integrar qualidade às práticas de 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 40/43 planejamento e gerenciamento estratégico das organizações. FILME Piratas da Informática Ano: 1999 Comentário: O �lme conta a história de dois concorrentes Steve Jobs (Apple) e Bill Gates (Microsoft) que competiam pelo mercado da informática na década de 1990. Como estratégia para o crescimento dos negócios e consolidação das marcas, aplicam conceitos de melhoria contínua da qualidade, o que os fez conquistar o sucesso exponencial. Para conhecer mais sobre o �lme, assista ao trailer. T R A I L E R 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 41/43 conclusão Conclusão Diante dos conteúdos estudados nesta unidade, podemos concluir que a qualidade como modelo de gestão administrativo com foco para o negócio é uma atividade relativamente recente, face a história e evolução da qualidade. Vimos que o conceito, as abordagens e o foco da qualidade acompanharam as evoluções relativas ao contexto histórico, e é certo que continuará a evoluir, acompanhando as tendências e exigências do mercado. Podemos assim compreender a qualidade como uma abordagem administrativa que tem como um de seus objetivos propiciar o desenvolvimento organizacional por meio da melhoria contínua. O que podemos perceber é que o foco da qualidade é direcionado para atender as necessidades dos clientes. referências Referências Bibliográ�cas CARPINETTI, L. C. R. Gestão da Qualidade: conceito e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 42/43 CARVALHO, M. M. de; PALADINI, E. P. (Orgs.) et al. Gestão da Qualidade: teoria e casos. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2012. DEFEO, J. A.; JURAN, J. M. Fundamentos da qualidade para líderes. Porto Alegre: Bookman, 2015. GARVIN, D. A. Gerenciando a qualidade: a visão estratégica e competitiva. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. GOZZI, M. P. (Org.). Gestão da qualidade em bens e serviços. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. JURAN, J. M. Juran planejando para a qualidade. São Paulo: Pioneira, 1990. MELLO, C. H. P. (Org.). Gestão da Qualidade. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011. NETO SHIGUNOV, A.; CAMPOS, L. M. F. Introdução à Gestão da Qualidade e Produtividade: conceitos, história e ferramentas. Curitiba: Intersaberes, 2016. OAKLAND, J. S. Gerenciamento da qualidade total, TQM: caminho para aperfeiçoar o desempenho. Reimp., 2007. São Paulo: Nobel, 2007. PALADINI, E. P. Gestão da qualidade: teoria e casos. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. PALADINI, E. P. Gestão da Qualidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2010. SERTEK, P.; GUINDANI, R. A.; MARTINS, T. S. Administração e planejamento estratégico. Curitiba: Intersaberes, 2012. IMPRIMIR 04/10/2020 Ead.br https://ibmr.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_SISGEQ_19/unidade_1/ebook/index.html#section_1 43/43
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